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Glenda Q. Ramos1,2, Francy’s S. A. de Araújo3, Íria C. Rodrigues4, Wuelton M. Monteiro1,2, Stefanie C. P. Lopes1,2,3. 1 Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, Fundação de Medicina Tropical Drº Heitor Vieira Dourado, Universidade do Estado do Amazonas

2 Instituto de Pesquisa Clínica Carlos Borborema, Fundação de Medicina Tropical Drº Heitor Vieira Dourado.3 Instituto Leônidas & Maria Deane – Fiocruz Amazônia

. 4 Colônia Agostinho Cruz Marques, Centro de Entomologia, Fundação de Medicina Tropical Drº Heitor Vieira Dourado.

METODOLOGIA

O estudo foi realizado na FMT-HVD. Os pacientes que atendiam oscritérios de inclusão eram convidados a participar do estudo. Após aassinatura do TCLE, os pacientes foram alocados em dois grupos detratamento: Cloroquina (CQ) ou Cloroquina + Primaquina (CQ+PQ).

A malária é uma doença de caráter infeccioso e endêmico,causada pelo protozoário do gênero Plasmodium, o qual étransmitido pela picada do mosquito do gênero Anopheles. Desde2000, a implementação de medidas de controle resultaram emdiminuição dos casos de malária. No entanto, em 2017, houve umaumento no número de casos de malária estimados globalmente[1]. No Brasil, houve aumento de cerca de 48% de casosnotificados, sendo a Região Amazônica a mais afetada [2]. Diantedeste cenário, estratégias que visem ampliar as ações de controlee tratamento desta endemia são importantes e vem a somar comas já existentes. Desta forma, Este trabalho teve como objetivoavaliar o efeito da primaquina na infectividade do Anophelesaquasalis por P. vivax.

INTRODUÇÃO RESULTADOS

ANÁLISE DO EFEITO DA PRIMAQUINA NA INFECÇÃO DE Anopheles aquasalis POR Plasmodium vivax

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Para a realização dos experimentos foi utilizado um total de 2.058 fêmeas demosquitos An. aquasalis e 8 isolados de P. vivax obtidos de pacientes com maláriavivax, sendo 4 isolados inseridos no grupo de tratamento CQ e 4 isolados inseridos nogrupo de tratamento CQ+PQ.

tratamento: Cloroquina (CQ) ou Cloroquina + Primaquina (CQ+PQ).As amostras de sangue foram coletadas em dois tempos, antes doinício do tratamento (T0) e 2h após o início do tratamento (T1). Paraos ensaios de infectividade, foram utilizadas fêmeas de mosquitoAnopheles aquasalis obtidas da Colônia Agostinho Cruz Marques doCentro de Entomologia Médica da FMT-HVD. Foram utilizadas 100fêmeas (privadas de solução açucarada por 12h) para cada condiçãotestada (grupo de tratamento e tempo). Para a alimentação foramutilizadas amostras de sangue total ou sangue processado, sanguereconstituído a um hematócrito de 40% com soro AB não imune.Sete dias após a infecção, o intestino médio dos mosquitos foramdissecados e observados ao microscópio óptico para a contagem deoocistos. A taxa e intensidade da infecção foram analisadas peloprograma estatístico GraphPad Prism 5.0. Para todas as análises o pfoi considerado significativo quando p < 0,05.

REFERÊNCIAS

Figura 2. Taxa de infecção do grupo de tratamento Cloroquina. Média e desvio padrão da taxa de infecção de Plasmodium vivax em An. aquasalis de quatro experimentos

independentes. T0: tempo antes do início de tratamento; T1: 2 horas após o início do tratamento; ST: sangue total; SP: sangue processado. Asterisco (*) representa a diferença

significativa entre os grupos por teste Mann Whitney .

Figura 1. Fluxograma simplificado da metodologia

CONCLUSÃO

Nas análises, não houve diferenças significativas entre os tempos de tratamento nogrupo CQ. No entanto, foram observadas diferenças estatística na taxa de infecção (p =0,027 ) e intensidade da infecção (p < 0,0001) entre os tempos T0 e T1 no grupo detratamento com CQ+PQ quando alimentadas com as amostras de ST. Sattabongkot et al.mostrou uma redução de 35% na taxa infecção em mosquitos que receberamalimentação direta após o tratamento de 2h com cloroquina+primaquina [3]. Um estudorealizado por Pinilla et al. (2017) também mostrou que a taxa e intensidade da infecçãoreduziram significativamente após o tratamento com CQ+PQ em pacientes com maláriavivax [4].

A busca de novas estratégias de bloqueio de transmissão são essências para alcançar ameta de eliminação da malária. Em nossos estudos buscamos avaliar qual o efeito daprimaquina no bloqueio de transmissão em mosquitos An. aquasalis. De acordo com osresultados nós podemos observar que há uma diminuição na taxa de infecção quandotratado com primaquina, mostrando um possível efeito esporontocida.

[1] World Health Organization. Malaria World Report 2017.[2] Organización Panamericana de la Salud / Organización Mundial de la Salud. ActualizaciónEpidemiológica: Aumento de malaria en las Américas, 30 de enero de 2018, Washington, D.C.OPS/OMS. 2018.[3] Sattabongkot J, Maneechai N, Rosenberg R. Plasmodium vivax: gametocyte infectivity of naturallyinfected Thai adults. Parasitology. Parasitology. 1991; 102.[4] Pinilla YT, C. P. Lopes S, S. Sampaio V, Andrade FS, Melo GC, Orfanoà AS, et al. (2018)Promisingapproach to reducing Malaria transmission by ivermectin: Sporontocidal effect againstPlasmodium vivax in the South American vectors Anopheles aquasalis and Anopheles darling. PLoSNegl Trop DIS 12(2): E006221.