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EIXO TEMÁTICO: ( ) Bacias Hidrográficas, Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos ( ) Biodiversidade e Unidades de Conservação ( ) Campo, Agronegócio e as Práticas Sustentáveis ( ) Cidade, Arquitetura e Sustentabilidade ( ) Educação Ambiental ( ) Geotecnologias Aplicadas à Análise Ambiental ( ) Gestão dos Resíduos Sólidos ( ) Gestão e Preservação do Patrimônio Arquitetônico, Cultural e Paisagístico ( ) Mudanças Climáticas ( ) Novas Tecnologias Sustentáveis ( ) Paisagem, Ecologia Urbana e o Planejamento Ambiental (x ) Saúde, Saneamento e Ambiente ( ) Turismo e o Desenvolvimento Local
A influência do ambiente no usuário: Aplicação para um centro de tratamento de transtornos do humor
The influence of the environment on the user: Application to a center for treatment of
mood disordersTítulo
La influencia del ambiente en el usuario: Aplicación para un centro de tratamiento de trastornos del humor
Tayná Rosal Arnaldo Acadêmica de Arquitetura e Urbanismo, Centro Universitário UNINOVAFAPI, Brasil
Ana Cristina Claudino de Melo Professora especialista e mestranda, Centro Universitário UNINOVAFAPI, Brasil
Ana Virgínia Alvarenga Andrade
Professora e mestra, Centro Universitário UNINOVAFAPI, Brasil [email protected]
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RESUMO Pouco debatida, mas, sentida, mesmo que sem perceber, as relações Homem-Ambiente construído, também definida como Psicologia Ambiental, tem-se mostrado um terreno fértil e instigante para pesquisas, dessa forma, o presente trabalho tem por objetivo analisar como essas relações acontecem, em especial como a arquitetura pode ser usada como mecanismo influenciador na cura nos espaços destinados ao tratamento de transtornos do humor. Para tal foram levantadas referências bibliográficas acerca do tema onde se buscou compreender como funcionam os processos de percepção e cognição humanas, além de trazer quais mecanismos construtivos podem ser usados para que haja a humanização do local, bem como, as interferências dos mesmos sobre os pacientes propondo uma arquitetura que integre usuário e espaço. PALAVRAS-CHAVE: Transtornos de Humor. Psicologia Ambiental. Humanização ABSTRACT It is a little debated but, even without realizing it, the constructed Human-Environment relations, also defined as Environmental Psychology, have been shown to be fertile and exciting field for researches, so the present work has as objective to analyze how these relations happen, especially as architecture can be used as an influencing mechanism in healing in spaces for the treatment of mood disorders. To this end, bibliographical references were raised about the theme in which human perception and cognition processes were investigated, as well as the constructive mechanisms that could be used to allow humanization of the place, as well as their interference with patients proposing an architecture that integrates user and space. KEY WORDS: Mood Disorders. Environmental Psychology. Humanization RESUMEN Poco debatida, pero, sentida, aunque sin percibir, las relaciones Hombre-Ambiente construido, también definida como Psicología Ambiental, se ha mostrado un terreno fértil e instigador para investigaciones, de esta forma, el presente trabajo tiene por objetivo analizar cómo esas relaciones se producen, en especial, cómo la arquitectura puede ser usada como mecanismo influenciador en la cura en los espacios destinados al tratamiento de trastornos del humor. Para ello se levantaron referencias bibliográficas acerca del tema donde se buscó comprender cómo funcionan los procesos de percepción y cognición humanas, además de traer qué mecanismos constructivos pueden ser usados para que haya la humanización del local, así como las interferencias de los mismos sobre los pacientes proponiendo una arquitectura que integre usuario y espacio. PALABRAS CLAVE: Trastornos de Humor. Psicología Ambiental. Humanización
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INTRODUÇÃO
Atentando-se para o fato de que o ser humano está atrelado ao ambiente construído, o
presente trabalho tem por objetivo fazer uma análise a respeito de como ele pode influenciar
o comportamento de seu usuário, e nesse caso específico, como a arquitetura pode ser usada
como mecanismo influenciador nos espaços destinados ao tratamento de transtornos de
humor. O termo que determina tal fenômeno é conhecido como Psicologia Ambiental, ou seja,
o estudo das relações pessoa ambiente construído que alia conhecimentos da sociologia,
geografia, psicologia e arquitetura (ORNSTEIN, 2005).
A partir da compreensão acerca do espaço onde o mesmo possui uma íntima relação com o
seu usuário mesmo que ele não perceba, e, partindo-se do princípio de que a Arquitetura é
responsável por projetá-los, é fundamental que ele esteja de acordo com as necessidades do
usuário (DUARTE; GONÇALVES, 2005), entretanto, muitas vezes embora um ambiente atenda a
sua função, o indivíduo pode não se sentir bem no local se o mesmo não estimular os seus
sentidos de forma agradável.
Por conseguinte, um arquiteto, ao propor ambientes, deve estar ciente disso, principalmente
se o mesmo é destinado a pessoas com transtornos psíquicos, onde as mesmas geralmente
encontram-se debilitadas ou em crise, assim, encontrar um ambiente nada convidativo pode
gerar complicações no quadro (NOGUEIRA, 2015), como consequência disso surgem
problemáticas como é possível que a arquitetura venha ser agente integrador na cura? Como
os espaços são percebidos e consequentemente qual a influência desses nos usuários?
Questões como essas deverão ser respondidas ao longo do trabalho.
Por muito tempo banalizada, a questão da saúde mental sempre foi cercada por muitos tabus
e preconceitos, a história nos traz que inicialmente no Egito antigo a saúde estava associada às
curas religiosas de tal forma que os enfermos eram levados aos templos e atendidos pelos
sacerdotes onde as doenças eram tratadas como patologias espirituais (FONTES, 2013). Por
muito tempo, os transtornos mentais foram vistos sob uma ótica obscura, não existiam
espaços apropriados para os pacientes nem uma nítida compreensão acerca deles, dessa
forma essas patologias eram “tratadas” em casas de apoio como as chamadas Casas de
Misericórdia.
Após esse período, foi somente no Iluminismo que passou-se a desenvolver hospitais mais
elaborados havendo neles alas onde pessoas com transtornos que representavam riscos à
sociedade eram colocadas, ainda segundo Fontes (2003), foi por volta do século XVIII, que
surgiu a Medicina propriamente dita e a Psiquiatria como sua primeira especialização, antes
chamada de Medicina Mental.
Segundo Quaglia (2017), em linhas gerais transtornos são definidos como desequilíbrios da
ordem mental, dentre eles, estão os classificados os transtornos de humor que caracterizam-se
como alterações do humor ou do afeto dos quais os mais comuns são a depressão, ansiedade e
transtorno bipolar que tem-se configurado como os malefícios da era moderna ocorrendo em
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muitos casos como consequência do novo padrão agitado de vida. Segundo a Organização
Mundial da Saúde – OMS transtornos mentais atingem mais de 400 milhões de pessoas no
mundo e 75% a 85% não tem acesso ao tratamento adequado (EBC, 2013).
Além disso, o último estudo feito pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em
2017 avaliou que o Brasil conta com 7,6% da população adulta (a partir de 18 anos) depressiva
o que corresponde a 11 milhões de pessoas, fato que fez da depressão ser considerada o “Mal
do Século”, complementando, outra pesquisa da OMS de 2015 trazem o Brasil como o
recordista mundial em número de pessoas com transtorno de ansiedade chegando ao todo a
18,6 milhões de cidadãos (PORTAL G1, 2017), e há ainda segundo a Associação Brasileira de
Transtorno Bipolar - ABTB uma média de 4% de brasileiros com transtorno bipolar (EBC, 2013).
Em virtude dos altos índices de casos, tem surgido nos últimos anos novas tipologias
arquitetônicas destinadas ao tratamento de transtornos dentre as quais destacam-se os
hospitais psiquiátricos, as clínicas psicológicas, em sua maioria particulares e especificamente
no Brasil foram criados os CAPS – Centro de Atenção Psicossocial como uma tentativa
atendimento humanizado e principalmente reinserir na sociedade os indivíduos que
estivessem em regime de internação.
Assim, percebe-se que com o avanço dos conhecimentos acerca dos tratamentos, observa-se
também um desenvolvimento dos espaços, Calmenson (1996, Apud. VASCONCELOS, 2004) traz
que há cerca de 25 anos, a ideia de que o ambiente poderia influenciar o paciente de forma
benéfica ou maléfica era revolucionária, pois, havia um costume de que espaços de saúde
deveriam ser brancos e frios não se imaginando nada diferente, no entanto, como será
mostrado ao longo do trabalho pesquisas indicam a grande influência que um ambiente bem
elaborado pode proporcionar ao seu usuário.
OBJETIVOS
Analisar a influência do espaço no comportamento humano e como isso pode ser
usado no auxílio do tratamento de transtornos de humor.
Compreender o processo cognitivo do homem e sua percepção do local em que está
inserido e como é criada essa imagem
Buscar quais elementos da arquitetura podem humanizá-la de forma a influenciar
positivamente o usuário.
METODOLOGIA
Para que se consiga tais resultados, a metodologia do trabalho se pauta em uma revisão
bibliográfica com embasamento teórico de materiais relacionados ao tema – livros, artigos,
pesquisas, dissertações de mestrado, bem como estudos de casos onde através de análises de
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projetos desenvolvidos sob a ótica da humanização conseguiram atingir importantes
resultados de satisfação de seus usuários.
Dessa forma, os autores usados como referência foram: Ronald de Góes (2011), Maria Cristina
Dias Lay (2006), Juhanni Pallasmaa (2005), Alfredo Iarozinski Neto e Ana Paula Penteado
(2015), Isabela Lino Soares Nogueira (2015) dentre outros.
RESULTADOS
Inicialmente para que se discuta acerca da relação usuário comportamento bem como a
aplicação da arquitetura para locais de tratamento para transtornos de humor é preciso
compreender as patologias citadas, ainda segundo Quaglia (2017) a depressão é uma doença
que se caracteriza como uma tristeza profunda, perda de interesse, distúrbios no sono, apetite
dentre outros sintomas por mais de duas semanas. A bipolaridade define-se pela alternância
entre episódios depressivos e euforia demasiada, já a ansiedade gera sentimentos de medo,
fobias, preocupação excessiva, tensão em níveis leves ou severos cuja frequência a configura
como crônica.
Compreender como o ser humano percebe o ambiente a sua volta é o primeiro passo para o
desenvolvimento de uma arquitetura que o estimule positivamente, a percepção ambiental e a
cognição humana são termos aliados que por vezes se misturam, no entanto, algumas
características tornam o seu conceito mais sólido. Primeiramente em uma hierarquia de
acontecimentos a percepção ocorre primeiro, tendo em vista que ela se dá em virtude do
primeiro contato do indivíduo com o meio.
Existem três vertentes que tratam do conceito de percepção, Reis e Lay (2006) apontam que
no primeiro caso a relação indivíduo ambiente é dada exclusivamente pelos cinco sentidos:
visão, olfato, audição, tato e paladar, podendo também, além dos sentidos agregar fatores
subjetivos como memória e personalidade. Paralelo a isso Penteado e Iarozinski Neto (2015),
afirmam que a visão corresponde à 75% da percepção humana inicial tendo em vista que este
é o sentido dominante nos seres humanos, o som equivale a 20% e os 5% restantes aos demais
sentidos, por outro lado, Pallasmaa (2005), arquiteto finlandês que defende uma arquitetura
completamente integrada e sensorial, assegura que nossa percepção é definida como
resultado de todos os sentidos, não havendo um mais ou menos importante.
Dessa forma, é possível compreender que a percepção ambiental do indivíduo está
intrinsicamente relacionada aos seus sentidos, que por conseguinte, dependem do estímulo
que o espaço irá provocar, Moore e Golledge (REIS e LAY, 2006) arrematam ainda afirmando
que tais estímulos são dependentes das propriedades físicas de cada local, sendo assim, é
possível compreender porque certos elementos projetuais ocasionam efeitos positivos ou não
em seus usuários, como por exemplo um pé direito muito baixo que pode estimular a sensação
de opressão ou sufocamento.
Logo após esse primeiro contato perceptivo do ambiente, o indivíduo passa a assimilar tais
estímulos onde tais sensações passam a possuir significado, sendo isso denominado cognição,
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segundo Piaget (apud. REIS e LAY, 2006), a cognição se refere as construções de sentido na
mente, ou seja, se envolve um processo cumulativo derivado das experiências. Surgida por
volta de 1950, a psicologia cognitiva buscou analisar um novo parâmetro da mente humana
onde é estudado a influência das informações recebidas no comportamento e as relações
destas no processo de aprendizagem.
Corroborando com isso Reis e Lay (2006), contribuem quando dizem que o uso das cidades e
construções depende da intensidade com que suas estruturas são memorizadas e lembradas,
ou seja, dependem de seus processos de percepção e cognição onde tais experiências
adquiriram valor, e assim, no contexto do ambiente construído, a percepção enfatiza o contato
imediato derivado das percepções dos cinco sentidos e a cognição indo além integrando
sentidos, valores, culturas, conhecimentos e experiências.
A partir do momento que se compreende a necessidade do cumprimento da função mental da
arquitetura, é importante que haja um conhecimento da condição humana, dessa relevância
surge a já citada Psicologia Ambiental que estuda as relações pessoa – ambiente. Segundo
Duarte e Gonçalves (2005), arquiteto e psicóloga respectivamente os primeiros passos sobre o
tema foram dados, no período pós-guerra onde houve uma atenção do homem com a sua
presença no espaço onde o conceito de lugar passa a fazer parte das questões teóricas da
arquitetura. Posteriormente autores como Kelvin Lynch (1960) e Aldo Rossi (1966) trataram da
temática da formação da imagem na mente e memória dos usuários, surgindo em paralelo na
Bauhaus a psicologia da Gestalt que tratou a respeito da percepção da arquitetura (DUARTE;
GONÇALVES, 2005).
Historicamente essas abordagens foram denominadas Psicologia Arquitetural e foram
aplicadas principalmente em análises de casas de internações psiquiátricas, principalmente
durante a euforia da Reforma Psiquiátrica, onde se buscou um tratamento humanizado dos
pacientes, fato refletido nos seus locais de tratamento, em seguida tal termo foi denominado
Psicologia Ambiental ganhando um sentido mais amplo.
Em virtude da interdisciplinaridade, Psicologia Ambiental possui um amplo leque de estudos a
ser explorado e usado de forma benéfica, Bernardes (2003) afirma quando um ambiente é
projetado sobre esse viés diversas são as vantagens sobre o usuário, onde:
Tais estudos integrados podem ser usados em benefício de um ambiente pautado em conceitos arquitetônicos, que levam em conta as necessidades e demais aspectos do ser humano, visto que o indivíduo usuário é o centro do ambiente, e assim deve ser um dos focos do programa, enquanto necessidades e níveis de satisfação a serem atendidas (BERNARDES. Et.al. 2003, p. 1).
Por consequência, quando esses conceitos são aplicados na concepção projetual, obtém-se
ambientes mais ricos, preocupados não apenas em obedecer às normas construtivas ou ter
excelente desempenho econômico e energético, mas sim, com foco em quem irá utilizá-lo
atendendo não apenas suas necessidades básicas de abrigo, mas, estimulando e oferecendo
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novas experiências, o que deve ser levado em consideração principalmente em ambientes de
saúde como no objeto de estudo para tratamento psicológico.
Além dos estudos da Psicologia Ambiental, para dar embasamento científico à influência do
espaço no comportamento do usuário surgiu a Psiconeuroimunologia, termo criado por Robert
Ader, onde ela é definida como:
A arte e ciência de criar ambientes que ajudam a evitar doenças, acelerar a cura e promover o bem-estar das pessoas. Estuda os estímulos sensoriais, os elementos do ambiente que os causam, e as relações entre estresse e saúde. Seus estudos demonstram que a variação na quantidade de estímulos sensoriais é necessária, pois a condição de monotonia permanente induz a distúrbios patológicos (VASCONCELOS, 2004, p.46).
Sendo assim, ela se dedica ao estudo de elementos como a luz, a cor, o som, o aroma, a
textura e a forma e como todos esses elementos devem ser aplicados no projeto, o grande
pilar se sustenta no conforto térmico, pois, o mesmo tem uma enorme influência sobre o
usuário, e a exemplo da forma, é assegurado que o uso de variações provoca estímulos
positivos nos pacientes e que as formas puras como circular, triangular ou quadrado trazem a
sensação de segurança e solidez.
Partindo-se para as vias projetuais o termo que está atrelado à arquitetura que cura é
chamado de Humanização. Lyra (2014) em seu trabalho “A humanização da arquitetura
hospitalar em centros de reabilitação infantil”, traz diversos estudos de caso bem sucedidos de
clínicas que se preocuparam com a ambientação de seus espaços para que dessa forma a
rotina se tornasse menos estressante para os acompanhantes e principalmente para as
crianças, onde para elas foram pensadas soluções lúdicas e acolhedoras para que o impacto do
tratamento fosse reduzido, estão entre elas: “A utilização da cor, e madeirados deixa o
ambiente mais humano” (LYRA, 2014, p. 19). Segundo Vasconcelos (2004):
A humanização aproxima o ambiente físico dos valores humanos, tratando o homem como foco principal do projeto. Consiste na qualificação do espaço construído através de atributos projetuais que provocam estímulos sensoriais benéficos aos seres humanos (VASCONCELOS, 2004, p.10).
Completando em vias projetuais, a humanização é conseguida através da integração
interior/exterior por compreender que o ambiente fora do espaço construído possui uma
gama de estímulos como sons, aromas, texturas, ventilação e intensidade luminosa
diferenciada, além de cores e formas diversas que provocam por si só reações no indivíduo, ou
seja usar a arquitetura como meio sensorial provocando reações benéficas no usuário, não se
tratando apenas de estética.
Dessa forma, entender os processos de cognição e percepção humana e posteriormente
aplicá-los nos projetos é de suma importância em todos os ambientes, principalmente em
espaços de saúde tanto físicos quanto mentais onde se busca a cura. Segundo Fontes (2003) é
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necessário que a formação da imagem seja explorada de forma mais consciente e intencional
durante a concepção do projeto. Dilani (2003, apud. NOGUEIRA, 2015, p. 3) diz que “cabe aos
estímulos ambientais despertar reações nos indivíduos, capacitando-os a extrair respostas
fisiológicas a partir de respostas psicológicas”. Isto posto os responsáveis pelo projeto devem
buscar que tais elementos sejam alcançados. Sobre isso Robert Sommer (1973, apud.
NOGUEIRA, 2015, p. 3) diz:
Os projetistas precisam de conceitos que sejam significativos para a forma física e comportamento humano. Muitas coisas da arquitetura influem nas pessoas, embora nem tudo isso chegue à sua consciência. As pessoas não sabem ao certo o que é que, num edifício ou numa sala, as atinge, nem são capazes de exprimir como se sentem em ambientes diferentes. (SOMMER, 1973, apud. NOGUEIRA, 2015, p. 3).
Os estímulos ambientais são inconscientes, no entanto, geram uma resposta comportamental,
Pallasmaa (2011) diz que um projeto arquitetônico tem o poder iniciador, direcionador e
organizador do comportamento e atividades do ser, sendo assim, trazendo para ambientes de
saúde, o processo de cura começa na mente, assim, acompanhando as evoluções técnicas e
tecnológicas que os espaços de saúde, em especial de saúde mental, tem passado ao longo
dos anos é fundamental como afirma Fontes (2003) que essa evolução atinja também os
espaços destinados aos pacientes.
Segundo Alain de Botton (2006) em sua obra “A Arquitetura da Felicidade”, faz parte do ser
humano a vontade de que as construções tenham uso, mas que também, tenham uma
aparência que gere determinado sentimento como, segurança, excitação e harmonia, citando
ainda John Ruskin, acerca do desejo de que as construções nos abriguem e “falem” conosco,
como por exemplo a escadaria central da Vila Savoye de Le Corbusier onde “ele estava
tentando fazer algo mais do que levar as pessoas até um andar acima. Ele estava tentando
sugerir um estado de alma” (BOTTON, 2006, p. 63).
Pallasmaa (2011), sugere uma arquitetura que “intensifique a vida”, ou seja uma arquitetura
significativa onde somos parte do meio através da estimulação sensorial, não se tratando
apenas de seduzir os olhos, gerando uma série de imagens isoladas na retina. Para Botton
(2006), é nos momentos de tristeza ou problemáticas da vida que o homem está mais
receptivo a coisas belas, dando a arquitetura e a arte suas melhores oportunidades,
corroborando ainda mais pela busca de projetos que elevem as sensações humanas.
Sendo assim, a partir do momento que se tem como partido arquitetônico o lado sensorial do
usuário a partir da compreensão da sua cognição e percepção, é o primeiro passo para um
projeto destinados à saúde, tanto física quanto mental, bem sucedido se assegurando no
pensamento de Pallasmaa (2011) quanto ao poder direcionador do comportamento através do
ambiente, complementando, Vasconcelos (2004) traz ainda que em espaços de saúde onde o
paciente é o centro, a relação corpo, mente e espírito é indivisível, dessa forma, a qualidade do
ambiente e a influência seja física ou psicológica que ele exerce sobre o indivíduo se torna uma
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contribuição fundamental para o processo de cura, consistindo então no desenvolvimento de
projetos agradáveis, convidativos, saudáveis e produtivos para seus usuários onde é necessário
que seja reduzida a sensação de confinamento e institucionalização de tais espaços.
A arquitetura deve ser sentida, e para tal, ela necessita ser integrada. A palavra integrar, no
seu sentido mais amplo quer dizer: incorporar um elemento em um conjunto (DICIONÁRIO
ELETRÔNICO HOUAISS apud CIBER DÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA, 2007), partindo-se para
o quesito arquitetônico tal conceito leva em conta unir o espaço construído juntamente com o
local onde foi edificado e o seu usuário, em uma completa incorporação do homem com o
meio aliando conceitos construtivos e psicológicos, ou seja, significa unir em um mesmo lugar
homem, natureza e espaço edificado.
Habitar bem implica em um espaço saudável, ou seja, um local livre de interferências externas
e internas que podem vir a prejudicar o usuário. De acordo com Bozza (2016), tais ambientes
geram significativas melhoras neurológicas, auxiliando na tomada correta de decisões menos
impulsivas ou tendenciosas, segundo o Urban Land Institute é possível uma melhora de
produtividade entre 14% a 30% apenas morando ou trabalhando em locais assim, além de que,
existem pesquisadores que acreditam que os lugares interferem em 70% da saúde humana.
A busca por um ambiente adequado as necessidades humanas deve levar em conta o usuário
como um todo. Pallasmaa (2011) em sua obra “Os olhos da pele: A Arquitetura e os Sentidos”
afirma que a arquitetura é multissensorial: “As características do espaço, matéria e escala são
medidas igualmente por nossos olhos, ouvidos, pele, língua, esqueleto e músculos”
(PALLASMAA, 2005, p. 39), dessa forma, havendo tais experiências o indivíduo não se sente um
elemento à parte, mas sim integrante do meio reforçando sua identidade pessoal, como
afirma também Lewontin (2004):
O organismo e o ambiente não são na realidade determinados separadamente. O ambiente não é uma estrutura imposta aos seres vivos de fora, mas é na verdade uma criação desses seres. O ambiente não é um processo autônomo, mas um reflexo da biologia da espécie. Assim como não há organismo sem ambiente, não há ambiente sem organismo (LEWONTIN, in VARELA et al, 2003 apud ALCANTARA; RHEINGATZ, 2004, p.3).
Por se tratar de algo unificado, as impressões causadas pela arquitetura formam um conjunto
que não podem ser divididas, na arquitetura de Frank Lloyd Wright, por exemplo, a fusão dos
volumes, texturas e cores da edificação com os elementos da natureza geram uma experiência
única e que toda “obra de arquitetura não é experimentada como uma coletânea de imagens
visuais isoladas e sim em sua presença material e espiritual totalmente corporificada”
(PALLASMAA, 2005, p. 42).
Seguindo uma linha semelhante a Frank Lloyd Wright, Alvar Aalto mostra através de seus
projetos o interesse no encontro do objeto construído com o corpo, mais ainda do que na
aparência física, ele ressalta essa preocupação tanto nos móveis produzidos quando na
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arquitetura em si. Seus projetos são caracterizados como sendo feitos manualmente
convidando ao toque humano, criando intimidade e aconchego:
Em vez do idealismo cartesiano e desvinculado do corpo da arquitetura dos olhos, a arquitetura de Aalto se baseia no realismo sensorial. Suas edificações não se baseiam em apenas um conceito dominante ou Gestalt; em vez disso, elas são aglomerações sensoriais. Elas às vezes até parecem deselegantes e mal resolvidas como desenhos, mas são concebidas para serem apreciadas em seu encontro físico e espacial real, “na carne” do mundo vivo, não como construções de uma visão idealizada (PALLASMAA, 2005, p. 67).
Isso posto, a arquitetura integra tanto a mente quanto o material, conforme Le Corbusier
“Contornos e perfis, são a pedra de toque do arquiteto”, posteriormente ainda afirma que a
boa arquitetura deve promover formas moldadas para o “toque” prazeroso dos olhos
(PALLASMAA, 2005, p. 42), assim os indivíduos se identificam com o espaço formando as
identidades de cada ser, ademais, a arquitetura liga-os com o mundo, fato dado através dos
sentidos. A essa função mental do ambiente construído Frank Lloyd Wright afirmou:
O que é mais necessário na arquitetura atual é justamente o que é mais necessário na vida – integridade. Assim como no ser humano, a integridade é a mais profunda qualidade de uma edificação [...] se tivermos sucesso, teremos restado um grande serviço à nossa natureza moral – a psique – de nossa sociedade democrática [...] defenda a integridade de sua edificação como você defende a integridade não apenas na vida daqueles que a fizeram, mas, em termos sociais, pois uma relação recíproca é inevitável (PALLASMAA, 2005, p. 68).
Conseguir essa integração em vias construtivas é algo que merece dedicação, no entanto, não
se tratam de elementos difíceis de obter requerendo apenas análises e estudos, segundo
Botton (2006) embora se acredite que as obras devam ser complicadas, ele afirma que a
grande gama de prédios belos e bem resolvidos são supreendentemente simples e muitas
vezes repetidos em suas formas. Dentre esses elementos, talvez o principal e o mais patente,
mostrado em larga escala nos estudos de caso dos próximos itens, se trata da união do interior
com o exterior, onde para isso, o ideal seja a utilização de generosas janelas, uso do vidro
(protegido quando necessário), jardins internos e quando possível, amplas áreas externas de
jardins, para tal integração Vasconcelos (2004), afirma que é aconselhável que a planta do
edifício seja concebida de forma prioritariamente horizontal.
Gappell (apud. VASCONCELOS, 2004) elencou seis fatores que segundo ele caso sejam
incorporados em um projeto se tornam elementos importantes para o tratamento, são eles:
luz, cor, som, aroma, textura e forma. A luz tanto artificial quanto natural tem influências
diretas sobre o usuário atuando na regulação dos hormônios da serotonina e melatonina, bem
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como o fluxo de sangue no cérebro afetando as funções cognitivas, para tal, a luz natural
conseguida através de grandes janelas, iluminação zenital, uso do vidro, dentre outras é a que
garante melhores resultados nos usuários (BOZZA, 2016).
Com relação à cor, percebe-se que o espectro visível possui diferentes resultados de impacto
psicológico, em resumo obtém-se que as cores quentes são mais estimulantes, enquanto as
frias calmantes, exemplificando, Bozza (2016) traz que o verde por estar no meio do espectro
entre as cores quentes e as frias ajuda no processo de cura e harmonização.
Sobre o som Pallasmaa (2011) afirma que “A experiência auditiva mais fundamental criada
pela arquitetura é a tranquilidade” (PALLASMAA, 2011, p. 48), e tranquilidade implica em
controle acústico, elemento fundamental tipologia arquitetônica desse trabalho,
considerando-se que seus usuários necessitam de calma para tratar suas patologias, bem
como a indispensabilidade de que as salas de atendimento tenham completo controle do som,
tendo em vista a ética do sigilo durante as consultas, segundo Vasconcelos (2004) superfícies
irregulares de paredes e tetos são bons para dispersar o som, Góes (2011), elenca que deve ser
observado a localização do prédio, dimensão e posição das esquadrias e o uso, quando
necessário, de materiais isolantes, além disso, em vias construtivas, pode-se usar o som como
elemento de projeto propondo-se fontes de água que geram tranquilidade e contato com a
natureza.
Para Gappel (1991, apud. VASCONCELOS, 2004), os aromas provocam o mais evocativo dos
sentidos levando rapidamente ao resgate emocional de memórias, o conhecido “cheiro de
hospital” devido medicamentos pode estimular o estresse e ansiedade, sendo assim o ideal é
que se estimule a circulação do ar que combinado com os diferentes aromas provenientes de
jardins possam resultar em um melhor conforto ao usuário.
A variedade de texturas no meio construtivo é algo que cresce a cada dia, afinal, são inúmeros
os tipos de revestimentos que podem ser usados, além disso, a ergonomia dos móveis
também estimula tal aspecto. Por fim, a forma quando explorada provoca estimulações
sensoriais positivas e o uso dos tipos puros como círculo, quadrado e triângulo despertam
equilíbrio (VASCONCELOS, 2004).
Para Góes (2011) o projeto arquitetônico do espaço de saúde deve se pautar em cinco pilares
dentre eles: Conformidade, onde devem ser estabelecidos condições para que cada espaço
cumpra sua função, Contiguidade, a organização dos fluxos e distâncias adequadas,
Expansibilidade, ou seja, a morfologia arquitetônica deve prever futuras ampliações,
Flexibilidade de forma que o projeto possibilite dinâmica para possíveis modificações e
adaptações sem prejudicar o funcionamento e finalmente a Valência que reúne conceitos de
ordenação, funcionalidade e fluxos.
Ainda segundo o autor deve ser elaborado um check-list de todas as instalações necessárias,
incluindo conceitos de assepsias e consumo energético favorável. Além disso, as condições
ambientais como iluminação, conforto térmico e acústico, ergonomia, sinalização e cores
devem ser prioritários nessa tipologia projetual, completando o espaço, ele afirma a
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importância de se prever locais lúdicos como lanchonetes, bancos, locais de leitura bem como
mostras de arte.
Planejar é acima de tudo um método político de intervenção e, sendo assim, prever ou planejar é uma palavra que incorpora grande variedade de possibilidade no porvir, [...]. É cada vez mais necessário um esforço comum de arquitetos, administradores, engenheiros, economistas e biomédicos fornecer elementos necessários para que médicos, enfermeiras, terapeutas e outros profissionais que tratam da saúde humana desempenhem de forma adequada o seu trabalho de salvar vidas humanas (GÓES, 2011, p. 66).
Por fim Bozza (2016), traz alguns princípios da Biologia da Construção acerca dos projetos que
tem o usuário como tema central, dentre eles: a construção deve ser descentralizada e solta,
entrelaçada a amplas áreas verdes, personalização e harmonia com a natureza, materiais de
construção naturais e não adulterados, poluentes do ar devem ser filtrados e neutralizados,
equilíbrio entre isolamento térmico e retenção do calor, luz, iluminação e cores de acordo com
as condições naturais, design de interiores e de mobílias construídos de acordo com padrões
fisiológicos, medidas, proporções e formas harmônicas devem ser consideradas, os resíduos da
construção não devem contribuir com a poluição ambiental.
Assim, percebe-se que a arquitetura, vista com a função de atender as necessidades dos
pacientes, quando bem planejada possui bagagem suficiente para promover aos seus usuários
em especial aos detentores de transtornos do humor um certo alívio e auxílio para o seu
tratamento, pois a partir do momento em que são aplicados os conceitos acima citados, o
espaço tende a ficar mais agradável, convidativo, sem deixar a funcionalidade e beleza de lado,
auxiliando assim profissionais e pacientes no processo da cura.
Buscar na Arquitetura um refúgio para os momentos mais delicados da vida foi o pontapé
inicial para o desenvolvimento de diversos projetos que visam um “espaço que cure” entre
esses modelos pode-se citar os Centros de Apoio e Recuperação “Maggies Centre” – Centro
Maggie, onde sua idealizadora a escritora e design Maggie Keswisk Jencks tendo recebido no
ano de 1994 o diagnóstico de que seu câncer de mama havia voltado lhe dando apenas dois ou
três meses de vida viu-se em um opressor corredor sem janelas sentindo que o lugar sugava
suas energias enquanto aguardava a próxima sessão de quimioterapia, ela dizia que esses
espaços tão negligenciados transpareciam que os pacientes “eram deixados ao léu para
murchar sob o brilho dessecante das luzes fluorescentes” - MAGGIE (ARCHDAILY, 2014).
Não seria melhor se houvesse espaços privativos, banhados por luz, para se esperar pela próxima série de testes, ou onde se pudesse contemplar, em silêncio, os resultados? Se a arquitetura pode desmoralizar os pacientes - "contribuindo para um nervosismo extremo", como observou Keswick Jencks - não poderia ela também se mostrar restauradora? (ARCHDAILY, 2014).
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Maggie tinha a premissa de que os locais para o tratamento do câncer bem como seus
resultados poderiam ser fortemente maximizados em virtude de um bom projeto
arquitetônico, ela, através de suas experiências compreendeu a importante influência que um
espaço pode produzir em seu usuário. Seus últimos anos de vida foram dedicados ao
desenvolvimento de centros de cuidado com características completamente opostas a um
hospital, onde a arquitetura fosse vivenciada e sentida.
Após sua morte suas ideias foram concretizadas pelo seu esposo, o teórico historiador de
arquitetura Charles Jencks, que a mais de 20 anos vem desenvolvendo juntamente com
importantes arquitetos projetos inovadores e completamente desligados da tipologia
institucional de espaços de saúde proporcionando apoio gratuito para pacientes com câncer,
atualmente existem 17 centros construídos não se tratando de hospitais, mas sim locais de
apoio aos pacientes, como uma espécie de refúgio.
Já no Brasil um bom exemplo a ser citado se trata dos Hospitais de Reabilitação da Rede Sarah,
atualmente existem dez unidades espalhadas pelo Brasil, onde todos se tratam de obras
inovadoras, projetadas e construídas pelo arquiteto João Filgueiras Lima, mais conhecido como
Lelé (ARCHDAILY, 2012). A Rede Sarah é caracterizada por hospitais que integram natureza e
espaço construído, pois, acreditam que os ambientes, principalmente os hospitalares devem
satisfazer e estimular positivamente os pacientes auxiliando no processo da cura.
CONCLUSÃO
Diante do que foi mostrado, conclui-se inicialmente que um arquiteto deve-se ater não
somente a regras e técnicas construtivas, mas, dar total atenção ao fato de que suas decisões
projetuais acarretam impactos involuntários no usuário, pois, como foi visto a arquitetura
possui um poder direcionador do comportamento, dessa forma, faz-se necessário que o
mesmo compreenda os processos de percepção e cognição humanos, fatores iniciais para as
diretrizes construtivas.
Além disso, por se tratar de uma aplicação para um centro de tratamento de transtornos do
humor, é consideravelmente viável a busca pelo uso dos mecanismos sensoriais elucidados, é
preciso se ater a condição sensibilizada do paciente, buscando não apenas o estimulo da visão,
mas também, todos os seus sentidos de forma a se conectar e se sentir pertencente ao
ambiente em que se encontra.
Assim, é primordial a dedicação para o desenvolvimento de uma arquitetura que possa ser
sentida e não apenas vista, característica complementada com o conceito de humanização que
juntamente com a proposta da elaboração de projetos saudáveis onde o paciente é o centro
tem-se como resultado uma arquitetura “que fala”, atrai seu usuário e o convida para ficar.
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