6 inventores e cientistas famosos que não se davam bem com matemática
Cada pessoa tem sua preferência entre as matérias que estuda ao
longo da vida. Em algumas se sai melhor, em outras não vai tão bem,
mas muitas vezes, esse ponto pode ser determinante para a escolha
da profissão do indivíduo. Matemática por exemplo, pode ser um amor
ou um pesadelo, dependendo da pessoa que está estudando.
Os números constituem a base de quase tudo que envolve a vida
humana e nesse sentido, muitos acreditam que é impossível ser
considerado inteligente sem ter um grande conhecimento de
Matemática. No entanto, essa situação pode ser bem diferente.
Aqui no Mega Curioso, nós já publicamos uma visão de que esse
assunto pode não ser tão chato e que até os macacos podem
entender. Agora, apresentamos uma lista para mostrar quem não é
bom em Matemática ainda assim pode ser considerado inteligente.
Confira os seis grandes cientistas e inventores da história da
humanidade que não eram tão íntimos dos números, trazidos por um
artigo do site Mental Floss:
1. Michael Faraday (1791-1867)
Michael Faraday, o primeiro inventor da nossa lista, tem uma história
incomum e explicita bem que não entender tanto de Matemática não
quer dizer que a pessoa é incapaz de realizar grandes feitos. Filho de
um pobre ferreiro, Faraday superou as adversidades e foi responsável
pelo primeiro motor elétrico inventado, junto com o primeiro gerador
elétrico, ou seja, se hoje temos botões de liga e desliga, devemos
agradecer a este rapaz. O cientista também inventou as bexigas
(balão de borracha), criou as bases para os sistemas de refrigeração
atuais e ajudou a desvendar um pouco do misterioso mundo do
eletromagnetismo.
Bom, tendo uma visão rápida das contribuições de Faraday para a
humanidade, é difícil imaginar que seus conhecimentos matemáticos
não eram tão complexos. Mas de fato era verdade e, em 1846, ele
sofreu por isso, quando propôs de forma audaciosa que a “luz visível”
era uma forma de radiação eletromagnética. Ele não conseguiu provar
com Matemática, e isso fez com que seus colegas o ignorassem. A
teoria de Faraday só foi comprovada 18 anos depois, pelo físico
James Clerk Maxwell, que acreditou na ideia do cientista e usou
equações engenhosas para provar que ele estava certo.
2. Charles Darwin (1809-1882)
Charles Darwin, o jovem naturalista pai da teoria evolutiva da seleção
natural odiava Matemática quando era apenas um estudante do
colegial. Sua biografia deixa bem claro esse ponto quando Darwin
assume: “Eu tentei Matemática, mas pego tudo muito devagar”.
Segundo conta a história, o cientista chegou a contratar um tutor para
orientá-lo durante as férias na casa de verão em 1828, mas acabou
dispensando o homem após semanas de tentativas frustradas.
Segundo o depoimento, Darwin achava o trabalho repugnante e não
via sentido nenhum em álgebra. “Depois de anos, eu lamento
profundamente que não tenha atingido o mínimo de conhecimento
para entender os grandes princípios fundamentais da Matemática.
Aqueles que dominam isso parecem ter um senso a mais”, declarou.
3. Alexander Graham Bell (1847-1922)
Uma relação de amor e ódio é o que define Bell e a Matemática na
época de ensino médio. Ao mesmo tempo que gostava de aprender e
enfrentar o exercício intelectual que essa matéria lhe proporcionava,
ele se entediava e acabava dando pouca importância para o resultado
final, uma vez que já sabia como fazer. Isso é o que descreve o
biógrafo Robert Bruce sobre o cientista e conta que a postura de
Graham Bell com relação à Matemática refletia diretamente nas suas
notas, que deixavam a desejar. A aptidão do inventor do telefone para
realizar cálculos nunca foi aprimorada e permaneceu insignificante até
o fim da sua vida.
4. Thomas Edison (1847-1931)
Edison é principalmente conhecido pela invenção da lâmpada
incandescente, mas também inventou o medidor de watts/hora. Suas
contribuições aconteceram após ele ajudar a fundar a companhia
General Electric, mas para chegar aos produtos finais, o inventor
precisou contratar diversos matemáticos para a empresa. Mesmo
tendo conseguido tudo o que conseguiu, sua intimidade com os
números não era tão avançada quanto se precisaria para a sua
colocação.
Quando era menino, Thomas Edison acompanhou os passos de Isaac
Newton pelo livro “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”, mas
segundo as palavras que ele mesmo utilizou, a obra o deixou com “um
desgosto pela Matemática do qual nunca se recuperou”. O inventor da
lâmpada incandescente também costumava dizer que ele poderia
contratar muitos matemáticos, mas já eles não poderiam contratá-lo.
5. Jack Horner (1946-presente)
Se você é fã da série de filmes Jurassic Park, deve agradecer muito a
Jack Horner. O paleontólogo mudou muitos dos conceitos que nós
tínhamos sobre como aconteceu a evolução e o desenvolvimento dos
dinossauros e é um dos principais colaboradores para os longas que
eternizaram esses animais, incluindo o último, Jurassic World, lançado
este ano.
Mesmo atualmente sendo um renomado estudioso da paleontologia, a
verdade é que Horner tinha enormes dificuldades na escola e não só
em Matemática, mas também para leitura e escrita em geral. Em
1979, aos 33 anos, o mistério de sua educação foi desvendado ao ser
diagnosticado com dislexia, porém antes disso, na adolescência,
Horner reprovou sete vezes na escola e nunca obteve uma graduação
formal. Atualmente, ele afirma que luta contra os efeitos da sua
condição com aprendizado individualizado e a ajuda de áudio-livros.
6. E.O. Wilson (1929-presente)
Autor de diversos livros sobre assuntos desde evolução, biologia até
filosofia e conservação, Wilson também é considerado a autoridade
máxima do mundo quando o assunto são formigas. Além disso, ele é
um divulgador de ciência de primeira linha, mas confessa nunca ter
tido intimidade com álgebra, em seu livro “Cartas para um cientista
jovem”.
Atualmente o pesquisador defende que “quanto mais você esperar
para se tornar um semiletrado em cálculos, mais difícil se tornará a
linguagem dos matemáticos, porém, ainda assim é possível realizar
esse feito em qualquer idade”. A ideia defendida por Wilson se justifica
pela sua experiência pessoal de aprendizado, na qual admite ter
criado uma relação melhor com os números somente aos 32 anos de
idade, quando já era um professor da Universidade de Harvard.
Foi na instituição que ele decidiu se juntar a outros alunos e tomar
aulas de cálculo. A maioria dos companheiros de classe tinha pouco
mais da metade de sua idade e alguns também eram alunos de
Biologia Evolucionária, disciplina que ele próprio lecionava.