Máquinas de Indução
(Máquinas Assíncronas)
Prof. Luiz A. de S. Ribeiro
UFMA
L.A.S Ribeiro Máquinas Síncronas 2
Estrutura Física
Estator:
Na sua forma mais comum é cilíndrico com enrolamentos
distribuídos;
Normalmente são três enrolamentos localizados
simetricamente em ranhuras na superfície interna da periferia
do estator;
Enrolamento com 12 ranhuras, 4
espiras idênticas por fase e que se
distribuem por 6 ranhuras.
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 3
Estrutura Física
Estator:
Praticamente, um enrolamento que produz uma mmf com
distribuição aproximadamente senoidal pode ser achado
com um número finito de ranhuras dispostas de diferentes
maneiras. Para o enrolamento abaixo, a mmf é:
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 4
Estrutura Física
Estator: enrolamento senoidalmente distribuído
– Em máquinas de indução práticas, é desejável se ter um
campo que tem amplitude e forma constante e que gira
numa velocidade angular constante.
– A chave para a implementação disto é a propriedade única
de uma forma de onda senoidal que, quando adicionada a
outra senoide defasada e de mesmo período, produz uma
forma que também é senoidal;
– Portanto, é desejável que se tenha as espiras de cada
enrolamento distribuídas senoidalmente ao longo da espaço
angular do estator.
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 5
Estrutura Física
Estator: enrolamento senoidalmente distribuído
– A Fig. Abaixo sugere um arranjo onde o tamanho de cada
círculo denota a densidade de condutores na região.
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 6
Estrutura Física
Rotor: em gaiola ou bobinado (enrolamento trifásico
semelhante ao estatótico, com anéis)
– em gaiola
– Bobinado: enrolamento trifásico, usualmente conectado em Y
e os terminais do enrolamento são acessados externamente via
anéis e escovas.
Estrutura Física
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 7
Corte de um motor de indução com rotor em gaiola
Estrutura Física
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 8
Corte de um motor de indução com rotor bobinado
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 9
Carcaça
Núcleo de chapas
Enrolamento
trifásico
Eixo
Núcleo de chapas
Barras e anéis
de curto-circuito
Tampa
Ventilador
Tampa
defletora Caixa de
ligação
Rolamento
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 10
Motor de Indução
Estrutura Física
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 11
Princípio de Funcionamento
Os enrolamentos são conectados a uma fonte de tensão
senoidal trifásica de forma a produzir um campo
magnético girante estatórico Bs. A velocidade mecânica
deste campo, em rpm, é:
O campo girante passa pelos condutores que estão
inseridos em ranhuras no rotor e induzem uma tensão
nos mesmos devido a sua rotação. A tensão induzida é
dada por:
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 12
pólos de o P e oalimentaçã de freqüência a sedo ,120 o
ee
s nfP
fn
lBve sind )(
Princípio de Funcionamento
Como os condutores do rotor estão curto-
circuitados, haverá corrente no enrolamento rotórico
que será atrasada devido ao mesmo ter um elemento
indutivo. E esta corrente rotórica produzirá um
campo magnético girante, Br. A interação dos dois
campos magnéticos produz um conjugado:
O Tind produz movimento do rotor, que acelerará.
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 13
)( rsind BBkT
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 14
Princípio de Funcionamento
Contudo, haverá um limite superior de velocidade para o motor.
Se o rotor do motor de
indução estivesse girando na
velocidade síncrona
As barras do rotor estariam
estacionárias em relação ao
campo magnético
Não haveria tensão
induzida
Não haveria corrente
induzida
Não haveria campo
magnético rotórico
Tind = 0
O rotor diminuiria de
velocidade devido a fricção
Conclusão: um motor de indução pode acelerar até atingir uma
velocidade próxima de ns, mas nunca pode alcançá-la.
Princípio de Funcionamento
Conceito de escorregamento do rotor
– A tensão induzida no rotor é dependente da velocidade
relativa entre o rotor e o campo magnético do estator. Isto
comumente é referido como velocidade de escorregamento:
sendo nslip = velocidade de escorregamento
ns = velocidade mecânica do campo estatórico
nm = velocidade mecânica do eixo do rotor.
– O escorregamento é usualmente expresso como uma fração
da velocidade síncrona:
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 15
:
msslip nnn
%100
s
ms
n
nns
Princípio de Funcionamento
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 16
O escorregamento também pode ser descrito em termos
da velocidade angular:
Usando a relação de escorregamento, pode-se
determinar a velocidade do rotor:
%100
s
mss
sm nsn )1( sm s )1(
esP
2
Princípio de Funcionamento
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 17
Freqüência elétrica do rotor (freqüência de escorregamento):
Um motor de indução é similar a um transformador rotativo,
sendo o estator similar ao primário e o rotor ao secundário. Mas,
diferentemente de um transformador, a freqüência do secundário
pode não ser a mesma do estator.
Se o rotor estiver parado, a freqüência das grandezas do rotor
será a mesma do estator. Uma outra forma de se observar isto é
verificar que quando o rotor está parado o escorregamento é 1.
Mas a medida que o rotor gira na mesma direção do campo
estatórico, a freqüência das grandezas do rotor diminui e quando o
motor gira na velocidade síncrona a freqüência rotórica é zero.
Isto ocorre porque: er sff
Princípio de Funcionamento
Com o rotor girando no mesmo sentido que aquele do campo
magnético do estator, a freqüência das correntes rotóricas será fr
= sfe . Estas correntes produzirão um campo magnético que gira
na velocidade sns (rpm) em relação ao rotor.
Mas superposto a esta rotação está a velocidade mecânica do
rotor, nm.
Assim, em relação ao estator, a velocidade do campo magnético
girante produzido pelas correntes do rotor será a soma destas
duas velocidades:
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 18
sssms nnssnnsn )1(
Conclusão: as velocidades dos campos magnéticos Bs e Br são iguais.
Esta é a condição fundamental para a produção de conjugado médio
diferente de zero.
Desempenho da Máquina Síncrona
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 19
Característica de conjugado
rrsrem senFP
T
2
22
Considerando tensão e
freqüência de alimentação
constantes:
rrem senkIT
Circuito Equivalente do Motor de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 20
Fluxos de
dispersão
Circuito
Equivalente
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 21
90R
A vazio Com carga
Operação em Regime
(região de baixo s)
TRXf
BIE
s
rr IE
rrr
rrr
1sin
fase em quase e
)(
TXf
BIE
s
rr EI
rr
rrr
sin
atrasa
senBkBT SRR
rsen cos
90
Correntes e Conjugado
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 22
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 23
Potência e Conjugado no motor de indução
222RCL 3 RIP
miscW&Fmecout PPPP
m
mec
PT
mec
s
mec
PT
GAP
núcleoSCLinGAP PPPP
cos3 11IVP in
1
2
13 RIPSCL
GAP
RCLGAPmec
Ps
PPP
)1(
cnúcleo GEP 2
13
GAPRCL sPP
s
RIP 22
23GAP GAPP mecP
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 24
Potência e Conjugado no motor de indução
Pmec
𝑷𝑮𝑨𝑷 = 𝟑 𝑰𝟐𝟐𝑹𝟐𝒔
𝟑 𝑰𝟐𝟐𝑹𝟐 = 𝒔𝑷𝑮𝑨𝑷
𝑷𝒎𝒆𝒄 = (𝟏 − 𝒔)𝑷𝑮𝑨𝑷 𝑻𝒎𝒆𝒄 =𝑷𝒎𝒆𝒄
𝝎𝒎= 𝟑
𝑷
𝟐 𝑰𝟐
𝟐𝑹𝟐
𝒔𝝎𝒆
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 25
Potência e Conjugado no motor de indução
)( 11
1
M
M
XXjR
jXV
1XXM
M
M
XX
XV
11
)(
)(
11
11
M
M
THTH
XXjR
jXRjX
jXR
2
1
1
M
MTH
XX
XRR
1XXTH
THV
THZ
1RXM
2
2ZZ
VI
TH
TH
C MR X
Conjugado no motor de indução
Conjugado mecânico
Conjugado de partida
Conjugado máximo
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 26
2
2
2
2
2
2
)()/(
)/(3
XXsRR
sRVT
THTHs
THmec
2
2
2
2
2
2
)()(
3
XXRR
RVT
THTHs
THstart
2
2
2
2
max
)(
35,0
XXRR
VT
THTHTHs
TH
Curva T
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 27
2
2
2
2
2
23
XXsRR
sRVT
THTHs
TH
Baixo
escorregamento
Médio
escorregamento
Alto
escorregamento
2
2
2
2
2
23
XXRR
RVT
THTHs
TH
start
2
23
R
sVT
s
TH
s
m m
ss
m
Curva T : 10 Hp, 230 V, 60 Hz, 4 pólos
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 28
• Ex:01 (Problema para praticar 6.1) Calcule a potência
dissipara no rotor de um motor de indução trifásico, 460
V, 60 Hz, 4 pólos, com uma resistência estátórica de
0,056 Ω, operando numa velocidade de 1738 rpm e com
uma potência de entrada de 47,4 kW e corrente terminal
de 76,2 A. Calcule também a potência mecânica (Pmec) e
o conjugado mecânico (Tmec) produzidos por este motor.
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 29
Curva T : 10 Hp, 230 V, 60 Hz, 4 pólos
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 30
Enade
2008
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 31
Enade 2008
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 32
Efeito da Resistência do Rotor
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 33
2
2
2
2
2
2
)()(
3
XXRR
RVT
THTHs
THstart
Um projeto de um motor de indução é
forçado a ter um compromisso entre os
requisitos conflitantes de alto Tstart e boa
eficiência.
GAProtor
GAPmec
sPP
PsP
)1(
T
Efeito da Resistência do Rotor
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 34
Barra profunda
Gaiola dupla
Efeito da Resistência do Rotor – Tipos
de Máquinas de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 35
NEMA NBR 7094
Efeito da Resistência do Rotor – Tipos
de Máquinas de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 36
A B
C D
Barras largas e
próximas à superfície
do rotor
R2 pequena
X2 pequena
Barras largas e
profundas
R2 pequena
X2 maior
Dupla gaiola
Efeito pelicular
maior
Barras muito
próximas à
superfície do
rotor
R2 grande
X2 pequena
Parâmetros versus Tamanho
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 37
Placa de Identificação
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 38
Placa de Identificação
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 39
Temperatura Ambiente ºC 40 40 40 40 40
T = Elevação de Temperatura K 60 75 80 105 125
( método da resistência )
Diferença entre o ponto mais ºC 5 5 10 10 15
quente e a temperatura média
Total: Temperatura do ponto ºC 105 120 130 155 180
mais quente
Classe de Isolamento - A E B F H
Placa de Identificação
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 40
É o fator que aplicado à potência nominal, indica a carga
permissível que pode ser aplicada continuamente ao motor,
sob condições especificadas.
OBS.: Por norma, um motor trabalhando no fator de
serviço, terá o limite de temperatura da classe do
isolante acrescido de até 10 ºC.
FATOR DE SERVIÇO (FS):
Placa de Identificação
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 41
REGIME DE SERVIÇO (REG):
É o grau de regularidade da carga a que o motor está
submetido. Os motores normais são projetados para regime
contínuo (a carga é constante, por tempo indeterminado, e
igual a potência nominal do motor). A indicação do regime
do motor deve ser feita pelo comprador, da forma mais exata
possível.
Regime contínuo: S1
Regime de Serviço
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 42
tn
Carga
Perdas Elétricas
Temperatura
Tempo
máx
• Regime S1: contínuo
Regime de Serviço
• Regime S2: Funcionamento a carga constante durante um período
inferior ao tempo necessário para atingir o equilíbrio térmico.
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 43
tn
Tempo
máx
Carga
Perdas Elétricas
Temperatura
S2 60 min
S2 30 min
Placa de Identificação
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 44
GRAUS DE PROTEÇÃO (REG):
Os invólucros dos equipamentos elétricos, conforme as
características do local onde são instalados e acessibilidade,
devem oferecer um determinado grau de proteção. Assim, por
exemplo, um equipamento a ser instalado num local sujeito a
jatos d’água , deve possuir um invólucro capaz de suportar tais
jatos, sob determinados valores de pressão e ângulo de
incidência, sem que haja penetração de água.
Norma NBR 6146: define os graus de proteção dos equipamentos
elétricos por meio das letras características IP, seguida por 2
algarismos:
Graus de Proteção
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 45
1º ALGARISMO ( indica o grau de proteção contra penetração de corpos sólidos e contato
acidental)
0 Sem proteção 1 Corpos estranhos de dimensões acima de 50mm - Toque acidental com a mão 2 Corpos estranhos de dimensões acima de 12mm - Toque com os dedos 3 Corpos estranhos de dimensões acima de 2,5mm - Toque com os dedos 4 Corpos estranhos de dimensões acima de 1,0mm - Toque com ferramentas 5 Proteção contra acúmulo de poeiras prejudiciais ao motor - Completa contra toques 6 Totalmente protegido contra a poeira - Completa contra toques
2º ALGARISMO ( indica o grau de proteção contra penetração de água no interior do
motor)
0 Sem proteção 1 Pingos de água na vertical 2 Pingos de água até a inclinação de 15° com a vertical 3 Água da chuva até a inclinação de 60° com a vertical 4 Respingos em todas as direções 5 Jatos d’água de todas as direções 6 Água de vagalhões 7 Imersão temporária 8 Imersão permanente
A letra (W) entre as letras IP e os algarismos, indica que o motor é protegido contra
intempéries
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 46
Conexão dos enrolamentos
(6 terminais, 220/380 )
3
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 47
Conexão dos enrolamentos
(9 terminais, 220/440)
2
Conexão dos enrolamentos
(12 terminais, 220/380/440)
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 48
3 2
Determinação dos Parâmetros do Motor
de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 49
Ensaio à vazio
informação sobre a corrente de magnetização e as perdas à
vazio (no núcleo e rotacionais);
realizado na freqüência e tensão nominais;
Medições: tensão de fase (V1,nl), corrente de fase (I1,nl) e
potência total (Pnl)
Desprezando as perdas I2R do rotor e as perdas no núcleo, tem-
se que as perdas rotacionais são iguais a:
1
2
,13 RIPP nlnlrot
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 50
Determinação dos Parâmetros do Motor
de Indução
Ensaio à vazio
Alternativamente, se o motor estiver operando na velocidade
nominal e for desconectado da fonte de alimentação, tem-se:
E as perdas no núcleo são calculadas por:
Resistência que representa as perdas no núcleo
dt
dJP
PT
dt
dJ m
mrot
m
rotrot
m
1
2
,13 RIPPP nlrotnlnúcleo
núcleo
nl
cP
VR
2
,13
Determinação dos Parâmetros do Motor
de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 51
Ensaio à vazio
Neste teste, o escorregamento é muito pequeno, logo R2/s .
O circuito equivalente se aproxima ao mostrado abaixo;
Considerando Rc >> Xm, tem-se que Rc // jXm jXm. Logo, a
reatância observada neste ensaio é aproximadamente igual a:
mnl XXX 1
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 52
Determinação dos Parâmetros do Motor
de Indução Ensaio à vazio
Esta reatância pode ser determinada usando-se as grandezas
medidas:
O valor aproximado desta reatância pode ser calculado por:
22
nlnlnl PSQ nlnlnl IVS ,1,13
2
,13 nl
nlnl
I
QX
nl
nl
nlI
VX
,1
,1
Determinação dos Parâmetros do Motor
de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 53
Ensaio de rotor bloqueado
Informação sobre as impedâncias de dispersão;
O rotor é bloqueado de tal forma que não gira (s = 1)
e tensões trifásicas são aplicadas aos seus terminais;
Medições: tensão de fase (V1,bl), corrente de fase
(I1,bl) e potência total (Pbl) e freqüência do ensaio (fbl);
Determinação dos Parâmetros do Motor
de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 54
Ensaio de rotor bloqueado
O teste deve ser realizado sob as condições para as quais a
corrente e freqüência rotórica são aproximadamente as mesmas
que aquelas na máquina na condição de operação que se deseja
determinar os parâmetros:
1. Por exemplo, se houver interesse nas características em
escorregamentos próximos de 1 (como na partida), o teste deve
ser realizado com freqüências próximas da nominal e com
valores de corrente próximos aqueles encontrados na partida;
2. Se há interesse nas características na região normal de
operação o teste deve ser realizado com tensão reduzida e
corrente nominal; a freqüência também deve ser reduzida.
Determinação dos Parâmetros do Motor
de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 55
Ensaio de rotor bloqueado
Padrão IEEE 112: freqüência de alimentação usada no teste de
rotor bloqueado deve ser 25% da freqüência nominal. A reatância
de dispersão na freqüência normal pode ser obtida a partir do valor
deste teste considerando que a reatância é proporcional a
freqüência;
O circuito equivalente deste teste é:
Determinação dos Parâmetros do Motor
de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 56
Ensaio de rotor bloqueado
A reatância de rotor bloqueado pode ser obtida a partir das
medições realizadas no teste:
A resistência de rotor bloqueado pode ser calculada por:
22
blblbl PSQ blblbl IVS ,1,13
2
,13 bl
bl
bl
Rbl
I
Q
f
fX
2
,13 bl
blbl
I
PR
Determinação dos Parâmetros do Motor
de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 57
Ensaio de rotor bloqueado
Observando o circuito equivalente do teste com rotor
bloqueado, tem-se que:
equivalente do teste com considerando Rc
mbl jXjXRjXRZ //2211
2
2
2
2
22
2
212
2
2
2
2
21)(
)(
)( XXR
XXXRXXj
XXR
XRR
jXRZ
m
mm
m
m
blblbl
Determinação dos Parâmetros do Motor
de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 58
Ensaio de rotor bloqueado
Considerando R2 << Xm, tem-se:
A reatância de dispersão X2 e a resistência R2 podem ser
calculadas por:
blbl X
m
m
R
m
mbl
XX
XXXj
XX
XRRZ
2
21
2
2
21
blm
mbl
XXX
XXXX
1
12 2
212
m
mbl
X
XXRRR
Determinação dos Parâmetros do Motor
de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 59
Ensaio de rotor bloqueado
blnl
nlbl
XX
XXXXX 1
12
Padrão IEEE 112: distribuição empírica das reatâncias de dispersão
Classe do motor Descrição
Fração de
X1 + X2
X1 X2
A Tstart normal, Istart normal 0,5 0,5
B Tstart normal, Istart baixa 0,4 0,6
C Tstart alto, Istart baixa 0,3 0,7
D Tstart alto, alto escorregamento 0,5 0,5
Rotor bobinado Desempenho depende da resistência rotórica 0,5 0,5
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 60
Exemplo 02: Os seguintes dados foram medidos de um motor de
indução trifásico, 7,5 Hp, 220 V, 19 A, 60 Hz, 4 pólos, gaiola dupla,
classe C: Teste 1: ensaio à vazio, 60 Hz: Vnl = 219 V (linha); I1,nl = 5,7 A; Pnl = 380
W;
Teste 2: ensaio com rotor bloqueado em 15 Hz: Vb l = 26,5V (linha); I1,bl =
18,57 A; Pbl = 675 W;
Teste 3: resistência cc média: R1 = 0,262 /fase (medida após o Teste 1)
Teste 4: ensaio com rotor bloqueado em 60 Hz: Vb l = 212 V (linha); I1,bl =
83,3 A; Pbl = 20,1 kW; Tstart = 74,2 Nm (medido)
Pede-se: a) Calcule as perdas rotacionais à vazio e os parâmetros do
circuito equivalente nas condições normais de operação. Assuma a
mesma temperatura do teste 3 e despreze as perdas no núcleo; b)
Calcule o Tstart a partir das medições do teste 4 e mesma temperatura
do teste 3.
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 61
Exemplo 03 (Problema 6.7): A Fig. abaixo mostra um sistema
consistindo de um motor de indução (MI) 3 cujo eixo está
rigidamente acoplado ao eixo de um motor síncrono (MS) trifásico.
Com o sistema alimentado a partir de uma fonte 3, 60 Hz, o MI é
acionado pelo MS na velocidade e no sentido de rotação apropriados
de tal forma que tensões 3 de 120 Hz aparecem nos terminais do
rotor. O estator do MI tem 4 pólos.
a. Quantos pólos tem o rotor do MI?
b. Se o campo estatórico do MI gira
na direção horária, qual é direção
de rotação do seu rotor?
c. Qual é a velocidade do rotor (rpm)?
d. Quantos pólos há no MS?
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 62
Exemplo 04 (Problema 6.10): Um MI 3, 460 V (tensão de linha), 25
kW, 60 Hz, 4 pólos, tem os seguintes parâmetros (referidos ao
estator):
R1 = 0,103 ; R2 = 0,225 ; X1 = 1,1 ; X2 = 1,13 ; Xm = 59,4
As perdas rotacionais podem ser consideradas constantes e iguais a
265 W. As perdas no núcleo são constantes e iguais a 220 W. Com o
motor conectado diretamente a uma fonte 3 de 460 V, calcule a
velocidade, o conjugado e a potência de saída, a potência de entrada e
o fator de potência, e a eficiência para escorregamentos de 1%, 2% e
3%. Represente as perdas no núcleo por uma resistência Rc em
paralelo com o ramo de magnetização.
s (%) n (rpm) Tout (Nm) FP Pin (kW) Pout (kW) (%)
1 1782 45,78 0,9029 9,157 8,544 93,3
2 1764 89,59 0,9315 17,533 16,549 94,4
3 1746 128,06 0,9197 24,966 23,415 93,8
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 63
Exemplo 05 (Problema 6.13): Um MI 3, 15 kW, 230 V
(tensão de linha), conectado em Y, 60 Hz, 4 pólos,
desenvolve conjugado interno (Tmec) em plena carga num
escorregamento de 3,5 % quando alimentado com tensão e
freqüência nominais. Despreze as perdas rotacionais e no
núcleo para este problema. O motor tem os seguintes
parâmetros (em Ω/fase):
R1 = 0,21 ; X1 = X2 = 0,26 ; Xm = 10,1
Determine: a) o conjugado interno máximo com tensão e freqüência
nominais;
b) o escorregamento onde ocorre o máximo conjugado da letra a);
c) o conjugado interno de partida com tensão e freqüência
nominais.
Partida de Motores de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 64
1. Partida direta: contator
)85(1 nominalIIIpuVV partidamotorlinhamotor
)8,16,0( nominalTTT partidamotor
Partida de Motores de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 65
1. Partida direta:
Contator
Proteção contra
Curto-circuito
Relé térmico Proteção contra
sobre-carga
Circuito de força Circuito de comando
Contato
de selo
Contato de
proteção
Sinalização
Bobina do
contator
Botão
liga
Botão
desliga
Fusíveis
Partida de Motores de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 66
2. Partida com elementos em série
1,11
aaVVZZ
ZV
ins
inmotor
startmotor aII startmotor TaT 2
Partida de Motores de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 67
3. Partida com autotransformador
1aVVmotor startmotor aII startmotor TaT 2
motormotorin IaaII 2
Partida de Motores de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 68
4. Partida com ligação Y -
Na partida a ligação é em Y
𝑽𝒎𝒐𝒕𝒐𝒓 =𝑽𝒍𝒊𝒏𝒉𝒂
𝟑→ 𝑰𝒎𝒐𝒕𝒐𝒓 =
𝑰𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕
𝟑 𝑻𝒎𝒐𝒕𝒐𝒓 =
𝑻𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕𝟑
Partida de Motores de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 69
4. Partida com ligação Y -
Circuito de comando Circuito de força
Relé de tempo
Partida de Motores de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 70
4. Partida com ligação Y -
Partida de Motores de Indução
L.A.S Ribeiro Máquinas Elétricas 71
5. Partida eletrônica
Soft-starter
Inversores
Top Related