DESCOLA, Philippe. “II. Structures de l’Expérience”.
In.: Par de-là Nature et Culture. Paris: Gallimard,
2005.
“pesquisa das estruturas de enquadramento capazes de dar conta
da coerência e da regularidade das diversas maneiras com as quais os humanos vivem e percebem seu engajamento com o mundo (...)”
Esquematismo
“mundo vivido”
Immanuel KANT
“Estruturas sem conteúdo são vazias;
Experiências sem forma não tem
sentido”C. LÉVI-STRAUSS
Estruturalismo
Fenomenologia
Philippe DESCOLA
Edmund HUSSERL
Desafio do esquematismo
elaborar uma tipologia das relações possíveis com
o mundo e outrem, humano e não humano, e ao
mesmo tempo examinar suas compatibilidades e
incompatibilidades
SEM...
derivar em uma
generalidade tal, que não
permitiria apreender as
configurações culturais e
históricas particulares
dar tanta ênfase às
configurações culturais e
históricas particulares a
ponto de dificultar qualquer
empreendimento comparativo
Ruth BENEDICT, Patterns of
Culture. Pierre BOURDIEU, Habitus.
Um passo além de Lévi-Strauss?
Ponto de vista “astronômico” (p. 143); Lévi-Strauss era
mais um leitor de constelações do que um “fisiólogo”
da relação entre o inteligível e o empírico
Análise das estruturas inconscientes via
sua expressão em instituições sociais
(parentesco, p. ex.)
Lévi-Strauss: ênfase na parcela “codificada” da vida social
Descola: ênfase no “saber do familiar” (pré-linguístico, pré-
reflexivo, “apresentação imediata”)
“Sistemas codificadores”
“Sistemas integradores”
Como identificar (...) estes esquemas integradores, que imprimem sua marca
sobre as atitudes e práticas de uma coletividade, de modo que ela se ofereça ao
observador como imediatamente distintivo? (p. 154)
Andrés-George HAUDRICOURT, “Domestication des animaux,
culture des plantes et traitemant d’autrui” (1962)
Mérito pioneiro: identificar correspondências entre o
tratamento da natureza e o tratamento de outrem. Esta
identificação é feita no registro da homologia e não da
projeção.
Sistema
integrador
Esquemas Integradores
duas modalidades fundamentais de
estruturação da experiência
Identificação Relação
“Esquema geral através do qual eu estabeleço as
diferenças e as semelhanças entre eu e os existentes
para inferir analogias e contrastes entre a aparência,
o comportamento e as propriedades que eu imputo
a mim e a eles” (p. 162)
“a identificação é a capacidade de apreender e
distinguir certas continuidades e descontinuidades
dadas a nossa observação e prática em nosso
ambiente” (p. 168)
Edmund HUSSERL
Elementos da experiência pré-predicativa, que modulam a consciência do sujeito a respeito de si e da alteridade
Intencionalidade Corporeidade
Philippe DESCOLA
Interioridade Fisicalidade
“gama de propriedades reconhecidas em todos os
humanos (...) intencionalidade,
subjetividade, reflexividade, aptidão ao significado” (p.
168)
“forma exterior, substância, processos fisiológicos, perceptivos e sensório-motores (...) expressões
visíveis e tangíveis de um determinado ente” (p. 169)
As 4 Ontologias [matrizes estruturantes das diversas cosmologias possíveis]
Animismo: semelhança das interioridades, diferença das fisicalidades
Naturalismo: diferença das
interioridades, semelhança das
fisicalidades
Totemismo: semelhança das interioridades,
semelhança das fisicalidades
Analogismo: diferença das fisicalidades, diferença das interioridades
Ontologias “cruzadas” Ontologias “paralelas”
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo (1996), Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio.
Animismo e naturalismo:
Estruturas hierárquicas e metonímicas
Totemismo:Estrutura
metafórica e equipolente
Fisicalidade
Interioridade
Interioridade
Interioridade
Naturalismo
Exceção Humana
Interioridade
Fisicalidade
Fisicalidade
FisicalidadeFisicalidade
Animismo
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