Apresentação de Nossa Senhora no Templo
Texto – Internet – Música Ave Maria Kenny G. – Imagens – Google
Formatação – Altair Castro21/11/2014
A Apresentação é a festa estabelecida pela Igreja para consagrar a memória de um solene acontecimento na vida de Maria Santíssima, sendo Ela ainda criança.
Uma tradição constante, cuja origem remonta aos primeiros tempos do Cristianismo, nos informa que a Virgem Santíssima, aos três anos de idade, foi apresentada ao Templo de
Jerusalém, onde se consagrou em corpo e alma ao Senhor.
O Oriente foi o primeiro a celebrar tal festa, como atesta um tópico da constituição do Imperador Manuel Commeno, em 1143. Dois séculos mais tarde tal comemoração passou ao
Ocidente. O Papa Gregório XI introduziu-a no calendário romano, por volta de 1373.
A festa da Apresentação da Bem-aventurada Virgem Maria no Templo, além de celebrar esse episódio da vida de Nossa Senhora, visa recordar também todo o período que vai desde seu
nascimento até a Anunciação do Anjo.
Ao celebrá-la, a Igreja visa iluminar, tanto quanto possível, o silêncio existente na Sagrada Escritura a propósito do primeiro período da vida de Maria Santíssima.
Que espírito, tanto nos santos pais como na santa menina!
Que espetáculo para o céu e para os homens! O que encanta a Deus e lhe atrai a graça, em toda a plenitude edifica e enleva a todos que se ocupam deste mistério na vida de Nossa
Senhora. Poderá haver coisa mais bela que a piedade, o desprendimento completo no serviço do Senhor?
A vida de Maria Santíssima no templo foi a mais santa, a mais perfeita que se pode imaginar. O templo era a casa de Deus e na proximidade de Deus se sentia bem a bela alma em flor. “O passarinho acha casa para si e a rôla ninho nos altares do Senhor dos Exércitos, onde um dia é melhor que mil nas tendas dos pecadores” . Santo era o lugar onde Maria vivia. Era o
templo onde os antepassados tinham feito orações, celebrado as festas.
Era o templo onde se achava o santuário do Antigo testamento, a arca, o trono de Deus no meio do povo; era o templo afinal, de que as profecias diziam que o Messias nele devia
fazer entrada. Naquele templo a menina Maria rezava e se preparava para a grande missão que Deus lhe tinha reservado. “Como os olhos da serva nas mãos da Senhora, assim os olhos
de Maria estavam fitos no Senhor seu Deus”.
Segundo uma revelação com que Maria agraciou a Santa Isabel de Turíngia todas as orações feitas naquele tempo se lhe resumiram no seguinte: 1) alcançar as virtudes da humildade,
paciência e caridade; 2) conseguir amar e odiar tudo que a Deus tem amor ou ódio; 3) amar o próximo e tudo que lhe é caro; 4) a conservação da nação e do templo, a paz e a plenitude
das graças de Deus e 5) finalmente ver o Messias e poder servir a sua santa Mãe.
Maria era o modelo de obediência, amor e respeito para com os superiores de caridade e amabilidade para com as companheiras. Tinha o coração alheio à antipatia, à rixa, ao
azedume e ao amor próprio. Maria era uma menina humilde, despretensiosa e amante do trabalho. Com afã lia e estudava os Santos Livros. Assim foi santíssima a vida de Maria no templo.
O Divino Espírito Santo lapidou o coração e o espírito da esposa, mais do que qualquer outra criatura. Maria poderia aplicar a si as palavras contidas no Eclesiástico: “Quando ainda era
pequena, procurei a sabedoria na oração. Na entrada do templo instava por ela... Ela floresceu como uma nova temporã. Meu coração nela se alegrou e desde a mocidade procurei
seguir-lhe o rastro”.
É de admirar que Maria, assim amparada pelos cuidados humanos e divinos, progredisse de virtude em virtude? De Nosso Senhor o Evangelho constata diversas vezes esta circunstância. Como Jesus, também Maria cresceu em graça e sabedoria diante de Deus e dos homens. Este crescimento a Igreja contempla-o em imagens grandiosas traçadas no Livro do Eclesiástico:
“Sou exaltada qual cedro no Líbano, e qual cipreste no monte Sião.
Sou exaltada qual palma em Cedes e como rosais em Jericó. Qual oliveira especiosa nos campos e qual plátano, sou exaltada junto da água nas praças. Assim como o cinamomo e o bálsamo que difundem cheiro, exalei fragrância; como a mirra escolhida derramei odor de
suavidade na minha habitação; como uma vide, lancei flores de um agradável perfume e as minhas flores são frutos de honra e de honestidade”. Nunca houve mocidade tão santa e
esplendorosa como a de Maria Santíssima. Outra não poderia ser, devendo Maria preparar-se para a realização do mistério dos mistérios; da Encarnação do Verbo Eterno.
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