Sistemas Nacionais e Internacionais de avaliação
da educação básica: características e principais
resultados
Prova Série Período Foco Resultados
SAEBANEB
4ª, 8ª - EF 3ª - EM
A cada 2 anos desde 1995
Língua PortuguesaMatemática
Sistemas Estaduais de Ensino
Prova BrasilANRESC
4ª 8ª EF Cada 2 anos desde 2005
Língua Portuguesa Matemática
Escolas do ensino fundamental
ENEM 3ª - EM egressos
Anual de 1998 a 2008
Multidisciplinar e Redação Indivíduos
ENCCEJA EF e EM 2002 2006, 2007,2008
Todas as áreas Indivíduos Certificação de nível
ENCCEJA + ENEM
3º EM, Egressos,EJA
2009 Depois 2x ao ano?
Todas as áreas SeleçãoCertificação de nívelAvaliação das Escolas
PISA(OECD)
Jovens de 15 anos
2000, 2003, 2006,2009...
Letramento em Leitura, Matemática, Ciências
Sistema nacional
Maria Inês Fini abril 2010
Brasil– avaliação da educação básica
Principais Características
• Criado em 89 aperfeiçoado em 1995
• Avaliação do rendimento escolar das séries terminais (4ª, 8ª e 3ª do ensino médio) em L.Portuguesa e Matemática
• Uso de matriz de competências e habilidades
• Aplicação de provas e de questionários de fatores associados ao desempenho.
• Uso da metodologia TRI e Construção de Escala de Proficiência.
• Fornece resultados para os sistemas
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica –
SAEB
Principais Resultados• Avaliação da educação básica mostra estabilidade no
desempenho dos estudantes. • Atraso escolar é fator de maior impacto no rendimento escolar.• Ciclo ou seriado: desempenho é o mesmo. • Hábito de leitura e lição de casa fazem a diferença.
• Características das escolas explicam desempenho.• Escolas das capitais e particulares obtêm maiores
médias.
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB
• Iniciou a cultura de avaliação no Brasil.
• Elaboração da primeira Matriz de Referência para a Avaliação.
• Consolidação do sistema em parceria com CONSED/UNDIME.
SAEB Contribuição de valor pedagógico inestimável
• SAEB universalizado em turmas de 20 alunos ou mais das escolas públicas urbanas, sem os fatores associados.
• Usa Matriz de Referência SAEB.• Usa mesma metodologia de composição das provas e
tratamentos.• Apresenta resultados na mesma escala de proficiência.
• Resultados por escola.
PROVA BRASIL
– Características • Criado em 1998 aplicado anualmente• Exame de caráter voluntário• Afere o desenvolvimento de competências e
habilidades ao final da escolaridade básica • Provas interdisciplinares, contextualizadas e
organizadas em situações problema• Teste de múltipla escolha e redação
Exame Nacional de Ensino Médio – ENEM original
Objetivos:• Conferir ao indivíduo parâmetros para auto-avaliação.• Criar referência nacional para os egressos de qualquer das
modalidades do ensino médio.• Alternativa para o acesso à educação superior.• A partir de 2004 PROUNI usa os resultados.
• A partir de 2005 resultados por escola.• Em 2008, participaram cerca de 4 milhões de alunos.
Exame Nacional de Ensino Médio ENEM - original
PRINCIPAIS RESULTADOSAusência do domínio da leitura compreensiva é
principal causa do baixo desempenho.A maior parte apresenta desempenho na faixa
regular e bom. Os homens apresentaram melhor desempenho que
as mulheres na parte objetiva da prova, mas o resultado se inverte na redação.
Os estudantes mais jovens apresentam melhores desempenhos.
Exame Nacional de Ensino Médio ENEM- original
• Envolve um conceito mais abrangente de aprendizagem.
• Os eixos estruturantes do exame: aprendizagem por resolução de problemas, interdisciplinaridade e contextualização.
• Só efeitos positivos para os jovens.
ENEM principal contribuição de valor pedagógico para a educação
Maria Inês Fini - 11
ÁREAS DE CONHECIMENTO
COMPETÊNCIAS DO SUJEITO
IDomínio de Linguagens
IIConstrução
de Conceitos
IIIResolução de
Problemas
IVArgumentação
Consistente
VIntervenção / Criatividade
Princípios Científicos
Tecnológicos
= 21 Habilidades
Princípios Filosóficos e Sociológicos
Linguagens da Comunicação
Princípios da LDB
traduzidos
↓ ↓ ↓≠
Disciplinas do Ensino Médio
Matrizes de Referência do ENEM original
ÁREAS DE CONHECIMENTO
COMPETÊNCIAS DO SUJEITO
IDomínio de Linguagens
IIConstrução
de Conceitos
IIIResolução
de Problemas
IVArgumentação
Consistente
VIntervenção
/ Criatividade
Competências
de Área
conforme
Diretrizes do
Ensino Médio
1
= 45 Habilidades
2
3
4
.
.
.
9
Matrizes de Referência do ENCCEJA
Referências:• Lista de habilidades a serem avaliadas, indicadas por
“Comissão de Governança”• Quatro áreas de Conhecimento, 30 habilidades 45
questões de prova em cada área, duas areas por dia em dois dias de provas: 3 e 4/10
• Nenhuma vinculação teórica ou metodológica aos exames anteriores (a não ser o nome ENEM)
Maria Inês Fini - 13
ENEM atual
• Criado em 2002, adesão dos sistemas• Construção de uma referência de avaliação
nacional para jovens e adultos que não puderam concluir os estudos em idade apropriada.
• Responder às necessidades sociais e às disposições legais da Constituição e da LDB.
Exame Nacional de Certificação de Competências da Educação de Jovens e
Adultos – ENCCEJA original
As provas do ensino fundamental e do ensino médio correspondem às três áreas de conhecimento, estabelecidas na Base Comum Nacional:
1)Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Educação Artística e Educação Física;
2)História e Geografia; 3)Matemática 4)Ciências Naturais
Estruturação do ENCCEJA
Objetivos
• Estruturar um esquema de referenciais comuns, estabelecidos de forma colaborativa pelos países…
• Analisar a si próprios pela ótica do desempenho de outros países identificando seus próprios pontos fortes e fracos.
PISA – OCDE
Papel positivo de:» expectativas elevadas.» intenso ambiente de estudo.» relações estreitas entre professores e alunos.
Sistemas educativos de sucesso, incorporam em suas práticas educativas:
» gestão de resultados.» definição clara sobre de objetivos.» controle sistemático por todos os interessados.
PISA – OCDEPrincipais Resultados
• Acesso a metodologias mais estruturadas• Dados comparativos confiáveis• Interação com equipes bem qualificadas
PISA - principais contribuições pedagógicas para a educação no Brasil
◦ Apoiado no currículo de São Paulo
◦ Provas calibradas ( itens pré-testados)
◦ Usa a mesma métrica, a mesma gramática e
contém habilidades do SAEB/ PROVA BRASIL.
◦ Dados comparáveis ano a ano.
◦ Integram a base de informações para a
Gestão por Resultados;
Novo SARESP
Articulação com o currículo:◦ Elaboração das Matrizes de Referência da Avaliação,
a partir da definição clara de competências e
habilidades, em cada disciplina e ciclo, com a
indicação das expectativas de aprendizagem a
serem avaliadas;
◦ Anualmente, avaliação em Língua Portuguesa e
Matemática para compor o programa de Gestão por
Resultados;
Novo SARESP Continuação
ABRANGÊNCIA
◦ Anualmente, avaliação em Língua Portuguesa e
Matemática para compor o programa de Gestão por
Resultados;
◦ Anualmente, alternância entre as disciplinas das áreas de
Ciências da Natureza e Ciências Humanas, concomitante à
avaliação em Língua Portuguesa e Matemática;
◦ Anualmente, avaliação nas 2ª, 4ª, 6ª e 8ª séries do EF e na
3ª série do EM.
Novo SARESP Continuação
Pesquisa de dados que facilitam a compreensão de resultados:
Questionários - coleta de dados e informações sobre as condições intra e extra-escolares que afetam o ensino e interferem na aprendizagem.
Dinâmica especial a partir de 2008: Os profissionais da rede responderam on line, em plataforma web para garantir maior agilidade e economia na coleta dos dados
Alunos/Famílias: enviados para a residência dos alunos.
Fatores Associados ao Desempenho
– Identificação pessoal: trajetória profissional
– Características gerais do funcionamento da escola
– Infra-estrutura física e material pedagógico
– Percepção da dinâmica da escola
– Atividades desenvolvidas em sala de aula, por disciplina avaliada
– Dados sócio-econômicos
Dimensões pesquisadas nos questionários:
• Informações para a escola nos documentos:1. Boletim da Escola: Dados gerais de participação no estado e no
município Médias gerais por disciplina e série
considerando: estado, Município e Escola. Médias do SAEB e Prova Brasil 2007 por disciplina e
série considerando as escolas estaduais do Brasil e as escolas estaduais de São Paulo as escolas municipais do Brasil e as escolas municipais de São Paulo.
SARESP Resultados
• Informações para a escola nos documentos:1. Boletim da Escola: Dados gerais de participação no estado e no
município Médias gerais por disciplina e série
considerando: estado, Município e Escola. Médias do SAEB e Prova Brasil 2007 por disciplina e
série considerando as escolas estaduais do Brasil e as escolas estaduais de São Paulo as escolas municipais do Brasil e as escolas municipais de São Paulo.
SARESP Resultados
Os resultados obtidos pelas séries e componentes curriculares avaliados mostram :
• Distribuição percentual dos alunos nos Níveis de Desempenho das escalas de proficiência de Língua Portuguesa, de Matemática.
Boletim de Resultados da Escola
Níveis de Proficiência
Data incluída no calendário escolar sem a presença de alunos, onde professores, coordenadores, diretores e supervisores analisam os resultados de suas escolas apoiados pelos relatórios pedagógicos e ajustam suas propostas de trabalho.
Dia do SARESP na Escola
3.227 escolas municipais em 531 municípios.
112 escolas particulares
179 unidades do SESI.
86 escolas do Centro Paula Souza
2 escolas de aplicação: USP e UNICAMP
Participação: 8.749 escolas 2.471.533 alunos
SARESP 2009
É possível utilizar os resultados da avaliação em larga escala para melhorar o desempenho dos alunos?
Maria Inês Fini - 30
No conjunto da rede, o Estado superou as metas do IDESP em 2009
Efetivo
Efetivo
Meta
Efetivo
20
07
20
08
20
09
2.2 2.4 2.6 2.8 3.0
2.42
2.55
2.58
2.80
No ciclo I, a meta do IDESP foi amplamente superada
Efetivo
Efetivo
Meta
Efetivo
20
07
20
08
20
09
2.8 3.0 3.2 3.4 3.6 3.8 4.0
3.226317
3.25
3.35
3.86
No ciclo II, a meta do IDESP foi amplamente superada
Efetivo
Efetivo
Meta
Efetivo
20
07
20
08
20
09
2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9
2.54173100000001
2.58
2.63
2.84
No Ensino Médio, a meta do IDESP foi praticamente alcançada
Efetivo
Efetivo
Meta
Efetivo
20
07
20
08
20
09
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
1.506101
1.99
2
1.98
73% das escolas atingiram ou ultrapassaram as metas em pelo menos um nível de ensino
EF - Ciclo I
EF - Ciclo II
EM
Total
0 10 20 30 40 50 60 70 80
75.04
63.83
39.57
73.09
93% entre as escolas que tiveram acompanhamento mais próximo da SE (com menores valores do IDESP em 2008) atingiram ou superaram as metas
EF - Ciclo I
EF - Ciclo II
EM
Total
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
81.33
76.13
66.77
93.19
Evolução da Proficiência em Língua Portuguesa
• Em todos os ciclos, observa-se a elevação do indicador de desempenho, comparativamente a 2008.
• Na comparação entre os resultados do SARESP 2008 e a edição de 2009, o destaque cabe à 4ª série do ensino fundamental, que assinala um incremento de 10 pontos no intervalo de apenas um ano.
• Os resultados de Língua Portuguesa assinalam uma tendência de elevação dos níveis de proficiência do alunos em todo o percurso da educação básica.
• A melhoria vigorosa dos níveis de letramento nas séries iniciais projeta para os anos próximos a manutenção da tendência à elevação do desempenho nas séries seguintes.
Evolução da Proficiência em Matemática
• Na comparação entre os resultados do SARESP 2008 e a edição de 2009, o destaque cabe à 4ª série do ensino fundamental, que assinala um incremento de 10 pontos no intervalo de apenas um ano.
• O aumento na 8ª série do ensino fundamental foi de 6 pontos.
• Os resultados de Matemática para o ensino fundamental também projetam um cenário de elevação dos níveis de proficiência do alunado.
• Os dados sugerem a existência de obstáculos mais severos à elevação dos níveis de desempenho em Matemática no ensino médio. Isso se revela na queda observada nos níveis de proficiência, em 2009, comparativamente aos resultados de 2008, com o alunado retornando ao patamar de 2007.
Curso de formação continuada para Professores de Matemática
Público Alvo: professores de matemática que atuam no Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio.
Carga Horária – 240 horas Estruturação do curso:
– Demanda caracterizada pelas dificuldades apontadas pelos professores na implementação da Proposta Curricular do Estado de São Paulo.
– Considera os resultados do Processo Seletivo Simplificado e a prova de Promoção pelo Mérito.
Metodologia: aulas presenciais, videoconferência, oficinas pedagógicas e atividades WEB.
Ação emergencial para a Matemática
• Construir, descrever, interpretar resultados de desempenho de alunos é importante desde que tenham sido construídos em base curriculares sólidas, claramente definidas pelos professores.
• Precisam ser amparadas por gestores arrojados que definam políticas educacionais mais abrangentes com metas de qualidade a serem atingidas e com forte amparo à projetos de implementação.
40
METAS DA SEE1. Todos os alunos de 8 anos plenamente
alfabetizados;2. Redução de 50 % das taxas de reprovação da 8ª série;
3. Redução de 50% das taxas de reprovação do Ensino Médio;
4. Implantação de programas de recuperação de aprendizagem nas séries finais de todos ciclos (2ª, 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio) ;
5. Aumento de 10% nos índices de desempenho dos ensinos fundamental e médio nas avaliações nacionais e estaduais;
DIMENSÃO JURÍDICA
DIMENSÃO ADMINISTRATIVA
DIMENSÃO PEDAGÓGICA
DIMENSÃO FINANCEIRA
Perguntas orientadoras para a elaboração da proposta pedagógica Preocupações fundamentais da escola
Onde buscar solução?
1º Movimento:
Como é nossa escola?Orientação: Nesse movimento, a preocupação da escola deve ser em proceder à análise de sua situação geral, assim, deve se mapear sua realidade nas dimensões pedagógicas, administrativa, financeira e jurídica, procurando perceber os resultados que o seu trabalho tem apresentado à comunidade local. Trata-se, portanto, da realização de um diagnostico da realidade da escola
2º Movimento:
Que identidade a nossa escola quer construir?Orientação: Aqui, a preocupação fundamental precisa ser com as concepções que o coletivo da escola expressa em relação às aspectos diversos, tais como: educação, sociedade, currículo, gestão, relação escola comunidade, aprendizagem, ensino, relações interpessoais, etc. é o momento, enfim, de a escola verificar que rumo seus atores entendem ser o melhor para realizar sua função social.
3º Movimento:
Como executar as ações definidas pelo coletivo?Orientação: Esse movimento corresponde àquele em que a escola precisa assegurar, de forma realista e coletiva, a realização das tarefas definidas, com base no diagnostico feito e na definição das concepções expressas pelos seus atores. É importante que as estratégias escolhidas contenham prazos, formas de avaliação e executores bem definidos, a fim de se poder acompanhar sua realização e implementação.
“O projeto da escola depende, sobretudo, da ousadia dos seus agentes, da ousadia de cada escola em assumir-se como tal, partindo da “cara” que tem, com o seu cotidiano e o seu tempo-espaço, isto é, o contexto histórico em que ela se insere.Projetar significa “lançar-se para a frente”, antever um futuro diferente do presente.Projeto pressupõe uma ação intencionada com um sentido definido, explicito, sobre o que se quer inovar”
Moacir Gadotti
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Diagnóstico Missão
Planejamento
Visão da Escola
Objetivos Estratégico
s
Planos de Ação
Metas
Ações ou Estratégias
Recursos
Escola que temos
Escola que queremos
Escola que vamos
construir
Como traçar um caminho que atenda todos os
aspectos ?
Que instrumentos utilizar?
Proposta
Pedagógica
Mexendo com a lógica e as
concepções que norteiam o
Currículo Oficial da Rede Estadual
de São Paulo.
“Na medida em que o homem cria, recria e decide, vão se formando as épocas históricas. E é também criando, recriando e decidindo que resolve como deve participar nessas épocas. É por isso que obtém melhor resultado toda vez que, integrando-se no espírito delas, se apropria de seus temas e reconhece suas tarefas concretas. Ponha-se ênfase, desde já, na necessidade permanente de uma atitude crítica, a única com a qual o homem poderá apreender os temas e tarefas de sua época e ir se integrando nela.”
(Paulo Freire, Educação e mudança. p. 64, 2007).
Atividades
Materiais quaisquer….
Currículo oficial de São Paulo
Boas situações de Aprendizagens
A FINALIDADE DO CURRÍCULO...
O FOCO DO CURRÍCULO...
TRABALHO E RESULTADO...
A FINALIDADE DO CURRÍCULO...
O Real ...O Possível... e o Necessário
O Gestor de uma escola que aprende para ensinar
“Ao aprendiz como sujeito de sua aprendizagem corresponde, necessariamente, um professor sujeito de sua prática docente”.
Telma Weisz
Ao professor sujeito de sua prática docente corresponde um gestor sujeito de sua função
formadora...
LÓGICA NUMA CONCEPÇÃO QUE SE APOIA EXCLUSIVAMENTE EM CONTEÚDOS E ATIVIDADES
LÓGICA NUMA CONCEPÇÃO QUE SE APOIA EM PRINCÍPOS DIDÁTICOS DE
UMA BOA SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEMEnfoque fragmentado, centrado na transmissão de conteúdos prontos.
Enfoque globalizador, centrado na resolução de problemas significativos.
Conhecimento como acúmulo de fatos e informações isoladas.
Conhecimento como instrumento para a compreensão da realidade e possível intervenção nela.
O professor é o único informante, com o papel de dar as respostas certas e cobrar sua memorização.
O professor intervém no processo de aprendizagem ao criar situações problematizadoras, introduzir novas informações e dar condições para que seus alunos avancem em seus esquemas de compreensão da realidade.
O aluno é visto como sujeito dependente, que recebe passivamente o conteúdo transmitido pelo professor.
O aluno é visto como sujeito ativo, que usa sua experiência e seu conhecimento para resolver problemas.
O conteúdo a ser estudado é visto de forma compartimentada.
O conteúdo estudado é visto dentro de um contexto que lhe dá sentido.
Adaptação de: Hernandez, Fernando - Transgressão e Mudança na educação: Os Projetos de Trabalho. Porto Alegre, RS: Ed. ARTMED, 1998.Hernandes, Fernando e Ventura, Montserrat - A Organização do Currículo por Projetos de Trabalho. Porto Alegre, RS: Ed. ARTMED, 1998, 5a. Ed.
LÓGICA NUMA CONCEPÇÃO QUE SE APOIA EXCLUSIVAMENTE EM CONTEÚDOS
E ATIVIDADES
LÓGICA NUMA CONCEPÇÃO QUE SE APOIA EM PRINCÍPOS DIDÁTICOS DE UMA
BOA SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEMHá uma seqüência rígida dos conteúdos das disciplinas, com pouca flexibilidade.
A sequenciação (SD) é vista em termos de nível de abordagem e de aprofundamento em relação às possibilidades dos alunos.
Baseia-se fundamentalmente em problemas e atividades dos livros didáticos.
Baseia-se fundamentalmente em uma análise global da realidade.
O tempo e o espaço escolares são organizados de forma rígida e estática.
Há flexibilidade no uso do tempo e do espaço escolares.
Propõe receitas e modelos prontos, reforçando a repetição e o treino.
Propõe atividades abertas, permitindo que os alunos estabeleçam suas próprias estratégias.
Adaptação de: Hernandez, Fernando - Transgressão e Mudança na educação: Os Projetos de Trabalho. Porto Alegre, RS: Ed. ARTMED, 1998.Hernandes, Fernando e Ventura, Montserrat - A Organização do Currículo por Projetos de Trabalho. Porto Alegre, RS: Ed. ARTMED, 1998, 5a. Ed.
Os currículos não são conteúdos prontos a serem passados aos alunos. São uma construção e seleção de conhecimentos e
práticas produzidas em contextos concretos e em
dinâmicas sociais.
Por que uma atividade é diferente de uma boa situação de aprendizagem?
ATIVIDADE
•Não precisa ser desafiadora para todos
• Sem preocupação de adequação
• Pressupõe pré requisito
• Não exige reflexão
BOA SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM
• Prevê desafios e tomada de decisão
• Garante circulação de informação
Mantém as características socio- culturais do objeto a ser aprendido• Favorece a reflexão sobre o conteúdo a ser trabalhado
Princípios que determinam uma boa situação de aprendizagem:
1) Os alunos precisam pôr em jogo tudo que sabem e pensam sobre o conteúdo que se quer ensinar;
2) Os alunos têm problemas a resolver e decisões a tomar em função do que se propõem produzir;
3) A organização da tarefa pelo professor garante a máxima circulação de informação possível;
4) O conteúdo trabalhado mantém suas características de objeto sociocultural real, sem se transformar em objeto escolar vazio de significado social
Princípios didáticos que determinam uma boa situação de aprendizagem
Os alunos precisam pôr em jogo tudo que sabem e pensam sobre o conteúdo que
se quer ensinar;
1
Princípios didáticos que determinam uma boa situação de aprendizagem
Os alunos têm problemas a resolver e decisões a tomar em função do que
se propõem produzir;
2
Princípios didáticos que determinam uma boa situação de aprendizagem
A organização da tarefa pelo professor garante a máxima circulação de
informação possível;
3
Princípios didáticos que determinam uma boa situação de aprendizagem
O conteúdo trabalhado mantém suas característicasDe objeto sociocultural real , sem se transformar
em objeto escolar vazio de significado social.
4
1
ConteúdoFactual
Conteúdos - Como se Aprende?
Diferentes conteúdos se aprendem de diferentes formas
FATOS
TelefonesDatas Comemorativas
Nomes
MEMÓRIAExercitar e
repetir várias vezes
ConteúdoProcedimental
Conteúdos - Como se Aprende?
Diferentes conteúdos se aprendem de diferentes formas
PROCEDIMENTOS
Dirigir CarroCozinhar
FREQÜÊNCIAReceber ajuda
daquele que sabe
2
ConteúdoConceitual
Conteúdos - Como se Aprende?
Diferentes conteúdos se aprendem de diferentes formas
CONCEITOS
FotossínteseDivisão
CONSTRUÇÃOPESSOAL
Pensar, comparar,Compreender,
estabelecer relações
3
ConteúdoAtitudinal
Conteúdos - Como se Aprende?
Diferentes conteúdos se aprendem de diferentes formas
ATITUDE
ResponsabilidadeHábito de Leitura
Solidariedade
COERÊNCIAVivenciar situaçõesque representem
valores
4
MODALIDADES ORGANIZATIVAS
• Articulação/integração entre as áreas do conhecimento.
• Organização do tempo pedagógico.
MODALIDADES ORGANIZATIVAS
ATIVIDADES PERMANENTES
1
Situações didáticas propostas com regularidade, com o objetivo de construir atitudes, criar hábitos, etc.
MODALIDADES ORGANIZATIVAS
ATIVIDADES PERMANENTES
1(continuidade)
Ex: “Você sabia...?”, “Notícia da Hora”, “Nossa semana foi assim”, “No mundo da arte”, “Roda Literária”, “Cantando e se encantando”, “Comunidade, muito prazer”, “A família também ensina”, “Descobri na Internet”, “Leitura em voz alta”, etc..
SITUAÇÕES INDEPENDENTES
(SISTEMATIZAÇÃO)
2
MODALIDADES ORGANIZATIVAS
Têm como objetivo principal a sistematização de conhecimentos
Ex:Pontuação
Escala CartográficaAlgoritmo
Técnica de projeção (boxe)
MODALIDADES ORGANIZATIVAS
PROJETOS3
Prevê um produto final e planejamento com objetivos claros•Contextualizam as atividades: ler, escrever, estudar, pesquisar...
•Trabalho com diferentes linguagens
•Finalidade, compartilhada por todos os envolvidos, que se expressa em um produto final.
MODALIDADES ORGANIZATIVAS
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS4
São situações didáticas articuladas, que possuem uma sequência de realização, cujo critério principal são os níveis de dificuldade.
Funcionam de forma parecida com os projetos e podem integrá-los, desenvolvem habilidades e competências mas não fornecem, necessariamente, um produto final predeterminado.
GESTORES/PROFESSORES COMO CATALISADORES DA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
• Promover a aprendizagem cognitiva profunda.
• Aprender a ensinar por meio de maneiras pelas quais não foram ensinados.
• Comprometer-se com a aprendizagem profissional contínua.
• Trabalhar e aprender em equipes de colegas.
• Tratar os pais como parceiros na aprendizagem.
• Desenvolver e elaborar a partir da inteligência coletiva.
• Construir uma capacidade para a mudança e o risco.
• Estimular a confiança nos processos.
HARGREAVES, Andy. 2004, p. 40
O caminho é ….
O CURRÍCULO
que se fundamenta numa concepção de
aprendizagem
A concepção de aprendizagem que embasa nossa proposta de trabalho pressupõe que o conhecimento não é concebido como uma cópia do real e assimilado pela relação direta do sujeito com os objetos de conhecimento, mas produto de uma atividade mental por parte de quem aprende, que organiza e integra informações e novos conhecimentos aos já existentes, construindo relações entre eles.
COMPETÊNCIAS COGNITIVAS
GRUPO IIEsquemas Procedimentais
GRUPO IEsquemas Presentativos
GRUPO IIIEsquemas Operatórios
COMPETÊNCIAS
REALIZAR COMPREENDER
OBSERVAR
COMPETÊNCIAS – GRUPO 1• Competências para Observar:
– Refere-se a esquemas presentativos ou representativos, propostos por Jean Piaget;
– a leitura do objeto (a prova) supõe, como mínimo, o domínio e, portanto, o uso das seguintes habilidades: observar, identificar, descrever, localizar, diferenciar ou discriminar, constatar, reconhecer, indicar, apontar.
COMPETÊNCIAS – GRUPO II
• Competências para realizar:– Relativas às competências para representar que,
na prática, implicam em traduzir estas ações em procedimentos relativos ao conteúdo e ao contexto de cada questão em sua singularidade;
– Implicam procedimentos de classificar, seriar, ordenar, conservar, compor, decompor, fazer antecipações, calcular, medir, interpretar.
COMPETÊNCIAS – GRUPO III
Competências para Compreender:◦ Estas competências implicam o uso de esquemas
operatórios;◦ As habilidades que permitem inferir o domínio dessas
operações de nível superior são as seguintes: analisar fatos, acontecimentos ou possibilidades na
perspectiva de seus princípios, padrões e valores; aplicar relações conhecidas em situações novas que requerem
tomadas de decisão, prognósticos ou antecipações hipotéticas; formular julgamentos de valor sobre proposições, criticar,
analisar…
O modelo de ensino relacionado a essa concepção de aprendizagem é o da resolução de problemas, que compreende situações em que o aluno, no esforço de realizar a tarefa proposta, precisa por em jogo o que sabe para aprender o que não sabe.
Currículo e Avaliação Na avaliação em processo ou formativa,
aquela que o professor realiza no dia a dia com a classe por meio do uso de multiplos instrumentos e registros, a especificação das habilidades na matriz apresentam importantes mecanismos para que ele possa acompanhar o desenvolvimento dos alunos de sua turma em relação a sua proposta de trabalho, tendo em vista o cumprimento do currículo no ano letivo.
Enfim….
“O que os gestores tem a fazer
com essas informações?”
(O que aprendemos)
Pensemno papel do gestor diantedessesconhecimentos:
• AvaliaçõesExternas(SARESP, PISA, etc)
“O queosgestorespodemfazer
com essasinformações?”
(O quejásabemos)
Quaisdevemser ossaberesdo Professor?
PROFESSOR
Conhecer o processo de
aprendizagem e conhecer seu
aluno
Dominar o conteúdo
A ser ensinado
Saber realizar as transposições didáticas
Quaisdevemser ossaberesdos gestores?
Conhecer o processo de
aprendizagemdaquele que
ensina
Dominar conteúdos
Conhecer o processo de transposição
didática
Dominar as estratégias de formação(dupla conceitualização)
GESTORES
Qual o caminhoa seguir...?
O GESTOR DE UMA ESCOLA APRENDENTE
O que nos dizem os dados? Um olhar sobre os dados do SARESP
Abril/2010
Iniciando uma reflexão….
O que os dados do
SARESP dizem para
você?
AVALIAÇÃO
ESPELHO LÂMPADA
M. H. Abrams, in Dilvo Ristoff (1995) faz uma analogia comparando a Avaliação com Espelho e Lâmpada
“A AVALIAÇÃO PRECISA SER ESPELHO E LÂMPADA,
NÃO APENAS ESPELHO. PRECISA NÃO APENAS
REFLETIR A REALIDADE, MAS ILUMINÁ-LA CRIANDO
ENFOQUES, PERSPECTIVAS, MOSTRANDO RELAÇÕES,
ATRIBUINDO SIGNIFICADOS.”
M. H. Abrams, in Dilvo Ristoff, 1995.
EMISSÃO DE JUÍZO DE VALOR SOBRE DADOS RELEVANTES PARA UMA TOMADA DE DECISÃO
Luckesi
Iniciando a reflexão…
A avaliação é um processo amplo que não deve ser confundido com medidas de proficiência em algumas disciplinas.
A avaliação pode tomar a medida como uma de suas dimensões, mas envolve também outros aspectos relativos aos juízos de valor sobre essa medida e envolve a proposição de ações a partir dela, tais ações devem envolver diretamente a equipe gestora.
Iniciando a reflexão…
De acordo com Romualdo Portela de Oliveira, um dos motivos que dificultam o uso desses resultados é a incompreensão das escalas elaboradas, ou seja, não compreender o que se mediu inviabiliza a utilização dos dados.
Iniciando a reflexão…Cada escola, com posse de seus resultados, deve
analisar os níveis de proficiência de seus alunos, identificando os resultados satisfatórios e insatisfatórios.
Após localização dos resultados insatisfatórios, devemos nos questionar:
◦ Os conteúdos foram efetivamente trabalhados com os alunos?
◦ E com os professores?
Se os conteúdos foram estudados, discutidos e trabalhados será necessário considerar os seguintes aspectos:
◦ Os professores têm dificuldades no trato do tema em questão?
◦ Quais as práticas pedagógicas empreendidas no tratamento destes conteúdos?
◦ A equipe gestora tem apoiado, acompanhado e subsidiado seus professores quanto ao trabalho
realizado em sala de aula?
Níveis de ProficiênciaSu
ficie
nte
As interações entre os responsáveis pela aprendizagem dos alunos têm caráter de ações formadoras, mesmo que os envolvidos não se dêem conta disso. Nesse sentido, cabe lembrar a responsabilidade da Equipe Gestora como formadora de professores e a responsabilidade dos docentes, entre si e com o grupo gestor, na problematização e na significação dos conhecimentos sobre sua prática. Ações como a construção coletiva da Proposta Pedagógica, por meio da reflexão e prática compartilhadas, e o uso intencional da convivência como situação de aprendizagem fazem parte da constituição de uma escola à altura dos tempos atuais. Observar que as regras da boa pedagogia também se aplicam àqueles que estão aprendendo a ensinar é uma das chaves para o sucesso das lideranças escolares. Os gestores, como agentes formadores, devem aplicar com os professores tudo aquilo que recomendam a eles que apliquem com seus alunos.
Fonte: Proposta Curricular do Estado de São Paulo
Níveis de Proficiência
Escala de Proficiência
A Escala de Proficiência define o quanto e o quê cada aluno ou escola realizaram no contexto desse exame.
Olhando para a escala de profi ciência constatamos
os resultados, mas e daqui para frente….?!?!?
Qual o valor dessa informação para equipe gestora?
Os dados indicam caminhos, mas…e a prova,
o que nos mostra?
RESULTADOS
PROVA
“Quando falamos em identidade, nos referimos a características que especificam algo ou alguém. A identidade, no entanto, não é estática. Ao contrário, ela está em permanente elaboração, num contexto
social de interação de indivíduos e grupos, implicando reconhecimento recíproco.”
Terezinha A Rios
METAS DA SEE1. Todos os alunos de 8 anos plenamente
alfabetizados;2. Redução de 50 % das taxas de reprovação da 8ª série;
3. Redução de 50% das taxas de reprovação do Ensino Médio;
4. Implantação de programas de recuperação de aprendizagem nas séries finais de todos ciclos (2ª, 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio) ;
5. Aumento de 10% nos índices de desempenho dos ensinos fundamental e médio nas avaliações nacionais e estaduais;
TEMA: A GESTÃO DA ESCOLA APRENDENTE
OBJETIVO GERAL:
Possibilitar aos gestores das escolas prioritárias ferramental para a formação de sua equipe escolar no uso consciente do currículo para a efetiva aprendizagem de seus alunos, tendo como ponto de partida a análise dos resultados do SARESP.
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