Expediente
4 DiretoriaSBC Update On-line amplia a cobertura de notícias científicas
3DiretoriaTribunal de Justiça decide por unanimidade a improcedência da ação que pedia a anulação da eleição de 2.016
16Regionais
Estaduais promovem ações para a população e eventos
aos especialistas
18Departamentos
DA altera regulamento interno para se alinhar às
normas da SBC
20SBC na MídiaDiretriz da SBC é citada em
Globo Repórter sobre coração
22Histórias da Cardiologia
Adrenalina pura
23Cirurgia CardíacaAorta e Cirurgião
Cardiovascular
24Crônicas do CoraçãoCaminhos do coração na
literatura brasileira
25Parceiros da Cardiologia
Interfarma comunica mudança na presidência
26 Calendário
5DiretoriaConsulta Pública sobre carreira de médico de Estado continua aberta
6 DiretoriaMelhor organização política para os médicos é defendida
8SBC 2018Congresso Brasileiro de Cardiologia tem mais de 1.500 trabalhos submetidos
9Dia a Dia do Cardiologista:Gol da ciência brasileira aplicada ao futebol
11PrevençãoPrevenção cardiovascular dos trabalhadores é discutida pela Fiesp
12 PrevençãoCampanha contra o tabaco é deflagrada em mídias sociais
13 PrevençãoSBC e Regional organizam Tenda do Coração em Goiânia
Invited editorial
Cholesterol and inflammation: The lesserthe better in atherothrombosis
Viviane Z Rocha1 and Raul D Santos1,2
For decades, longitudinal studies have supported themultifactorial nature of atherosclerosis. Indeed, unlessin exceptional cases, there is no single cause that is fun-damental or sufficient by itself for the development ofatherosclerotic disease. Overall, a variable combinationof the so-called risk factors initiates the atherosclerosisprocess, and may contribute to its evolution, and ultim-ately to its complications. Interestingly, since the use ofthe medical term ‘‘risk factor’’ by Kannel et al.1 who ledthe way for the widely recognized Framingham HeartStudy, the list of potential risk factors for cardiovascu-lar disease has dramatically increased. In addition totraditional risk factors such as hypercholesterolemia,for which the pivotal influence on the development ofcoronary heart disease has been established since the1960s, several different plasma ‘‘markers’’, causal ornot, emerged several years ago with the promise tohelp identifying those persons who are prone to prema-ture atherothrombosis.2–4 Among the distinct bio-markers, those reflecting a low-grade inflammatorystatus gathered most of the attention of scientific com-munity, not only because of their power of predictionof cardiovascular events observed in large-scale epide-miologic studies (high-sensitivity C-reactive protein(hsCRP) being the best example),2 but also due to awell-recognized role of inflammation in atherosclerosisfrom experimental studies in the last three decades.5 Inthis issue of European Journal of Preventive Cardiology,a Working Group of Atherosclerosis and VascularBiology of the European Society of Cardiologyaddresses the close connections between these tworisk factors, hypercholesterolemia and inflammation,concerning their synergistic biological contributions toatherosclerosis, and also their specific therapies, whichnow seem complementary approaches to reduce cardio-vascular risk (Table 1).6
Cholesterol and inflammation –‘‘partners in crime’’
As described in this Consensus paper, cholesterol andinflammation are biologically interrelated in theirimpact on atherosclerosis.6 The entry and retention of
low-density lipoprotein (LDL) particles within thearterial wall trigger several inflammatory signals, cul-minating in the expression of adhesion molecules by theendothelium and the local secretion of cytokinesand chemokines, which ultimately contribute to accu-mulation of macrophages and other inflammatorycells in the subendothelial space.5,7 This lipid-inflamma-tion interface reunites enough elements for setting up aproper soil for atherosclerosis initiation and oftentimes, atherosclerosis progression.
Beyond the well-known biological plausibilitybehind cholesterol’s role in atherogenesis, the causalrelationship between low-density lipoprotein choles-terol (LDL-C) and atherosclerotic coronary heart dis-ease is currently unequivocal, with consistent androbust evidence from prospective epidemiologiccohort studies,8 Mendelian randomization studies,9,10
and randomized trials of different LDL-lowering thera-pies10–12 that act by enhancing the LDL receptor-mediated apolipoprotein B containing lipoproteinclearance pathway. Cumulative data, including over20m person-years of follow-up, have supported adose-dependent, log-linear association between themagnitude of exposure to LDL-C and risk of athero-sclerotic cardiovascular disease (ASCVD).10 The recentstudies of outcomes of a new class of potent LDL-C-lowering agents, the monoclonal antibodies againstproprotein convertase subtilisin kexin type 9 (PCSK9),reinforced this causal association. The FurtherCardiovascular Outcomes Research with PCSK9Inhibition in Subjects with Elevated Risk(FOURIER) trial,13 the combined Studies of PCSK9Inhibition and the Reduction of Vascular Events(SPIRE) trials,14 and the recently presentedEvaluation of Cardiovascular Outcomes After an
1Lipid Clinic Heart Institute (InCor), University of Sao Paulo Medical
School Hospital, Brazil2Hospital Israelita Albert Einstein, Brazil
Corresponding author:
Raul D Santos, Unidade Clinica de Lipides InCor-HCFMUSP, Av. Dr Eneas
C. Aguiar 44, Cep 05403-900, Sao Paulo, SP, Brazil.
Email: [email protected]
European Journal of Preventive
Cardiology
0(00) 1–4
! The European Society of
Cardiology 2018
Reprints and permissions:
sagepub.co.uk/journalsPermissions.nav
DOI: 10.1177/2047487318772936
journals.sagepub.com/home/ejpc
Taqui NewsBrasileiros assinam editorial de
publicação da ESC14
7 DiretoriaPaciente cardiovascular 4.0 por Evandro Tinoco Mesquita
Jornal SBC é o boletim informativo da Sociedade Brasileira de Cardiologia, uma
publicação mensal.
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Diretor de Comunicação e Editor Romeu Sergio Meneghelo
Coeditores Domingo Marcolino Braile, Protásio Lemos
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Produção Editorial e Edição de Textos SBC - Tecnologia da Informação e Comunicação - Núcleo Interno de
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Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal.
Filiada à Associação Médica Brasileira
Relação Médico/Paciente
Paz na SBC, por Protásio Lemos da Cruz
23
Diretoria
Rio de Janeiro, 13 de julho de 2.018.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - SBC COMUNICADO PÚBLICO AOS ASSOCIADOS PROCESSOS ELEITORAIS 2016 - BIÊNIO 2.018/2.019
Prezados Associados,
A Diretoria da Sociedade Brasileira de Cardiologia, biênio
2.018/2.019, comunica a todos os Associados que, na data
de ontem, foi realizado pela 14ª. Câmara Cível do Tribunal
de Justiça do RJ o julgamento dos processos n. 0205674-
74.2017.8.19.0001 e 0205674-74.2017.8.19.0001, que pre-
tendiam a anulação das Eleições realizadas no ano de 2.016.
Por unanimidade, os 3 (três) Desembargadores que par-
ticiparam do julgamento decidiram dar provimento ao re-
curso da SBC para julgar improcedentes os pedidos for-
mulados pelo autor da ação.
Embora se trate do único caso de contestação das deci-
sões da CELEP na justiça comum na história da SBC, a
decisão é relevante, pois reafirma as já anciãs jurispru-
dências administrativas da Comissão Eleitoral e a regra
estatutária de que, para se candidatar ao cargo de Diretor-
-Presidente, o associado que o pretenda deve estar quite
com suas anuidades junto à SBC e também com a AMB
na data-base de 1º. de março do ano eleitoral, vedada a
regularização posteriormente a esta data.
Além de reconhecer expressamente a legitimidade,
a lisura e a legalidade dos processos eleitorais rea-
lizados no ano de 2.016, a decisão teve importante
impacto financeiro aos cofres da entidade, pois exo-
nerou a instituição da obrigação de indenizar o autor
da ação, que pretendia receber da SBC a quantia de
R$ 140.815,60 (cento e quarenta mil oitocentos e quin-
ze reais e sessenta centavos) por danos materiais e
morais alegados.
Segundo parecer da Assessoria Jurídica, esta foi a última
instância para a discussão fática de forma que o reconhe-
cimento da inadimplência do autor e o seu consequente
impedimento quanto à participação das Eleições contes-
tadas se tornou definitivo, não sendo cabível, sob o as-
pecto técnico, qualquer recurso com o objetivo de rever
estes fatos.
A íntegra da decisão poderá ser acessa em: http://socios.
cardiol.br/2014/elei_2016.asp
Atenciosamente,
Diretoria SBC - Biênio 2.018/2.019
Save The Date •14 a 16 de setembro de 2018PROGRAME-SE • cardio2018.com.br
3
SBC Update Online amplia a cobertura de notícias científicasAs novidades podem ser acessadas pelo portal da SBC: http://cientifico.cardiol.br/sbcupdateonline/
Já está no ar um espaço virtual intei-
ramente direcionado para novidades
científicas na área da Cardiologia.
A estrutura do SBC Update Online foi
desenvolvida pela área de Tecnologia
da Informação da entidade, coordenada
pelo diretor Miguel A. Moretti. Já o con-
teúdo está sob responsabilidade de um
corpo editorial, tendo Roberto Giraldez,
como editor-chefe; Expedito Ribeiro,
Leandro Zimerman, Weimar Barroso,
Fernando Bacal e Estela Azeka como
editores associados; e Bruno Paolino,
Antonio Carlos Nunes, Humberto Morei-
ra, Glaucylara Geovanini, Bruno Biselli,
Patrícia Guimarães e Alexandre Galvão
como coeditores.
O SBC Update Online traz entrevistas
dos principais congressos internacio-
nais, como foi feito no Congresso do
American College of Cardiology e será
feito com o da ADA, em Orlando; da
European Society of Cardiology (ESC),
em Munique; da SBC, em Brasília; e
da American Heart Association (AHA),
em Chicago, além de acesso a periódi-
cos internacionais para sócios da SBC
Miguel A. Moretti, diretor de TI
e médicos cadastrados. “O projeto do
SBC Update On-line foi unificar em um
único espaço o maior número de infor-
mações para a atualização médica con-
tinuada”, esclarece Moretti.
O SBC Update Online contém também
sessões de estudos comentados, revi-
sões científicas de temas específicos,
discussões de imagens, casos e con-
dutas, área de notícias sobre as mais
recentes informações da Medicina, da
indústria, das sociedades médicas e ou-
tros assuntos relacionados à política de
saúde. “Existe até um espaço em que
é feita uma enquete sobre casos reais
ou fictícios, com opções de condutas
a serem adotadas, na qual os colegas
podem votar e ver os resultados obtidos
em tempo real”, conta o diretor.
O SBC Update Online tem o patrocínio
da AstraZeneca, Sanofi, Novo Nordisk,
Pfizer e Novartis.
Foto: Divulgação S
BC
Diretoria
4
Diretoria
A Consulta Pública sobre a propos-
ta de emenda à constituição (PEC
140/2015) que define a carreira de
médico de Estado, de autoria do se-
nado Ronaldo Caiado, pode ser fei-
ta pelo site https://www12.senado.
leg.br/ecidadania/visualizacaomate-
ria?id=123834. A PEC que organiza
a carreira médica no sistema público
de saúde aguarda indicação de rela-
tor. A carreira de médico de Estado
é reivindicação antiga das principais
entidades médicas, mas, embora des-
de 2009 o tema venha sendo discuti-
do, até hoje não teve sua aprovação
pelo congresso.
A proposta atual leva em conta que,
mesmo com mais de 425 mil médicos
(dados de janeiro de 2018), o Brasil
tem distribuição desigual de médicos
pela inexistência de uma carreira que
estabeleça piso salarial fixado por lei
e garantia de recebimento. Falta tam-
bém garantia de estabilidade, evitando
que as Prefeituras substituam os mé-
dicos contratados por estrangeiros do
programa Mais Médicos, bem como
não há garantia de contratação como
pessoa física com direitos trabalhis-
tas e nem de qualificação continuada,
para que o profissional possa planejar
seu crescimento pessoal podendo,
após um período na cidade pequena,
retornar aos grandes centros, para
se aperfeiçoar.
Consulta Pública sobre carreira de médico de Estado continua abertaPágina eletrônica do Senado permite a leitura do texto, acompanhamento da tramitação e opiniões de apoio ou não
5
Uma melhor organização política para os médicos é defendidaDeputado Mandetta defende a Frente Parlamentar de Medicina, da qual foi um dos idealizadores
O deputado federal e médico Luiz Hen-
rique Mandetta, um dos idealizadores
da Frente Parlamentar de Medicina (FP-
Med) esteve em São Paulo para uma re-
união na Associação Paulista de Medici-
na (APM). O parlamentar reafirmou que
não é mais possível que a classe mé-
dica permaneça fora do ambiente onde
se tomam as decisões mais importantes
da saúde pública e suplementar. “Quan-
do o Governo anterior percebeu nossa
desarticulação, soube que não precisa-
vam nos consultar para tomar uma de-
Deputado Mandetta em reunião em São Paulo
Fotos: B. B
ustos Fotografia
Diretoria
6
Paciente Cardiovascular 4.0O paciente tem se transformado e,
pouco a pouco, adquire protagonismo
em relação às informações, buscando
compreender e participar do processo
decisório, e colaborando com o cuida-
do de sua saúde.
Recentemente, a Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS) lançou o
projeto Sua Saúde: Informe-se e Faça
Boas Escolhas, que objetiva tornar o
paciente mais proativo nas escolhas e
na gestão de sua saúde. Este projeto
envolve instituições acadêmicas, enti-
dades médicas e de apoio ao paciente.
Alguns dos conteúdos já estão dispo-
níveis. Um deles é sobre a importân-
cia da comunicação com o paciente
durante sua consulta. O paciente
deve estar preparado para conversar
com o médico, questionando o pro-
cesso e o diagnóstico.
Visite o site do DQA e obtenha mais
informações: http://cientifico.cardiol.br/
dqa/
Evandro Tinoco Mesquita é diretor de
Qualidade Assistencial da SBC.
Diretoria
cisão. Assim, criaram o programa Mais
Médicos, demonizando o profissional
brasileiro. À época, me posicionei con-
tra, com apenas mais dois colegas mé-
dicos, dentre os mais de 40 que também
são parlamentares.”
O deputado também relatou que, a partir
dessa experiência, percebeu a necessi-
dade de mobilização. Conforme expli-
cou, muitas bancadas, como a Frente
Ruralista, são convidadas à mesa das
grandes negociações de suas áreas,
por seus poderes de mobilização e arti-
culação. São mais de 170 pessoas que
formam o grupo ruralista. As bancadas
de segurança pública e a evangélica,
muito fortes e representativas, tam-
bém são constantemente convidadas
ao diálogo.
“Precisamos, portanto, de organização
política. Com a FPMed estabelecida,
poderemos gerar boas políticas para a
categoria. Sua formação nos dá a pos-
Evandro Tinoco Mesquita
sibilidade de realizar audiências com
ministros, organizar audiências públi-
cas, acompanhar a fiscalização de pro-
jetos etc.”, declarou o parlamentar.
Foto: Divulgação
7
O 73º Congresso Brasileiro de Car-
diologia registrou a submissão de
1.540 trabalhos na modalidade Te-
mas Livres. Foram 485 na categoria
Pesquisador, sendo 178 Jovens, 218
Seniores e 110 não especificados,
301 Residentes Médicos, 675 Aca-
dêmicos e 79 na nova categoria de
Pós-Graduação.
A coordenadora de Temas Livres do
73º Congresso Brasileiro de Cardio-
logia, Maria Eliane Campos Maga-
lhães, explica que, em 2018, todo o
sistema de submissão e julgamento
dos Temas Livres foi reformulado,
ficando mais adequado às necessi-
dades de cada etapa do processo,
agregando maior agilidade, e apre-
Congresso Brasileiro de Cardiologia tem mais de 1.500 trabalhos submetidosA categoria recém-criada de pós-graduação teve 79 inscrições
sentando um layout mais amigável
e moderno.
“Acreditamos que a atividade de pes-
quisa estimula a boa prática clínica,
motiva o médico a se manter sempre
atualizado e permite uma atitude críti-
ca mais aguçada frente ao exercício
diário da Medicina”, diz Maria Eliane
Campos Magalhães.
Para ela, o Congresso de Cardiologia
tem valorizado os Temas Livres por
representarem o melhor da produção
científica na área cardiovascular no
Brasil, além de estimular a pesquisa
científica nacional. “Em Brasília, du-
rante o congresso, será apresentado e
divulgado para a comunidade científica
cardiológica nacional o que tem sido
produzido no país em diferentes áreas,
sendo discutidos os achados com ou-
tros especialistas, colocando em pers-
pectiva sua futura aplicação clínica e/
ou vislumbrando a oportunidade de
mais estudos sobre o tema”, completa.
SBC 2018
Maria Eliane Campos Magalhães, coordenadora de Temas Livres
Acesse a Programação do CongressoA Programação Científica preliminar do 73º Congresso de Cardiologia está disponível no site http://cardio2018.com.br.
“Estamos preparando uma grade científica vol-tada para o cardiologista clínico, porém com as-suntos de elevado teor científico. Destaque para
as discussões das novas diretrizes e grandes estudos nacionais e internacionais”, afirmou o diretor científico, Dalton Bertolim Précoma.
Foto: Divulgação
8
Às vésperas da Copa do Mundo da Rússia, um grupo de
pesquisadores brasileiros concluiu um estudo que avaliou
o ponto cardiorrespiratório ótimo (POC) – uma variável
obtida no teste cardiopulmonar de exercício – em cerca
de 200 jogadores da elite do futebol brasileiro. A conclu-
são é que o POC se consolida como uma informação po-
tencialmente útil em atletas, podendo beneficiar, inclusive,
exercitantes de provas muito longas (meias-maratonas,
maratonas, provas ciclísticas e triatlos).
O artigo original “Ponto Ótimo Cardiorrespiratório em Fute-
bolistas Profissionais: Uma Nova Variável Submáxima do
Exercício” acaba de ser publicado no International Journal
Dia a Dia do Cardiologista
of Cardiovascular Sciences, da SBC: http://publicacoes.
cardiol.br/portal/ijcs/portugues/AOP/2018/AOP_9999.pdf.
O estudo foi realizado pelo grupo de pesquisa da Clíni-
ca de Medicina do Exercício (Clinimex), tendo como pri-
meira autora a cardiologista Christina Grune de Souza
e Silva, sob a coordenação do médico do exercício e do
esporte Claudio Gil Soares de Araújo; dentre os coauto-
res, estão o fisiologista Altamiro Bottino, o professor de
Medicina Cardiovascular da Stanford University Jona-
than Myers e os médicos João Felipe Franca e Claudia
Lucia Castro, presidente do Departamento de Ergome-
tria, Reabilitação Cardíaca e Cardiologia Desportiva da
Gol da ciência brasileira aplicada ao futebolFácil de medir e de interpretar, o POC tem tudo para se tornar mais ou tão importante para os atletas quanto o limiar anaeróbico e o VO2 máximo
9
Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro
(DERCAD-Socerj).
Durante 11 anos, foram colhidos dados de 247 joga-
dores de futebol (goleiro, zagueiro, lateral, meio-cam-
po e atacante) de um time da série A do Campeonato
Brasileiro. Destes, foram selecionados 198 atletas que
completaram um teste cardiopulmonar de exercício ver-
dadeiramente máximo em esteira rolante.
Os autores encontraram POC (média ± desvio padrão)
de 18,2 ± 2,1, a uma velocidade 4,3 ± 1,4 km.h-1 menor
do que a do LA. Enquanto o volume de oxigênio máximo
(VO2 max; 62,1 ± 6,2 mL.kg-1.min-1) tendeu a ser menor
nos goleiros (p < 0,05), o POC não variou conforme a
posição em campo (p = 0,41). Chamou atenção não ter
havido associação entre POC e VO2 max (r = 0,032,
p = 0,65) e nem com LA (r = -0,003; p = 0,96).
“O POC já se mostrara um bom preditor de mortalida-
de por todas as causas em indivíduos saudáveis e não
saudáveis de mais de 50 anos de idade. Agora, o atual
estudo mostra que praticamente todos os jogadores
de futebol possuem valores baixos de POC (resultado
favorável na fisiologia) e que não há variação entre as
posições em campo, nem entre duas medidas obtidas
com o intervalo de 1 ano. Também não há associa-
ções muito fortes com outros índices aeróbicos, como
o consumo máximo de oxigênio ou o limiar anaeróbico.
É possível que um POC baixo seja um fator importante
para manter níveis adequados de performance ao lon-
go dos 90 minutos de jogo”, explica Claudio Gil Soares
de Araújo.
Para o médico, os resultados mostram que é importante ter
um POC baixo para ser um bom jogador profissional de fu-
tebol, independentemente da posição em campo. “Em pers-
pectiva futura, o POC pode vir a se tornar a variável fisiológica
mais importante a ser obtida no teste de esforço em outros
tipos de atletas ou exercitantes, como os de provas longas −
maratonas ou triatlos, nas quais, a intensidade do esforço é
mantida em níveis submáximos por várias horas. E, então, a
economia de N litros de ar inspirado poderia ser muito relevan-
te para reduzir ou retardar a fadiga”, conclui Araújo.
O artigo recebeu dois editoriais de renomados autores es-
trangeiros, um finlandês e outro português.
Público Leigo
O POC foi originalmente proposto em estudo publi-
cado nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia, em
2012. Naquela ocasião, os resultados de mais de 600
homens e mulheres saudáveis foram utilizados para
avaliar o comportamento do POC, isso é, a menor
quantidade de ar que um indivíduo precisa respirar
para consumir 1 L de oxigênio, ou seja, o ponto fisioló-
gico de melhor interação respiração-circulação.
Confira: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext
&pid=S0066-782X2012001400004&lng=en&nrm=i
so&tlng=pt#end
10
A SBC realizou uma aproximação com a Federação
da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), em 7 de
maio, na sede da Fiesp, na avenida Paulista, em São
Paulo. O diretor de Promoção da Saúde Cardiovascu-
lar, Fernando Costa, foi recebido pelo diretor adjunto do
Comitê de Responsabilidade Social da Fiesp e também
médico, Alberto Ogata.
Fernando Costa apresentou uma proposta de levanta-
mento para identificar o aumento de eventos cardiovas-
culares em indivíduos economicamente ativos após o
retorno de férias, com base na percepção de consultó-
rio de vários anos. “Tenho notado, há muito tempo, que
pacientes voltam das férias mais obesos, após sema-
nas exagerando na alimentação e na bebida, e prati-
cando menos atividade física”, conta.
O projeto de pesquisa é avaliar indivíduos no retorno do
período de descanso, por meio de de exames de coles-
terol, glicemia, índice de massa corporal e pressão ar-
terial, juntamente da aplicação de um questionário para
analisar o comportamento durante as férias. “Pretende-
mos acompanhar esses trabalhadores por 1 ano e men-
salmente, até 6 meses após o retorno das atividades.
Essa segunda avaliação será um acompanhamento por
Prevenção cardiovascular dos trabalhadores é discutida em reunião na FiespEncontro foi realizado com diretor do Comitê de Responsabilidade Social da Federação
pesquisa telefônica. A parte operacional é de respon-
sabilidade da SBC, mas os cardiologistas precisam de
apoio do médico do trabalho das empresas”, esclareceu
Fernando Costa ao diretor da Fiesp.
O diretor adjunto do Comitê de Responsabilidade So-
cial da Fiesp, Alberto Ogata, ficou entusiasmado com o
levantamento e explicou que o projeto de pesquisa tem
mais o perfil de apoio do Serviço Social da Indústria
(SESI) e que poderá auxiliar a SBC internamente.
Prevenção
Fernando Costa e Alberto Ogata
Foto: Divulgação
11
Prevenção
O Dia Mundial Sem Tabaco, comemo-
rado em 31 de maio, foi marcado por
uma série de ações da SBC em mídias
sociais. O fôlder da campanha lembra-
va que 428 pessoas morrem todos os
dias no Brasil por causa do tabagismo.
O informativo destacava que a fumaça
do cigarro tem 4.720 substâncias tóxi-
cas, e que o cigarro eletrônico tam-
bém é um grande problema de saúde,
já que apenas 5 minutos fumando a
versão eletrônica são suficientes para
reduzir do fluxo de ar nos pulmões.
O fôlder da SBC alertava ainda para o
risco do naguillé.Folder da campanha da SBC
Campanha contra o tabaco é deflagrada em mídias sociaisVídeos, posts e um fôlder da campanha foram divulgados para alertar dos riscos
Silvia Cury, integrante do Comitê de Controle do Tabagismo da SBC
A integrante do Comitê de Controle
do Tabagismo da SBC, Silvia Cury
Ismael, informou, em vídeo gravado
e postado no Facebook de Preven-
ção que, neste ano, a Organização
Mundial da Saúde elegeu como
tema da campanha mundial o taba-
co relacionado com os problemas
cardiovasculares. “Os jovens conti-
nuam fumando e muitas vezes até
crianças por conta do exemplo de
pais que também fumam. Uma ses-
são de naguillé, por exemplo, de 1
hora equivale a fumar cem cigarros,
em quantidade de nicotina”, alertou
a Silvia Cury.
12
O Bem Estar Global, programa da TV Globo, em Goiâ-
nia, foi realizado em 11 de maio na Praça Cívica, com
grande participação popular. A Tenda do Coração or-
ganizada pela SBC e SBC/GO ofereceu exames gra-
tuitos de dosagem de glicemia, aferição de pressão ar-
terial, medida de circunferência abdominal, orientação
nutricional e ecocardiograma. Foram feitos 263 atendi-
mentos e 36 ecocardiogramas.
O representante Funcor da SBC/GO, Alberto de Almei-
da Las Casas Júnior, foi o coordenador da Tenda do
Coração, que também esteve responsável pelas de-
monstrações TECA L no palco do Bem Estar Global.
SBC e Regional organizam Tenda do Coração em GoiâniaNa capital de Goiás, foram realizados 263 atendimentos com o patrocínio da Accumed
Prevenção
A SBC e SBC/GO fizeram 263 atendimentos
Equipe de voluntários da ação em Goiânia Alberto Las Casas concede entrevista na Tenda do Coração para a afiliada da TV Globo
A SBC inovou em uma ação conjunta com o Conselho
Brasileiro de Oftalmologia (CBO), proposta pelo dire-
tor de Promoção da Saúde Cardiovascular, Fernando
Costa. O CBO, a SBC e a SBC/GO atuaram juntas
para detectar a pressão arterial elevada dos partici-
pantes. “O exame de fundo de olho é muito importan-
te para diagnosticar as alterações provenientes da
hipertensão arterial e suas consequências”, explicou
Fernando Costa.
A edição de Goiânia teve o patrocínio da Accumed e
apoio do Laboratório Saúde (Instituto de Análises Clí-
nicas Ltda.).
Foto: Divulgação S
BC
/GO
Foto: Divulgação S
BC
/GO
13
Taqui News
Brasileiros assinam editorial de publicação da ESC
Viviane Rocha e Raul Dias dos Santos foram convidados e escreve-ram editorial publicado na edição do European Journal of Preventive Cardiology da European Society of Cardiology (ESC). O texto, com o título “Cholesterol and inflammation: The lesser the better in athero-thrombosis”, comenta a recente diretriz publicada por um grupo de especialistas daquela sociedade sobre a influência do colesterol e da inflamação como causas da aterosclerose e suas complicações. O editorial faz um resumo da evidência disponível, comenta al-guns pontos polêmicos e aborda as soluções bem-sucedidas para evitar a aterotrombose, destacando a comprovação do conceito da chamada dupla meta: ou seja redução da LDL-colesterol e da inflamação para prevenção adequada da doença cardiovascular. A íntegra do artigo pode ser lida no link: http://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/2047487318772936
Homenageados no Salão Nobre da APM
Lopes e Chagas com a homenagem a Oscar Dutra
Invited editorial
Cholesterol and inflammation: The lesserthe better in atherothrombosis
Viviane Z Rocha1 and Raul D Santos1,2
For decades, longitudinal studies have supported themultifactorial nature of atherosclerosis. Indeed, unlessin exceptional cases, there is no single cause that is fun-damental or sufficient by itself for the development ofatherosclerotic disease. Overall, a variable combinationof the so-called risk factors initiates the atherosclerosisprocess, and may contribute to its evolution, and ultim-ately to its complications. Interestingly, since the use ofthe medical term ‘‘risk factor’’ by Kannel et al.1 who ledthe way for the widely recognized Framingham HeartStudy, the list of potential risk factors for cardiovascu-lar disease has dramatically increased. In addition totraditional risk factors such as hypercholesterolemia,for which the pivotal influence on the development ofcoronary heart disease has been established since the1960s, several different plasma ‘‘markers’’, causal ornot, emerged several years ago with the promise tohelp identifying those persons who are prone to prema-ture atherothrombosis.2–4 Among the distinct bio-markers, those reflecting a low-grade inflammatorystatus gathered most of the attention of scientific com-munity, not only because of their power of predictionof cardiovascular events observed in large-scale epide-miologic studies (high-sensitivity C-reactive protein(hsCRP) being the best example),2 but also due to awell-recognized role of inflammation in atherosclerosisfrom experimental studies in the last three decades.5 Inthis issue of European Journal of Preventive Cardiology,a Working Group of Atherosclerosis and VascularBiology of the European Society of Cardiologyaddresses the close connections between these tworisk factors, hypercholesterolemia and inflammation,concerning their synergistic biological contributions toatherosclerosis, and also their specific therapies, whichnow seem complementary approaches to reduce cardio-vascular risk (Table 1).6
Cholesterol and inflammation –‘‘partners in crime’’
As described in this Consensus paper, cholesterol andinflammation are biologically interrelated in theirimpact on atherosclerosis.6 The entry and retention of
low-density lipoprotein (LDL) particles within thearterial wall trigger several inflammatory signals, cul-minating in the expression of adhesion molecules by theendothelium and the local secretion of cytokinesand chemokines, which ultimately contribute to accu-mulation of macrophages and other inflammatorycells in the subendothelial space.5,7 This lipid-inflamma-tion interface reunites enough elements for setting up aproper soil for atherosclerosis initiation and oftentimes, atherosclerosis progression.
Beyond the well-known biological plausibilitybehind cholesterol’s role in atherogenesis, the causalrelationship between low-density lipoprotein choles-terol (LDL-C) and atherosclerotic coronary heart dis-ease is currently unequivocal, with consistent androbust evidence from prospective epidemiologiccohort studies,8 Mendelian randomization studies,9,10
and randomized trials of different LDL-lowering thera-pies10–12 that act by enhancing the LDL receptor-mediated apolipoprotein B containing lipoproteinclearance pathway. Cumulative data, including over20m person-years of follow-up, have supported adose-dependent, log-linear association between themagnitude of exposure to LDL-C and risk of athero-sclerotic cardiovascular disease (ASCVD).10 The recentstudies of outcomes of a new class of potent LDL-C-lowering agents, the monoclonal antibodies againstproprotein convertase subtilisin kexin type 9 (PCSK9),reinforced this causal association. The FurtherCardiovascular Outcomes Research with PCSK9Inhibition in Subjects with Elevated Risk(FOURIER) trial,13 the combined Studies of PCSK9Inhibition and the Reduction of Vascular Events(SPIRE) trials,14 and the recently presentedEvaluation of Cardiovascular Outcomes After an
1Lipid Clinic Heart Institute (InCor), University of Sao Paulo Medical
School Hospital, Brazil2Hospital Israelita Albert Einstein, Brazil
Corresponding author:
Raul D Santos, Unidade Clinica de Lipides InCor-HCFMUSP, Av. Dr Eneas
C. Aguiar 44, Cep 05403-900, Sao Paulo, SP, Brazil.
Email: [email protected]
European Journal of Preventive
Cardiology
0(00) 1–4
! The European Society of
Cardiology 2018
Reprints and permissions:
sagepub.co.uk/journalsPermissions.nav
DOI: 10.1177/2047487318772936
journals.sagepub.com/home/ejpc
Oscar Dutra é homenageado pela Sociedade de Clínica Médica
A Sociedade Brasileira de Clínica Médica, em virtude das comemorações dos seus 30 anos de fundação, realizou no final do mês de maio uma Sessão Solene no Salão Nobre da Associação Paulista de Medicina para entregar Meda-lhas de Mérito e Amigo da SBCM. O presidente da SBC, Oscar Dutra, foi condecorado pelo trabalho em favor da clínica médica no Brasil. Dutra foi representado na home-nagem pelo presidente da SBC (gestão 2008/2009) e atual diretor científico da AMB, Antônio Carlos Palandri Chagas, que recebeu o diploma do presidente da SBCM, Antônio Carlos Lopes.
Fotos: Divulgação
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Congresso Baiano de Cardiologia
O diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular, Fernando Costa, participou da abertura do 30° Con-gresso Baiano de Cardiologia. O evento foi realizado de 9 a 12 de maio, no Bahia Othon Palace Ho-tel, em Salvador. Fernando Costa falou das ações da SBC, da saú-de no Brasil e também do futuro da Cardiologia.
InCor comemora 50 anos do primeiro transplante cardíaco
O Instituto do Coração (InCor) festejou, no fi-nal do mês de maio, o cinquentenário da rea-lização do primeiro transplante cardíaco. Em 26 de maio de 1968, o Brasil entrava no rol dos países pioneiros do transplante de cora-ção. Nos primeiros batimentos do coração transplantado de João Ferreira da Cunha, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medi-cina da Universidade de São Paulo, uma nova etapa na Cardiologia brasileira e latino-ameri-cana era escrita. O feito histórico foi das equi-pes chefiadas pelos professores Euryclides de Jesus Zerbini (Cirurgia Cardiotorácica) e Luiz Venere Décourt (Clínica). A Diretoria da SBC foi representada, no evento, por Fernando Costa que, na foto, está ao lado do presidente do Conselho Diretor, Roberto Kalil Filho. Fernando Costa e Roberto Kalil Filho
FHF realiza levantamento sobre conhecimento da doença nas Américas
A Fundação para Hipercolesterolemia Familiar (FHF) promove um levan-tamento com 21 questões com res-postas de múltipla escolha sobre o conhecimento médico da doença no continente americano. A iniciativa tem o apoio da SBC.A coordenação do trabalho no Brasil é feita pela assessoria científica da As-sociação Brasileira de Hipercoleste-rolemia Familiar (AHF), capitaneada por Tânia Martinez. Ela explica que a ideia da coleta informal de dados ocorreu na última reunião da FHF, realizada nos Estados Unidos, no ano passado. “A pesquisa é anônima, e o colega não vai gastar nem 5 minutos para responder. Os resultados ajuda-
rão a planejar medidas para projetos de atualização médica em hipercoles-terolemia familiar, que atinge entre 1/200 e 1/250 pessoas de uma forma geral”, explica Tânia Martinez. O questionário pode ser respondido no seguinte link: https://www.survey-monkey.com/r/FHunderstandingsur-vey?lang=pt. “A adesão de especia-listas e dos médicos brasileiros nos permitirá entrar no mapa de resulta-dos do Summit of the Americas da FHF”, completa Tânia Martinez.
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SBC/MGO Mercado Central de BH foi palco de uma das ações da Sociedade Mineira de Cardiologia, pelo Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Grande foi a presença de público, tendo sido realizadas 426 aferições de pressão arterial e orientações sobre a doença pelos cardiologistas da entidade e voluntários da Sociedade de Acadêmicos de Medicina de MG. O evento foi considerado um sucesso pela SMC e pelo Mercado, que já fechou mais parcerias para este semestre com a entidade.
SBC/CEA regional divulga informações sobre o 24º Congresso Cearense de Cardiologia, dias 16 e 17 de agosto, na Uni-christus Campus Parque Ecológico. As inscrições podem ser feitas pelo site: http://sociedades.cardiol.br/ce/congres-so2018/. Informações pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (85) 4011-1572. A comissão é formada pela presidente da SBC/CE, Maria Tereza Sá Leitão Ramos Borges; pela presidente do 24º Congresso Cearense de Cardiologia, Ieda Prata Costa; pelo presiden-te da Comissão Científica, Gentil Barreira de Aguiar Filho, e pela coordenadora dos Temas Livres, Sandra Nívea dos Reis Saraiva Falcão.
Regionais
Ação no Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial no Mercado Central de Belo Horizonte
Rodrigo Lima, Rodrigo Cerci, Luiza Magna, Rodrigo Barretto e Ilanne Costa
Luiz Bezerra, Luiza Magna, Camila Batista, Rodrigo Barretto, José Itamar, Alcino Filho e Francisco Batista
SBC/PITeresina sediou o I Simpósio de Imagem Cardiovascular do DIC. O evento aconteceu no dia 5 de maio, no Metropolitan Hotel, com a presença de dois pales-trantes nacionais, Rodrigo Bar-retto (SP) e Rodrigo Cerci (PR).
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SBC/RJA Sociedade de Cardiologia do Rio de Janeiro lançou um programa de workshops que teve como ponto de partida o tema de doença arterial coronariana, realizado em maio último. O evento foi um sucesso de público e qualidade, com apresentação e debates sobre temas de bastante re-levância na doença coronariana. A Socerj agradece a par-ticipação de todos e convida para seu próximo workshop, cujo tema será insuficiência cardíaca, no Hilton Hotel, no Leme, em 28 de julho de 2018.
SBC/SCDurante o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, a Regional desenvolveu uma campanha em parceria com a Unimed Grande Florianópolis e com voluntários da equipe de reabilitação do Instituto de Car-diologia de Santa Catarina, sob coordenação de Artur Haddad Herdy. Dentre as ações realizadas, destacou-se a distribuição de material educativo e a aferição da pressão arterial de aproximadamente 300 participantes.
SBC/PRCom o foco em prevenção de morte súbita, o 45º Con-gresso Paranaense de Cardiologia, que ocorre em 27 e 28 de julho, em Curitiba, terá uma novidade: o Curso de Suporte de Vida Avançado (ACLS). O curso é desvin-culado da participação do congresso, o que abre opor-tunidade para outras especialidades participarem. Rea-lizado em apenas 1 dia, a certificação tem o apoio da American Heart Association (AHA). Inscrições pelo site: www.cardiolpr.com.br.
SBC/SPNo mês de junho, professores de 11 escolas públicas de São Paulo ex-puseram, no 39º Congresso da Socesp, experiências bem-sucedidas de ensinamentos sobre a importância da alimentação saudável. De acordo com o presidente da Socesp, José Francisco Kerr Saraiva, as ações de conscientização na rede estadual de ensino constituem a base para pro-moção de saúde e prevenção das doenças cardiovasculares, pois é na infância que estes jovens aprendem e criam hábitos de prática saudáveis. Tais ensinamentos visam conscientizar os alunos sobre os fatores de risco que estão diretamente ligados à má alimentação.
SBC/RSComo Reconhecer as Doenças do Coração e como Tratá-las foi o tema da palestra do presidente da Socergs, Daniel Souto Silvei-ra, para mais de cem servidores da Fun-dação de Atendimento Socioeducativo. O cardiologista pontuou as principais doenças cardiovasculares, detalhando cada uma, desde como preveni-las, diagnosticá-las e tratá-las. Daniel esclareceu que as DCVs são as que mais matam no mundo − tan-to homens como mulheres. Nos Estados Unidos, são as causas de morte de 930 mil pessoas e, no Brasil, de acordo com o Departamento de Informática do SUS (Da-taSus), representam 260 mil óbitos. Fatores de risco como diabetes, tabagismo, sobre-peso, hipertensão, sedentarismo e coleste-rol alto estão entre as causas da doença.
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SBC/DAA Diretoria do DA elaborou uma proposta de alterações do Regi-mento Interno do Departamento de Aterosclerose, visando à sua atuali-zação e à adequação às necessida-des. Estas foram apresentadas em Assembleia Extraordinária durante o congresso da Socesp, em 1° de junho. A participação do Conselho Consultivo na aprovação das contas e na eleição da Diretoria, bem como os requisitos para composição da chapa, foi modificada, seguindo as mesmas normas da SBC.
SBC/SBHCIA Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista reali-za, pelo terceiro ano consecutivo, o CTO Summitt 2018, em 5 e 6 de outubro, no hotel Pullman Ibirapuera. Alguns temas das palestras já foram definidos, como técnicas de recanalização de oclusões, indicações de procedimento, como fa-zê-los, e as maneiras mais rápidas, fáceis e seguras de realizar a intervenção. “Neste ano iremos abordar aspectos gerais e práticos para aqueles que pre-tendem iniciar a realizar angioplastias em CTOs, bem como tópicos para inter-vencionistas que já realizam estes procedimentos e desejam aprimorar seus conhecimentos”, esclarece Alexandre Quadros, diretor científico da SBHCI.
SBC/DFCVRFoi realizada, em 16 de junho, a I Jornada da Liga Acadêmica de Cardiologia do Uni-ceb e Departamento de Fisiologia Cardiovascular e Respiratória, em Brasília. Con-tamos com a participação de associados do departamento e foi introduzido o espaço acadêmico, onde alunos da graduação participaram com apresentações de temas dentro do evento, tendo como suporte o Professor Orientador Otoni Moreira Gomes, diretor científico do departamento, pioneiro neste modelo de integração entre aluno e professor. Estamos revitalizando a página do DFCVR. Contamos com a colaboração dos associados no envio de artigos, publicações, resumos de trabalhos de Iniciação Científica, comentários sobre publicações científicas e sugestões, bem como para a possibilidade da realização de jornada/simpósio do DFCVR em sua região.
SBC/DCCA mortalidade por choque cardiogênico vem decrescendo nas últimas décadas, entre-tanto, dilemas na utilização de biomarcadores, adequado manejo de drogas vasoati-vas e indicação de suporte circulatório são tópicos controversos. Uma revisão sobre esta entidade e seus preditores foi publicada pelo grupo de Idiberto Zotarelli Filho de São José do Rio Preto (SP) em recente edição do Cardiology Research. Disponível em http://www.cardiologyres.org/index.php/Cardiologyres/article/view/715/751
SBC/SOBRACDe 1º de julho a 1º de agosto, estarão abertas as inscrições para os Temas Livres do Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas, que será realizado em Goiânia/GO, de 22 a 24 de novembro. As inscrições devem ser feitas no site do evento: https://sobrac.org/sobrac2018. Não haverá prorrogação do prazo li-mite. Este ano, os dez Temas Livres orais selecionados concorrerão ao Prêmio Eduardo Sosa de Melhor Trabalho, iniciativa inédita que visa homenagear o reconhecido eletrofisiologista Eduardo Argentino Sosa.
SBC/DECAGEConfira os temas que serão aborda-dos na Programação Científica do XV Congresso Brasileiro de Cardiogeria-tria. Acesse: http://departamentos.car-diol.br/decage/congresso2018/
SBC/DERCInteressados em Ergometria/Ergoespirometria, Cardiologia do Esporte, Rea-bilitação CardioPulmonar e Metabólica e Cardiologia Nuclear, visitem o portal www.derc.org.br. Lá, vocês encontrarão notícias das atividades do Departamento, como o congresso anual (www.congressoderc.com.br), Revista do DERC, DERC News e Diretrizes. Poderão também conhecer melhor o departamento e interagir com sua diretoria, grupos de estudo e as diversas comissões (habilitação em ergo-metria, defesa profissional, prevenção etc.). Seja sócio!
Departamentos
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SBC na mídia
Diretriz da SBC é citada em Globo Repórter sobre coraçãoO Globo Repórter da TV Globo exibiu, em maio, um programa inteiro sobre os desafios da cirurgia cardíaca no Brasil, o trabalho em hospitais públicos de referência, como o Instituto do Coração, que comemorou os 50 anos do primeiro transplante do coração, e a importância da prevenção aos fatores de risco para se evitarem as doenças cardiovasculares. A Diretriz da SBC foi citada. Segundo o programa, “a dieta cardioprotetora observou todas as características nutricionais da dieta mediterrânea recomendada pela SBC”.
Notícia em O Globo sobre relatório da ONU ouve porta-voz da SBCRelatório das Nações Unidas revela que nove em cada dez pessoas no mundo respiram ar con-taminado e, no Brasil, 64 morrem todos os anos em razão da poluição atmosférica. O coordena-dor do Centro de Treinamento em Emergências Cardiovasculares da SBC, Sérgio Timerman, foi entrevistado pelo O Globo e explicou que, já há algum tempo, a poluição atmosférica tem sido relacionada diretamente com o desenvolvi-mento de diversas doenças. Diferentemente do que se poderia pensar, não são os pulmões que mais sofrem com a sujeira do ar, mas o coração. “A poluição é fator de risco para doenças cardio-vasculares, como se estivéssemos falando de ou-tros mais conhecidos, como tabagismo, obesidade e diabetes”.
Jornal destaca mobilização da SBC em favor do Farmácia PopularO Povo de Serra de Campos do Jordão, interior de São Paulo, publicou ampla reportagem a respeito da mobilização dos cardiologistas na defesa do programa de medicamentos Farmácia Popular. A publicação informou que o presidente Oscar Dutra designou Carlos Alberto Machado para re-presentar a entidade e pressionar o Governo Federal a não abandonar o Farmácia Popular, que atende 20 milhões de brasileiros. “O programa é muito importante e uma antiga reivindicação da entidade, que, unida com outras sociedades médicas, trouxe essa grande conquista para o país”, lembra Oscar Dutra.
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Futura exibe programa sobre coração femininoA TV Futura exibiu um programa de orientação para o coração das mulheres e revelou que, segundo a Organização Mundial da Saúde, o infarto e o acidente vascular cerebral já são as principais causas de morte no planeta. “Mas as doenças atingem homens e mulheres de forma diferente”, informou a reportagem. A cardiologis-ta da SBC, Jacqueline Miranda, explicou quais são os sintomas para as mulheres.
BBC cita dados da SBC em reportagemO portal em português da britânica BBC de Londres publicou ampla repor-tagem sobre a insuficiência cardíaca, com dados de pesquisa da SBC. “Os médicos costumam dizer que quando alguém sofre um ataque cardíaco, ‘o tempo é músculo’. O coração depende de um fornecimento contínuo de oxigênio proveniente das artérias coronárias. Se elas entopem e o abas-tecimento para, as células musculares do órgão começam a morrer em questão de minutos. Os pacientes que sobrevivem costumam desenvolver um quadro de insuficiência cardíaca permanente. No Brasil, cerca de 50 mil pacientes morrem anualmente em decorrência de insuficiência cardía-ca, de acordo com a SBC”, citou a matéria.
APM publica reportagem sobre mudanças estudadas pela ANSA revista da Associação Paulista de Medicina (APM) publicou re-portagem de cinco páginas sobre as mudanças que estão sendo analisadas na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos e seguros, com a inclusão de franquia e coparti-cipação. Vários profissionais de diversas especialidades foram entrevistados, e a maioria constatou que as alterações afetarão a autonomia profissional e o tratamento dos pacientes. Para Evandro Tinoco Mesquita, diretor de Qualidade Assistencial da SBC, que foi entrevistado, há cenários que demandam acompanhamento frequente, como pacientes com insuficiência cardíaca, uso de anti-coagulante ou arritmia. “Na prática clínica, precisamos de um mo-nitoramento maior dessas situações, até para separarmos aquilo que é uma condição estável daquilo que é uma situação complexa e instável”. “De qualquer forma, entendemos que as mudanças po-dem restringir o acesso ao cardiologista. Temos procedimentos de valores elevados, muitos cuidados e exames. Somos solidários à preocupação em combater desperdícios, por isso a SBC é pioneira em estabelecer protocolos e diretrizes para o atendimento preciso e o uso racional dos recursos. Entretanto, também somos favoráveis ao atendimento de qualidade, e restringi-lo vai contra isso”, avalia.
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Histórias da Cardiologia por Reinaldo Hadlich
Reinaldo Hadlich é Professor do Instituto de Pós Graduação Médica do Rio de Janeiro, Presidente
do Centro de Estudos do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro e Vice Presidente do
Departamento de Clínica Cardiológica da Socerj.
Adrenalina puraManassés C. Fonteles*
Cinco prêmios Nobel em 40 anos! Não é sempre que se
pode ver uma linha científica tão bem demarcada quanto
a que surgiu há 70 anos, nas mãos do farmacologista
Raymond Perry Ahlquist e veio culminar no Nobel de quí-
mica de 2012, concedido à Lefkowitz e Kobilka.
Em 1948, Raymond Ahlquist introduziu o conceito de re-
ceptores adrenérgicos, sendo divididos em alfa e beta.
Esta descoberta levou-o a receber o prêmio Lasker de
1976, embora Raymond Ahlquist não tenha vivido o sufi-
ciente para ver o reconhecimento de sua descoberta pela
academia sueca. Verificou-se que os receptores beta es-
timulam a atividade cardíaca, fazendo o coração bater
com mais força e mais rápido, e são importantes para
função pulmonar (asma). Dez anos depois, Powell e Sla-
ter, consolidaram a descoberta, com a criação do diclo-
roisoproterenol, depois substituído por uma substância
presente nos receituários da cardiologia até os dias de
hoje, o propranolol, descoberto por James Black e seu
grupo do Imperial College. Hoje temos betabloqueadores
mais sofisticados direcionados a subreceptores β1, β2 e
β3, que atuam diretamente no coração, nos brônquios e
nas células gordurosas.
Robert J. Lefkowitz e Brian Kobilka ampliaram o estu-
do dos receptores adrenérgicos e verificaram o acopla-
mento entre o receptor beta e a proteína G. O trabalho,
iniciado em 1968, buscava descobrir a localização de
moléculas nas células em que os hormônios se fixavam.
Observou-se que o receptor adrenérgico é semelhan-
te àquele encontrado nos olhos, abrindo amplo cam-
po para desenvolvimento de drogas para o glaucoma.
Essa descoberta ainda criou perspectivas para a com-
preensão dos mecanismos de recepção dos sabores e
dos odores, e o funcionamento da histamina, dopamina
e serotonina.
Essa linha de pensamento que claramente remonta a Ahl-
quist levou a cinco prêmios Nobel, pela ordem: em 1971 Earl
Sutherland Jr. descobre o AMP cíclico, o segundo mensa-
geiro, pós-receptor celular; em 1988, James Black (grande
amigo de Ahlquist), descobridor do propranolol, recebeu seu
Nobel; em 1994, Alfred Gilman e Martin Rodbell descobrem
a proteína G e dão um passo para explicar os mecanismos
intracelulares de regulação; em 1997, Jens Skow caracteriza
o receptor Na+ K+ ATPase, importante para o conhecimento
dos sinais elétricos das membranas celulares e, finalmente,
em 2012, Lefkowitz e Kobilka. Setenta anos de trabalho das
melhores cabeças da farmacoquímica mundial chegam a
uma série de novas drogas para o tratamento de males car-
diovasculares, como a prevenção da morte súbita pós-infarto,
e no tratamento da asma com remédios mais modernos e
eficazes, com menos efeitos colaterais.
*Manassés C. Fonteles é membro da Academia Brasileira de
Ciências e da Academia Nacional de Medicina. O professor
Ahlquist foi seu orientador de Ph.D em Farmacologia Médica.
Manassés Fonteles
Foto: Divulgação
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Relação Médico Paciente por Protásio Lemos da Luz
Protásio Lemos da Luz é Professor Sênior de Cardiologia do InCor da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (USP)
Paz na SBCComeçou há pouco uma gestão na
SBC, e as eleições para a próxima
já estão ocorrendo. Há intensa pola-
rização entre duas chapas, com pro-
pagandas sistemáticas de ambos os
lados. Esta ênfase em eleições foge
das finalidades da SBC. Facções se
formaram e não faltam comentários
ácidos de ambos os lados. Esse grau
de polarização não ajuda a entidade.
De fato, cria divisões que induzem
desagregação.
A SBC é uma sociedade científica
e profissional, que representa uma
parcela importante da sociedade
brasileira. Servi-la, por tempo deter-
minado, é uma honra e implica gran-
de responsabilidade. A SBC deve
defender a carreira profissional, pro-
mover o desenvolvimento científico e
a boa prática, batalhar por boa edu-
cação médica, entre outras coisas.
Porém, as posições administrativas
na SBC não devem representar uma
carreira. Posições administrativas na
SBC devem ser aceitas como pres-
tação de serviço, ocasional, mas não
buscadas como um fim. A SBC não
é um partido político no qual se faz
uma carreira. A carreira do cardiolo-
gista precisa ser centrada na assis-
tência, na pesquisa e no ensino. A
SBC precisa focar-se em programas
administrativos, científicos, educa-
cionais, e não em política.
Eleita uma diretoria, não deve haver
situação e nem oposição. Deve ha-
ver uma SBC que represente a todos
os cardiologistas. Por isso, defendo a
reformulação completa no nosso siste-
ma eleitoral. O sistema atual é arcaico,
adotado há mais de 40 anos. Desde
então, muita coisa mudou, e a SBC pre-
cisa se modernizar. Proponho que se
crie uma Comissão Especial imediata-
mente, para analisar mudanças nesse
sistema, e que a SBC tenha objetivos
de longo prazo voltados aos interesses
primordiais dos cardiologistas.
Aorta e cirurgião cardiovascular
Cirurgia Cardíaca por Domingo Braile
Domingo Braile é Professor Emérito da Faculdade Estadual de Medicina de Rio Preto e Sênior da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Pró-Reitor de Pós-Graduação da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp). Editor do Brazilian Journal
of Cardiovascular Surgery.
O cirurgião cardiovascular foi, du-
rante muitos anos, ligado quase
exclusivamente às doenças do
coração, sendo as intervenções
sobre os vasos um campo de ati-
vidade principalmente do cirurgião
vascular.
Este comportamento tem mudado
ao longo do tempo, em virtude de
novas possibilidades de tratamen-
to tanto dos aneurismas como das
dissecções da aorta e seus ramos
principais, usando técnicas mini-
mamente invasivas.
Trata-se de uma nova visão do tra-
tamento destas afecções com o im-
plante de endoproteses, tendo como
via de acesso as artérias periféricas.
Prova deste novo campo de atua-
ção fica evidente pela realização de
simpósios cardiovasculares dedica-
dos a este novo campo de atuação.
Por exemplo, entre os dias 24 e 26
de maio, tivemos, em Porto Alegre,
o Aorta Simpósio 2018, realizado
em conjunto com a Mayo Clinic,
que reuniu os mais conceituados
especialistas nacionais e inter-
nacionais, mostrando o interesse
dos cirurgiões cardiovasculares
nesta promissora área de atuação
do especialista.
23
O antigo significado do coração e o lado humano da Medici-
na, do grande médico goiano e insigne mestre da Cardiologia
brasileira, que tenho a honra de conhecê-lo e privar de sua
amizade, esta advinda do meu saudoso e ilustre pai, tam-
bém cardiologista (Antônio Dias dos Santos, professor emé-
rito da Universidade Federal da Paraíba − UFPB), o profes-
sor Celmo Celeno Porto, que publicou, em seu livro Doenças
do Coração: Prevenção e Tratamento, um verdadeiro libelo,
no que se refere à abordagem humanista do médico e da
Medicina. O autor defende que a compreensão do paciente
como ser humano inserido em determinadas circunstâncias
socioculturais fornece ao médico uma visão mais abrangen-
te de sua própria atividade. Ele acredita que “a medicina
moderna não pode ser reduzida a uma profissão técnica”.
O texto mostra como diferentes civilizações e culturas, em di-
versos períodos da história, dotaram o coração de significa-
dos, que transcendem o papel anatômico do órgão propulsor
da circulação sanguínea.
Dentro da proposta do Dr. Celmo, mas nos restringindo aos
significados simbólicos do coração dentro do universo literá-
rio, tentaremos mostrar aqui como alguns escritores e poetas
fizeram interessantes menções àquele que é, provavelmente,
o órgão humano mais aludido e metaforizado na literatura.
O pernambucano Manuel Bandeira, por exemplo, compa-
ra diretamente a cadência e a vivacidade de seu verbo ao
fluir do sangue e ao batimento do coração – o ritmo inter-
no do poema é marcado como os batimentos cardíacos:
“meu verso é sangue, volúpia ardente tristeza esparsa...
remorso vão... doe-me nas veias, amargo e quente cai,
gota a gota do coração”.
João Cabral de Melo Neto, outro pernambucano, porém
poeta de diferente temperamento, compara o poema “O
relógio” ao coração como uma máquina interior. “De den-
tro do homem, possuidora de uma vontade própria, uma
bomba motor“. Guimarães Rosa, médico, escritor e diplo-
mata mineiro, também vaticinou ricos trechos metafóricos
com o coração em sua vasta obra literária: “coração de
gente, o escuro, escuros“ (Grande Sertão: Veredas). Ain-
da Guimarães Rosa: “o coração cresce de todo lado, vive
feito riacho colombiano, por entre serras e varjas, matas e
campinas. Coração mistura amores. Tudo cabe“. Rosa se
refere à velha analogia e à faculdade de amar.
Como epílogo das linhas, em que mais uma vez procura-
mos enaltecer e exaltar o contexto humanístico da Medici-
na, finalizamos dizendo que todos estes usos e analogias,
que são muitos, acabam tornando-a mais eficiente para
sua tarefa de revitalizar a cultura, recolher os milhares de
nutrientes que o ictus cordis pode oferecer para experiên-
cias individuais e enriquecê-las de inteligência, profundi-
dade e saber.
Caminhos do coração na literatura brasileira
Crônicas do Coração por Fernando Lianza DiasCrônicas do Coração por Fernando Lianza Dias
Fernando Lianza Dias é especialista em Cardiologia pela SBC/AMB. Médico Preceptor de Cardiologia, Chefe do Serviço de Risco Operatório e Coordenador do Núcleo
de Prevenção das Doenças Cardiovasculares do Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da
Paraíba (UFPB). Diretor Científico da Cardioclin.
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Parceiros da Cardiologia
Interfarma comunica mudança na presidênciaO Conselho Diretor da Associação da Indústria Far-
macêutica de Pesquisa (Interfarma), que representa
51 laboratórios, informou, em maio, que o presidente-
-executivo, Antônio Britto, passou a ocupar o cargo de
presidente do Conselho Consultivo. O diretor de Aces-
so ao Mercado, Pedro Bernardo, assumiu interinamen-
te as funções executivas até a chegada, em breve, de
uma nova liderança.
Pedro Bernardo é economista, trabalhou por mais de
20 anos em diversos cargos do governo, como che-
fe do Núcleo de Assessoramento e Regulação Eco-
nômica, secretário Executivo Adjunto da Câmara de
Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e
gerente geral de Regulação Econômica e Monitora-
mento de Mercado.
Antônio Britto Pedro Bernardo
Fotos: Divulgação Interfarm
a
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Calendário 2018
XXXVIII Congresso Norte-Nordeste de Cardiologia /
XXIII Congresso Paraibano de Cardiologia
2 a 4 de agosto de 2018João pessoa (PB)
8º Congresso do Departamento de Imagem Cardiovascular
9 a 11 de agosto de 2018Florianópolis (SC)
28º Congresso da Sociedade Mineira de Cardiologia 9 a 11 de agosto de 2018
Belo Horizonte (MG)
24º Congresso Cearense de Cardiologia
16 e 17 de agosto de 2018Fortaleza (CE)
XXX Congresso da SBC/ES 16 a 18 de agosto de 2018
Espírito Santo(ES)
73º Congresso Brasileiro de Cardiologia
14 a 16 de setembro de 2018Brasília (DF)
XIX Congresso Cardiologia da SBC-MT
27 a 29 de setembro de 2018Cuiabá (MT)
XV Congresso Brasileiro de Cardiogeriatria -
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Florianópolis (SC)
XXV Congresso Nacional do DERC
25 a 27 de outubro de 2018Florianópolis (SC)
XV Congresso do Departamento de Hipertensão
Arterial da SBC1º a 2 de novembro de 2018
Salvador (BA)
XXV Congresso Brasileiro de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular Pediátrica1º a 3 de novembro de 2018
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