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Ill a n n o d o m in g o , s d e NOVEMBRO DE 1903 N.° 121

S E M A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R A R IO E A G R IC O L A

A ssig n a tu raAnno» i$ooo ré is ; sem estre, 5oo réis. Pagamento adeantado. _ para o B ra zil, anno, 2$5oo réis |moeda fo rie j. QA v u ls o , no dia da publicação, 20 réis. «

EDITOR— José Augusto Saloio

P u b licaçõ esA n n u n cio s— i . a publicação, 40 réis a linha, nas seguintês',

rt 20 réis. A nnuncios na 4.* pagina, contracto especial. Os auto- í j graphos não se restituem quer sejam ou não publicados.

I PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

E X P E D I E N T E

R ogam os] aos n o sso s estim áveis a ss ig n a n te s a fljjeza de n o s p a r t ic ip a ­rem q u a lq u e r fa lta asa re- messa[do jo rn a l , p a ra de prom pto p ro v id e n c ia r ­mos.

Acceitam-se com grati­dão quaesquer noticias que sejam de interesse publico.

0 D IA D E F IN A D O S

Realisou-se esta semana, como de costume, a piedo­sa romagem aos cemite- rios, onde tanta gente vae visitar as campas dos que em. vida lhe foram queri­dos.

Até nisto, porém, ha contradições.

Quantas viuvas vão cho­rar sobre as sepulturas dos esposos, recordando com saudades os felizes momen­tos que com elles passa­ram, e horas depois se en­contram em doce colloquio com o que veiu substituir o querido morto! Quantas mentiras, quantos enganos, até no campo da egualda- de!

O mundo é assim. Mas tambem vemos, no reverso da medalha, as santas de­dicações, as saudades sin­ceras, as lagrimas que nun­ca se enxugam e fazem con­servar por toda a vida o luto no coração.

Descancemos ao menos um pouco no campo dos mortos, para nos esquecer­mos das traições que nos fazem os vivos.

Alli ha o socego e a paz, invade-nos a alma um sen­timento de respeito e de saudade que nos faz, ao menos por momentos, me­lhores do que realmente somos.

A immensa multidão que Percorre os cemiterios vae alli levar o seu tributo de affecto á memória dos fi nados. Respeitemos as crenças e as tradições do povo, em cuja alma se abrigam sempre os senti­mentos mais nobres e leaes

JO A Q U IM DO S ANJO S.

A G R I C U L T U R AA cultura do ananaz

O ananaz é uma planta monocotyledonia cuja ori­gem tem sido muito con­trovertida pelos botânicos. Segundo uns é originaria das índias e dahi foi trans­portada para America; se­gundo outros, o seu berço foi na America meridional. Em abono da verdade de­vemos dizer que esta ulti­ma opinião é mais acceita- vel.

Está quasi provado á evidencia que o ananaz foi descoberto no Brazil, em1535, por Hernandez d: Oviedo, e depressa esque­cido. Só em 1555 é que, novamente, João de -Lery mencionou a existencia de esta preciosa planta, que, no dizer do iilustre viajan­te crescia expontaneamen- te nas terras baixas e hú­midas do Brazil.

Os brazileiros chama­vam-lhe nana, donde os portuguezes fizeram ana­nás,, e os hesp tnhoes pina.

A acreditarmos Royle, foi em 15 94 que se intro­duziu em Bengala o ana­naz, e ahi rapidamente se propagou.

Segundo Kircher, os chi- nezes cultivavam-no no xvi 1 seculo, dizendo-o ori­ginário do Peru.

O ananaz [Bromelia ana- nas, de Linneu, ou Ana- nassa saliva, de Lindley) é uma planta vivaz da fami­lia das bromeliaceas; é ca- racterisada por flores azu­ladas sessis, dispostas em espigas unidas, terminadas por um ramalhete de folhas, que constitue o que se chama corôa.

O periantho é formado de seis partes sobre duas secções. O frueto é a in- flore.scencia completa; é volumoso, carnudo, em fór­ma de pinha, e dahi o ser chamado tambem pinhão da índia, nome porque o conhecem em diversas re­giões.

Como caracteres vege- tativos, o ananaz tem rai­zes fibrosas, folhas lineares inteiras ou espinhosas, di­

vergentes e glaucas. A flo­ração só tem logar no fim de dezoito mezes a tres annos, conforme as varie­dades e os climas. O ana­naz substitue todos os an­nos as raizes dos annos precedentes por outras no­vas.

Conhecem-se cincoenta e seis especies, ou varieda­des de ananaz, das quaes as principaes são :

O ananaz de Cayenna ou Maipouri, e o ananaz da Havana, entre as varie­dades de folhas lizas.

0 ananaz commum ou da Martinica, o ananaz da Jamaica, o ananaz Enville Pelvillain, e o ananaz da Providencia, entre as va­riedades de folhas espinho­sas.

A area geographica d’es- ta planta é hoje bastante extensa. C om prchende : a America central, Java, Ma- dagascar, a Martinica, a Jamaica, o Soudan, o Con­go, Natal, Zanzibar, Guya- na e Alto Orenoque.

Em estufas, cultiva-se muito em França e em In­glaterra. Todavia na Euro­pa a sua cultura data de 1732, e foi pela primeira realisadã por Le Court.

Em 1734 o primeiro ana­naz cultivado em França, ap pareceu na meza de Luiz XV.

O frueto do ananaz tem um perfume delicioso, que faz lembrar o dos melho­res morangos. Come-se polvilhando-o de assucar ou metendo-o em aguar­dente e vinhos generosos. Tambem se emprega em pudins, compotas, m :rme­la d a, e o succo espremido dá uma limonada fresca, ácida e adstringente.

Filippe Baldini considera este frueto como um re­medio excellente para a ictericia e hycropisia.

Wright preconisou o succo do ananaz como um dos melhores gargárejos detergentes.

Uma variedade chama­da bromelia karatas tem as folhas filamentosas, del­ias se extrahem os fios brancos e b ilhantes de qu ' se fabricam pannos na America tropical, Asia aus­

tral, e sobre tudo nas Fi- lippinas.

A cultura do ananaz faz- se de dois modos:

Nos paizes quentes, onde a temperatura não desce a mais de 16°, em desenvol­vida cultura, o ananaz dá um frueto excellente e sa­boroso.

Na europa cultiva-se em estufas especiaes, e o frueto obtido nestas condições está longe de ter o sabor e o aroma dos outros. Ainda assim é apreciável.

Entre nós o seu cultivo, no paiz, tem sido sempre descurado, e a não ser na província do Algarve, on­de se teem feito algumas experiencias, coroadas de bom exito, em todas as outras províncias, cremos, é desconhecido. Todavia temos regiões, como. nor exemplo a do Douro, on­de as experiencias deve­riam sei’ tentadas, pois são esplendidas as condições climatéricas. Fóra do reino, nos Açores e nas nossas possessões africanas, a cul­tura do ananaz constitue um dos ramos importantes do nosso commercio.

O ananaz multiplica-se por tres formas: por se­mente, rebentões ou por estaca.

A semente não é empre­gada nos paizes quentes, porque são precisos pelo menos quatro annos para obter frueto da planta as­sim cultivada. No cultivo de estufas não é viavel es­te modo de multiplicação, porque o ananaz não pro­duz grãos.

Na cultura em grande escala, mul.iplica-se a plan­ta por meio dos rebentos que se desenvolvem na ba­se. São plantados em ter­ra leve, rica em humus e bem preparada.

Os cuidados de cultivo consistem em regas frequen­tes e repetidas, cavas..

Na Europa, onde o ana naz é criado em estufas, é preciso, para se obter boa producção em pouco tem­po, manter-lhes uma tem­peratura regular de cerc de 25'' no inverno, e 3o° no verão.

Multiplicam-se as plantas

por meio de rebentões que são plantados em vasos contendo 40 p. c. de terra fresca, 20 p. c. de areia e 25 p. c. de terra vegetal. Estes vasos são enterrados por sua vez, na mesma ter­ra vegetal e expostos á temperatura da estufa. No fim do verão transportam- se as plantas para vasos maiores, tendo o cuidado de, a partir dt> começo do cultivo, não esquecer as regas, que devem ser fre­quentes.

Na primavera o ananaz fl resce. Vinte a trinta e cinco mezes, segundo as circumstancias, bastam ge­ralmente; mudam-se então as plantas que maior de­senvolvimento tiverem idquirido para canteiros,

deixando ficar as mais ra-i-h i f i m s n n s y : i w

Tal é, em poucas pala­vras, a cultura do ananaz em estufa ; cultura que não offerece difficuldades e pó­de dar resultados vanta­josos.

Missa

O nosso amigo José Cândido Rodrigues d’An-., nunciação manda amanhã rezar uma missa, ás 7 ho­ras da manhã, conforme annunciâmos na secção res­pectiva, na Egreja Matriz, suffragando a alma de sua sobrinha Celina Correia Rodrigues.

T ras iad ação

Foi trasladado para jazi­go de familia, no dia 29 de outubro, o cadaver da es­posa do nosso amigo, sr. Francisco Rrodrigues Pin­to, honrado negociante de esta villa.

C'ai\a p o s ta l

O sr. Rozendo de Sousa Rama, conceituado com- mérciánte desta villa, foi auctorisado a vender sellos e mais fórmulas de fran­quia do correio, ficando no seu estabelecimento e a seu cargo uma caixa postal.

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O D O M I N G O

('açadas

Os nossos amigos, srs. Antonio da Costa, Augusto Salgado, José de Sousa Fortunato, Domingos An­tonio Saloio, João Vi.allade, José Bernardo Gomes, Joa­quim de Sousa Fortunato, Antonio Victorino Mirra, Justino Simões e Antonio Moura, fizeram a semana passada uma caçada em que morreram 129 coelhos e uma perdiz.

— Para o dia 16 do cor­rente, tambem se prepara uma importante caçada em que tomam parte alguns dos melhores atiradores desta villa.

M. P. do crime de offen- sas corporaes, condemna­do na pena de 1 anno de prisão correccional e em2 mezes de multa a 800 réis por dia.

— José Francisco Serra­dor Junior, íilho de José Francisco Serrador e de Maria José Atalaya, sol­teiro,’ trabalhador, de 24 annos, natural d esta villa, accuzado pelo M. P. do crime de offensas corpo­raes praticadas na pessoa de Francisco José Balaya, condemnado na pena de :3 dias de prisão correccio­nal e na multa correspon­dente.

<»>-

J u lg a m e n to s

Narciza Ritta de Men­donça, Ge rí rudes Ritta de Mendonça, e Venancio de Mendonça naturaes de Alhos Vedros, àccuzados pelo M. P. do crime de offensas corporaes, çon- demnados o primeiro em8 dias de prisão correccio­nal, o 2.0 em 4? dias e o3.° em 8, e todos na mul­ta correspondente.

— Joaquim Ratinho, filho de Manuel Paes e de Ma­ria da Costa Pereira, de33 annos, solteiro, traba­lhador, natural da fregue­zia do Carvalhal Redondo,C U liL C Í lr o vlv- M c-llc io , '

zado pelo M. P. do crime de offensas c.irporaes, con­demnado em i 5 dias de prisão e na multa corres­pondente. .

— Joaquim Goriz, filho de Manuel Gonçalves e de Maria Margarida, na­tural de S. Marques, con­celho de Gouveia, de 3 i annos de idade, casado, trabalhador, accuzado pe­lo M. P. do crime de offen­sas corporaes, condemna­do. na pena de 14 dias.de prisão correccional e multa correspondente.

Augusto Lopes o «Pu­lha», filho de Paulino Jose e de Maria da Conceição de 36 annos de idade, sol­teiro, trabalhador, natural d’Atalaya, accuzado pelo

A camara municipal deeste concelho, em sessão de 2 do corrente, delibe­rou o seguinte:o

Que a matança e entra­da do gado no matadouro municipal, nos mezes de novembro de i<)o3 até março, de 1904, se effe- ctuassem das 2 ás 4,3o da tarde;

Que se mandasse nova­mente annunciar, por es­paço de 3o dias, o forneci­mento da illumin ição ele- ctrica;

Que se elevasse o preço do estrume da limpeza pu­blica, de i $ 5 o í ) réis a r í$ 8 o (

cada çarrada, e que se ano u n c iQ ; ) o o ? p o r e d i t a e e , o

seu rendimento no fu'uro anno de 1904;

Que fosse brevemente arborisada a Praça Serpa Pinto.

T ro v o ad a

Pelas q hora da noite de quarta feira pairou sobre nós uma f->rtissima trovoa­da, acompanhada de um grande aguaceiro que mui­to veio beneficiar os cam­pos.

Falleceu no dia 6 do cor­rente, com urna pneumo­nia, Agueda Cárolina, com a idade de 79 annos, Casa­da, natural desta villa. Que descance em paz.

Q Q F R E D E P E R Q L A S

A LIBERDADETão pura e Ião gentil, defronte immaculada,Eu sinto que em lua alma existe immensa dor,()' pomba que, voando ds regiões aereas,Tens de voltar de novo ao mundo enganador.

Nos olhos teus scintilla a chamma seduetora Que ao naufrago da vida é lucido fanal.0 ’ fada encantadora, aos olhos dos morlaes E s a visão bemdita, o sonho, o ideal.

Eis pura como o fogo, ó virgem feiticeira Que vens continuamente encher os sonhos meus. Tens muita ve baixado ao mundo corrompido, Mas paira sobre li 0 santo olhar de Deus.

0 mundo é vasto mar de vagas alterosas,Em que a bemdita pa\ não póde penetrar.Existe a densa treva ao fundo d esse abysmo Onde não brilha ainda o leu sereno olhar.

E o povo, costumado d treva que o detinha,Não pode a vista erguer... deslumbra-o tanta luz; Não pode conhecer as célicas doutrinas Que o niartyr nos legou do alto d'uma cru*.

Quebrae-lhe a escravidão; de próvido futuro Ao povo, que padece, abri meigo horisonte;E a vil hypocrisia, a negra reacção,A ’ densa Liberdade irão curvar a fronte!

JO A Q U IM DOS ANJO S.

52 FOLHETIM

T radu cção de J. DO S A N JO S

D E P O I S dT P £ G C A D OL iv ro p r im e iro

IV

•— Mas é preciso acabar com isto, objectou a Magdaiena; se tem medo de desagradar a sua mãe, é escusado que eu continue a passar aqui uma vi da de privações, tendo só para me alentar no sacrifício umas esperanças que nunca se renlisaráo.

— Não posso desobedecer a minha mãe!

— Nem eu quero isso. O que quero é estar n u m a parte onde possa sahir e entrar ;í minha vontade, sem que

me estejam a vigiar. Se náo pode fa­zer isso, diga-m'o franerm ente, p o r­que então saio de Paris e vou para a minha terra.

Se o Adrii.Ho tivesse pela Magdaie­na um am or profundo, a idéa de a per­der tinha-o transtornado profunda­mente. Mas não succedeu assim.

— Então deixa-me? perguntou elle.— Não me posso im por a quem me

não ama, disse ella, e se hesita em me arrancar d’este inferno é porque já não me tem am or. N 'es;e caso, que ventura me daria o casamento?

Havia tanta tristeza n'esias palavras, que o Adriano foi chamado de repen­te a sentim entos mais dignos d'elle. V e u-lhe á memória o passado; lem­brou-se da; promessas que fizera, e com prehcndeu novamente que, a não deixar de ser um homem honrado, não podiít exim ir-sê'à cúmpril-as.

Relação dos recrutas desti­nados ao serviço activo do exercito e da armada

'd'este concelho, que têem de se apresentar de 8 a12 do corrente nos res­pectivos regimentos.

D E A L D E G A L L E G A

Alexandre, filho de paes incógnitos; Eduardo José, filho de Eduardo José; Fran­cisco Maria Junior, filho de Francisco Maria; João Dias Junior, filho de João Dias; João Fernandq, fi ho de Luiz Antonio Fernandes; João Fernandes Cecio, filho de Antonio Fernandes Cecio; J o aq u: m Ca r d < >so O i t o-í o s- tões, fiiho de João Cardoso Oito-losiões; Joaquim G. Palpita, filho de Joaquim Gouveia Palpita; Vosé Ju­lio, filho de Augusto da Silva; José cfOHveira Alfe­res, filho de José d’OIiveira Alferes; José Paulino, filho de Manuel Paulino; José Rodrigues Estanqueiro, fi­lho de Antonio Rodrigues

— Não duvides do meu am or, d is­se-lhe, tomando-a nos braços; peço- Ihe só mais alguns dias de resignação e de paciência. Falarei a minha mãe; d ir-lhe-hei que não posso esperar mais pela realisação da ventura que sonhei e que é ao mesmo tempo o cum prim ento de um dever, e tenho a certeza de que hei de convencel-a.

— E se ella resistir?— E n tão , só me lem brarei dos com ­

prom issos que tomei comsigo.— E ’ o que eu quero, respondeu a

Magdaiena.Fortificada com esta prom essa, sof-

freu com resignação nos dias que se seguiram os rigores da sr.a H ervey. De mais, pareceu que esta quiz m odi­ficar a dura existencia que preparara para a rapariga, e ou porque cedesse aos rogos do filho, óu porque tivesse com prehenJid o qife a iMagdalcnn cra

Estanqueiro; Manuel Soa­res Ventura, filho de Anto­nio Maximo Ventura; Ro- mão Lopes, filho de José Lopes.

DF. C A N H A

Antonio Maria Lusitano, filho de Antonio Maria Lu­sitano; Antonio Ventura, filho de Josepha Leonor; José Silvestre, filho de Sil­vestre Luiz.

D E S X R 1L H 0 S G R A N D E S

Antonio Izidoro de Jesus, filho de Izidoro de Jesus; Francisco Aguadeiro, filho de Manuel Aguadeiro; Francisco Marques, filho de José Marques; João Ferrei­ra dos Santos, filho de An­tonio Ferreira dos Santos.

--------------------- i — — ------------------------------------—

“ A M adrugada;.Recebemos a visita do

primeiro numero d’esta in­teressante ' revista que se publica no Porto.

Pela amabilidade da vi­sita o nosso agradecimento e os mais vehementes vo­tos de uma prolongada e prospera existencia.

daquellas creaturas que se levam mais depressa j ela brandura dò que pela severi iade, temperou a austera disci­plina a que ao p rin cip io a submette- ra. Esperava a sim dar-lhe paciência e fazer-lhe esperar que se completasse a educação que lhe parecia necessaria á m ulher de seu filho.

Mas era muito tarde para rem e.liaro mal que ella pró p ria fizera. O gol­pe estava dado; não só perdera paru sempre a confiança da rapariga, mas ainda a tinha exasperado, e a Magda !enn aspirava pelo momento em que sahisse d'aquella casa, como um p r i­sioneiro aspira pela hora do seú liyra- mento.

_ _ L IT T E R A T U R AUm co n c e rto im provi.

sado(Continuado d o n .° 120/

— Não senhores, respon­deu o violista, abaixando- se com difficuldade para apanhar o chapéo, mas que já um dos rapazes lh’o tinha apanhado, emquan­to um dos companheiros, vendo a rabeca, lhe per­guntou:

— E’ musico ?— Fui-o noutro tempo,

respondeu o velho. E duas grossas lagrimas deslisa- vam suavemente pelas ru­gas profundas das suas faces.

— Que tem?. .. Doe-lhe alguma coisa?. .. Padece cfalgum soffrimento ..Tal­vez nós lhe possâmos dar algum linitivo!. . .

O pobre homem iitou, choroso, os tres alegres ra­pazes. . depois estendeu- lhes o chapéo, suspirando:

— Dêem-me uma esmo­la por amor de Deus! Nem já com a rabeca posso ga-, nhar a vida; os dedos re- sentem-se da paralysia que tive... minha filha estáty- sica, morre de d ô r... e de miséria.

Na sua entonação mani­festava-se um tal soffri­mento que os rapazes sen­tiram-se commovidos, e levaram as mãos aos bo.1- ços tirando quanto lá acha­ram. Bem pouco, na ver­dade! Um cincoenta centi- mos, outro trinta, e o ter­ceiro um pedaço de resi­na! Total: oitentacentimos para tão grande infertunio!

Bem minguado rerne- dio! pensaram os tres, que se entreolharam com ar compassivo.

— Rapazes, disse um, va- mos buscar o que nos fal­ta ...

Este desgraçado é nosso collega4. . Tu, Adolpho, péga na rabeca e acompa­nha o Gustavo. Eu farei o pedítorio.

Dito e feito. Levantaram as golas dos casacos, des­grenharam os cabellos pa-

L iv ro S egundoI

No fim do mez de junho de 1873, isto é, pouco mais ou menos cinco annos depois dos successos que con" támos, seriam umas seis horas da tar­de, a maior parte dos passeiantes que percorriam a avenida dos Campos Elyseos ficaram im pressionados peto elegancia de uma carruagem que se dirigia para os lados do Bosque d» B olonha, entre as outras que davam todos os dias aquelle passeio, e cujo luxo e bom gosto se salientavam no fundo um pouco banal d’aquelle des­filar mundano.

(Contínua/.

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ra se desfigurarem quanto possivel, carregaram -os chapéos para a testa e dis- geram a um tempo:

—-Vamos lá.— Em noite de Natal

Deus deve-nos: ser propi- cj0, disse um e prepara­ram-se.

—Decerto! disse outro. Adolpho, começa a tua c o m p o s iç ã o de concurso.

Sob os dedos exercita­dos do joven coneertista o violino do pobre velho ti­rou alegremente o Carna­val de Veneza, como nun­ca se ouvira nas melhores salas de concerto. Foram- se abrindo todas as janel- ]as, formou-se um circulo de gente que augmentava á medida que chegavam os transeuntes, e ao termi­nar a execução irrompeu uma prolongada salva de palmas, ao mesmo tempo que dentro do chapéo do, pobre velho, que aquelles bons rapazes tinham collo- cado em evidencia, cabia uma chuva de moedas.

Apóz uma curta pausa, o violino preludiou um acompanhamento.

— Agoia tu, Gustavo, disse Carlos.

Este entoou a bailada Vicne gentil donna, com uma voz de tenor doce, vibrante, soberba.

O publico encantado gritava com enthusiasmo:

— Bis, bis.A colheita augmentava,

e a multidão era cada vez mais compacta. Perante aquelle exito e aquelles re­sultados, o iniciador d’a- quelle improvisado concei­to, accrescentou:

— Vá, para concluir, o tercetto do Guilherme Tell.

O velho que até então tinha permanecido immo- vel não se atrevendo a dar crédito aos seus ouvidos, julgando-se preso dum so­nho, endireitou-se,; com o rosto desfigurado, e como louco comecou a marcar jo compasso com a benga­la, e com tal mestria que, debaixo da sua direcção, os rapazes arrebataram, electrisaram a multidão, que não lhes regateava applausos, nem dinheiro, que chovia das janellas, vendo-se Carlos em gran­des difficuldades para re­colher o que lhe cahia fóra do chapéo.

Findo o concerto disper- sou-se lentamente a mul­tidão, desejosa de uma se­gunda parte.

Os rapazes acercaram- se do pobre velho, a quem suffocava a commocão.»

— Os seus nomes, mur­murava elle, os seus no­mes para que minha filha os repita nas suas orações.

— Eu chamo-me a Fé, disse o primeiro.

O DOMINGO— Eu, a Esperança, disse

o segundo._ — Então serei eu a Ca­

ridade, disse o terceiro, en­tregando-lhe. o chapéo que iT u il continha o produeto do peditorio.

— Obrigado, obrigado, exclamava o velho com as ágrimas nos olhos, já que

me não querem dizer os seus nomes saibam o meu. Chamo-me Chappeur, sou alsaciano e durante dez an­nos fui direc-tor de orches- tra. Ah! Desde que deixei a minha terra, a desgraça e a doença não lêem deixa­do de me perseguir.

Salvaste-me a vida Com ste dinheiro meusbemfei-

tores já posso voltar para Strasburgo, onde tenho amigos que me ajudarão... Talvez que aquelle ar res­titua a saude a m nha fi­lha . .. Deus ha de aben­çoar os corações que me auxiliaram na minha misé­ria . . . eu vol-o asseguro: sereis grandes entre os grandes!

— Deus o queira, res­ponderam os tres rapazes. E despediram-se do pobre velho.

Depois, dando-se os bra­ços, proseguiràm alegres e satisfeitos o seu caminho

Nobres coracões! Tal- »vez já esquecessem aquelle concerto improvisado.

Porém se sois curiosos, leitores, e quereis sab-r comò foi cumprida a pre- dicção do velho Chapeur, eu posso commettendo uma indiscripeão revelar- vos os nomes- daquelles res rapazes; todos alum­

nos do conservatorio.O tenor chamava-se

Gustavo Rôger; o violinis­ta Adolpho Hermann e o encarregado do peditorio Carlos Gounod.

- - —«

.% £ g a * e s síí< i9

Na noite de 3 i de outu­bro findo, pelas 9 horas e na rua de José Maria dos Santos, foi aggredido com uma dentada na orelha es­querda, Raul Rezina, por Luiz Matheus, ambos tra­balhadores e residentes n’esta villa. O facto foi en­tregue a juizo.

M I S S A .

A p ro e is sã o

Effectuou-se, conforme dissemos, no domingopas- sado a annual procissão commemorativa do pavo­roso terramoto de Foi enorme a affluencia de povo que dos logares limi- trophes accoiTeu a esta vil­la. A procissão foi acompa­nhada durante o trajecto pela phylarmonica i.° de Dezembro, que tocou apro­priadas a este acto duas lindas marchas.

José Cândido Rodrigues d’Ánnunciação, sua esposa e filhos participam a todos os seus. parentes e pessoas de sua amisade que áma­nhã, 9 do corrente, pelas 7 horas da manhã, mandam rezar uma missa na Egreja Matriz pelo eterno descan­ço de sua querida sobrinha e prima Celina Correia Rodrigues.

A todos, pois, que se di­gnarem com a sua presen­ça honrar este acto, tribu­tam a sua mais sincera gra­tidão.

A N N U N C I O S

ANNUNCIO

COMAl tCA DE ALDEGALLEGA DO M I O

( $ . a f i* B i? f l Ie a ç S o )

Por este ju:zo e cartorio do escrivão do segundo officio e pelo inventario lorphanologico a que se procede por obito de Fran­cisco Xavier Carapinha è cabeça do casal a sua viu­va Angelina do Carmo, da villa de Alcochete, vae á praça á porta do tribunal d’es’ta comarca no dia i 5 do proximo mez de novem­bro, pelo meio dia, para ser vendido pelo maior preço e superior ao abaixo declarado o seguinte pre­dio:— Uma courélla de terra de semeadura e vi­nha no Alto do Chafariz, da freguezia de Alcochete, foreira em 800 réis an­nuaes e laudemio de qua­rentena a D. Maria Libania Salazar Moscoso, d’esta villa, e é posto em praça o dominio util em cento e noventa e cinco mil réis.

O arrematante, além das despezas da praça, pa­gará por inteiro a respecti­va contribuição do registo.

Aldegallega do Ribatejo, 22 de outubro de 1903.

O K S C R ÍV Á O

Antonio Julio Pereira Moutinho.V e rifiq u e i a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

Oliveira Guimarães.

J U L I O S í l O E SEncarrega-se de todo o

trabalho de marceneiro, carpinteiro, torneiro, po­lidor e de armações de lo­ja. Todos os trabalhos men­cionados são feitos artis­ticamente e não de curio­sidade. Garante a perfei­ção, solidez e barateza dos trabalhos feitos em sua ca­sa. Na Salchicharia Relo­gio se diz.

Praça Serpa Pinto, Alde­gallega.

A N N U N C I O

COUAI I CA DE ALDEGALLEGAit

( l . a B®saJ>SIeaeã»)

No juizo de direito da co­marca de Aldegallega do Ribatejo, e cartorio do. es­crivão Silva Coelho, por sentença de 28 do corren­te mez de outubro, foi au- ctorisada a separação de pessoas dos cônjuges Emy- gdio Gonçalves de Aze­vedo e mulher D. Maria Virginia Adelaide de Cas- tro ou D. Virginia Adelai­de Chaves de Castro, esta residente na cidade de Lis­boa, e aquelle nesta villa de Aldegallega do Riba­tejo.

Aldegallega do Ribate­jo, 29 de outubro de 1903.

O ESCRIVÁO

Antonio Augusto da Silva Coelho.

V e rifiq u e i a exnctidfo.

O JUIZ Di: DIREITO

Oliveira Guimarães.

Uma carroça de caixa com molas muito leve, e um arreio. Nesta redacção se diz.

Mi!

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Os amores trágicos de Manon Les caut com o celebre cavallèiro de G rie u x . formam o entrecho d’este rom ance, rigorosam ente historico, a que Ladoucette im prim iu um cunho de originalidade devéras encantador.

A corte de L u iz x v , com todos os seus esplendores e misarias, é escri- pta m; g stralmente pelo auctor d '0 Bastardo da Rainha nas paginas do seu novo liv ro , destinado sem d u vi­da a alcançar entre nós exito egual aquelle com que foi recebido em P a ­ris, onde se contaram p o r m ilhares os exem plares vendidos.

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G U E R R A A N G LO -B O ER Por um funcdonario da Cruz Vermelha ao serviço

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A G U E R R A A N G L O B O E R é a obra de mais palpitante actualidade.N ella sáo descriptas, «por uma testemunha presen ial», as differentes

phases e acontecimentos emocionantes da terrivel guerra que tem espanta j Oo m undo inteiro.

A -G U E R R A A N G L O -! O E R faz passar ante os olhos do leitor todas as «grandes bati lhas, combates» e «escaramuças» d esta prolongada e acérrim a lucta entre inglezes, tra svaalianos e oranginos, verdr.deiros prodígios de heroísm o e tenacidade, em que sáo egualmente aJm iraveis a coragem e de­dicação p; trio tira de venç.dps e vencedores.

Os incidentes variadíssimos d ’esta contenda e tre a poderosa Inglater ra e as duas pequ nas republicas sul-africanas, decorrem atravez de verda­deiras p e rp e cia s, p o r tal m aneiia d ra ra ticas e pittorescas, que dão á G U E R R A A N G L O B O E R . conjunctamente com o irresistível attractivo d u m a nar r; tiva h storica dos nossos d as, o en< anto da leitura romantisada.

A Bibliotheca do DIARIO DE NOTICIASapresen ando ao publico e;ta obra em «esmerada edição,» e por u m p -eço di­m inuto. julga prestar um serviço aos num erosos leitores que ao mesm tempo desejam deleitar-se e ad q u irir perfeito conhecim ento dos succesío que mais interessam o m undo culto na actualidade.

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ao nosso estabelecimento um colossal sortido de fazendas próprias para a presente estação, de fino gosto, e que vendemos por preços ao alcance de todas as bolsas.

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Desde 4$5oo réis, cobertores francezes, pura lã, debruados a seda.A 4$>5oo réis, chailes duble-face, muito fortes.

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Baelilha de dois pellos com um melro de largo a 200 réis, própria parasaias.

( l l l l ! l i l l l l f l l l ! l l l l i Í l l l l l l l l l l ! Í I I I I I ! ; i l l l ! l l | | | | | | l | | | | | | Í I | | | | | j | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | Í I | | | | | | | | | | | | l l | | Í I I | | | ! | | | | | | | | | | | | | j | ) | | | | ! ! l | | | | |i i i i i i i i ! i í i i : i i i i i i i i i i i : í i i i i i : M i i l l : i i i i i i í i i M i i i : ! r i i i i i ! i i i i i ; i i ] i r i í i i i i i i í i i N i : ; l i i l i i i i i ; i i : ! i [ : ! n i i i { i i ! i m í i i i i i i n i i í i : i i i i : ! ! i í

Pedidos d Emprega do D IA R IO D E N O T IC IA S Rua do Diario de Noticias, 110 — LISBOA

Agente em Aldegallega— A. Mendes Pinheiro Junior

M este importante estabelecimento encontra tambem o publico um colossal sortido De fa^enòas cie linho, l:t? atgoòào, sei)as, calçaito e chapéos

(jne mencionar aqui os preços seria impossível.

Pedimos que visitem o nosso estabeleci­mento para assim se certificarem da nossa excepcional barateza.P R E Ç O S F I X O S E V E N D A S A D I N H E I R O

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