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Ill anno domingo, s d e NOVEMBRO DE 1903 N.° 121 SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRICOLA Assignatura Anno» i$ooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. _ para o Brazil, anno, 2$5oo réis |moeda foriej. Q Avulso, no dia da publicação, 20 réis. « EDITOR — José Augusto Saloio Publicações Annuncios— i.a publicação, 40 réis a linha, nas seguintês', rt 20 réis. Annuncios na 4.* pagina, contracto especial. Os auto- íj graphos não se restituem quer sejam ou não publicados. I PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio E X PE D IE N T E Rogamos] aos nossos estimáveis assignantes a fljjeza de nos participa rem qualquer falta asa re- messa[do jornal, para de prompto providenciar mos. Acceitam-se com grati dão quaesquer noticias que sejam de interesse publico. 0 DIA DE FINADOS Realisou-se esta semana, como de costume, a piedo sa romagem aos cemite- rios, onde tanta gente vae visitar as campas dos que em. vida lhe foram queri dos. Até nisto, porém, ha contradições. Quantas viuvas vão cho rar sobre as sepulturas dos esposos, recordando com saudades os felizes momen tos que com elles passa ram, e horas depois se en contram em doce colloquio com o que veiu substituir o querido morto! Quantas mentiras, quantos enganos, até no campo da egualda- de! O mundo é assim. Mas tambem vemos, no reverso da medalha, as santas de dicações, as saudades sin ceras, as lagrimas que nun ca se enxugam e fazem con servar por toda a vida o luto no coração. Descancemos ao menos um pouco no campo dos mortos, para nos esquecer mos das traições que nos fazem os vivos. Alli ha o socego e a paz, invade-nos a alma um sen timento de respeito e de saudade que nos faz, ao menos por momentos, me lhores do que realmente somos. A immensa multidão que Percorre os cemiterios vae alli levar o seu tributo de affecto á memória dos fi nados. Respeitemos as crenças e as tradições do povo, em cuja alma se abrigam sempre os senti mentos mais nobres e leaes JOAQUIM DOS ANJOS. AGRICULTURA A cultura do ananaz O ananaz é uma planta monocotyledonia cuja ori gem tem sido muito con trovertida pelos botânicos. Segundo uns é originaria das índias e dahi foi trans portada para America; se gundo outros, o seu berço foi na America meridional. Em abono da verdade de vemos dizer que esta ulti ma opinião é mais acceita- vel. Está quasi provado á evidencia que o ananaz foi descoberto no Brazil, em 1 535, por Hernandez d: Oviedo, e depressa esque cido. Só em 1 555 é que, novamente, João de -Lery mencionou a existencia de esta preciosa planta, que, no dizer do iilustre viajan te crescia expontaneamen- te nas terras baixas e hú midas do Brazil. Os brazileiros chama vam-lhe nana, donde os portuguezes fizeram ana nás, , e os hesp tnhoes pina. A acreditarmos Royle, foi em 1 594 que se intro duziu em Bengala o ana naz, e ahi rapidamente se propagou. Segundo Kircher, os chi- nezes cultivavam-no no xvi 1 seculo, dizendo-o ori ginário do Peru. O ananaz [Bromelia ana- nas, de Linneu, ou Ana- nassa saliva, de Lindley) é uma planta vivaz da fami lia das bromeliaceas; é ca- racterisada por flores azu ladas sessis, dispostas em espigas unidas, terminadas por um ramalhete de folhas, que constitue o que se chama corôa. O periantho é formado de seis partes sobre duas secções. O frueto é a in- flore.scencia completa; é volumoso, carnudo, em fór ma de pinha, e dahi o ser chamado tambem pinhão da índia, nome porque o conhecem em diversas re giões. Como caracteres vege- tativos, o ananaz tem rai zes fibrosas, folhas lineares inteiras ou espinhosas, di vergentes e glaucas. A flo ração só tem logar no fim de dezoito mezes a tres annos, conforme as varie dades e os climas. O ana naz substitue todos os an nos as raizes dos annos precedentes por outras no vas. Conhecem-se cincoenta e seis especies, ou varieda des de ananaz, das quaes as principaes são : O ananaz de Cayenna ou Maipouri, e o ananaz da Havana, entre as varie dades de folhas lizas. 0 ananaz commum ou da Martinica, o ananaz da Jamaica, o ananaz Enville Pelvillain, e o ananaz da Providencia, entre as va riedades de folhas espinho sas. A area geographica d’es- ta planta é hoje bastante extensa. Comprchende: a America central, Java, Ma- dagascar, a Martinica, a Jamaica, o Soudan, o Con go, Natal, Zanzibar, Guya- na e Alto Orenoque. Em estufas, cultiva-se muito em França e em In glaterra. Todavia na Euro pa a sua cultura data de 1732, e foi pela primeira realisadã por Le Court. Em 1734 o primeiro ana naz cultivado em França, ap pareceu na meza de Luiz XV. O frueto do ananaz tem um perfume delicioso, que faz lembrar o dos melho res morangos. Come-se polvilhando-o de assucar ou metendo-o em aguar dente e vinhos generosos. Tambem se emprega em pudins, compotas, m :rme lada, e o succo espremido dá uma limonada fresca, ácida e adstringente. Filippe Baldini considera este frueto como um re medio excellente para a ictericia e hycropisia. Wright preconisou o succo do ananaz como um dos melhores gargárejos detergentes. Uma variedade chama da bromelia karatas tem as folhas filamentosas, del ias se extrahem os fios brancos e b ilhantes de qu ' se fabricam pannos na America tropical, Asia aus tral, e sobre tudo nas Fi- lippinas. A cultura do ananaz faz- se de dois modos: Nos paizes quentes, onde a temperatura não desce a mais de 16°, em desenvol vida cultura, o ananaz dá um frueto excellente e sa boroso. Na europa cultiva-se em estufas especiaes, e o frueto obtido nestas condições está longe de ter o sabor e o aroma dos outros. Ainda assim é apreciável. Entre nós o seu cultivo, no paiz, tem sido sempre descurado, e a não ser na província do Algarve, on de se teem feito algumas experiencias, coroadas de bom exito, em todas as outras províncias, cremos, é desconhecido. Todavia temos regiões, como. nor exemplo a do Douro, on de as experiencias deve riam sei’ tentadas, pois são esplendidas as condições climatéricas. Fóra do reino, nos Açores e nas nossas possessões africanas, a cul tura do ananaz constitue um dos ramos importantes do nosso commercio. O ananaz multiplica-se por tres formas: por se mente, rebentões ou por estaca. A semente não é empre gada nos paizes quentes, porque são precisos pelo menos quatro annos para obter frueto da planta as sim cultivada. No cultivo de estufas não é viavel es te modo de multiplicação, porque o ananaz não pro duz grãos. Na cultura em grande escala, mul.iplica-se a plan ta por meio dos rebentos que se desenvolvem na ba se. São plantados em ter ra leve, rica em humus e bem preparada. Os cuidados de cultivo consistem em regas frequen tes e repetidas, cavas.. Na Europa, onde o ana naz é criado em estufas, é preciso, para se obter boa producção em pouco tem po, manter-lhes uma tem peratura regular de cerc de 25'' no inverno, e 3o° no verão. Multiplicam-se as plantas por meio de rebentões que são plantados em vasos contendo 40 p. c. de terra fresca, 20 p. c. de areia e 25 p. c. de terra vegetal. Estes vasos são enterrados por sua vez, na mesma ter ra vegetal e expostos á temperatura da estufa. No fim do verão transportam- se as plantas para vasos maiores, tendo o cuidado de, a partir dt> começo do cultivo, não esquecer as regas, que devem ser fre quentes. Na primavera o ananaz fl resce. Vinte a trinta e cinco mezes, segundo as circumstancias, bastam ge ralmente; mudam-se então as plantas que maior de senvolvimento tiverem idquirido para canteiros, deixando ficar as mais ra- i-h ifim s nns y :iw Tal é, em poucas pala vras, a cultura do ananaz em estufa ; cultura que não offerece difficuldades e pó de dar resultados vanta josos. Missa O nosso amigo José Cândido Rodrigues d’An-., nunciação manda amanhã rezar uma missa, ás 7 ho ras da manhã, conforme annunciâmos na secção res pectiva, na Egreja Matriz, suffragando a alma de sua sobrinha Celina Correia Rodrigues. Trasiadação Foi trasladado para jazi go de familia, no dia 29 de outubro, o cadaver da es posa do nosso amigo, sr. Francisco Rrodrigues Pin to, honrado negociante de esta villa. C'ai\a postal O sr. Rozendo de Sousa Rama, conceituado com- mérciánte desta villa, foi auctorisado a vender sellos e mais fórmulas de fran quia do correio, ficando no seu estabelecimento e a seu cargo uma caixa postal.

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Ill a n n o d o m in g o , s d e NOVEMBRO DE 1903 N.° 121

S E M A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R A R IO E A G R IC O L A

A ssig n a tu raAnno» i$ooo ré is ; sem estre, 5oo réis. Pagamento adeantado. _ para o B ra zil, anno, 2$5oo réis |moeda fo rie j. QA v u ls o , no dia da publicação, 20 réis. «

EDITOR— José Augusto Saloio

P u b licaçõ esA n n u n cio s— i . a publicação, 40 réis a linha, nas seguintês',

rt 20 réis. A nnuncios na 4.* pagina, contracto especial. Os auto- í j graphos não se restituem quer sejam ou não publicados.

I PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

E X P E D I E N T E

R ogam os] aos n o sso s estim áveis a ss ig n a n te s a fljjeza de n o s p a r t ic ip a ­rem q u a lq u e r fa lta asa re- messa[do jo rn a l , p a ra de prom pto p ro v id e n c ia r ­mos.

Acceitam-se com grati­dão quaesquer noticias que sejam de interesse publico.

0 D IA D E F IN A D O S

Realisou-se esta semana, como de costume, a piedo­sa romagem aos cemite- rios, onde tanta gente vae visitar as campas dos que em. vida lhe foram queri­dos.

Até nisto, porém, ha contradições.

Quantas viuvas vão cho­rar sobre as sepulturas dos esposos, recordando com saudades os felizes momen­tos que com elles passa­ram, e horas depois se en­contram em doce colloquio com o que veiu substituir o querido morto! Quantas mentiras, quantos enganos, até no campo da egualda- de!

O mundo é assim. Mas tambem vemos, no reverso da medalha, as santas de­dicações, as saudades sin­ceras, as lagrimas que nun­ca se enxugam e fazem con­servar por toda a vida o luto no coração.

Descancemos ao menos um pouco no campo dos mortos, para nos esquecer­mos das traições que nos fazem os vivos.

Alli ha o socego e a paz, invade-nos a alma um sen­timento de respeito e de saudade que nos faz, ao menos por momentos, me­lhores do que realmente somos.

A immensa multidão que Percorre os cemiterios vae alli levar o seu tributo de affecto á memória dos fi nados. Respeitemos as crenças e as tradições do povo, em cuja alma se abrigam sempre os senti­mentos mais nobres e leaes

JO A Q U IM DO S ANJO S.

A G R I C U L T U R AA cultura do ananaz

O ananaz é uma planta monocotyledonia cuja ori­gem tem sido muito con­trovertida pelos botânicos. Segundo uns é originaria das índias e dahi foi trans­portada para America; se­gundo outros, o seu berço foi na America meridional. Em abono da verdade de­vemos dizer que esta ulti­ma opinião é mais acceita- vel.

Está quasi provado á evidencia que o ananaz foi descoberto no Brazil, em1535, por Hernandez d: Oviedo, e depressa esque­cido. Só em 1555 é que, novamente, João de -Lery mencionou a existencia de esta preciosa planta, que, no dizer do iilustre viajan­te crescia expontaneamen- te nas terras baixas e hú­midas do Brazil.

Os brazileiros chama­vam-lhe nana, donde os portuguezes fizeram ana­nás,, e os hesp tnhoes pina.

A acreditarmos Royle, foi em 15 94 que se intro­duziu em Bengala o ana­naz, e ahi rapidamente se propagou.

Segundo Kircher, os chi- nezes cultivavam-no no xvi 1 seculo, dizendo-o ori­ginário do Peru.

O ananaz [Bromelia ana- nas, de Linneu, ou Ana- nassa saliva, de Lindley) é uma planta vivaz da fami­lia das bromeliaceas; é ca- racterisada por flores azu­ladas sessis, dispostas em espigas unidas, terminadas por um ramalhete de folhas, que constitue o que se chama corôa.

O periantho é formado de seis partes sobre duas secções. O frueto é a in- flore.scencia completa; é volumoso, carnudo, em fór­ma de pinha, e dahi o ser chamado tambem pinhão da índia, nome porque o conhecem em diversas re­giões.

Como caracteres vege- tativos, o ananaz tem rai­zes fibrosas, folhas lineares inteiras ou espinhosas, di­

vergentes e glaucas. A flo­ração só tem logar no fim de dezoito mezes a tres annos, conforme as varie­dades e os climas. O ana­naz substitue todos os an­nos as raizes dos annos precedentes por outras no­vas.

Conhecem-se cincoenta e seis especies, ou varieda­des de ananaz, das quaes as principaes são :

O ananaz de Cayenna ou Maipouri, e o ananaz da Havana, entre as varie­dades de folhas lizas.

0 ananaz commum ou da Martinica, o ananaz da Jamaica, o ananaz Enville Pelvillain, e o ananaz da Providencia, entre as va­riedades de folhas espinho­sas.

A area geographica d’es- ta planta é hoje bastante extensa. C om prchende : a America central, Java, Ma- dagascar, a Martinica, a Jamaica, o Soudan, o Con­go, Natal, Zanzibar, Guya- na e Alto Orenoque.

Em estufas, cultiva-se muito em França e em In­glaterra. Todavia na Euro­pa a sua cultura data de 1732, e foi pela primeira realisadã por Le Court.

Em 1734 o primeiro ana­naz cultivado em França, ap pareceu na meza de Luiz XV.

O frueto do ananaz tem um perfume delicioso, que faz lembrar o dos melho­res morangos. Come-se polvilhando-o de assucar ou metendo-o em aguar­dente e vinhos generosos. Tambem se emprega em pudins, compotas, m :rme­la d a, e o succo espremido dá uma limonada fresca, ácida e adstringente.

Filippe Baldini considera este frueto como um re­medio excellente para a ictericia e hycropisia.

Wright preconisou o succo do ananaz como um dos melhores gargárejos detergentes.

Uma variedade chama­da bromelia karatas tem as folhas filamentosas, del­ias se extrahem os fios brancos e b ilhantes de qu ' se fabricam pannos na America tropical, Asia aus­

tral, e sobre tudo nas Fi- lippinas.

A cultura do ananaz faz- se de dois modos:

Nos paizes quentes, onde a temperatura não desce a mais de 16°, em desenvol­vida cultura, o ananaz dá um frueto excellente e sa­boroso.

Na europa cultiva-se em estufas especiaes, e o frueto obtido nestas condições está longe de ter o sabor e o aroma dos outros. Ainda assim é apreciável.

Entre nós o seu cultivo, no paiz, tem sido sempre descurado, e a não ser na província do Algarve, on­de se teem feito algumas experiencias, coroadas de bom exito, em todas as outras províncias, cremos, é desconhecido. Todavia temos regiões, como. nor exemplo a do Douro, on­de as experiencias deve­riam sei’ tentadas, pois são esplendidas as condições climatéricas. Fóra do reino, nos Açores e nas nossas possessões africanas, a cul­tura do ananaz constitue um dos ramos importantes do nosso commercio.

O ananaz multiplica-se por tres formas: por se­mente, rebentões ou por estaca.

A semente não é empre­gada nos paizes quentes, porque são precisos pelo menos quatro annos para obter frueto da planta as­sim cultivada. No cultivo de estufas não é viavel es­te modo de multiplicação, porque o ananaz não pro­duz grãos.

Na cultura em grande escala, mul.iplica-se a plan­ta por meio dos rebentos que se desenvolvem na ba­se. São plantados em ter­ra leve, rica em humus e bem preparada.

Os cuidados de cultivo consistem em regas frequen­tes e repetidas, cavas..

Na Europa, onde o ana naz é criado em estufas, é preciso, para se obter boa producção em pouco tem­po, manter-lhes uma tem­peratura regular de cerc de 25'' no inverno, e 3o° no verão.

Multiplicam-se as plantas

por meio de rebentões que são plantados em vasos contendo 40 p. c. de terra fresca, 20 p. c. de areia e 25 p. c. de terra vegetal. Estes vasos são enterrados por sua vez, na mesma ter­ra vegetal e expostos á temperatura da estufa. No fim do verão transportam- se as plantas para vasos maiores, tendo o cuidado de, a partir dt> começo do cultivo, não esquecer as regas, que devem ser fre­quentes.

Na primavera o ananaz fl resce. Vinte a trinta e cinco mezes, segundo as circumstancias, bastam ge­ralmente; mudam-se então as plantas que maior de­senvolvimento tiverem idquirido para canteiros,

deixando ficar as mais ra-i-h i f i m s n n s y : i w

Tal é, em poucas pala­vras, a cultura do ananaz em estufa ; cultura que não offerece difficuldades e pó­de dar resultados vanta­josos.

Missa

O nosso amigo José Cândido Rodrigues d’An-., nunciação manda amanhã rezar uma missa, ás 7 ho­ras da manhã, conforme annunciâmos na secção res­pectiva, na Egreja Matriz, suffragando a alma de sua sobrinha Celina Correia Rodrigues.

T ras iad ação

Foi trasladado para jazi­go de familia, no dia 29 de outubro, o cadaver da es­posa do nosso amigo, sr. Francisco Rrodrigues Pin­to, honrado negociante de esta villa.

C'ai\a p o s ta l

O sr. Rozendo de Sousa Rama, conceituado com- mérciánte desta villa, foi auctorisado a vender sellos e mais fórmulas de fran­quia do correio, ficando no seu estabelecimento e a seu cargo uma caixa postal.

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O D O M I N G O

('açadas

Os nossos amigos, srs. Antonio da Costa, Augusto Salgado, José de Sousa Fortunato, Domingos An­tonio Saloio, João Vi.allade, José Bernardo Gomes, Joa­quim de Sousa Fortunato, Antonio Victorino Mirra, Justino Simões e Antonio Moura, fizeram a semana passada uma caçada em que morreram 129 coelhos e uma perdiz.

— Para o dia 16 do cor­rente, tambem se prepara uma importante caçada em que tomam parte alguns dos melhores atiradores desta villa.

M. P. do crime de offen- sas corporaes, condemna­do na pena de 1 anno de prisão correccional e em2 mezes de multa a 800 réis por dia.

— José Francisco Serra­dor Junior, íilho de José Francisco Serrador e de Maria José Atalaya, sol­teiro,’ trabalhador, de 24 annos, natural d esta villa, accuzado pelo M. P. do crime de offensas corpo­raes praticadas na pessoa de Francisco José Balaya, condemnado na pena de :3 dias de prisão correccio­nal e na multa correspon­dente.

<»>-

J u lg a m e n to s

Narciza Ritta de Men­donça, Ge rí rudes Ritta de Mendonça, e Venancio de Mendonça naturaes de Alhos Vedros, àccuzados pelo M. P. do crime de offensas corporaes, çon- demnados o primeiro em8 dias de prisão correccio­nal, o 2.0 em 4? dias e o3.° em 8, e todos na mul­ta correspondente.

— Joaquim Ratinho, filho de Manuel Paes e de Ma­ria da Costa Pereira, de33 annos, solteiro, traba­lhador, natural da fregue­zia do Carvalhal Redondo,C U liL C Í lr o vlv- M c-llc io , '

zado pelo M. P. do crime de offensas c.irporaes, con­demnado em i 5 dias de prisão e na multa corres­pondente. .

— Joaquim Goriz, filho de Manuel Gonçalves e de Maria Margarida, na­tural de S. Marques, con­celho de Gouveia, de 3 i annos de idade, casado, trabalhador, accuzado pe­lo M. P. do crime de offen­sas corporaes, condemna­do. na pena de 14 dias.de prisão correccional e multa correspondente.

Augusto Lopes o «Pu­lha», filho de Paulino Jose e de Maria da Conceição de 36 annos de idade, sol­teiro, trabalhador, natural d’Atalaya, accuzado pelo

A camara municipal deeste concelho, em sessão de 2 do corrente, delibe­rou o seguinte:o

Que a matança e entra­da do gado no matadouro municipal, nos mezes de novembro de i<)o3 até março, de 1904, se effe- ctuassem das 2 ás 4,3o da tarde;

Que se mandasse nova­mente annunciar, por es­paço de 3o dias, o forneci­mento da illumin ição ele- ctrica;

Que se elevasse o preço do estrume da limpeza pu­blica, de i $ 5 o í ) réis a r í$ 8 o (

cada çarrada, e que se ano u n c iQ ; ) o o ? p o r e d i t a e e , o

seu rendimento no fu'uro anno de 1904;

Que fosse brevemente arborisada a Praça Serpa Pinto.

T ro v o ad a

Pelas q hora da noite de quarta feira pairou sobre nós uma f->rtissima trovoa­da, acompanhada de um grande aguaceiro que mui­to veio beneficiar os cam­pos.

Falleceu no dia 6 do cor­rente, com urna pneumo­nia, Agueda Cárolina, com a idade de 79 annos, Casa­da, natural desta villa. Que descance em paz.

Q Q F R E D E P E R Q L A S

A LIBERDADETão pura e Ião gentil, defronte immaculada,Eu sinto que em lua alma existe immensa dor,()' pomba que, voando ds regiões aereas,Tens de voltar de novo ao mundo enganador.

Nos olhos teus scintilla a chamma seduetora Que ao naufrago da vida é lucido fanal.0 ’ fada encantadora, aos olhos dos morlaes E s a visão bemdita, o sonho, o ideal.

Eis pura como o fogo, ó virgem feiticeira Que vens continuamente encher os sonhos meus. Tens muita ve baixado ao mundo corrompido, Mas paira sobre li 0 santo olhar de Deus.

0 mundo é vasto mar de vagas alterosas,Em que a bemdita pa\ não póde penetrar.Existe a densa treva ao fundo d esse abysmo Onde não brilha ainda o leu sereno olhar.

E o povo, costumado d treva que o detinha,Não pode a vista erguer... deslumbra-o tanta luz; Não pode conhecer as célicas doutrinas Que o niartyr nos legou do alto d'uma cru*.

Quebrae-lhe a escravidão; de próvido futuro Ao povo, que padece, abri meigo horisonte;E a vil hypocrisia, a negra reacção,A ’ densa Liberdade irão curvar a fronte!

JO A Q U IM DOS ANJO S.

52 FOLHETIM

T radu cção de J. DO S A N JO S

D E P O I S dT P £ G C A D OL iv ro p r im e iro

IV

•— Mas é preciso acabar com isto, objectou a Magdaiena; se tem medo de desagradar a sua mãe, é escusado que eu continue a passar aqui uma vi da de privações, tendo só para me alentar no sacrifício umas esperanças que nunca se renlisaráo.

— Não posso desobedecer a minha mãe!

— Nem eu quero isso. O que quero é estar n u m a parte onde possa sahir e entrar ;í minha vontade, sem que

me estejam a vigiar. Se náo pode fa­zer isso, diga-m'o franerm ente, p o r­que então saio de Paris e vou para a minha terra.

Se o Adrii.Ho tivesse pela Magdaie­na um am or profundo, a idéa de a per­der tinha-o transtornado profunda­mente. Mas não succedeu assim.

— Então deixa-me? perguntou elle.— Não me posso im por a quem me

não ama, disse ella, e se hesita em me arrancar d’este inferno é porque já não me tem am or. N 'es;e caso, que ventura me daria o casamento?

Havia tanta tristeza n'esias palavras, que o Adriano foi chamado de repen­te a sentim entos mais dignos d'elle. V e u-lhe á memória o passado; lem­brou-se da; promessas que fizera, e com prehcndeu novamente que, a não deixar de ser um homem honrado, não podiít exim ir-sê'à cúmpril-as.

Relação dos recrutas desti­nados ao serviço activo do exercito e da armada

'd'este concelho, que têem de se apresentar de 8 a12 do corrente nos res­pectivos regimentos.

D E A L D E G A L L E G A

Alexandre, filho de paes incógnitos; Eduardo José, filho de Eduardo José; Fran­cisco Maria Junior, filho de Francisco Maria; João Dias Junior, filho de João Dias; João Fernandq, fi ho de Luiz Antonio Fernandes; João Fernandes Cecio, filho de Antonio Fernandes Cecio; J o aq u: m Ca r d < >so O i t o-í o s- tões, fiiho de João Cardoso Oito-losiões; Joaquim G. Palpita, filho de Joaquim Gouveia Palpita; Vosé Ju­lio, filho de Augusto da Silva; José cfOHveira Alfe­res, filho de José d’OIiveira Alferes; José Paulino, filho de Manuel Paulino; José Rodrigues Estanqueiro, fi­lho de Antonio Rodrigues

— Não duvides do meu am or, d is­se-lhe, tomando-a nos braços; peço- Ihe só mais alguns dias de resignação e de paciência. Falarei a minha mãe; d ir-lhe-hei que não posso esperar mais pela realisação da ventura que sonhei e que é ao mesmo tempo o cum prim ento de um dever, e tenho a certeza de que hei de convencel-a.

— E se ella resistir?— E n tão , só me lem brarei dos com ­

prom issos que tomei comsigo.— E ’ o que eu quero, respondeu a

Magdaiena.Fortificada com esta prom essa, sof-

freu com resignação nos dias que se seguiram os rigores da sr.a H ervey. De mais, pareceu que esta quiz m odi­ficar a dura existencia que preparara para a rapariga, e ou porque cedesse aos rogos do filho, óu porque tivesse com prehenJid o qife a iMagdalcnn cra

Estanqueiro; Manuel Soa­res Ventura, filho de Anto­nio Maximo Ventura; Ro- mão Lopes, filho de José Lopes.

DF. C A N H A

Antonio Maria Lusitano, filho de Antonio Maria Lu­sitano; Antonio Ventura, filho de Josepha Leonor; José Silvestre, filho de Sil­vestre Luiz.

D E S X R 1L H 0 S G R A N D E S

Antonio Izidoro de Jesus, filho de Izidoro de Jesus; Francisco Aguadeiro, filho de Manuel Aguadeiro; Francisco Marques, filho de José Marques; João Ferrei­ra dos Santos, filho de An­tonio Ferreira dos Santos.

--------------------- i — — ------------------------------------—

“ A M adrugada;.Recebemos a visita do

primeiro numero d’esta in­teressante ' revista que se publica no Porto.

Pela amabilidade da vi­sita o nosso agradecimento e os mais vehementes vo­tos de uma prolongada e prospera existencia.

daquellas creaturas que se levam mais depressa j ela brandura dò que pela severi iade, temperou a austera disci­plina a que ao p rin cip io a submette- ra. Esperava a sim dar-lhe paciência e fazer-lhe esperar que se completasse a educação que lhe parecia necessaria á m ulher de seu filho.

Mas era muito tarde para rem e.liaro mal que ella pró p ria fizera. O gol­pe estava dado; não só perdera paru sempre a confiança da rapariga, mas ainda a tinha exasperado, e a Magda !enn aspirava pelo momento em que sahisse d'aquella casa, como um p r i­sioneiro aspira pela hora do seú liyra- mento.

_ _ L IT T E R A T U R AUm co n c e rto im provi.

sado(Continuado d o n .° 120/

— Não senhores, respon­deu o violista, abaixando- se com difficuldade para apanhar o chapéo, mas que já um dos rapazes lh’o tinha apanhado, emquan­to um dos companheiros, vendo a rabeca, lhe per­guntou:

— E’ musico ?— Fui-o noutro tempo,

respondeu o velho. E duas grossas lagrimas deslisa- vam suavemente pelas ru­gas profundas das suas faces.

— Que tem?. .. Doe-lhe alguma coisa?. .. Padece cfalgum soffrimento ..Tal­vez nós lhe possâmos dar algum linitivo!. . .

O pobre homem iitou, choroso, os tres alegres ra­pazes. . depois estendeu- lhes o chapéo, suspirando:

— Dêem-me uma esmo­la por amor de Deus! Nem já com a rabeca posso ga-, nhar a vida; os dedos re- sentem-se da paralysia que tive... minha filha estáty- sica, morre de d ô r... e de miséria.

Na sua entonação mani­festava-se um tal soffri­mento que os rapazes sen­tiram-se commovidos, e levaram as mãos aos bo.1- ços tirando quanto lá acha­ram. Bem pouco, na ver­dade! Um cincoenta centi- mos, outro trinta, e o ter­ceiro um pedaço de resi­na! Total: oitentacentimos para tão grande infertunio!

Bem minguado rerne- dio! pensaram os tres, que se entreolharam com ar compassivo.

— Rapazes, disse um, va- mos buscar o que nos fal­ta ...

Este desgraçado é nosso collega4. . Tu, Adolpho, péga na rabeca e acompa­nha o Gustavo. Eu farei o pedítorio.

Dito e feito. Levantaram as golas dos casacos, des­grenharam os cabellos pa-

L iv ro S egundoI

No fim do mez de junho de 1873, isto é, pouco mais ou menos cinco annos depois dos successos que con" támos, seriam umas seis horas da tar­de, a maior parte dos passeiantes que percorriam a avenida dos Campos Elyseos ficaram im pressionados peto elegancia de uma carruagem que se dirigia para os lados do Bosque d» B olonha, entre as outras que davam todos os dias aquelle passeio, e cujo luxo e bom gosto se salientavam no fundo um pouco banal d’aquelle des­filar mundano.

(Contínua/.

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ra se desfigurarem quanto possivel, carregaram -os chapéos para a testa e dis- geram a um tempo:

—-Vamos lá.— Em noite de Natal

Deus deve-nos: ser propi- cj0, disse um e prepara­ram-se.

—Decerto! disse outro. Adolpho, começa a tua c o m p o s iç ã o de concurso.

Sob os dedos exercita­dos do joven coneertista o violino do pobre velho ti­rou alegremente o Carna­val de Veneza, como nun­ca se ouvira nas melhores salas de concerto. Foram- se abrindo todas as janel- ]as, formou-se um circulo de gente que augmentava á medida que chegavam os transeuntes, e ao termi­nar a execução irrompeu uma prolongada salva de palmas, ao mesmo tempo que dentro do chapéo do, pobre velho, que aquelles bons rapazes tinham collo- cado em evidencia, cabia uma chuva de moedas.

Apóz uma curta pausa, o violino preludiou um acompanhamento.

— Agoia tu, Gustavo, disse Carlos.

Este entoou a bailada Vicne gentil donna, com uma voz de tenor doce, vibrante, soberba.

O publico encantado gritava com enthusiasmo:

— Bis, bis.A colheita augmentava,

e a multidão era cada vez mais compacta. Perante aquelle exito e aquelles re­sultados, o iniciador d’a- quelle improvisado concei­to, accrescentou:

— Vá, para concluir, o tercetto do Guilherme Tell.

O velho que até então tinha permanecido immo- vel não se atrevendo a dar crédito aos seus ouvidos, julgando-se preso dum so­nho, endireitou-se,; com o rosto desfigurado, e como louco comecou a marcar jo compasso com a benga­la, e com tal mestria que, debaixo da sua direcção, os rapazes arrebataram, electrisaram a multidão, que não lhes regateava applausos, nem dinheiro, que chovia das janellas, vendo-se Carlos em gran­des difficuldades para re­colher o que lhe cahia fóra do chapéo.

Findo o concerto disper- sou-se lentamente a mul­tidão, desejosa de uma se­gunda parte.

Os rapazes acercaram- se do pobre velho, a quem suffocava a commocão.»

— Os seus nomes, mur­murava elle, os seus no­mes para que minha filha os repita nas suas orações.

— Eu chamo-me a Fé, disse o primeiro.

O DOMINGO— Eu, a Esperança, disse

o segundo._ — Então serei eu a Ca­

ridade, disse o terceiro, en­tregando-lhe. o chapéo que iT u il continha o produeto do peditorio.

— Obrigado, obrigado, exclamava o velho com as ágrimas nos olhos, já que

me não querem dizer os seus nomes saibam o meu. Chamo-me Chappeur, sou alsaciano e durante dez an­nos fui direc-tor de orches- tra. Ah! Desde que deixei a minha terra, a desgraça e a doença não lêem deixa­do de me perseguir.

Salvaste-me a vida Com ste dinheiro meusbemfei-

tores já posso voltar para Strasburgo, onde tenho amigos que me ajudarão... Talvez que aquelle ar res­titua a saude a m nha fi­lha . .. Deus ha de aben­çoar os corações que me auxiliaram na minha misé­ria . . . eu vol-o asseguro: sereis grandes entre os grandes!

— Deus o queira, res­ponderam os tres rapazes. E despediram-se do pobre velho.

Depois, dando-se os bra­ços, proseguiràm alegres e satisfeitos o seu caminho

Nobres coracões! Tal- »vez já esquecessem aquelle concerto improvisado.

Porém se sois curiosos, leitores, e quereis sab-r comò foi cumprida a pre- dicção do velho Chapeur, eu posso commettendo uma indiscripeão revelar- vos os nomes- daquelles res rapazes; todos alum­

nos do conservatorio.O tenor chamava-se

Gustavo Rôger; o violinis­ta Adolpho Hermann e o encarregado do peditorio Carlos Gounod.

- - —«

.% £ g a * e s síí< i9

Na noite de 3 i de outu­bro findo, pelas 9 horas e na rua de José Maria dos Santos, foi aggredido com uma dentada na orelha es­querda, Raul Rezina, por Luiz Matheus, ambos tra­balhadores e residentes n’esta villa. O facto foi en­tregue a juizo.

M I S S A .

A p ro e is sã o

Effectuou-se, conforme dissemos, no domingopas- sado a annual procissão commemorativa do pavo­roso terramoto de Foi enorme a affluencia de povo que dos logares limi- trophes accoiTeu a esta vil­la. A procissão foi acompa­nhada durante o trajecto pela phylarmonica i.° de Dezembro, que tocou apro­priadas a este acto duas lindas marchas.

José Cândido Rodrigues d’Ánnunciação, sua esposa e filhos participam a todos os seus. parentes e pessoas de sua amisade que áma­nhã, 9 do corrente, pelas 7 horas da manhã, mandam rezar uma missa na Egreja Matriz pelo eterno descan­ço de sua querida sobrinha e prima Celina Correia Rodrigues.

A todos, pois, que se di­gnarem com a sua presen­ça honrar este acto, tribu­tam a sua mais sincera gra­tidão.

A N N U N C I O S

ANNUNCIO

COMAl tCA DE ALDEGALLEGA DO M I O

( $ . a f i* B i? f l Ie a ç S o )

Por este ju:zo e cartorio do escrivão do segundo officio e pelo inventario lorphanologico a que se procede por obito de Fran­cisco Xavier Carapinha è cabeça do casal a sua viu­va Angelina do Carmo, da villa de Alcochete, vae á praça á porta do tribunal d’es’ta comarca no dia i 5 do proximo mez de novem­bro, pelo meio dia, para ser vendido pelo maior preço e superior ao abaixo declarado o seguinte pre­dio:— Uma courélla de terra de semeadura e vi­nha no Alto do Chafariz, da freguezia de Alcochete, foreira em 800 réis an­nuaes e laudemio de qua­rentena a D. Maria Libania Salazar Moscoso, d’esta villa, e é posto em praça o dominio util em cento e noventa e cinco mil réis.

O arrematante, além das despezas da praça, pa­gará por inteiro a respecti­va contribuição do registo.

Aldegallega do Ribatejo, 22 de outubro de 1903.

O K S C R ÍV Á O

Antonio Julio Pereira Moutinho.V e rifiq u e i a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

Oliveira Guimarães.

J U L I O S í l O E SEncarrega-se de todo o

trabalho de marceneiro, carpinteiro, torneiro, po­lidor e de armações de lo­ja. Todos os trabalhos men­cionados são feitos artis­ticamente e não de curio­sidade. Garante a perfei­ção, solidez e barateza dos trabalhos feitos em sua ca­sa. Na Salchicharia Relo­gio se diz.

Praça Serpa Pinto, Alde­gallega.

A N N U N C I O

COUAI I CA DE ALDEGALLEGAit

( l . a B®saJ>SIeaeã»)

No juizo de direito da co­marca de Aldegallega do Ribatejo, e cartorio do. es­crivão Silva Coelho, por sentença de 28 do corren­te mez de outubro, foi au- ctorisada a separação de pessoas dos cônjuges Emy- gdio Gonçalves de Aze­vedo e mulher D. Maria Virginia Adelaide de Cas- tro ou D. Virginia Adelai­de Chaves de Castro, esta residente na cidade de Lis­boa, e aquelle nesta villa de Aldegallega do Riba­tejo.

Aldegallega do Ribate­jo, 29 de outubro de 1903.

O ESCRIVÁO

Antonio Augusto da Silva Coelho.

V e rifiq u e i a exnctidfo.

O JUIZ Di: DIREITO

Oliveira Guimarães.

Uma carroça de caixa com molas muito leve, e um arreio. Nesta redacção se diz.

Mi!

José J. Camfnha Figuei­ra encarrega-se do forne­cimento de plantas ameri­canas tanto barbados co­mo estacas e bacello, pa­ra o que está habilitado convenientemente.

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Os amores trágicos de Manon Les caut com o celebre cavallèiro de G rie u x . formam o entrecho d’este rom ance, rigorosam ente historico, a que Ladoucette im prim iu um cunho de originalidade devéras encantador.

A corte de L u iz x v , com todos os seus esplendores e misarias, é escri- pta m; g stralmente pelo auctor d '0 Bastardo da Rainha nas paginas do seu novo liv ro , destinado sem d u vi­da a alcançar entre nós exito egual aquelle com que foi recebido em P a ­ris, onde se contaram p o r m ilhares os exem plares vendidos.

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A G U E R R A A N G L O B O E R é a obra de mais palpitante actualidade.N ella sáo descriptas, «por uma testemunha presen ial», as differentes

phases e acontecimentos emocionantes da terrivel guerra que tem espanta j Oo m undo inteiro.

A -G U E R R A A N G L O -! O E R faz passar ante os olhos do leitor todas as «grandes bati lhas, combates» e «escaramuças» d esta prolongada e acérrim a lucta entre inglezes, tra svaalianos e oranginos, verdr.deiros prodígios de heroísm o e tenacidade, em que sáo egualmente aJm iraveis a coragem e de­dicação p; trio tira de venç.dps e vencedores.

Os incidentes variadíssimos d ’esta contenda e tre a poderosa Inglater ra e as duas pequ nas republicas sul-africanas, decorrem atravez de verda­deiras p e rp e cia s, p o r tal m aneiia d ra ra ticas e pittorescas, que dão á G U E R R A A N G L O B O E R . conjunctamente com o irresistível attractivo d u m a nar r; tiva h storica dos nossos d as, o en< anto da leitura romantisada.

A Bibliotheca do DIARIO DE NOTICIASapresen ando ao publico e;ta obra em «esmerada edição,» e por u m p -eço di­m inuto. julga prestar um serviço aos num erosos leitores que ao mesm tempo desejam deleitar-se e ad q u irir perfeito conhecim ento dos succesío que mais interessam o m undo culto na actualidade.

»3S-

LOJA DO BARATO— D E —

M O U R A & B F . A N C OParticipamos aos nossos estimáveis freguezes que acaba de chegar

ao nosso estabelecimento um colossal sortido de fazendas próprias para a presente estação, de fino gosto, e que vendemos por preços ao alcance de todas as bolsas.

Resolvemos mandar.annuneiar, especificando os preços, para assim o publico be certificar que é esta a unica casa que mais vantagens offerece.

Desde 120 réis o metro, casteletas desenfestadas de pura lã.Desde 260 réis o metro, casteletas enfestadas depura lã.

Desde 400 réis o metro, Luzitanas, tecido alta novidade.Desde 480 réis o metros, Amazonas enfeitadas de pura lã.

Desde 700 réis o metro, Mélton proprio para capas.Desde 2$ooo o metro, matelasset proprio para capas.

Desde 5oo réis o metro, flanellas azues e pretas.Desde 240 réis o metro, castorinas e riscadilhas próprias para saias.

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Desde 60 réis o metro, baetilhas b ancas próprias para saias.Desde 800 réis, chailes de pura lã, lindos desenhos.

Desde i$ooo réis, cobertores de Papa, pura lã.Desde i$5oo réis, cobertores matisados, lindos desenhos.

Desde 4$5oo réis, cobertores francezes, pura lã, debruados a seda.A 4$>5oo réis, chailes duble-face, muito fortes.

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Baelilha de dois pellos com um melro de largo a 200 réis, própria parasaias.

( l l l l ! l i l l l l f l l l ! l l l l i Í l l l l l l l l l l ! Í I I I I I ! ; i l l l ! l l | | | | | | l | | | | | | Í I | | | | | j | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | Í I | | | | | | | | | | | | l l | | Í I I | | | ! | | | | | | | | | | | | | j | ) | | | | ! ! l | | | | |i i i i i i i i ! i í i i : i i i i i i i i i i i : í i i i i i : M i i l l : i i i i i i í i i M i i i : ! r i i i i i ! i i i i i ; i i ] i r i í i i i i i i í i i N i : ; l i i l i i i i i ; i i : ! i [ : ! n i i i { i i ! i m í i i i i i i n i i í i : i i i i : ! ! i í

Pedidos d Emprega do D IA R IO D E N O T IC IA S Rua do Diario de Noticias, 110 — LISBOA

Agente em Aldegallega— A. Mendes Pinheiro Junior

M este importante estabelecimento encontra tambem o publico um colossal sortido De fa^enòas cie linho, l:t? atgoòào, sei)as, calçaito e chapéos

(jne mencionar aqui os preços seria impossível.

Pedimos que visitem o nosso estabeleci­mento para assim se certificarem da nossa excepcional barateza.P R E Ç O S F I X O S E V E N D A S A D I N H E I R O

7, f lU A BO W m $ -B2 r -sjeses