INOVAO NO ENSINO UNIVERSITRIO: PROPOSTAS E CENRIOS
Daniele Simes Borges - FURG
Gionara Tauchen FURG
Resumo: A universidade, na contemporaneidade, considerada uma das principais instituies que possui
condies de promover o desenvolvimento cientfico, o progresso econmico, a justia social, a sustentabilidade
e a inovao. Ou seja, a universidade pode construir ambientes que favoream o desenvolvimento da cultura da
criao e inovao. Por isso, este estudo objetiva compreender os processos de induo inovao do ensino
universitrio, bem como as atividades didtico-pedaggicas propostas nos Projetos de Ensino no campo das
cincias naturais e exatas de uma universidade do sul do Rio Grande do Sul. A pesquisa de natureza qualitativa
e documental, realizada pro meio da Anlise de Contedo. No estudo realizado foram destacados trs grandes
eixos de prticas de ensino inovadoras: atividades prticas, tecnologias e metodologias inovadoras.
Palavras-chave: Universidade. Inovao. Educao.
Consideraes iniciais
A inovao, na sociedade contempornea, um dos fatores associados ao
desenvolvimento social e econmico das naes. Mota (2011, p. 82) destaca que o conceito de
inovao, de modo geral, correlacionado com pesquisa e desenvolvimento (P&D), mas
distinto e mais amplo, estando necessariamente associado aplicao do conhecimento [...].
Por isso, os estudos sobre inovao vinculam-se diretamente aos estudos sobre a produo e
disseminao do conhecimento, cujo crescimento acelerado se expressa como um fenmeno
tanto quantitativo e qualitativo: do conhecimento monodisciplinar ao conhecimento que
produzido em decorrncia de problemas complexos e que, por isso, demandam a integrao
das diversas reas do conhecimento.
Neste contexto, inegvel o estreito vnculo entre a Educao Superior, mais
especificamente entre a universidade, a produo do conhecimento e a inovao. Conforme
Silva (2011, p. 193), [...] a universidade a nica instituio que dispe do parque de
equipamentos e congrega a gama de competncias necessrias [...] que podem promover
condies de possibilidade para o desenvolvimento cientfico, o progresso econmico, a
justia social, a sustentabilidade, a preservao do ambiente e a inovao. Ou seja, a
universidade pode construir ambientes que favoream o desenvolvimento da cultura da
criao e inovao. Papadopuoulos (2005, p. 21) tambm considera que a expanso dos
conhecimentos conduz inevitavelmente a nveis de especializao sempre mais elevados, o
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que uma condio necessria para o progresso cientfico; sobre essa base que se organizam
no ensino superior as atividades fundadas no conhecimento. Mas como promover a
integrao dos novos conhecimentos?
Embora a universidade constitua-se como condio de possibilidade, so inmeras as
crticas ao carter conservador que a acompanha historicamente (MOTA, 2011; BERNHEIM
e CHAU, 2008): rigidez curricular e disciplinar, falta de integrao entre os nveis e
atividades universitrias, separao entre a produo e aplicao do conhecimento,
conhecimento fragmentado, ensino restrito aos contedos conceituais disciplinares, entre
outros. Por isso, a Declarao Mundial sobre Educao Superior no Sculo XXI (1998, p. 34)
destaca que o as transformaes atuais buscam superar o conceito da educao como mera
transmisso/acumulao de conhecimento e informao. Isso torna a crise da educao, em
grande parte, uma crise do modelo pedaggico tradicional. E continua: a pergunta, ento,
o que fazer com a prtica docente para criar condies que levem a uma aprendizagem efetiva
por parte dos alunos.
A Declarao, ao discorrer sobre as necessidades de inovao do ensino realizado
nas instituies de Educao Superior, tece forte vinculao com as reformas curriculares, os
novos mtodos pedaggicos e com considerao aos diferentes estilos de aprendizagem, s
tomadas de iniciativas e a vinculao entre ensino e pesquisa.
Lucarelli (2000, p.63), ao abordar a inovao no ensino considera que quando nos
referimos inovao, fazemo-lo em associao a prticas de ensino que alterem, de algum
modo, o sistema unidirecional de relaes que caracterizam o ensino tradicional. Em outras
palavras, uma aula inovadora supe sempre [...] uma ruptura com o estilo didtico imposto
pela epistemologia positivista, o qual comunica um conhecimento fechado, acabado,
conducente a uma didtica da transmisso que, regida pela racionalidade tcnica, reduz o
estudante a um sujeito destinado a receber passivamente esse conhecimento (idem, p. 63).
Evidencia-se, cada vez mais, que a formao profissional, nas mais diversas reas,
tem demandado uma diversificao dos percursos formativos, uma flexibilizao curricular,
bem como a construo de competncias para mobilizar conhecimentos complexos e o agir na
incerteza. Por isso, fundamental investigar os processos de inovao que ocorrem nas
atividades de ensino universitrio, lembrando que a inovao pode ser gerada tambm pela
permanncia, ou seja, um processo de renovao constante (inovao de sustentao). A outra
forma de inovao a disruptiva (gera mudanas radicais no ambiente) (AUDY e
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MOROSINI, 2007, p. 510). De qualquer maneira, fundamental [...] promover a
participao dos quadros e das instituies em um processo permanente de diagnstico,
comparao e anlise, e para estimular a experimentao e a inovao
(PAPADOPUOULOS, 2005, p. 28).
Com o objetivo de compreender as polticas educacionais e os processos de induo
inovao do ensino universitrio, bem como as atividades didtico-pedaggicas estruturadas
a partir destes processos, analisamos os Projetos de Ensino, inscritos em Edital especfico de
uma universidade do sul do estado do Rio Grande do Sul no ano de 2011. O Edital tinha por
objetivo promover a melhoria do desempenho acadmico do estudante por meio de aes
especficas para qualificar o processo educativo no mbito das aes do Programa de Prticas
Alternativas de Ensino PPAE, prevendo a concesso de bolsas a projetos que visassem
prticas pedaggicas diferenciadas nos cursos de graduao, com vistas melhoria do
desempenho acadmico dos estudantes matriculados em disciplinas com elevados ndices de
reteno e evaso. Potencializava, portanto, o desenvolvimento de aes didtico-pedaggicas
diferenciadas e estratgias inovadoras no mbito do ensino universitrio.
Abordagem metodolgica
Foram analisadas 163 propostas, sendo 84 submetidas a linha prticas inovadoras e
63 na linha de combate a reteno, evaso e repetncia. 16 projetos no informaram a linha
temtica. Das propostas submetidas, foram aceitas 136, sendo concedidas 152 bolsas de
monitoria. No grfico abaixo, temos a representao das propostas apresentadas por rea do
conhecimento:
Grfico 1: reas do conhecimento
0
10
20
30
40
50
Cinc
ias Ex
atas e
da Te
rra
Cinc
ias Bi
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as
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as e A
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reas do conhecimento
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Cerca de 68% do total das propostas apresentadas foram nas reas de Cincias Exatas e
da Terra, Cincias Biolgicas e Engenharias. Por isso, no presente estudo optou-se pela
investigao destas reas que so mais vinculados ao ensino de cincias e matemtica. A
pesquisa foi realizada por meio da Anlise de Contedo (FRANCO, 2008; BARDIN, 1977),
estruturada a partir das seguintes etapas: pr-anlise; explorao do material e tratamento dos
resultados.
A pr-anlise consiste na organizao do esquema de investigao em um plano de
anlise: a escolha dos documentos, a formulao das hipteses e a elaborao de indicadores
que fundamentem a etapa da interpretao a partir da leitura flutuante dos documentos. A
segunda fase, a explorao do material, consistiu na realizao de operaes de codificao,
permitindo uma descrio das caractersticas do texto para proceder s unidades de anlise de
registro e de contexto. A unidade de registro a menor parte do contedo, como a palavra ou
o tema e a unidade de contexto, vincula-se a compreenso da unidade de registro, buscando a
significao daquela. A partir desta anlise inicial, emergiram as categorias que expressam o
conjunto de elementos constitutivos do estudo.
Por fim, a terceira fase consistiu na anlise dos resultados considerados
significativos, pois permitiram estabelecer quadros de resultados, diagramas, figuras e
modelo, que condensam e pem em relevo as informaes fornecidas pela anlise (BARDIN,
1977).
Perspectivas de inovao
Diante da inteno dos projetos percebemos, timidamente, que as experincias
inovadoras j esto ocorrendo em aula. Isso quer dizer que pequenas rupturas j esto
acontecendo, ou seja, professores esto reestruturando suas concepes epistemolgicas e
investindo em diferentes meios de ensinar e aprender. Nesse sentido, Cunha et al (2001)
afirma que [...] as inovaes que contribuem para melhoria do ensino e da aprendizagem na
universidade podem dar-se em diferentes patamares e de variadas formas (p.35). Ou seja, o
que pode se configurar como uma atividade inovadora no mbito da pesquisa no se estende,
necessariamente, para as atividades de ensino.
Observa-se que o conceito de inovao est em destaque nacional, sendo debatido
nas instancias polticas, econmicas e na instituio universitria. No podemos negar que
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esse termo obteve nfase, primeiramente, nos campos das cincias econmicas e empresariais
(MOTA, 2011). Todavia, estendeu-se a educao, principalmente, a partir da Lei de Diretrizes
e Bases da Educao Nacional - Lei n. 9.3934/96. A partir dos princpios e parmetros
recomendados pela Lei, as instituies educativas obtiveram maiores possibilidades para
sistematizar, investir e inovar suas propostas, pois de maneira implcita, colaborou para
introduzir mudanas nas formar de ensinar, educar, avaliar, bem como de gesto, visando
qualificar a ao educacional.
No que tange o cenrio universitrio, acompanhamos polticas de incentivo e induo
por meio de editais, como o que abrange os projetos analisados nesse texto, que tem induzido
e avaliado os aspectos inovadores presentes nas propostas voltadas atividade de ensino. Ou
seja, a inovao est em aparente papel, sendo reconhecida como vetor importante para o
desenvolvimento econmico, social e educacional (MOTA, 2011).
Sendo assim, nos assuntos educacionais cabe reconhecer que as prticas inovadoras
esto se constituindo como alternativas para superar prticas influenciadas pela racionalidade
dos modelos de ensinar e de aprender moldados pelo paradigma dominante (SANTOS, 1991).
Dito isso, acordamos nesse estudo que as estruturas paradigmticas esto no cerne das
experincias inovadoras (CUNHA, et al, 2001), pois a ruptura necessria prope a atitude
epistemolgica que permite reconfigurar conhecimentos para alm das regularidades
propostas pela modernidade (p. 37). Os dogmas da cincia moderna, que esto enraizados
nas concepes, prticas e atitudes pedaggicas dos professores so um dos obstculos a
serem rompidos. Por isso, a iniciao nas aplicaes pedaggicas de novas tecnologias da
informao deveria, portanto, ser parte integrante de polticas de formao de professores
(PAPADOPUOULOS, 2005, p. 21) incluindo, neste movimento, a participao dos sujeitos
nos processos permanentes de estmulo a experimentao e a inovao.
Posto isso, entendemos que a inovao est relacionada com o processo de ruptura
com o paradigma dominante que faz ir alm da reproduo e avana ao contribuir para a
construo de novos saberes. Desse modo, entende-se que a universidade [...] rica em
espaos passveis de inovao, abrangendo desde experincias de gesto administrativa,
incluindo a avaliao institucional, at propostas alternativas de ensino, pesquisa e extenso,
passando pelas relaes e demandas da comunidade (CUNHA, et al, 2001, p. 44)
Para Masetto (2003) a temtica inovao est latente nas conotaes sobre o ensino
superior. O mesmo autor desenvolve interessantes reflexes sobre o conceito de inovao, ao
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consider-la [...] como o conjunto de alteraes que afetam pontos-chave e eixos
constitutivos da organizao do ensino universitrio provocadas por mudanas na sociedade
ou por reflexes sobre concepes intrnsecas misso da Educao Superior (p. 197).
Ainda segundo Masetto, a inovao acontece medida que as concepes antigas no
sustentam as demandas da sociedade atual, levando a mudana, uma vez que,
inovao e mudana andam juntas, mas s acontecem de fato quando as
pessoas nelas envolvidas se abrem para aprender, para mudar, para adquirir
novos conhecimentos, para alterar conceitos e idias trabalhadas, s vezes,
durante muitos anos, para assumir novos comportamentos e atitudes no
comuns at aquele momento, para repensar a cultura pessoal e organizacional
vivida at aquele momento, para mudar suas prprias crenas e aderir a
novas e fundamentais maneiras de pensar e de agir (p. 200;201)
Ou seja, o inovar dispe compromisso para a prtica educativa transforma-se em
pano de fundo para a construo de novos conhecimentos dinamizados, no pelo paradigma
vigente, mas pela atividade docente vivenciada e repensada, sendo este um dos pilares do
professor para a inovao. Nesse sentido, Cunha et al (2001) destaca que ainda so poucas as
reflexes sobre ensinar e aprender, assim como sobre as experincias inovadoras nas
instituies universitrias, porm, mesmo assim, existe na aula universitria muitas intenes
de mudana.
Miller (2005), ao analisar alguns exemplos de inovaes pedaggicas bem-sucedidas
nas Antilhas, faz uma importante distino entre inovao e inveno. Para o autor, a
inveno ao mesmo tempo original e universal, enquanto que a inovao relativa e
contextual (p. 109). Ou seja, ao analisar as atividades inovadoras precisamos sempre nos
referir aos contextos em que so gestadas e desenvolvidas, pois a inovao uma novidade
em um contexto particular (idem). Por isso, Miller considera que o xito das inovaes deve
ser avaliado sob dois critrios: 1) que a inovao tenha incidncia positiva em um grande
nmero de sujeitos envolvidos e 2) que tenha sido institucionalizada no sistema educacional.
Esse um dos desafios da inovao no cenrio educacional, uma vez que o
paradigma dominante ainda regula as concepes e prticas, carecendo de processos de
vigilncia epistemolgica e cuidado para que as atividades inovadoras no fiquem arraigadas
ao mesmo, mas reinterpretem as verdades estabelecidas ao se encaminhar para um processo
rupturas, ou seja,
seria uma inovao que se estabelece como um processo descontnuo, de
rompimento com os tradicionais paradigmas vigentes na educao, no
ensino-aprendizagem-avaliao, ou na transio entre diferentes concepes
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paradigmticas, onde se observar uma re-configurao de saberes e, tambm,
de poderes (LEITE, 2005, p. 121).
A autora nos indica a complexidade em torno do conceito de inovao, pois a
compreende em meio a um processo de transformao do sistema educativo e, por isso,
recorremos s transies paradigmticas para justificar que o termo inovao no gestor de
mudana na educao, mas produz de forma subjetiva diferentes modos de pensar, fazer e
refazer a prtica educativa.
Com base nas premissas levantadas sobre o conceito de inovao, partimos para as
anlises e discusses sobre os projetos investigados. Destes, destacam-se trs grandes eixos de
atividades inovadoras: atividades prticas, novas tecnologias1 e metodologias inovadoras. As
atividades prticas referem-se s sadas de campo, laboratrios e atividades prticas em sala
de aula, articuladas ao uso das novas tecnologias, conforme exemplificado pelo seguinte
projeto:
Com o crescente uso da tecnologia da informao para divulgar atividades de
ensino, torna-se evidente a necessidade de uma atualizao nas atividades
prticas em sala de aula. O uso de recursos didticos alternativos e
inovadores, envolvendo prticas diferenciadas de ensino, propiciaro a
execuo de experimentos prticos mais objetivos, permeando uma
maior interao dos acadmicos com as disciplinas (Projeto B6, grifos
nossos).
Os professores desempenham papel fundamental no uso das novas tecnologias, pois
estas dependem das suas concepes de ensino e aprendizagem, do seu conhecimento sobre as
tecnologias da informao, dos recursos que possuem e das condies materiais e culturais da
organizao institucional. Lepeltak e Verlinden (2005, p. 216) nos alertam que pode ocorrer,
portanto, que os resultados muitas vezes decepcionantes de sua aplicao no sejam
diretamente imputveis aos professores, mas que dependam tambm, em ampla medida, do
contexto em que eles trabalham.
Conforme destacado no Projeto B6, o uso das Tecnologias da Informao (TI) lana-
se como uma das diferentes maneiras de favorecer, por meio das tecnologias, uma inovao
no processo de ensinar e aprender. Nesse sentido, no utopia afirmar que a tecnologia est
1 A expresso novas tecnologias, empregada neste estudo, segue a definio de Lepeltak e Verlinden (2005)
que a utilizam para designar [...] diversas inovaes decorrentes da tecnologia da informao que apresentam um interesse pedaggico, em particular tudo o que est relacionado aos mtodos e aos recursos concebidos a
partir do desenvolvimento e das aplicaes da (micro) eletrnica(p. 208), referindo-se, igualmente, aos conceitos de informtica, tecnologia da informao, automao e telemtica.
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arraigada s mudanas em sala de aula, favorecendo a adoo de ferramentas multimdia,
lousa eletrnica, entre outros, diversificando tempos e espaos de aprendizagem. Contudo,
preciso ter cuidado para no adentrar a linearidade reducionista do uso das novas tecnologias
sem reflexo, participao, crtica e sinergia. Por isso, [...] ser necessrio capacitar os
professores para a utilizao adequada e crtica das tecnologias de informao e de
comunicao em sala de aula, o domnio das novas linguagens e a articulao dessas com as
atividades de sua disciplina (FARIA, 2006, p.81).
Desse modo, ao organizar as atividades de ensino, tendo em vista a promoo de
uma aprendizagem significativa, integrando em aula o uso dos meios tcnicos de
comunicao e de informtica, o professor estar propondo uma inovao em sua prtica pois,
no universo de informaes, os alunos devero ser iniciados tambm na
utilizao da tecnologia para resolver problemas concretos que ocorrem no
cotidiano de suas vidas. A aprendizagem precisa ser significativa,
desafiadora, problematizadora e instigante, a ponto de mobilizar o aluno e o
grupo a buscar solues possveis para serem discutidas e concretizadas luz
de referenciais tericos e prticos (BEHRENS, 2005, p. 77)
Desse modo, ao redirecionar os planejamentos em virtude de uma aprendizagem que
integre em aula o uso dos meios tcnicos de comunicao e de informtica, o professor poder
promover uma inovao em sua prtica pois, a ao docente inovadora precisa contemplar a
instrumentalizao dos diversos recursos disponveis, em especial os computadores e a rede
de informao (BEHRENS, 2005, p. 77).
Temos conhecimento de que a aula universitria, historicamente marcada por
atitudes intencionais voltadas apenas para o ensino, tem gerando uma recursividade cientfica
marcada por sucessiva reproduo. De fato, esse ciclo precisa ser quebrado. Cunha (2001,
p.43) aponta que preciso entender a sala de aula como espao de reproduo e tambm de
inovao pode contribuir para a construo de teorias pedaggicas alternativas, atravs das
quais a prtica vivenciada torna-se a inspirao para a construo de novos conhecimentos.
De acordo com Lvy (1996) a construo desse novo olhar a aula no ocorre
bruscamente, uma vez que a universidade, bem como,
a escola uma instituio que h cinco mil anos se baseia no falar/ditar do
mestre, na escrita manuscrita do aluno e, h quatro sculos, em um uso
moderado da impresso. Uma verdadeira integrao da informtica (como do
audiovisual) supe portanto o abandono de um hbito antropolgico mais que
milenar, o que no pode ser feito em alguns anos (p.5)
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Isso no quer dizer que quebrar o ciclo significa a excluso total dos mtodos
tradicionais de ensino estruturados a partir do paradigma dominante, mas, a apropriao das
possibilidades que existem na contemporaneidade e que rompem com a centralidade desse
paradigma (SANTOS, 1999). Sendo assim, no o desenvolvimento da cincia e, por
conseqncia, a tecnologia, que determina todas essas mudanas, mas sim todos os segmentos
e aportes que as constituem. A ruptura ento est na adeso da ideia de tecnologia como
possibilidade de mudana, mas sim na potencialidade que ela gera no fazer pedaggico do
professor.
Dessa maneira os tempos reais e virtuais esto em paralelo e, isso no quer dizer que
o virtual est para substituir ou tornar obsoleto o real. Ao contrrio, a aposta est na promoo
de meios pedaggicos que abarquem o real por meio da aprendizagem interativa: os jogos
digitais, a informtica, os multimdias, entre outras ferramentas que contribuem para a
realizao de uma aula com diferentes tempos, lugares e espaos. Logo, aproveitar os diversos
recursos tecnolgicos disponveis na atualidade contribui para romper com um ambiente
tradicional de ensino.
Como exemplificado pelo Projeto G3, a organizao de um ambiente inovador pode
incluir a [...] a utilizao da robtica educacional como fator motivador, integrando diversos
conhecimentos necessrios formao dos alunos e possibilitando a aplicao prtica destes
conhecimentos. Salientamos desse projeto, o fator motivacional relacionado com o uso da
robtica educacional. Essa condio educativa estimula o aluno e o professor a explorarem
variados exerccios concretos, oportunizando um ambiente criativo, no qual, por meio da
simulao, o aluno acompanha suas observaes, constri e reconstri sua prtica, dinamiza
hipteses, potencializando sua aprendizagem. Sendo assim, a robtica educacional se constitui
como mais um recurso tecnolgico bastante interessante e rico no processo de ensino
aprendizagem, ela contempla o desenvolvimento pleno do aluno, pois propicia uma atividade
dinmica, permitindo a construo cultural e, enquanto cidado tornando-o autnomo,
independente e responsvel (ZILLI, 2004, p.77).
possvel afirmar que no apenas a robtica, mas todos os recursos tecnolgicos
disponveis educao, representam [...] as consequncias que o incessante desenvolvimento
destas aplicaes tecnolgicas e a generalizao de seu uso em todos os ambientes da vida
cotidiana estavam tendo e iam ter na forma de conceber, criar, recuperar, transmitir, difundir,
representar e aplicar o conhecimento (SANCHO, 2006, p. 16), pois este uma construo
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humana. Portanto, ao aprender estamos passando por um processo de construo do prprio
conhecimento, sendo assim, percebemos que a tecnologia em sala de aula tem se configurado
como mais uma rede de possibilidades para a construo deste.
O uso das novas tecnologias, como componente de inovao do ensino, foi o mais
contemplado por todos os projetos. Destacam-se o uso de blog, MSN, AVA, robtica,
simuladores, vdeos, filmagens, figuras, moodle, modelagem, fruns, cinema e dirios.
O uso das tecnologias digitais interessante se vislumbrarmos tal utilizao
como uma possibilidade de romper barreiras e ultrapassar os limites das salas
de aula j que o uso das tecnologias digitais como o computador ligado
internet permite a interao simultnea [...] ou no simultnea, com
ambientes virtuais de aprendizagem [...], seleo de informaes, resoluo
de problemas cotidianos, compreenso do mundo e atuao na transformao
do contexto (Projeto J6).
Nesse sentido, Enricone (2006, p.22) afirma que somente uma boa tecnologia a
que permite o crescimento pessoal a autoformao- alm de facilitar a aquisio de
conhecimento. A boa tecnologia, enfatizada pela autora, vai ao encontro do movimento
inovador, ou seja, o uso da tecnologia acoplado a atuao responsvel, esclarecida e qualifica
do professor. Contudo, no significa, de imediato, a soluo dos problemas do ensino, mas
propicia indicativos de mudana (SANCHO, 2006).
Dentre os ambientes virtuais de aprendizagem, o mais destacado por todos os
professores foi o Moodle, conforme expressa o seguinte projeto:
A disciplina ser inserida na plataforma moodle buscando estabelecer um
canal de comunicao rpida entre alunos, monitores e discente. Essa
ferramenta uma prtica inovadora dentro da disciplina [...] pois sero
realizados cursos, oficinas de preparao complementar para os alunos [...]
seminrios online sobre obras cinematogrficas, composies musicais e
imagens - elementos que utilizar-se-o da sensibilidade aliando a arte ao
direito (Projeto J2).
Dentre os materiais didticos tambm se destacam as [...]verses interativas, como
questionrios on-line com feedback, atravs do moodle (Projeto E15), o [...]
desenvolvimento de programas computacionais, usando aplicativos como MATLAB,
OCTAVE, SCILAB, MAPLE e MAXIMA para simular o comportamento de sistemas
mecnicos simples (Projeto F8) e o uso de mtodos diferenciados de ensino atravs da
utilizao de ferramentas eletrnicas, a utilizao de aulas prticas, atendimento extraclasse
at mesmo via web so importantssimas para o desenvolvimento do estudante (Projeto B4).
Em relao s metodologias inovadoras, destacam-se os Projetos de Aprendizagem, a
resoluo de problemas, a realizao de oficinas, o atendimento individualizado, a
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interdisciplinaridade, os trabalhos em grupo, a vinculao entre ensino, pesquisa e extenso,
atividades extraclasse, avaliao diria, uso do moodle, aventuras na natureza, coleta e anlise
de amostras, modelagem, a integrao terico-prtica e a interao entre os alunos dos
diferentes nveis.
Observa-se a saturao do modelo de ensino tradicional, que tem no professor seu
principal agente, e um movimento de mudana na relao tridica da aula professor, alunos,
contedos -, mais focado na interao e ao dos sujeitos. Por isso,
como estratgia de ensino, so extremamente significativas as que estimulam
a participao dos alunos em grupos, permitindo a troca de experincias e a
livre expresso de sentimentos, assim como as que possibilitam
oportunidades de capacitao prtica e o desenvolvimento de habilidades
(Projeto L4).
No Projeto L4, notamos a preocupao para que os alunos tambm aprendam em
colaborao, uma vez que as estratgias de inovao esto pautadas pela busca da soluo dos
problemas por meio de atividades prticas, que anunciam uma nova direo para o aprender e
o ensinar em parceria. Isso tambm enfatizado no Projeto G3: Esta metodologia permite
desenvolver trabalhos em grupo, a interao entre os estudantes, a busca da resoluo de problemas e
aprimoramento dos conhecimentos por conta dos prprios alunos. A participao e a interao so
fundamentais ao processo de aprendizagem, pois por meio destas que os sujeitos
estabelecem contato com os objetos, produzindo o conhecimento. Da mesma forma, a
socializao dos sentidos e a negociao dos significados. Os projetos tambm passam a
apostar em diferentes mediaes pedaggicas, conforme ilustrado: esta metodologia permite
desenvolver trabalhos em grupo, a interao entre os estudantes, a busca da resoluo de
problemas e aprimoramento dos conhecimentos por conta dos prprios alunos (Projeto G3).
O interessante nessa ideia a opo pela resoluo de problemas visando alcanar
um resultado positivo na construo da aprendizagem do aluno. Nesse sentido, a resoluo de
problemas no uma atividade simples, mas sim uma oportunidade de desenvolver o
pensamento lgico dos alunos (DANTE, 2000). O autor ainda enfatiza que a estratgia de
trabalhar os contedos especficos, via soluo de problemas, instiga o aluno, contribuindo
para o desenvolvimento de uma metodologia motivadora, pois o aluno ao
[...] buscar a soluo de um problema que os desafia mais dinmica e
motivadora do que a que segue o clssico esquema de explicar e repetir. [...]
Quanto mais difcil, maior a satisfao em resolv-lo. Um bom problema
sucinta a curiosidade e desencadeia no aluno um comportamento de
pesquisa, diminuindo sua passividade e conformismo (DANTE, 2000, p.
12;13, grifos nossos).
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Notamos que os professores esto se interessando pelas novas possibilidades de
ensino e isso impulsiona a criatividade, propiciando uma mudana duradoura nas mediaes
pedaggicas. Quanto ao item criatividade, sobressa-se o seguinte Projeto H4: as prticas
inovadoras que propomos aqui visam estabelecer uma interrelao da teoria com diferentes
linguagens artsticas tais como: teatro, msica, cinema e, ainda, a pesquisa visual.
Depreendemos desse projeto uma alterao nos mtodos, bem como na maneira de educar. A
interrelao do conhecimento terico com diferentes linguagens no significa a diminuio do
enfoque conceitual, mas, prepondera um projeto terico-prtico, no qual o trabalho em
conjunto e a diversidade cultural aproximam os sujeitos e, tambm, balizam o confronto de
opinies, de expresses, promovendo a construo do conhecimento.
Sendo assim, no Projeto E2, o encaminhamento metodolgico segue pr-disposto as
interlocues entre alunos-professores e a prtica compartilhada, uma vez que,
a proposta que pretende ser desenvolvida est inserida dentro da perspectiva
de prticas inovadoras, uma vez que possui como foco a formao crtica
baseada em uma multiplicidade de olhares, possibilitando que os alunos
atingidos possam entrar em contato com opinies variadas, construindo suas
prprias concluses atravs de um ambiente que proporcione a fuga a vises
lineares (Projeto E2).
As alteraes provocadas pela inovao nesse projeto envolvem tanto aspectos
curriculares, como a introduo de um ambiente pedaggico favorvel a interao entre
disciplinas. O se observou que o Projeto E2 est baseado em outras formas para abordagem
do contedo, ou seja, novas relaes com o conhecimento. Dessa mesma maneira, o Projeto
D4 refora que (...) fortalecer a integrao curricular em seus diferentes aspectos,
proporcionar novas prticas e experincias pedaggicas e intensificar o relacionamento
professor/aluno, contribui com a inovao no ensino.
Em continuidade esses esforos metodolgicos, visando o processo de articulao
entre conhecimento conceitual ou cientfico com outras formas de ensinar, promove-se uma
produo conjunta do professor e dos alunos, indicando novos trnsitos entre o saber
cientfico e o senso comum, todos fortemente presentes no cenrio acadmico. Alm disso,
destacamos em ambos os Projetos a ateno com a relao professor-aluno para que no
proceda introspectivamente, mas, de maneira interpessoal favorecendo uma cooperao na
forma de conduzir o ensino, favorecendo uma ao e reflexo educativa conjunta.
De acordo com Faria (2006), a mediao pedaggica pode ser feita de diferentes
maneiras. Percebemos que nenhum dos projetos descreveu qual a sua metodologia.
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Entretanto, salientou a colaborao e a mediao como princpios fundamentais s suas
diferentes maneiras de mediar o processo de ensino-aprendizagem, exaltando, a valorizao
da parceria e co-participao entre professores e alunos e entre os prprios alunos na
dinamizao do processo de aprendizagem e de comunicao se justificam pela necessidade
de gerar novas formas de trabalho pedaggico e aproveitamento das atividades escolares
(MASETTO, 2003, p. 200).
certo que a diversidade de elementos encontradas nos projetos sinalizam rupturas
que so percebidas de diferentes maneiras em cada projeto. Entretanto, notvel que a
tecnologia permeia a maioria das propostas. O que podemos dizer que existem experincias
diferentes e, cada qual apresenta um carter inovador, sendo alguns inclinados mudana na
aula, na gesto e organizao curricular, outros pautados na adoo das ferramentas
tecnolgicas, bem como o anseio de modificar a prtica e mant-la atravs da mudana de
concepo pedaggica. por isso o inovar um processo complexo que introduz a superao
da ideia da racionalidade conteudista vinculada ao paradigma dominante do ensino.
Consideraes finais
Percebe-se que os aspectos inovadores esto atrelados s novas formas de trabalho
pedaggico que vem sendo fomentadas pelas polticas educacionais e proferidas pelos
projetos dentro da universidade. A tecnologia est presente em todos os eixos, constituindo-se
como o principal elemento de inovao do ensino no campo das Cincias Exatas e da Terra,
das Cincias Biolgicas e das Engenharias. No podemos desconsiderar a tecnologia e o uso
do espao virtual na rotina profissional do professor e dos alunos, alis, isso no mais uma
novidade ausente e sim um fato onipresente que nos transformou na sociedade da informao.
Constatamos que a inovao torna-se particular, pois, conforme as anlises feitas,
no seguem parmetros, modelos ou padres. No aspiram, portanto, a universalizao de
uma forma de ensinar, pois so relativas e contextuais. Nos projetos analisados, temos como
exemplo, os grupos de estudos como um aspecto inovador. Numa leitura simplista isso pode
parecer comum, porm, para aquele profissional a introduo do grupo de estudos em sua
rotina disciplinar j est rompendo com a ideia de aula centrada no professor e, por
conseqncia, nas interaes produzidas no processo de ensino-aprendizagem, acentuando
inovao no seu fazer educativo.
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Tambm podemos destacar as redes tecnolgicas que esto latentes na maioria das
propostas, sendo consideradas como meios de inovao. Todavia, isso est relacionado com o
ritmo acelerado em que o avano tecnolgico est adentrando a universidade e completando
os currculos, ou seja, desafiando as instituies a se adaptarem e avanarem na proposio de
diferentes propostas de ensino-aprendizagem.
Contudo, Leite (2005) nos desafia com dois questionamentos referentes inovao
no cenrio universitrio. Ser que universidade est preparada para as mudanas nas razes
pedaggicas ou tem receios a mais mudanas? Ser que ela est disposta as inovaes na
gesto acadmica, pedaggica e administrativa?
Acreditamos que sim, afinal, imprescindvel que a universidade esteja preparada
para a introduo de prticas inovadoras, promovendo profundas mudanas nas matrizes
curriculares, na formao de professores, bem como de suas metodologias. Assim,
finalizamos estes escritos certos de que ainda h outras discusses subjacentes aos aspectos
inovadores destacados. Portanto, acreditamos que os resultados sinalizados podero contribuir
para ampliar as discusses a respeito da inovao no ensino universitrio.
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