Apresentação Geral da Disciplina de Arte
Desde os primórdios dos tempos a arte está presente na vida da
humanidade, passada de geração em geração.
No entanto, um povo que não tem arte, não registra a sua passagem
no tempo, não guarda o seu valor, a sua lição de vida e não é criador de
linguagens. Os antigos egípcios, por exemplo, não mediram esforços em
registrar em grandes murais todo o seu cotidiano. E nós, o que fazemos?
Apontamos para a arte acusando – a de qualquer coisa ou coisa nenhuma,
sem utilidade?
A nova lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº
9394), aprovada em 20 de dezembro de 1996, estabelece em seu artigo
26, parágrafo 2º: “ O ensino da arte constituíra componente curricular
obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover
o desenvolvimento cultural dos alunos”.
Assim, a arte é importante na escola, principalmente porque é
importante fora dela. Por ser conhecimento constituído pelo homem
através dos tempos, a arte é um patrimônio cultural da humanidade e
todo ser humano tem direito ao acesso a esse saber.
Tratar a arte como conhecimento é o ponto fundamental e condição
indispensável para esse enfoque do ensino da arte.
Em muitas escolas, uma série de desvios comprometem o seu
ensino e ainda é comum as aulas de arte serem confundidas com lazer,
terapia,momento para fazer a decoração da escola, as festas, fazer o
presente do dia das mães...
O que se observa então é um círculo vicioso no qual um sistema
precário reforça o espaço pouco definido da Educação Artística com
relação as outras disciplinas do currículo escolar. Sem uma consciência
clara e fundamentação consciente da Educação Artística, o professor não
consegue formular um quadro de referências para a sua ação
pedagógica.
É necessário que o professor seja um “estudante” fascinado por
arte, pois só assim terá entusiasmo para ensinar e transmitir a seus
alunos a vontade de aprender. Nesse sentido um professor mobilizado
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para a aprendizagem contínua, em sua vida pessoal e profissional, saberá
ensinar essa postura a seus estudantes.
“O ser humano que não conhece arte tem uma experiência de
aprendizagem limitada, escapa – lhe a dimensão do sonho, da força
comunicativa, dos objetos à sua volta, da sonoridade instigante da poesia,
das criações musicais, das cores e formas, dos gestos e luzes que buscam
o sentido da vida”. (PCN, 1997:21)
Na verdade, para que os alunos possam apropriar – se de uma
linguagem e entenderem, dando sentido a ela, é preciso que aprendam a
operar com seus códigos. Do mesmo modo que existe na escola um
espaço destinado à alfabetização na linguagem das palavras e dos textos
orais e escritos, é preciso haver cuidado com a alfabetização nas
linguagens da arte.
É por meio delas que poderemos compreender o mundo das
culturas e o nosso em particular. Assim, mais fronteiras poderão ser
ultrapassadas pela compreensão e interpretação das formas sensíveis e
subjetivas que compõe a humanidade e sua multiculturalidade, ou seja, o
modo de integração em grupos étnicos e, em sentido Amplo entre
culturas.
Educar para a arte favorece o desenvolvimento do pensamento
artístico, caracterizando modos particulares de dar sentido às
experiências , sejam elas artísticas, culturais ou sociais. Compreender
arte envolve momentos de apreciar, fazer e conhecer a produção artística
da humanidade.
O Ensino de Arte, assim como toda a sociedade, passou por muitas
mudanças. Na verdade ainda se encontra num processo de reformulação,
e sempre estará, como a sociedade e o processo de criação das mais
diversas manifestações artísticas que se tem notícia.
Uma referência importante para a compreensão de arte no Brasil é
a Missão Artística Francesa trazida em 1816, por Dom João VI. Foi
criada, então a Academia Imperial de Belas – Artes , que após a
Proclamação da República, passou a ser chamada de Escola Nacional de
Belas – Artes. O ponto forte dessa escola era o desenho, com a
valorização da cópia fiel e a utilização de modelos europeus.
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O Brasil,principalmente em MG, vivia o Neoclassicismo trazido
pelos franceses é que foi assumido pelas elites. A arte adquire a
conotação de “luxo”, somente para uma classe privilegiada que
desvalorizava as manifestações artísticas que não seguiam esses padrões.
A partir dessa época temos uma história de ensino da arte com
ênfase no desenho, pautado por uma concepção de ensino autoritário,
centrada na valorização do produto. Ensinava a copiar modelos e o
objetivo do professor era que seus alunos tivessem boa coordenação
motora, precisão, aprendessem técnicas e dominassem o desenho técnico
ou geométrico.
O ensino da música teve pouca projeção nas escolas até mais ou
menos 1950, quando começou a fazer parte do currículo. Limitava- se a
aulas de solfejo, canto orfeônico e memorização dos hinos. Nessa mesma
época surgiram também algumas disciplinas como “artes domésticas”,
em cujas aulas os meninos executavam trabalhos em madeira com o uso
de serrote, serrinhas, martelo... e as meninas faziam tricô, bordado,
roupinhas de bebê...
Entre as décadas de 50 e 60, começou – se a notar a influência de
um movimento denominado Escola Nova, já presente na Europa e
Estados Unidos desde o final do século XIX. A influência da pedagogia
centrada no aluno, nas aulas de artes, direcionou o ensino para a livre
expressão e a valorização do processo de trabalho. O papel do professor
era dar oportunidade para que o aluno se expressasse de forma
espontânea. Esses princípios, na prática escolar, muitas vezes refletiam
uma concepção espontaneísta, centrada na valorização extrema do
processo sem preocupação com seus resultados.
Como todo processo artístico deveria “ brotar” do aluno, o conteúdo
dessas aulas era quase exclusivamente um “deixar fazer” que pouco
acrescentava ao aluno em termos de aprendizagem da arte.
Os processos de mudança do ensino da Arte tem – se dado
gradativamente. Na década de 80, começam a surgir as Associações de
Professores de Arte, criticando muitas dessas práticas anteriores.
É a partir daí que se começa a entender a Arte como objeto de
conhecimento, devendo ser tratada como tal dentro das escolas e no
mesmo patamar de igualdade que as outras áreas do currículo escolar.
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De fato, uma série de ideias levou o ensino de arte a ser mais e
mais desvalorizado e entendido como desvalorização das aulas “ditas”
mais sérias.
A arte é uma disciplina obrigatória nas escolas, conforme
determinação na LDB 9394/96. Cabe às equipes de educadores das
escolas realizar um trabalho de qualidade a fim de que crianças, jovens e
adultos gostem de aprender arte. Desse modo a disciplina de arte
alcançará funções importantíssimas como transformar, humanizar,
aproximar, poetizar, discutir, contrapor e informar.
Com ela, nós professores e alunos, podemos compreender, analisar
e interagir com toda a produção artística que temos direito, tornando –
nos conscientes e aptos ao exercício da cidadania, capazes de ter
autonomia intelectual e pensamento crítico.
Objetivos
O ensino da arte, deverá organizar-se de modo que ao final do
ensino fundamental e médio, os alunos sejam capaz de:
• Expressar e saber comunicar – se em artes
• Edificar uma relação de autoconfiança com a produção artística
pessoal, respeitando a própria produção e a dos colegas
• Compreender e saber identificar a arte como fato histórico,
contextualizado nas diversas culturas
• Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo,
investigando, indagando, exercitando a discussão, a sensibilidade,
argumentando e apreciando a arte de modo sensível
• Interagir com materiais, instrumentos e diferentes linguagens
artísticas (artes visuais, dança música e teatro)
• Possibilitar o conhecimento maior nas áreas: artes visuais, dança,
música e teatro, permitindo que o aluno tenha oportunidade de
conhecer expressar seu talento pessoal através de uma destas áreas
da Arte
• Permitir ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de
suas potencialidades, como elemento de auto – realização,
qualificando para o trabalho e preparo para o exercício consciente da
cidadania
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Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
1º Ano – Ensino Médio
Artes Visuais
Elementos Formais
• Ponto
• Linha
• Superfície
• Textura
• Volume
• Luz
• Cor
Composição
• Figurativa
• Abstrata
• Figura- fundo
• Bidimensional –tridimensional
• Gêneros
2. Música
Elementos Formais
• Altura
• Duração
• Timbre
• Intensidade
• Densidade
Composição
• Ritmo
• Melodia
• Harmonia
• Intervalo melódico
• Intervalo harmônico e técnicas
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3. Teatro
Elementos Formais
• Personagem
• Ação
• Espaço cênico
Composição
• Representação
• Sonoplastia/ iluminação
• Cenografia/ figurino
• Caracterização/ maquiagem
• Adereços
• Jogos teatrais
4. Dança
Elementos Formais
• Movimento Corporal
• Tempo
• Espaço
Composição
• Ponto de apoio
• Salto e queda
• Rotação
• Formação
• Deslocamento
Obs: os conteúdos serão trabalhados com base nos Movimentos e
Períodos do início da história da música, da dança, do teatro e das artes
plásticas até o século XIX.
Conteúdos /Conteúdos Estruturantes
2º Ano do Ensino Médio
1. Artes Visuais
Elementos Formais
• Ponto
• Linha
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• Superfície
• Textura
• Volume
• Luz
• Cor
Composição
• Bidimensional/ tridimensional
• Semelhanças
• Contrastes
• Ritmo visual
• Gêneros
• Técnicas
2. Música
Elementos Formais
• Altura
• Duração
• Timbre
• Intensidade
• Densidade
Composição
• Tonal
• Modal
• Improvisação
• Gêneros
• Técnicas
3.Teatro
Elementos Formais
• Personagem:
Expressões Corporais
Vocais, gestuais e faciais
• Espaço Cênico
Composição
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• Representação
• Sonoplastia/ iluminação
• Jogos teatrais
• Roteiro
• Enredo
• Gênero
• Técnicas
3. Dança
Elementos Formais
• Movimento Corporal
• Tempo
• Espaço
Composição
• Sonoplastia
• Coreografia
• Gêneros
• Técnicas
Obs: os conteúdos serão trabalhados com base nos Movimentos e
Períodos da história da Música, da Dança, do Teatro e das Artes Visuais,
desde o início do século XX até os dias atuais.
Metodologia
Ter acesso à arte, significa adquirir condições de compreender os
valores e significados humanos que estão presentes nos objetos
artísticos, pois para reconhecer e apreciar a arte não é suficiente olhar
um quadro ou colorir um desenho. Para atingir esta finalidade a
disciplina de artes adotou a Metodologia Triangular (sistematizada pela
professora doura Ana Mãe Barbosa), que defende a necessidade de se
trabalhar os conteúdos da área de arte com três eixos:
• Fazer artístico
• A leitura da imagem
• A história da arte
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A proposta metodológica triangular aplica- se à diferentes linguagens
artísticas que compõem o ensino de arte (artes visuais, dança, música e
teatro)
Fazer artístico
História da arte Leitura
Fazer artístico: o professor deve possibilitar, valorizar e orientar a
expressão artística dos alunos garantindo – lhes uma situação de
aprendizagem conectada com os valores e modos de produção artísticas
nos meios sócio- culturais.
É somente através do fazer que a criança pode descobrir
as possibilidades e limitações das linguagens expressivas, de
seus diferentes materiais e instrumentos para a
representação pessoal de suas vivências numa linguagem
plástica.
História da arte: contextualizar a obra de arte no tempo e explorar
suas circunstâncias. É mostrar que arte não está isolada do nosso
cotidiano e da nossa história pessoal da economia, da política e dos
padrões sociais que operam na sociedade.
Leitura de imagens: o professor deve oferecer subsídios estéticos ao
aluno para que possa valorizar e compreender a expressão e produção
artísticas de diferentes culturas. É desenvolver as habilidades de ver,
julgar e interpretar as qualidades das diferentes linguagens,
prazerosamente. É construir novos olhares.
Esse modo de trabalhar que poderá ser transformado e adequado às
diferentes realidades de cada turma, busca transformar atividades
“isoladas” das aulas de arte em ensinar o aluno a ver, criticar e
interpretar a realidade a fim de ampliar suas possibilidades de
apreciação e expressão artística.
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Avaliação
“É ponto de chegada e partida; é meio, começo, fim e reinício”
(GUERRA; PICOSQUE; MARTINS; 1998:142).
A avaliação tem de ser transparente, tanto para o educador quanto
para seus aprendizes. Numa avaliação em arte, todos participam,
discutindo regras e critérios tendo clareza dos pontos de chegada.
A função de avaliar não pode se basear apenas e tão somente no
gosto pessoal do professor, mas deve estar fundamentada em critérios
definidos e principalmente no processo pessoal de cada aluno.
Partindo dessa definição a avaliação acontecerá durante todo o
desenvolvimento das aulas, intermediando processos de ensinar,
aprender e avaliar. Não se trata de encontrar apenas expressões
numéricas para qualificar o que o aluno aprendeu ou não aprendeu, mas
de investigar como essa aprendizagem será significativa para a vida dos
alunos.
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Referências Bibliográficas
BARBOSA, A. M. Arte educação no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1995
CALABRIA, Carla Paula Bordi: MARTINS, Raquel Valle. Arte, história e produção. FTD
Enciclopédia Arte nos Séculos. Abril Cultural.
FEIST, Hildegard. Pequena viagem pelo mundo da Arte. Moderna
FLEITASD, Juliana; FLEITAS, Orlando. Arte e comunicação. FTD
FUSARI, M. F. R; FERRAZ, M. H. C. Arte na Educação Escolar. São Paulo. Cortez, 1993
GABRYELLE, Thayanne. A conquista da Arte. Brasil.
IAVELBERG, R. Para Gostar de aprender arte: sala de aula e formação de professores ARTMED, 2003
MARTINS, M. C; PICOSQUE, G; GUERRA, M. T. T. Didática do ensino de arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998
OLIVEIRA, Malaí Guedes. Hoje é dia de Arte. IBEP.
PCN: Parâmetros Curriculares Nacionais. V6 Brasília: MEC/SEF, 1997
SOUSA, Edgard Rodrigues. Desenho e pintura. Moderna
VASCONCELOS, Thelma, NOGUEIRA, Leonardo. Reviver nossa Arte. Scipione
VENEZIA, Mike. Mestre da Arte. Moderna .
XAVIER, Natália; AGNER, Albno. Viver com Arte. À tica.
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Apresentação Geral da Disciplina de Biologia
A Biologia é a Ciência que tem por objetivo fazer o estudo das
diferentes formas de vida existentes na Terra, compreender e valorizar os
mecanismos que regulam as atividades vitais dos seres vivos, seus
mecanismos evolutivos e a forma como se relacionam com o ambiente.
Desta forma, a Biologia procura contribuir para o desenvolvimento de
uma mentalidade de respeito pela vida e, conseqüentemente, para uma
integração cada vez maior do homem com a natureza.
O ensino da Biologia deve ser pautado em reflexões críticas, pois a
integração do homem com o ambiente, principalmente nas últimas
décadas, trouxe uma devastação muito grande, com altos índices de
poluição e extinção de muitas espécies. É preciso que haja uma
sensibilização de que os recursos naturais são esgotáveis e que, quando
estes se tornarem escassos a sobrevivência de todas as espécies fica
comprometida.
O ensino da Biologia deve, além de fornecer informações,
desenvolver competências e habilidades que permitam ao aluno lidar com
essas informações, analisá-las de forma crítica, procurando compreendê-
las e aplicá-las em seu cotidiano. Nesse contexto, é importante que o
educando saiba:
• Relacionar a degradação ambiental com os agravos à saúde
humana;
• Compreender a vida, do ponto de vista biológico, como fenômeno
que se manifesta de formas diversas, como sistema organizado e
integrado, que interage com o meio físico-químico por meio de um
ciclo de matéria e de um fluxo de energia;
• Compreender a diversificação das espécies como resultado de um
trabalho evolutivo, que inclui dimensões temporais e espaciais;
• Formular questões, diagnosticar e propor soluções para os
problemas reais, colocando em prática conceitos, procedimentos e
atitudes desenvolvidos no espaço escolar;
• Analisar as descobertas científicas, de que forma elas podem
contribuir para a melhoria na qualidade de vida do ser humano,
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identificando os aspectos positivos e/ ou negativos de cada
descoberta.
PÚBLICO-ALVO: PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO
Objetivos:
• Reconhecer a importância do estudo da Biologia, identificando as
características que diferencias os seres vivos e seus respectivos
níveis de organização;
• Compreender a composição química da célula, sua origem e
evolução;
• Descrever a forma e a função das organelas celulares,
relacionando-as aos processos metabólicos;
• Analisar o processo de respiração celular, destacando sua
importância na produção de energia pela célula;
• Demonstrar a importância da fotossíntese para a produção primária
de energia no planeta;
• Conhecer a composição do núcleo celular, as estruturas do DNA e
do RNA, bem como a influência no metabolismo celular;
• Diferenciar os tecidos animais, destacando a função que
desempenham no organismo vivo;
• Abordar o processo de reprodução humana, valorizando o
conhecimento sobre métodos anticoncepcionais e doenças
sexualmente transmissíveis.
• Descrever o ciclo dos elementos químicos, abordando efeito estufa,
destruição da camada de ozônio, chuva ácida e inversão térmica;
• Reconhecer os principais biomas naturais, suas localizações e
caracterizações em termos de fauna e flora locais.
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Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes:
MÊS CONTEÚDOS Fevereiro • Introdução ao estudo da Biologia;
• Características dos seres vivos (composição química,
organização celular, metabolismo, reprodução, etc.)
• Formas de vida (quanto à respiração, nutrição e
temperatura), Ramos da Biologia.
• Níveis de organização dos seres vivos. Março • Introdução à Ecologia: biosfera, ecossistemas,
populações e comunidades;
• Transferência de matéria e energia nos ecossistemas;
• Ciclos da matéria;
• Sucessão ecológica;Abril • Relações entre os seres vivos.
• Desequilíbrios ambientais: aquecimento global,
camada de ozônio, efeito estufa, inversão térmica,
camada de ozônio, poluição da água, ar e solo.
• Biomas Terrestres. Maio • Origem da Vida.
• Citologia: histórico celular e microscopia; aspectos
gerais das células (tamanho, formato, diferenças
entre procariontes e eucariontes);
• Composição Química da Célula: compostos orgânicos
(água e sais minerais) e inorgânicos (carboidratos,
lipídios, proteínas, ácidos nucléicos e vitaminas).Junho • Estrutura básica de uma célula eucariótica;
diferenças entre célula animal e vegetal.
• Envoltórios celulares: membrana plasmática e parede
celular;
• Transporte através da membrana (osmose, difusão
simples e facilitada, transporte ativo), endocitoses e
exocitoses.
• Citoplasma e suas organelas (citoesqueleto,
centríolos, cílios e flagelos, ribossomos, retículo
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endoplasmático, complexo golgiense, lisossomos e
vacúolos)Julho • Mitocôndria e respiração celular;
• Cloroplastos e fotossíntese;Agosto • O núcleo celular: DNA, gene, cromossomo,
duplicação do DNA, formação do RNA e síntese
protéica.
• Divisão celular – Mitose e MeioseSetembro • Reprodução: importância e tipos.
• Sistema reprodutor masculino: anatomia e fisiologia.
• Sistema reprodutor feminino: anatomia e fisiologia;
ciclo menstrual.Outubro • Métodos anticoncepcionais
• Doenças sexualmente transmissíveis – prevenção e
tratamento.
• Embriologia animal. Novembro • Tecido epitelial;
• Tecido conjuntivo: propriamente dito, adiposo,
cartilaginoso, ósseo, hematopeiético.Dezembro • Tecido Muscular
• Tecido Nervoso.
PÚBLICO-ALVO: SEGUNDO ANO DO ENSINO MÉDIO
Objetivos:
• Identificar os níveis de organização dos seres vivos;
• Reconhecer os cinco reinos da natureza e a importância da
classificação biológica;
• Descrever os aspectos morfofisiológicos dos vírus, bactérias, fungos
e protozoários;
• Abordar a importância econômica e biológica das algas;
• Sensibilizar quanto à importância das plantas e animais para a
manutenção da vida na Terra;
• Compreender modos de transmissão de doenças causadas por
fungos, bactérias, vírus e protozoários, bem como suas respectivas
medidas profiláticas;
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• Aprofundar conhecimentos em morfologia e fisiologia vegetal,
aplicando-os no cotidiano;
• Estudar os diferentes grupos de animais, abordando suas relações
com a espécie humana;
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes:
MÊS CONTEÚDOS Fevereiro • Classificação dos seres vivos
• Grupos taxonômicos e nomenclatura científica;
• Caracterização dos cinco reinos da naturezaMarço • Vírus: organização, principais doenças viróticas
(profilaxia e tratamento)
• Reino Monera: estrutura de uma bactéria,
importância econômica, biológica e medicinal;
principais doenças causadas por bactérias.Abril • Reino Fungi
• Reino ProtistaMaio • Reino Plantae: classificação (algas, briófitas,
pteridófitas, gminospermas e angiospermas)
• Organologia vegetal: raiz, caule, folha, flor, fruto
e semente.Junho • Fisiologia Vegetal
• Reino Animal – IntroduçãoAgosto • Reino Animal – Invertebrados:
• Poríferos;
• Cnidários;
• Platelmintos (teníase e cisticercose)Setembro • Nematelmintos (ascaridíase, amarelão, bicho-
geográfico)
• Anelídeos.
• MoluscosOutubro • Artrópodes
• Equinodermos
• Reino Animal – Vertebrados
• Peixes;Novembro • Anfíbios
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• RépteisDezembro • Aves
• Mamíferos
PUBLICO-ALVO: TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO
Objetivos:
• Reconhecer os principais conceitos aplicados em Genética;
• Conhecer e analisar as contribuições de Mendel para o estudo da
transmissão das características hereditárias;
• Compreender as leis de Mendel, identificando a importância destas;
• Analisar o cariótipo humano, relacionando-o às anomalias
genéticas;
• Aprofundar os conhecimentos em evolução das espécies, analisando
as teorias propostas;
• Demonstrar os processos fisiológicos que ocorrem no organismo
humano, consolidando a ideia de que o organismo funciona de
forma integrada para garantir sua homeostase;
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
MÊS CONTEÚDOS Fevereiro • Conceitos básicos em Genética (gene, fenótipo,
genótipo, homozigoto, heterozigoto, dominante,
recessivo, simbologia de genes, co-dominância,
herança intermediária e dominância completa).
• Primeira Lei de Mendel. Março • Cruzamento-teste, heredogramas
• Polialelia: herança da cor dos pêlos, Sistema ABO
e fator Rh, Transfusões sangüíneas. Abril • Noções de probabilidade;
• Segunda lei de Mendel.Maio • A herança do sexo;
• Interação gênica: epistasia, herança quantitativa
e pleitropia.
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Junho • Mapeamento genético;
• Engenharia genética, clonagem e trasngênicos;Julho • Evolução: Evidências da Evolução, Adaptação e
teorias Evolutivas, Lamarck e Darwin,
Neodarwinismo.Agosto • Fisiologia Humana: Sistema Nervoso;
• Sistema Sensorial;Setembro • Drogas e a saúde Humana
• Sistema endócrino;Outubro • Sistema digestório: tipos de nutrientes
encontrados nos alimentos, digestão.
• Sistema respiratório.Novembro • Sistema excretor;
• Sistema cardiovascular;Dezembro • Sistema locomotor.
Metodologia
O estudo da vida, em seus diferentes aspectos, deve considerar o
momentos histórico, social, político, econômico e cultural. Deve ainda
levar em consideração o caráter provisório da Ciência que, através de
pesquisas, revê e reelabora teorias constantemente.
Segundo Saviani (1997) e Gasparin (2002), os conteúdos da
disciplina devem apoiar-se numa prática pedagógica que se relacione à
realidade social do educando, através de problematizações que norteiem
a instrumentalização dos conteúdos, de forma a permitir uma
aproximação desses conteúdos à realidade dos educandos. Dessa forma,
diferentes recursos metodológicos serão utilizados para nortear a
assimilação dos conhecimentos. Entre eles, destacam-se:
• Aulas expositivas dialogadas;
• Utilização de recursos tais como cartazes, vídeos, revistas e
transparências;
• Resolução de exercícios propostos em sala;
• Confecção de histórias em quadrinhos e jogos educativos;
• Produções de textos, apresentações de seminários;
• Estudos dirigidos em grupo.
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Avaliação
O processo avaliativo deve considera a realidade do educando e
adotar uma prática emancipadora, proporcionando-lhe uma análise
crítica dos conteúdos de forma a torná-los aplicáveis ao seu cotidiano.
Dessa forma, faz-se necessária a utilização de recursos variados, de
forma a considerar as diferentes habilidades que o educando pode
desenvolver durante o processo de assimilação dos conhecimentos. Dessa
forma, serão aplicados os seguintes instrumentos avaliativos:
• Avaliações escritas, individuais e/ ou em dupla;
• Apresentação de seminários;
• Elaboração de jogos educativos e histórias em quadrinhos;
• Resolução de exercícios em sala;
• Confecção de cartazes e produção de textos.
Referências Bibliográficas
AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da
Biologia Moderna. São Paulo, Editora Moderna, 1997
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.
Campinas: Autores Associados, 2002.
GEWANDSZNAJDER, Fernando; LINHARES, Sérgio. Biologia – Série
Brasil. São paulo, Editora Ática, 2003.
JÚNIOR, César da Silva; SASSON, Sezar. Biologia. São Paulo, Editora
saraiva, 1998.
LAURENCE, J. Biologia. 1ªed. Nova Geração. São Paulo, 2005
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. São Paulo, Editora Ática, 2003.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações.
Campinas: Autores Associados, 1997.
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Apresentação Geral da disciplina de Educação Física
A prática da atividade física confunde-se com a história do próprio
homem. A história mostra que desde a pré-história os exercícios físicos
eram cultivados sob diversas formas (danças, corridas, jogos). Esta
situação perdurou por séculos, com pequenas modificações e ajustes em
cada época.
Sabemos que atualmente a Educação Física é o estudo do
movimento intencional e expressivo, manifestado por uma totalidade
corporal, queremos que as atividades expressivas, recreativas e
esportivas participem do processo de crescimento e desenvolvimento de
nossos alunos, em direção a sua auto-realização, integração e
transformação da realidade social.
Pretendemos que nossos alunos saibam da importância da
Educação Física, dentro da nossa sociedade atual, pois através das
diversas formas de movimentos (esportes, jogos e brincadeiras,
ginástica,lutas e danças ) vamos preparar nossas crianças contra os
efeitos negativos da vida moderna como: obesidade, sedentarismo,
mecanização, preconceitos, tabus.
Oportunizaremos a prática de atividades físicas que levam a um
maior desenvolvimento das valências físicas fundamentais (resistência,
velocidade, flexibilidade, força, agilidade), bem como os pressupostos do
movimento (ritmo, respiração, percepções, coordenação), promovendo
também o desenvolvimento dos aspectos intelectuais como raciocínio,
observação, concentração, compreensão além dos outros.
Temos a criança e o adolescente como indivíduo distinto com suas
possibilidades e limites próprios, diferenciando segundo sua maturidade
motora, sua capacidade de rendimento e seu interesse próprio, portanto
as atividades de Educação Física levarão em conta a maturidade e
habilidade individual de cada um.
Optamos por uma Educação Física em que a atividade intelectual e
a atividade corporal se harmonizem, desta forma preparando o aluno
para o seu relacionamento consigo mesmo, com o outro e com o mundo.
Pretendemos proporcionar a toda comunidade escolar ( alunos,
pais, professores, funcionários ), atividades complementares, tais como
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eventos esportivos, passeios, gincanas, festividades para que haja uma
maior integração e sociabilização na escola.
Primamos pela necessidade de manter atitudes higiênicas quanto
ao asseio corporal, vestimentas, não permitindo roupas e objetos
impróprios à prática de atividades físicas no decorrer das aulas, bem
como de prevenir acidentes.
Objetivos Gerais
Desenvolver nos educados a consciência do seu próprio corpo,
limites e necessidades, trabalhando a criança sempre como um todo,
estimulando o gosto pela prática da Educação Física.
Contribuir para o desenvolvimento integral do aluno, propondo
desafios a serem vencidos criando novas formas de movimentos e
exercitando sua criatividade durante todo o processo.
Estimular o desenvolvimento das capacidades mentais e
psicomotoras em geral, através de brincadeiras, brinquedos e jogos.
Conhecer a origem dos diferentes esportes e sua mudança na
história, bem como vivenciar os fundamentos básicos, táticos e regras.
Estimular a socialização, senso crítico e o espírito de equipe,
adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em
situações lúdicas e esportivas repudiando qualquer espécie de violência
ou exclusão.
Desenvolver a consciência corporal e participar de atividades
corporais, estabelecendo relações com seu próprio corpo, com os outros,
reconhecendo e respeitando as características físicas de si próprias e dos
outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais,
sociais ou culturais.
Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade das
manifestações de cultura corporal do Mundo e do Brasil, valorizando a
cultura afro-brasileira e percebendo-as como recurso valioso para
integração entre pessoas e entre diferentes grupos sociais, explorando a
expressão corporal e a criatividade.
Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando
hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais,
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relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde e de recuperação,
manutenção e melhoria da saúde coletiva.
Organizar e praticar atividades corporais lúdicas e desportivas
valorizando-as como recurso para usufruto do tempo disponível, bem
como ter a capacidade de alterar ou interferir nas regras convencionais,
com intuito de torná-las mais adequadas para o momento.
Conteúdos Estruturantes propostos para a Educação Física na
Educação Básica são os seguintes:
Esporte
Jogos e Brincadeiras
Dança
Ginástica
Lutas
Conteúdos Básicos propostos para a Educação Física na Educação
Básica são os seguintes:
Coletivos, Individuais e radicais.
Jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e cantigas de roda, jogos de
tabuleiro, jogos dramáticos e jogos cooperativos.
Danças folclóricas, danças de salão, danças de rua, danças criativas e
danças circulares.
Ginástica artística e olímpica, ginástica rítmica, ginástica de
condicionamento físico, ginástica circense e ginástica geral.
Lutas de aproximação, lutas que mantêm a distância, lutas com
instrumento mediador e capoeira.
Conteúdos Específicos propostos para a Educação Física na
Educação Básica conforme a realidade da escola são os seguintes:
Futebol, voleibol, basquetebol, handebol, futebol de salão, futevôlei.
Tênis de mesa, atletismo.
Queimada, peteca, corrida do saco, mãe pega, stop, bets, bulica.
22
Lenço atrás, dança da cadeira.
Dama, trilha, xadrez.
Dança das cadeiras cooperativas, salve-se com um abraço.
Quadrilha, dança de fitas.
Atividades de expressão corporal.
Alongamentos, ginástica localizada, ginástica aeróbica, pular corda.
Metodologia
A Educação Física é ministrada de forma que o aluno possa ampliar
sua visão de mundo por meio da cultura corporal, tem como objeto de
ensino relacionar o movimento humano ao cotidiano escolar em todas as
suas formas de manifestações culturais, políticas, históricas, econômicas
e sociais em que está inserido.
O conhecimento deve ser tratado metodologicamente de forma a
favorecer a compreensão dos princípios da lógica dialética materialista:
totalidade, mudança qualitativa e contradição. É organizado de modo a
ser compreendido como provisório, produzido historicamente e de forma
espiralada vai ampliando a referencia do aluno.
Assim os conteúdos devem oportunizar o desenvolvimento de uma
visão ampliada dos conhecimentos a serem apreendidos pelo aluno.
O conteúdo será apresentado e problematizado, desenvolvido e
refletido, serão tratados simultaneamente, o que muda são as referencias
e o aprofundamento do pensamento sobre eles, em cada fase amplia-se o
grau de complexidade
Incluir o estudo da lei 10.639/03 da História da África e dos
africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro
na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo
negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do
Brasil.
Explicitar a lei 9.795/99 da Educação Ambiental.
Aula expositiva e direcionamento nas leituras, reflexões, debates e
conclusão.
Pesquisas e apresentações.
Apresentação dinâmica dos textos.
23
Produção de texto crítico.
As aulas práticas e teóricas poderão ser ministradas na sala de aula,
informática, quadra, pátio e lugares afins, utilizando matérias de apoio
como texto, revistas, vídeos, TV pendrive, etc.
Avaliação
Devem ser levados em consideração a faixa etária do aluno e o grau
de esclarecimento que possuem. Esse processo de forma contínua poderá
revelar as alterações próprias das características desse momento de
aprendizagem. Abordagens que incluam os alunos como participantes
assíduos do processo avaliativo, pois além de estimular o
desenvolvimento da responsabilidade pelo próprio processo, creditando-
lhe maturidade, responsabilidade, também favorecerá uma maior
compreensão e localização desses alunos na construção do conhecimento.
Os conteúdos devem ser claros para que o aluno, através do senso
crítico aliado a necessidade de sentir-se reconhecido tornarão o processo
de avaliação mais significativo. Os conteúdos devem ser direcionados
para cada faixa etária onde o aluno tem por finalidade desfrutar de todos
os benefícios com o qual esteja sendo trabalhado.
Pretende-se avaliar se o aluno lê, compreende, interpreta, relaciona
e estabelece relações com o cotidiano. Critica e expressa idéias com
coerência. Trás conhecimento prévio sobre o assunto e se posiciona de
forma crítica. Consegue aprofundar-se no conhecimento dos limites e das
possibilidades do próprio corpo de forma a poder controlar algumas de
suas próprias posturas e atividades corporais com autonomia e valoriza-
las. Realiza as atividades, agindo de maneira cooperativa, e contribui com
os colegas na realização do trabalho em grupo, utilizando formas de
expressão que favoreçam as integrações grupais, adotando atitudes de
respeito mútuo, dignidade e solidariedade. Do mesmo modo se o aluno
organiza, interpreta as informações e pratica atividades da cultura
corporal de movimento, demonstrando capacidade de adaptá-las, tornado
mais adequadas ao movimento do grupo, a inclusão de todos.
A avaliação escolar é um processo contínuo que deve ocorrer-nos
mais diferentes momentos do trabalho. A verificação e a qualificação dos
24
resultados da aprendizagem no início, durante e no final das unidades
didáticas, visam sempre diagnosticar e superar dificuldades, corrigir
falhas e estimular os alunos a que continuem dedicando-se aos estudos.
Instrumentos e procedimentos de avaliação que o professor
poderá utilizar:
Sondagem das condições prévias dos alunos por meio de
conversação informal e didática, discussão dirigida. Ficha de observação
sobre a participação e contribuição no desenvolvimento de algumas
atividades de grupos. Relatórios de apreciação de um evento esportivo ou
de um espetáculo de danças onde determinados aspectos fossem
ressaltados. Fichas de avaliação do professor quanto à capacidade do
grupo e aplicar as regras de um determinado jogo, reconhecendo as
transgressões e atuando com autonomia. Ficha de observação do
interesse e participação do aluno sobre os diversos conteúdos. Avaliações
dissertativas ou objetivas. Pesquisas, seminários, trabalhos e
apresentações.
25
Referências Bibliográficas:
ANTUNES, Velso, Manual de técnicas de dinâmica de grupo de
sensibilização de ludopedagogia. – Petrópolis: Vozes, 1993.
ASSIS DE OLIVEIRA, Reinventando o esporte: possibilidades da
prática pedagógica. Campinas: Autores Associados. CBCE, 2001.
BARBOSA, Claudio de A. Educação Física escolar da alienação à
libertação. Vozes: Petrópolis, 1997.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes
Curriculares da Educação Básica, 2008.
COLTILL E WILMORE. Fisiologia do Esporte e do Exercício. São
Paulo. Manole.2 ed 2001.
FABIO SABA. Mexa-se Atividade Física, Saúde e Bem Estar. Editora
Phorte .São Paulo, 2008.
CAPARROZ,Francisco Eduardo. Entre a Educação Física BA Escola e
a Educação Física da Escola. Campinas. Autores Associados,2005.
BARRETO, Débora. Dança: ensino, sentidos e possibilidades na
escola. Campinas: Autores Associados, 2005.
LOPES, Maria da Glória. Jogos na educação: criar, fazer, jogar. São
Paulo. Cortez, 2001.
SILVA, Pedro Antonio. 3000 Exercícios e jogos para Educação Física
Escolar. Vol. 1,2 e 3. Rio de Janeiro. 2 Ed. Sprint, 2005.
26
Apresentação Geral da Disciplina de Filosofia
Todo ser humano tem ou deveria ter uma concepção de mundo,
uma linha de conduta moral e política e ser capaz de examinar sua
maneira de agir e pensar para mantê-la ou modificá-la. A maioria das
pessoas não se ocupa com os assuntos que interessam exclusivamente
aos especialistas de áreas diversas, mas o mesmo não acontece quando
o assunto é a filosofia. Isso porque, ainda que existam filósofos
especialistas, não se pode pensar em pessoa alguma que não seja de
certa forma filósofa empírica; porque o ser humano vive dando sentido
às coisas e, diante dos problemas apresentados pelo existir, tende para a
reflexão, a não ser que tenha sido artificialmente impedido de exercitá-
la.
O filósofo empírico se distingue do especialista porque “ o filósofo
profissional ou técnico não só pensa com maior rigor lógico, com maior
coerência, com maior espírito de sistema do que os outros homens, mas
conhece todas a história do pensamento. Sabe quais as razões do
desenvolvimento que o pensamento sofreu até ele e está em condições
de retomar os problemas a partir do ponto em que se encontram, após
terem sofrido a mais alta tentativa de solução.
Um curso de filosofia no nível médio não tem por objetivo principal
despertar futuros filósofos especialistas, mas dar condições para que
todos tenham a oportunidade de desenvolver a capacidade humana de
pensar, pensar bem, de pensar melhor, de forma coerente e crítica.
Justificando o ensino de filosofia para todos, recebemos a herança
fecunda do grupo social a quem pertencemos e que chamamos de senso
comum. Trata-se de um saber pouco crítico e superficial e voltado para a
solução imediata de problemas. Em outro momento recorremos ao
conhecimento empírico, por meio da qual é feita a crítica da herança
recebida. Temos o bom senso, resultado da elaboração coerente do
saber, e na explicitação das intenções conscientes dos indivíduos livres.
Cabe ao professor de filosofia auxiliar a passagem do sendo
comum ao bom senso, e desta para a consciência filosófica. Esse
processo não é automático, ao contrário, existem obstáculos. Basta
pensarmos na rigidez dos preconceitos, no arraigamento das
27
convicções, na sedução das certezas definitivas que nos levam ao
dogmatismo, ao fanatismo e à doutrinação. Ou lembrar do morno
conformismo das convenções e dos hábitos que muitas vezes nos
acomodam na alienação e nos tornam presas fáceis da ideologia. Por
isso ao trabalhar com os alunos as idéias e os textos dos filósofos, cuja
abordagem sobre o mundo é diferente daquela empreendida pelas
demais formas de saber (mito, religião, senso comum, ciência) oferece-
se condições para que o aluno lance outro olhar sobre o mundo e sobre
si mesmo.
Objetivos
Fazer o aluno:
- Apropriar-se de conhecimentos e modos discursivos específicos da
Filosofia.
- Compreender as configurações de pensamento, de sua constituição
histórica e de seu funcionamento interno, tendo em vista a
constituição de sistemas de referência.
- Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas
científicos, tecnológicos, éticos, políticos, sócio-culturais e vivenciais.
- Entender da reflexão crítica como processo sistemático e
interpretativo do pensamento.
- Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico:
apreensão e construção de conceitos, argumentação e
problematização.
- Desenvolver métodos e técnicas de leitura e análise de textos.
- Produzir textos analíticos e reflexivos.
- Desenvolver a discussão oral de modo sistemático.
- Adquirir e reutilizar (transferir) conhecimentos, conceitos e
procedimentos.
28
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
MITO E FILOSOFIA
- O nascimento da Filosofia
- O contexto histórico do surgimento da Filosofia
- O que é Filosofia?
- Definição e importância do mito na sociedade grega
- A passagem do pensamento mítico para o pensamento filosófico
- Mito e razão filosófica
- O mito hoje
- Os três tipos de conhecimentos: senso comum, filosófico e
científico
- A filosofia como exercício da ironia
TEORIA DO CONHECIMENTO
- O que é conhecimento?
- Como se dá conhecimento? Relação sujeito X objeto
- As fontes do conhecimento
- O problema do conhecimento para os gregos
- A origem da palavra Filosofia: Pitágoras
- O significado da palavra método
- Os métodos para alcançar o conhecimento
- O método cartesiano
- Racionalismo e Empirismo
ETICA
- O que é ser feliz
- A felicidade para os filósofos gregos
- A polis e a felicidade
- Como atingir a felicidade?
- Conceito de Ética e Moral
- Distinção de Ética e Moral
- Ética e Violência
- Valores: Afetividade: ( amor, amizade e paixão)
- Liberdade X determinismo
- A liberdade de Jean- Paul -Satre
29
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
FILOSOFIA POLÍTICA
- Definição e origem da Política
- O preconceito contra a política e a política de fato
- A origem da democracia
- A importância da política
- A democracia na esfera econômica, social, política e jurídica
- A política em Maquiavel
- Política e violência
- Política e cidadania
- O conceito de socialismo, liberalismo e capitalismo
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
- O que é ciência?
- Filosofia e ciência
- Senso comum e ciência
- O surgimento das ciências e a ciência moderna
- O mito do cientificismo( Comte)
ESTÉTICA
- Beleza
- A beleza na Idade Média
- A arte renascentista
- Gosto se discute?
- Gosto: questão cultural e histórica
- O que é arte?
- Arte: uma necessidade ou um fim?
- A arte e suas manifestações
- A arte no cinema, na publicidade e na televisão
Metodologia
A filosofia exerce um trabalho de pensamento por meio do qual se
faz a crítica do estabelecido, introduzindo por excelência o
questionamento e a dúvida em todos os setores do saber e agir
humanos. A filosofia supera o saber ingênuo e não-crítico ao
desacomodar os indivíduos do já feito e já sabido, ampliando os
30
horizontes para além da mentalidade cientificista, tecnocrática,
pragmática, imediatista, a fim de recuperar a dimensão humana, quando
alienada. Além disso, sua abordagem totalizante supera o saber
fragmentado e estabelece a interdisciplinaridade.
Dessa forma, a filosofia, ao buscar o fundamento do saber e do
agir, faz a crítica da cultura e se pronuncia como discurso contra
ideológico. Não é qualquer crítica, nem a crítica que apresenta um
conjunto de conteúdos verdadeiros que se oporia a um conjunto de
conteúdos falsos. Trata-se, pois de um processo que num primeiro
momento nega imediatamente o vivido para que, ao buscar sua gênese e
seus fundamentos possa transformá-lo em experiência compreendida.
Para desenvolver este processo o professor define-se como mediador
entre o aluno e o texto filosófico, pois estabelece ponte entre o aluno e a
cultura, uma vez que filosofar não se faz à margem de contexto histórico
no qual se insere.
Esse movimento se produz com rigor quando existem condições
para a análise, por meio de uma lógica mais coerente e pelo exercício
da argumentação, a fim de educar o aluno para a inteligibilidade e para
autonomia intelectual. A aula de filosofia abre espaço para a palavra,
para o conceito.
Hoje, com o imperialismo da imagem, da informação fragmentada
típica do mundo pós-moderno em que prevalece a mídia audiovisual, o
espaço do conceito deve ser preservado, como garantia de possibilidade
de reflexão e crítica.
A filosofia é importante no mundo em vertiginosa mutação. A cada
vez mais rapidamente mudam as profissões e as técnicas, a educação
requer flexibilidade e amplitude que nos distancie da visão do
especialista ocupado com seu mundo fechado. Daí o crescente interesse
pela filosofia, capaz de estabelecer a interdisciplinaridade.
Sem pretender fazer uma lista exaustiva, destacamos os principais
métodos usados pelo professor: expositivo, de reprodução, de aplicação
do conhecimento, de leitura e análise de texto, de produção de textos
etc. Cada um deles pressupõe os mais diversos procedimentos.
Pelo método expositivo o professor apresenta, de forma
sistemática, um conjunto de conhecimentos aos alunos, podendo
31
recorrer à tradicional exposição oral, à exposição escrita ou ainda a
algum recurso audiovisual. Embora o método expositivo tenha sido um
tanto desprezado devido ao uso excessivo na escola tradicional, figura
como recurso de grande relevância, desde que o professor garanta as
vantagens da síntese, sem os prejuízos da passividade do aluno.
Esse risco pode ser contornado com a complementação de outros
procedimentos, tais como a estimulação do diálogo, da interrogação, da
problematização das questões à medida que se procede à exposição,
desde que preservada a boa disciplina intelectual.
Ao usar o livro didático geralmente o professor começa
apresentando o assunto do capítulo que será lido posteriormente pelo
aluno. Nada impede que às vezes inverta o processo, pedindo a leitura
antecipada do texto. Esse procedimento torna a aula mais dinâmica,
porque as dúvidas e dificuldades apresentadas passam a ser o centro da
aula. No entanto, funciona mal quando apenas dois ou três fazem a
leitura e o restante da classe permanece alheio ao debate ou ainda
quando o texto apresenta grandes dificuldades.
Pelos métodos de Reprodução e de Aplicação do Conhecimento, o
professor prepara exercícios para verificar se o aluno assimilou as
informações novas, problemáticas. Os procedimentos são os mais
variados: argüição oral, provas, trabalhos em grupo, alguns verificando
apenas a reprodução, outros a aplicação, etc.
O método de Leitura e Análise de Texto oferece um caminho fértil
e indispensável à iniciação filosófica, primeiro porque, por meio do texto
original, se retoma a herança do já pensado e, segundo, porque
proporciona o exercício da reflexão pessoal e crítica.
O método de produção de texto completa o processo do ensinar
aprender que supõe a relação dialética professor / aluno. Todo o
processo do ensino da filosofia busca dar condições para a autonomia do
pensar, quando o estudante se torna capaz de produção pessoal. A
expressão por excelência dessa produção é a dissertação filosófica.
Outra forma possível de produção de textos se encontra nos
seminários, que supõem a apresentação oral de trabalho previamente
elaborado nas suas principais linhas e que, devidamente, serve apenas
como roteiro e não deve ser lido para a classe no momento da exposição.
32
Avaliação
O método não atingirá bem seus fins se o trabalho pedagógico não
der condições a um rápido e eficiente retorno sobre a produção teórica
do aluno. Daí a importância da avaliação.
Existem muitas controvérsias em torno da avaliação, desde o risco
de subjetividade, até a tentação do exercício de poder. Há também,
quem considere arbitrário fazer um julgamento, à medida que as
questões formuladas e temas discutidos não comportam resposta única,
admitindo divergências que não podem ser desprezadas.
Entretanto, o que importa na avaliação do trabalho filosófico não é
a concorrência dos argumentos do aluno com os do professor, mas o
adequado atendimento ao tema proposto, a devida coerência da
exposição, a clareza de ideias, a capacidade e riqueza de argumentação.
Não resta dúvida de que o esforço feito pelo aluno sob a
perspectiva de uma avaliação é salutar, levando o aluno a reorganizar e
sistematizar o que aprendeu.
Não se pode conceber a avaliação de forma isolada, pois não se
trata de algo estático, que ocorre num dado momento do processo
educacional. Não é meramente um procedimento técnico de controle da
aprendizagem. Freqüentemente, a avaliação desenvolvida na ação
pedagógica vem se caracterizando por se apoiar exclusivamente na
promoção e classificação. Avaliar é confundido com medir, e tão
somente com medir, privilegiando unilateralmente o produto observável,
mensurável e quantificável. A avaliação adquire o caráter de verificação
empírica, perde o seu caráter processual e se confunde com momentos
estanques de aplicação de instrumentos de medida e atribuição de
notas. É preciso, portanto, resgatar o caráter eminentemente
educacional da avaliação escolar.
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é,
ela não possui uma finalidade em si mesma, mas tem por função
subsidiar a até mesmo redirecionar o curso da ação do processo ensino
aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do resultado, que
educador e educando estão construindo coletivamente.
33
Avaliar é algo complexo, e parece que em filosofia isto se torna
ainda mais complexo. Não há como determinar objetivamente tal
habilidade. Mesmo porque não se trata de assimilar este ou aquele
conteúdo da história da filosofia ou do pensamento de algum filósofo. O
estilo reflexivo não é também uma técnica que se possa transmitir
mecanicamente.
Algumas sugestões poderão ajudar o trabalho de avaliação
em filosofia:
• é essencial que exista um profundo respeito pela pessoa e pelas
posições do aluno mesmo que o professor não concorde com eles;
• uma postura doutrinadora dogmática é inaceitável filosoficamente
falando, pois não há verdades absolutas, nem única filosofia, mas
várias correntes, vários pontos de vista;
• o que poderá ser levado em consideração é o trabalho concreto
com os conceitos, a capacidade em construir e avaliar proposições
e em detectar os princípios subjacentes aos temas e discursos;
• avaliar a capacidade dos alunos em reformular questões de
maneira organizada e estruturada, procedendo de forma
sistemática, com métodos determinados procurando raízes e
examinado as diversas dimensões do problema num todo
articulado. Através do exercício do estilo reflexivo nas aulas, nos
trabalhos de pesquisa, nas discussões, nas leituras de textos e
comentários escritos, o professor poderá ir avaliando o grau de
inteligibilidade alcançada pelos alunos, no sentido de diagnosticar
as dificuldades e intervir no processo para que possa atingir uma
maior qualidade de reflexão.
34
Referências Bibliográficas
CHAUI, Marilena. Filosofia. São Paulo: ed. Ática, 2002
ARANHA, Maria Lucia de Arruda & MARTINS, Maria Helena
Pires.Termos de Filosofia. São Paulo. Moderna, 2000.
WOLF, F. A invenção política, Im: A crise do Estado Nação. NOVAES, A
(org). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
Livro Público Didático do Estado.
35
Apresentação Geral da disciplina de Física
Física é a ciência que estuda os fenômenos naturais, especialmente
no que diz respeito as propriedades e interações da matéria e da energia.
Trata dos componentes fundamentais do Universo, as forças que eles
exercem e os resultados destas forças. O termo vem do grego φύσις
(physis), que significa natureza, pois nos seus primórdios ela estudava,
indistintamente, muitos aspectos do mundo natural [1 ,2].
Como ciência, faz uso do método científico e baseia-se
essencialmente na matemática e na lógica para a formulação de seus
conceitos. Sendo assim a disciplina de Física tem o Universo como seu
objeto de estudo, e propõem aos estudantes o estudo da natureza,
utilizando modelos elaborados pelo homem para entender e explicar a
natureza.
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE’s) [3] o ensino
da disciplina de Física deve estar focado em conteúdos e metodologias
capazes de levar os estudantes a uma reflexão sobre o mundo das
ciências, sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da
racionalidade científica. Ainda ela deve educar para cidadania e isso se
faz considerando a dimensão crítica do conhecimento científico sobre o
Universo e a não-neutralidade da produção desse conhecimento e o seu
comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos,
econômicos e culturais.
Desta forma espera-se que o ensino de Física, no ensino médio,
contribua para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita
ao indivíduo a interpretação critica dos fatos, fenômenos e processos
naturais. E que através do conhecimento ou do acesso ao conhecimento
os alunos sejam capazes de transformar a sociedade e compreendam
criticamente o contexto social e histórico [3].
E conforme [3] para tanto, é essencial que o conhecimento físico
seja explicitado como um processo histórico (os conteúdos devem ser
abordados de forma a mostrar aos alunos que eles foram construídos
historicamente), objeto de contínua transformação (não pronto e acabado
como os livros didáticos mostram) e associado às outras formas de
expressão e produção humanas (interdisciplinaridade).
36
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais [4] o ensino de
Física no Brasil tem-se realizado freqüentemente mediante a
apresentação de conceitos, leis e fórmulas, de forma desarticulada,
distanciados do mundo vivido pelos alunos e professores e não só, mas
também por isso, vazios de significado. Privilegia a teoria e a abstração,
desde o primeiro momento, em detrimento de um desenvolvimento
gradual da abstração que, pelo menos, parta da prática e de exemplos
concretos. Enfatiza a utilização de fórmulas, em situações artificiais,
desvinculando a linguagem matemática que essas fórmulas representam
de seu significado físico efetivo.
Ainda insiste na solução de exercícios repetitivos, pretendendo que
o aprendizado ocorra pela automatização ou memorização e não pela
construção do conhecimento. Sendo a Física apresentada ao aluno como
um produto acabado, fruto da genialidade de mentes como a de Galileu,
Newton ou Einstein, contribuindo para que os alunos concluam que não
resta mais nenhum problema significativo a resolver [4]
Mas segundo [3, 4] o que foi exposto acima não deve acontecer e
para que isso não ocorra o ensino de Física deve estar vinculado à
experiência cotidiana dos alunos, procurando apresentar a eles a Física
como um instrumento de melhor compreensão e atuação na realidade.
Um dos aspectos fundamentais no ensino de Física é conhecer como os
alunos percebem e compreendem o mundo físico. E a partir destes
conhecimentos é que devemos construir nosso ensino, e não somente se
basear em livros didáticos, mas se basear no cotidiano do aluno.
E conforme [3] o ensino de Física deve mostrar aos alunos como foi
a evolução histórica das idéias e conceitos físicos e que o conhecimento
cientifico é uma construção humana com significado histórico e social, e
deve ser evitado o ensino que privilegie apenas a memorização de
conceitos e definições excessivamente matematizados e tomados como
verdades absolutas, como coisas reais, e o enfoque conceitual deve ir
além da apresentação das equações matemáticas.
E sendo uma ciência experimental e o conhecimento científico uma
construção humana com significado histórico e social e também aberta a
influências externas como qualquer atividade social, devemos mostrar
aos alunos que a ciência (Física) não está pronta nem acabada e não é
37
absoluta. Mas revela ao aluno o quanto é penoso, lento, sinuoso e
violento o processo de evolução das idéias científicas.
Deste modo, conforme [3] o ensino de Física deve ir vai além da
mera compreensão do funcionamento dos aparatos tecnológicos ele deve
abordar os fenômenos físicos lembrando que suas ferramentas
conceituais são as de uma ciência em construção, porém com uma
respeitável consistência teórica. Sendo também importante ao aluno
compreender, a evolução dos sistemas físicos, suas aplicações e suas
influências na sociedade, destacando-se a não-neutralidade da produção
científica.
Desta forma é importante que a disciplina de Física faça parte do
currículo escolar, porque ela contribui para que o estudante reconstrua o
conhecimento historicamente produzido, o que se transformará em
ferramenta para que ele se subsidie como ser humano e futuro
profissional em uma sociedade em processo de globalização, tornando-o
um ser crítico, criativo e inteirado com a sociedade e as tecnologias a sua
volta e que o mesmo interage.
Fundamentos Teóricos- Metodológicos
Sendo o objeto de estudo desta ciência – o Universo – sua evolução
e suas transformações e as interações que nele ocorrem, segundo [3] a
disciplina de Física pode ser dividida em três campos de estudo:
- A mecânica e a gravitação, elaboradas por Newton em duas obras:
Pilosophiae naturalis principia mathematica (os Principia) e Opticks
(Óptica). Refere-se ao estudo dos movimentos (mecânica e gravitação)
presente nos trabalhos de Newton e desenvolvida posteriormente por
outros cientistas e centra-se nas leis do movimento dos corpos materiais,
sua descrição e suas causas.
- A termodinâmica, elaborada por autores como Mayer, Carnot, Joule,
Clausius, Kelvin, Helmholtz e outros. Iniciou-se a partir do estudo dos
fenômenos térmicos. Sendo o resultado da integração entre os estudos da
mecânica e do calor
- O eletromagnetismo, síntese elaborada por Maxwell a partir de
trabalhos de homens como Ampére e Faraday. Deu-se a partir do estudo
dos fenômenos elétricos e magnéticos. Sua elaboração deveu-se a
38
estudos de diversos cientistas, entre eles Ampère, Faraday e Lenz. E esse
conjunto teórico é conhecido como Física Clássica.
Como a ciência é uma produção cultural humana, sujeita ao
contexto de cada época, essas três grandes áreas sofreram muitas
modificações com o passar dos tempos, como exemplos no século XVI, a
Mecânica de Newton uniu os fenômenos celestes e terrestres, sendo que
suas Leis do Movimento englobaram a Estática, a Dinâmica e a
Astronomia, já no século XIX, os estudos da Termodinâmica, que tiveram
como ponto de partida as máquinas térmicas, unificam os conhecimentos
sobre gases, pressão, temperatura e calor, e ainda no século XIX,
Maxwell inclui a Óptica dentro da Teoria Eletromagnética, concluindo a
terceira grande sistematização da Física ao unir fenômenos elétricos
com os magnéticos e a óptica. Desta forma é muito importante que o
ensino seja fundamentado na História e na Epistemologia da Física,
sendo assim é possível estabelecer relações entre essa ciência e outros
campos do conhecimento, de modo que os estudantes percebam essas
relações [3].
Sendo a escola o local onde aos alunos adquirem conhecimento
cientifico, o ensino de Física deve-se considerar o conhecimento trazido
pelos estudantes, fruto de suas experiências de vida em suas relações
sociais. Interessam, em especial, as concepções alternativas
apresentadas pelos estudantes e que influenciam a aprendizagem de
conceitos do ponto de vista científico, respeitando seu contexto social e
suas concepções espontâneas a respeito da ciência sendo o professor um
mediador ou um “informante cientifico” e que, compartilhe com os alunos
significados e promova a aprendizagem [3]. Essa aprendizagem
significativa só acontecerá quando as novas informações adquirem
significado por interação com o conhecimento prévio do aluno e,
simultaneamente agregam significados adicionais, diferenciam,
modificam e enriquecem o conhecimento já existente.
O professor deve considerar o conhecimento trazido pelos
estudantes, e ao levar em conta esse conhecimento dos alunos o
professor deve considerar que a ciência atual rompe com o imediato, e
com o perceptível. E a aprendizagem será mais proveitosa quando existir
uma maior interação entre professor e aluno. Sendo o professor o
39
possuidor do conhecimento físico, deve ser o centro do trabalho
pedagógico, ajudando e auxiliando os alunos, sendo um sujeito
indispensável processo ensino - aprendizagem, segundo [3].
Os experimentos podem ser os pontos de partida para desenvolver
a compreensão de conceitos e para que os alunos percebam suas relações
com as ideias discutidas nas aulas. Propõe-se o uso de experimentos,
jogos e brinquedos inseridos na busca pedagógica do conhecimento
físico, a serviço do sujeito, proporcionando-lhe acesso ao conhecimento
[3]
A matemática não pode ser considerada um pré-requisito para
aprender Física, sempre que possível o professor deve evitar o
formalismo matemático, é necessário que os estudantes adquiram
conhecimento físico, dando a ênfase aos aspectos conceituais sem, no
entanto, descartar o formalismo matemático, mas nunca fazer o
contrário.
Currículo
Conforme [3] entende-se por conteúdos estruturantes os
conhecimentos e as teorias que hoje compõem os campos de estudo da
Física e servem de referência para a disciplina escolar. Esses conteúdos
são a base para a abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de
modo que o aluno entenda o objeto de estudo e o papel dessa disciplina
no Ensino Médio. Em cada conteúdo estruturante existem idéias,
conceitos e definições, princípios, leis e modelos físicos, que formam uma
teoria. Desses estruturantes saem os conteúdos que vão fazer parte da
proposta pedagógica curricular da escola.
Então o currículo deve ser composto de conteúdos básicos que são
os conhecimentos fundamentais para cada série, considerados
imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes, derivados
dos três estruturantes (Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo),
de forma a garantir uma cultura científica o mais abrangente possível, do
ponto de vista da Física.
Sendo a disciplina seriada (1 ano, 2 ano e 3 ano) o currículo fica
divido da seguinte maneira: no primeiro ano será abordado o conteúdo
40
estruturante movimento, no segundo ano será abordado os conteúdos
estruturante termodinâmica e eletromagnetismo (alguns tópicos) e no
terceiro ano será abordado e conteúdo estruturante eletromagnetismo.
Os conteúdos básicos abordados estão listados abaixo e
foram retirados da referência [3].
MOVIMENTO
-Conservação de quantidade de movimento.
-Leis de Newton e Gravitação.
-Energia e o Princípio da Conservação da energia.
TERMODINÂMICA
- Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, 1ª Lei da
Termodinâmica, 2ª Lei da Termodinâmica.
ELETROMAGNETISMO
- Carga elétrica.
- Corrente elétrica.
- Campo e ondas eletromagnéticas.
- Força eletromagnética.
- Lei de Coulomb.
- A natureza da luz e suas propriedades.
Encaminhamentos Metodológicos
Conforme já foi exposto é de extrema importância que o processo
pedagógico, na disciplina de Física, tenha início com o conhecimento
prévio dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas ou
concepções espontâneas. No seu dia – dia os alunos desenvolvem suas
concepções espontâneas sobre os fenômenos físicos, na interação com os
diversos objetos no seu espaço de convivência e as traz para a escola
41
quando inicia seu processo de aprendizagem. Já a concepção científica
envolve um saber socialmente construído e sistematizada sendo a escola
o lugar onde se lida com esse conhecimento científico, historicamente
produzido.
O docente deve criar situações de ensino que propiciem um
distanciamento crítico do estudante ao se defrontar com o conhecimento
que ele já possui e, ao mesmo tempo, apresentar uma alternativa,
mostrando que o conhecimento científico pode ser útil e os estudantes
devem ser capaz de compreender que o conhecimento que eles trazem
não é definitivo, não se constitui numa verdade pronta e acabada. E para
que ocorra uma aprendizagem significativa, e muito importante que o
professor desempenhe a função de “informante científico” [3], fazendo a
ponte entre o conhecimento cientifico e o conhecimento prévio do aluno.
Para que se obtenha uma aprendizagem satisfatória e professor
consiga fazer a “ponte” entre o conhecimento cientifico e o conhecimento
prévio do aluno, podem ser utilizados diversos recursos metodológicos. A
referência [3] cita: livros didáticos, laboratório de informática (internet) e
a TV pen drive, sendo consideradas importantes ferramentas pedagógica
a serviço do professor. Outra ferramenta muito importante também
citada em [3] e a pesquisa como parte integrante do processo educativo e
não deve ser deixada de lado. O uso de modelos para descrever
fenômenos físicos, o uso da história da Física, a experimentação, leituras
cientificas e o uso de tecnologias, se mostram ferramentas interessantes
para serem utilizadas pelo professor em suas aulas.
A TV pendrive é um bom exemplo onde o uso de tecnologias pode
enriquecer as aulas. Ela pode ser utilizada da mesma forma que o quadro
e o giz, com um diferencial, permitindo que o conteúdo seja trabalhado
de uma forma mais dinâmica, com o uso de slides e vídeos. Também pode
ser uma ótima ferramenta para que o aluno possa melhorar as suas
apresentações de trabalhos e seminários.
A informática e a biblioteca disponível na escola podem ser
utilizadas para a pesquisa. Nas aulas a informática sempre que possível
será utilizada pelos alunos para pesquisas direcionadas pelo professor. O
livro didático é excelente ferramenta a serviço do professor e do aluno,
porque facilita tanto a vida do estudante que não necessita copiar o
42
conteúdo do quadro, como a do educador que não necessita utilizar tanto
tempo passando no quadro. Com isso as aulas podem se tornar mais
proveitosas, já que sobra mais tempo para o professor explicar os
conteúdos e acompanhar os alunos nas suas possíveis dúvidas.
A experimentação pode ser utilizada para melhorar o aprendizado
do aluno, porque pode ser utilizada em situações simples que focalizam a
mera verificação de leis e teorias, até situações mais elaboradas que
privilegiam as condições para os alunos refletirem e reverem suas idéias
a respeito dos fenômenos e conceitos abordados. Podendo assim atingir
um nível de aprendizado que lhes permita efetuar uma reestruturação de
seus modelos explicativos dos fenômenos [5].
Avaliação
Segundo [3], a avaliação é um instrumento tanto para que o
professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho com os
conteúdos escolares, quanto para o desenvolvimento das outras etapas do
processo educativo. Já segundo [6] a avaliação tem como dimensão de
análise o desempenho do aluno, do professor e de toda a situação de
ensino que se realiza no contexto escolar e sua principal função é
subsidiar o professor, a equipe escolar e o próprio sistema no
aperfeiçoamento do ensino.
Também fornece informações que possibilitam tomar decisões
sobre quais recursos educacionais devem ser organizados quando se quer
tomar o ensino mais efetivo, sendo uma pratica valiosa na qual o
desempenho do professor e outros recursos devem ser modificados para
favorecer o cumprimento dos objetivos previstos e assumidos
coletivamente na escola [6]. Podendo, além disso, ser comparada com um
remédio, assim como os remédios, tem propriedades que pode produzir
reações adversas e efeitos colaterais. E ainda mais: que devem ser
tomadas precauções ao utilizá-la, e que existem indicações e contra-
indicações, assim como há uma maneira correta de ser utilizada
(posologia) [6].
Apesar do sistema de registro da vida escolar do estudante esteja
centrado em uma nota para sua aprovação, a avaliação deve ser uma
43
ferramenta que auxilie o serviço do professor e da aprendizagem dos
alunos. A sua finalidade e contribuir para o crescimento da vida escolar
do aluno, sendo um instrumento para intervir no processo de
aprendizagem do estudante. Desta forma, a avaliação proporciona
informações para que tanto o estudante quanto o educador acompanhem
o processo de ensino-aprendizagem [3].
Segundo [3] existem alguns critérios na avaliação de Física que
devem ser verificados:
• A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de
ensino e aprendizagem planejada.
• A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos.
• A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos.
• A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os
conceitos, as leis e as teorias Físicas sobre um experimento ou qualquer
outro evento que envolva os conhecimentos da Física.
Os instrumentos de avaliação utilizados serão os mais variados
possíveis (seminários, resolução de problemas com consulta, avaliação
sem consulta, relatório de atividades praticas desenvolvidas, pesquisas
diversas, etc, seminários e apresentações de temas, feira de ciências) que
sejam capazes de oportunizar a construção do conhecimento pelos
estudantes e desempenhar seu papel na democratização deste
conhecimento.
Com a avaliação espera-se que o aluno adquira certo conhecimento
e na referência [3] página 93 em diante pode ser encontrado o que se
espera do aluno após a avaliação de cada conteúdo básico.
Como já foi dito vários instrumentos podem ser utilizados na
avaliação, mas como foi adotado em nossa escola o sistema de blocos de
avaliação a cada bimestre, ficou definido que em cada bimestre deve
haver pelo menos uma avaliação formal no valor de 60 % da nota
(avaliação sem consulta, individual), ficando o restante (40%) a critério
do professor.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) [7] é obrigatório a
recuperação de estudos para os alunos com baixo rendimento, de
preferência paralelos ao período letivo. Desta forma A LDB deixa claro
que caso o aluno não atinja 60 % da nota (baixo rendimento), deve ser
44
feita uma retomada de conteúdos e o aluno deve ser submetido a uma
nova avaliação (recuperação), PODENDO ser paralela.
Então sem contrariar a referencia [7] a recuperação será de
conteúdos e não de instrumentos avaliativos, e se dará na forma de
blocos de conteúdos. Caso o aluno na somatória das suas notas ao final
do bimestre não atinja 60 % da nota, será proporcionado a ela a
retomada dos principais conteúdos trabalhados no bimestre. E após isso
ele será submetido a uma nova avaliação (recuperação), a qual terá o
valor integral da nota avaliada no bimestre, e será considerada a maior
nota.
Referências Bibliográficas
[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADsica
[2] http://www.fisica.net/historia/o_que_e_a_fisica.php
[3] Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCE’s)
[4] PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCN’s).
[5].Atividades experimentais no ensino de física: diferentes enfoques,
diferentes finalidades. Revista Brasileira de Ensino de Física. vol.
25 no.2 São Paulo June 2003.
[6] AVALIAÇÃO ESCOLAR LIMITES E POSSIBILIDADES CLARILZA
PRADO DE SOUZA - Professora do Programa de Pós-graduação em
Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP.
[7] Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9.394, de 20
de dezembro de 1996.
45
Apresentação geral da disciplina de Geografia
Geografia é o estudo científico da superfície da Terra com o
objetivo de analisar a variação espacial de fenômenos físicos, biológicos e
humanos que acontecem no globo terrestre.
É muito antiga a preocupação do homem em conhecer o meio no
qual se desenrola sua vida, algumas vezes por curiosidade, outras com
fins econômicos ou políticos. A abordagem sistemática do conhecimento
da Terra é precisamente o objetivo da Geografia, disciplina cujo
nascimento pode ser situado na própria origem do homem, embora só
tenha alcançado a categoria de ciência com o florescimento da civilização
grega.
A área habitável da superfície terrestre apresenta várias
características, das quais uma das mais importantes é a complexa
interação dos elementos físicos, biológicos e humanos, como relevo,
clima, água, solo, vegetação, agricultura e urbanização. Outra
característica é a grande variabilidade do ambiente de um lugar para
outro, dos trópicos às frias regiões polares, de áridos desertos a úmidas
florestas equatoriais, de vastas planícies a montanhas escarpadas, de
superfícies geladas e desabitadas a metrópoles densamente povoadas.
Outra característica ainda é a regularidade com que se registram
determinados fenômenos, como os climáticos, o que permite
generalizações sobre sua distribuição espacial. Os exemplos mais óbvios
são as medidas de temperatura e precipitação, principais elementos
climáticos para a agropecuária e outras atividades humanas. A Geografia
se preocupa particularmente com a localização espacial (especialmente
com a relação entre a sociedade e a terra, da mesma forma que a
ecologia e afinidades), com a regionalização e com a distribuição das
áreas. Pesquisa a respeito dos lugares onde as pessoas vivem, sobre a
superfície da Terra e os fatores (ambientais, culturais, econômicos
recursos naturais) que influem nessa distribuição. Tenta responder a
questão e a possibilidade de reconhecer uma região sobre a qual vive
uma população, meio de vida, cultura e relações que ocorrem entre os
diferentes lugares.
46
Os primeiros registros de conhecimentos geográficos se encontram
em relatos de viajantes, como o grego Heródoto, no século V a.C. A
percepção dos gregos sobre a Terra era bastante avançada, e filósofos
como Pitágoras e Aristóteles acreditavam que ela tinha a forma esférica.
No século III a.C., Erastóstenes de Cirene, na Geographica, primeira obra
a usar a palavra geografia no título, calculou a circunferência da Terra.
Posteriormente, o geógrafo e historiador grego Strabo compilou todo o
conhecimento clássico sobre geografia numa obra de 17 volumes sobre a
época de Cristo, que se tornou a única referência sobre obras gregas e
romanas desaparecidas. Outra importante contribuição, apesar dos erros
que seus estudos apresentavam, foi a do astrônomo e geógrafo Ptolomeu,
do século II da era cristã.
Com a queda do Império Romano no Ocidente, o conhecimento
geográfico greco-romano perdeu-se na Europa, mas, durante os séculos
XI e XII foi preservado, revisto e ampliado por geógrafos árabes. As
adições e correções que estes fizeram, no entanto, foram ignoradas pelos
pensadores europeus que, na época das cruzadas, retomaram as
primeiras teorias. Assim, os erros de Ptolomeu se perpetuaram no
Ocidente até que as viagens realizadas dos séculos XV e XVI começaram
a reabastecer a Europa de informações mais detalhadas e precisas sobre
o resto do mundo. Em 1570, o cartógrafo flamengo Abraham Ortelius
organizou vários mapas sob a forma de livro, no primeiro Atlas de que se
tem notícia.
Durante a Idade Média, devido à influência do poder político e da
Igreja muitos conhecimentos geográficos foram abandonados. De acordo
com Andrade (1987, p.34).
Os monges e os doutores da Igreja procuram desenvolver a
fé, sobretudo quando ameaçada pela expansão muçulmana, e
adaptar todas as idéias e concepções aos ensinamentos
bíblicos. Surgiram da interpretação do texto da Bíblia,
dúvidas e contestações à idéia de esfericidade da Terra,
procurando-se justificar outras formas para o planeta que não
contrariassem a interpretação do livro sagrado. (...) A idéia de
que a Terra era um disco se generalizou e tornou-se para a
47
Igreja de então uma verdade que não podia ser contrariada,
conforma os ensinamentos dos sábios e santos. Só com a
difusão das idéias de Aristóteles, após o século XII, é que se
voltou a admitir, não sem grandes riscos, a esfericidade do
planeta.
Somente após o século XII as questões cartográficas voltaram a ser
discutidas, pois os mercadores precisavam representar o espaço com
detalhes para registrar as rotas marítimas, a localização e distâncias dos
continentes. A partir de então a questão da distribuição das terras e das
águas tornou-se, cada vez mais, pauta de discussões e de pesquisas que
alcançaram e ultrapassaram o contexto das Grandes Navegações. Desde
então, a partir do século XVI, as expedições terrestres passaram a
descrever e representar detalhadamente os espaços como rios, lagos,
montanhas, desertos, planícies e também as relações homem-natureza
em sociedades distintas e desconhecidas até aquele momento, com
levantamento de dados sobre os territórios coloniais, suas riquezas
naturais e aspectos humanos.
Nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam
explicar questões referentes ao espaço e à sociedade os saberes
geográficos passaram a ser evidenciados. Temas como comércio, formas
de poder, organização do estado, produtividade natural do solo, recursos
minerais, crescimento populacional, formas de representação de
territórios eram preocupações dos grandes impérios coloniais. Porém, até
o século XIX não havia sistematização da produção geográfica. Os
estudos relativos a este campo do conhecimento estavam dispersos em
obras diversas, desde literárias até relatórios administrativos e por isso,
“os temas geográficos estavam legitimados como questões relevantes,
sobre as quais cabia dirigir indagações científicas” (MORAES, 1987, p.
41).
O ensino de Geografia no Brasil, junto ao processo de
reformulação do ensino de um modo geral, vem passando, desde meados
da década de noventa, por reconfigurações. A história do ensino de
Geografia tem se caracterizado por uma longa trajetória de confrontos e
disputas entre intelectuais e políticos encarregados da organização e
48
institucionalização do saber escolar. Mas, esta não é uma característica
somente da Geografia, outras disciplinas escolares são marcadas por
estes conflitos.
Durante o século XIX, foram criadas diversas sociedades
geográficas, que tinham apoio dos Estados colonizadores como
Inglaterra, França e Prússia que, mais tarde, viria ser a atual Alemanha.
Estas sociedades tinham como objetivo a exploração de outros
continentes e organizavam expedições científicas para a áfrica, Ásia e
América do Sul, procurando conhecer as condições naturais dos mesmos.
Devido a estas pesquisas surgiram as escolas nacionais de pensamento
geográfico, destacadamente a alemã e a francesa.
O pensamento geográfico, da escola alemã, teve como precursores
Humboldt (1769-1859) e Ritter (1779-1859), mas coube a Ratzel (1844-
1904) destaque como fundador da geografia sistematizada,
institucionalizada e considerada científica. O pensamento geográfico da
escola francesa, por sua vez, teve como principal representante Vidal de
La Blache (1845-1918).
A produção teórica destas duas escolas marca a dicotomia
sociedade-natureza e o determinismo geográfico que justificou o avanço
neo-colonialista dos impérios europeus na conquista de territórios da
África e da Ásia. Para Ratzel e a escola alemã.predominava o
determinismo geográfico, ou seja, segundo ele a pessoa é determinada
pelo meio, se está na miséria , deve morrer na miséria. Ratzel não
considerava a inteligência como um meio de transformação. Vidal de La
Blache tinha outra visão. Na escola Francesa predominava o possibilismo
geográfico, ou seja, não é o fato de estar na miséria que o sujeito não
pode mudar esta situação. Segundo ele a inteligência e a capacidade de
cada ser humano pode sim mudar o meio em que vive. Para Vidal de La
Blache e a escola francesa, a relação sociedade-natureza criava um
gênero de vida, próprio de uma determinada sociedade. Em sua teoria, o
homem, ao ocupar os.
(...) vários pontos da superfície terrestre, em cada lugar se adaptou
ao meio que o envolvia, criando no relacionamento constante e
cumulativo com a natureza, um acervo de técnicas, hábitos, usos e
49
costumes, que lhe permitiram utilizar os recursos disponíveis. Este
conjunto de técnicas e costumes, construído e passado socialmente,
(...) exprimiria uma relação entre a população e os recursos, uma
situação de equilíbrio, construída historicamente pelas sociedades.
A diversidade dos meios explicaria a diversidade dos gêneros de
vida (MORAES, 1987, p.69).
O contato entre diferentes gêneros de vida seria um elemento
fundamental para o progresso humano, pois, para Vidal de La Blache,
esse contato oportunizava verdadeiras oficinas de civilização. Estes
argumentos, embora diferentes dos da Geografia Alemã, porém da
mesma forma, justificavam a colonização dos povos que construíram
gêneros de vida muito simples, fortalecendo a idéia de missão
civilizadora européia (MORAES, 1987).
Enquanto na Europa em alguns países a Ciência Geográfica já se
encontrava sistematizada e presente nas universidades desde o século
XIX, no Brasil, isso só aconteceu mais tarde.
Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná as idéias
geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no século XIX
e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras. No Ensino
Médio, o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, teve sua estrutura curricular
definida pelo artigo 3º do decreto de 02 de dezembro de 1837, que
previa, como um dos conteúdos contemplados, os chamados princípios de
geografia que tinha como objetivo enfatizar a descrição do território, sua
dimensão e suas belezas naturais (VLACH, 2004).
A institucionalização da Geografia no Brasil, no entanto, se
consolidou apenas a partir da década de 1930. Nesse contexto, as
pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o ambiente
físico nacional com o objetivo de servir aos interesses políticos do Estado
na perspectiva do nacionalismo econômico. Para efetivar as ações
relacionadas com aqueles objetivos, tais como a exploração mineral, o
desenvolvimento da indústria de base e as políticas sociais, fazia-se
necessário um levantamento de dados demográficos e informações
detalhadas sobre os recursos naturais do país.
50
Essa forma de abordagem do conhecimento geográfico perpetuou-
se por boa parte do século XX, caracterizando-se, na escola, pelo caráter
decorativo/enciclopedista, focado na descrição do espaço, na formação e
fortalecimento do nacionalismo, tendo um papel significativo na
consolidação do Estado Nacional brasileiro, principalmente nos períodos
de governos autoritários. Essa corrente teórica e metodológica é
conhecida como Geografia Tradicional.
As transformações históricas relacionadas aos modos de produção,
após a Segunda Guerra Mundial, trouxeram mudanças políticas,
econômicas, sociais e culturais na Ordem Mundial que interferiram no
pensamento geográfico sob diversos aspectos. Essas transformações
ocorreram cada vez mais intensamente ao longo da segunda metade do
século XX e originaram novos enfoques para a análise do espaço
geográfico, além de reformulações no campo temático da Geografia.
Do ponto de vista econômico e político, a internacionalização da
economia e a instalação das empresas multinacionais em vários países do
mundo alteraram as relações de produção e consumo, trazendo para as
discussões geográficas assuntos ligados a: a) à degradação da natureza
em relação à intensa exploração dos recursos naturais e suas
conseqüências para o equilíbrio ambiental no planeta; b) às
desigualdades e injustiças da produção e organização do espaço
geográfico no modo capitalista de produção em relação à experiência de
organização sócio-espacial do socialismo como uma das realidades
geográficas do mundo bipolarizado e: c) às questões culturais e
demográficas mundiais afetadas pela internacionalização da economia e
pelas relações econômicas e políticas de dependência materializadas,
cada vez mais, nos espaços geográficos dos diferentes países.
Assim, as mudanças que marcaram o período histórico do pós
Segunda Guerra Mundial desencadearam tanto reformulações teóricas na
Geografia, quanto o desenvolvimento de novas abordagens para os
campos de estudo desta ciência. No Brasil, o percurso dessas mudanças
foi afetado pelas tensões políticas dos anos 60, que levaram a
modificações no ensino de Geografia e na organização curricular da
escola.
51
O golpe militar de 1964 provocou mudanças substanciais em todos
os setores sociais, inclusive no âmbito educacional, pois para todas as
reordenações econômicas e políticas são necessárias adequações da
educação aos novos moldes vigentes. Essa adequação teve como marco o
acordo, conhecido como MEC/USAID (Acordo do Ministério da Educação
e Cultura/United Stades Agency International for Development), que
implicou em reformas na educação universitária pela lei 5540/68 e no
ensino de 1º e 2º Graus pela lei 5692/71 (PENTEADO, 1994). Essas leis
tinham por finalidade adequar a educação a crescente necessidade de
formação de mão-de-obra para suprir a demanda que, o surto industrial
brasileiro, conhecido como milagre econômico, geraria tanto no campo
quanto na cidade.
A valorização de formação profissional contribuiu para
transformações significativas no ensino, regulamentadas pela lei 5692/71
(Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional) que afetou,
principalmente, as disciplinas relacionadas às ciências humanas e
instituiu a área de estudo denominada Estudos sociais que, no 1º Grau
envolveria os conteúdos de Geografia e História. No entanto, o que
deveria ser entendido como área de estudo passou a ser visto como
disciplina e foi adotada no 1º Grau, empobrecendo assim os conteúdos
das disciplinas fundidas. No 2º Grau foram impostas as disciplinas de
Organização Social e Política do Brasil e Educação Moral e Cívica, em
prejuízo da Filosofia e da Sociologia, consideradas de importância
secundária para a formação técnica, naquele momento desejada
Essas alterações curriculares nas escolas de 1º e 2º Graus faziam
parte de um processo mais amplo de reforma da educação
brasileira, iniciada no mesmo ano em que os militares deram o
golpe e assumiram o comando do Estado Brasileiro” (ROCHA,
2000)
O ensino da área de estudo, transformada na disciplina de estudos
Sociais, como já apontado, não garantia a inter-relação entre os
conteúdos de Geografia e História, o que tornava essa disciplina
meramente ilustrativa e superficial. Mesmo não atingindo essa inter-
relação, a disciplina de Estudos sociais teve um período de vigência de
mais de uma década. Nos anos 80, ocorreram movimentos visando ao
52
desmembramento da disciplina de estudos Sociais e o retorno da
Geografia e da história.
No Estado do Paraná, esse movimento iniciou-se em 1983, quando a
Associação Paranaense de História – APAH – promoveu o primeiro
encontro paranaense de História e Geografia como disciplinas isoladas.
Desse encontro foi produzido um documento, enviado à Secretaria de
Estado da Educação. disso, resultou o Parecer 332/84 do Conselho
Estadual da Educação, permitindo que as escolas pudessem optar por
ensinar Estudos Sociais ou as disciplinas de Geografia e História
separadamente, desde que respeitando o princípio de integração que
fundamentava o currículo da época (Paraná, Parecer nº. 332/84, 1984,
p.9). Portanto, não houve o desaparecimento imediato do ensino de
Estudos Sociais. O desmembramento em disciplinas autônomas só
ocorreu após a resolução nº. 06 de 1986 do conselho Federal de
Educação (PENTEADO, 1994; MARTINS, 2002).
Ainda naquela década, com o fim da ditadura militar, a renovação
do pensamento geográfico iniciada após a Segunda Guerra, chegou com
força ao Brasil. As discussões teóricas que se sobressaíram, nessa época,
centraram-se em torno do Movimento de Geografia Crítica. Alguns
marcos históricos destacam-se como emblemáticos e precursores da
Geografia Crítica no Brasil. O principal deles; o Encontro Nacional de
Geógrafos Brasileiros, em 1978, promovido pela AGB-Fortaleza, teve
como principal tema de discussão a Geografia Crítica, baseada na
publicação do livro de Yves Lacoste, “A Geografia: isso serve antes de
mais nada para fazer a guerra”, livro este considerado um marco para a
Geografia Crítica mundial.
Esse movimento adotou o método do materialismo histórico
dialético para os estudos geográficos e para a abordagem dos conteúdos
de ensino da Geografia. A chamada Geografia Crítica, como linha teórico-
metodológica do pensamento geográfico, deu novas interpretações aos
conceitos geográficos e ao objeto de estudo da Geografia, trazendo as
questões econômicas, sociais e políticas como fundamentais para a
compreensão do espaço geográfico.
A abordagem teórica crítica proposta para o ensino da Geografia,
naqueles documentos, baseava-se numa geografia que compreendia o
53
espaço geográfico como social, produzido e reproduzido pela sociedade
humana. A seleção de conteúdos de Geografia, por sua vez, enfatizava a
dimensão econômica da produção do espaço geográfico, com destaque
para as atividades industriais e agrárias, além das questões relativas à
urbanização.
Tal proposta apresentava uma ruptura no ensino da Geografia em
relação à chamada Geografia Tradicional. Nessa ruptura, rejeitou-se, da
teoria e do método da Geografia Tradicional, a abordagem histórica,
presa a uma metodologia de ensino reduzida à observação, descrição e
memorização dos elementos naturais e humanos do espaço geográfico,
realizada de maneira fragmentada.
O movimento da Geografia Crítica, ao propor uma análise social,
política e econômica sobre o espaço geográfico, entendeu que a
superação da dicotomia natureza-sociedade (Geografia Física e Geografia
Humana) e das fragmentações das abordagens dos conteúdos dar-se-iam
pelo abandono das pesquisas e do ensino sobre a dinâmica da natureza.
Por isso, essa proposta não foi imediatamente compreendida nem aceita
por parte dos professores da rede estadual de ensino.
A incorporação da Geografia Crítica foi gradativa e sofreu avanços
e retrocessos a partir de 80 e 90, pois aconteceram reformas políticas e
econômicas vinculadas ao pensamento neoliberal que atingiram a
educação.
Encontros e conferências realizados em âmbito mundial
priorizavam a educação (inclusive a educação básica) como alvo das
reformas necessárias para a formação do novo perfil do trabalhador,
necessário para o capitalismo no atual período histórico. Organizações
financeiras internacionais, como o Banco Mundial, passaram a
condicionar seus empréstimos a países como o Brasil, à implantação de
políticas sociais e educacionais que atendessem aos interesses daquelas
mudanças. Foi nesse contexto que ocorreu a produção e a aprovação da
nova Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB 9394/96), bem
como a construção, a poucas mãos, dos PCN (Parâmetros Curriculares
Nacionais).
Os PCN a partir de então, apresentaram-se como documento
balizador para as reformulações curriculares que deveriam ocorrer nos
54
estados brasileiros. As críticas feitas pelos PCN de Geografia recaíram
sobre as linhas de pensamento Tradicional e Crítica. Ambas foram
acusadas de terem negligenciado a dimensão sensível de perceber o
mundo e a Geografia Crítica, especificamente, de enfatizar a economia e
fazer política militante (PCN Ensino Fundamental, p. 22). Este
documento desconsiderou o esforço de aprimoramento teórico-conceitual
que o movimento da Geografia Crítica vinha fazendo, ao tomá-la pela
perspectiva economicista, que inicialmente foi adotada por alguns de
seus autores, mas que, num movimento de crítica interna, vinha sendo
superada. Por sua vez, os PCN não apresentaram uma alternativa teórica
consistente, mas ao contrário, assumiram um ecletismo ancorado numa
concepção filosófica, no mínimo pouco clara e confusa.
A assunção de uma tendência conceitual oscila no decorrer dos
PCNs, pois se ela é muitas vezes clara, em outras a concepção
apresentada para os conceitos e categorias centrais dos PCNs e/ou
a terminologia utilizada nos blocos temáticos identificam-se com
diferentes correntes teórico-metodológicas.
(...) No entanto há aspectos que parecem indicar que, em vez de
uma pluralidade que permitisse distinguir as diferentes
abordagens, existe uma indefinição que se aproximaria mais de um
ecletismo(...) (SPOSITO,1999,p.31).
Os conteúdos vinculados às discussões ambientais e multiculturais
foram mudanças provocadas pelo PCN. A rigor, os debates sobre cultura
e ambientalismo perpassam várias áreas do conhecimento e vêm
ganhando destaque na escala mundial desde o final dos anos 60. A
presença desses conteúdos nos PCN se deve ao resgate e
aprofundamento das discussões sobre cultura (Geografia Cultural) e
ambiente (Geografia Socioambiental) que, na Geografia, ganharam força
no contexto histórico dos anos 90, tanto com as transformações políticas
que desencadearam conflitos étnicos e a fragmentação territorial de
alguns países, quanto com os avanços nos sistemas técnicos de
comunicação e informação que possibilitam a fragmentação da produção
industrial e ampliação do mercado mundial.
55
Porém, é preciso lembrar que estes assuntos – questões ambientais
e culturais – estiveram inseridos no temário geográfico desde a
institucionalização da Geografia e foram abordados de várias
perspectivas teóricas, das descritivas às críticas. Portanto, apenas inseri-
los no currículo, como conteúdos de ensino, não garante criticidade à
disciplina.
Na medida em que a abordagem Socioambiental enfatiza o
determinismo tecnológico e a sustentabilidade percebe-se que a
criticidade não aparece nos PCN como formas de resolver os problemas
causados pela racionalidade do modo de produção capitalista e a
abordagem Cultural destaca a idéia de tolerância e de convivência
tranqüila dos diferentes grupos sociais e culturais mesmo que estes
apresentem desiguais.
No Ensino Médio, o aluno deve construir competências que
permitam a análise do real, revelando as causas e efeitos, a intensidade,
a heterogeneidade e o contexto espacial dos fenômenos que configuram
cada sociedade.
O Ensino Médio não deve ser compreendido somente como uma
continuação do Ensino Fundamental, mas sim a ampliação do
conhecimento estruturado que tem por objetivo levar a autonomia para o
cidadão.
A Geografia é um saber interdisciplinar e a mesma abandonou há
algumas décadas a idéia de se constituir numa ciência de síntese, ou seja,
capaz de explicar o mundo sozinha. Decorre daí a necessidade de
transcender seus limites conceituais e buscar a interatividade com as
outras ciências sem perder sua identidade e especificidade.
Hoje A Geografia procura assumir a interdisciplinaridade,
admitindo que esta posição é profundamente enriquecedora. Conceitos
como natureza e sociedade, por exemplo, se acham dilacerados entre
várias disciplinas e necessitam de um esforço interdisciplinar para serem
reconstruídos.
Vesentini afirma que “sem dúvida, nos dias de hoje, o conhecimento
científico avança na direção do holismo, do enfraquecimento das
disciplinas ou ciências isoladas, de explicações e teorias que dão ênfase à
56
globalidade do real [...]. Há uma expansão gradativa das idéias e práticas
interdisciplinares, ainda mais, transdisciplinares”.
A Geografia muito pode auxiliar para romper a fragmentação
factual e descontextualizada. Sua busca por pensar o espaço enquanto
totalidade, por onde passam todas as relações cotidianas e onde se
estabelecem as redes sociais nas diferentes escalas, requer esse esforço
interdisciplinar. O espaço e seu sujeito são constituídos por interações e
seu estudo deve ser, por isso, interdisciplinar. Nesse sentido, a Geografia
pode articular-se de forma interdisciplinar com a Economia, História,
Sociologia, Biologia, Matemática, enfim com as várias áreas do
conhecimento, pois assuntos ligados aos processos de formação da
divisão internacional do trabalho e a formação dos blocos econômicos.
Questões contemporâneas, tais como crise econômica, globalização do
sistema financeiro, poder do Estado e sua relação com a economia e as
novas resultantes espaciais das desigualdades sociais e a espacialização
dos problemas ambientais e da biotecnologia favorece a interação com
estas e outras áreas da aprendizagem.
Objetivos
Para que o aluno seja capaz de construir um conjunto de
conhecimentos referentes a conceitos, procedimentos e atitudes
relacionados à Geografia, alguns objetivos serão colocados em prática,
fazendo com que ao final do processo o aluno seja capaz de:
• Conhecer a organização do espaço geográfico e o funcionamento da
natureza em suas múltiplas relações, de modo a compreender o papel
das sociedades em sua produção e construção;
Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas
conseqüências em diferentes espaços e tempos, de modo a construir
referenciais que possibilitem uma participação em questões sociais,
econômicas e ambientais;
• Compreender que as melhorias nas condições de vida , os avanços
tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas
decorrentes de conflitos e que estas não são ainda usufruídas por
todos os seres humanos, apesar dos seus esforços;
57
• Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia
para compreender o espaço , a paisagem, o território e o lugar ,
seus processos de construção , identificando suas relações,
problemas e contradições.
- Fazer leituras de imagens, mapas , dados e documentos de
diferentes fontes de informação , de modo a interpretar, analisar e
relacionar informações sobre o espaço geográfico e as diferentes
paisagens;
Saber utilizar a linguagem cartográfica para obter informações e
representar a espacialidade dos fenômenos geográficos;
- Valorizar o patrimônio sociocultural e ambiental, reconhecendo como
um direito dos povos e indivíduos e um elemento de fortalecimento da
democracia;
4. Respeitar as diferenças étnico-culturais dos diferentes povos que
contribuíram para a formação da sociedade brasileira e as
diferentes civilizações;
• Identificar a importância que representa o uso dos recursos
naturais para a sociedade a qual encontra-se inserido e a
necessidade de se preservar os recursos ou fontes ainda disponíveis
na natureza;
a) Compreender que a organização do espaço geográfico mundial é fruto
da produção do trabalho humano, estando em constantes
transformações.
58
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS POR SÉRIE DO
ENSINO MÉDIO
PRIMEIRO ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
• DIMENSÃO
SOCIAMBIENTAL
DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO
• *DIMENSÃO
ECONÔMICA DO
ESPAÇO
GEOGRÁFICO.
* A formação e
transformação
das paisagens.
* A dinâmica da
natureza e sua
alteração pelo
emprego de
tecnologias de
exploração e
produção.
* A formação,
localização,
exploração e
utilização dos
recursos naturais.
*A evolução da Ciência
Geográfica;
* A origem do universo
*A Terra no espaço
*Movimentos da Terra
no espaço
*Geografia da Posição
* Fusos horários
*Representação do
espaço terrestre
através da cartografia
*Evolução geológica da
Terra
* Estrutura Geológica
* Rochas e minerais
* As estruturas da Terra
e as formas de relevo
* Os agentes internos e
externos do relevo
* A formação do solo
* Atmosfera
* Pressão atmosférica
* Clima
* Questões ambientais
* Hidrosfera: águas
continentais e
oceânicas
* Biomas e formações
vegetais
59
SEGUNDO ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS* DIMENSÃO
SOCIOAMBIENTAL
DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO.
* DIMENSÃO
ECONÔMICA DO
ESPAÇO
GEOGRÁFICO.
* DIMENSÃO
CULTURAL E
DEMOGRÁFICA DO
ESPAÇO
GEOGRÁFICO
* Formação,
mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração dos
territórios.
* As diversas
regionalizações do
espaço geográfico.
* As implicações
socioespaciais do
processo de
mundialização
* O espaço em rede:
produção, transporte
e comunicação na
atual configuração
territorial.
* O espaço em rede:
produção, transporte
e comunicação na
atual configuração
territorial.
* A distribuição
espacial das
atividades produtivas
e a (re)organização do
espaço geográfico.
* A formação,
localização,
exploração e
utilização dos
recursos naturais
*O território Brasileiro:
sua formação e sua
regionalização
* A estrutura geológica
e o relevo brasileiro
* Dinâmica climática do
Brasil e os problemas
ambientais
* Os paisagens vegetais
do Brasil e suas
características
* A hidrografia
brasileira
* A atividade industrial
e as características da
indústria brasileira
* A urbanização
brasileira
* Os recursos
energéticos brasileiros
* A atividade
agropecuária no Brasil
* Comércio,
comunicações,
transportes e turismo
no Brasil
* Distribuição da
população, crescimento
demográfico e estrutura
da população brasileira
* Os movimentos
migratórios e suas
60
* A transformação
demográfica, a
distribuição espacial e
os indicadores
estatísticos da
população.
motivações no Brasil
* Geografia de Campo
Largo e do Paraná:
- posição, limites ,
aspectos físicos e
econômicos e a
ocupação de Campo
Largo e do Paraná
TERCEIRO ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
* DIMENSÃO
CULTURAL E
DEMOGRÁFICA DO
ESPAÇO
GEOGRÁFICO.
* DIMENSÃO
ECONÔMICA DO
ESPAÇO
GEOGRÁFICO.
* DIMENSÃO
POLÍTICA DO
ESPAÇO
* A transformação
demográfica, a
distribuição espacial e
os indicadores
estatísticos da
população.
* Os movimentos
migratórios e suas
motivações.
* As manifestações
socioespaciais da
diversidade cultural.
* As relações entre o
campo e a cidade na
sociedade capitalista.
* A formação, o
crescimento das
* Dinâmica da
População mundial
* Conceitos
demográficos
* Crescimento da
População mundial e
brasileira
* Teorias demográficas
* Movimentos
migratórios
* IDH – Índice de
Desenvolvimento
Humano
* PEA – População
Economicamente Ativa
* Pirâmide etária
* Distribuição da
61
GEOGRÁFICO cidades, a dinâmica
dos espaços urbanos e
a urbanização
recente.
* O espaço rural e a
modernização da
agricultura.
* As relações entre o
campo e a cidade na
sociedade capitalista
* A revolução técnico-
científica-
informacional e os
novos arranjos no
espaço da produção.
* As implicações
socioespaciais do
processo de
mundialização.
* A nova ordem
mundial, os territórios
supranacionais e o
papel do Estado.
população mundial e
brasileira
* Agrupamentos
urbanos (Região
Metropolitana,
megalópole,
conurbação e redes
urbanas)
* Os setores de
atividades (Primário,
secundário e terciário)
* Conceitos
relacionados à
urbanização.
* O processo de
urbanização no Brasil e
no mundo
* O Estatuto da Cidade
e o Plano Diretor
* A agropecuária e
suas características
* A questão agrária e a
estrutura fundiária do
Brasil e do Mundo
* Fases do Capitalismo,
Revoluções Industriais
e a Globalização
* A nova ordem
mundial e as
conseqüências da
Globalização
* As novas formas de
regionalização e as
desigualdades sociais
62
* Os conflitos regionais
e as tensões no mundo
* O desenvolvimento
industrial dos países
* Fontes de energia:
utilização e impactos
ambientais
* A globalização e o
comércio mundial
Metodologia
A metodologia utilizada no Ensino de Geografia deve ser aquela
que contribua, ou seja, possibilite ao educando a compreensão de sua
posição no conjunto das relações da sociedade com a natureza; como e
porque suas ações, individuais ou coletivas em relação aos valores
humanos ou à natureza têm conseqüências, tanto para si, como para a
sociedade. Uma metodologia que permita também fazer com que o aluno
adquira conhecimentos para compreender as diferentes relações que são
estabelecidas na construção do espaço geográfico, no qual se encontra
inserido, tanto em nível local como mundial, os avanços na tecnologia,
nas ciências e nas artes como resultantes de trabalho e experiência
coletiva da humanidade.
Alguns encaminhamento metodológico, seguem abaixo como
propostas de ações:
- Coleta de dados para posterior leitura e análise de resultados obtidos;
- Perguntas e suposições acerca do assunto em estudo;
- Defesa de um ponto de vista (Debate/Fórum);
- Elaboração de hipóteses;
- Projetos envolvendo a realidade local;
- Leitura, interpretação e produção de textos;
- Leitura, interpretação e superposição de mapas;
63
- Interpretação de noticiários diários e a relação com os temas
estudados;
- Análise e/ou interpretação de gráficos e tabelas;
- Elaboração de quadro cronológico/ processo histórico;
- Produção de textos a partir de informações diversas;
- Interpretação de filmes, documentários e fotos com paisagens com
retratos das mais diversas realidades;
- Aulas de campo como visitas a indústrias, parques, unidades de
conservação, municípios históricos, Portos, Ilhas, pontos turísticos
regionais e outros locais que enriqueçam e auxiliem o educando na
compreensão do espaço geográfico;
- Trabalhos em grupos, entre outros.
- Uso dos recursos tecnológicos como laboratório de informática, TV
pendrive, entre outros.
Avaliação
O processo de avaliação deve considerar a mudança de
pensamento e atitude do aluno, alguns elementos que demonstram o
êxito do processo de ensino/aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem,
a compreensão, o questionamento e a participação dos alunos. Ao
destacar tais elementos como parâmetros de qualidade do ensino e da
aprendizagem, rompe-se a concepção pedagógica da escola tradicional
que destacava tão somente a memorização, a obediência e a passividade
(HOFFMANN, 1993).
O processo de aprendizagem discutido por Vygotsky é
condicionado pelo conflito/confronto entre as idéias, os valores, os
posicionamentos políticos, a formação conceitual prévia dos alunos e as
concepções científicas sobre tais elementos. Esse método pedagógico
dialético possibilita a (re) construção do conhecimento, em que o
processo de aprendizagem atinge, ao longo da escolarização, diferentes
graus de complexidade de acordo com o desenvolvimento cognitivo dos
alunos (CAVALCANTI, 2005).
A avaliação deixa de ser um momento terminal do processo
educativo (como hoje é concebida) para se transformar na busca
64
incessante de compreensão das dificuldades do educando e na
dinamização de novas oportunidades de conhecimento (HOFFMANN,
1993, p. 21). Secretaria de Estado da Educação do Paraná 1986).
A prática docente, sob os fundamentos teórico-metodológicos
discutidos nestas Diretrizes Curriculares, contribui para a formação de
um aluno crítico, que atua em seu meio natural e cultural e, portanto, é
capaz de aceitar, rejeitar ou mesmo transformar esse meio. É esse
resultado que se espera constatar no processo de avaliação do ensino de
Geografia.
Para isso, destacam-se como os principais critérios de avaliação em
Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento
das relações socioespaciais para compreensão e intervenção na
realidade. O professor deve observar se os alunos formaram os conceitos
geográficos e assimilaram as relações Espaço Temporais e Sociedade ↔ ↔
Natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.
No entanto, ao assumir a concepção de avaliação formativa, é
importante que o professor tenha registrado, de maneira organizada e
precisa, todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, bem
como as dificuldades e os avanços obtidos pelos alunos, de modo que
esses registros tanto explicitem o caráter processual e continuado da
avaliação quanto atenda às exigências burocráticas do sistema de notas.
Será necessário, então, diversificar as técnicas e os instrumentos de
avaliação. Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor
pode usar técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de
expressão dos alunos, como:
• interpretação e produção de textos de Geografia;
• interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
• pesquisas bibliográficas;
• relatórios de aulas de campo;
• apresentação e discussão de temas em seminários;
• construção, representação e análise do espaço através de maquetes,
entre outros.
O processo de avaliação deverá ser contínuo e dinâmico, onde o
professor esteja aberto para buscar formas mais criativas e até
alternativas para compreender se o aluno avançou, e como o
65
conhecimento da Geografia faz sentido para esse aluno hoje e também o
fará futuramente.
Várias alternativas poderão diversificar a avaliação, desde
trabalhos em equipes e individuais, pesquisas bibliográficas e de campo,
at[e mesmo provas individuais e em duplas, com ou sem consulta. Além
da análise e interpretação de gráficos, mapas, tabelas, documentários,
entre outros.
Será oportunizada a recuperação de estudos, como forma de
garantir desempenho do educando.
A avaliação é parte integrante do ensino e, por meio dela, o
professor estuda, analisando os dados da aprendizagem, tendo em vista
acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem. Portanto, será
diagnóstica, somativa, qualitativa, contínua, permanente e cumulativa,
levando em conta as atividades e a capacidade de síntese e a elaboração
pessoal do aluno sempre de forma holística.
Assim, o aluno deverá ser capaz de gerar respostas adequadas aos
problemas atuais através de textos, imagens, produções, etc.
- Solicitar ao aluno resumos, sínteses e reproduções com argumentos
coerentes e coesos;
- Avaliar a participação ativa do aluno em debates, palestras, trabalhos,
visitas e/ou pesquisas de campo, abordagem crítica de filmes, noticiários,
etc.
- Avaliar em função da totalidade do processo ensino-aprendizagem;
- Fazer com que o aluno assuma uma postura crítica com função
diagnóstica, verificando a passagem do senso comum para a
sistematização dos conteúdos;
Acima de tudo, uma avaliação que leve os alunos à compreensão da
realidade e à formação para a cidadania contribuindo para uma maior
participação do educando na sociedade em que vive.
66
Referências Bibliográficas:
ADAS, Melhem. Geografia: O quadro político e econômico do mundo
atual
São Paulo. Ed. Moderna. 3ª ed.2001.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e
tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio.
Brasília: Ministério da Educação, 1999. p.299-309.
COELHO, Marcos de Amorim; TERRA, Lygia. Geografia Geral e
Geografia do Brasil. O Espaço Natural e Socioeconômico. São
Paulo. Ed. Moderna. 1ª ed. 2005
LUCCI, Elian Alabi...BRANCO, Anselmo Lazaro....MENDONÇA, Cláudio.
Geografia Geral e do Brasil. São Paulo. Ed. Saraiva. 1ª Ed. 2003.
OLIVA, J. Ensino de Georgafia: Um retrato desnecessário. In CARLOS, A.
F. A. (org). A Geografia na Sala da Aula. São Paulo: Contexto, 1999.
PARANÁ,. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
da Disciplina de Geografia – Ensino Médio. Versão Preliminar.
Curitiba. Julho 2006.
PARANÁ,. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
da Disciplina de Geografia – Ensino Médio. Versão Preliminar.
Curitiba. Julho 2006.
SANTOS, M. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record,
2000.
67
Apresentação Geral da Disciplina de História
A finalidade da história é expressa no processo de produção do
conhecimento humano sob a forma de consciência histórica dos sujeitos.
O conhecimento histórico possui formas diferentes de explicar seu
objetivo de investigação, construídas a partir das experiências dos
sujeitos.
A história tem como objetivo de estudos os processos históricos
relativos as ações e relações humanas praticadas no tempo, bem como os
sentidos que os sujeitos deram as mesmas, tendo ou não consciência
dessas ações.
Na década de 70, o ensino de história era predominante
tradicional, valorizando alguns personagens como sujeitos da história e
de sua atuação em fatos políticos, professores, aulas, memorização e
repetição do que era ensinado como verdade.
No início da república em 1989, o conteúdo de história do Brasil
ficou relegado a um espaço restrito no currículo, que devido a sua
extensão dificilmente era tratado pelos professores de história.
Após a implantação do regime militar, o ensino de história manteve
seu caráter estritamente político, pautado nos estudos de fontes oficiais e
narrado apenas do ponto de vista factual. Os grandes heróis como
sujeitos da história, a serem seguidos e não contestados.
A partir da Lei 5692/71, o ensino de história tinha como prioridade
de ajustar o aluno ao cumprimento dos seus deveres patrióticos na
metade de 1980 e início dos anos 90, cresceram os debates em torno das
reformas democráticas na área educacional, repercutindo novas
propostas de ensino de história, resultando em liberdades individuais e
coletivas no país.
A análise histórica da disciplina, como as novas demandas sociais
para o ensino de história se apresentam como indicativos para a
elaboração de Diretrizes Curriculares.
Os conteúdos estruturantes são identificados no processo histórico
da constituição da disciplina e referencial teórico atual.
A finalidade da história é expressa na produção do conhecimento,
que é provisório, sob a consciência histórica dos sujeitos. Provisoriedade
68
não significa relativismo teórico mas que existem várias explicações ou
interpretações para um mesmo fato. De fato, o conhecimento histórico
possui formas diferentes de explicar seu objetivo de investigação, a partir
das experiências dos sujeitos.
Na virada do século XX para o XXI, verificou-se um conflito entre as
diferenças correntes historiográficas. Entretanto não caracteriza ruptura
de paradigmas inconciliáveis, mas novas configurações e construções que
expressam contrapontos e consensos.
A nova história, expressa a história das mentalidades, insere-se no
contexto conturbado da década de 1960, influenciada pelos
acontecimentos de maio de 1968, em Paris, da primavera de Praga, dos
movimentos feministas, pelas lutas contra a desigualdades raciais nos
Estados Unidos da América, entre outros.
Na nova história e entre outras correntes historiográficas, logo
surgiram inúmeras críticas que, ao abrir o seu campo de investigação,
para aproximar-se de outras áreas do conhecimento levou a ser chamada
“história em migalhas”, Francois Dosse (1950), ou seja, houve um
estilhaçamento dos objetos, métodos e abordagens do conhecimento
histórico.
A partir dessas críticas, muitos historiadores migraram para a nova
história cultural, que despontou no final da década de 1980.
Para Peter Burke (1937), tanto a nova história cultural como a nova
história da década de 1970 recorrem à palavra “nova” para distinguir as
produções historiográficas das formas anteriores. Por sua vez, a palavra
“cultural” é aplicada para diferenciá-la da história intelectual, campo que
abrange o conjunto das formas de pensamento, antiga história das idéias
e também da história social.
“O conceito de cultura, denota um padrão, transmitido
historicamente de significados corporizados em símbolos, um sistema de
concepções herdadas, expressas em formas simbólicas, por meio das
quais os homens comunicam, perpetuam e desenvolvem o seu
conhecimento e as atitudes perante a vida”.
Para Chatier, a cultura não é situada nem acima nem abaixo das
relações econômicas e sociais. “Todas as práticas sejam econômicas ou
69
culturais dependem das representações utilizadas pelos indivíduos para
darem sentido ao seu mundo”.
A nova história cultural considera as categorias de representação e
apropriação para produzir o conhecimento histórico.
A abordagem local e os conceitos de representação, prática
cultural, apropriação circularidade cultural e polifonia possibilitam aos
alunos e aos professores tratarem documentos sob problematizações
mais complexas em relação a história tradicional. Desse modo podem
desenvolver uma consciência histórica que leve em conta as diversas
práticas culturais dos sujeitos, sem abandono do rigor do conhecimento
histórico.
A partir de 1956, surge a Nova Esquerda Inglesa, com historiadores
britânicos vinculados ao Partido Comunista Inglês, que, descontentes
com o regime stalinista, romperam com o partido e acabaram
influenciando fortemente a historiografia britânica. Os historiadores
dessa corrente teórica consideram a subjetividade, as relações entre as
classes e a cultura. Defendem, ainda, que a consciência de classe se
constrói nas experiências de classe se constrói nas experiências
cotidianas comuns, a partir das quais são tratados os comportamentos,
valores, condutas, costumes e culturas.
Ao optar pelas contribuições das correntes da nova história
cultural e nova Esquerda Inglesa como referências teóricas, objetiva-se
propiciar aos alunos a formação da consciência histórica.
Objetivos
Tomando como premissa básica, o estudo de história contribui para
o cumprimento do exercício da cidadania.
As funções essenciais do estudo da história é contribuir para o
desenvolvimento crítico, espírito social e politicamente participativo,
capaz de avaliar a sua possibilidade de atuação no contexto histórico em
que se insere. Isso significa que o ensino de história deve fazer com que o
estudante:
- produza uma reflexão de natureza histórica.
- pratique um exercício de reflexão que o encaminhará para outra
reflexões, de natureza semelhante, em sua vida e não necessariamente
70
só na escola, pois a história produz um conhecimento fundamental para
a vida do homem, indivíduo eminentemente histórico.
O ensino da história deve desenvolver o senso crítico, rompendo a
valorização do saber enciclopédico, socializando a produção da ciência
histórica, passando da reprodução do conhecimento a compreensão das
formas de como este foi produzido. Construção de uma história que com
a ação, tenta mudar e melhorar o cotidiano do aluno, a melhor
compreensão da sociedade na qual o jovem está inserido, favorecendo,
desempenhando o seu papel.
A medida que o ensino de história lhe possibilita construir noções,
ocorrem mudanças no seu modo de entender a si mesmo, aos outros, as
relações sociais, podendo interferir de certo modo, nas suas relações
pessoais, sociais e no seu compromisso com as classes, os grupos sociais,
as culturas e valores.
É fundamental que o aluno tome consciência de que é parte do
mundo e agente transformador da realidade, assim como:
- possibilitar o entendimento;
- relacionar o entendimento e a formação da noção de identidade
social;
- compreender os fatos históricos como ações humanas significativas;
- analisar lutas sociais, guerras e revoluções na história;
- analisar as transformações tecnológicas e os impactos atuais.
1º Ano do Ensino Médio
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
1. Introdução ao Estudo da História
2. • História como ciência.
• Tempo e espaço.
2. Pré-História (Mundo – América – Brasil – Paraná)
• Teorias do surgimento do ser humano.
• Paleolítico.
• Neolítico.
• Surgimento da escrita.
3. Conceito de Trabalho
• Formação das sociedades
71
4. Primeiras Civilizações Africanas
• África antiga.
• Egito.
5. O Mundo do Trabalho em diferentes Sociedades
• Sociedades pré-colombianas.
• Grécia Antiga.
• Roma Antiga.
• Sociedade feudal.
1. Estados nos Mundos Antigo e Medieval
• Estado na antiguidade oriental (Mesopotâmia, Egito, Hebreus).
• Estado na Grécia Antiga, Pérsia, Macedônia, Roma.
• Estado na Idade Média.
• Estado Islâmico.
7. Relações Culturais nas Sociedades Grega e Romana
• Mulheres na sociedade, filosofia e artes gregas.
• Mulheres na sociedade romana.
• Lutas plebéias e escravas em Roma.
8. Cidades na História
• Neolítico.
• Cidades gregas e romanas.
• Islão – civilização urbana.
• Cidades na América pré-colombiana.
• Europa medieval.
9. Urbanização e Industrialização no Paraná
• Início da ocupação do Paraná (espanhola e portuguesa).
• Ciclos econômicos (ouro, gado, madeira, erva-mate, café,
agroindustrialização).
2º Ano do Ensino Médio
Conteúdos/Conteúdos Estruturantes
1. Relações culturais na Sociedade Medieval
Pré-conceito de Idade Média.
• Dominação e resistência dos camponeses e nas cidades
(exclusão).
72
• Mulheres na Idade Média.
• Os hereges.
• Doenças.
2. Movimentos Sociais, Políticos, Culturais na Sociedade Moderna
• Renascimento.
• Reforma protestante.
• Revolução gloriosa.
• Iluminismo.
3. Transição do trabalho escravo para o livre
• Os europeus e as etnias do novo mundo.
• Escravidão na África e América, mundo.
• Abolição da escravidão nos Estados Unidos, América, Brasil.
• Escravidão (contemporâneo).
4. Relações Dominação (Séc XVIII, XIX)
• Revolução Francesa / Norte Americana.
• Manifestações feministas.
• Organização dos operários (Anarquismo / Marxismo).
• Jovens: Política, Cidadania.
5. Conceito de Trabalho (Rev. Industrial - Teorias do Capitalismo)
• Valor.
• Divisão.
• Trabalho no mundo contemporâneo.
• O trabalho vai acabar ?
6. Construção de Trabalho Assalariado
• De artesãos a assalariados.
• Sistemas de fábricas.
• Tempo e trabalho.
• Trabalho infantil / feminino.
7. Urbanização e Industrialização Séc XIX
• Indústria e urbanização.
• A cidade industrial.
• Higiene, saúde.
• Arquitetura, transportes, eletricidade, literatura, arte.
• O futuro nas grandes cidades.
73
3º Ano do Ensino Médio
Conteúdos/Conteúdos Estruturantes
1. Urbanização e Industrialização no Brasil
• Atividades econômicas no Brasil colônia
• As cidades, vida urbana e industrialização no Brasil
• Vida urbana e industrialização no Brasil
2. Estado e as Relações de Poder
• Formação do estado moderno (Espanha, Portugal)
• Teóricos do estado absolutista
• Independência do Brasil (Idéia de nação)
3. Estado Imperialista
• Formação de império e colônias no séc XIX
• Crise do estado imperialista
• Regimes Totalitários
• Mundo Bipolarizado (Guerra Fria)
• Crise do socialismo
• Ataque ao império Estadunidense
3. Relações de Poder e Violência
• O estado e as relações de poder
• Guerras Revolucionárias e Nacionais (Revolução Francesa /
Napoleão Bonaparte)
• As guerras Mundiais (I e II)
• Totalitarismo / Guerra Fria e a violência
• Tortura / Sociedade
5. Trabalho na Sociedade Contemporânea
• Trabalho assalariado (taylorismo, Fordismo, toyotismo)
• Trabalho no Brasil, Séc XX : inicio, Era vargas, Produção a partir
de de 1990.
6.Movimentos Sociais, Políticos, Culturais na Soc. Contemporânea:
• Camponeses (Sem Terras) -(Brasil, México)
• Movimento Feminista /Jovem/Rip Rop./Hippie /Rap /Negro
7. A Escravidão Hoje
• Trabalho não remunerado;
• A escravidão no Brasil;
74
• O trabalho escravo infantil
• CLT ( Consolidação das leis Trabalhistas);
• OIT ( Organização Mundial do Trabalho).
8. Urbanização e Industrialização na Sociedade Contemporânea
• Mundialização (Globalização)
• Explosão urbana
• Tecnologia, Arte, urbanização
• Problemas sociais e estruturais urbanos.
Conteúdos Estruturantes:
Relações de trabalho;
Relações de Poder;
Relações Culturais.
Metodologia
A história se caracteriza pela pluralidade de interpretações e
concepções metodológicas, cada uma delas com seus significados e
princípios próprios.
A metodologia centrada na história cultural, enfatiza na arte,
literatura, a criatividade popular e erudita. A visão de mundo de uma
sociedade, o viver, pensar, agir, sentir de homens e mulheres que
criaram e criam seu dia-a-dia, essas praticas culturais, seus eventos
sociais que estão presentes com as interação cultural dos diferentes
grupos, com seus valores, costumes tradições, conflitos, transformações e
permanências, sempre respeitando a pluralidade de formas usadas no
estudo do passado. Essa pluralidade é fruto do diálogo da historia com
outras ciências humanas, como a antropologia, a sociologia, a economia,
a geografia, psicologia, filosofia e tantas outras, o que amplia a nossa
possibilidade de estudar a especificidade cultural de cada sociedade, a
multiplicidade de seus valores e práticas sociais.
“A vida cotidiana é a vida do homem inteiro: ou seja, o homem
participa na vida cotidiana com outros aspectos de sua individualidade,
de sua personalidade”(HELLER, 1970, P. 17-18).
Trabalhando não apenas com a idéias de transformação e
permanências na história, mas também com as particularidades, a
contradições e a complexidade das relações entre os seres humanos, os
75
únicos capazes de criar cultura. E em pleno século XXI, as novas
tecnologia vêm ampliar, melhorar, e completar o ensino história (TV,
Vídeo, Computador, etc).
Além disso, a produção do conhecimento histórico, realizada
pelo historiador, possui um método especifico, baseado na explicação e
interpretação.
Para que esse objetivo seja alcançado, é necessário que o professor
faça uma abordagem dos conteúdos sob a exploração de novos métodos
de produção do conhecimento histórico e inclua em sua metodologia de
trabalho:
•vários recortes temporais;
•diferentes conceitos de documentos;
•sujeitos e suas experiência, numa perspectiva de diversidade;
•formas de problematização em relação ao passado;
•condições de elabora conceitos que permitam pensar historicamente;
•a superação da idéia de história como verdade absoluta.
Avaliação
Avaliar é um ato extremamente polêmico e dedicado, envolve visões
pedagógicas e juízos diversos. O objetivo do processo ensino-
aprendizagem é alcançar uma mudança comportamental e cognitiva. A
avaliação com toda sua complexidade , representa o instrumento
fundamental para verificar o grau efetivo dessas mudanças e se elas
correspondem as metas pedagógicas estabelecidas.
Ainda há escolas e professores que adotam como única forma de
avaliação a capacidade de memorização , priorizando alguns, porém , é
preciso desenvolver, valorizar outras competências como: racionar
conclusões próprias, discutir, criticar, comparar, analisar, etc.., pois de
acordo com Paulo Freire , essa atitude de memorização lembra o
mecanismo bancário de depósito e saque.
Uma avaliação plural e contínua que possa avaliar as competências
específicas de cada aluno, como capacidade de refletir, apontar soluções,
discussões em sala de aula, capacidade de interagir e cooperar, respeitar
valores culturais. Uma avaliação múltipla contínua desta ótica, visando
proporcionar a produção de conhecimento histórico e a criação de
76
conceitos históricos passados e construídos, sendo o que importa é a
aprendizagem significativa e o crescimento do aluno.
Ao longo do Ensino Médio, o aluno deverá entender as relações de
trabalho, as relações de poder, as relações culturais, as quais se
articulam e constituem o processo histórico.
Referências Bibliográficas:
COTRIM, Gilberto. História para o Ensino Médio. São Paulo,
Saraiva, 2002.
DIVALTE, História, Ensino Médio, São Paulo, Ática, 2003.
HELLER, Agnes, O cotidiano da História . Rio de Janeiro, Paz e
Terra, 1970.
PETTA, Nicolina Luiza, História uma abordagem integrada. São
Paulo, Moderna, 1999.
77
Apresentação Geral da Disciplina de Língua Portuguesa
A linguagem é considerada como capacidade humana de articular
significados coletivos e compartilhá-los, em sistemas arbitrários de
representação, que variam de acordo com as necessidades e experiências
da vida em sociedade. Nas interações sociais, as relações comunicativas
da língua tornam-se dialógicas e permitem adequação de sentidos,
relações, compreensões.
Pela linguagem se expressam idéias, pensamentos e intenções,
estabelecem-se relações interpessoais anteriormente inexistentes e se
influencia o outro, alterando suas representações da realidade e da
sociedade e o rumo de suas relações.
Em outras palavras, tudo o que dizemos, dizemos a alguém e é esse
interlocutor, presente ou não no ato da nossa fala que acaba por
determinar aquilo que vamos dizer. Nossas palavras dirigem-se a
interlocutores concretos, isto é, pessoas que ocupam espaços bem
definidos na estrutura social. Mais do que isso, as nossas idéias sobre o
mundo se constroem nesse complexo de interação. Vale dizer: aquilo que
pensamos sobre o real está diretamente vinculado aos horizontes do
grupo social e da época a que pertencemos. Com isso queremos dizer que
a palavra adquire o sentido que o contexto social e histórico lhe confere.
Nessa concepção de linguagem, a língua é resultante de um trabalho
coletivo e histórico.
Assim para trabalhar com a linguagem dentro da disciplina
propomos que se opte em ensinar a ler, a escrever e a oralidade. O
trabalho com a gramática será feito na perspectiva do uso da
funcionalidade dos elementos gramaticais. A gramática normativa, por
sua vez, terá que ser domínio do professor, que é o responsável pela
criação de situações, ao nível da prática, em que os alunos deverão
incorporar de modo cada vez mais elaborado, a gramática da língua
culta. O cerne do trabalho de língua portuguesa deve constituir-se na
compreensão dos fatos lingüísticos e não na nomenclatura e classificação
dos mesmos.
A educação comprometida com o exercício da cidadania precisa
criar condições para que o aluno possa desenvolver sua competência
78
discursiva, isto é, tornar – aluno capaz de utilizar a língua de modo
variado e adequar o texto a diferentes situações de interlocução oral e
escrita. Desse modo a unidade básica do texto do ensino será o texto,
porque os textos organizam-se dentro de certas restrições de natureza
temática, composicional e estilística, que os caracteriza como
pertencentes a este ou aquele gênero.
O estudo literário segue o mesmo caminho. O processo de ensino
aprendizagem de Língua Portuguesa e Literatura baseia-se em propostas
interativas língua/ linguagem, consideradas em um processo discursivo
de construção do pensamento simbólico, constitutivo de cada aluno em
particular e da sociedade em geral.
Essa concepção destaca a natureza social e interativa de
linguagem, em contraposição às concepções tradicionais. O objetivo é o
desenvolvimento e sistematização da linguagem interiorizada pelo aluno,
incentivando a verbalização da mesma e o domínio de outras utilizadas
em diferentes esferas sociais. O estudo da gramática passa ser uma
estratégia para compreensão / interpretação / produção de textos e a
literatura integra-se à área de leitura.
A interação é que faz com que a linguagem seja comunicativa. Toda
interação vai trazer nova construção de significados, assim exige-se por
parte de professores e alunos a capacidade de avaliar-se perante a si
mesmo e ao outro, fazendo com que surja o aprender a aprender,
aprender a escolher, sustentar as escolhas, no processo de verbalização,
em que processos cognitivos são ativados, no jogo dialógico do “eu” e do
“outro”.
Os papéis dos interlocutores, a avaliação que se faz do “outro” e a
expressão dessa avaliação em contextos comunicativos devem ser partes
dos estudos da língua e assim pode-se falar em adequação da linguagem
a situações de uso.
Pela linguagem os homens e as mulheres se comunicam, têm
acesso à informações, expressam e defendem pontos de vista, partilham
ou constroem visões de mundo, produzem cultura.
79
Objetivos Gerais
- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber
adequá-la a cada texto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas
nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um
posicionamento diante deles;
- Desenvolver o uso da língua oral e escrita em situações
discursivas por meio de práticas sociais que consideram os
interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes
textuais, além do contexto de produção / leitura;
- Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, de modo a
atualizar o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais
empregados na sua organização;
- Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, bem como propiciar pela
Literatura a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão
lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;
- Aprimorar os conhecimentos lingüísticos, de maneira a propiciar
acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos
discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a
linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da
norma padrão.
ENSINO MÉDIO
Conteúdo estruturante: Discurso como prática social
Série: 1ª
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Leitura:
- conteúdo temático;
- interlocutor:
- finalidade do texto;
- intertextualidade;
80
- contexto de produção;
- vozes sociais presentes no texto;
- discurso ideológico presente no texto;
- contexto da produção da obra literária;
- relação de causa e consequência entre as partes;
- elementos composicionais de cada gênero trabalhado.
- identificação da ideia principal, argumentos, causas,...
- progressão referencial;
- partículas conectivas do texto;
* semântica:
- operadores argumentativos.
- modalizadores;
- figuras de linguagem.
Escrita:
- conteúdo temático;
- interlocutores;
- finalidade do texto;
- Informatividade;
- intencionalidade;
- contexto de produção;
- intertextualidade;
- referência textual;
- vozes sociais presentes no texto;
- ideologia presente no texto;
- elementos composicionais do gênero;
- progressão referencial;
- relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
- marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes das
palavras no texto, pontuação, recursos gráficos( aspas, travessão,
negrito)
- vicio de linguagem;
- concordância verbal e nominal;
- uso do discurso direto , indireto e indireto livre
81
- funções da linguagem;
- gêneros literários;
- definição de literatura;
- história da Língua Portuguesa;
- formação das palavras
- variações lingüísticas;
- fonética;
- crase
- estudo de literatura: Romantismo, Realismo, Naturalismo,
Parnasianismo.
* Semântica:
- ambiguidade;
- operadores argumentativos;
- significado das palavras
- figuras de linguagem:
- modalizadores;
Gêneros trabalhados: fábula, poema, texto teatral, carta pessoal,
relato pessoal, campanha publicitária, relatório de experiência científica,
seminário, debate regrado público, artigo de opinião, textos
argumentativos.
Oralidade
- conteúdo temático;
- papel do locutor e interlocutor;
- intencionalidade;
- argumentos;
- turnos da fala;
- entonação, expressões faciais, corporais, gestuais,pausas
- adequação do discurso ao gênero;
- variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas)
- marcas linguísticas: coesão,gírias, repetição, coerência
- diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
- estilo formal e informal
- elementos semânticos;
- adequação da fala ao contexto.
82
Conteúdo estruturante: Discurso como prática social
Série: 2ª
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Leitura:
- conteúdo temático;
- interlocutor:
- finalidade do texto;
- intertextualidade;
- contexto de produção;
- vozes sociais presentes no texto;
- discurso ideológico presente no texto;
- contexto da produção da obra literária;
- relação de causa e consequência entre as partes
- elementos composicionais de cada gênero trabalhado.
- identificação da ideia principal, argumentos, causas,...
- progressão referencial;
- partículas conectivas do texto;
* semântica:
- operadores argumentativos.
- modalizadores;
- figuras de linguagem.
Escrita:
- conteúdo temático;
- interlocutores;
- finalidade do texto;
- Informatividade;
- intencionalidade;
- contexto de produção;
- intertextualidade;
- referência textual;
- vozes sociais presentes no texto;
- Ideologia presente no texto;
- elementos composicionais do gênero;
83
- progressão referencial;
- relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
- marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes das
palavras no texto, pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão,
negrito)
- vicio de linguagem;
- concordância verbal e nominal;
- uso do discurso direto, indireto e indireto livre
- classes das palavras na construção do texto;
- termos essenciais e integrantes;
- estudo de literatura: Romantismo, Realismo, Naturalismo,
Parnasianismo.
* Semântica:
- ambiguidade;
- operadores argumentativos;
- significado das palavras
- figuras de linguagem:
- modalizadores;
Gêneros trabalhados: cartaz, mesa-redonda, crônicas, contos,
carta do leitor, anúncios publicitários, notícia, resumo, poemas,
paródias, tiras,reportagem,resenha crítica, editorial,romance.
Oralidade
- conteúdo temático;
- papel do locutor e interlocutor;
- intencionalidade;
- argumentos;
- turnos da fala;
- entonação, expressões faciais, corporais, gestuais,pausas
- adequação do discurso ao gênero;
- variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas)
- marcas linguísticas: coesão,gírias, repetição, coerência
- diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
84
- estilo formal e informal
- elementos semânticos;
- adequação da fala ao contexto.
Série: 3ª
Conteúdo estruturante: Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS:
Leitura:
- conteúdo temático;
- interlocutor:
- finalidade do texto;
- intertextualidade;
- progressão referencial;
- referência textual;
- intencionalidade;
- contexto de produção;
- vozes sociais presentes no texto;
- discurso ideológico presente no texto;
- contexto da produção da obra literária;
- relação de causa e consequência entre as partes;
- elementos composicionais de cada gênero trabalhado.;
- partículas conectivas do texto;
- identificação da ideia principal, argumentos, causas,...
* Semântica:
- operadores argumentativos;
- figuras de linguagem;
- modalizadores.
Escrita:
- conteúdo temático;
- interlocutores;
- finalidade do texto;
- Informatividade;
85
- intencionalidade;
- contexto de produção;
- intertextualidade;
- referência textual;
- vozes sociais presentes no texto;
- ideologia presente no texto;
- elementos composicionais do gênero;
- progressão referencial;
- relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto.
- marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes das
palavras no texto, pontuação, recursos gráficos( aspas, travessão,
negrito)
- vicio de linguagem;
- concordância verbal e nominal;
- uso do discurso direto , indireto e indireto livre;
- regência verbal e nominal;
- colocação pronominal ;
- orações coordenadas e subordinadas;
- estudo da literatura: Pré – modernismo, modernismo, vanguardas
europeias, semana de arte moderna, tropicalismo..
* Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- figuras de linguagem
Gêneros trabalhados: crônicas, contos, carta do leitor,
anúncios publicitários, notícia, poemas,paródias, tiras,reportagem,
editorial,romance, cartas argumentativas, debate regrado,textos de
teatro,atas, sonetos, textos de opinião, texto argumentativo,
charges.
Oralidade
- papel do locutor e interlocutor;
- conteúdo temático;
- aceitabilidade do texto;
86
- turnos da fala;
- finalidade;
- argumentos;
- entonação, expressões faciais, corporais, gestuais,pausas
- adequação do discurso ao gênero;
- variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas)
- Marcas linguísticas; coesão, gírias, repetição, coerência
- diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
- estilo formal e informal;
- elementos semânticos.
ANÁLISE LINGUÍSTiCA
A prática de análise lingüística constitui um trabalho de reflexão
sobre a organização do texto escrito, um trabalho no qual o aluno
percebe o texto como resultado de opções temáticas e estruturais feitas
pelo autor, tendo em vista seu interlocutor. A analise inclui morfologia,
sintaxe, variedades da língua portuguesa, os diferentes registros, as
relações e diferenças entre língua oral e escrita, quer no nível fonológico-
ortográfico, quer no nível textual.
Metodologia:
O ensino de Português , no Ensino Médio, deve estar voltado
para a formação de um cidadão autônomo, capaz de interagir com a
realidade do novo milênio.
Entende-se que a língua é organizada pelas atividades dialógicas
dos falantes / ouvintes. É pela linguagem que os homens se comunicam,
têm acesso à informação, expressam e defendem seu ponto de vista,
partilham ou constroem visões de mundo. Portanto, adotaremos a
perspectiva interacionista de linguagem sócio-histórica. Assim sendo, o
aluno deverá reelaborar seus conhecimentos e desenvolver competências
lingüísticas por meio do uso e reflexão sobre a língua. Para tanto
utilizamos os mais variados textos, enfocaremos as práticas de : leitura,
oralidade e escrita procurando selecionar atividades que tenham
relação com a vivência do aluno tornando o ensino mais adequado à
87
realidade dos alunos. Serão realizadas leituras orais, individuais,
coletivas em duplas. Produções de textos individuais, coletivas, em
duplas. Reescrita de textos no quadro de giz. Exercícios elaborados pelo
professor. Pesquisas em enciclopédias, apresentações do estudo,
dramatizações, exposições dos trabalhos no mural. Em literatura, será
dado enfoque maior ao texto como um todo porque a literatura muito
mais do que um objeto portador de mensagens e ensinamentos, é um
jeito particular de enxergar o mundo, onde a fronteira entre a verdade e
a mentira é relativizada.
O melhor domínio de língua e seus códigos se alcança quando se
entende como ela é utilizada no contexto na produção do conhecimento
científico, da convivência, do trabalho ou das práticas sociais: nas
relações familiares ou entre companheiros, na política ou no jornalismo,
no contrato de aluguel ou na poesia, na física ou na filosofia. Para
trabalhar-se o conteúdo mais significativo serão utilizados jornais,
revistas, livros literários, didáticos, análise de filmes, júri simulados e
outros. Leitura expressiva de textos por parte do professor e aluno. Aulas
expositivas, leitura silenciosa, debates, diálogos, dinâmicas de grupo, uso
de livros didáticos e literários, uso da biblioteca para leitura,
apresentação de trabalhos. Exercícios escritos e produções de textos.
Na leitura
Ao aluno serão propiciados diversos momentos de leitura de
diferentes textos abordando o mesmo gênero textual, além de textos
diversos sobre o mesmo tema. Partindo sempre do conhecimento prévio
do aluno a respeito do gênero estudado e do tema abordado. Sempre que
possível o aluno será levado a levantar hipóteses sobre o texto lido
analisando o título, imaginando possíveis finais para o texto lido ou
escrito. Serão aplicadas diversas estratégias para desenvolver a leitura
como: compreender os propósitos implícitos e explícitos da leitura, ativar
e aportar à leitura os conhecimentos prévios relevantes para o conteúdo
em questão; verificar o conhecimento linguístico: como pronunciar,
vocabulário e regras da língua, observação das palavras, sinais notações
que funcionam como pistas. As preposições como até, ainda, já,
conjunções logo, portanto, são essenciais para o entendimento do texto.
Será abordado o conhecimento textual: textos narrativos (marcação
88
temporal cronológica, cenário, complicação, resolução), expositivos
(temática, problema, solução), descritivos (listagem, qualificação). E
também, ativar as capacidades cognitivas de:
a) compreensão - Em um primeiro momento deve o leitor ater-se
ao ponto de vista do autor, à tese que o autor defende no texto.
b) análise – É a capacidade de decompor um todo em suas partes,
partindo das sentenças-tópico dos parágrafos e suas relações com o
texto.
c) síntese – é a capacidade de colocar em ordem os pensamentos
essenciais do autor,
d) avaliação – é a capacidade de emitir um juízo de valor e de
verdade a respeito das ideias essenciais de um texto.
e) aplicação – é a capacidade de resolver situações semelhantes à
situação explicitada no texto.
Na escrita:
Por meio do estudo oral do gênero em questão o aluno será levado
a produzir o próprio texto observando o tema, interlocutor, finalidade do
texto observando a coesão e coerência além da clareza na defesa das
ideias, argumentação. Antes da produção do aluno serão analisados
diversos textos para que o aluno perceba os recursos usados, os
elementos essências do gênero estudado, sua finalidade. Ao término da
produção, o aluno revisará o seu texto podendo solicitar ajuda do colega
para que indique os possíveis problemas e assim possam ser sanadas as
duvidas na reescrita do texto eliminado os problemas que dificultam a
compreensão, bem como adequação do vocabulário, pontuação,
acentuação.
Na oralidade:
Os alunos serão estimulados a apresentar oralmente seus textos
produzidos, bem como prática da leitura oral, com entonação, pausa.
Outras atividades serão desenvolvidas como: leituras dos livros juvenis e
apresentação de resumos orais, declamação de poemas, debates,
palestras.
89
A disciplina ainda deverá enfocar a Lei 11.645 “História e cultura
afro-brasileira e indígena e a Lei 9.795/99 “Meio ambiente” . Sendo assim
ao selecionar textos dar-se-á espaço para serem estudadas lendas afro,
indígenas. Ao analisar personagens da literatura brasileira enfocar os
autores negros, analisar as imagens presentes nos livros e qual a visão é
passada sobre o negro, indígena, meio ambiente. A Lei 13.381/01
“História do Paraná” será trabalhada a partir da seleção de autores e
obras paranaenses.
Instrumentos de Avaliação:
- provas individuais, em grupos ou duplas;
- pesquisas e síntese dos trabalhos;
- apresentações orais das pesquisas e dos pontos de vista sobre
diversos temas.
- participação do aluno em classe;
- reelaboração de produções nos quais não foram atingidos os
objetivos propostos,
- debates –argumentação.
- produção de textos atendendo ao gênero trabalhado.
Critérios de avaliação:
LEITURA:
Espera –se que o aluno:
- realize a leitura compreensiva, crítica, estabeleça inferências
- localize informações explícitas em um texto;
- depreende informação implícita no texto;
- identifique o tema;
- identifique a tese;
- amplie seu léxico;
- perceba o ambiente no qual circula o gênero.
- identifique os argumentos utilizados pelo autor para defender a
tese;
- estabeleça relações entre o texto escrito e a imagem ( texto não-
verbal, gráfico, obra de arte, mapas) entre outros;
90
- reconheça palavras os expressões que denotam ironia, humor;
- manifeste-se por meio de julgamento, de crítica às relações
lógicos evidenciadas no texto e sua possível aplicação científica.
- compreende as diferenças decorridas do uso de palavras e/ ou
expressões no sentido conotativo e denotativo;
- Em relação às obras lidas literárias, amplie seu horizonte de
expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre
obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual;
- deduza os sentidos de palavras e/ ou expressões a partir do
contexto;
- compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou
expressões no sentido conotativo;
- conheça e utilize os recursos para determinar causa e
consequência entre partes do texto e elementos do texto;
- reconheça palavras e/ou expressões que estabeleçam a progressão
referencial;
- entenda o estilo , que é próprio de cada gênero.
- Identifica as vozes sociais presentes no texto.
ESCRITA:
Espera-se que o aluno:
- atenha-se ao tema e gênero proposto;
- atenda as finalidades do texto solicitado (narrar, argumentar,
relatar, descrever ou instruir);
- apresente argumentos que sustentam o ponto de vista;
- produza o texto com unidade de sentido;
- empregue adequadamente os recursos de coesão;
- identifique os recursos de linguagem: denotação, conotação,
elipse, repetição, pontuação, rima,...);
- use adequadamente a linguagem de acordo com o contexto;
- elimine os recursos exclusivos da oralidade;
- faça a concordância verbal e nominal adequadamente ;
- empregue a pontuação e acentuação.
- Expresse sua ideias com clareza;
*Elabore textos atendendo:
91
- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,
finalidade,...)
- à continuidade temática.
- Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
- Utilize recursos textuais como coesão e coerência,
informatividade, ...
- empregue palavras ou expressões no sentido conotativo;
- entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na
organização, retomadas e sequenciação do texto;
- perceba a pertinência e use os elementos discursivos,
textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e
consequência entre as partes e elementos do texto;
- Reconheça palavras e/ou expressões que estabeleçam a
progressão referencial.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
- Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e
informal);
- apresente argumentos que sustentem o ponto de vista;
- mantenha a coerência do texto;
- elabore texto oral com informatividade e aceitabilidade;
- empregue a linguagem adequada ao contexto;
- expresse-se com clareza;
- Organize a sequência da fala;
- respeite os turnos da fala
- participe ativamente de diálogos, relatos, discussões;
- utilize conscientemente expressões faciais, pausas e entonação
nas exposições orais;
- analise os argumentos dos colegas em suas apresentações e / ou
nos gêneros orais trabalhados;
- analise recursos de oralidade em cenas de desenhos, programas
infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros
As avaliações serão realizadas mensalmente as quais serão
atribuídos conceitos como A (8,0 a 10,0) , AP ( 6,0 a 7,9) e NA (até 5,9).
92
Recuperação Paralela
Será realizada toda vez que for constatado pouca aprendizagem.
Em relação às produções de textos serão os alunos orientados para a
reescrita e posterior avaliação do progresso em relação a primeira versão
. Serão tantas vezes revisadas as produções quantas os alunos refizerem.
Para apresentações orais de pesquisas, debates dar-se-á uma nova
oportunidade para que o aluno possa reapresentar o trabalho procurando
sanar as deficiências apresentadas anteriormente. Em relação as provas
escritas serão feitas recuperações posteriores com uma nova avaliação
escrita ou atividades para serem feitas em casa e apresentadas ao
professor.
Referências Bibliográficas
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São
Paulo: Parábola editorial, 2003.
CEREJA,William Roberto. Português: linguagens: ensino médio. 5 ed.
São Paulo: Atual, 2005.
FAULSTICH, Enilde L. Como ler, entender e redigir um texto.7 ed.
Petrópolis: Vozes, 1996.
FERREIRA, Gilvan,et al. Trabalhando com a Linguagem,1 ed. São
Paulo: Quinteto Editorial, 2006.
GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula. 2. ed. Cascavel:
ASSOESTE Editora Educativa, 1984.
KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor. 4 ed. Campinas: Pontes, 1995.
Kock, Ingedore G. V. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 1991.
PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba:
SEED,2009.
SOLÉ, Isabel. Trad. Claúdia Schilling. Estratégias de leitura. 6. Ed. Ed.
Porto Alegre: ArtMed, 1998.
93
Apresentação Geral da Disciplina de Matemática
A matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e
atuar no mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como um
fruto da construção humana na sua interação constante com o contexto
natural, social e cultural. É uma ciência viva, não apenas no cotidiano dos
cidadãos, mas também nas universidades e centros de pesquisas, onde se
verifica uma produção de novos conhecimentos que têm sido
instrumentos úteis na solução de problemas tanto científicos como
tecnológicos.
A matemática colabora para a informação da cidadania, sobre a
inserção das pessoas no mundo do trabalho, das relações sociais, da
cultura e sobre o desenvolvimento da crítica e do posicionamento diante
das questões sociais.
Os povos das antigas civilizações desenvolveram conhecimentos
matemáticos que vieram a compor a Matemática que se conhece hoje.
As primeiras considerações sobre álgebra elementar foram feitas
pelos babilônios , por volta de 2000 a . C. Como ciência, a Matemática,
surgiu nos séculos VI e V. a . C. , com os gregos. Também na Grécia, por
meio dos pitagóricos, descobriu-se a importância e o papel da
Matemática no ensino e na formação das pessoas. Com os platônicos: a
aritmética; com os sofistas: primeiras práticas pedagógicas. No século I
a . C., o quadrivium ( aritmética, geometria, música e astronomia).
No Brasil , a Matemática era de caráter técnico, nas academias
militares.
Essas abordagens históricas não são apenas curiosidades. Há um
vínculo com os fatos sociais e políticos, bem como os pensamentos
filosóficos e matemáticos com o avanço científico.
Devido à função do desenvolvimento das tecnologias marcantes no
mundo do trabalho, exigem-se trabalhadores mais criativos e versáteis,
capazes de entender o processo de trabalho como um todo, dotados de
autonomia e iniciativa para resolver problemas em equipe e para utilizar
diferentes tecnologias e linguagem. Com isso, os profissionais devem
estar ligados a um processo contínuo de formação e portanto, devem
aprender cada vez mais.
94
É papel da escola desenvolver uma educação que não dissocie
escola e sociedade, conhecimento e trabalho e que coloque o aluno ante
desafios que lhe permitam desenvolver atitudes de responsabilidade,
compromisso, crítica, satisfação e reconhecimento de seus direitos e
deveres.
A matemática pode dar sua contribuição à formação do cidadão ao
desenvolver metodologias que enfatizem a construção de estratégias, a
comprovação e justificativa de resultados, a criatividade, a iniciação
pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia advinda da confiança na
própria capacidade para enfrentar desafios.
As necessidades cotidianas fazem com que os alunos desenvolvam
uma inteligência essencialmente prática, que permite reconhecer
problemas, buscar e selecionar informações, tomar decisões e
desenvolver uma ampla capacidade para lidar com a atividade
matemática.
È fundamental que o professor estimule o aluno a pensar, a
trabalhar, a processar as informações e, ao mesmo tempo, o auxilie a
avaliar seus conhecimentos de acordo com as metas traçadas. O
professor deve oferecer propostas de ensino e atividades que possibilitem
ao processo-aprendizagem realizar-se de forma natural e eficiente.
Aprender matemática deve ser mais do que memorizar resultados,
isto é, a aquisição do conhecimento deve estar vinculada como o domínio
de um saber fazer matemática. Isto será alcançado através de um
processo lento, começando com atividades sobre resolução de problemas
de diversos tipos, com objetivos de criar intuições, de estimular a busca
de regularidade, a capacidade de argumentação que são elementos
fundamentais para o processo de formalização do conhecimento
matemático.
O ensino da Matemática também deve proporcionar ao aluno o
conhecimento humano, para que ele possa ler e interpretar a realidade e
desenvolver capacidades necessárias para atuação efetiva na sociedade e
na vida profissional.
95
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de identificar, nomear, calcular, desenhar
é necessário revelar a matemática como construção humana ao longo da
história e não como um conhecimento pronto e acabado; mostrar as
diferentes necessidades e preocupações de diversas culturas. Assim, a
história da matemática pode ser usada em sala de aula, destacando-se as
relações entre ela e as outras ciências.
O objetivo do trabalho educacional em matemática precisa, em
todos os momentos, ajudar os alunos a se apropriarem do conhecimento
para que se tornem cidadãos e tenham consciência dessa cidadania.
- Construir o significado de números a partir de seus diferentes
usos no contexto social, explorando situações-problema que
envolvam contagem, medidas e códigos numéricos.
- Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e
qualitativos da realidade, estabelecendo inter-relações entre
eles, utilizando o conhecimento matemático (aritmético,
geométrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico).
- Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e
resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos,
como intuição, indução, dedução, analogia, estimativa, utilizando
conceitos e procedimentos matemáticos.
- Trabalhar as ideias, os conceitos matemáticos intuitivamente,
antes da simbologia e da linguagem matemática.
- Interagir de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na
busca de soluções.
- Ler e interpretar textos matemáticos.
- Interpretar e utilizar representações matemáticas (tabelas,
gráficos, expressões...) e construir formas pessoais de registro
para comunicar informações coletadas.
- Desenvolver procedimentos de cálculos: mental, escrito, exato,
aproximado.
96
- Perceber semelhanças diferentes entre objetos no espaço,
identificando formas.
- Reconhecer grandezas mensuráveis como comprimento, massa,
capacidade e elaborar estratégias de medidas.
- Demonstrar interesse para investigar, explorar e interpretar.
- Utilizar adequadamente calculadoras e computadores,
reconhecendo suas limitações e potencialidades
- Estabelecer o pensamento algébrico como linguagem
- Analisar e descrever relações em vários contextos matemáticos
- Conceituar variável e incógnita; conhecer produtos notáveis e
coeficientes numéricos.
- Relacionar a geometria com a aritmética e a álgebra
- Analisar informações e dados com percepção, senso de
linguagem e raciocínio
- Valorizar definições, enunciados e demonstrações de fórmulas
para melhor compreensão e clareza do assunto.
- Fazer notações algébricas.
- Estabelecer correspondência entre as leis matemáticas,
geométricas e analíticas
- Ler e interpretar linguagem gráfica
- Utilizar gráficos como instrumento para resolução de exercícios
algébricos
- Criar condições de leitura crítica de diversos fatos.
- Quantificar, qualificar, selecionar , analisar e contextualizar
informações.
- Relacionar o conteúdo estatístico com a probabilidade.
97
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
1ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Reais.
Equações e Inequações Exponenciais.
Equações Logarítmicas.
Equações Modulares.
FUNÇÕES
Função Afim.
Função Quadrática.
Função Exponencial.
Função Logarítmica.
Função Trigonométrica.
Função Modular.
Função Inversa.
Função Composta.
GEOMETRIAS
Trigonometria no triângulo retângulo
- razões trigonométricas no triângulo retângulo.
- seno, co-seno e tangente.
Relações trigonométricas num triângulo qqualquer
- lei dos senos.
- lei dos co-senos.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Estatística
- coleta, organização e descrição de dados.
- leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas,
listas, diagramas, quadros e gráficos.
98
Conteúdos/Conteúdos Estruturantes
2ª série
FUNÇÕES
Progressão Aritmética
- seqüências.
- fórmula do termo geral da PA.
- soma dos termos de uma PA.
Progressão Geométrica
- soma dos termos de uma PG.
- o limite da soma dos termos de uma PG.
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Matrizes
- construção e lei de associação.
- classificação, tipos ou ordem de matrizes.
- adição e multiplicação de matrizes.
- multiplicação de matrizes por um número real.
Determinantes
- regra de Sarrus.
- determinante 4 x 4 ( regra de Chiò e Laplace ).
Sistemas Lineares
- resolução de um sistema linear: escalonamento.
- discussão de um sistema linear.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Análise combinatória
- princípio fundamental da contagem.
- fatorial.
- arranjo.
- combinação.
- permutação simples.
- permutação com repetição.
99
Binômio de Newton
- produto notável.
- quadrado da soma e da diferença.
- triângulo de Pascal.
- fórmula do termo geral e médio de um binômio.
Probabilidade
- experimento aleatório.
- espaço amostral.
- adição de probabilidades.
- multiplicação de probabilidades.
Noções de Estatística
- taxas percentuais.
- aumentos e descontos.
- Gráficos.
- interpretações gráficas, de tabelas e dados.
Conteúdos/Conteúdos Estruturantes
3ª SÉRIE
GEOMETRIAS
Geometria Espacial Métrica
Poliedros
- poliedros de Platão.
- poliedros regulares.
- relação de Euler.
Prismas
- áreas e volume.
Cilindros
- áreas e volume.
- cilindro eqüilátero.
Pirâmides
- áreas e volume.
100
Cones
- áreas e volume.
- cone eqüilátero.
Esfera
- área e volume.
Geometria Analítica
Ponto
- plano cartesiano.
- distância entre dois pontos.
- ponto médio entre um segmento.
Reta
- equação reduzida da reta.
- equação da reta dados dois pontos.
- coeficiente angular da reta.
- ângulo entre duas retas.
- condição de paralelismo e perpendicularismo entre retas.
- localização das retas no plano cartesiano.
- distância entre ponto e reta.
Circunferência
- circunferência.
- equação reduzida e normal da circunferência.
- localização da circunferência no plano cartesiano.
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Polinômios
- valor numérico de um polinômio.
- igualdade de polinômios.
- adição e multiplicação de polinômios.
- divisão de polinômios.
- teorema do resto de um polinômio.
Números Complexos
- o plano complexo.
101
- módulo e argumento de um número complexo.
- potências de i.
- adição de números complexos.
- multiplicação e divisão de números complexos.
Equações Algébricas
- conjunto solução de uma equação algébrica.
- teorema das raízes racionais.
- teorema das raízes imaginárias.
- relação de Girard.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Estatística
- coleta, organização e descrição de dados.
- leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas,
listas, diagramas, quadros e gráficos.
Metodologia
Para que o aluno aprenda matemática com significado é importante
que ele estabeleça conexões entre os diferentes temas matemáticos e
também entre estes e as demais áreas do conhecimento.
Para a inserção de cada indivíduo no mundo das relações sociais, a
escola deve estimular o crescimento coletivo e individual, o respeito
mútuo e as formas diferenciadas de abordar os problemas que se
apresentam. A compreensão e a tomada de decisões diante de questões
políticas e sociais dependem da leitura crítica e interpretação de
informações complexas que incluem dados estatísticos e índices
divulgados pelos meios de comunicação.
O tratamento da informação envolve noções de estatística,
possibilidades e chances: utilização de gráficos e tabelas de textos
jornalísticos para a formulação de questões e problemas.
O trabalho com o eixo matemático (números e álgebra, geometrias,
funções e tratamento de informações) ganharão significado na medida
102
em que seus estudos partem das relações que se podem estabelecer com
contextos sócio-culturais sem desconsiderar os contextos internos da
própria matemática.
Trabalhar com geometria na qual o aluno deve ser estimulado a fim
de explorar o espaço para nele situar-se, desenvolvendo habilidades de
observação tridimensional.
Utilizar a linguagem matemática da informação – coleta de dados,
medidas, tabelas, gráficos e porcentagens.
Utilizar a calculadora para facilitar alguns cálculos em momentos
que o aluno precisa estar com a sua atenção voltada para descobrir e
aprender. Mas é preciso cuidado com o seu uso em excesso pois pode
desabilitar os alunos para cálculos.
Utilizar jornais e revistas (áreas, porcentagens, proporcionalidade,
tabelas, gráficos...), fazendo análises, dando opiniões, tirando conclusões,
percebendo e compreendendo dados, tabelas, gráficos etc.
A partir da resolução de problemas o aluno terá a oportunidade de
aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações para
ter condições de buscar várias alternativas para resolução. A resolução
de problemas possibilita a compreensão de argumentos matemáticos pois
ajuda a vê-los como um conhecimento possível de ser apreendido por
todos no processo ensino-aprendizagem.
O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de
relevância social que produzem conhecimento matemático. Assim não
existe um único saber, mas vários saberes distintos. As manifestações
matemáticas são percebidas através de diferentes teorias e práticas que
emergem de ambientes culturais.
Na modelagem matemática é visto a valorização do aluno no
contexto social, procurando levantar problemas que sugerem
questionamentos sobre situações de vida.
Para que os alunos se motivem a estudar determinado
conteúdo é preciso atribuir significado a esse conteúdo, expondo o
assunto de maneira clara e interessante, podendo utilizar recursos tais
como: vídeos, jornais, jogos, computadores, revistas etc. Devido às
103
aplicações e a importância histórica dos temas é necessário fazer a
contextualização dos conteúdos.
A partir das descobertas e dificuldades, discutir, debater junto aos
alunos as possíveis maneiras de solução. O aluno deverá ser capaz de
tomar decisões diante de situações-problema; fazer análise das questões
propostas; interpretar gráficos; textos e enunciados; organizar dados e
informações contidas nas questões e realizar trabalhos ou pesquisas de
forma coerente com o que foi pedido.
Podemos abordar nos conteúdos ( Estruturantes e Específicos) o
Processo de Ensino Aprendizagem na Cultura e História , Afro-brasileira
e Indígena, através do sistema de numeração indígena com contagem de
tempo e na cultura africana nos sistemas de numeração de bases
diferentes( base 5, 10 e 20). Nos conteúdos estruturantes, tais como:
Geometrias, tem-se: na geometria plana, temos a parte de simetrias das
pinturas, paralelismo, perpendicularismo e triângulos; na geometria
espacial tem-se os objetivos utilitários e decorativos dos africanos e
indígenas ( flechas, canoas, vasos e outros formatos de sólidos
geométricos).
Em Grandezas e Medidas aparecem as medidas de áreas,
comprimento e volume, contagem de tempo ( constelação ) usados por
esses povos. Em Tratamento da Informação temos estatística ( pesquisas,
população, dados, tabelas, gráficos e porcentagens) referentes aos
indígenas e africanos. E em Funções faz-se a análise de gráficos de
funções com questões afro-brasileiras e indígenas.
Com jogos e brincadeiras pode-se explorar os conteúdos
matemáticos, desenvolvendo o raciocínio lógico, percepção espacial,
conteúdos de geometria , simetria, simbologia, mostrando a importância
da cultura desses povos nos nossos costumes.
Trabalhar os conteúdos de forma que o aluno compreenda a
matemática como um meio de resolver situações cotidianas. É importante
que os alunos participem de forma dinâmica, partindo de experiências já
adquiridas e que os levem a ampliar ou formular novos conceitos.
104
Avaliação
Conforme a proposta pedagógica da escola, a avaliação será
realizada por meio de atividades individuais, em duplas, em grupos,
pesquisas, participação nas aulas, no desenvolvimento das atividades,
além dos testes e provas.
Desta forma a avaliação compreende ser um instrumento
importante para fornecer informações sobre como está sendo realizado o
processo ensino-aprendizagem como um todo, tanto para o professor
como para a equipe escolar conhecerem e analisarem os resultados do
trabalho, assim como para o aluno verificar seu desempenho e não
simplesmente o acúmulo de conteúdos.
Deste modo a avaliação torna-se fundamental para repensar e
reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino, para
que realmente o aluno aprenda. Também deve ser entendida como
processo de acompanhamento e compreensão da dificuldade dos alunos
em atingir os objetivos. Portanto, avalia-se para identificar os problemas
e os avanços e redimensionar a ação educativa, visando o sucesso
escolar.
Referências Bibliográficas
- DCE -Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação
Básica do Estado do Paraná – Matemática – SEED
- LONGEN, Adilson ; Matemática em Movimento. Coleção
Dinâmica. Editora do Brasil. São Paulo.
- SMOLE, Katia Stocco e DINIZ, Maria Ignez; Matemática: Ensino
Médio. Editora Saraiva; 5ª edição, 2005 . São Paulo.
- MATERIAL SOBRE INSERÇÃO DA CULTURA AFRO INDÍGENA
NA ABORDAGEM DOS CONTEÚDOS MATEMÁTICOS. Enviados
por e-mail por Sandra Petermann.
105
Apresentação Geral da Disciplina de Química
A química é uma ciência que estuda os materiais que constituem a
natureza, sua preparação, as transformações que sofrem, as energias
envolvidas nesses processos. Ela está presente em todas as atividades da
humanidade, e pode-se dizer que tudo a nossa volta é química, pois todos
os materiais que nos cercam, passaram ou passam por algum tipo de
transformação.
A ciência , como um conjunto organizado de conhecimentos,
apresenta-se dividida em várias disciplinas, entre elas, a Química, que
estuda a natureza da matéria , suas propriedades, suas transformações e
a energia envolvida nesses processos. Portanto, o professor em sala de
aula tem do dever de proporcionar ao aluno o entendimento do assunto,
de modo acessível e prático, permitindo que os alunos busquem o
conhecimento na Química e exercitem o pensar para um melhor
aproveitamento dessas informações. A química constitui uma das formas
que o ser humano criou para interpretar a natureza a agir sobre ela, e o
seu objeto de estudo são os fenômenos e as substâncias que ocorrem ao
nosso redor, onde os conteúdos apresentados visam familiarizar a aluno
com conceitos básicos e importantes para o seu desenvolvimento e
aprendizado.
É necessário, portanto, fazer uma análise dos malefícios e
benefícios que essa ciência traz;é comum ouvirmos comentários que
depreciam esta ciência, mas mudar esta situação não é papel apenas do
químico, mas de toda a sociedade, que deve ser critica, exigindo que o
conhecimento promova uma melhor qualidade de vida e que permita uma
coexistência harmoniosa entre o homem e o meio ambiente.
Para o aluno, é de extrema importância que ele saiba que de um
modo ou de outro sempre estamos em contato com a “química”, por
exemplo, quando entramos num supermercado e observamos a imensa
variedade de produtos colocados a venda;a maioria destes provem de
industrias químicas ou passaram por algum tipo de reação que envolveu
química. Mas do mesmo modo que substâncias químicas podem
contribuir para o bem estar da humanidade, elas também podem, quando
usadas incorretamente, seja por ignorância ou incompetência, acarretar
106
doenças, poluição, desequilíbrio ecológico. O importante é passar de
modo claro para o aluno, que a presença da química é indispensável,
ressaltando quais vantagens ou problemas, a química pode
eventualmente trazer a humanidade.
Objetivos Gerais
A química possui uma lógica interna, métodos próprios de
investigação que se expressam nas teorias, nos modelos construídos para
interpretar os fenômenos que se propõe a explicar.
Apropriar-se desses códigos, dos conceitos e métodos relacionados
a química e compreender a relação entre ciência, tecnologia e sociedade,
representa a ampliação das possibilidades de compreensão do mundo e
da participação efetiva nesse mundo.
Levar o aluno a:
• Ler e interpretar textos de interesse científico e tecnológico;
• Interpretar e utilizar diferentes formas de representação (tabelas,
gráficos, expressões, ícones, leis e textos científicos);
• Compreender a química como uma construção humana, tendo
portanto uma história no espaço e no tempo;
• Compreender que a química está presente no dia a dia das pessoas;
• Entender o impacto das tecnologias, na sua vida pessoal, nos
processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na
vida social.
• Abranger de modo claro e especifico todo o conteúdo programado,
inclusive as noções gerais da química, ressaltando a importância da
química para o dia a dia;
• Conhecer e utilizar substâncias produzidas pela química que
colaboram para o bem estar da humanidade;
• Ilustrar os fenômenos ocorridos na química com exemplos do
cotidiano;
• Relacionar os assuntos trabalhados, com situações vivenciadas no
cotidiano;
107
Objetivos Específicos
• Compreender as origens e a evolução e identificar a química no
ambiente social.
• Definir matéria, entender a existência de diferentes tipos e suas
transformações.
• Entender conceito de número atômico, massa atômica. Reconhecer o
conceito de estrutura atômica.
• Reconhecer o conceito de estrutura atômica na construção de
instrumentos científicos ( luminosa radiação)
• Analisar a organização da Tabela Periódica e identificar propriedades
periódicas.
• Relacionar camadas, períodos com o diagrama de Linus Pauling.
• Entender a estrutura das ligações, representarem os processos de
ligações e diferenciá-los.
• Ácidos e bases; identificar , denominar, formular, definir e desenvolver
experimentos com os diferentes grupos de substâncias.
• Reconhecer, desenvolver e adquirir valores. Conhecer a extração,
produção e utilidades de alguns compostos químicos importantes no
cotidiano. Entender conceito de neutralização.
• Questionar os problemas de poluição no desenvolvimento industrial e
interferência na vida do ser humano.
108
Diferenciar os tipos de reações e a reorganização molecular.
• Identificar equações balanceadas ou não balanceadas, bem como
resolvê-las e relacionando as proporções em cada uma.
Conteúdos Conteúdos Estruturantes:
1º Ano do Ensino Médio.
• Histórico e importância:
• Descobertas acidentais. A química na agricultura, na saúde, nos
medicamentos
e nos alimentos.
• Noções Fundamentais:
Átomos, moléculas, substâncias e misturas; Fenômenos físicos e
químicos. Introdução às Leis Ponderais.
Água, solo, ar, alimentos industrializados. Combustão. Descargas
atmosféricas. Matéria e sua natureza.
• Elementos Químicos:
• Estudos do átomo;
• Classificação periódica;
• Propriedades dos elementos;
• Ligações químicas.
Eletricidade na matéria. A química do cabelo elétrico. Matéria e sua
natureza.
• Substâncias Químicas:
Funções:
Químicas Inorgânicas:
• Conceitos ácidos base ( Arrhenius, Bronsted- Lowry e Lewis).
• Funções : óxidos, ácidos, bases, sais, nomenclatura e propriedades.
• Preparação de óxidos ácidos e básicos.
• Uso de indicadores.
109
Sabor dos alimentos frutas. Porque o leite azeda? Porcesso de
industrialização de alimentos e sua conservação O que as cores
representam no pH?
• Tipos de reações: Balanceamento de equações por tentativas.
Preparação de misturas que envolva proporção como alimentos, massas
para indústrias de construção civil, adubações.
Objetivos específicos:
• Diferenciar os tipos de reações e a reorganização molecular.
• Identificar equações balanceadas ou não balanceadas, bem
resolvê-las, relacionado as proporções em cada uma.
• Identificar equações balanceadas ou não balanceadas, bem
resolvê-las, e relacionado as proporções em cada uma.
• Conhecer a extração, produção e utilidades de alguns compostos
químicos importantes no cotidiano.
• Questionar os problemas de poluição no desenvolvimento
industrial e interferência na vida do ser humano.
• Resolver cálculos pertinentes á estequiometria. Traduzir a
linguagem discursiva para outras linguagens usadas em química:
gráficos, tabelas e relações matemáticas.
• Compreensão de dados quantitativos, estimativa, medidas,
compreensão de relações proporcionais.
• Traduzir a linguagem para outras linguagens usadas em
química: gráficos, tabelas e relações matemáticas.
• Composto químicos importantes no cotidiano.
• Representação simbólica das transformações químicas e suas
modificações ao longo do tempo.
• Traduzir a linguagem discursiva para outras linguagens usadas
em química: gráficos, tabelas e relações matemáticas.
110
Conteúdos Conteúdos Estruturantes:
2º Ano do Ensino Médio
• Reações e balanceamento de equações por oxi-redução.
Preparação de misturas que envolva proporção como alimentos, massas
para indústrias de construção civil, adubações.
• Cálculos químicos e grandezas químicas. Estequiometria.
Água, solo, ar, alimentos industrializados. Combustão. Descargas
atmosféricas. Matéria e sua natureza.
• Soluções: densidade, molaridade, concentração e propriedades
coligativas.
Eletricidade na matéria. A química do cabelo elétrico. Matéria e sua
natureza.
• Termoquímica. Cinética química. Equilíbrio químico.
Aquecimento global. Cozimento de alimento. Combustão do carvão.
Digestão dos alimentos no organismo humano. Reação de fotossíntese.
Objetivos Específicos:
- Entender o conhecimento científico e tecnológico.
- Compreender o histórico da Química sintética.
- Reconhecer a aplicação da Química no cotidiano.
- Perceber a Química como constituinte do nosso próprio organismo.
- Discernir as diferentes regras de classificação das cadeias carbônicas.
- Interar-se da estrutura dos principais radicais.
- Conhecer os compostos orgânicos que são importantes para a
bioquímica.
- Compreender a linguagem utilizada na Química como: nomenclatura e
reconhecimento de fórmulas.
- Reconhecer as reações que ocorrem entre os compostos orgânicos.
- Identificar a composição química dos compostos orgânicos.
- Perceber os benefícios da Química , sensibilizando a um
comprometimento com a vida do planeta.
- Participar das aulas de laboratório desenvolvendo a capacidade de
investigar experimentar .
111
Conteúdos/Conteúdos Estruturantes
3º Ensino Médio
Introdução à química sintética
* Histórico
- Átomos de carbono ( valência, hibridação , propriedades)
- Cadeias carbônicas – classificação: ( Ramificada ou linear, aberta
(alifática) , fechada ( cíclica) ou aromática , homogênea , heterogênea,
saturada e insaturada )
- Compostos aromáticos e o câncer.
Radicais:
* Hidrocarbonetos: (Alcanos, alcenos, alcinos, alcadienos, ciclanos,
ciclenos e aromáticos),
- Petróleo.
- Aplicação das frações de petróleo.
- Cracking ou craqueamento do petróleo.
- Indústria petroquímica.
- Propriedades fisiológicas dos alcanos.
- Metano CH4 um alcano muito importante.
- Etileno H2C=CH2 um alqueno importante.
- Acetileno HC º CH um alquino muito importante.
- Plásticos : características gerais e reciclagem.
*Álcoois
- Dois alcoois importantes
- Fermentadas ou destiladas há restrições.
- Como as leveduras se reproduzem.
- Próalcool
- Combústível utilizado em competições automotivas.
- Bebida alcóolica também é considerada droga.
* Fenóis
- -TH-C – principal componente da maconha e os efeitos colaterais.
- Peeling químico
* Éteres
*Aldeídos
- Metanal ou aldeído fórmico
112
* Cetonas
- Acetona ou propanona.
- Repressão química
Conteúdos/Conteúdos Estruturantes
*Ácidos Carboxílicos
- Àcido fórmico ou metanóico e sua importância
- Àcido acético ou etanóico
- Sais de Ácidos Carboxílicos
* Esteres
- Flavorizantes.
* Èteres
- Antes da anestesia
* Aminas
- Aminas e a sáude
- Aminas cíclicas encontradas no cérebro
* Amidas
- Uréia : a alternativa de nosso organismo.
* Haletos orgânicos
- CFC - Como fazer ?
- Snopses das funções químicas
- Isomeria
- Algumas reações da química orgânica.
- Alguns materiais e substâncias importantes: lipídios,
aminoácidos,glicídios proteínas, polímeros naturais e artificiais.
Observação: os conteúdos serão complementados com a aula de
laboratório.
Conteúdos Estruturantes:
Matéria e sua Natureza;
Biogeoquímica;
Química Sintética.
113
Metodologia
Ao considerar a concepção dos princípios da disciplina de Química
julga-se necessário desenvolver um processo pedagógico partindo do
conhecimento prévio dos alunos elaborando conceitos científicos, onde o
saber deverá ser sistematizado e construído. Torna-se necessário se
utilizar de várias técnicas como: conversa informal, aula expositiva,
diferentes fontes textuais associadas a realidade do cotidiano do aluno
fazendo com que reconheça como a Química está presente na sua vida,
transparências, demonstração e realização de experimentos relacionando
a teoria e a prática resolução de atividades, atividades extra – classe.
Durante o ano letivo será utilizado como metodologia na disciplina
de química os seguintes instrumentos metodológicos:
• Aula com utilização de transparência,
• Aula expositiva;
• Pesquisas;
• Textos de jornais;
• Revistas e endereços na Internet, além do livro didático.
• Diferenciar os tipos de reações e reorganização molecular.
• Identificar equações balanceadas ou não balanceadas, bem
resolvê-las, e relacionado as proporções em cada uma
demonstrativa.
• Atividade de pesquisa.
• Confecção de cartazes e maquetes.
Avaliação
A avaliação se dará ao longo do processo ensino – aprendizagem
possibilitando ao professor , por meio de uma interação diária com os
alunos, contribuições importantes para apropriação de conteúdos
específicos tratados nesse processo.
È necessário que o processo avaliativo ocorra à partir de critérios
estabelecidos pelo professor respectivamente , estando sujeita a
alterações no seu desenvolvimento pelo fato de não ser única e acabada
utilizando de variadas formas:
114
- Conhecimentos acumulados pelos alunos e à prática social deles;
- Ao confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos;
- As relações e interações estabelecidas em seu progresso cognitivo, no
cotidiano escolar e fora dele.
Para que esta proposta de avaliação possa atender instrumentos
avaliativos é fundamental para propiciar uma avaliação real do progresso
cognitivo dos alunos . Neste caso o professor se utilizará de:
- Resultados observados no decorrer da aula, na resolução de
atividades, experimentos, prova oral e escrita , trabalhos de pesquisa,
trabalhos em grupo, atividades proposta para casa.
Durante o processo que será desenvolvida a disciplina, o sistema
de avaliação contempla : atividades desenvolvidas em sala, trabalhos de
pesquisas, avaliações escritas, atividades desenvolvidas na sala de aula
bem como no laboratório. Também será contemplado trabalhos de
pesquisas.
Recuperação Paralela:
Quando o aluno não assimilar os conteúdos propostos, será
contemplada a recuperação paralela visando com a retomada dos
conteúdos , a recuperação dos conceitos, tendo como ponto primordial o
aprendizado do aluno. Esta modalidade deve acontecer logo que se
perceba obstáculos de aprendizagem da primeira avaliação, tendo por
base 60% de aproveitamento da nota.
115
Referências Bibliográficas
CARVALHO Camargo de Geraldo - SOUZA Lopes de Celso, De olho
no Mundo
do Trabalho, Editora sapicione. São Paulo 2003.
Química Ensino Médio Secretaria de Educação.
SARDELLA, A.; Química – série novo ensino médio. 5ª ed. São
Paulo: Ática, 1999.
RICARDO Feltre, Fundamentos da Química, Editora Moderna ed.
São Paulo, 1996.
USBERCO e SALVADOR Química essencial-. Editora Saraiva e São
Paulo 2001.
Diretriz Curricular do Ensino da Química. Curitiba. 2006.
116
Apresentação Geral da Disciplina de Sociologia
A globalização derruba fronteiras provocando a sensação de que
pertencemos a uma sociedade com características únicas, mas não
apaga as diferenças sociais, econômicas e culturais entre regiões e
povos. Elas persistem e tendem a se agravar. Para compreender,
analisar, criticar e atuar na sociedade contemporânea, é de fundamental
importância o ensino da sociologia.
Nesse contexto, há um percurso histórico de construção de
conceitos e categorias que conferiram estatuto científico à Sociologia,
possibilitando que atualmente, as graves questões que marcam as
dinâmicas sociais, econômicas, políticas e culturais sejam questionadas
de perspectivas diferentes entre si.
Pensadores diversos como Mostequien, Rousseau, Spencer, Comte
e outros focalizaram o olhar sobre as relações sociais e as complexas
instituições modernas. Discutiram sua origem, as divisões de poderes do
Estado e a nova organização constituída ao longo do declínio e
desenvolvimento da ciência, das inovações técnicas e preocuparam-se
com a administração dos inevitáveis conflitos sociais e políticos.
No século XX, a Sociologia incorporou o pensamento de Karl Marx
e seus colaboradores que realizaram estudos da economia, filosofia,
política e da história e passaram a influenciar boa parte da produção
teórica do pensamento social.
Mais contemporaneamente, outros pensadores marcaram a
produção sociológica como Max Weber que construiu um campo teórico
denominado de análise compreensiva.
Assim a disciplina fundamenta-se no estudo de sociedade enquanto
objeto de análise e eixo de trabalho, proporcionando questionamento de
seus problemas possibilitando sua compreensão e propondo novos
caminhos de investigação.
A compreensão do mundo do trabalho poderá ser constituída a
partir de diferentes perspectivas que abordem a revolução
contemporânea no seu modo de organização bem como os diferentes
determinantes da sua divisão técnica, em nível internacional,
117
observando-se as especificidades regionais e locais e as relações entre
os homens e às influências sociais de seu comportamento.
É de extrema importância proporcionar uma visão sobre a
constituição das relações sociais em nível internacional e nacional.
Objetivos
- Desenvolver o pensamento sociológico.
- Compreender a sociologia (dentre as demais ciências) como um
contructo, histórica e socialmente determinada.
- Compreender a totalidade social como expressão de simultaneidade e
complexidade dos fenômenos sociais, produto de condicionantes
diversos.
- Perceber o processo de mundialização da economia e de inserção do
país no mercado internacional.
- Perceber os direitos (e respectivos deveres) do cidadão como parte
de uma construção social.
- Compreender as diferentes manifestações culturais como expressão
de povos, etnias, nacionalidades, segmentos sociais diversos.
- Construir sua identidade social (e pessoal) a partir do princípio de
alteridade.
- Compreender a Indústria Cultural em suas ações com os contextos
econômico, político, social e cultural em que se insere.
- Estabelecer relações entre o conhecimento teórico e as práticas
sociais.
- Elaborar hipóteses sobre as práticas sociais, exercitando análises,
interpretações, sínteses, servindo-se para tanto dos conhecimentos
sociológicos.
- Exercitar relacionar práticas sociais com contextos diversos.
- Caracterizar as relações políticas, econômicas e sociais em nível
nacional e internacional.
- Identificar funções desenvolvidas pelo Estado e funções cobradas ao
estado, analisá-las, compará-las.
- Observar nas práticas sociais o respeito / desrespeito, conhecimento/
desconhecimento dos direitos e deveres no exercício da cidadania.
118
- Identificar os direitos (e respectivos deveres) emergentes cuja
necessidade de institucionalização é reivindicada socialmente.
- Lidar de maneira construtiva com as diferenças, de tal forma a atuar
em equipe, construir, realizar e avaliar projetos de ação escolar.
- Analisar fenômenos da mídia servindo-se de conhecimentos
sociológicos.
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA E TEORIAS SOCIOLÓGICAS:
- O surgimento da Sociologia
- As teorias sociológicas na compreensão do presente;
- Modernidade; Renascimento; Iluminismo; Revolução Industrial;
- Desenvolvimento das ciências: conhecimento científico e senso
comum;
- Teóricos da Sociologia;
- A produção sociológica brasileira.
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS:
- A Instituição escolar;
- A Instituição religiosa;
- A Instituição familiar;
- A Instituição Sociológica Brasileira.
CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL
- Cultura ou culturas: uma contribuição antropológica
- Diversidade cultural brasileira
- Relativismo
- Identidade
- Cultura de massa, cultura erudita e cultura popular;
- Sociedade de consumo.
- Cultura AfroBrasileira e Africana.
- Cultura: criação ou apropriação?
TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS
- O processo de trabalho e a desigualdade social;
- A história dos modos de produção;
- Globalização;
119
- Capital humano; Reforma trabalhista e organização internacional
do trabalho;
- Economia solidária; Flexibilização; Neoliberalismo; Reforma
agrária; Reforma sindical; Relações de mercado.
PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA
• Conceito de Estado. Estado Moderno. Tipos de Estados. Conceito
de Poder.
Conceito de dominação. Conceito de política. Concieto de ideologia e
alienação.
DIREITO, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS
• Conceito moderno de direito. Conceito de movimento social.
Cidadania. Movimentos sociais urbanos. Movimentos sociais rurais.
Movimentos sociais conservadores.
Metodologia
O mundo contemporâneo se mostra como um mosaico diverso e, ao
mesmo tempo, integrado em escala planetária, instigando alunos e
professores a questionar seus condicionantes e características, seus
graves problemas sociais, econômicos, políticos, demográficos, raciais,
étnicos, religiosos e ecológicos.
A mundialização proporciona um paradoxo: excesso de informação
e sensação simultânea de não-pertencimento a um grupo social. A
globalização promoveu o rompimento das fronteiras geográficas, a
transferência de conhecimentos, tecnologias e informação de forma
acelerada. Assim a escola se vê às voltas com a necessidade de
responder ao questionamento e às inquietações da juventude que exige
nova postura daqueles que ensinam.
Assim os temas antes restritos a uma disciplina perpassam as
propostas das diferentes áreas do conhecimento e fazem com que sejam
trabalhados de modo interdisciplinar e contextualizados.
A interdisciplinaridade cria relação da reciprocidade, mutalidade,
interação e possibilita diálogos entre as fontes do saber, deixando-se
120
irrigar por elas. É a substituição de uma concepção fragmentária, é a
correlação das disciplinas.
A sociologia tem desempenhado, historicamente, o papel de
focalizar os problemas que moldam a realidade, questionando-os e
buscando, em diferentes sentidos e de diversas formas, respostas
múltiplas para a construção de caminhos viáveis para a convivência e a
construção da justiça social e econômica.
Metodologicamente, a proposta do currículo deve levar em
consideração as diferentes matizes de pensamento para ampliar as
possibilidades de análise, tendo em vista a complexidade dos fenômenos
sociais, pois nenhum deles pode ser explicado apenas a partir de uma
única perspectiva teórica.
O professor trabalhará com análise de textos, vídeos e outros
instrumentos que proporcionam reflexão e crítica. Além disso,
produções de textos, seminários, relatos orais, questionamentos
diversos.
Para que a sala de aula seja um laboratório experimental do
diálogo, a metodologia de ensino deverá levar em conta a organização
em núcleos temáticos, leituras diversas, pesquisas, debate em sala e a
elaboração da experiência da aula. Assim o aluno apropriar-se-á do
conhecimento científico e desenvolverá as competências básicas para o
exercício da cidadania.
Avaliação
A partir do momento em que o professor desenvolve um conteúdo
mais significativo e uma metodologia participativa, deve desenvolver
uma avaliação diferenciada. O sujeito só adquire o conhecimento quando
num processo ativo reconstrói o objeto do conhecimento. Assim não
cabe mais aqui a avaliação autoritária, decorativa, repetitiva, sem
sentido.
A avaliação deverá ser contínua, verificando os vários momentos
do desenvolvimento dos alunos e não os julgando apenas num
determinado momento. Deve-se avaliar o processo da construção de
habilidades e competências e não apenas o produto final.
121
A avaliação deve ter efeito prático: mudar a forma de trabalho
tanto do professor que deve dar atenção especial aos alunos com
dificuldades, organizar a recuperação paralela, quanto do aluno que
deve também rever o esquema de participação na construção do seu
conhecimento.
O erro não pode ser visto como um absurdo, pois faz parte da
aprendizagem à medida que expressa uma hipótese de construção do
conhecimento. É excelente material de análise, pois revela como o
educando está pensando, possibilitando ajudá-lo a reorientar a
construção do conhecimento.
Portanto, a avaliação deverá acontecer diariamente, num processo
contínuo a fim de detectar as dificuldades e viabilizar novas
oportunidades de conhecimento. Deverá possuir um caráter de
valorização do aluno, bem como ser praticada de forma diagnóstica e
cumulativa. Para isso o professor fará registros descritivos a fim de
acompanhar o desenvolvimento das competências e habilidades.
Referências Bibliográficas:
ARBONOZ, S. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 1989.
BRANDÃO, C.R. O que é Educação. São Paulo: Brasiliense, 1982.
Livro Didático do Estado.
OLIVEIRA Pésico Santos de. Introdução à Sociologia. São Paulo. Ed.
Àtica, 2000.
SANTOS, J. L. O que é Cultura. São Paulo: Brasiliense, 1983.
WEBER, M. A ética protestante e o espiritismo do capitalismo. São Paulo.
Ed.
Pioneira, 1996.
122
Apresentação Geral da Disciplina da Língua Estrangeira Moderna
Espanhol.
A Língua Estrangeira Moderna, enfatizada nos princípios da LDB,
fixa-se na ideia que pode recuperar de alguma forma a importância que
durante muito tempo foi-lhe negado. Discute-se sua importância do ponto
de vista da formação do indivíduo, assumindo uma condição de
indissolubilidade do conjunto dos conhecimentos essenciais que
permitem ao estudante aproximar-se de várias culturas e
consequentemente propiciar sua integração no mundo globalizado que
estamos presenciando a cada dia.
Para propiciar boas condições de aprendizado deve-se deixar de
lado a concepção de que se aprende por memorização porque no mínimo
o aluno passará a repetir frases descontextualizadas ano após ano sem
apropriar-se do conhecimento básico necessário para o exercício da
cidadania. É preciso oportunizar ao aluno um trabalho sério com a língua
escrita, através principalmente da leitura diversificada de textos que
enriquecerão o universo do mesmo.
A língua está em permanente evolução e por isso temos várias
formas de discurso que a compõe dentro de uma sociedade – o discurso
publicitário, o poético, a fala comum de todo dia. Fazer o aluno tomar
consciência dessa realidade, que ele vive ao entrar em contato com vários
discursos é um dos objetivos. O aluno deve perceber que esse fato não é
só válido para a sua língua, mas também para a língua do outro desde
que o professor apresente vários tipos de textos em língua estrangeira.
Acreditamos que através do confronto com o novo, com a cultura do
outro, o aluno terá mais facilidade em se posicionar reconhecendo sua
situação geográfica, econômica e cultural de seu próprio país ao
enxergar e respeitar as diferenças entre as culturas. A tecnologia
moderna propicia entrar em contato com os mais variados pontos do
mundo, assim como conhecer os fatos praticamente no mesmo instante
em que eles acontecem. A televisão a cabo e a Internet são alguns
exemplos de como os avanços tecnológicos nos aproximam e nos
informam do mundo.
123
Segundo, Lifo (2001), o professor precisa estar sempre se
atualizando , não só porque o mundo está em constante mudança, mas,
principalmente, para ser capaz de provocar mudanças.
Na década de 70, o pensamento nacionalista do regime militar
tornava o ensino de línguas estrangeiras um instrumento a mais das
classes favorecidas para manter privilégios, já que a grande maioria dos
alunos de escola pública não tinha acesso a esse conhecimento.
Em 1976, o ensino da Língua Estrangeira voltou a ser valorizado ,
quando a disciplina se tornou novamente obrigatória somente no segundo
grau, desde que a escola tivesse condições de oferecê-la.
O reconhecimento da importância da diversidade de idiomas
também ocorreu na Universidade Federal do Paraná, a partir de 1982,
quando foram incluídas no vestibular as Línguas Espanhola, Italiana e
Alemã.
Em 15 de agosto de 1986, a Secretaria de Estado da Educação
criou, oficialmente, os Centros de Línguas Estrangeiras Modernas
(CELEM) como forma de valorizar o plurilinguismo e a diversidade
étnica que marca a história paranaense.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
nº 9.394 determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua
estrangeira moderna no Ensino Fundamental, a partir da quinta
série, e a escolha do idioma foi atribuída à comunidade escolar,
conforme suas possibilidades de atendimento.
Para o Ensino Médio, a lei determinou que fosse incluída uma
Língua Estrangeira Moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela
comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das
possibilidades da instituição.
Em 1998, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais
para o Ensino Fundamental de Língua Estrangeira pautados numa
concepção de língua como prática social fundamentada na abordagem
comunicativa.
Em 1999, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais de
Língua Estrangeira para Ensino Médio, cuja ênfase está no ensino da
comunicação oral e escrita, para atender as demandas relativas à
formação pessoal, acadêmica e profissional.
124
Como resultado de um processo que buscava destacar o Brasil no
Mercosul, em 05 de agosto de 2005, foi criada a lei nº 11.161, que tornou
obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos de Ensino
Médio buscando atender a interesses político-econômicos para melhorar
as relações comerciais do Brasil com países de Língua Espanhola.
No ano de 2004, a SEED abriu concurso público para compor o
quadro próprio do magistério, com vagas para professores de Espanhol,
suprir a demanda prevista pela lei e valorizar ainda mais o ensino da
Língua Estrangeira Moderna .
O ensino de Língua Estrangeira Moderna será norteado para um
propósito maior de educação, considerando as contribuições de Giroux
(2004) “ao rastrear as relações entre língua, texto e sociedade, as novas
tecnologias e as estruturas de poder que lhes subjazem”.
Propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um
espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade
linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba
possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em
que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são
sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de
transformação na prática social.
Aprender uma língua estrangeira é entrar para um mundo
desconhecido por isso que não temos, segundo Baktin, uma língua a
aprender, mas as várias formas de discursos que a compõe dentro de
uma sociedade. Todo discurso está vinculado à história e ao mundo
social. Dessa forma, os segmentos estão expostos e atuam no mundo por
meio do discurso e são afilados por ele.
O ensino de uma língua estrangeira na escola tem um papel
importante à medida que permite ao aluno entrar em contato com outras
culturas, com modos diferentes de ver e interpretar a realidade.
Conhecer e ser capaz de usar uma língua estrangeira, permite aos
sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e participantes
ativos do mundo. Ao estudar uma língua estrangeira o aluno aprende
também como atribuir significados para entender melhor a realidade.
125
Objetivo Geral:
Possibilitar aos alunos que usem uma língua estrangeira em
situações de comunicação – produção e compreensão de textos verbais e
não-verbais, inserindo -os na sociedade como participantes ativos
capazes de se relacionar com outras comunidades e outros
conhecimentos construindo significados para entender melhor a
realidade, alargando horizontes e expandindo suas capacidades
interpretativas e cognitivas.
Objetivos da prática de oralidade:
- Utilizar a língua espanhola como instrumento de acesso a
informações de outras culturas e de outros grupos sociais.
- Expressar-se com segurança nas apresentações orais, discutindo
diferentes pontos de vista.
- Oportunizar expressão de ideias próprias em público, auxiliando a
desinibição e autoconfiança.
-Desenvolver a expressão oral mediante apresentações de trabalhos
de pesquisa.
- Aprimorar a expressão oral adquirindo diferentes formas de
conhecimento através da leitura de vários gêneros.
- Expressar-se oralmente através de pensamentos completos e
claros, pronúncia correta e expressividade.
- Discutir assuntos lidos com expressividade.
- Ser capaz de usar a língua em situações de comunicação oral.
- Participar integralmente nas atividades orais como colaborador,
ouvinte e expositor .
Objetivos da leitura:
- Adquirir o gosto pela leitura, ampliando seu vocabulário e
conhecendo novas realidades através dos textos trabalhados.
- Despertar o interesse pelo mundo hispânico e suas várias
manifestações culturais.
126
- Ter acesso a diversos discursos que circulam para construir outros
discursos alternativos e que possam colaborar na luta política contra a
hegemonia.
- Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer,
utilizando-a como meio de acesso ao mundo.
- Desenvolver a habilidade de captar as ideias centrais dos textos.
- Analisar os fatos linguísticos fazendo abstração de seu conteúdo.
- Identificar as ideias principais de cada parágrafo.
- Pesquisar sobre a História e Cultura Afro - Brasileira e Indígena.
- Ler diversos textos sobre a Cultura Afro - Brasileira e Indígena.
- Ler textos diversificados sobre a Educação Ambiental para maior
conscientização.
Objetivos da prática da escrita:
- Compreender e analisar criticamente as mensagens dos textos
estudados.
- Produzir textos que apresentem coerência, coesão, argumentação
e criatividade de expressão.
- Reestruturar os textos para que apresentem clareza nas ideias,
objetividade e aceitabilidade da escrita.
- Conhecer outras culturas como a Afro - Brasileira e Indígena
através de pesquisas.
- Demonstrar conhecimento da organização textual por meio do
reconhecimento da informação, do tema e dos conectores do discurso.
- Analisar os textos quanto à temática, nível de argumentação,
parágrafos e recursos coesivos.
- Demonstrar conhecimento da língua referente ao vocabulário,
estruturas pragmáticas, pensamento lógico e adequação linguística.
- Produzir textos de acordo com os elementos de cada gênero.
- Produzir textos de gêneros diferentes sobre a Educação
Ambiental.
Conteúdo estruturante: Discurso como prática social.
127
Conteúdos Específicos : 1ª Série do Ensino Médio.
- Gêneros discursivos: reportagens, literários, histórias em
quadrinhos, entrevistas, classificados, notícias, anúncios publicitários,
avisos, lendas, crônicas, paródias, receitas culinárias, palestra,
informativos, poéticos, carta formal e informal, debates.
- Leitura de diferentes textos.
- Leitura de tipologias diferentes sobre a Cultura Afro - Brasileira e
Indígena.
- Tema dos textos.
- Análises de textos.
- Intencionalidade.
- Argumentatividade.
- Produção de textos com os gêneros em estudo.
- Elementos composicionais.
- Reestruturação de textos.
- Artigo neutro “lo”.
- Uso de “muy e mucho”.
- Masculino e feminino.
- Plural e singular de substantivos e de adjetivos.
- Uso de “donde, adónde e de donde”.
- Pesquisa sobre a gastronomia espanhola.
- Preposições.
- Verbos irregulares.
- Heterotónicos.
- Verbos no imperativo.
- Acentuação: agudas, llanas, esdrújulas e sobresdújulas.
- Acentuação dos monossílabos.
- Pesquisa sobre Julio Cortázar.
- Linguagem verbal.
- Particularidades em espanhol.
- Gênero e número dos substantivos.
- Numerais cardinais e ordinais.
- Gravação de textos para desenvolver a audição.
- Músicas para ampliação do vocabulário.
128
- Cruzadinhas e caça palavras para revisão de conteúdos.
(passatempos)
- Gênero e número dos adjetivos.
- Pronomes interrogativos.
- Pronomes possessivos.
- Heterosemánticos.
- Onomatopeias.
- Pesquisa sobre Miguel de Cervantes.
- Principais sufixos.
- Estudo do gerúndio.
- Pronomes pessoais para complementos diretos e indiretos.
- Pesquisa sobre o Mercosul.
- Pesquisa sobre educação Ambiental.
Conteúdos específicos: 2ª Série do Ensino Médio.
- Gêneros discursivos: narrativos, diálogos, descritivos, poesias,
cartas pessoais, histórias em quadrinhos, texto publicitário, contos de
fadas, resumo, paródia, lendas, paráfrases, palestra, literários,
argumentativos, artigos de opinião, debates.
- Leitura de diferentes textos.
- Leitura sobre a cultura Afro - Brasileira e Indígena.
- Leitura sobre a Educação Ambiental.
- Tema dos textos.
- Interpretação.
- Intencionalidade.
- Particularidades em espanhol.
- Elementos composicionais.
- Produção de textos de acordo com os gêneros estudados.
- Reestruturação textual.
- Declamação de poesias.
- Pronomes possessivos.
- Pretérito perfeito composto.
- Particípio dos verbos regulares e irregulares.
- Apócope de adjetivos.
- Gravação de textos para desenvolver a audição.
129
- Músicas para enriquecimento do vocabulário.
- Cruzadinhas e caça palavras para revisão de conteúdos.
(passatempos)
- Revisão do “muy e mucho”.
- Pesquisa sobre Violeta Parra.
- Pesquisa sobre Pablo Neruda.
- Interjeição.
- Formação de aumentativos e diminutivos.
- Discurso direto e indireto.
- Pronome complemento direto e indireto.
- Roteiro de um livro de literatura.
- Pretérito imperfeito do indicativo.
- Linguagem formal e informal.
- Modo imperativo.
- Pesquisa sobre o Tango.
- Preposições.
- Heterogenéricos.
- Pesquisa sobre as festas espanholas.
- Argumentação sobre as ideias contidas nos textos.
- Pronomes relativos.
- Heterosemânticos.
- Sufixos de diminutivos e aumentativos.
- Vozes dos verbos.
- Pesquisa sobre o Mercosul.
- Pesquisa sobre a Educação Ambiental.
Conteúdos Específicos: 3ª Série do Ensino Médio.
- Gêneros discursivos: textos de opinião, entrevista, itinerário de
viagem, cartão postal, argumentativos, informativos, publicitários,
notícias de jornal, poesias, cartas oficiais, cartas pessoais, diálogos,
histórias em quadrinhos, crônicas, lendas, “chistes”, peças teatrais,
românticos, anedotas.
- Leitura de diversos textos .
- Leitura sobre a cultura Afro - Brasileira e Indígena.
- Leitura sobre a Educação Ambiental.
130
- Tema dos textos.
- Análise textual.
- Intencionalidade.
- Particularidades em espanhol.
- Conteúdo temático.
- Argumentatividade.
- Elementos composicionais.
- Produção de textos de acordo com os gêneros estudados.
- Reestruturação textual.
- Apresentação oral de pesquisas.
- Perífrases verbais.
- Conjunções.
- Elipse.
- Pesquisa sobre “ El Camino de Santiago”.
- Voz passiva e ativa.
- Advérbios.
- Pesquisa sobre Pablo Neruda.
- Declamação de poesias.
- Tempos compostos do indicativo.
- Interjeições.
- Formação de aumentativos e diminutivos.
- Dramatização de diálogos.
- Discurso direto e indireto.
- Roteiro de um livro de literatura.
- Particípios regulares.
- Valor dos adjetivos.
- Resumo de um livro de literatura.
- Pronome relativo.
- Pesquisa sobre a Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
- Pesquisa sobre a Educação Ambiental.
- Pesquisa dos países que têm o idioma oficial - o espanhol.
- Sufixos apreciativos.
- Análise sobre os quadros de Tarsila do Amaral.
- Questões de vestibular. (simulados)
131
Práticas Discursivas:
O trabalho com a língua estrangeira, fundamenta-se na diversidade
de gêneros discursivos e busca alargar a compreensão dos diversos usos
da linguagem bem como, a ativação de procedimentos interpretativos e
alternativos no processo de construção de possíveis significados, pelo
leitor.
O texto, entendido como unidade de sentido, no qual todos os
elementos interligados vão constituir a unidade de sentidos, pode ser
oral, escrito, verbal e não verbal. Para Bakhtin ( 1992) , “o texto é a
materialização de um enunciado e é entendido como unidade
contextualizada da comunicação verbal.”
É importante que os alunos tenham consciência de que há várias
formas de produção e circulação de textos em nossa cultura e em outras,
de que existem diferentes práticas de linguagem no âmbito de cada
cultura, e que essas culturas práticas são valorizadas também de formas
diferentes nas distintas sociedades.
O trabalho proposto nas Diretrizes Curriculares está ancorado na
perspectiva de uma leitura crítica, a qual se efetiva no confronto de
perspectivas e na construção de atitudes diante do mundo. O leitor passa
a ser participante do processo de construção de sentidos e dos
procedimentos interpretativos que alargam suas possibilidades de
entendimento do mundo.
Metodologia
O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do
entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que
meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são
possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o
mundo e de conhecer significados.
O ponto de partida das aulas de Língua Estrangeira Moderna será o
texto, verbal e não - verbal. O professor deverá abordar os vários gêneros
textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero
estudado, sua composição, as informações, a intertextualidade, os
recursos coesivos, a coerência e por último a gramática. Portanto, é
importante que o aluno tenha acesso a textos de várias esferas sociais. O
132
objetivo será interagir com a infinita variedade discursiva presente nas
diversas práticas sociais.
A produção de um texto se faz sempre a partir do contato com
outros textos, que servirão de apoio e ampliarão as possibilidades de
expressão dos alunos.
A aula de Língua Estrangeira Moderna deve ser um espaço em que
se desenvolva a abordagem de leitura discursiva. A inferência é um
processo cognitivo relevante porque possibilita construir novos
conhecimentos, a partir daqueles existentes na memória do leitor, os
quais são ativados e relacionados às informações materializadas no texto.
O trabalho com a produção de textos na aula de Língua Estrangeira
Moderna precisa ser concebido como um processo dialógico ininterrupto,
no qual se escreve sempre para alguém de quem se constrói uma
representação.
O trabalho com a análise linguística torna-se importante na medida
em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas
apresentadas. Ela deve ser subordinada ao conhecimento discursivo, ou
seja, as reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades
específicas dos alunos, a fim de que se expressem ou construam sentido
aos textos.
Ao interagir com diversos textos, o aluno perceberá que as formas
linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo
significado, mas são flexíveis e variam conforme o contexto e a situação
em que a prática social de uso da língua ocorre.
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os
alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, é aprender a
expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo com limitações.
Com relação à escrita esta deve ser vista como uma atividade
sociointeracional. É importante direcionar as atividades de produção
textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da produção e
para quem se escreve, em situações reais de uso.
As atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão
práticas e conhecimentos mencionados, de modo a proporcionar ao aluno
condições para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação
aos discursos.
133
A Língua Espanhola deve capacitar o aluno a falar, ler e escrever,
portanto se dará prioridade aos textos de forma contextualizada e
vinculada com a realidade.
O objetivo da Língua Estrangeira é ser veículo fundamental na
comunicação entre os homens. Por seu caráter de sistema simbólico,
como qualquer linguagem, ela funcionará como meio para se ter acesso
ao conhecimento e, portanto às diferentes formas de pensar, de criar, de
sentir, de agir e de conceber a realidade, o que propicia ao indivíduo uma
formação mais abrangente e sólida. Não nos comunicamos somente por
palavras, os gestos dizem muito sobre a forma de pensar das pessoas,
assim como as tradições e a cultura de um povo esclarecem muitos
aspectos de sua forma de ver o mundo e de aproximar-se dele. Assim,
também as semelhanças e diferenças entre as várias culturas,
( espanhola, indígena a afro-brasileira, etc) a constatação de que os fatos
sempre ocorrem dentro de um contexto determinado, a aproximação das
situações de aprendizagem à realidade pessoal e cotidiana dos
estudantes, entre o espanhol e as demais disciplinas. Numa perspectiva
interdisciplinar e relacionada com contextos reais, o processo ensino
aprendizagem do espanhol adquire nova configuração e requer a afetiva
colocação em prática dos princípios fundamentais: entender, falar, ler e
escrever.
O aluno precisa comunicar-se de maneira adequada, em diversas
situações da vida cotidiana. Não podemos esquecer que o ensino possui,
entre suas funções, um compromisso com a educação para o trabalho e
com o exercício pleno da cidadania.
O texto enquanto unidade de linguagem em uso, ou seja, em
unidade de comunicação verbal que pode ser tanto escrito, oral ou visual
será o ponto de partida das aulas de língua estrangeira moderna. É
fundamental apresentar ao aluno textos em diferentes gêneros textuais.
O objetivo será proporcionar ao aluno a possibilidade de interagir com a
infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.
Ler em língua estrangeira pressupõe a familiarização do aluno com
os diferentes gêneros textuais, provenientes das várias práticas sociais de
uma determinada comunidade que utiliza a língua que se está
aprendendo.
134
Os conteúdos serão desenvolvidos através de pesquisas na
biblioteca e no laboratório de informática de assuntos propostos.
Apresentações orais e escritas das pesquisas realizadas. Dramatizações
em grupos de textos, diálogos. Declamações de poesias; músicas para
revisão de alguns conteúdos. Confecção de cartazes, murais com os
gêneros estudados. Leitura oral, individual e coletiva de diversos gêneros
textuais. Após a leitura serão feitos debates, conversações, tradução
oral, enriquecimento vocabular e, posteriormente às produções de
textos. Sob a orientação do professor serão realizadas as reescritas
textuais para que apresentem coerência, argumentação nas ideias e
objetividade. Serão confeccionados alguns jogos educativos com os
assuntos trabalhados e exposição dos mesmos para todos. Para
aprofundar mais os gêneros serão confeccionados folders. Para as
atividades de grafia, ortografia, vocabulário serão realizados alguns
passatempos como: cruzadinhas, caça - palavras, joguinhos, quebra-
cabeças.
Para fixar melhor alguns gêneros textuais serão produzidos gibis,
livrinhos com resumos de livros de literatura. Quanto à audição serão
utilizadas gravações de músicas, diálogos, textos, poemas para ouvir,
completar, recortar e montar os parágrafos de acordo com o rádio.
Avaliação
A avaliação é algo presente em todo o empreendimento humano.
Estamos sempre julgando alguém, segundo a nossa forma de ver a
realidade, segundo nossos valores e nosso próprio critério. Não basta
julgar o aluno, ou seja, classificar em termos de rendimento, é preciso
que seja feito algo para que o aluno progrida e o professor olhe se está
atingindo os objetivos propostos. Neste sentido a avaliação do
rendimento é vista como um diagnóstico do aluno, facilitando ao
professor tomar decisões no sentido de levar o aluno à competência
desejada.
A avaliação é um processo e como tal deve ser dinâmica, contínua e
somente se completa quando se tomam decisões a respeito da
continuação do progresso. O ato de avaliar não acontece em momentos
isolados, mas faz parte do conjunto de atividades que devem ser
135
coerentes entre si. Para facilitar, o professor deve fazer registros sobre
os avanços de seus alunos. As atividades da avaliação devem ser
coerentes com as atividades trabalhadas em sala: produção oral e escrita,
compreensão auditiva, leitura, pesquisas, apresentações, dramatizações,
declamações, reescritas.
A avaliação precisa ser entendida como um instrumento de
compreensão do nível de aprendizagem dos alunos em relação aos
conceitos estudados e às habilidades desenvolvidas. Trata-se de uma
ação que necessita ser contínua, pois o processo de construção de
conhecimentos dará muitos subsídios ao educador para perceber os
avanços e dificuldades dos alunos, de maneira que possa rever sua
prática e redirecionar suas ações, se for preciso.
Segundo Ramos, “ é um desafio construir uma avaliação com
critérios de entendimento reflexivo, conectado, compartilhado e
autonomizador no processo ensino / aprendizagem, que nos permite
formar cidadãos conscientes, críticos, criativos, solidários e autônomos.”
Quanto à leitura de textos diversificados, pretende-se formar
leitores ativos, ou seja, capazes de produzir sentidos na leitura dos
textos, tais como: inferir, servindo-se dos conhecimentos prévios,
levantar hipóteses a respeito da organização textual, perceber a
intencionalidade, posicionamento argumentativo, etc. A leitura faz pensar
criticamente na língua que se está aprendendo e motiva o aluno a
expressar oralmente suas ideias frente ao texto.Portanto, deve ser
observada a capacidade do aluno em estabelecer relações intertextuais, a
capacidade de extrair informações, de perceber diversos pontos de vista
nos textos trabalhados.
As atividades de conversação, debates e análise de textos
oralmente permitem ao aluno ocupar efetivamente um papel de
participante e criador, seja expressando suas ideias, falando de si mesmo,
discutindo com seus colegas, em fim, comunicando - se no sentido mais
amplo da palavra. Assim, na oralidade verificar se o aluno é capaz de
expor suas ideias de forma clara e consegue argumentar seu ponto de
vista apresentando adequação do discurso ao gênero proposto.
Quanto à prática de produção observar o avanço do aluno nas
ideias, nível de informação sobre o assunto trabalhado, adequação ao
136
tema proposto argumentação, coesão, coerência, as características de
cada gênero, utilização adequada de recursos linguísticos (pontuação,
classes de palavras).
O texto pode ser revisto e reescrito pelo próprio aluno sob a
orientação do professor, melhorando assim seus argumentos, ideias,
organização, unidade, seleção adequada do léxico, utilização de recursos
gráficos que orientem a leitura e a interpretação do interlocutor, tudo
isso em função do gênero ou tipo e dos objetivos do texto.
Por isso a avaliação será contínua, permanente e com a finalidade
de acompanhar e aperfeiçoar o processo ensino – aprendizagem.
A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu
verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da
aprendizagem bem –sucedida. A condição necessária para que isso
aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de
autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel
de auxiliar o crescimento.
Recuperação de estudos
A recuperação de estudos será realizada toda vez que for
constatado pouco rendimento na aprendizagem. Esta será através da
revisão dos conteúdos não assimilados; atividades complementares;
reescrita de textos; reapresentação de trabalhos orais e uma nova
avaliação escrita, para que os alunos possam sanar as dificuldades
apresentadas anteriormente. A recuperação de estudos além de ser útil
para a verificação da aprendizagem dos alunos servirá principalmente
para o professor repensar sua metodologia e poder planejar suas aulas de
acordo com as necessidades, dificuldades e possibilidades dos alunos. É
através da avaliação que é possível perceber quais são os conhecimentos
linguísticos, discursivos, sócio pragmáticos, culturais; e as práticas :
leitura, escrita ou oralidade, que ainda não foram suficientemente
trabalhadas e que por isso precisam ser abordados mais para garantir a
efetiva interação do aluno com os discursos na língua estrangeira.
137
Referências Bibliográficas
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec,
1988.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
Brasília: MEC,1996.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes
Curriculares da Educação Básica de Língua Estrangeira Moderna.
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SOUZA. Jair de Oliveira.¡Por Supuesto!: español para brasileños. São
Paulo: FTD, 2003.
MARTÍN, Ivan Rodríguez. Espanhol série brasil.São Paulo: Ática, 2003.
ROMANOS, Henrique & CARVALHO, Jacira Paes.Espanhol Expansión.
São Paulo: FTD, 2004.
FLAVIAN, Eugenia. BRIONES, Ana Isabel. Español Ahora. São Paulo:
Moderna.
138
Apresentação Geral da Disciplina de Arte
Desde os primórdios dos tempos a arte está presente na vida da
humanidade, passada de geração em geração.
No entanto, um povo que não tem arte, não registra a sua passagem
no tempo, não guarda o seu valor, a sua lição de vida e não é criador de
linguagens. Os antigos egípcios, por exemplo, não mediram esforços em
registrar em grandes murais todo o seu cotidiano. E nós, o que fazemos?
Apontamos para a arte acusando – a de qualquer coisa ou coisa nenhuma,
sem utilidade?
A nova lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº
9394), aprovada em 20 de dezembro de 1996, estabelece em seu artigo
26, parágrafo 2º: “ O ensino da arte constituirá componente curricular
obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover
o desenvolvimento cultural dos alunos”.
Assim, a arte é importante na escola, principalmente porque é
importante fora dela. Por ser conhecimento constituído pelo homem
através dos tempos, a arte é um patrimônio cultural da humanidade e
todo ser humano tem direito ao acesso a esse saber.
Tratar a arte como conhecimento é o ponto fundamental e condição
indispensável para esse enfoque do ensino da arte.
Em muitas escolas, uma série de desvios comprometem o seu ensino
e ainda é comum as aulas de arte serem confundidas com lazer, terapia,
momento para fazer a decoração da escola, as festas, fazer o presente do
dia das mães...
O que se observa então é um círculo vicioso no qual um sistema
precário reforça o espaço pouco definido da Educação Artística com
relação as outras disciplinas do currículo escolar. Sem uma consciência
clara e fundamentação consciente da Educação Artística, o professor não
consegue formular um quadro de referências para a sua ação
pedagógica.
É necessário que o professor seja um “estudante” fascinado por arte,
pois só assim terá entusiasmo para ensinar e transmitir a seus alunos a
vontade de aprender. Nesse sentido um professor mobilizado para a
139
aprendizagem contínua, em sua vida pessoal e profissional, saberá
ensinar essa postura a seus estudantes.
“ O ser humano que não conhece arte tem uma experiência de
aprendizagem limitada, escapa – lhe a dimensão do sonho, da força
comunicativa, dos objetos à sua volta, da sonoridade instigante da poesia,
das criações musicais, das cores e formas, dos gestos e luzes que buscam
o sentido da vida”. (PCN, 1997:21)
Na verdade, para que os alunos possam apropriar – se de uma
linguagem e entenderem, dando sentido a ela, é preciso que aprendam a
operar com seus códigos. Do mesmo modo que existe na escola um
espaço destinado à alfabetização na linguagem das palavras e dos textos
orais e escritos, é preciso haver cuidado com a alfabetização nas
linguagens da arte.
É por meio delas que poderemos compreender o mundo das culturas
e o nosso em particular. Assim, mais fronteiras poderão ser ultrapassadas
pela compreensão e interpretação das formas sensíveis e subjetivas que
compõe a humanidade e sua multiculturalidade, ou seja, o modo de
integração em grupos étnicos e, em sentido Amplo entre culturas.
Educar para a arte favorece o desenvolvimento do pensamento
artístico, caracterizando modos particulares de dar sentido às
experiências , sejam elas artísticas, culturais ou sociais. Compreender
arte envolve momentos de apreciar, fazer e conhecer a produção artística
da humanidade.
O Ensino de Arte, assim como toda a sociedade, passou por muitas
mudanças. Na verdade ainda se encontra num processo de reformulação,
e sempre estará, como a sociedade e o processo de criação das mais
diversas manifestações artísticas que se tem notícia.
Uma referência importante para a compreensão de arte no Brasil é a
Missão Artística Francesa trazida em 1816, por Dom João VI. Foi criada,
então a Academia Imperial de Belas – Artes , que após a Proclamação da
República, passou a ser chamada de Escola Nacional de Belas – Artes. O
ponto forte dessa escola era o desenho, com a valorização da cópia fiel e
a utilização de modelos europeus.
O Brasil, principalmente em MG, vivia o Neoclassicismo trazido pelos
franceses é que foi assumido pelas elites. A arte adquire a conotação de
140
“luxo”, somente para uma classe privilegiada que desvalorizava as
manifestações artísticas que não seguiam esses padrões.
A partir dessa época temos uma história de ensino da arte com ênfase
no desenho, pautado por uma concepção de ensino autoritário, centrada
na valorização do produto. Ensinava a copiar modelos e o objetivo do
professor era que seus alunos tivessem boa coordenação motora,
precisão, aprendessem técnicas e dominassem o desenho técnico ou
geométrico.
O ensino da música teve pouca projeção nas escolas até mais ou
menos 1950, quando começou a fazer parte do currículo. Limitava- se a
aulas de solfejo, canto orfeônico e memorização dos hinos. Nessa mesma
época surgiram também algumas disciplinas como “artes domésticas”
,em cujas aulas os meninos executavam trabalhos em madeira com o uso
de serrote, serrinhas, martelo... e as meninas faziam tricô, bordado,
roupinhas de bebê...
Entre as décadas de 50 e 60, começou – se a notar a influência de um
movimento denominado Escola Nova, já presente na Europa e Estados
Unidos desde o final do século XIX. A influência da pedagogia centrada
no aluno, nas aulas de artes, direcionou o ensino para a livre expressão e
a valorização do processo de trabalho. O papel do professor era dar
oportunidade para que o aluno se expressasse de forma espontânea.
Esses princípios , na prática escolar, muitas vezes refletiam uma
concepção espontaneísta, centrada na valorização extrema do processo
sem preocupação com seus resultados.
Como todo processo artístico deveria “ brotar” do aluno, o conteúdo
dessas aulas era quase exclusivamente um “deixar fazer” que pouco
acrescentava ao aluno em termos de aprendizagem da arte.
Os processos de mudança do ensino da Arte tem – se dado
gradativamente. Na década de 80, começam a surgir as Associações de
Professores de Arte, criticando muitas dessas práticas anteriores.
É a partir daí que se começa a entender a Arte como objeto de
conhecimento, devendo ser tratada como tal dentro das escolas e no
mesmo patamar de igualdade que as outras áreas do currículo escolar.
141
De fato, uma série de ideias levou o ensino de arte a ser mais e mais
desvalorizado e entendido como desvalorização das aulas “ditas” mais
sérias.
A arte é uma disciplina obrigatória nas escolas, conforme
determinação na LDB 9394/96. Cabe às equipes de educadores das
escolas realizar um trabalho de qualidade a fim de que crianças, jovens e
adultos gostem de aprender arte. Desse modo a disciplina de arte
alcançará funções importantíssimas como transformar, humanizar,
aproximar, poetizar, discutir, contrapor e informar.
Com ela, nós professores e alunos, podemos compreender, analisar e
interagir com toda a produção artística que temos direito, tornando – nos
conscientes e aptos ao exercício da cidadania, capazes de Ter autonomia
intelectual e pensamento crítico.
Objetivos
O ensino da arte, deverá organizar-se de modo que ao final do
ensino fundamental e médio, os alunos sejam capaz de:
• Expressar e saber comunicar – se em artes
• Edificar uma relação de autoconfiança com a produção artística
pessoal, respeitando a própria produção e a dos colegas
• Compreender e saber identificar a arte como fato histórico,
contextualizado nas diversas culturas
• Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo,
investigando, indagando, exercitando a discussão, a sensibilidade,
argumentando e apreciando a arte de modo sensível
• Interagir com materiais, instrumentos e diferentes linguagens
artísticas (artes visuais, dança música e teatro)
• Permitir ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de
suas potencialidades, como elemento de auto – realização,
qualificando para o trabalho e preparo para o exercício consciente
da cidadania
• Capacitar o aluno para a leitura das representações visuais, do
movimento expressivo, das representações sonoras e teatrais, por
meio do domínio do conhecimento artístico.
142
Obs: Para facilitar a aprendizagem do aluno e para que tenha uma ampla
compreensão , a história da arte deverá estar presente em vários
momentos do ensino, articulando os conhecimentos do teatro, da dança,
da música e das artes visuais.
Conteúdos/Conteúdos Estruturantes
5ª Série
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
Artes Visuais
• Composição : representação das formas, figuras de fundo.
Conceito de Arte
• Elementos formais: linha, plano, volume, formas e cores primárias e
secundárias.
• Composição: figura X fundo, formato de composição e
representação das formas.
• Técnica: bidimensional ( pintura, desenho e colagem) e
tridimensional ( escultura).
• Gênero: Paisagem e natureza – morta.
Música
• O mundo e os sons.
• Elementos sonoros: intensidade, duração, timbre e altura.
• Composição: música mista e instrumental.
• Técnica: improvisação.
• A música como arte e conhecimento sócio/ cultural
• Gênero : étnicas.
Teatro
• Gênero: comédia.
• Técnicas: improvisação livre e dirigida, leitura de roteiro.
• Composição: direto/ indireto.
• Elementos formais, personagem, ação e espaço cênico.
• História do teatro.
Dança
• Gêneros da dança: dança folclórica.
• Técnicas: improvisação livre ou dirigida.
143
• Composição: salto/ queda e formas de dança.
• Elementos formais: força e leveza, utilização total e parcial do
espaço.
• Movimentos ou períodos : História da dança.
História da Arte
• Pré- História.
• Arte no Egito.
• Arte Grega.
• Pré- Modernismo e Paranaense.
Conteúdos/ConteúdosEstruturantes
6ª Série
Artes Visuais
• Elementos formais: cores ( terciárias e monocromia), formas e
textura ( impressão e criação).
• Composição: Simetria, divisão da composição e fundo chapado.
• Técnica: bidimensional ( desenho, pintura e gravura) e
tridimensional ( escultura em baixo relevo e alto relevo).
• Gênero: Cenas do Cotidiano e Cenas de Mitologia.
• Conceito de belo para a arte.
Música
• Elementos sonoros.
• Qualidades sonoras: harmonia, melodia e ritmo.
• Instrumentos musicais
• Composição : Vocal à capella e Música de Rua.
• Gênero: Erudita e da Indústria Cultural.
Teatro
• Gêneros: tragédia e comédia.
• Elementos formais: personagem( caracterização: voz e expressão
gestual).
• Técnicas: improvisação livre ou dirigida e adaptação de texto.
• Composição: jogo dramático e mímica.
144
Dança
• Elementos formais: dança com partes do corpo e direção.
• Composição: pontos de apoio e formação ( fila/ roda).
• Técnicas : improvisação livre ou dirigida com ou sem materiais.
• Gêneros: dança artística e étnica.
História da Arte
• Idade Média.
• Movimentos do século XX.
• Arte no Paraná: Modernismo Paranaense.
Conteúdos/Conteúdos Estruturantes
7ª série
Artes visuais
• Elementos formais: cor-luz, cores quentes e frias , cor
complementar e volume.
• Composição: representação das formas ( estilização e abstração) e
fundo em perspectiva.
• Técnica: bidimensional( desenho, pintura e fotografia) e
tridimensional ( escultura, móbile e stábile).
• Gênero: Cenas religiosas e Retrato.
• Arte Popular.
• A História da música no Brasil.
• Década de 30: Pixinguinha , Noel Rosa e Ary Barroso.
• Década de 50: Tom Jobim e Vinícius de Moraes.
• Década de 60: Geraldo Vandré, Rita Lee, MPB mais tradicional e
Jovem Guarda.
• Década de 80 e 90: Rock, Reggae e a música sertaneja.
• Composição: Programática e Música Pura.
• Gênero: Popular e Erudita.
Teatro
• Composição: jogo teatral e indireto ( sombra, objetos e marionetes).
• Técnica: Leitura de texto ( adaptação) e texto teatral>
• Gêneros: drama, comédia e tragédia.
145
• Elementos: espaço cênico ( cenário, iluminação e sonoplastia).
• Personagem ( figurino e maquiagem).
Dança
• Elementos formais: flexibilidade, simetria e assimetria.
• Composição: Expressividade, salto e queda( frente, lateral e trás) e
formação ( variações).
• Técnicas: coreografia com ou sem material.
• Gêneros: dança popular e profana.
História da Arte
• Renascimento.
• Barroco.
• Impressionismo.
• Arte no Brasil: Missão Artística Francesa.
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
8ª série
Artes Visuais
• Elementos formais: cor( luminosidade, tonalidade e contraste)
linha, forma e plano.
• Composição: a deformação na arte, ritmo visual, equilíbrio e
harmonia.
• Técnica: bidimensional ( pintura, gravura e fotografia) e
tridimensional ( escultura de volto redondo e escultura mole).
• Gênero: Cenas históricas.
• Arte Popular.
Música
• Gêneros musicais
• Instrumentos musicais
• Música concreta e eletrônica.
• Música e profissões: compositores nacionalistas.
• Análise da produção musical: Rock e música Pop.
• As bases da música Ocidental.
146
Teatro
• Gênero: drama, tragédia e música.
• Técnica: leitura de texto e texto teatral.
• Composição: monólogo e cena/ ato.
• Elementos formais: ação( clímax, ação ascendente / descendente).
Dança
• Elementos formais: acelerado e retardado, seqüência e
simultaneidade.
• Composição: expressividade, formação e rotação.
• Técnica: Coreografia com improvisação e Leitura de coreografia.
• Gênero: dança de salão e criada pela Indústria Cultural.
História da Arte
• Romantismo.
• Realismo.
• Expressionismo.
• Arte no Brasil: Semana de Arte Moderna.
Metodologia
Ter acesso à arte, significa adquirir condições de compreender os
valores e significados humanos que estão presentes nos objetos
artísticos, pois para reconhecer e apreciar a arte não é suficiente olhar
um quadro ou colorir um desenho. Para atingir esta finalidade a
disciplina de artes adotou a Metodologia Triangular (sistematizada pela
professora doura Ana Mãe Barbosa), que defende a necessidade de se
trabalhar os conteúdos da área de arte com três eixos:
• Fazer artístico
• A leitura da imagem
• A história da arte
147
A proposta metodológica triangular aplica- se à diferentes linguagens
artísticas que compõem o ensino de arte (artes visuais, dança, música e
teatro)
Fazer artístico
História da arte Leitura
Fazer artístico: o professor deve possibilitar, valorizar e orientar a
expressão artística dos alunos garantindo – lhes uma situação de
aprendizagem conectada com os valores e modos de produção artísticas
nos meios sócio- culturais.
É somente através do fazer que a criança pode descobrir as
possibilidades e limitações das linguagens expressivas, de seus diferentes
materiais e instrumentos para a representação pessoal de suas vivências
numa linguagem plástica.
História da arte: contextualizar a obra de arte no tempo e explorar
suas circunstâncias. É mostrar que arte não está isolada do nosso
cotidiano e da nossa história pessoal da economia, da política e dos
padrões sociais que operam na sociedade.
Leitura de imagens: o professor deve oferecer subsídios estéticos ao
aluno para que possa valorizar e compreender a expressão e produção
artísticas de diferentes culturas. É desenvolver as habilidades de ver,
julgar e interpretar as qualidades das diferentes linguagens,
prazerosamente. É construir novos olhares.
Esse modo de trabalhar que poderá ser transformado e adequado
às diferentes realidades de cada turma , busca transformar atividades
“isoladas” das aulas de arte em ensinar o aluno a ver, criticar e
interpretar a realidade a fim de ampliar suas possibilidades de
apreciação e expressão artística.
148
Avaliação
“É ponto de chegada e partida; é meio, começo, fim e reinício”
(GUERRA; PICOSQUE; MARTINS; 1998:142).
A avaliação tem de ser transparente, tanto para o educador quanto
para seus aprendizes. Numa avaliação em arte, todos participam,
discutindo regras e critérios tendo clareza dos pontos de chegada.
A função de avaliar não pode se basear apenas e tão somente no
gosto pessoal do professor, mas deve estar fundamentada em critérios
definidos e principalmente no processo pessoal de cada aluno.
Partindo dessa definição a avaliação acontecerá durante todo o
desenvolvimento das aulas, intermediando processos de ensinar,
aprender e avaliar. Não se trata de encontrar apenas expressões
numéricas para qualificar o que o no aprendeu ou não aprendeu,mas de
investigar como essa aprendizagem será significativa para a vida dos
alunos.
Referências Bibliográficas
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CALABRIA, Carla Paula Bordi: MARTINS, Raquel Valle. Arte, história e
produção. FTD.
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FEIST, Hildegard. Pequena viagem pelo mundo da Arte. Moderna
FLEITASD, Juliana: FLEITAS, Orlando Arte e comunicação. FTD.
FUSARI, M. F. R; FERRAZ, M. H. C. Arte na Educação Escolar. São
Paulo. Cortez, 1993.
GABRYELLE, Thayanne. A conquista da Arte. Brasil.
149
IAVELBERG, R. Para Gostar de aprender arte: sala de aula e
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MARTINS, M. C; PICOSQUE, G; GUERRA, M. T. T. Didática do ensino
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Paulo: FTD, 1998
PCN: Parâmetros Curriculares Nacionais. V6 Brasília: MEC/SEF,
1997.
SOUSA, Edgard Rodrigues. Desenho e pintura. Moderna.
OLIVEIRA, Malaí Guedes. Hoje é dia de Arte. IBEP.
VASCONCELOS, Thelma, NOGUEIRA , Leonardo. Reviver nossa Arte.
Scipione.
VENEZIA, Mike. Mestre da Arte. Moderna.
150
Apresentação Geral da Disciplina de Ciências
“ A soma dos conhecimentos humanos considerados em
conjunto, ou ainda, o conjunto organizado de conhecimentos
relativos a um determinado objeto, especialmente os obtidos
mediante a observação, a experiências dos fatos e um método
próprio” é o que se denomina ciência segundo o dicionário Aurélio.
Cada ciência particular possui um código, uma lógica interna,
métodos próprios de investigação que se expressam nas teorias, nos
modelos construídos para interpretar os fenômenos que se propõe
explicar. Apropriar-se desses códigos, dos conceitos e métodos
relacionados a cada uma das ciências, compreender a relação entre
Ciência, Tecnologia e Sociedade, representa ampliação das possibilidades
de compreensão do mundo e de participação efetiva nesse mundo.
“ Desde o surgimento da humanidade, o homem tenta
resolver seus problemas e ensaia explicação sobrenaturais.
Produzir ciência faz parte da atividade humana. Ensinar
como o conhecimento é produzido exige pensá-lo numa
dimensão de historicidade, considerando que o processo de
produção é determinado pelas condições sociais da época. A
ciência nasceu da contemplação da natureza. Explicações
sobrenaturais para os fenômenos satisfaziam às civilizações
primitivas. Essas explicações eram passadas de pai para filho
dentro das pequenas comunidades, e isso perdurou até a
instituição da escola, centrada no professor, dono do saber,
que através de exposições, transmita aos seus alunos,
receptores passivos que devem devolvê-lo nas provas tal
como foi recebido, sem nenhum questionamento. Surge a
ciência experimental onde o mundo é observado à partir do
real, do observável. Essa nova concepção de ciência tem
exercido influência nas propostas de ensino surgidas
recentemente. A dificuldade na aquisição de novos
conhecimentos não está na existência de conhecimento
prévio dos alunos, baseados em idéias intuitivas ou
pré/conceituais e sim na forma como esses conhecimentos
151
são adquiridos. Sendo assim, no ensino de ciências, o aluno
deve encontrar espaço para incorporar tanto os
conhecimentos atualmente disponíveis quanto os
mecanismos de produção desses conhecimentos.” (GEILSA
COSTA SANTOS).
Na década de 70, as questões ambientais decorrentes da
industrialização desencadearam nova visão sobre o Ensino de Ciências.
Passou-se a discutir as implicações sociais de desenvolvimento científico.
O sistema de ensino brasileiro sofreu novas mudanças significativas com
a promulgação da LDB 5692/71. “A escola secundária deve servir agora
não mais à formação do futuro cientista ou profissional liberal mas
principalmente ao trabalhador, peça essencial para responder às
demandas do desenvolvimento” (KRASILCHIK,1987)
Na década de 80 o mundo se encontrava em competição
tecnológica. A democratização acaba por influenciar o ensino de ciências,
enfatizando as discussões sobre a sua função social. As metodologias
ligadas ao modelo escolanovista são foco de críticas neste período e há
uma preocupação em defender a melhoria da qualidade de ensino através
da prática social. No entanto, problemas relacionados às causas
econômicas, uso indiscriminado do ambiente, atividades agrícolas e
industriais não eram consideradas.
Nos anos 1990, ocorre uma grande e profunda crise econômica
e social, expressa das desigualdades sociais.
Nessa década, o neoliberalismo no mundo e no Brasil, traz a
discussão da qualidade total e da estratégia empresarial para o contexto
educacional. Essa postura é criticada por grupos de professores de
diferentes áreas, que afirmam que a escola tem o papel numa sociedade
solidária e justa, de formar um cidadão crítico e transformador.
(OLIVEIRA, 2004).
No início dos anos 90 o “Currículo Básico para a Escola Pública
do Estado do Paraná veio responder às necessidades sociais e históricas,
que caracterizavam a sociedade da época.
Nesse momento, a pedagogia histórico-crítica fundamentou o
paradigma educacional. O ensino de ciências no currículo básico, perdeu
152
força a partir da promulgação da Lei 9394/96, isso devido à mudança de
paradigma da educação, na qual a escola perdeu o caráter de espaço
social e transformador e passou a ser entendida como modelo neoliberal.
O conhecimento científico atual é, portanto, resultado da
cooperação, da criatividade do envolvimento das pessoas é da sociedade,
das pesquisas e até mesmo dos erros de um grande número de pessoas,
observações e descobertas que ocorreram ao acaso ao longo dos anos. A
eventual vivência do método científico, ao invés de treinar pequenos
cientistas, deverá estar voltada para colaborar no longo e complicado
processo de formação do pensamento lógico e crítico do estudante. Por
isso, o experimento não deverá chegar ao aluno como uma receita a ser
colocada em prática, mas sim como algo que inclusive ele tenha a
responsabilidade de arquitetar. Nesse sentido a redescoberta deverá ser
uma técnica didática utilizada com muita moderação e não se constituir
obrigatoriamente no procedimento principalmente no ensino de ciências.
Assim encarnada e desenvolvida essa diretriz poderá trazer
valiosa contribuição para levar o estudante ao domínio crítico e
harmônico de escolaridade.
A ciência tem de ser apresentada como uma atividade humana,
que na essência, não difere de outras atividades, porque é feita por seres
humanos, impulsionada pela sociedade e para a sociedade.
“ Não estamos analisando o desenvolvimento da ciência da
natureza como sendo um processo autônomo, independente das
relações econômicas, mas compreendendo-as nos limites do modo
de produção que a explicita” (Currículo Básico para a escola
pública do Estado do Paraná p. 126).
A partir de 2003, iniciou-se um novo período na história da
educação paranaense. Isso se deve ao processo de reformulação da
política educacional do Estado. Destaca-se o descrédito à proposta
neoliberal de educação, resgatando a função da escola e o tratamento dos
conteúdos específicos e saberes historicamente constituídos. Cabe
ressaltar que o acesso à formação continuada específica fornece
subsídios consistentes e úteis ao cotidiano da sala de aula.
“ O ensino de ciências deve levar o aluno à compreensão do
mundo sempre procurando partir da sua realidade induzindo-o a
153
construir conceitos científicos sobre tudo que o cerca, como também
estar atento às novas mudanças e, descobertas. Deve desenvolver
hábitos de saúde pessoal, social e ambiental, visando bens coletivos onde
o homem como agente racional, construtivo e modificador tenha como
prioridade a conservação e a preservação da vida e do ambiental,
usufruindo “ sem destruir”.
Segundo Piaget, “ o verdadeiro conhecimento é aquele que é
utilizável, é fruto de uma elaboração (construção pessoal), resultado de
um processo interno de pensamento durante o qual o sujeito coordena
diferentes noções entre si, atribuindo-lhes um significado, organizado-as
e relacionando-as com outras anteriores.
Esse processo é inalienável e intransferível, ninguém pode
realizá-lo por outra pessoa”.
A Ciência, além de um acervo de conhecimentos,
continuamente confirmados retificados e, por vezes,
completamente superados, também constitui um modo de
pensar, de chegar a conclusões coerentes a partir de
premissas de questionar preconceitos de estimular o
equilíbrio entre novas idéias e as já estabelecidas. É uma
construção humana coletiva da qual participam a
imaginação, a intuição e a emoção. Dessa forma a escola
deixa de ser uma instituição fechada em si mesma, apoiadas
no tripé professor-aluno-conteúdos para tornar-se uma
escola aberta ao seu entorno buscando uma interação entre o
conhecimento científico e a vida cotidiana. A comunidade
científica sofre a influência do contexto social, histórico e
econômico em que está inserida. Portanto, fazer Ciência
exige escolhas e responsabilidades humanas.
“O professor que tem entusiasmo que é otimista, que acredita
nas possibilidades do aluno, é capaz de exercer uma influência benéfica
na classe como um todo e em cada aluno individualmente, pois sua
atitude é estimulante e provocadora de comportamentos
ajustados”( PILETTI, 1998.p.19).
154
Segundo Maria C. da C. Campos e Rogério G. Nigro (1999)
“atualmente, acredita-se que o objetivo do ensino de Ciências Naturais
não pode se limitar à promoção de mudanças conceituais ou ao
aprendizado do conhecimento científico e de atitudes nos alunos. Busca-
se, então, um ensino de ciências como investigação, levando os alunos a
serem capazes, cada vez mais, de construir conhecimentos sobre a
natureza mais próximos do conhecimento científico que do senso comum.
De qualquer forma, busca-se como ponto inicial para o ensino
aprendizagem de Ciências os problemas com os quais os alunos se
defrontam”.
Objetivo Geral:
A proposta de Ciências tem a intenção de contribuir com a
formação de cidadãos críticos, autônomos, participante da sociedade,
com uma visão ampla de mundo, capazes de nele intervir e transformar
sua realidade.
O ensino de Ciências deve inquietar, sensibilizar, estimular a
refletir sobre suas representações do mundo, de modo que as atividades
desenvolvidas possa conduzir o aluno na construção do conhecimento
científico e fazer dele uma pessoa capaz de buscar soluções para os
diferentes momentos de sua vida.
O conhecimento científico tem o mérito de ampliar nossa
capacidade de compreender e atuar no mundo em que vivemos. Por isso,
o ensino de Ciências deve oferecer ao aluno a oportunidade de reflexão e
de ação e prepará-lo para reindicá-las por amadurecimento próprio. Esse
ensino só poderá alcançar esse objetivo se estiver vinculado à situações
cotidianas, nas quais o aluno é convidado a posicionar-se diante de fatos
e fenômenos novos. Dessa forma, o estudante aprende a problematizar
situações aparentemente inquestionáveis e a aceitar diferentes maneiras
de ver o mundo.
Segundo BIZZO, deve-se reconhecer que a ciência é diferente de
ciências. A ciência realizada em laboratório requer um conjunto de
normas e posturas. Seu objetivo é encontrar resultados inéditos que
possam explicar outro conjunto de procedimentos, cujo objetivo é
155
alcançar resultados esperados, aliás planejados, para que o estudante
possa entender o que é conhecido.
Objetivos Específicos
Compreender a importância da relação do ser humano com o ambiente;
Entender as relações positivas e negativas que o ser humano desenvolveu
com um grande número de animais;
Identificar relações entre conhecimento científico e tecnologia;
Reconhecer a importância da biosfera e sua estrutura;
Diferenciar as camadas da Terra;
Descrever a formação das rochas reconhecendo sua importância;
Identificar e exemplificar os diferentes tipos de rochas;
Compreender o processo de formação do solo;
Classificar e selecionar os diferentes tipos de solo;
Perceber que o lixo pode ser aproveitado se adotarmos atitudes positivas
de separação;
Compreender a dependência dos seres vivos com a água e sua
importância no dia-a-dia;
Classificar as fases e mudanças sofridas pela água;
Esquematizar o ciclo da água na natureza percebendo a interferência do
ser humano;
156
- Definir as propriedades do ar e sua importância;
- Identificar os componentes do ar atmosférico;
- Adquirir noções sobre o efeito estufa;
- Compreender os processos de transmissão e prevenção de doenças
causadas pelo solo, água e ar.
- Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e
cooperativa para a construção coletiva do conhecimento;
- Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas
reais a partir de elementos das Ciências Naturais ,colocando em
prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no
aprendizado escolar;.
157
5ª série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA E BIODIVERSIDADE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
ENCAMINHAMENTOSMETODOLÓGICOS
A vida e o ambiente Variedades de ecossistemaComponentes e organização do ecossistemaFotossíntese e sua importânciaRelações alimentares nos ecossistemas (I)Relações alimentares nos ecossistemas (II)Tipos de ecossistemasAs florestas e matas brasileiras Os ecossistemas aquáticos.Universo. Sistema solar.Estrutura da TerraOrigem e constituição do planeta TerraTeoria do Big Bang O interior da Terra;Galáxias , estrela (Sol), As estações do ano, A lua- satélite natural;Planetas, asteróides, cometas, eclipses;A composição da crosta terrestre;rochas, minerais , manto e núcleo. Os fósseis ; VulcõesConhecendo o soloO soloPropriedades dos solosDesgaste do soloManejo adequado do solo
Reconhecer os componentes e a organização de um ecossistema.Perceber as relações alimentares e tróficas de uma cadeia alimentar. Distinção entre ecossistema, comunidade e população e diversidade dos ecossistemas.Compreender as transformações que a superfície da Terra vem sofrendoDiferenciar os tipos de materiais que formam o interior do planeta.Identificar as rochas e o solo como principais componentes do solo . Entender qual é a importância do estudo dos fósseis.Identificar a água como recurso indispensável à vida e compreender como ocorre sua distribuição no planeta.Perceber que a água participa de um ciclo contínuo provocado pela energia solar; reconhecer as mudanças de estados físicos no ciclo.Verificar que á água é o solvente universalPerceber que a água própria para consumo deve ser obtida em estações de tratamento.Contribuir para eliminar o desperdício da água . Verificar como podemos adquirir doenças através da água
Aulas expositivas dialogadas;
Pesquisas com produções de textos,painéis, desenhos, murais, jornais,etc.
Construção de modelos e jogos didáticos, ,além de cartazes;
Leitura e discussão de textos;
Interpretações de textos;Desenhos ilustrativos e com legenda; Construção de folders;
Atividades experimentais;
Possíveis relações conceituais:Pesquisas atuaisHistória da AstronomiaVulcõesTsunamisMinerais e sua casaTerremotos e tornadosPoluição e contaminação do soloPoluição e contaminação da águaPoluição do arQueimadasDesmatamentoManejo do soloCompostagemMata ciliarPreservação dos aqüíferosAquecimento global Plásticos biodegradáveisElevadores hidráulicosLixo e ambienteColeta seletiva de lixoFauna brasileira em extinçãoMata de AraucáriasReservas ambientais
158
O solo e a saúde;A água na TerraA água nos seres vivos e na TerraEstados físicos da águaO ciclo da água Propriedades da água O tratamento da água .A água e a saúdeO ar na TerraA atmosfera Os gases da atmosfera Os fenômenos atmosféricos Propriedades do arO ar em movimentoModificações na atmosferaO ar e a saúdeOs materiais se transformamTransformações químicas - decomposição do lixo e de outros materiais da natureza. Transformações físicas- dilatação térmica, fragmentação.Características dos materiais –diferenças entre corpo e matéria.
e a possíveis medidas de prevenção. Definir as propriedades do ar e saber como prová-las.Identificar os componentes do ar atmosférico.Perceber que a energia solar está relacionada com movimentos do ar e a complexidade dos fenômenos atmosféricos.Conhecer algumas modificações atmosféricas provocadas pela interferência humana no ambiente.Identificar uma transformação química e perceber que ela altera a composição de materiais.Identificar uma transformação física e perceber que ela altera a forma de materiais.Perceber que os materiais têm massa e volume.
Matas brasileirasCurupiraProjeto TamarExploração da Amazônia
RECURSOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS
De acordo com o processo de ensino aprendizagem dos alunos serão
utilizados recursos didáticos pedagógicos tecnológicos, instrucionais e de
espaço como: livros didáticos, textos de revistas e jornais, figuras, revista em
quadrinhos, músicas, quadro de giz, mapas, globos, modelos didáticos,
microscópio, lupa, jogos, TV pendrive, computador, retroprojetor, spinghit,
organogramas, mapas conceituais e de relações,diagrama, gráficos,
tabelas,laboratórios, exposições, debates.
159
AVALIAÇÃO,CRITÉRIOS,
INSTRUMENTOS AVALIATIVOS E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS.
O principal objetivo é fazer com que os alunos posam compreender a
natureza como um todo dinâmico e o ser humano como sendo integrante e
agente de transformações do mundo em que vive; analisar a Terra como um
planeta com características físico-químicas do ar, da água e do solo que
possibilitam a vida. Os instrumentos de avaliação comportam , por um lado, a
observação sistemática e contínua durante as aulas sobre as perguntas feitas
pelos estudantes , as respostas dadas , os registros de debates e diálogos ,
filmes, realização de experimentos , os desenhos de observação , resolução de
exercícios e problemas, pesquisas em livros , revistas e jornais, caça palavras,
cruzadinhas ,produção de cartazes, panfletos, murais, trabalhos em grupo,
confecção de jogos educativos, provas dissertativas e de múltipla escolha. Assim
que diagnosticada as dificuldades dos alunos em relação a determinados
conteúdos principalmente nas provas escrita será reralizada a recuperação em
seguida.
6ª série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA, BIODIVERSIDADE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
ENCAMINHAMENTOSMETODOLÓGICOS
As interações entre os seres vivosAs populações .As relações ecológicas.Ação humana nos ecossistemasA energia luminosa e os seres vivosO Sol ( constituição físico e química ) e a energia.O calor e os seres vivos.As estratégias dos seres vivos. A luz e os seres vivos.Movimentos terrestres/ celestes.Dias e noitesEclipse do SolEclipse da LuaA organização e a origem dos seres
Reconhecer as diversidades das espécies.Perceber que os organismos interagem entre si e estabelecem relações ecológicas.Compreender que o ser humano faz parte do ambiente e que suas ações interferem nele.Reconhecer que o Sol é a fonte de energia da Terra e que luz e calor são fontes de energia.Compreender que os vegetais são responsáveis pela absorção da energia solar e pela transformação dela em alimento.Perceber que os animais podem ter duas fontes de calor: (endotermos e
Aulas expositivas dialogadas;
Pesquisas com produções de textos,painéis, desenhos, murais, jornais,etc.
Construção de modelos e jogos didáticos, ,além de cartazes;
Leitura e discussão de textos;
Interpretações de textos;Desenhos ilustrativos e com legenda; Construção de folders;
Atividades experimentais;
Possíveis relações conceituais:
160
vivosA célula.As principais estruturas celulares.Células procarióticas e eucarióticas.A Terra antes do surgimento da vida .A Origem e a evolução dos seres vivos.A diversidade da vidaA classificação dos seres vivos.Os cinco reinos dos seres vivos. Os vírus.O reino Monera.O ambiente, a saúde e os seres microscópicosReino Protista.Reino Fungi.O Reino PlantaCaracterísticas das plantas.As células e os tecidos vegetais.A nutrição das plantas.Plantas com sementes. Plantas sem sementes.A raizO cauleA folhaA florO frutoA sementeReino Animal- os invertebradosPoríferos e cnidáriosPlatelmintosMematódeosMoluscosAnelídeosArtrópodesEquinodermosParasitosesO Reino Animal- os vertebradosOs vertebradosOs peixesOs anfíbiosOs répteis
ectotermos).Identificar as estratégias dos seres vivos às diferentes temperaturas.Verificar a relação da luz com o desenvolvimento dos vegetais.Reconhecer as características comuns a todos os seres vivos .Perceber que a célula é a unidade básica dos seres vivos.Identificar as estruturas fundamentais da célula.Identificar seres unicelulares, multicelulares, procariontes, eucariontes, autótrofos e heterótrofos.Compreender como era a Terra antes do surgimento da vida . Entender a necessidade da classificação dos seres vivos.Caracterizar os cinco reinos apresentados. Compreender por que os vírus não estão classificados em nenhum reino. Identificar as características do reino Monera ,reino Fungo e reino Protoctista como seus representantes se reproduzem e a interação com o ambiente.Identificar as doenças emergentes e reemergentes.Compreender as principais características das plantas e suas adaptações.- Reconhecer as funções da raiz, caule, flor, fruto, folha e semente das plantas.Identificar os diferentes filos de animais invertebrados e suas características.Perceber a diversidade
Ação humana nos ecossistemas.Renovação dos ecossistemasImpactos ambientaisDesmatamentoEspécies exóticasExploração da caça e da pescaTráficos de animais e vegetaisAnimais em extinçãoPoluição do ar, da água e do soloResíduos químicos no ambienteRenovação dos ecossistemasCrescimento da população humanaHistória da CiênciaHistória da VacinaHistória da penicilina.Biotecnologia dos fungosAranha-marrom no ParanáOs perigos da automedicação.A descoberta da fotossíntese.Polinizadores dispersores de sementes.O uso dos fisioterápicosHidroponia: uma técnica de cultivo.Deve se comer frutas e verduras?ParasitosesLiteratura brasilieria e os casos de doenças- o Jeca Tatu,Institutos Oswaldo Cruz, Butantan e outros.Saneamento básicoO desafio da dengueSerpentes peçonhentas
161
As avesOs mamíferos
dos invertebrados.Compreender o processo de metamorfose dos insetos. Conhecer algumas parasitoses causadas por platelmintos e nematelmintos e como são transmitidas. - Identificar os diversos grupos de animais vertebrados e suas características .Perceber a diversidade dos vertebrados Conhecer as serpentes peçonhentas e o tratamento para acidentes ofídicos.Caracterizar as estruturas que conferem a capacidade de vôo às aves. Reconhecer as estratégias , de alguns grupos, relacionados à vida terrestre.
RECURSOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS
De acordo com o processo de ensino aprendizagem dos alunos serão
utilizados recursos didáticos pedagógicos tecnológicos, instrucionais e de
espaço como: livros didáticos, textos de revistas e jornais, figuras, revista em
quadrinhos, músicas, quadro de giz, mapas, globos, modelos didáticos,
microscópio, lupa, jogos, TV pendrive, computador, retroprojetor, spinghit,
organogramas, mapas conceituais e de relações,diagrama, gráficos,
tabelas,laboratórios, exposições, debates.
AVALIAÇÃO,CRITÉRIOS,
INSTRUMENTOS AVALIATIVOS E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS.
O principal objetivo é identificar as principais características dos seres
vivos, compreendendo as teorias que buscam explicar a origem da vida no
planeta Terra; reconhecer os cinco grupos dos seres vivos com suas
características peculiares e suas respectivas importâncias para o equilíbrio dos
ecossistemas terrestres.
162
Os instrumentos de avaliação comportam , por um lado, a observação
sistemática e contínua durante as aulas sobre as perguntas feitas pelos
estudantes , as respostas dadas , os registros de debates e diálogos , filmes,
realização de experimentos , os desenhos de observação , resolução de
exercícios e problemas, pesquisas em livros , revistas e jornais, caça palavras,
cruzadinhas ,produção de cartazes, panfletos, murais, trabalhos em grupo,
confecção de jogos educativos, provas dissertativas e de múltipla escolha. Assim
que diagnosticada as dificuldades dos alunos em relação a determinados
conteúdos principalmente nas provas escrita será realizada a recuperação em
seguida
7ª série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA, BIODIVERSIDADE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
ENCAMINHAMENTOSMETODOLÓGICOS
O ser humano: evolução e estruturaOrigem e evolução do UniversoO ser humano no reino animal.A comunicação humana.Os movimentos humanos.O comportamento humano.Teorias sobre a origem do universoA célula.O núcleo e informação hereditária.O núcleo e a divisão celular.Os genes.Mendel e a origem da Ciência Genética.Hereditariedade humana.Determinação do sexo.Leis da herança genética.Os tecidos animais.A reprodução humanaCrescimento e mudanças no corpo humano.O sistema genital
Reconhecer as características da espécie humana. Perceber o desenvolvimento do cérebro ao longo da evolução, até o ser humano atual. Identificar as ações humanas, relacionando-as com responsabilidade. Perceber a célula como unidade da vida. Perceber a importância do DNA e do RNA como materiais hereditários dos seres vivos. Reconhecer os cromossomos e o cariótipo, bem como as alterações cromossômicas. Conhecer a história de Mendel e sua contribuição para a Genética. Identificar algumas características hereditárias . Conhecer algumas hipóteses que
Aulas expositivas dialogadas;
Pesquisas com produções de textos,painéis, desenhos, murais, jornais,etc.
Construção de modelos e jogos didáticos, ,além de cartazes;
Leitura e discussão de textos;
Interpretações de textos;Desenhos ilustrativos e com legenda; Construção de folders;
Atividades experimentais;
Possíveis relações conceituais:
Evolução cultural do homem Formas de comunicação do homem Comportamento da espécie humanaPrevenção de epidemiasA cárieA tecnologia em pauta: laparoscopiaA cóleraObesidade podemos melhorar?Cuidando do coraçãoA medida da pulsação
163
masculino.O sistema genital feminino.O ciclo menstrual.A fecundação.A gravidez, gestação e o parto.Métodos anticoncepcionais e DSTsA coordenação nervosa e hormonalO sistema nervoso.O sistema nervoso central.O sistema nervoso periférico.O sistema endócrino.Glândulas e hormônios.Os sentidos e a locomoçãoOs sentidos.O sistema esquelético.O sistema muscular.As articulações.Lesões nos ossos e músculos.Nutrição: alimentos, nutrientes e digestãoA nutrição e os alimentosAs vitaminas e os sais mineraisOs carboidratosOs lipídios e as proteínasA dieta adequadaA nutrição : o sistema digestórioAs etapas da digestãoAlgumas doenças do sistema digestórioNutrição: transporte e circulação de sangueSistema cardiovascularSangue e seus componentesO coração e suas cavidadesA circulaçãoO sistema linfáticoO sistema imunitárioA saúde do sistema cardiovascular e sistema linfáticoA respiração: o sistema respiratório
levaram à teoria da evolução. Conhecer as principais estruturas celulares. Conhecer os processos de divisão celular. Identificar os diferentes tecidos animais.
Identificar as mudanças que ocorrem no corpo humano desde o nascimento. Perceber as mudanças físicas e comportamentais típicas da adolescência. Conhecer o sistema genital masculino e feminino e suas partes. Entender o ciclo menstrual e sua importância. Identificar o processo de fecundação. Conhecer as etapas da gestação e desenvolvimento do feto,bem como os cuidados durante a gravidez. Conhecer os métodos anticoncepcionais. Reconhecer o neurônio como unidade estrutural e funcional do sistema nervoso, bem como ocorre a coordenação nervosa. Compreender a organização do sistema nervoso e identificar as diversas partes, bem como suas funções. Conhecer o sistema endócrino e seu modo de ação.Conhecer os distúrbios que podem afetar o sistema
Exames sanguíneos, transfusões e doação sanguíneasSoro e vacina Conseqüências das drogas no organismoReprodução humana assistidagenealogiasMétodos contraceptivosGravidez precoceDoenças venéreasA saúde e o hábito de fumarO álcool afeta o sistema nervoso?Postura corporal
164
Os movimentos respiratóriosA nutrição: respiração e excreçãoA respiração celularA excreção: o sistema urinárioA formação da urinaDoenças do sistema urinário
nervoso e endócrino.Reconhecer os estímulos ambientais que são percebidos pelo organismo. Identificar os órgãos dos sentidos e a função de cada um deles. Conhecer o sistema esquelético e muscular e suas respectivas funções.Perceber as doenças relacionados ao sistema muscular e esquelético.Identificar os nutrientes e sua importância para o organismo.Conhecer a energia nos alimentos e uma dieta adequada.Identificar as partes do sistema digestório e suas funções. Conhecer doenças do sistema digestório e medidas de prevençãoConhecer o sistema cardiovascular e a função de cada órgão.Conhecer a composição e o percurso do sangue.Conhecer o sistema imunitário.Perceber a importância dos soros e vacinas.Compreender as doenças que estão relacionadas ao sistema cardiovascular e linfático.Reconhecer e entender a funcionalidade dos componentes do sistema excretor.
165
RECURSOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS
De acordo com o processo de ensino aprendizagem dos alunos serão utilizados
recursos didáticos pedagógicos tecnológicos, instrucionais e de espaço como:
livros didáticos, textos de revistas e jornais, figuras, revista em quadrinhos,
músicas, quadro de giz, mapas, globos, modelos didáticos, microscópio, lupa,
jogos, TV pendrive, computador, retroprojetor, spinghit, organogramas, mapas
conceituais e de relações,diagrama, gráficos, tabelas,laboratórios, exposições,
debates.
AVALIAÇÃO,CRITÉRIOS,
INSTRUMENTOS AVALIATIVOS E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS.
O principal objetivo é fazer com que os alunos posam compreender a
organização geral do corpo humano, desde sua unidade morfofisiológica básica,
a célula até a organização destas em tecidos e órgãos.Estabelecer relações
entre o funcionamento dos diferentes sistemas do corpo e perceber que esses
agem de forma integrada.
Os instrumentos de avaliação comportam , por um lado, a observação
sistemática e contínua durante as aulas sobres as perguntas feitas pelos
estudantes , as respostas dadas , os registros de debates e diálogos , filmes,
realização de experimentos , os desenhos de observação , resolução de
exercícios e problemas, pesquisas em livros , revistas e jornais, caça palavras,
cruzadinhas ,produção de cartazes, panfletos, murais, trabalhos em grupo,
confecção de jogos educativos, provas dissertativas e de múltipla escolha. Assim
que diagnosticada as dificuldades dos alunos em relação a determinados
conteúdos principalmente nas provas escrita será utilizada a recuperação em
seguida
8ª série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA, BIODIVERSIDADE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
ENCAMINHAMENTOSMETODOLÓGICOS
As propriedades dos materiais
A matéria e suas propriedades Os estados físicos da matériaMudanças de estado físico da matéria Substâncias puras e
Reconhecer a massa e o volume como propriedade gerais da matéria.
Perceber que algumas propriedades específicas das
Aulas expositivas dialogadas;
Pesquisas com produções de textos,painéis, desenhos, murais, jornais,etc.
Construção de modelos e jogos didáticos, ,além de cartazes;
166
misturas SoluçõesA separação das misturasAs transformações da matériaÁtomos e elementosTabela periódica – classificação dos elementos químicosAs ligações químicas As reações químicasEnergia nas reações químicas A velocidade das reações químicasDiversidade de substânciasCiclos dos materiaisO ciclo do carbonoO ciclo do oxigênio O ciclo do nitrogênio Os compostos orgânicosEnergia, calor e temperaturaA energia Transformações de energiaTemperatura e calorA medida de temperatura Transmissão de calor Dilatação e contração térmicasOndas, som e luzAs ondas: tipos e característicasO somA propagação do somA luz Reflexão e refração da luzVisão e as lentes
A eletricidade e o magnetismo
As cargas elétricasA corrente elétrica O circuito elétrico O magnetismo O eletromagnetismoMovimentos e forçasOs movimentos As forçasTrabalho e máquinasPrincípios da DinâmicaAstros
substâncias dependem de seu estado físico.
Caracterizar os estados físicos da matéria e suas possíveis mudanças;
Classificar os materiais do cotidiano em substâncias simples ou compostas, puras ou misturas;
Aplicar métodos de separação de misturas do cotidiano utilizando equipamentos simples;
Perceber a existência de vários tipos de soluções.Explicar as propriedades associadas aos números atômico, de massa e carga elétrica;
Relacionar a configuração eletrônica de um elemento com sua posição relativa na tabela periódica e classificar os elementos como metais, ametais, gases nobres e hidrogênio;
Associar as propriedades dos compostos com as ligações químicas entre as partículas que os formam;
Identificar relações entre Ciência, Tecnologia e modo de vida, compreendendo o fazer tecnológico como um meio para atender às necessidades humanas;
Familiarizar o aluno
Leitura e discussão de textos;
Interpretações de textos;Desenhos ilustrativos e com legenda; Construção de folders;
Atividades experimentais;
Possíveis relações conceituais:A evaporação e a produção de salA panela de pressãoA ação dos detergentesO que fazer com tanto lixoA tintura dos tecidos A corrosão dos metaisO que fazer com as pilhas?A importância do iodoOs plásticos recicláveisIntensificação do efeito estufaComo medir temperaturas muito altas e muito baixasUsina elétrica solarCaixas de leite contra o calorO forno de microondasConsumo de energia elétrica residencialRaios matam 200 pessoas por ano no BrasilVale a pena correr?As leis de trânsitoA inclusão digital no BrasilComo evitar a fadiga visualA rápida ascensão da internet
167
Astronomia , Astronáutica e AstrologiaAstros do Universo: características gerais ( planetas, planetóides , estrelas, asteróides, meteoros, meteoritos)Terra: movimentos, características, gravitação, peso e massa.Instrumentos espaciais ( satélites , luneta, telescópio, foguetes, estações e ônibus espaciais, sondas, robôs).Tecnologia de Informações e comunicaçãoEstudando um caso: A inclusão digital no Brasil O computador A internet Algumas aplicações da informática
com a representação , leitura e interpretação de substâncias necessárias à vida, em especial, o carbono, o oxigênio e o nitrogênio.Perceber que os ciclos naturais resultam de um contínuo rearranjo de átomos na atmosfera, litosfera e hidrosfera.Verificar e analisar a participação do ser humano no ambiente, quer pela produção de novos materiais , quer pela produção de resíduos.Reconhecer as diferentes formas de energia , bem como suas fontes renováveis e não renováveis.Compreender a diferença entre temperatura e calor.Reconhecer instrumentos que permitem medir a temperatura de um corpo ou de um ambiente. Compreender que as ondas não transportam matéria , e sim, energia.Associar os dois tipos fundamentais de ondas e situações presentes no cotidiano.Identificar os diferentes tipos de lentes e as doenças relacionadas a visão.Conhecer as características e a forma de propagação das ondas sonoras, eletromagnéticas.Compreender o significado de um eclipse solar e lunar.Perceber os diversos instrumentos ópticos e suas funções. Perceber
168
que a corrente elétrica como um movimento ordenado de elétrons num fio condutor.Perceber que a magnetita é um mineral que tem magnetismo, ou seja, propriedade de atrair objetos ferromagnéticos.Compreender as relações existentes entre os fenômenos elétricos e magnéticos. Identificar diferentes aplicações do eletromagnetismo, por exemplo, o alternador , o microfone e o alto-falante. Promover a socialização de noções básicas sobre informática. Perceber as relações entre a eletrônica, a informática e as telecomunicações. Compreender que a inclusão digital é fator essencial para que a população brasileira tenha acesso à informática e assim ao conhecimento.Conhecer algumas aplicações da informática, como o telefone celular e os cartões magnéticos, de grande uso e utilidade no mundo atual.Diferenciar as características entre Astronomia , Astronáutica e Astrologia;Reconhecer as principais características dos astros do Universo.Conhecer os instrumentos usados para estudos espaciais.
169
RECURSOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS
De acordo com o processo de ensino aprendizagem dos alunos serão utilizados
recursos didáticos pedagógicos tecnológicos, instrucionais e de espaço como:
livros didáticos, textos de revistas e jornais, figuras, revista em quadrinhos,
músicas, quadro de giz, mapas, globos, modelos didáticos, microscópio, lupa,
jogos, TV pendrive, computador, retroprojetor, spinghit, organogramas, mapas
conceituais e de relações,diagrama, gráficos, tabelas,laboratórios, exposições,
debates.
AVALIAÇÃO,CRITÉRIOS,
INSTRUMENTOS AVALIATIVOS E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS.
O principal objetivo é fazer com que os alunos posam compreender os princípios
físicos, químicos e biológicos envolvidos nos recursos tecnológicos e as
aplicações desses recursos na sociedade e que venham a refletir criticamente
sobre os riscos e os benefícios das práticas científico-tecnológicas.
Os instrumentos de avaliação comportam , por um lado, a observação
sistemática e contínua durante as aulas sobres as perguntas feitas pelos
estudantes , as respostas dadas , os registros de debates e diálogos , filmes,
realização de experimentos , os desenhos de observação , resolução de
exercícios e problemas, pesquisas em livros , revistas e jornais, caça palavras,
cruzadinhas ,produção de cartazes, panfletos, murais, trabalhos em grupo,
confecção de jogos educativos, provas dissertativas e de múltipla escolha. Assim
que diagnosticada as dificuldades dos alunos em relação a determinados
conteúdos principalmente nas provas escrita será utilizada a recuperação em
seguida.
Metodologia
Ao considerar a concepção dos princípios da disciplina de Ciências julga-
se necessário a implementação da prática pedagógica seja um sujeito
ativo que colabora progressivamente na construção do conhecimento.
Propõe-se que os conteúdos específicos sejam encaminhados por meio de
uma metodologia crítica e histórica , de modo a considerar a articulação
entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, para favorecer a
compreensão dos fenômenos , uma vez que esses conhecimentos são
170
contribuições das ciências de referência e devem ser vistos em todas as
séries finais do Ensino Fundamental.
Serão utilizados vários encaminhamentos para nortear a
assimilação dos conhecimentos como: problematização, contextualização,
interdisciplinaridade , pesquisas, leitura científica, atividade em grupo,
observação , atividade experimental, recursos tecnológicos como: livro
didático, textos de jornais e revistas, músicas, quadro de giz, mapas,
globos, modelos didáticos, microscópio, lupa, jogos, televisor,
computador, retroprojetor e splinghit e recursos instrucionais como:
organogramas, diagramas, caça-palavras, gráficos, tabelas, mapas de
relações...., e ainda a utilização de espaços como: laboratórios,
exposições e debates.
Avaliação
A avaliação se dará ao longo do processo ensino- aprendizagem
possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária com os
alunos, contribuições importantes para verificarem medidas aos alunos
para os mesmos se apropriarem dos conteúdos específicos tratados nesse
processo.
É necessário que o processo avaliativo ocorra de forma sistemática
e a partir de critérios estabelecidos pelo professor respectivamente:
- Aos conhecimentos acumulados pelos alunos e à prática social deles;
- Ao confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos;
- As relações e interações estabelecidas em seu progresso cognitivo, no
cotidiano escolar e fora dele.
Para que esta proposta de avaliação possa atender instrumentos
avaliativos é fundamental propiciar uma avaliação real do progresso
cognitivo dos alunos. Neste caso o professor se utilizará de:
- Resultados observados no decorrer da aula, na resolução de
atividades, experimentos , prova oral e escrita, trabalhos de
pesquisa, trabalhos em grupo, atividades proposta como tarefa de
casa.
171
Referências Bibliográficas
CAMPOS, Maria C. da Cunha ; NIGRO, Rogério Gonçalves. Didática de
Ciências o ensino aprendizagem como investigação . São Paulo :
FTD , 1999.
KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das Ciências. São Paulo
EPU, 1987.
OLIVEIRA, M. A .de Fundamentos econômicos da educação. Curitiba.
IESDE, 2004.
PARANÁ , Secretaria de Estado da Educação . Currículo básico para a
escola pública do estado do Paraná . 3 ed. Curitiba: SEED, 1997.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações.5
ed Campinas SP .Autores Associados , 1995.
VALLE, Cecília . Manual do professor – 1 ed. Curitiba: Nova Didática,
2004. (Coleção Ciências).
BIZZO, Nélio. Ciência: fácil ou difícil. São Paulo, Ática, 2000.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
Brasília: MEC, 1996.
PARANÁ: Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes
Curriculares da Educação Básica de Ciências Naturais. Moderna
Curitiba: SEED, 2008.
172
Apresentação Geral da Disciplina de Educação Física.
A prática da atividade física confunde-se com a história do próprio
homem. A história mostra que desde a pré-história os exercícios físicos
eram cultivados sob diversas formas (danças, corridas, jogos). Esta
situação perdurou por séculos, com pequenas modificações e ajustes em
cada época.
Sabemos que atualmente a Educação Física é o estudo do
movimento intencional e expressivo, manifestado por uma totalidade
corporal, queremos que as atividades expressivas, recreativas e
esportivas participem do processo de crescimento e desenvolvimento de
nossos alunos, em direção a sua auto-realização, integração e
transformação da realidade social.
Pretendemos que nossos alunos saibam da importância da
Educação Física, dentro da nossa sociedade atual, pois através das
diversas formas de movimentos (esportes, jogos e brincadeiras,
ginástica,lutas e danças ) vamos preparar nossas crianças contra os
efeitos negativos da vida moderna como: obesidade, sedentarismo,
mecanização, preconceitos, tabus.
Oportunizaremos a prática de atividades físicas que levam a um
maior desenvolvimento das valências físicas fundamentais (resistência,
velocidade, flexibilidade, força, agilidade), bem como os pressupostos do
movimento (ritmo, respiração, percepções, coordenação), promovendo
também o desenvolvimento dos aspectos intelectuais como raciocínio,
observação, concentração, compreensão além dos outros.
Temos a criança e o adolescente como indivíduo distinto com suas
possibilidades e limites próprios, diferenciando segundo sua maturidade
motora, sua capacidade de rendimento e seu interesse próprio, portanto
as atividades de Educação Física levarão em conta a maturidade e
habilidade individual de cada um.
Optamos por uma Educação Física em que a atividade intelectual e
a atividade corporal se harmonizem, desta forma preparando o aluno
para o seu relacionamento consigo mesmo, com o outro e com o mundo.
Pretendemos proporcionar a toda comunidade escolar ( alunos,
pais, professores, funcionários ), atividades complementares, tais como
173
eventos esportivos, passeios, gincanas, festividades para que haja uma
maior integração e sociabilização na escola.
Primamos pela necessidade de manter atitudes higiênicas quanto
ao asseio corporal, vestimentas, não permitindo roupas e objetos
impróprios à prática de atividades físicas no decorrer das aulas, bem
como de prevenir acidentes.
Objetivos Gerais
Desenvolver nos educados a consciência do seu próprio corpo,
limites e necessidades, trabalhando a criança sempre como um todo,
estimulando o gosto pela prática da Educação Física.
Contribuir para o desenvolvimento integral do aluno, propondo
desafios a serem vencidos criando novas formas de movimentos e
exercitando sua criatividade durante todo o processo.
Estimular o desenvolvimento das capacidades mentais e
psicomotoras em geral, através de brincadeiras, brinquedos e jogos.
Conhecer a origem dos diferentes esportes e sua mudança na
história, bem como vivenciar os fundamentos básicos, táticos e regras.
Estimular a socialização, senso crítico e o espírito de equipe,
adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em
situações lúdicas e esportivas repudiando qualquer espécie de violência
ou exclusão.
Desenvolver a consciência corporal e participar de atividades
corporais, estabelecendo relações com seu próprio corpo, com os outros,
reconhecendo e respeitando as características físicas de si próprias e dos
outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais,
sociais ou culturais.
Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade das
manifestações de cultura corporal do Mundo e do Brasil, valorizando a
cultura afro-brasileira e percebendo-as como recurso valioso para
integração entre pessoas e entre diferentes grupos sociais, explorando a
expressão corporal e a criatividade.
Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando
hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais,
174
relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde e de recuperação,
manutenção e melhoria da saúde coletiva.
Organizar e praticar atividades corporais lúdicas e desportivas
valorizando-as como recurso para usufruto do tempo disponível, bem
como ter a capacidade de alterar ou interferir nas regras convencionais,
com intuito de torná-las mais adequadas para o momento.
Conteúdos Estruturantes propostos para a Educação Física na
Educação Básica são os seguintes:
Esporte
Jogos e Brincadeiras
Dança
Ginástica
Lutas
Conteúdos Básicos propostos para a Educação Física na
Educação Básica são os seguintes:
Coletivos, Individuais e radicais.
Jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e cantigas de roda, jogos de
tabuleiro, jogos dramáticos e jogos cooperativos.
Danças folclóricas, danças de salão, danças de rua, danças criativas e
danças circulares.
Ginástica artística e olímpica, ginástica rítmica, ginástica de
condicionamento físico, ginástica circense e ginástica geral.
Lutas de aproximação, lutas que mantêm a distância, lutas com
instrumento mediador e capoeira.
Conteúdos Específicos propostos para a Educação Física na
Educação Básica conforme a realidade da escola são os seguintes:
Futebol, voleibol, basquetebol, handebol, futebol de salão, futevôlei.
Tênis de mesa, atletismo.
Queimada, peteca, corrida do saco, mãe pega, stop, bets, bulica.
175
Lenço atrás, dança da cadeira.
Dama, trilha, xadrez.
Dança das cadeiras cooperativas, salve-se com um abraço.
Quadrilha, dança de fitas.
Atividades de expressão corporal.
Alongamentos, ginástica localizada, ginástica aeróbica, pular corda.
Metodologia
O estudo do corpo em movimento na Educação Física, tem como objeto
de ensino as manifestações corporais e sua potencialidade formativa, que
por meio dos conteúdos propostos, dos movimentos expressivos no
esporte, ginástica, dança jogos, brinquedos e brincadeiras, a Educação
Física tem função social de contribuir para que os alunos se tornem
sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, ter autonomia sobre ele
e adquirir uma expressividade corporal consciente.
Identificando as múltiplas possibilidades de intervenção sobre a
corporal idade pretendendo ir além da dimensão motriz levando em conta
a multiplicidade de experiências manifestas pelo corpo.
Dialogar com outras áreas de conhecimento que possam colaborar
para o entendimento das manifestações corporais, por exemplo: ciências,
artes e história.
Através do diálogo e reflexão mediar situações conflitantes que
envolvam a corporal idade.
O conteúdo será apresentado e problematizado, desenvolvido e
refletido (proposição, execução e reflexão). Todas as atividades deverão
ser contextualizadas.
O tratamento dado para as séries finais (7ª e 8º) terá mais amplitude,
complexidade e aprofundamento.
Produção de texto crítico, apresentação dinâmica dos textos,
organização de um jogo prático, debate crítico das idéias abordadas e da
aula prática, leitura de textos, aulas expositivas e direcionamento nas
leituras, reflexões, debates e conclusões e pesquisa e apresentação.
176
Os conteúdos deverão ser enriquecidos e ampliados de acordo com a
cultura e especificidades dos educandos.
Construção individual ou coletiva de brincadeiras ou jogos, como
também elaboração de materiais diversos.
Aulas práticas e teóricas poderão ser ministradas na sala de aula, sala
de informática, pátio, quadra e lugares afins, utilizando matérias de
apoio como textos, revistas, artigos, pesquisas, vídeos, tvpendrive, etc.
Devem ser levados em consideração a faixa etária do aluno e o grau
de esclarecimento que possuem. Esse processo de forma contínua poderá
revelar as alterações próprias das características desse momento de
aprendizagem. Abordagens que incluam os alunos como participantes
assíduos do processo avaliativo, pois além de estimular o
desenvolvimento da responsabilidade pelo próprio processo, creditando-
lhe maturidade, responsabilidade, também favorecerá uma maior
compreensão e localização desses alunos na construção do conhecimento.
Os conteúdos devem ser claros para que o aluno, através do senso
crítico aliado a necessidade de sentir-se reconhecido tornarão o processo
de avaliação mais significativo. Os conteúdos devem ser direcionados
para cada faixa etária onde o aluno tem por finalidade desfrutar de todos
os benefícios com o qual esteja sendo trabalhado.
Pretende-se avaliar se o aluno lê, compreende, interpreta,
relaciona e estabelece relações com o cotidiano. Critica e expressa idéias
com coerência. Trás conhecimento prévio sobre o assunto e se posiciona
de forma crítica. Consegue aprofundar-se no conhecimento dos limites e
das possibilidades do próprio corpo de forma a poder controlar algumas
de suas próprias posturas e atividades corporais com autonomia e
valoriza-las. Realiza as atividades, agindo de maneira cooperativa, e
contribui com os colegas na realização do trabalho em grupo, utilizando
formas de expressão que favoreçam as integrações grupais, adotando
atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade. Do mesmo modo
se o aluno organiza, interpreta as informações e pratica atividades da
cultura corporal de movimento, demonstrando capacidade de adaptá-las,
tornado mais adequadas ao movimento do grupo, a inclusão de todos.
177
Avaliação
A avaliação escolar é um processo contínuo que deve ocorrer-nos
mais diferentes momentos do trabalho. A verificação e a qualificação dos
resultados da aprendizagem no início, durante e no final das unidades
didáticas, visam sempre diagnosticar e superar dificuldades, corrigir
falhas e estimular os alunos a que continuem dedicando-se aos estudos.
Instrumentos e procedimentos de avaliação, que o professor poderá
utilizar:
Sondagem das condições prévias dos alunos por meio de
conversação informal e didática, discussão dirigida. Ficha de observação
sobre a participação e contribuição no desenvolvimento de algumas
atividades de grupos. Relatórios de apreciação de um evento esportivo ou
de um espetáculo de danças onde determinados aspectos fossem
ressaltados. Ficha de avaliação do professor quanto à capacidade do
grupo aplicar as regras de um determinado jogo, reconhecendo as
transgressões e atuando com autonomia. Ficha de observação do
interesse e participação do aluno sobre diversos conteúdos. Avaliações
dissertativas ou objetivas. Pesquisas, seminários, trabalhos e
apresentações.
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181
Apresentação Geral da Disciplina de Ensino Religioso
Ensino Religioso é uma disciplina importante no processo de
releitura do Fenômeno Religioso e socialização do conhecimento
historicamente elaborado pela humanidade, que tem como objetivo de
estudo o SAGRADO, por contemplar algo que está presente em todas as
tradições religiosas.
Os conteúdos estruturantes: a paisagem religiosa, o símbolo e o
texto sagrado ajudam a compreender o sagrado como cerne da
experiência religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo
cultural.
A função básica da escola é a construção e socialização do
conhecimento historicamente produzido e acumulado pela humanidade.
A escola é um espaço privilegiado de construção de
conhecimentos , expansão da criatividade, desenvolvimento da
humanização, vivência de valores universais, promoção do diálogo inter-
religiosos, valorização da vida e educação para a paz. Sendo assim, não
se pode ignorar a importância da disciplina de Ensino Religioso como “
parte integrante da formação básica do cidadão”. ( LDB – Art. 33).
Segundo Costellla ( 2004) , três fatores ajudam a entender a
necessidade de um novo enfoque para o Ensino Religioso.
O primeiro é atribuído à pluralidade social, num Estado não
confessional, laico e que garante , por meio da Constituição , a liberdade
religiosa.
O segundo fator, diz respeito à própria maneira de aprender o
conhecimento, devido às profundas transformações ocorridas no campo
da epistemologia , da educação e da comunicação.
O terceiro fator , traço característico da cultura ocidental, mostra
uma profunda reviravolta nas concepções , em especial no século XIX ,
que atinge seu ápice na célebre expressão do filósofo alemão Friedrich
Wihelm Nietzsche ( 1844- 1900) “ Deus está morto”, ou seja, Nietzsche
metaforiza o fato da sociedade não ser capapz de crer numa ordenação
cósmica. Transcendente/ Imanente, o que conduz a uma repulsa dos
valores absolutos e também à não crença em qualquer valor ditado por
uma ordem superior, o homem é levado a ser um criador de valores.
182
Segundo Nietzsche, isso leva a sociedade ao niilismo, a decadência moral
religiosa vinculada de mantermos uma “ sombra” um lugar vazio, um
local reservado ao princípio Transcendente/ Imanente e que fora
destruído pela sociedade e que essa mesma não pode mais voltar a
ocupar. Isto provocou uma reforma na sociedade européia que vinha
sustentada em bases decadentes e ultrapassadas.
A modernidade atribuía ao homem toda a responsabilidade sobre os
destinos da humanidade, pois tudo o que foi elaborado no século XIX
apresentava-se distante de uma explicação religiosa de mundo.
Pode-se acrescentar, ainda, que a globalização dos meios de
comunicação atinge todos os domínios da vida humana, repercutindo
também nas manifestações religiosas, nas crenças e na própria forma de
interpretar o sagrado.
Destaca-se ainda que as chamadas tecnologias de comunicação,
aliadas aos estudos relativos à aprendizagem , têm ampliado as
possibilidades de compreensão dos processos de apropriação de novos
saberes ao longo da vida, condição essencial para a vida em sociedade,
marcada pelas exigências do capitalismo.
Diante de uma análise breve do quadro apresentado, faz-se
necessário a superação de modelos lineares e fragmentados de
compreensão da realidade e a busca de outros referenciais que permitam
uma análise mais complexa da sociedade. É essa realidade que se coloca
como desafio para a escola e, mais especificamente , para o Ensino
Religioso.
Assim, o processo de ensino e de aprendizagem visa à construção /
produção do conhecimento e que, por conseqüência , se caracteriza pela
promoção do debate, da hipótese divergente, da duvida – real ou
metódica – do confronto de idéias, de informações discordantes e,
também de exposição competente de conteúdos formalizados.
As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a
necessária reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de
escolarização, diante das demandas sociais contemporâneas que exigem
a compreensão ampla da diversidade cultural, postas também no âmbito
religioso entre os países, de forma mais restrita, no interior de diferentes
comunidades. Nunca, como no presente, a sociedade esteve consciente
183
da unidade do destino do homem em todo o planeta e das radicais
diferenças culturais que marcam a humanidade.
Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se
destacar a necessária superação das tradicionais aulas de religião e a
inserção de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações
religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, sem perder de
vista as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são
impregnadas.
Além disso, é necessário que o Ensino Religioso Escolar adquira
status de disciplina escolar, a partir da definição mais consistente de
seus conteúdos escolares, da produção de referenciais didático-
pedagógico e científicos, bem como da formação dos professores.
No ambiente escolar, as religiões interessam como objeto de
conhecimento a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso , por meio do
estudo das manifestações religiosas que delas decorrem e as constituem.
As diferenças culturais são abordadas , de modo a ampliar a
compreensão da diversidade religiosa como expressão da cultura,
construída historicamente , e que, portanto , são marcadas por aspectos
econômicos, políticos e sociais.
Dessa forma, reafirma-se o compromisso da escola com o
conhecimento , sem excluir do horizonte os valores éticos que fazem
parte do processo educacional.
Em outras palavras, pode-se dizer que : aquilo que para as igrejas é
objeto de fé, para a escola é objeto de estudo. Isto supõe a distinção entre
fé/ crença e religião, entre o ato subjetivo de crer e o fato objetivo que o
expressa. Essa condição implica na superação da identificação entre
religião e igreja, salientando sua função social e o seu potencial de
humanização das culturas . Por isso , o Ensino Religioso na escola pública
não pode ser concebido, de maneira nenhuma, como uma espécie de
licitação para as Igrejas ( Costella, p. 97-107, 2004).
A partir dessas considerações , as Diretrizes Curriculares para o
Ensino Religioso têm como objetivo orientar também a abordagem e a
seleção dos conteúdos. Nessa perspectiva, todas as religiões podem ser
tratadas como conteúdos nas aulas de Ensino Religioso, uma vez que o
184
sagrado compõe o universo cultural humano, fazendo parte do modelo de
organização de diferentes sociedades.
Assim, o currículo dessa disciplina propõe-se a subsidiar os alunos,
por meio dos conteúdos, à compreensão , comparação e análise das
diferentes manifestações do sagrado, com vistas à interpretação dos
seus múltiplos significados. A disciplina de Ensino Religioso subsidiará os
educandos na compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na
forma como a sociedade sofre inferências das tradições religiosas ou
mesmo da afirmação ou negação do sagrado.
Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e as
suas manifestações são significativas para todos os alunos durante o
processo de escolarização, por propiciarem subsídios para a
compreensão de uma das interfaces da cultura e da constituição da vida
em sociedade.
Objetivos Gerais
• Proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõe o
fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas percebidas
no contexto dos educandos.
• Possibilitar esclarecimentos sobre o direito à diferença na
construção de estruturas religiosas que têm na liberdade o seu
valor inalienável.
• Compreender os eixos organizadores do conteúdo de Ensino
Religioso.
• Analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência
religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo cultural.
• Compreender a presença do sagrado nas diferentes manifestações
religiosas.
• Facilitar a compreensão do significado das afirmações e verdades
de fé das Tradições Religiosas.
• Identificar as diferenças culturais e religiosas a partir da realidade
sócio-cultural dos alunos, desenvolvendo atitudes de respeito às
diferenças e superação de toda forma de preconceito e
discriminação.
185
• Entender o sagrado como parte da dimensão cultural que influencia
a compreensão do mundo e a maneira como o homem religioso vive
o seu cotidiano.
• Conhecer os limites éticos propostos pelas Tradições Religiosas .
• Identificar os textos sagrados das diferentes Tradições Religiosas,
entendendo que são referencial de fé e orientação para a vida.
• Conhecer a importância dos rituais, símbolos e espiritualidades das
diferentes religiões na vida das pessoas.
• Conhecer as diferentes idéias do Transcendente construídas ao
longo do tempo, desenvolvendo uma atitude de respeito às
diferentes concepções sobre o Transcendente.
• Promover um espaço de reflexão na sala de aula, sobre os valores
humanos e leis de qualidade de vida.
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
5ª série
Ensino Religioso na Escola Pública.
Eixos Organizadores
• Orientações legais;
• Objetivos;
• Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino
Religioso como disciplina escolar.
Valores Humanos
• Reflexão e vivência em sala de aula.
• Livro “ 12 Semanas para mudar uma vida”.
• Estudo , reflexão e vivência no cotidiano- qualidade de vida.
Respeito à diversidade Religiosa
• Declaração Universal do Direitos Humanos e Constituição
Brasileira.
• Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão.
• Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.
Lugares Sagrados
186
• Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de
peregrinação , de culto, de reverência, principais práticas de
expressão do sagrado nestes locais.
• Lugares na natureza : riso, lagos, montanhas, grutas,
cachoeiras, etc..
• Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc...
Textos Orais e Escritos
• Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita
pelas diferentes tradições religiosas.
• Literatura oral e escrita – cantos, narrativa, poemas, orações,
etc..
Organizações Religiosas
• Principais características de organização.
• Estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos.
• Diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado.
• Fundadores e/ ou Líderes Religiosos.
• Estruturas hierárquicas.
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
6ª série
Valores Humanos
• Reflexão e vivência em sala de aula.
Eixos Organizadores
• Estudo Sistematizados
Universo Simbólico Religioso
• Significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos.
• Nos Ritos.
• Nos Mitos.
• No Cotidiano.
• Arquitetura Religiosa : Mantras, Parâmetros Objetos, etc...
Festas Religiosas
187
• Eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com
diversos objetivos: confraternização, rememoração dos símbolos,
períodos ou datas importantes.
• Peregrinações: festas familiares, festas nos templos, datas
comemorativas.
Vida e Morte
• Respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas
tradições religiosas e sua relação com o sagrado.
• O sentido da vida nas diferentes tradições religiosas.
• Reencarnação.
• Ressurreição.
• Além Morte.
• Ancestralidade.
• Outras interpretações.
Diversidades Religiosas
• Organização da estrutura religiosa no Oriente e no Ocidente.
• Fundadores e/ ou líderes religiosos que modificam a sociedade.
• A revelação dos textos sagrados nas tradições do Oriente e
Ocidente.
• A idéia do Transcendente na visão tradicional e atual.
• As religiões e a construção da paz no mundo de hoje.
• Os diversos estilos de textos sagrados.
• O significado do Transcendente na vida das pessoas.
• A paisagem religiosa ( Biodiversidade).
• Influência das crenças religiosas na vida prática das pessoas.
• Princípios éticos das diversas tradições religiosas.
• As diferentes espiritualidades das diferentes tradições religiosas do
mundo.
Metodologia
O encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso
pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão este
trabalho. A metodologia deve ser flexível e adequada a cada conteúdo ou
188
tema a ser desenvolvido, de modo a favorecer a interação, o diálogo, a
participação ativa e o compromisso com a vida.
O educador tem a liberdade de desenvolver o trabalho pedagógico
de acordo com o seu próprio método, desde que suas práticas
pedagógicas desenvolvidas respeitem às diversas manifestações
religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos.
Uma das inovações propostas por estas diretrizes é a abordagem
dos conteúdos de Ensino Religioso , tendo como objeto de estudos o
sagrado, que será a base da qual serão tratados os conteúdos de Ensino
Religioso.
Dessa forma, pretende-se assegurar a especificidade dos
conteúdos, sem desconsiderar a sua aproximação com as demais áreas do
conhecimento.
Para que o Ensino Religioso contribua efetivamente com o processo
de formação dos educandos, foram indicados, a partir dos conteúdos
estruturantes: a paisagem religiosa, símbolos e textos sagrados a serem
observados pelos professores.
A forma de apresentação dos conteúdos específicos, explicita a
intenção de partir de abordagens de manifestações religiosas ou
expressões do sagrado desconhecidas ou pouco conhecidas dos alunos,
para posteriormente inserir os conteúdos que tratam de manifestações
religiosas mais comuns que já fazem parte do universo cultural da
comunidade.
Desse modo, convém, destacar que todo conteúdo a ser tratado nas
aulas de Ensino Religioso contribuirá para a superação do preconceito à
ausência ou à presença de qualquer crença religiosa: de forma de
proselitismo, bem como da discriminação de qualquer expressão do
sagrado.
Assim, os conteúdos a serem ministrados não têm o compromisso
de legitimar uma manifestação do sagrado em detrimento de outra, uma
vez que a escola não é um espaço de doutrinação, evangelização, de
expressão de ritos, símbolos, campanhas e celebrações.
A linguagem a ser utilizada deve ser pedagógica adequada ao
universo escolar, capaz de traduzir e decodificar e conteúdo, facilitando a
compreensão e assimilação do conhecimento: diálogo, abertura ao
189
diálogo de forma a atender a pluralidade e promover a troca de
informações: questionadora, que facilite uma reflexão crítica, sem
pretender ser a verdade absoluta sobre os assuntos abordados; cativante
que desperte o interesse pelos conteúdos e o entusiasmo em aprender e
otimista, que estimule o encantamento pela vida e a disponibilidade em
construir um mundo de paz.
As reflexões e análises são procedimentos que acompanham todo o
processo e o professor pode encaminhar com questionamentos, diálogos,
problematizações que promovam a conscientização , o entendimento e a
decodificação do objeto de estudo. Essa decodificação progressiva
permitirá o educando abrir sua visão, desarmar-se do preconceito,
discernir , perceber a unidade na diversidade das tradições religiosas,
como a defesa da vida, a busca de sentido e a necessidade da
transcendência.
Tendo em vista a diversidade de conteúdos e o necessário processo
de pesquisa a ser realizado pelo professor, recomenda-se que a seleção
priorize as produções de pesquisadores daquela manifestação do sagrado
e, se necessário consultem produções oriundas da própria manifestação
que se pretende tratar. Este procedimento evitará o uso de fonte de
informações e de pesquisa comprometidas com os interesses de uma ou
de uma outra tradição religiosa.
Enfim, a intencionalidade e a direção do processo ensino/ aprendizagem
devem conduzir para aquisição do conhecimento religioso e para a
mudança qualitativa que se expressa no “ saber em si, no saber em
relação ao saber de si” traduzidos em novas posturas de diálogo e
reverência.
Avaliação
Faz necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem
adotados, uma vez que este componente curricular não tem a mesma
orientação que a maioria das disciplinas no que se refere a atribuição de
notas e ou conceitos, ou seja, o Ensino Religioso não se constitui como
objeto de reprovação, bem como não terá registro de notas ou conceitos
na documentação escolar, isso se justifica pelo caráter facultativo da
matrícula na disciplina.
190
Mesmo com essas particularidades , a avaliação não deixa de ser
um dos elementos integrantes do processo educativo na disciplina de
Ensino Religioso. Assim, cabe ao professor a implementação de práticas
avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de
conhecimento, pelo aluno e pela sala, tendo como parâmetro os
conteúdos tratados e os seus objetivos.
Para atender a esse propósito, o professor terá que elaborar
instrumentos que o auxiliem a registrar o quanto o aluno e a turma se
apropriaram ou têm se apropriado dos conteúdos estudados nas aulas.
Nesse sentido, a apropriação do conteúdo que fora antes trabalhado
pode ser observado pelo professor em diferentes situações de ensino e
aprendizagem. Pode-se avaliar, por exemplo, em que medida o educando
expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm
tradições religiosas diferentes da sua, se aceita e respeita as diferenças
dos outros; se compreende que a idéia do Transcendente se constrói de
maneira diversa; se reconhece que o fenômeno religioso é um dado da
cultura e da identidade de cada grupo social; se entende que as verdades
contidas nos textos sagrados traçam as experiências místicas de um povo,
se conhece as diferentes respostas das Tradições Religiosas para a vida
além da morte e busca respostas aos seus questionamentos existenciais,
descobrindo e redescobrindo o sentido de sua vida; se emprega conceitos
adequados para referir-se às diferentes manifestações do sagrado.
Diante da sistematização das informações provenientes dessas
avaliações, terá elementos para planejar as necessárias intervenções no
processo de ensino e aprendizagem, retomando as lacunas identificadas
no processo de apropriação dos conteúdos pelos alunos, bem como terá
elementos para dimensionar os níveis de aprofundamento a serem
adotados em relação aos conteúdos que desenvolverá posteriormente.
Nesta perspectiva, terá também a partir do processo avaliativo dos
educandos, indicativos importantes para realizar a sua auto-avaliação que
orientará a continuidade do trabalho.
Mesmo que não haja aferição de notas ou conceitos que implicam
na reprovação ou aprovação dos alunos, estas diretrizes orientam que o
professor proceda com processo avaliativo, adotando instrumentos que
191
permitam à escola , ao aluno, aos seus pais ou responsáveis,
identificarem os progressos obtidos na disciplina.
Com essa prática, os alunos, especificamente, terão a oportunidade
de retomar os conteúdos, como também poderão perceber que a
apropriação dos conhecimentos lhes possibilita conhecer a compreender
melhor a diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante,
bem como possibilitará a articulação dessa disciplina com os demais
componentes curriculares, os quais também abordam aspectos relativos à
cultura.
A avaliação é processual , faz parte do processo de ensino
aprendizagem. É um aspecto integrador entre a aprendizagem do
educando e a atuação do educador na construção do conhecimento ,
formação de valores e convívio social.
192
Referências Bibliográficas:
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DURKHEIM, E. As formas elementares de vida religiosa. São Paulo:
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193
Apresentação Geral da Disciplina de Geografia
Diante dos múltiplos desafios do futuro, a educação surge como
trunfo indispensável à humanidade na construção de idéias de paz,
liberdade e justiça social.
O estudo da geografia deve ser compreendido como uma busca de
estudos da dimensão da totalidade. Seu princípio é a compreensão do
espaço geográfico, espaço este, solidário e contraditório, onde sistemas e
ações não isoladas constroem a história.
Segundo Pontruschka (1998), a geografia escolar conta com um
espaço privilegiado para trabalhar na formação intelectual e ética dos
jovens, na construção sua cidadania e na consciência de sua dignidade
humana, além de ressaltar a importância da integração entre diferentes
campos do conhecimento para uma visão mais ampla e profunda do
mundo atual.
O ensino da geografia tem como tarefa, além das informações
relevantes a de contribuir com a formação do cidadão ativo e critico a
formação estratégias de pensamento desse sujeito, pois além de ler
escrever e pensar em Geografia, os educandos devem se apropriar ao
conhecimento científico para formular suas próprias hipóteses, e aplicá-
las no cotidiano, buscando um mundo capaz de abrigar a todos, sem
diferenças sociais, econômicas e territoriais.
A geografia permite os alunos adquirirem hábitos e construir
valores significativos da vida em sociedade. Na busca da vivência do
educando com os lugares, levar a construção de compreensões novas e
mais complexas a seu respeito, visando o desenvolvimento da capacidade
de refletir.
Conhecendo as características sociais, culturais e naturais do lugar
onde vive, bem como de outros lugares sobre diferentes aspectos da
realidade e compreendendo a relação homem /natureza.
194
Objetivos Gerais
Tem como fundamentos norteadores em um ensino holístico,
progressista e direcionado a pesquisa devendo enriquecer e aprofundar a
relação consegue mesmo, com a família e membros da comunidade
global, com o planeta e com o cosmo, onde a visão do todo deve
considerar a intuição e emoção, respeitar as diferenças e promover a
interação e as relações entre as partes, pois é o ser que constrói sua
história, influi nomeio e por ele é influenciado.
Portanto, a disciplina almeja proporcionar uma convivência no
coletivo, síntese de múltiplas relações, buscando a transformação através
da troca, da inter-relação dialógica e critica, ultrapassando o leia, escute,
decore e repita para um espaço produtivo, gestor de projetos inovadores,
transformadores e participativo, onde o professor será o mediador, o
articulador.
Específicos:
• Identificar no espaço e no tempo o modo de ocupação em função
das necessidades;
• Perceber que o trabalho transforma pela apropriação dos recursos
naturais;
• Reconhecer que o trabalho se modifica no tempo, portanto,
relaciona-se com a historia da humanidade;
• Entender a organização do espaço geográfico deve conhecer e
valorizar o inter-relacionamento entre os homens e destes com a
natureza;
• Questionar as implicações da relação entre os que detêm o poder
econômico e político e aqueles subjugados pelo trabalho alienado;
• Transformar a realidade social só é possível com a explicitação do
espaço geográfico e encaminhamento dos conflitos;
• Compreender o espaço geográfico a partir das interações entre
homens e das suas relações com o ambiente.
195
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
5ª Série
Espaço e Noções de Tempo:
Espaço e tempo: duas noções importantes;
O espaço natural e o espaço geográfico ou humanizado;
O tempo.
A Natureza e seu Meio Ambiente:
O tempo da natureza;
Meio Ambiente em Debate;
Os animais na Natureza.
O Planeta Terra:
A origem do Universo;
O nascimento da Terra;
A construção do Espaço: Os Territórios e os Lugares.
Aprendendo a orientar-se:
Cartografia e sua Linguagem;
Orientação, Localização;
Paralelos, Meridianos.
Aprendendo a fazer Leituras de Mapas e Cartas:
Coordenadas Geográficas;
Mapas, Escalas, Plantas.
Rotação e Translação:
Zonas Térmicas da Terra;
A Natureza fonte de vida;
Lugares de vivência.
Paisagens:
Paisagens Culturais e Paisagens Naturais;
As Dinâmicas da Natureza.
196
Aspectos Gerais Brasileiros:
Clima, Solos, Relevos, Minerais e Rochas;
As transformações nas relações entre Campo e Cidade no tempo e no
espaço.
Relações do Homem:
O trabalho humano;
A Natureza humana é transformada em produto pelo trabalho humano.
O Mercado Consumidor:
O mercado consumidor e a sociedade de consumo;
A evolução da atividade industrial.
Agricultura no Meio Rural:
Agropecuária e Extrativismo Mineral.
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
6ª Série
A Expansão do Espaço Geográfico:
Os Países;
Mundo Geográfico.
População Mundo:
A técnica e a População do Mundo;
O crescimento e a distribuição populacional;
População.
A Estrutura da População:
Estrutura por idade;
Estrutura das Atividades Econômicas.
Migrações Populacionais:
Principais movimentos migratórios e grupos de imigrantes;
O Brasil indígena;
Identidade brasileira.
197
Atividades Econômicas e Desigualdades Socioeconômicas:
Setores primários, secundários e terciários;
Brasil e suas industrialização;
O espaço como acumulação de tempos desiguais;
As cidades/ Urbanização brasileira/ Regiões metropolitanas;
A construção de espaço geográfico no Brasil;
Regionalização brasileira.
O Brasil e suas Regiões. Contemplando os Aspectos Gerais de cada
Estado:
População brasileira/ Problemas no Campo;
Agropecuária;
As principais fontes de energia;
As Questões Ambientais;
O Estado, suas classes sociais, sociedades urbanas, rurais e indústria
brasileira.
Região Sudeste:
Relevo, hidrografia, clima, vegetação, solos, população, extrativismo
vegetal, extrativismo mineral, extrativismo animal, indústrias, as
principais áreas agrícolas e agropecuárias;
Região Norte:
Relevo, hidrografia, clima, vegetação, solos, população, extrativismo
vegetal, extrativismo mineral, extrativismo animal, indústrias, as
principais áreas agrícolas e agropecuárias;
Região Nordeste:
Relevo, hidrografia, clima, vegetação, solos, população, extrativismo
vegetal, extrativismo mineral, extrativismo animal, indústrias, as
principais áreas agrícolas e agropecuárias;
Região Centro-Oeste:
198
Relevo, hidrografia, clima, vegetação, solos, população, extrativismo
vegetal, extrativismo mineral, extrativismo animal, indústrias, as
principais áreas agrícolas e agropecuárias;
Região Sul:
Relevo, hidrografia, clima, vegetação, solos, população, extrativismo
vegetal, extrativismo mineral, extrativismo animal, indústrias, as
principais áreas agrícolas e agropecuárias.
Conteúdos/Conteúdos Estruturantes
7ª Série
Regionalização do Mundo, o Subdesenvolvimento e Desenvolvimento:
A Geografia da diversidade de paisagens naturais e a regionalização;
Divisão dos Continentes e Oceanos no Globo Terrestre, áreas onde são
ocupadas;
Regionalização de Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos.
Implantação do Colonialismo nos séculos XV e XVI (na América):
Os tipos de colonização implantados na América;
Colonização de Exploração;
De povoamento.
Bases históricas: Neocolonialismo e o Imperialismo:
Revolução Industrial na Geografia;
Fatores internos e externos na questão de subdesenvolvimento e
desenvolvimento;
Formação e Distribuição da Natureza na história:
A formação e a distribuição resultam na historia da natureza;
O Continente Americano no Mapa Mundi.
A América:
Território, colonização europeia e suas regiões;
199
Conflitos de territorialidade;
Posições geográficas e astronômicas;
América: Áreas e Fuso Horário.
Aspectos Econômicos:
Países Americanos: suas Forças e suas Riquezas;
Estados Unidos e Canadá: grandes potências econômicas e tecnológicas;
Estados Unidos da América e Canadá;
População, economia, indústria e agropecuária;
Separatismo no Canadá.
Questões de Meio Ambiente na América:
Problemas Ambientais;
Relevo, clima e povoamento;
Cadeias montanhosas;
Planaltos elevados;
Planícies litorâneas.
As Culturas de todos os povos:
Diversidades étnicas ou culturais;
População e sua espacialidade regional;
As diferentes raças;
Os conflitos étnico-religiosos.
América Anglo-saxônica:
Aspectos naturais e regionais;
Problemas Ambientais;
O homem parte do Meio Ambiente;
Relevo, hidrografia, vegetação e o clima.
A Oceania:
Quadros Gerais, Naturais dos aspectos da Oceania;
População;
Economia.
Regiões Polares:
O extremo Norte e o extremo Sul;
200
O Ártico;
A Antártida;
População dos Pólos;
Ocupação do Ártico.
A África:
Seus aspectos humanos e econômicos;
África nos dias atuais;
Aspectos Físicos: Geologia e relevo, clima, vegetação e hidrografia.
Conteúdos/Conteúdos Estruturantes
8ª Série
A Europa:
Aspectos naturais;
A Europa na Eurásia;
Litoral, relevo, hidrografia, clima e vegetação;
A Europa Oriental e a Comunidade dos Estados Independentes.
A Modernização do Continente Europeu:
Aspectos populacionais;
Distribuição geográfica e composição da população;
O crescimento populacional;
Os imigrantes na Europa;
Os conflitos étnico-religiosos;
A evolução das técnicas de transporte;
Da comunicação e da informação.
Grandes Regiões Européias:
A Regionalização;
Europa Centro-Ocidental;
Europa Central;
Europa Meridional;
Europa Setentrional;
Europa Oriental.
201
Oriente Médio:
Aspectos físicos;
A população;
A Economia nos setores do agro negócio , agroindustriais e mineração;
O fundamentalismo Islâmico;
O conflito Árabe-Israelense;
Questões Iraquianas, Guerras e Invasões no Iraque.
Ásia Central:
A população da Ásia;
A economia centro-asiático:
Subcontinente Indiano:
Aspectos naturais;
Aspectos populacionais;
Idiomas e etnias;
Diversidade religiosa;
Aspectos econômicos e os principais conflitos.
Sudeste Asiático:
População e economia;
O Timor Leste;
As multinacionais e o processo da Globalização;
A evolução das tecnologias e as novas territorialidades em redes.
Extremo Oriente:
Modernização, Globalização e sociedade de consumo;
A localização;
Aspectos naturais;
População;
China socialista;
A economia chinesa e japonesa.
A África:
Seus aspectos humanos, sociais;
202
A África hoje;
Relevo, clima, vegetação, solos e hidrografia;
A exploração colonial na África:
A descolonização;
A África na nova ordem mundial;
Crise na Antiga África portuguesa.
O fim da Apartheid na África do Sul:
A população africana;
As precárias condições de vida;
A economia;
A África do Sul;
O Norte da África.
Metodologia:
Dentro da Prática Pedagógica se conduz o educando para tornar-se
um agente participativo dentro das diferentes potencialidades. De acordo
com sua realidade. Buscar contribuir na complementação dos temas pré-
dispostos do programa anual, deixando claro que a geografia é uma
ciência ligada à vida e ao nosso espaço de vivencia. Neste contexto o
educando participa desenvolvendo a construção de seu conhecimento,
realizando pesquisas, contextualizando a realidade, produzindo textos,
debates e participando de seminários.
Parcerias significativas, práticas, críticas, produtivas, reflexivas e
transformadoras. Lembrando que o aluno é originais, únicos, dotados de
inteligências múltiplas. Fazer uso de diversas formas de diálogo. Partir
da prática social, passar para a problematizarão provocando a catar-se e
o retorno à prática social através da mediação.
Ultrapassar o ensino do livresco, valorizando a ação reflexiva,
estimular a análise. Reconhecer a interdisciplinaridade; Mendonça,
(2002, pág.141), salienta a necessidade da simultaneidade de olhares,
técnicas e perspectivas sobre o objeto de estudo da geografia, ao que o
autor denomina “diálogo de saberes”, como essencial para a superação
das dificuldades e limitações para a apreensão do real, na pesquisa ser
203
humano. Levando o sujeito do processo a questionar, investigar, ser
criativo, ético e a construir espaços próprios.
Também se leva em conta aula expositiva dialogada com leitura e
análise de textos, atividades de pesquisa referente aos temas
trabalhados, exposição e confecção de mapas, para que os alunos possam
visualizar e aplicar na prática o que está sendo estudado.
Recursos Metodológicos a serem utilizados:
Quadro de giz;
Retro-projetor;
Microcomputador/ Data Show;
Atlas Geográfico e Mapas;
Aulas de Campo;
Jornais e Revistas;
Dinâmicas Extracurriculares.
Avaliação
A avaliação dever ser compreendida como elemento integrador
entre a aprendizagem e o ensino, o que envolve múltiplos aspectos:
O ajuste e a orientação pedagógica para que o aluno aprenda da melhor
forma;
A obtenção de informações sobre os temas de conhecimento;
A reflexão contínua do educador sobre suas práticas educativas;
A conscientização dos avanços, dificuldades e possibilidades.
A avaliação, portanto ocorrerá durante todo o processo ensino-
aprendizagem, desde o planejamento das atividades por parte do
educador até a etapa final. Buscando obter o Máximo de informações em
informações em relações aos processos de aprendizagem, contínua
processual e participativa onde a auto-avaliação e a avaliação grupal e
individual tenham espaços para elaboração, reflexão e crítica sobre os
conteúdos trabalhados. Avaliar o progresso, o envolvimento a caminhada,
a qualidade do processo educativo, onde aluno será encaminhado a
pesquisar com a dúvida.
204
Um professor que saiba trabalhar como um pesquisador e que
instigue seus alunos a dúvida, à inquietação e ao novo encaminhará o
aluno a ser capaz de produzir sua própria aprendizagem, tornando o erro
um desafio para o aluno encontrar novas respostas, provocará um
crescimento gradativo, não esquecendo de respeitar o aluno com seus
limites e suas qualidades. O aluno deverá perceber seu desenvolvimento
no desafio. Dinâmicas práticas concretas, trabalhos em grupo e avaliação
formal fazem parte deste processo.
A avaliação é vista como um processo contínuo, na qual deve ser
feita diariamente. Levando-se as considerações em relação conteúdo-
método, de modo que o aluno tenha uma visão ampla do Mundo
Contemporâneo e da realidade em que esta inserida, correlacionada e
empregada como uma reflexão sobre a ação.
Assim deve ser continua e compreendida com parte integrante do
processo educacional. É um meio onde o Professor da oportunidade ao
Aluno de demonstrar se houve ou não Aprendizagem. Através destes
meios o Aluno e o Professor podem receber as dificuldades ainda
existentes e retornar ao conteúdo.
Neste caso avalia-se o Ensino oferecido, se este cumpriu ou não a
finalidade. Dessa forma a avaliação ocorre durante todo o processo
Ensino-Aprendizagem. Nesta disciplina a Avaliação se fará de forma
gradativa, instrumentalizando o aluno por meio de conteúdos
fundamentais, citados nos Eixos Temáticos, verificando passo a passo o
desempenho da aprendizagem e retornando conteúdos que não forem
assimilados. Assim o aluno está constantemente sendo avaliado por meio
de vários instrumentos conforme o tipo de conteúdo que é trabalhado.
A avaliação poderá então ser feita por meio de leitura e
interpretação de mapas, relatórios, textos com consultas individuais e em
equipes, exercícios individuais e em grupos, trabalhos práticos,
pesquisas, textos orais e escritos.
205
Referências Bibliográficas:
ADAS, Melhem. Geografia 5ª, 6ª, 7ª, 8ª séries. 4ª ed., Moderna 2002
SP.
ANDRADE, M. C. de Geografia Ciência da Sociedade – São Paulo:
Atlas; 1987
LEI 9394/96. (LDB) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. Didática e
Psicologia ed. Ática.
GONÇALVES, C. W. P. Os (des.) Caminhos do Meio Ambiente. São
Paulo: Contexto 2002.
ROCKENBACH, Denise et all. Link do Espaço. 5ª, 6ª, 7ª, 8ª séries. 2ª
ed., Ática 2002 SP.
OLIVEIRA, A. U. Para onde vai o ensino da Geografia? São Paulo:
Contexto 1989.
VESENTINI, J. Willian e Vlach, Vânia. Geografia Crítica 5ª, 6ª, 7ª, 8ª
séries. 2ª ed. Ática 2002 SP.
206
Apresentação Geral da Disciplina de História
A História faz parte do currículo escolar e é de suma importância
na aprendizagem, na formação do jovem. E por isso vem o pensar, refletir
ou posicionar-se em relação ao ensino de história praticado.
A História como área escolar surgiu em 1837, inspirada no modelo
francês, voltado ao ensino clássico e humanístico à formação de cidadãos
proprietários e escravistas. Ao passar o tempo a História foi dividida em
várias Histórias.
Qualquer visão de História só pode ser construída com fatos. Toda
história é necessariamente factual. Obviamente, não se limita a fatos.
Inclui também necessariamente, interpretações, presentes na própria
seleção dos fatos considerados relevantes. A escrita da história não
compõe-se de duas etapas estanques – a seleção dos fatos primeiro e a
sua interpretação depois. Toda a história é ao mesmo tempo factual e
conceitual. Factual, porque sem fatos não há história. Conceitual porque
toda história trabalha com conceitos explícitos ou implícitos, conscientes
ou inconscientes.
Essa história tradicional acaba dando origem a uma prática
moderna mais dinâmica que contribuirá para as novas gerações,
considerando-se que a sociedade atual vive um presente contínuo, que
tende a esquecer e anular a importância das relações que o presente
mantém com o passado. Nos dias atuais, com a influência do capitalismo
de dogmas consumistas fornece uma valorização das mudanças no
moderno cotidiano tecnológico e uma ampla difusão de informações
sempre apresentadas com as novas e simplificadas explicações que se
reduzem aos acontecimentos imediatos.
A história tanto quanto possível procurará romper com o modelo
factual e cronológico, optar por uma abordagem com maior ênfase na
história social e cultural, relacionando com o presente, despertando
questões e reflexões críticas.
Ensinar História numa proposta de recuperar a experiência dos
sujeitos sociais no presente e no passado, buscando compreendê-la em
suas diferentes dimensões. Por isso uma proposta fundamentada em uma
207
concepção de ensino e de aprendizagem que considera o aluno como
sujeito de uma aprendizagem e de sua história.
Nessa visão, a aprendizagem deve constituir como resultante da
interação entre aluno e professor e objeto de conhecimento. Por meio do
debate e da reflexão em torno dos temas com base nas informações
trazidas para sala de aula, professor e alunos levantam questões,
observam, comparam e formulam hipótese para perceber as diferenças,
os conflitos e os embates nas ações humanas, desenvolvendo assim a
capacidade de olhar o mundo e a si mesmos pela ótica da história.
Hoje, lutamos pela democratização do conhecimento e a história
vem de encontro para analisar, mulheres, negros e pobres que foram
sempre relegados. Uma das primeiras lutas lideradas pelas mulheres na
busca de seus direitos foi pelo acesso a educação. O processo de
aprendizagem deve responder aos desafios das diferenças. Só o ensino
que leva em conta essas condições é que pode de fato responder à
realidade social e ser reabilitador do pleno exercício da dignidade
humana. A sala de aula deve ser o espaço de encontro da diversidade, do
respeito às diferente culturas, religiões, políticas, raciais e outras.
A História não consiste em propiciar apenas em seu esforço de
compensação, o acesso a patamares do passado, já superada: busca sim
propiciar acesso aos conhecimentos que atendam às necessidades
surgidas com o progresso da ciência, da tecnologia e com a sociedade de
direitos. No basta conhecermos nossa língua, nossa história, o passado.
Conviver no mundo pós moderno exige a aprendizagem de novas
habilidades como o uso do cartão magnético, da escada rolante, de
aparelhos eletrônicos, a leitura de manuais, contratos, resultados de
exames médicos realizados com técnicas de última geração,
computadores e outros que surgirem no mercado. Para acompanhar e
fiscalizar os políticos, governantes precisamos saber de orçamentos,
destino de verbas de custeio e outros, balanços, investimentos, além de
ter conhecimento das legislações.
Creio que nos deparamos, neste final de século, com a possibilidade
de transformar o espaço de aprendizagem num campo fértil para a
assimilação do direito à cidadania com eqüidade.
208
Diante da globalização não se pode mais pensar na concepção
tradicional para o ensino de História, na qual o importante era a
memorização de nomes e datas como resultado de um bom repasse da
matéria. É preciso renovar a História, romper com a forma de ensino
onde o aluno se encontre numa posição passiva de aprendizagem, num
círculo vicioso de reprodução de um conhecimento fechado.
Sendo a História um processo, é necessário estudá-la em seu
movimento contínuo, em sua constante transformação.
O ensino de História deve desenvolver o senso crítico, rompendo a
valorização do saber enciclopédico, socializando a produção da ciência
histórica, passando da reprodução do conhecimento à compreensão das
formas de como este foi produzido, formando um homem político capaz
de compreender a estrutura do mundo onde ele se insere.
Recuperar formas diversas de registros das ações humanas do
poder, mostrar que existe a dominação e não apenas o dominante; as
instituições sociais, ter novos valores para entender melhor a
modernidade e suas tecnologias; trabalhar com o seu cotidiano, aquilo
que está próximo a ele. Educando para o serviço, abrindo espaços para
que o aluno seja sujeito do seu próprio desenvolvimento.
A História oferecida para as novas gerações é a do espetáculo,
pelos filmes, propagandas, novelas, desfiles carnavalescos, trabalhando a
História local e a oral, internet, textos, história das bases e outros.
Com isso o que se requer é uma história que leve a ação não para
confirmar, mas para tentar mudar e melhorar o cotidiano do aluno.
A contribuição mais substantiva da história para a melhor
compreensão da sociedade contemporânea e na qual o jovem se situa,
reside assim, e mais efetivamente na possibilidade de desenvolver a
capacidade de apreensão do tempo em seu sentido completo das
vivências humanas.
Num contexto histórico importante, desempenha seu papel à
medida que contenha pesquisas e reflexões das representações
construídas socialmente e das relações estabelecidas entre os indivíduos,
os grupos, os povos e o mundo social. Analise de uma época fazendo
refletir sobre seus valores e suas práticas cotidianas e relacioná-las com
209
problemáticas históricas inerentes ao seu grupo de convívio, à sua
localização, à sua região e à sociedade nacional e mundial.
O ensino de História favorece a construção pelo aluno, de noções
de diferença, semelhança, transformação e permanência auxiliando na
identificação e na distinção do “eu”, do “outro” e do “nós” no tempo; das
práticas e valores particulares de indivíduos ou grupos e dos valores que
são coletivos em uma época; dos consensos e / ou conflitos entre
indivíduos e grupos em sua cultura; dos elementos próprios deste tempo
e dos específicos de outros tempos históricos; das continuidades das
práticas e das relações humanas nos tempos e da diversidade ou
aproximação entre essas práticas e relações em um mesmo espaço ou
nos espaços.
A construção de noções interfere nas estruturas cognitivas do
aluno, modificando a maneira como ele compreende os elementos do
mundo e as relações que esses elementos estabelecem entre si. Isso
significa dizer que quando o estudante apreende uma noção, grande
parte do que ele sabe e pensa é reorganizado a partir dela. Á medida que
o Ensino de História lhe possibilita construir noções, ocorrem mudanças
no seu modo de entender a si mesmo, aos outros, as relações sociais e a
História. Os novos domínios cognitivos do aluno podem interferir, de
certo modo, nas suas relações pessoais e sociais e no seu compromisso e
afetividade com as classes, os grupos sociais, as culturas, os valores e as
gerações do passado e do futuro.
A percepção do “outro”(diferente) e do “nós” (semelhante) é
diversa em cada cultura e no tempo. Ela depende de informações e de
valores sociais historicamente construídos. É sempre mediada por
comportamentos, experiências pessoais, da sociedade em que vive.
A História está alimentada e fundamentada pelo diálogo com outras
áreas de conhecimentos das Ciências Humanas, a Filosofia, a Sociologia e
a Geografia.
Em diferentes momentos de século XX é possível identificar a
convergência de abordagens e entre as diferenças na humanidade, ora
predominando estudos históricos – sociais, históricos – geográficos,
históricos – culturais, históricos – políticos e econômicos, ora existindo a
procura de uma história global. Nesse diálogo, diferentes campos das
210
Ciências Humanas introduzirão, também, preocupações próprias da
História, como no caso da valorização do estudo das transformações das
culturas, das significações e dos valores no tempo.
Objetivos
- Conhecer realidades históricas singulares, distinguindo diferentes
modos de convivência nelas existentes;
- Caracterizar e distinguir relações sociais da cultura com a
natureza em diferentes realidades históricas;
- Caracterizar e distinguir relações sociais de trabalho em
diferentes realidades históricas;
- Refletir sobre as transformações tecnológicas e as modificações
que elas geram no modo de vida das populações e nas suas
relações de trabalho;
- Localizar acontecimentos no tempo, dominando padrões de
medida e noções para distingui-los por critérios de anterioridade,
posterioridade e simultaneidade;
- Utilizar fontes históricas em suas pesquisas escolares;
- Ter iniciativas e autonomia na realização de trabalhos individuais
e coletivos.
- Utilizar conceitos para explicar relações sociais, econômicas e
políticas de realidades históricas singulares, com destaque para a
questão da cidadania;
- Reconhecer as diferentes formas de relações de poder inter e intra
grupos sociais;
- Identificar e analisar lutas sociais, guerras e revoluções na
História do Brasil e do mundo;
- Conhecer as principais características do processo de formação e
das dinâmicas dos Estados Nacionais;
- Refletir sobre as grandes transformações tecnológicas e os
impactos que elas produzem na vida das sociedades;
- Localizar acontecimentos no tempo, dominando padrões de
medida e noções para compará-los por critérios de anterioridade,
posterioridade e simultaneidade;
211
- Debater idéias e expressá-las por escrito e por outras formas de
comunicação;
- Utilizar fontes históricas em suas pesquisas escolares;
- Ter iniciativas e autonomia na realização de trabalhos individuais
e coletivos.
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
5º Série:
Das origens do Homem ao Século XVI – diferentes trajetórias.
Diferentes Culturas.
- Produção do conhecimento Histórico:
- O historiador e a produção do conhecimento histórico;
- Tempo e temporalidade;
- Fontes, documentos;
- Patrimônio material e imaterial;
- Pesquisa.
- Articulação da História como outras áreas do conhecimento:
- Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia,
sociologia, etnologia, entre outras.
- Humanidade e História:
- De onde viemos quem somos como sabemos?
- Arqueologia no Brasil:
- Lagoa Santa: Luiza (MG)
- Serra do Capivari (PI)
- Sambaquis (PR)
- Surgimento e desenvolvimento da humanidade e grandes migrações:
- Teoria do surgimento do homem na América:
- Mitos e lendas da origem do homem;
212
- Desconstrução do conceito de pré-história;
- Povo ágrafo, memória e historia oral.
- Povos indígenas no Brasil e no Paraná:
- Ameríndios do território brasileiro:
- Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng.
- As primeiras civilizações da América:
- Olmecas, mochilas, tiwanacus, maias, incas e astecas;
- Ameríndios da América do norte:
- As primeiras civilizações na áfrica, Europa e Ásia:
- Mesopotâmia, Egito, Núbia, Gama e mali;
- Fenício, Hebreus, Gregos e Romanos.
- Europa Medieval.
- A Chegada dos europeus na América:
- (des) encontros entres culturas;
- Resistência e dominação;
- Escravização;
- Catequização.
- Península Ibérica no Século XIV e XV: Cultura, sociedade e política:
- Reconquista do Território;
- Religiões: Judaísmo, cristianismo e islamismo;
- Comércio (África, Ásia, América e Europa).
- Formação da sociedade Brasileira Americana:
- América Portuguesa;
- América Espanhola;
- América Franco-inglesa;
- Organização Político Administrativa ( Capitanias Hereditárias,
sesmarias);
- Manifestações culturais (sagrado e profano);
- Organização social ( Família Patriarcal e escravismo);
- Escravização de indígenas e africanos;
- Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios).
- Os reinos e sociedade africanas e os contatos com a Europa:
- Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa (Zimbabwe) e outros;
- comércio;
- organização político administrativa;
213
- manifestações culturais;
- organização social;
- uso de tecnologia: engenhos de açúcar, batea, construção civil
- diáspora africana.
Conteúdos /Conteúdos Estruturantes
6.ª série
• Expansão, consolidação e colonização do território
brasileiro.
- Missões.
- Bandeiras.
- Invasões estrangeiras.
• Consolidação dos estados nacionais europeus e a Reforma
Pombalina.
- Reforma e Contra-Reforma.
• Colonização do território paranaense – História do Paraná.
- Economia.
- Organização social.
- Manifestações culturais.
- Organização político-administrativa.
• Movimentos de contestação
- Quilombos (Campo Largo, Paraná e Brasil).
- Irmandades: Manifestações religiosas sincretismo.
- Revoltas nativistas e nacionalistas.
- Inconfidência Mineira.
- Conjuração Baiana.
- Revolta da Cachaça.
- Revolta do Maneta.
- Guerra dos Mascates.
• Independência das treze colônias inglesas da América do
Norte
• Diáspora Africana
• Revolução Francesa
- Comuna de Paris.
214
- Influência na Inconfidência Mineira e Baiana.
• Chegada da Família Real ao Brasil
- De Colônia à Reino Unido.
- Missões artístico-científicas.
- Biblioteca Nacional.
- Banco do Brasil.
- Urbanização na capital.
- Imprensa Régia.
• Invasão Napoleônica na Península Ibérica
• O processo de Independência do Brasil
- Governo de Dom Pedro I.
- Constituição outorgada de 1824.
- Unidade territorial.
- Manutenção da estrutura social.
- Confederação do Equador.
- Província Cisplatina.
- Haitianismo
- Revoltas regenciais: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem,
Farroupilha.
• O processo de Independência das Américas
- Haiti.
- Colônias espanholas.
Conteúdos /Conteúdos Estruturantes
7.ª série
• A construção da Nação
- Governo de Dom Pedro II.
- Criação da IHGB..
- Lei de Terras, Lei Eusébio de Queirós – 1850.
- Início da Imigração européia.
- Definição do território.
- Movimento Abolicionista e Emancipacionista.
• Segunda Revolução Industrial (Séculos XIX e XX)
- Ludismo.
215
- Socialismo.
- Anarquismo.
- Relacionar: taylorismo, fordismo e toyotismo.
• Emancipação Política do Paraná - 1853
- Economia.
- Organização social.
- Manifestações culturais.
- Organização político administrativa.
- Migrações internas (escravizados, libertos, homens livres pobres)
e externas (europeus).
- Vinda dos escravos africanos.
- Diversas manifestações culturais negras e indígenas.
- Os povos indígenas e a política de terras.
• A Guerra do Paraguai ou a Guerra da Tríplice Aliança
• O processo de Abolição da Escravidão
- Legislação.
- Existência e negociação.
- Discursos.
- Abolição.
- Imigração – Senador Vergueiro.
- Branqueamento e miscigenação.
• Colonização da África e da Ásia
- Neocolonialismo.
• Guerra Civil e Imperialismo Americano
• Carnaval na América Latina: entrudo, murga e candomblé
• Os primeiros anos da República
- Idéias positivistas.
- Imigração asiática.
- Oligarquia, coronelismo e clientelismo.
- Movimentos de contestação: campo e cidade.
- Movimentos messiânicos.
- Revolta da Vacina e urbanização do Rio de Janeiro.
- Movimento operário: anarquismo e comunismo
- Paraná: Guerra do Contestado, Greve de 1917, Paranismo.
216
• Questão Agrária na América Latina
- Revolução Mexicana.
• Primeira Guerra Mundial
• Revolução Russa
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
8.ª série
• A Semana de Arte Moderna (1922) e o repensar da
nacionalidade
- Economia.
- Organização social.
- Organização político administrativa.
- Manifestações culturais.
- Coluna Prestes.
• Crise de 1929
• A Revolução de 1930 e o período Vargas (1930-1945)
- Leis trabalhistas.
- Voto feminino.
- Ordem e disciplina no trabalho.
- Mídia e divulgação do regime.
- Criação do SPHAN E do IBGE.
- Futebol e carnaval.
- Contestações à ordem.
- Integralismo.
• Ascensão do regime totalitário na Europa
• Movimentos populares na América Latina
• Segunda Guerra Mundial
- Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial.
• Populismo no Brasil e na América Latina
- Cárdenas – México.
- Perón – Argentina.
- Vargas, JK, Jânio e Jango – Brasil.
• Guerra Fria
• Independência das colônias afro-asiáticas
217
• Construção do Paraná Moderno
- Governos de Manoel Ribas, Moysés Lupion, Bento Munhoz da
Rocha e Ney Braga.
- Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura
administrativa da COPEL, Copepar, Banestado, Sanepar.
- Movimentos culturais.
- Movimentos sociais no campo e na cidade.
• O Regime Militar no Brasil e no Paraná
- Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação.
- O uso ideológico do futebol na década de 1970.
- O tricampeonato mundial.
- A criação da liga nacional do campeonato brasileiro.
- Cinema novo.
- Teatro.
- Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra.
• Os Regimes Militares na América Latina
- Política da boa vizinhança.
- Revolução cubana.
- 11 de setembro no Chile e a disposição de Salvador Allende.
- Censura aos meios de comunicação.
- A Copa do Mundo na Argentina (1978).
• Movimentos de Contestação no Brasil
- A resistência armada.
- Tropicalismo.
- Jovem Guarda.
- Novo sindicalismo.
- O movimento estudantil.
• Movimentos de contestação no mundo
- Maio de 68 – França.
- Movimento negro.
- Movimento hippie.
- Movimento homossexual.
- Movimento feminista.
- Movimento punk.
- Movimento ambiental.
218
• Paraná no contexto atual – década de 1990 e início do século
XXI
• Redemocratização
- Constituição de 1988.
- Movimentos populares rurais e urbanos.
- MST, MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia), CUT,
Marcha Zumbi dos Palmares.
- Mercosul e ALCA.
• Fim da Bipolarização Mundial
- Desintegração do bloco socialista.
- Neoliberalismo.
- Globalização.
- 11 de setembro – EUA.
• África e América Latina no contexto atual
• O Brasil no contexto atual
Metodologia
Estar diante de irrequietos jovens, nas diversas salas de aulas para
ensinar História tem sido um desafio. A constatação da possibilidade de
um ensino abrangente da “História da Humanidade” leva a indagações
sobre os critérios de seleção das matérias para tornar as aulas mais
interessantes. E ao mesmo tempo tem que superar os desafios de:
desenvolver o senso crítico, rompendo com a valorização do saber
enciclopédico, socializando a produção da ciência histórica, da
reprodução da ciência histórica, passando da reprodução do
conhecimento à compreensão das formas de como este se produz,
formando um homem político capaz de compreender a estrutura do
mundo da produção onde ele se insere e nela interferir.
Isto só é possível, à medida que se considera aluno e
professor como sujeitos e produtores de seu próprio conhecimento.
Este conhecimento não é dado pronto e acabado, mas oportunidade
para construir esse conhecimento na qual alunos e professor
juntos se coloquem numa interação constante de ensino-
aprendizagem.
219
Considera-se fundamental que haja por parte dos envolvidos
uma inserção crítica. Isto é importante porque a forma e a razão de
nossa inserção provoca a diversidade de olhares sobre o passado.
As novas tecnologias vêm para melhorar e ajudar nas aulas de
História como:
• Televisão: a TV é um meio de comunicação utilizada pela maioria
das pessoas e pode-se utilizar para provocar situações de debates,
críticas e discursivos. Pode ser utilizada em sala de aula para
auxiliar os conteúdos, fazendo o aluno mais crítico, com bons
hábitos e para que ele possa selecionar melhor seus programas:
telejornais, linguagens e programas, comerciais, entrevistas e
debates, fragmentos de novela, tanto de época como moderna.
• Vídeo Cassete: selecionar filmes de curta duração para auxiliar a
matéria – trabalhar com fichas, fazer questionamento com o filme,
para que produzam textos e comparações com a atualidade e seu
cotidiano.
• Vídeo Educativo: esses recursos auxiliam para que o aluno tenha
noção como era a época estudada, a visão do diretor, permitindo
uma aprendizagem mais contextualizada e significativa.
• Imagens: encontradas com facilidade nos livros didáticos.
Trabalhar esse recurso não apenas para ilustrar, mas auxiliar nos
textos,, questionando, pesquisando cada uma.
• Computador: editar textos, usar softwares de história e pesquisar
na Internet. Esse recurso favorece a interação com grande
quantidade de informações. Motiva os alunos a utilizarem
procedimentos de pesquisa de dados – consulta em várias fontes,
seleção, comparação organização e registro de informação.
• História oral e local: trabalhar projetos que possibilitem ao aluno
perceber que ele está inserido de diferentes maneiras na História
de um grupo social. E também para conhecer melhor sua cultura
seu passado. Pois, com isso o aluno sentir-se-á melhor em seu
cotidiano. Será valorizado e ajudado a recuperar sua auto-estima,
porque perceberá que ele tem uma história.
• Textos: de vários autores e diferentes visões, contrapondo um com
outro trabalhando com interpretação e produção de textos.
220
• Charges: com um pouco de bom humor trabalha os conteúdos.
Desenvolve a crítica e a interpretação.
• Poesia: ajuda a entender a visão da época, conhecer um pouco dos
nossos poetas e com isso conhecer melhor a história.
• Música: além dos alunos gostarem é a forma de conhecer várias
visões do mesmo assunto. Diferentes tipos de música, desde o RAP
à MPB.
• Dinâmicas entre os alunos que estimulam a estudar e entender
melhor a matéria (Ex.: Passa e Repassa).
• História em Quadrinhos: desenvolve a criatividade, o desenho, a
linguagem , além de ser a maneira de verificar se eles assimilaram
o conteúdo.
• Acróstico: desenvolve a criatividade e assimila a matéria.
• Teatro: contextualização, argumentação, clareza, expressão oral,
espontaneidade, entonação de voz, pronúncia de voz, expressão
corporal e outros.
Os recursos utilizados em História terão auxílio de outras
disciplinas da área de Ciências Humanas e outras vezes fora da Área.
Essa interdisciplinaridade se dá na prática docente, principalmente
através da associação ensino – pesquisa em sala de aula e da
contextualização das escolhas dos conteúdos.
A interdisciplinaridade faz com que o aluno aproprie-se do
conteúdo com mais facilidade, tendo vários profissionais desenvolvendo o
mesmo conteúdo.
Avaliação
A avaliação da aprendizagem dos alunos é uma dimensão do
trabalho pedagógico que apresenta forte relação com o currículo
desenvolvido na escola, com os conteúdos selecionados, com a forma de
ensino, com as situações de aprendizagem. Por isso, uma proposta de
mudança da prática deve considerar essa estreita relação, para que não
se proponham medidas desarticuladas, incoerentes e sem condição de
real efetivação.
221
Uma proposta educativa de formar cidadãos atuantes, esclarecidos
e autônomos, requer interferir sobre a avaliação, mudar de enfoque e
agir de maneira a torná-la favorável ao crescimento dos alunos. Isso
significa corrigir os rumos desse processo, numa direção coerente com a
proposta pedagógica que se quer desenvolver, considerando seus limites
e possibilidades no contexto real de cada escola.
Avaliar o progresso do aluno não mais o controle para garantir
silêncio e disciplina, mas a observação consciente de indícios de
progresso na direção dos patamares desejados. Não mais o controle da
disciplina para permitir ao professor desenvolver o programa, mas a
busca de participação, a consideração do repertório cultural dos alunos e
a identificação de suas ideias, dificuldades para regular o ritmo, a
velocidade e o teor do ensino, possibilitando aprendizagem, envolvimento
e progresso de todos.
Não mais as pequenas doses de conteúdos exercitados e devolvidos
em momentos especiais de avaliação, mas indícios na direção dos
patamares ou alvos pretendidos que se deslocam e detalham nas
diferentes situações ou atividades de ensino aprendizagem, através de
indicadores ou marcos do percurso na direção pretendida.
O principal objetivo do ensino é garantir sua apropriação do
conhecimento, sua aproximação às noções, conceitos e habilidades
incluídos nos patamares a atingir, em torno dos eixos organizadores de
cada uma das disciplinas do currículo. Como horizontes comuns,
despontam a leitura de mundo, a mobilização pessoal para o conhecer, a
formação de atitudes, valores e habilidades básicas ligadas ao trabalho
escolar. Tudo isso constitui objeto do processo educativo, mas nem tudo
deve ser objeto de avaliação.
O que se deseja é que os alunos sejam capazes de fazer uma leitura
articulada e crítica do mundo em que vivem para compreendê-lo e nele
atuar. Dessa forma, o que se quer não é o domínio de uma lista de
conteúdos, de programas fragmentados, mas sim de chaves de leitura
desse mundo, capaz de dar sentido às novas informações que os alunos
venham a obter de diferentes fontes.
O que importa é a aprendizagem significativa e o crescimento
demonstrado em noções, conceitos e habilidades na direção pretendida.
222
Assegurar que todos os alunos se apropriem dos instrumentos que a
escola proporciona-lhes para o exercício da cidadania.
A avaliação será contínua para o professor localizar as dificuldades
do aluno e ajudá-lo a superá-las através de intervenção, fazendo
perguntas que os ajudem a compreender o assunto em questão,
fornecendo novas informações, esclarecendo dúvidas.
A avaliação não consiste na mera contagem de acertos e erros, na
utilização de resultados para classificar e selecionar os alunos. Consiste
no acesso ao conhecimento um benefício social a que todo jovem tem
direito. A avaliação é um instrumento para ajudar o aluno a aprender,
fazendo parte integrante do dia-a-dia em sala de aula.
O aluno será avaliado nas competências e habilidades a serem
atingidos na área de História como habilidades de leitura de documentos
e fotografias, não apenas os seus, mas os de agora também. Que ele
possa escrever a história de sua vida, percebendo que ela está inserida
na história de um grupo social. Analisar documentos e fotografias
permanências e mudanças delas, contrapondo antigamente e hoje. O
aluno deve ter consciência de que ele também faz parte da história
desenvolvendo atividades em grupos e individuais. Habilidade de leitura
e compreensão de textos, a elaboração de diferentes níveis de respostas a
partir de estudos de textos, com apresentação de idéias em seqüência
lógica.
Ter habilidade em pesquisar. Coletar e organizar dados, registrar,
observar, Ter capacidade de elaborar idéias, análises e interpretação; sua
desenvoltura no emprego das noções e conceitos fundamentais que estão
sendo trabalhados e a expressão de saberes através da oralidade e
escrita.
Reconhecer semelhanças e diferenças entre várias histórias.
Trabalhar várias fontes. Dominar adequadamente a noção de século,
década.
O aluno deve compreender e utilizar os conceitos de renda
nacional. Reconheça e se situe no tempo, possa comparar vários
momentos que se assemelham em épocas diferentes. Consiga elaborar
linha do tempo, tempo e duração dos acontecimentos, dominação e
resistências de fatos históricos. Reconheça o dominante e o dominado, o
223
explorador e o explorado. Possa interpretar, analisar, ler textos
historiográficos e documentos de época. Contrapor sua cultura com as
demais, na antigüidade e nos tempos atuais. Ver, ouvir e entender tele-
jornais e saber criticar. Entender as rupturas das revoluções e as
conseqüências para o mundo, identificar anos de democracia.
Será analisado o crescimento do aluno, em relação a cada
conteúdo, se ele está evoluindo nos seus conceitos. Mesmo que ele não
tenha alcançado todos os objetivos, mas se entendeu, participou,
demonstrou interesse.
Referências Bibliográficas:
CARONE, E. Movimento operário no Brasil (1945-1964). Rio de
Janeiro: Difel, 1981.
GOFF, Jacques Le. História e Memória. Campinas. Ed. Unicamp, 2003.
HOLANDA, S.B. de. História Geral da Civilização Brasileira. São
Paulo/Rio de Janeiro: Difel, 1976. Tomos I e II.
MONTELLATO, CABRINI e CASTELLI. História Temática ( 6ª , 7ª e
8ª séries).
São Paulo. Ed. Spicione, 2002.
ROGRIGUE, Joelza Ester. História em documento (6ª, 7ª e 8ª séries).
São
Paulo. Ed. FTD, 2002.
224
Apresentação Geral da Disciplina de Língua Portuguesa
A linguagem é considerada como capacidade humana de articular
significados coletivos e compartilhá-los, em sistemas arbitrários de
representação, que variam de acordo com as necessidades e experiências
da vida em sociedade. Nas interações sociais, as relações comunicativas
da língua tornam-se dialógicas e permitem adequação de sentidos,
relações, compreensões.
Pela linguagem se expressam idéias, pensamentos e intenções,
estabelecem-se relações interpessoais anteriormente inexistentes e se
influencia o outro, alterando suas representações da realidade e da
sociedade e o rumo de suas relações.
Em outras palavras, tudo o que dizemos, dizemos a alguém e é esse
interlocutor, presente ou não no ato da nossa fala que acaba por
determinar aquilo que vamos dizer. Nossas palavras dirigem-se a
interlocutores concretos, isto é, pessoas que ocupam espaços bem
definidos na estrutura social. Mais do que isso, as nossas idéias sobre o
mundo se constroem nesse complexo de interação. Vale dizer: aquilo que
pensamos sobre o real está diretamente vinculado aos horizontes do
grupo social e da época a que pertencemos. Com isso queremos dizer que
a palavra adquire o sentido que o contexto social e histórico lhe confere.
Nessa concepção de linguagem, a língua é resultante de um trabalho
coletivo e histórico.
Assim para trabalhar com a linguagem dentro da disciplina
propomos que se opte em ensinar a ler, a escrever e a oralidade. O
trabalho com a gramática será feito na perspectiva do uso da
funcionalidade dos elementos gramaticais. A gramática normativa, por
sua vez, terá que ser domínio do professor, que é o responsável pela
criação de situações, ao nível da prática, em que os alunos deverão
incorporar de modo cada vez mais elaborado, a gramática da língua
culta. O cerne do trabalho de língua portuguesa deve constituir-se na
compreensão dos fatos lingüísticos e não na nomenclatura e classificação
dos mesmos.
A educação comprometida com o exercício da cidadania precisa
criar condições para que o aluno possa desenvolver sua competência
225
discursiva, isto é, tornar – aluno capaz de utilizar a língua de modo
variado e adequar o texto a diferentes situações de interlocução oral e
escrita. Desse modo a unidade básica do texto do ensino será o texto,
porque os textos organizam-se dentro de certas restrições de natureza
temática, composicional e estilística, que os caracteriza como
pertencentes a este ou aquele gênero.
O estudo literário segue o mesmo caminho. O processo de ensino
aprendizagem de Língua Portuguesa e Literatura baseia-se em propostas
interativas língua/ linguagem, consideradas em um processo discursivo
de construção do pensamento simbólico, constitutivo de cada aluno em
particular e da sociedade em geral.
Essa concepção destaca a natureza social e interativa de
linguagem, em contraposição às concepções tradicionais. O objetivo é o
desenvolvimento e sistematização da linguagem interiorizada pelo aluno,
incentivando a verbalização da mesma e o domínio de outras utilizadas
em diferentes esferas sociais. O estudo da gramática passa ser uma
estratégia para compreensão / interpretação / produção de textos e a
literatura integra-se à área de leitura.
A interação é que faz com que a linguagem seja comunicativa. Toda
interação vai trazer nova construção de significados, assim exige-se por
parte de professores e alunos a capacidade de avaliar-se perante a si
mesmo e ao outro, fazendo com que surja o aprender a aprender,
aprender a escolher, sustentar as escolhas, no processo de verbalização,
em que processos cognitivos são ativados, no jogo dialógico do “eu” e do
“outro”.
Os papéis dos interlocutores, a avaliação que se faz do “outro” e a
expressão dessa avaliação em contextos comunicativos devem ser partes
dos estudos da língua e assim pode-se falar em adequação da linguagem
a situações de uso.
Pela linguagem os homens e as mulheres se comunicam, têm
acesso à informações, expressam e defendem pontos de vista, partilham
ou constroem visões de mundo, produzem cultura.
O ensino de Língua Portuguesa no decorrer das quatro séries finais
do Ensino Fundamental, contemplará os três eixos norteadores:
oralidade, leitura e escrita, sendo que a análise lingüística perpassará os
226
três eixos. O objeto de estudo da disciplina é a língua em situação real
de uso, portanto, trabalhar-se-á numa perspectiva sócio-interacionista
elencando textos com função social, possibilitando a comunicação e a
participação cidadã do educando.
Com base na Lei n.° 10.639/2003, o trabalho de Língua Portuguesa
refletirá sobre a influencia e a importância da história e cultura Afro-
Brasileira e das Africanidades na formação da cultura brasileira.
Objetivos Gerais
- Aprimorar, pelo contato com textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e sensibilidade dos alunos;
- Valorizar as variedades lingüísticas, bem como as diferentes
opiniões e informações veiculadas nos textos;
- Resgatar, por meio dos elementos fornecidos pelo texto, valores
humanos e aplicá-los no dia-a-dia;
- Contribuir para o desenvolvimento das habilidades de saber ouvir,
falar, ler e escrever, codificando e decodificando mensagens;
- Valorizar a cultura afro-descendente;
- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo
adequá-la a cada contexto e interlocutor, bem como descobrindo as
intenções que estão subentendidas nos discursos do cotidiano e
posicionando-se diante dos mesmos;
- Desenvolver as habilidades de uso da língua em situações
discursivas realizadas por meio de práticas textuais, considerando-
se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os
gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/ leitura.
- Criar situações em que os alunos tenham oportunidades de refletir
sobre os textos que lêem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo, de
forma contextualizada, as características de cada gênero e tipo de
texto, assim como os elementos gramaticais empregados na
organização do discurso ou texto;
- Dar ao aluno condições de ampliar o domínio da língua e da
linguagem, reconhecendo-o como um ser construído e em
227
construção, auxiliando-o no processo de aquisição e
desenvolvimento do falar, escutar, ler e escrever.
- Permitir ao aluno, pela mediação do professor, apropriar-se de
informação e desenvolver uma consciência crítica sobre os papéis
que desempenha, sobre suas relações sociais e sobre o seu lugar na
sociedade.
Objetivos da Prática de Oralidade
- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo
adequá-la a cada contexto e interlocutor, bem como descobrindo as
intenções que estão subentendidas nos discursos do cotidiano e
posicionando-se diante dos mesmos;
- Respeitar os conhecimentos lingüísticos dos alunos, bem como
promover situações em que os mesmos utilizem as variações de
linguagem em suas relações sociais;
- Oportunizar aos alunos para que se tornem falantes ativos e
competentes, compreendendo os diferentes discursos e os
organizando de forma clara, coesa e coerente;
- Permitir ao aluno o conhecimento e a utilização da variedade
lingüística padrão e fazê-lo entender a necessidade desse uso em
determinados contextos sociais.
- Ler textos que priorizem a cultura afro-descendente, fazendo
comparações entre os mesmos;
- Oportunizar expressões de idéias propiciar em público, auxiliando a
desinibição e auto confiança.
228
Práticas da Oralidade
Conteúdos:
5.ª SÉRIE:
- Participação em conversações com objetivos determinados em
grupos de trabalho e exposição oral do resultado de pesquisas
realizadas, manifestando experiências pessoais;
- Reconhecimento de gestos, expressões faciais e atitudes corporais
como manifestação de interação;
- Diferenciar instruções orais e escritas;
- Emprego de linguagem coloquial e formal explorando as
características da linguagem falada;
- Resumos orais de livros de literatura infantil e infanto-juvenil.
- Dramatização de peças teatrais.
6.ª SÉRIE:
- Participação ativa em grupos de trabalho com objetivos
determinados através de manifestação de opiniões e críticas;
- Participação em debates coletivos, respeitando as normas básicas
da comunicação oral;
- Participação em atividades de teatro lido e dramatizado;
- Elaboração de perguntas para entrevistas coletivas na escola;
- Exploração de características próprias da linguagem falada;
- Dramatização: leitura de notícias, ajuste do papel de apresentador
de programa televisivo de notícias;
- Análise de programa de televisão;
- Relato de pesquisas;
- Apresentação de um produto.
7.ª SÉRIE:
- Participação ativa em grupos de trabalho com objetivos
determinados;
- Identificação de razões de mal entendidos na comunicação oral e
suas soluções;
229
- Análise da leitura oral: tom de voz, pausa e postura, analisando e
refletindo sobre recursos e procedimentos de uma exposição oral;
- Reflexão sobre a importância de saber ouvir;
- Seleção adequada ao gênero de recursos discursivos, semânticas e
gramaticais, prosódicas e gestuais;
- Emprego de recursos escritos como apoio para manutenção da
continuidade da exposição;
- Leitura dramatizada de contos, crônicas, novelas e textos literários;
- Enquetes, entrevistas com familiares e pessoas da comunidade;
- Apresentação de programas radiofônicos;
- Dramatização, relato de pesquisa;
- Entrevista com profissional de diversas áreas.
- Apresentação de paródias;
- Apresentação de resumos dos livros lidos.
8.ª SÉRIE:
- Participação em conversações com objetivos determinados em
grupos de trabalho, comparando fenômenos lingüísticos observados
na fala e na escrita em diferentes variedades regionais do Brasil;
- Recitação de poemas, valorizando aspectos fônicos: rima, ritmo,
assonâncias, aliterações, exaltando a literatura popular oral;
- Leitura dramatizada de contos, reconhecendo diferenças de
entonação, expressão facial e corporal, etc;
- Produção e dramatização de paródias, entrevistas, divulgação de
livros de trabalhos, cenas de livros, filmes, telenovelas, peças de
teatro, etc.;
- Apresentação de pesquisas;
- Entrevista para pesquisa de opinião e relato de pesquisa;
- Simulação de diálogos em diferentes contextos;
- Assembléia para votação;
- Simulação de venda de serviços.
- Apresentação de análise de texto publicitário.
230
Objetivos Gerais da Leitura
- Ler e compreender diferentes gêneros textuais;
- Explorar estratégias de leitura diversificadas;
- Construir a leitura como situação efetiva de interlocução;
- Relacionar o texto com outros já lidos considerando o conhecimento
prévio;
- Adquirir o gosto pela leitura conhecendo novas realidades e
aumentar a visão de mundo através da leitura de textos e artigos
selecionados.
- Ler com desenvoltura, ritmo e fluência.
- Reconhecer as principais idéias contidas nos textos.
- Proceder a leitura contrastiva ( vários textos sobre o mesmo tema,
o tema em outras linguagens).
- Identificar o objetivo do texto e os pressupostos do autor.
Práticas de Leitura
Conteúdos:
5.ª SÉRIE:
- Leitura e compreensão de diferentes gêneros tipologias textuais:
narrativas longas (fábulas, lendas, romances, contos, poemas,
crônicas, paráfrases), informativos: jornais e revistas (notícia,
reportagem, entrevista, etc), provenientes de diversas culturas,
enfatizando a Afro-descendência;
6.ª SÉRIE:
- Leitura e compreensão de diferentes gêneros/ tipologias textuais:
textos do cotidiano, guia de cinema, gráficos, primeira página de
jornal, textos de opinião, argumentativo, narrativas longas (fábulas,
lendas, romances, contos, poemas,histórias em quadrinhos),
informativos: jornais e revistas (notícia, reportagem, entrevista,
etc), provenientes de diversas culturas, enfatizando a Afro-
descendência;
231
7.ª SÉRIE:
- Leitura e compreensão de diferentes gêneros/ tipologias textuais:
textos do cotidiano como piadas, charge, texto teatral,
depoimentos, narrativas longas (fábulas, lendas, romances, contos,
poemas, etc.), informativos: jornais e revistas (notícia, reportagem,
entrevista, etc), provenientes de diversas culturas, enfatizando a
Afro-descendência;
8.ª SÉRIE:
- Leitura e compreensão de diferentes gêneros/ tipologias textuais:
textos do cotidiano como anúncios, pichações, textos científicos,
textos argumentativos, narrativas longas (romances, contos,
poemas, etc.), informativos: jornais e revistas (notícia, reportagem,
entrevista, etc), provenientes de diversas culturas, enfatizando a
Afro-descendência;
Objetivos da Prática da Escrita
- Reconstruir parágrafos para que apresentem coerência nas idéias;
- Identificar os elementos de uma narrativa;
- Interpretar diversos textos oralmente e por escrito;
- Produzir textos coerentes, claros e criativos observando as regras de
concordância verbal e nominal;
- Reestruturar textos obedecendo às regras de concordância, coerência,
coesão e clareza;
- Empregar a norma padrão da língua Portuguesa;
- Analisar criticamente as situações encontradas nos textos;
- Compreender os textos integrando os elementos lingüísticos e
contextuais;
- Confrontar diversos pontos de vista apresentados pelos autores nos
respectivos textos.
232
Práticas de Escrita
Conteúdos:
5.ª SÉRIE:
- Pesquisa e registro de informações, a partir de perguntas pré-elaboradas
- Criação de capa e contracapa de livros
- Transposição dos dados de gráficos para texto exclusivamente verbal;
- Transposição de dados verbais para a linguagem gráfica;
- Criação de instruções a partir de proposta lúdica que permite verificar, na
prática, a compreensão do texto instrucional.
- Revisão do texto de um colega;
- Escrita de um parágrafo coeso, a partir da estruturação de dados
fornecidos pela proposta
- Prática de diferentes processos para efetivar um resumo
- Criação de anedota, a partir de situação verossímil;
- Adequação do texto ao interlocutor e à finalidade;
- Produção de notícia a partir de dados fornecidos sobre determinado
assunto;
- Produção de anúncios classificados;
- Planejamento e gestão de estratégias de escrita: discussão sobre o tema,
consulta bibliográfica, redação de rascunhos, suporte e diagramação;
- Produção de textos ajustados a leitores e propósitos determinados;
- Produção de texto ficcional – lenda- a partir de dados fornecidos;
- Construção de parágrafos com elementos modificadores que indicam
circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
- Produção de fábula, considerando os elementos que a compõe;
- Produção de texto narrativo usando os elementos que o caracterizam;
- Produção de textos com uso de discurso direto e indireto.
6.ª SÉRIE:
- Elaboração de perguntas para entrevistas, tendo em vista objetivos
determinados.
233
- Observação de algumas normas técnicas para apresentação de
trabalhos científicos: capa, folha de rosto, sumário, referências.
- Elaboração de anúncio publicitário, considerando-se o interlocutor,
o suporte textual e a finalidade do anúncio.
- Pesquisa sobre história da música popular brasileira e posterior
registro.
- Escrita de texto instrucional.
- Desenvolvimento de narrativa ficcional a partir do enredo básico.
- Paródia de um conto de fadas.
- Improvisação de diálogos.
- Construção de narrativa ficcional a partir de dados históricos.
- Escrita de carta de leitor para comentar reportagem lida.
- Transcrição de história em quadrinhos para a linguagem
exclusivamente verbal.
- Escrita de parágrafo argumentativo, dada uma determinada
situação.
- Escrita de diálogos em histórias em quadrinhos dada.
- Escrita de notícias a partir de dados fornecidos.
- Elaboração do resumo de reportagem lida.
- Elaboração de passaporte de leitura e texto de propaganda.
- Produção de paráfrases.
- Produção de carta coletiva dirigida a uma instituição.( formal e
informal).
7.ª SÉRIE:
- Planejamento de palestra, elaboração de resumo esquemático.
- Escrita de nota crítica sobre filme.
- Elaboração coletiva de resenha sobre programa de televisão.
- Escrita de conto, textos narrativos, argumentativos de opinião,
instrucional, descritivos, informativos, normativos ,
entrevistas,propagandas.
- Criação de enredos a partir de sinopses dadas.
- Registro de pesquisas.
234
- Elaboração de textos argumentativos a partir de notícias
previamente lidas e analisadas.
- Relatório escrito de visitas e realizações de projetos sociais.
- Criação de textos de divulgação de um produto.
- Criação de propagandas utilizando recursos não verbais.
- Análise de charges.
- Produção de histórias em quadrinhos.
- Retextualização da oralidade em escrita.
- Produção de paródias.
8.ª SÉRIE:
- Registro de pesquisa sobre gêneros textuais presentes em meios
impressos.
- Organização de antologias de poemas.
- Escrita de contos a partir de introduções dadas, respeitando as
características do texto narrativo e utilizando, na produção, os
elementos básicos da narrativa.
- Produções de paródias.
- Produção de textos instrucionais.
- Pesquisa e produção de tiras,cartas, cartaz, charges, caricaturas,
cartuns e histórias em quadrinhos.
- Produção de notícias, editoriais, classificados, de acordo com os
estilos de jornais estudados.
- Produção de textos dissertativos.
- Elaboração de biografia.
- Criação de peça teatral.
- Elaboração de código de conduta.
- Retextualização de entrevista.
- Confecção de folder ( texto informativo).
- Elaboração de anúncios de empregos e anúncios humorísticos.
- Criação de mensagens natalinas.
235
Análise Lingüística
A linguagem nos acompanha onde quer que estejamos e serve para
articular não apenas as relações que estabelecemos como o mundo, mas
também a visão que construímos sobre ele. É ela que nos possibilita
pensar nos objetos e a operar com eles na sua ausência.
Sendo assim, é um conjunto de signos que são a representação do
real. Toda variedade de língua possui uma organização sintática, ou seja,
uma gramática que permite o entendimento entre as pessoas, em
momentos de interlocução.
Dessa forma, análise lingüística está presente entre os objetivos da
língua portuguesa, pois diferencia o trabalho da escola do contato
informal do aluno com a linguagem em seu dia-a-dia.
Essa análise lingüística deverá contemplar o que as relações
dialógicas, entre autor e leitor, os sentidos atribuídos aos diversos textos,
o posicionamento do aluno leitor diante desses textos, o reconhecimento
da função dos diferentes elementos lingüísticos usados no texto, o
domínio da estrutura textual, tanto no seu aspecto temático como na
articulação entre as partes que constituem o texto, a clareza, a coerência,
a consistência argumentativa.
Desse modo é imprescindível que o aluno amplie sua capacidade
discursiva em atividades de uso da língua, de maneira a compreender
outras exigências de adequação da linguagem.
5.ª SÉRIE:
- Reconhecimento de campos lexicais;
- Reconhecimento das especificidades do verbete de dicionário:
abreviaturas, entradas léxicas, informações adicionais;
- Reconhecimento e análise da estruturas de diferentes tipologias
textuais;
- Uso dos registros formal e informal, segundo a situação
interlocutiva;
- Uso de fórmulas de saudação e despedida em contextos formais e
informais;
236
- Uso de pronomes pessoais nas cartas;
- Noção e emprego da língua padrão em situações de comunicação
que a exijam;
- Identificação de alguns mecanismos de coesão referencial;
- Observação e emprego de elementos coesivos de referência:
palavras que remetem a outras em um mesmo texto;
- Reconstrução e reposição de palavras ou frases subentendidas no
texto;
- Identificação de empréstimos recentes de outra língua (inglês);
- Observação de incorporação de novas palavras da área da
informática ao vocabulário da língua portuguesa;
- Organização de redes semânticas de palavras em letras de canção;
- Adequação da linguagem do interlocutor possível;
- Emprego dos conectivos próprios do texto instrucional;
- Utilização das formas e modos verbais;
- Compreensão do parágrafo como uma unidade de sentido;
- Estudo dos pronomes oblíquos átonos como elementos coesivos;
- Uso de procedimentos de substituição para evitar repetições de
palavras e expressões;
- Observação da concordância verbal;
- Emprego de elementos coesivos para unir orações;
- Análise da onomatopéia como recurso da história em quadrinhos;
- Uso de sinais de pontuação como recursos de ênfase na linguagem
da historia em quadrinhos;
- Identificação das características de uma noticia e dos elementos
básicos que a compõe;
- Abreviaturas e siglas;
- Reconhecimento de tempo e aspectos verbais;
- Reconhecimento da linguagem clara e precisa como forma de
organização do texto informativo;
- Reconhecimento da estrutura textual do gênero notícia: pirâmide
invertida e perguntas clássicas a que a noticia responde;
- Análise da função de elementos de uma primeira página de jornal:
cabeçalho, manchete, chamadas, lide, índice, fotos, legenda e
infográfico;
237
- Reconhecimento dos índices lingüísticos que diferenciam um relato
ficcional de uma notícia;
- Reconhecimento dos índices lingüísticos que diferenciam o texto
ficcional do texto de informação cientifica;
- Identificação da estrutura narrativa do gênero lenda: seqüência,
personagens, espaço, tempo, narrador;
- Analise da linguagem precisa do texto de divulgação cientifica;
6.ª SÉRIE:
- Reconhecimento da importância de campos léxicos para busca de
informações
- Reconhecimento das especificidades do verbete de dicionário:
abreviaturas, entradas léxicas, informações adicionais;
- Usa da vírgula, dos parênteses e dos travessões para esperar
informações de ordem explicativa;
- Uso do imperativo em textos publicitários;
- Reconhecimento da função do logotipo como estratégia
publicitária;
- Identificação de versos, estrofes e refrões;
- Localização e identificação de rimas;
- Identificação de marcas típicas da modalidade oral;
- Uso dos discursos direto e indireto;
- Adequação do discurso ao interlocutor possível;
- Identificação de níveis de registro (formal e informal);
- Identificação de índices que permitem compreender a imagem do
locutor (homem, mulher, criança);
- Uso do pronome eu/ mim segundo a língua padrão;
- Análise do uso dos tempos verbais no relato histórico;
- Utilização dos verbos no modo indicativo;
- Análise do uso de tempos verbais para diferenciar relato e
comentário;
- Caracterização das seqüências discursivas narrativa e
argumentativa;
- Análise dos componentes da narrativa;
238
- Observação da linguagem econômica da história em quadrinhos;
- Uso dos sinais de pontuação como recurso de ênfase na linguagem
das histórias em quadrinhos;
- Uso de elementos coesivos que permitem a progressão textual;
- Análise de mecanismos lingüísticos para o uso de discurso citado
em textos da imprensa;
- Observação e análise do uso da sigla em textos jornalísticos;
7.ª SÉRIE:
- Análise de expressões usadas para retomar, antecipar e iniciar a
exposição oral;
- Reconhecimento da importância de campos lexicais para a busca de
informação;
- Reconhecimento das características especificas de textos
expositivos orais;
- Análise e reflexão sobre o uso de adjetivos em textos de opinião;
- Reconhecimento de elementos lingüísticos que identificam o tipo de
narrador;
- Uso de pontuação para indicar falas dos personagens em textos
narrativos;
- Reconhecimento de elementos da narrativa;
- Observação da manipulação produzidas por escolhas lingüísticas;
- Análise de elementos lingüísticos que diferenciam um relato
mitológico de um texto de divulgação cientifica;
- Análise de elementos coesivos em diferentes tipologias textuais;
- Observação de elementos lingüísticos que conferem sentido ao
texto;
- Análise de efeitos de sentidos pelo uso de pronomes de tratamento
e dos valores implícitos no uso de “você” e “senhor”;
- Uso de expressões próprias da língua falada para busca de
interação convencional;
- Observação e análise dos indícios lingüísticos que indicam
manipulação em uma entrevista;
- Uso do discurso direto e indireto;
239
- Análise dos efeitos produzidos por diferentes verbos e tempos
verbais, introduzidos nos discurso direto;
- Estudo e uso de recursos conectivos próprios da argumentação;
- Reconhecimento de relações lógicas no interior do texto causa/
efeito, seqüência temporal;
- Análise da função do logotipo;
- Análise das características estruturais do anuncio publicitário;
- Analisar a importância da acentuação em um texto;
- Analisar o uso e a importância do acento nos plurais dos verbos:
ter, conter, deter, intervir;
- Aprimorar o estudo da ortografia;
- Analisar os recursos de coesão textual, evitando a repetição de
palavras;
- Analisar o efeito conseqüente do uso de advérbios e locuções
adverbiais;
- Analisar a ocorrência da contração do artigo com a preposição;
- Analisar o uso dos parênteses e aspas no texto;
- Relacionar esse emprego às pessoas do discurso;
- Reconhecer o uso do imperativo em textos publicitários e
instrucionais – e a formação do imperativo;
- Diferenciar adjetivo de locução adjetiva;
- Reconhecer tempos e conjugações no modo subjuntivo;
- Transformar o discurso informal em formal;
- Reconhecer o emprego da linguagem figurada;
8.ª SÉRIE:
- Reconhecimento do universo discursivo dentro do qual cada tipo e
gênero de texto se inserem, considerando as intenções do
enunciador, os interlocutores, os procedimentos narrativos,
descritivos, expositivos, argumentativos, e conversacionais que
privilegiam;
- Identificação de versos, estrofes e refrões;
- Observação da regularidade métrica e identificação de rimas;
240
- Reconhecimento das figuras de linguagem como recursos
expressivos da linguagem poética;
- Análise dos elementos lingüísticos que identificam os elementos da
narrativa;
- Uso da pontuação para indicar a fala dos personagens no texto
narrativo;
- Emprego de tempos verbais na narrativa;
- Análise e emprego de elementos coesivos, próprios da seqüência
narrativa: conectivos temporais e lógicos;
- Articulação entre conhecimentos prévios e informações textuais
para dar conta de ambigüidades, ironias e expressões figuradas,
opiniões e valores implícitos;
- Análise das implicações discursivas decorrentes do uso da virgula
em orações subordinadas adjetivas;
- Observação e uso do pronome relativo ONDE como elemento
coesivo;
- Observação e análise da inclusão de recursos lingüísticos para
inclusão dos outros no discurso;
- Uso de pronomes pessoais e de vocativo como recursos de
persuasão;
- Análise e uso de recursos expressivos usados nas charges, tirar,
cartuns, etc.;
- Utilização das regularidades observadas como parte das estratégias
usadas para solução de problemas de ortografia e de acentuação
gráfica;
- Observação dos efeitos produzidos por determinadas escolhas
lingüísticas: uso da voz passiva, voz ativa e voz reflexiva;
- Observação e análise dos períodos compostos: orações coordenadas
e orações subordinadas;
- Estudo e emprego da concordância verbal e nominal e da regência
verbal e nominal;
- Reconhecimento e análise do uso obrigatório, proibitivo e
facultativo da crase;
241
Conteúdos estruturantes
5ª série
- Abreviaturas, siglas.
- Frase, oração, período.( tipos de frases)
- Encontros vocálicos e consonantais, dígrafos.
- Separação silábica.
- Sinônimos e antônimos.
- Uso dos porquês.
- Silaba tônica.
- Onomatopéias.
- Sinais de pontuação.
- Discurso direto e indireto.
- Conotação e denotação.
- Derivação e composição.
- Sujeito e predicado.
- Classes das palavras.
- Concordância verbal e nominal.
- Acentuação gráfica
- Ortografia.
6ª série
- Sinais de pontuação.
- Ortografia.
- Discurso direto e indireto.
- Sujeito e predicado.
- Classe das palavras
- Adjunto adverbial e adnominal.
- Predicativo do sujeito.
- Verbo : modo indicativo, subjuntivo, imperativo e formas nominais.
- Locução adjetiva, adverbial, prepositiva.
- Vozes dos verbos.
- Concordância verbal e nominal.
- Crase.
- Formação do plural.
242
- Acentuação.
- Parônimos.
7 ª série
- Acentuação: regras gerais
- Acento diferencial.
- Pontuação: ênfase ao uso de aspas, parênteses, travessão.
- Conjunções, pronomes, advérbios, adjetivos.
- Orações coordenadas assindéticas e sindéticas.
- Orações subordinadas adverbiais, adjetivas e substantivas.
- sujeito, predicado, objeto direto, indireto, predicativo, aposto,
vocativo.
- a posição do sujeito e objeto nas orações e a possibilidade de
inversão.
- uso dos verbos ser , ter, haver
- verbos intransitivos, transitivos e de ligação.
- variações lingüísticas: sociocultural, geográfica e histórica.
- conotação e denotação.
- Períodos simples e compostos.
- Concordância verbal e nominal.
- Ortografia s/z; j/g; x/ch; porquês.
8ª série
- Regência verbal e nominal.
- Sujeito e predicado.
- Orações subordinadas substantivas, adjetivas, adverbiais.
- Concordância verbal e nominal.
- Verbos regulares e irregulares
- Vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva.
- Acentuação: crase e acento diferencial
- Períodos simples e compostos.
- Uso das conjunções coordenativas e subordinativas.
243
- Figuras de linguagem.
- Discurso direto e indireto .
- Ortografia: mal/ mau; homônimas e parônimas, há/ a; tãopouco /
tão pouco.
- Estrutura das palavras: radical, prefixo e sufixo
- Radicais gregos e latinos.
- Verbos intransitivos, transitivos e de ligação.
- Complementos verbais e nominais.
- Radicais.
- Formação das palavras.
- Colocação pronominal.
Metodologia
O ensino de Português , no Ensino Médio, deve estar voltado para a
formação de um cidadão autônomo, capaz de interagir com a realidade
do novo milênio.
Entende-se que a língua é organizada pelas atividades dialógicas
dos falantes / ouvintes. É pela linguagem que os homens se comunicam,
têm acesso à informação, expressam e defendem seu ponto de vista,
partilham ou constroem visões de mundo. Portanto, adotaremos a
perspectiva interacionista de linguagem sócio-histórica. Assim sendo, o
aluno deverá reelaborar seus conhecimentos e desenvolver competências
lingüísticas por meio do uso e reflexão sobre a língua. Para tanto
utilizamos os mais variados textos , enfocaremos três eixos essências:
leitura, oralidade e escrita procurando selecionar atividades que tenham
relação com a vivência do aluno tornando o ensino mais adequado à
realidade dos alunos. Serão realizadas leituras orais, individuais,
coletivas em duplas. Produções de textos individuais, coletivas, em
duplas. Reescrita de textos no quadro de giz. Exercícios elaborados pelo
professor. Pesquisas em enciclopédias, apresentações do estudo,
dramatizações, exposições dos trabalhos no mural. Em literatura, será
dado enfoque maior ao texto como um todo porque a literatura muito
mais do que um objeto portador de mensagens e ensinamentos, é um
244
jeito particular de enxergar o mundo, onde a fronteira entre a verdade e
a mentira é relativizada.
O melhor domínio de língua e seus códigos se alcança quando se
entende como ela é utilizada no contexto na produção do conhecimento
científico, da convivência, do trabalho ou das práticas sociais: nas
relações familiares ou entre companheiros, na política ou no jornalismo,
no contrato de aluguel ou na poesia, na física ou na filosofia. Para
trabalhar-se o conteúdo mais significativo serão utilizados jornais,
revistas, livros literários, didáticos, análise de filmes, júri simulados e
outros.Leitura expressiva de textos por parte do professor e aluno. Aulas
expositivas, leitura silenciosa , debates, diálogos, dinâmicas de grupo,
uso de livros didáticos e literários, uso da biblioteca para leitura,
apresentação de trabalhos. Exercícios escritos e produções de textos.
Avaliação
A avaliação não pode ser aceita como um simples instrumento
classificatório, mas de acompanhamento da construção da aprendizagem,
indicando assim um processo contínuo e cumulativo, que venha
incorporar todos os resultados obtidos durante o período letivo. De que
maneira o aluno se posiciona na oralidade, na leitura e produção escrita,
o que é necessário para que uma caminhada qualitativa aconteça. Assim
como a certeza de onde se quer chegar, são questões norteadoras do
trabalho e avaliação do professor, esta perspectiva delineia alguns
critérios básicos que devem nortear o processo avaliativo. Considerando-
se a oralidade em sua especificidade é importante observar a
participação individual e coletiva do aluno nas atividades de linguagem, a
capacidade de exposição clara das idéias, a construção de argumentos
coerentes.
Quanto à leitura devem ser observados aspectos como a caminhada
do leitor, a capacidade do aluno em estabelecer relações intertextuais, a
capacidade de extrair informações, de perceber diversos pontos de vista,
a capacidade de transitar entre os textos lidos posicionando-se em
relação a eles e perceber os recursos que o autor utilizou. Na escrita é
245
preciso examinar a capacidade de produzir , reproduzir, narrar, sintetizar
e apresentar usando a unidade temática , a seqüência lógica das idéias, o
uso dos elementos coesivos, discursos direto, indireto, concordância
nominal e verbal, ortografia e o domínio dos aspectos formais do texto.
Os alunos vêm com diferentes experiências em relação à leitura, escrita e
oralidade. Não é possível, pois, estabelecer metas idênticas para todos.
Cada um será observado em relação a seus próprios avanços e
dificuldades. As avaliações poderão ser:
- individuais, em grupos ou duplas;
- pesquisas e síntese dos trabalhos;
- apresentações orais das pesquisas e dos pontos de vista sobre diversos
temas.
- participação do aluno em classe;
- reelaboração de produções nos quais não foram atingidos os objetivos
propostos,
- debates –argumentação.
As avaliações serão realizadas mensalmente as quais serão
atribuídos conceitos como A (8,0 a 10,0) , AP ( 6,0 a 7,9) e NA (até 5,9).
Para sintetizar, será avaliado o quanto o aluno aproxima-se dos
objetivos a seguir:
Linguagem Oral:
• é capaz de expor suas idéias verbalmente e de forma clara;
• consegue argumentar em defesa de suas idéias;
• compreende que diferentes formas de registro têm o mesmo valor
lingüístico;
• procura adequar a fala a diferentes interlocutores e as diversas
situações sociais;
• confronta opiniões e pontos de vista sobre as diferentes
manifestações da linguagem verbal.
Na linguagem escrita, no que se refere à produção de textos:
• escolhe o tipo de texto de acordo com suas intenções;
• procura utilizar uma configuração discursiva adequada às
finalidades dos diversos tipos de textos;
246
• ao produzir textos, utiliza os recursos próprios do discurso
escrito, em oposição à escrita impregnada de marcas da oralidade;
• escreve com clareza e coerência, utilizando recursos expressivos
da linguagem verbal.
No que se refere à leitura:
• identifica diferentes suportes de textos, organizações, estruturas,
funções, contextos;
• lê com autonomia para si e para o outro, textos cuja complexidade
seja compatível com seu nível de escolarização, compreendendo o
que lê;
• reconhece e usa a língua materna como geradora de significados e
integradora da organização no mundo e da própria identidade.
Recuperação Paralela
A lei número 9394/96, possibilita a obrigatoriedade dos estudos de
recuperação, de preferência paralela ao período letivo, capaz de
promover a valorização real dos alunos nela envolvidos. E é nesse sentido
que a aprendizagem como um processo contínuo, com registros
permanentes de aproveitamento escolar, pode se tornar indicativo seguro
para apontar alunos que precisam de recuperação da aprendizagem,
antes que o resultado final se concretize. Assim, a produção de texto é
um processo de elaboração que exige racionalidade. E a primeira versão
de um texto sempre pode ser melhorada. É o professor que deve
conscientizar o aluno sobre o que reformular e como fazê-lo com o texto
produzido, mostrando que um texto pode ganhar diferentes versões com
algumas reformulações. No processo de reestruturação pode haver uma
autocorreção feita pelo próprio produtor de textos, quando este relê sua
produção para si ou para os outros. E as observações feitas pelos outros
leitores devem inferir nas reformulações de um texto. Ao valorizar o
processo de escrita, o professor e o aluno devem dar atenção ao texto
rasurado, como momento necessário até a versão definitiva do texto.
Assim, deve ficar claro ao aluno que para um texto escrito seja
compreendido pelo outro é necessário que esse texto seja claro,coerente
e coeso.
247
Será realizada toda vez que for constatado pouca aprendizagem.
Em relação às produções de textos serão os alunos orientados para a
reescrita e posterior avaliação do progresso em relação a primeira versão
. Serão tantas vezes revisadas as produções quantas os alunos refizerem.
Para apresentações orais de pesquisas, debates dar-se-á uma nova
oportunidade para que o aluno possa reapresentar o trabalho procurando
sanar as deficiências apresentadas anteriormente. Em relação as provas
escritas serão feitas recuperações posteriores com uma nova avaliação
escrita ou atividades para serem feitas em casa e apresentadas ao
professor.
Referências Bibliográficas:
ABAURE, Maria Luiza, Português: língua e literatura: volume único.
São Paulo: Moderna, 2003.
AMARAL, Emília , et all. Português: Novas Palavras:literatura,
gramática e redação. São Paulo: FTD, 2000.
BAKHTIN, Mikhail. Questões de estética e literatura. São Paulo:
Martins Fontes, 1997.
FARACO,Carlos Alberto: TEZZA, Cristovão: CASTRO, Gilberto de .
Diálogos com
Bakhtin. Curitiba, Pr: editora UFPR, 2000.
GERALDI. O texto em sala de aula. 2 ed. São Paulo: Atica, 1987.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação,
2000.
KLEIMANN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7
ed. Campinas, Sp: pontes, 2000.
248
KRAMER. Por entre as pedras: arma e sonho na escola. 3 ed. São
Paulo: Ática, 2000.
PARANA , Secretaria de Estado da Educação. Curriculo básico para a
escola pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Diretrizes Curriculares Língua Portuguesa. Versão
Preliminar. Julho 2006. Curitiba: SEED, 2006.
PELLEGRINI, Tânia. FERREIRA, Marina. Palavra e Arte. São Paulo:
Atual, 1996.
SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto,
2002.
_______. Que professor de Português queremos formar? 2001.
SUASSUNA,Lívia. Ensino de Língua Portuguesa: uma abordagem
pragmática. Campinas, SP: Papirus, 1995.
249
Apresentação Geral da Disciplina de Matemática
A matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e
atuar no mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como um
fruto da construção humana na sua interação constante com o contexto
natural, social e cultural. É uma ciência viva, não apenas no cotidiano dos
cidadãos, mas também nas universidades e centros de pesquisas, onde se
verifica uma produção de novos conhecimentos que têm sido
instrumentos úteis na solução de problemas tanto científicos como
tecnológicos.
A matemática colabora para a informação da cidadania, sobre a
inserção das pessoas no mundo do trabalho, das relações sociais, da
cultura e sobre o desenvolvimento da crítica e do posicionamento diante
das questões sociais.
Devido à função do desenvolvimento das tecnologias marcantes no
mundo do trabalho, exigem-se trabalhadores mais criativos e versáteis,
capazes de entender o processo de trabalho como um todo, dotados de
autonomia e iniciativa para resolver problemas em equipe e para utilizar
diferentes tecnologias e linguagem. Com isso, os profissionais devem
estar ligados a um processo contínuo de formação e portanto, devem
aprender cada vez mais.
É papel da escola desenvolver uma educação que não dissocie
escola e sociedade, conhecimento e trabalho e que coloque o aluno ante
desafios que lhe permitam desenvolver atitudes de responsabilidade,
compromisso, crítica, satisfação e reconhecimento de seus direitos e
deveres.
A matemática pode dar sua contribuição à formação do cidadão ao
desenvolver metodologias que enfatizem a construção de estratégias, a
comprovação e justificativa de resultados, a criatividade, a iniciação
pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia advinda da confiança na
própria capacidade para enfrentar desafios.
As necessidades cotidianas fazem com que os alunos desenvolvam
uma inteligência essencialmente prática, que permite reconhecer
problemas, buscar e selecionar informações, tomar decisões e
250
desenvolver uma ampla capacidade para lidar com a atividade
matemática.
È fundamental que o professor estimule o aluno a pensar, a
trabalhar, a processar as informações e, ao mesmo tempo, o auxilie a
avaliar seus conhecimentos de acordo com as metas traçadas. O
professor deve oferecer propostas de ensino e atividades que possibilitem
ao processo-aprendizagem realizar-se de forma natural e eficiente.
Aprender matemática deve ser mais do que memorizar resultados,
isto é, a aquisição do conhecimento deve estar vinculada como o domínio
de um saber fazer matemática. Isto será alcançado através de um
processo lento, começando com atividades sobre resolução de problemas
de diversos tipos, com objetivos de criar intuições, de estimular a busca
de regularidade, a capacidade de argumentação que são elementos
fundamentais para o processo de formalização do conhecimento
matemático.
A matemática é utilizada como base nos diversos ramos do
conhecimento e na formação do indivíduo, é aplicada aos fenômenos do
mundo real. Assim a disciplina de matemática desenvolverá seus
conteúdos fazendo a reflexão e contextualização com os temas das
relações etno-raciais, história, cultura afro-brasileira e africana,
conforme lei nº 10639, de 09/10/2003 que inclui oficialmente no currículo
a obrigatoriedade do ensino desta temática na rede e ensino.
Objetivos
É necessário revelar a matemática como construção humana ao
longo da história e não como um conhecimento pronto e acabado;
mostrar as diferentes necessidades e preocupações de diversas culturas.
Assim, a história da matemática pode ser usada em sala de aula,
destacando-se as relações entre ela e as outras ciências.
O objetivo do trabalho educacional em matemática precisa, em
todos os momentos, ajudar os alunos a se apropriarem do conhecimento
para que se tornem cidadãos e tenham consciência dessa cidadania.
251
- Construir o significado de números a partir de seus diferentes
usos no contexto social, explorando situações-problema que
envolvam contagem, medidas e códigos numéricos.
- Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e
qualitativos da realidade, estabelecendo inter-relações entre
eles, utilizando o conhecimento matemático (aritmético,
geométrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico).
- Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e
resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos,
como intuição, indução, dedução, analogia, estimativa, utilizando
conceitos e procedimentos matemáticos.
- Trabalhar as idéias, os conceitos matemáticos intuitivamente,
antes da simbologia e da linguagem matemática.
- Interagir com os colegas cooperativamente, em dupla ou em
equipe, auxiliando-os e aprendendo com eles, apresentando suas
idéias e respeitando as deles, formando, assim, um ambiente
propício à aprendizagem;
- Ler e interpretar textos matemáticos.
- Interpretar e utilizar representações matemáticas (tabelas,
gráficos, expressões...) e construir formas pessoais de registro
para comunicar informações coletadas.
- Desenvolver procedimentos de cálculos: mental, escrito, exato,
aproximado.
- Perceber semelhanças diferentes entre objetos no espaço,
identificando formas.
- Reconhecer grandezas mensuráveis como comprimento, massa,
capacidade e elaborar estratégias de medidas.
- Demonstrar interesse para investigar, explorar e interpretar.
- Utilizar adequadamente calculadoras e computadores,
reconhecendo suas limitações e potencialidades
252
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
5ª SÉRIE
Números, operações e álgebra
Sistemas de numeração
- a história dos números
- sistema de numeração decimal
- sistema de numeração romano
Os números naturais
- sucessor e entecessor
- maior que e menor que
- representação de números naturais
- adição e subtração de números naturais
- multiplicação e divisão de números naturais
- potenciação e radiciação de números naturais
- números primos
- máximo divisor comum
- mínimo múltiplo comum
Os números racionais
- forma fracionária dos números racionais
- frações equivalentes
- comparação de frações
- adição e subtração de números racionais
- multiplicação e divisão de números racionais
- forma decimal dos números racionais
Geometria
- estudo das formas
- a reta: retas paralelas, perpendiculares, concorrentes e
coincidentes
253
- semi-reta e segmento de reta
- o ângulo: definição e medida de ângulo (o uso do transferidor)
- polígonos: polígonos convexos e demoninação
- triângulos
- quadriláteros
Medidas
Medidas de comprimento
- transformação das unidades
- perímetro de polígonos
Medidas de superfície
- transformação das unidades
- medidas agrárias
- áreas de figuras geométricas planas
Medidas de capacidade
- transformação das unidades
- volume do paralelepípedo retângulo
Medidas de massa
- transformação das unidades
Tratamento da Informação
- coleta, organização e descrição de dados leitura, interpretação e
descrição de dados por meio de tabelas, listas, diagramas,
quadros e
- gráficos
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
6ª série
Números , operações e álgebra
• Conjunto de números inteiros.
• Conjunto dos números racionais( introdução).
• Conjunto dos números racionais( 6 operações).
• Médias.
254
• Equações.
• Noções de inequações.
• Razões.
• Proporções.
• Números diretamente e inversamente proporcionais.
• Regra de três simples e composta.
• Porcentagem e juros simples.
Geometria
• Construções e representações no espaço e no plano.
• Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos.
• Planificação de sólidos geométricos.
• Desenho geométrico com o uso de régua e compasso.
• Ângulos, polígonos e circunferências.
Medidas
• Perímetro . área, volume, unidades correspondentes e aplicações
na resolução de problemas algébricos.
• Ângulos e arcos – unidades, fracionamento e cálculo.
Tratamento da informação
• Coleta, organização e descrição de dados.
• Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas,
listas, diagramas, quadros e gráficos.
• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores, curvas e
histogramas.
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
7ª série
Números , operações e álgebra
• Números racionais e sua representação decimal.
• Números irracionais números reais.
• As quatro operações: adição, subtração, multiplicação e divisão
estudadas em Q e possíveis em R.
• Raiz Quadrada Exata e exata de um número racional.
255
• Álgebra.
• Expressões Algébricas.
• Frações algébricas.
• Reconhecimento dos valores que anulam os denominadores de
equação fracionária e não pertencem ao conjunto solução da
equação.
• Monômios e polinômios.
• Produtos Notáveis.
• Fatoração.
• Resolução de um equação fracionária de 1º grau com um incógnita.
• Equações literais do 1º grau na incógnita x.
• Equações fracionárias e literais.
• Equações do 1º grau com duas incógnitas.
• Verificação de um par ordenado ( x, y ) ou não – uma das soluções
de equações do 1º grau com duas incógnitas.
• Sistemas de equações de 1º grau com 2 variáveis.
• Resolução de um sistema de duas equações de 1º grau com duas
incógnitas.
Geometria
• Ângulos e triângulos.
• Polígonos.
• Ângulos interno, externo.
• Diagonais e perímetro.
• Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de
equações.
• Representação geométrica dos produtos notáveis.
• Representação cartesiana e confecção de gráficos.
• Padrões entre base, faces e aresta de pirâmides e prisma.
• Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e
circuncentro.
Medidas
• Ângulos e arcos – unidade, fracionamento e cálculo.
256
Tratamento da informação
• Coleta, organização e descrição de dados.
• Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas,
listas, diagramas, quadros e gráficos.
Conteúdos/ Conteúdos Estruturantes
8ª série
Números, operações e álgebra.
• Radicais.
• Cálculo de radicais.
• Raiz enésima de um número real.
• Radicais e suas propriedades.
• Simplificação de radicais.
• Introdução de fatores no radicando.
• Adição algébrica multiplicação e divisão de radicais.
• Potenciação de expressões com radicais.
• Racionalização de denominadores.
• Simplificação de expressões com radicais.
• Potência com expoente racional.
• Equações do 2º grau.
• Equações completas e incompletas.
• Escrita da equação do 2º grau na sua forma normal.
• Resolução de equações completas e incompletas.
• Resolução de problemas.
• Estudo das raízes da equação do 2º grau.
• Relação entre as raízes e coeficientes da equação ax ao quadrado +
bx+ c= 0
• Escrita da equação do 2º grau quando se conhece as duas raízes.
• Equações biquadradas.
• Equações Irracionais.
• Resolução de equações irracionais.
• Sistemas de Equações do 2º grau.
• Resolução de sistemas de equações do 2º grau.
257
• Resolução de problemas.
Geometria
• Segmentos proporcionais.
• Razão e proporção – propriedades.
• Razão de dois segmentos.
• Segmentos proporcionais.
• Feixes de paralelas.
• Propriedade do feixe de paralelas.
• Teorema de Tales.
• Teorema de Tales nos triângulos.
• Teorema da Bissetriz interna de um triângulo.
• Triângulos Semelhantes.
• Propriedades dos triângulos semelhantes.
• Teorema Fundamental de Semelhança de Triângulos.
• Teorema de Pitágoras.
• Aplicação do Teorema de Pitágoras na resolução de problemas.
• Relações Métricas no triângulo retângulo.
• Estabelecimento das relações métricas a partir da semelhança de
triângulos.
• Resolução de problemas.
• Relações trigonométricas no triângulo.
• Aplicação das relações trigonométricas na resolução de problemas.
• Áreas de algumas figuras geométricas planas.
• Cálculo da área do retângulo, quadrado, triângulo, paralelogramo,
losango, trapézio do polígono regular e de regiões circulares.
• Resoluções de problemas que envolvem as áreas de figuras
geométricas.
Medidas
• Congruência e semelhança de figuras planas- Teorema de Tales.
• Triângulo Retângulo – Relações Métricas e Teorema de Pitágoras.
• Triângulos Quaisquer.
• Poliedros regulares e suas relações métricas.
258
Tratamento da informação
• Coleta, organização e descrição de dados.
• Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas,
listas, diagramas, quadros e gráficos.
• Noções de probabilidade.
Metodologia
O mundo está em constante mudança devido ao grande
desenvolvimento da tecnologia. Portanto precisamos pesquisar e
descobrir como os alunos transferem melhor a aprendizagem para a
resolução de problemas, construção de conceitos e interação com o meio
social e tecnológico.
Trabalhar os conteúdos de forma que o aluno compreenda a
matemática como um meio de resolver situações cotidianas. É importante
que os alunos participem de forma dinâmica, partindo de experiências já
adquiridas e que os levem a ampliar ou formular novos conceitos.
O trabalho com o eixo matemático (números e operações,
geometria, medidas e tratamento de informações) ganharão significado
na medida em que seus estudos partem das relações que se podem
estabelecer com contextos sócio-culturais sem desconsiderar os
contextos internos da própria matemática.
Trabalhar com geometria na qual o aluno deve ser estimulado a fim
de explorar o espaço para nele situar-se, desenvolvendo habilidades de
observação tridimensional.
O aluno deverá desenvolver a capacidade de comparar e ordenar os
números para a melhor compreensão do significado de notação
numérica.
Trabalhar diferentes medidas fazendo comparações e tamanhos e
distâncias.
Utilizar a linguagem matemática da informação – coleta de dados,
medidas, tabelas, gráficos e porcentagens.
Utilizar a calculadora para facilitar alguns cálculos em momentos
que o aluno precisa estar com a sua atenção voltada para descobrir e
259
aprender. Mas é preciso cuidado com o seu uso em excesso pois pode
desabilitar os alunos para cálculos.
Utilizar jornais e revistas (áreas, porcentagens, proporcionalidade,
tabelas, gráficos...), fazendo análises, dando opiniões, tirando conclusões,
percebendo e compreendendo dados, tabelas, gráficos etc.
A partir da resolução de problemas o aluno terá a oportunidade de
aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações para
ter condições de buscar várias alternativas para resolução. A resolução
de problemas possibilita a compreensão de argumentos matemáticos pois
ajuda a vê-los como um conhecimento possível de ser apreendido por
todos no processo ensino-aprendizagem.
O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de
relevância social que produzem conhecimento matemático. Assim não
existe um único saber, mas vários saberes distintos. As manifestações
matemáticas são percebidas através de diferentes teorias e práticas que
emergem de ambientes culturais. A valorização do aluno no contexto
social, procurando levantar problemas que sugerem questionamentos
sobre situações de vida.
Avaliação
Conforme a proposta pedagógica da escola, a avaliação será
realizada por meio de atividades individuais, em duplas, em grupos,
pesquisas, participação nas aulas, no desenvolvimento das atividades,
além dos testes e provas. Visto que o aluno não assimilou o conteúdo
proposto, este será revisado e em seguida feita uma nova avaliação
paralela (oral ou escrita) dando oportunidade para que o aluno atinja o
objetivo, Desta forma a avaliação compreende ser um instrumento
importante para fornecer informações sobre como está sendo realizado o
processo ensino-aprendizagem como um todo, tanto para o professor
como para a equipe escolar conhecerem e analisarem os resultados do
trabalho, assim como para o aluno verificar seu desempenho e não
simplesmente o acúmulo de conteúdos.
260
Para classificá-lo em aprovado ou reprovado, utilizamos os
conceitos A (Atingiu - nota acima de 8,0), AP(Atingiu Parcialmente – nota
de 6,0 a 7,9) e NA (Não Atingiu – nota abaixo de 5,9).
Deste modo a avaliação torna-se fundamental para repensar e
reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino, para
que realmente o aluno aprenda. Também deve ser entendida como
processo de acompanhamento e compreensão da dificuldade dos alunos
em atingir os objetivos. Portanto, avalia-se para identificar os problemas
e os avanços e redimensionar a ação educativa, visando o sucesso
escolar.
Referências Bibliográficas:
DCE -Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica
do Estado do Paraná – Matemática – SEED.
IMENES, Luiz Márcio. Matemática para todos. São Paulo, Scipione,
2002.
ISOLANI, Célia Maria Martins. Matemática e Interação. Curitiba:
Módulo, 1999.
Longen, Adilson ; Matemática em Movimento. Coleção Dinâmica.
Editora do Brasil. São Paulo.
Planejamento 2006 do Colégio Estadual D. Pedro II Ensino Fundamental
e Médio, elaborado pela professora Márcia de Souza, na disciplina de
Matemática.
PAIS, Luiz Carlos. Didática da Matemática. Uma análise da influência
francesa. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
P . 35 -36 ( Coleção Tendências em Educação Matemática).
TOSATTO, Claudia Miriam. Matemática. Nova Didática, Curitiba –
2002 ( Coleção Idéias e Relações).
261
Apresentación General De La Disciplina
Lengua Extranjera Moderna: Español
La Lengua extranjera Moderna, enfatizada en los principios de la
LDB, fijase en la idea que puede recuperar de alguna forma la
importancia que durante mucho tiempo fue le negada. Discútase su
importancia del punto de vista de la formación del individuo, asumiendo
una condición de indisolubilidad del conjunto de los conocimientos
esenciales que permiten al estudiante aproximarse de varias culturas y
consecuentemente propiciar su integración en el mundo globalizado que
estamos presenciando a cada día.
Lo que dificulta la enseñanza de cualquier Lengua extranjera
Moderna es que raramente el alumno entra en contacto con la lengua
hablada antes de ingresar en la escuela y muchas veces en el contexto
escolar el alumno no adquiere los mínimos conocimientos de lengua, por
eso es preciso rever el modo de como está se enseñando esa lengua.
Para propiciar mejores condiciones de aprendizaje débase dejar de lado
la concepción de que se aprende por memorización porque en el mínimo
el alumno va a pasar a repetir frases descontextualizadas año apos año
sin apropiarse del conocimiento básico necesario para el ejercicio de la
ciudadanía. Es preciso oportunizar al alumno un trabajo serio con la
lengua escrita, a través principalmente de la lectura de textos que
pueden enriquecer su universo.
La lengua está en permanente evolución y por eso tenemos varias
formas de discurso que a componen dentro de una sociedad: el discurso
publicitario, el jurídico, el poético, la fala común de todo día. Hacer el
alumno tomar consciencia de esa realidad, que él vive al entrar en
contacto con varios discursos es un de los objetivos de la Lengua
extranjera Moderna.El alumno debe percibir que ese hecho no es sólo
válido para su lengua, pero también para la lengua del otro desde que el
profesor presente varios tipos de textos en otro idioma que no sea suyo.
Acreditamos que a través del confronto con el nuevo, con la cultura del
otro, el alumno tendrá más facilidad en se posicionar, reconociendo su
situación geográfica, económica y cultural de su propio país al enjergar y
respectar las diferencias entre las culturas.
262
El aprendizaje de una lengua extranjera pasa a ser vista como una fuente
de ampliación de los horizontes culturales. Al concebir otra cultura, otra
forma de encarar la realidad, los alumnos pasan a refletir, también,
mucho más sobre su propia cultura y amplían su capacidad de analizar
su entorno social con mayor profundidad, tiendo mejores condiciones de
establecer vínculo, semejantes y contrastes entre su forma de ser, agir,
pensar y sentir y a de otros pueblos, enriqueciendo su formación.
La tecnología moderna propicia entrar en contacto con los más
variados puntos del mundo, así como conocer los hechos prácticamente
en el mismo instante en que ellos se producen. La televisión a cabo y la
Internet son algunos ejemplos de como las avanzas tecnológicos nos
aproximan y nos integran del y en el mundo.
Pero ni siempre los alumnos usufruen de esos recursos. Eso se
debe, muchas veces, sólo a deficiencias comunicativas: sin conocer una
lengua extranjera tornase difícil utilizar los modernos equipamientos de
modo eficiente y productivo.
En el final de los años 80, impulsión hadas por un ideal de
redemocratización del país y por la creación del MERCOSUL, las
escuelas volvieran a ofertar el español como una alternativa al inglés en
sus grades curriculares.
Allá de los imperativos del MERCOSUR , los demás vantajes de
aprender español son bastante conocidas entre nosotros brasileros.
Sabemos que los países limítrofes del Brasil tienen esta lengua como
idioma oficial y un destino ligado al del nuestro país.
Es esencial que el aprendiz, al entrar en contacto con una lengua
extranjera, esté inserido en un contexto y en una situación concreta. Eso
posibilitará al alumno percibir que una forma lingüística no es siempre
idéntica, no posee un único significado y un único uso, pero es flexible y
variable, podando asumir diferentes acepciones, dependiendo del
contexto en que aparece.
Al interagir con otra cultura a través de la lengua extranjera
moderna, el alumno deberá ser capaz de percibir la lengua como algo
que conste y es construido por una determinada comunidad, constatar
que lengua y cultura son indisociables.
263
El profesor precisa estar consciente de que enseñar una lengua no
es sólo enseñar estructuras consideradas fundamentales y, en su práctica
de enseño, ir allá de las cuestiones lingüísticas, incluyendo cuestiones
culturales y extralingüísticas.
Se el objetivo mayor de la enseñanza de Lengua Extranjera
Moderna es preparar el alumno para que sea capaz de interferir
críticamente en la sociedad, débele planear el trabajo, pero no definirlo
anticipadamente. Es preciso, descubrir quien es ese alumno con quien
voy a trabajar, que conocimiento de lengua posee en que realidad está
inserida, para entonces decidir de que manera trabajar. Y profesor debe
tener sensibilidad suficiente para percibir cual es el procedimiento más
adecuado para cada realidad, ser capaz de percibir equívocos de
encaminamiento metodológico y corregirlos, se necesario.
Aún, según Lifo (2001), el profesor precisa estar siempre se
actualizando, no sólo porque el mundo está en constante mudanza, pero,
principalmente, para ser capaz de provocar mudanzas.
Aprender una lengua extranjera es entrar para un mundo desconocido
por eso que no tenemos, según Barkhtin, una lengua a aprender, pero sí
las varias formas de discurso que a componen dentro de una sociedad.
La enseñanza de una lengua extranjera en la escuela tiene un papel
importante a la medida que permite al alumno entrar en contacto con
otras culturas, con modos distintos de ver e interpretar la realidad.
La enseñanza de un idioma extranjero en nuestro país obedece a
dos necesidades: una legal y otra política- cultural. La necesidad legal
está basada en una visión de currículo que prevé el dominio competente y
capaz de las distintas asignaturas que lo componen a partir de un
proceso que tendrá su comienzo en ese período de escolarización y cuya
continuidad se garantizará en las series posteriores.
Desde el punto de vista político- cultural, la enseñanza de una
nueva lengua es bien más que el ofrecimiento de un simple instrumento
de interacción social: es una de las puertas que le permitirá al alumno
modificar su entorno social y desempeñarse como ciudadano,
reafirmando, así, su identidad sociocultural.
En el Paraná, según Jiménez ( 19990, el abordaje comunicativa fue
apropiada como referencial teórico en la elaboración de la propuesta de
264
la enseñanza de L E del Currículo Básico ( 1992). Según este documento,
el trabajo en clase será de distintos tipos de textos, a partir
bakhtianiana , se observa que la progresión de contenidos, de 5ª a 8ª
series, está vuelta para la enseñanza comunicativa, centrada solamente
en funciones del lenguaje ligadas al cotidiano extasiando las prácticas
sociales más amplias de uso de la lengua.
La propuesta de la enseñanza de lengua extranjera será norteada
para un propósito mayor de educación, considerando las contribuciones
de Giroux “ al rastrear las relaciones entre lengua , texto y sociedad, las
nuevas tecnologías y las estructuras de poder que les subjazen” ( 2004).
Para este educador, es importante que los profesores reconozcan la
importancia de la relación establecida entre lengua y la pedagogía crítica
en el actual contexto global educativo, pedagógico y discursivo en la
lengua, del diálogo, de la comunicación,de la cultura, del poder, de las
cuestiones de la política y de la pedagogía no se separan.
Para tanto, se propone hacer de las clases de lengua extranjera un
espacio para que el alumno reconozca y comprenda la diversidad
lingüística y cultural, oportunizándolo a encajarse discursivamente y a
percibir posibilidades de construcción de significados en relación al
mundo que vive. Eso quer decir que el alumno podrá comprender que los
significados son sociales y históricamente construidos y, por tanto
,pasibles de trasformación en la práctica social.
Concluyendo, se hace necesario mapear el objeto de estudio de la
disciplina de L E, la lengua, a partir del cuadro teórico conceptual de
referencia, presentando los varios aspectos imbricados en el proceso
discursivo, a saber: lengua y cultura, ideología y sujeto, discurso y
identidad, con vistas a justificar epistemológicamente los objetivos de la
enseñanza de una lengua extranjera y desgatar la función social y
educacional de esta disciplina en la Educación Básica.
La propuesta desarrollada aquí es pensada con el propósito de
estimularles a los alumnos a trabajar de forma autónoma, de manera a
permitirles identificar sus posibilidades y dificultades en el proceso de
aquisición de la lengua española.
El estímulo a la capacidad de oír, discutir, hablar, escribir,
descubrir, interpretar situaciones, pensar de modo creativo, hacer
265
suposiciones e interferencias relativamente a los contenidos es un camino
que amplía la capacidad de abstraer elementos comunes varias
situaciones para que se puedan hacer generalizaciones y perfeccionar las
posibilidades de comunicación, creando significados por intermedio de la
lengua.
Objetivos:
Llevar el educando al desarrollo de las cuatro destrezas: leer,
hablar, oír y escribir; interpretando y desarrollando la criticidad, se
adecuando a los distintos contextos de variación lingüística, ampliando su
conocimiento de mundo en la aquisición de nuevos saberes, delante a un
mundo pluricultural y globalizado.
La enseñanza de la lengua extranjera debe oportunizar a los
alumnos el aprendizaje de contenidos que amplíen las posibilidades de
ver el mundo, de evaluar los paradigmas ya existentes del y en el mundo,
considerando las relaciones que pueden ser establecidas entre LE y: la
inclusión social; el desarrollo de la consciencia del papel de las lenguas
en la sociedad, el reconocimiento de la diversidad cultural y el proceso de
construcción de las identidades trasformadoras.
Objetivos Específicos:
Aprender la pronuncia, la grafía y deletrear correctamente las palabras
Demostrar asimilación de la pronúncia
Usar los pronombres correctamente
Conjugar el verbo auxiliar en presente de indicativo
Conocer los nombres en español de los objetos en aula
Saludar y despedirse: formalmente y informalmente.
Asimilar vocabulario referente a la cantina
Saber usar artículos determinados
266
Contenidos
5ª SÉRIE
- El alfabeto y grafía
- Lectura de historietas
- Pronombres personales
- Verbo auxiliar “ser” en presente del indicativo
- Objetos del aula
- Los saludos y despedidas
- Vocabulario referente a la cantina
- Los artículos determinados
Objetivos Específicos:
Conjugar los verbos en su tiempo (presente de indicativo)
Hacer uso de la oralidade
Aprender vocabulario referente a la casa
Saber emplear los adjetivos demonstrativos
Hacer la conjugación correcta de los verbos en presente de indicativo.
Cantar haciendo uso de la oralidade.
Aprender vocabulario referente al barrio, con verbo estar, en lo presente
de indicativo, con los pronombres posesivos
Contenidos
- Verbos: andar, hablar, estudiar en presente del indicativo
- Lectura de diálogo
- Vocabulario referente a la casa
- Los adjetivos demonstrativos
- Presente de indicativo de los verbos “amar, saludar, invitar,
enseñar
- Refranes y canción: Cielito Lindo
- Lectura de diálogo. Vocabulario referente al barrio, verbo estar
Objetivos Específicos:
Leer los trabalenguas practicando las consonantes: D, T, CH, H. Asimilar
lo adjetivos posesivos.
Aprender como son los numerales en español.
267
Leer el diálogo, aprendiendo vocabulario de establecimientos de la
ciudad. Aprender los colores.
Saber las diferencias de las horas en español.
Conocer sinónimos y antónimos.
Contenidos
- Trabalenguas con énfasis D, T, CH, H. Adjetivos posesivos
- Números
- Localización de establecimientos
- Verbos: deber, comer, ver, vender, beber, creer, poseer, suspender,
poseer, temer, pretender, esconder en presente de indicativo.
- Colores secundarios y terciaros
- Horas
- Vocabulario de las palabras opuestas
Objetivos Específicos:
Saber localizarse haciendo uso de los puentos cardinales y algunos países
con sus capitales.
Aprender vocabulario referente a la mesa y dormitorio.
Aprender los días de la semana, meses de año.
Conocer formas verbales, verbos terminados en “er”, y saber conjúgalas.
Saber diferenciar pronombres posesivos de adjetivos posesivos
usándolos.
Aprender sobre la localización, comunidades autónomas, provincias,
numero de habitantes, idiomas regionales.
Fijar las consonantes “Z, C, GU”.
Leer y conocer la narrativa.
Contenidos
- Localización del individuo y espacio con algunos países
- Vocabulario referente a la mesa y dormitorio.
- Los días de la semana, meses del año y algunos saludos
- Verbos: leer, correr, aprender, comprender, cometer, depender,
sorprender, meter, coser, exceder, coser en presente de indicativo.
- Pronombres posesivos (género y numero)
268
- Mapa de España con informaciones de: localización, comunidades
autónomas, provincias, habitantes, idiomas regionales.
- Las consonantes “Z, C, GU”.
- Narrativa “EL Ingenioso Hidalgo Don Quijote de La Mancha”.
Objetivos Específicos:
Recordar de las diferencias de escrita, pronúncia y deletración del
alfabeto español.
Recordar de los pronombres personales, posesivos, adjetivos posesivos
y adjetivos demonstrativos.
Recordar de los saludos y las despedidas.
Recodar de la conjugación verbal de los verbos: ser, tener y vivir
(presente de indicativo).
Recordar de vocabulario aprendido en el año anterior.
Aprender sobre el cuerpo humano y establecer características físicas.
Emplear correctamente “los artículos “ en género y numero.
6ª série
Contenidos
- el alfabeto, deletreación y grafía correcta de las palabras
- Repaso de: pronombres personales, posesivos, adjetivos posesivos y
adjetivos demonstrativos.
- los saludos y las despedidas
- Verbo: ser, tener, vivir.
- Vocabulario
- Diálogo: El cuerpo humano. Características Físicas.
- El artículo.
Objetivos Específicos:
Hacer uso de la oralidade cantando la música.
Conocer los deportes y los artículos deportivos.
Saber afirmar y negar, distinguir “si” e “sí”.
Enfatizar y distinguir el uso de “ll e Y”, aprender que los verbos
terminados en “ir” todos siguen la misma terminación.
Recordar como si pide permiso y algunas despedidas.
269
Saber emplear el verbo “ir” con “A la y Al”.
Enfatizar el uso de la “r y S” y sus pronuncias.
Practicar oralidade.
Contenidos
- Música: “ Amigo” de Roberto Carlos, traducida por M. Mc Cluskey
- Los deportes y los artículos deportivos
- Afirmación y negación
- Despedidas y pedir permiso
- La “LL e y”. Verbos: asistir, dividir, saber, añadir, sufrir, escribir,
vivir, remitir, eludir y recurrir
- Verbo “ir” con los complementos “A La / AL”
- La “S y R”. Trabalenguas
- Diálogo “El Campo”, (lectura)
Objetivos Específicos:
Aprender vocabulario del campo y de los animales.
Saber emplear correctamente el verbo “venir” en presente de indicativo
con los complementos “de y del”.
Tener conocimiento que todos los verbos terminados en “ir” siguen la
misma terminación.
Emplear estructuras con adjetivos comparativos.
Pronunciar correctamente L “J y G”
Leer dialogo usando las consonantes correctamente.
Fijar los nombres de los animales referentes al zoo.
Emplear el verbo auxiliar “haber” en el pasado con los verbos “hablar,
comer y vivir (participio).
Contenidos
- Vocabulario referente al campo y a los animales
- Verbo “Venir” en lo presente de indicativo con complementos “De y
Del”
- Verbos en presente de indicativo: vivir, abrir, partir, resumir,
desistir, describir, descubrir, reunir, cubrir, imprimir, difundir y
decidir todos con la misma terminación
270
- Adjetivos comparativos
- La ”J y G”
- Diálogo: “EL ZOO”
- Vocabulario referente al Zoo
- EL verbo auxiliar “HABER” con el verbo HABLAR, (pasado)
- La Ñ. Vocabulario referente a los sonidos que hacen algunos
animales
Objetivos Específicos:
Leer el dialogo y conocer expresiones idiomáticas.
Fijar vocabulario referente a la playa.
Aprender las estructuras de los adjetivos demostrativos acompañan al
nombre y los pronombres demonstrativos sustitui al nombre.
Fijar el sonido de la”l” en final de palabra y que en palabras en español
sólo si usa la “n”.
Recordar los verbos auxiliares “ser, estar, tener, haber en lo presente de
indicativo.
Conocer las oraciones en español: Padre Nuestro y Ave María.
Cantar la música “Gracias a la Vida”.
Leer el dialogo referente al aeropuerto.
Fijar el vocabulario referente al aeropuerto.
Saber que todos los verbos regulares siguen la misma terminación.
Contenidos
- Dialogo: La Playa, ( Expresiones Idiomáticas)
- Vocabulario referente a la playa.
- Los pronombres demonstrativos y adjetivos demonstrativos
- La “L y N”
- Verbos auxiliares en presente de indicativo: ser, estar, tener y
haber
- Oraciones: Padre Nuestro y Ave María.
- Canción: Gracias a la Vida de Nicanor Parra y Violeta Parra.
- Diálogo: El Aeropuerto. Vocabulario.
- Verbos regulares terminados en “ar, er, ir” en lo presente de
indicativo.
271
7ª SÉRIE
Objetivos Específicos:
Recordar de los sonidos de algunas consonantes que son distintas del
portugués, deletrear y usar correctamente la grafía.
Recordar de los saludos y despedidas.
Recordar de los pronombres personales y algunos verbos para
presentarse.
Comprender auditivamente escuchando el dialogo. Entender algunas
expresiones idiomáticas.
Leer el texto, asimilar algunos sentimientos.
Hablar de cosas prácticas.
Comprender y completar el dialogo escuchando.
Asimilar las reglas de acentuación.
Interpretar el texto.
Contenidos
- El alfabeto, deletreación y grafía correcta de las palabras
- Los saludos y las despedidas
- Pronombres personales, verbos en presente de indicativo: ser,
estar, tener y vivir
- Texto: La curiosidad infantil
- Momento Literario: Un amigo
- Vocabulario
- Diálogos: El domingo y La aspirina
- Acentuación
- Texto: Beneficios del fuego
Objetivos Específicos:
Saber usar los verbos en lo participio, con el verbo auxiliar “haber”.
Asimilar verbos regulares e irregulares en lo pretérito indefinido.
Saber usar verbos regulares en lo pretérito imperfecto.
Recordar de palabras conocidas.
Conocer y usar correctamente los tiempos verbales.
272
Expresar situación del tiempo. Emplear correctamente los adverbios.
Leer el texto y desarrollar la capacidad oral de improvisación.
Interpretar el texto y debatir.
Contenidos
- Verbo ”Haber” (pretérito perfecto) con algunos verbos en
participio
- Algunos verbos regulares e irregulares en lo pretérito indefinido
- Algunos verbos regulares en lo pretérito imperfecto
- Vocabulario
- Verbos: andar, decir, poder y hacer en lo presente de indicativo,
pretérito indefinido y futuro imperfecto
- Expresiones para ubicar situación del tiempo. Adverbios
- Curiosidades sobre la tierra
- Texto: La decadencia de la conversación
Objetivos Específicos:
Recordar de algunas profesiones.
Emplear en la escrita y oralidade el cambio que sufren algunos verbos.
Usar correctamente el pretérito indefinido.
Leer el poema y expresar opinión.
Leer el texto, debatir y recordar de vocabulario que hace parte de la
escuela.
Continuar asimilación de algunos verbos en lo futuro imperfecto y
potencial.
Interpretar el texto, relacionar palabras a su significado.
Contenidos
- Profesiones
- Verbos irregulares:”o” cambia para “ue” y “e” para ”ie” en
presente de indicativo, presente de subjuntivo e imperativo. Futuro
imperfecto de indicativo terminado en “ar, er, ir
- Pretérito indefinido: traer, venir, dar, oír, poner y ver.
- Poema: Hagamos un trato
273
- Texto: Los garabatos nunca mienten
- Algunos verbos irregulares en lo futuro imperfecto y potencial
- Historia: El contrabando
Objetivos Específicos:
Saber emplear las estructuras correctas de las conjunciones.
Emplear el tiempo verbal correcto escribiendo frases.
Leer el texto y producir un paráfrasis.
Interpretar el texto y debatir sobre la lección de vida que relata.
Comprender la conjugación verbal, lo que cambia.
Aprender las reglas del plural.
Interpretar el texto y debatir sobre los colores y sus significados.
Contenidos
- Las conjunciones coordinantes y subordinantes
- Verbos: caber, tener, ver, caer en lo futuro imperfecto de indicativo
- Texto: El placer de servir
- Texto: El rey Salomón y la abeja
- Verbos terminados en “ar, er, ir”, en lo presente de subjuntivo
- Reglas para pasar palabras para el plural
- Texto : La cultura y el hombre
8ª SERIE
Objetivos Específicos:
Recordar de los sonidos de algunas consonantes que son distintas del
portugués, deletrear y usar correctamente la grafía.
Recordar de los saludos y despedidas.
Recordar de los pronombres personales y algunos verbos para
presentarse.
Leer e texto y debatir sobre las costumbres, interpretar.
Relacionar imagines a las frases.
Leer el texto, percibir la moraleza, relacionar refranes al texto.
274
Contenidos
- El alfabeto, deletreación y grafía correcta de las palabras
- Los saludos y las despedidas
- Pronombres personales, verbos en presente de indicativo: ser,
estar, tener y vivir
- Texto: Extrañas costumbres
- Imagines
- Texto: La derrota del sol
Objetivos Específicos:
Saber expresarse en la escrita y en la oralidade.
Ampliar los conocimientos y refletir sobre la evolución. Interpretar.
Conocer las frutas.
Saber expresarse en la escrita y en la oralidade.
Pronunciar y escribir correctamente.
Ampliar las informaciones de otros países.
Contenidos
- Expresiones para indicar extrañeza, hipótesis, posibilidad,
conocimiento, convicción y certeza
- Texto: La rueda
- Frutas
- Expresiones para expresar: opinión (verdad de un hecho), para
afirmar o negar.
- Heterotónicos
- Curiosidades numéricas
Objetivos Específicos:
Debatir sobre que hacen cuando tienen algún problema. Leer el texto,
elaborar consejos.
Leer y comentar sobre el texto.
Saber distinguir los heterogenéricos.
Saber relacionar ideas del texto y en la oralidade.
Comprender auditivamente.
Saber que en español tienen otros significados.
275
Contenidos
- Texto: Decídete
- Texto: La araña tejedora, la mosca y la música
- Heterogenéricos
- Texto: La ciencia predilecta
- Dialogo
- Heterosemánticos
Objetivos Específicos:
Reflexionar sobre algunos sentimientos con sus valores.
Saber expresarse usando sentimientos.
Conocer trajes femeninos y lo que representan.
Explotar valores referentes a la felicidad.
Conocer comidas típicas.
Contenidos
- Textos: Cuando uno no quiere pelear, La amistad requiere señales,
El amor hace ver las cosas de una manera nueva, Faltaba una
posibilidad
- Expresiones referente a los sentimientos en respeto al futuro, la
exclamación, la irritación, los insultos y énfasis
- Texto: Díme como te bañas y te diré como eres
- Texto: ¿La felicidad existe?
- Comidas
Metodología
La doble consideración de la lengua como sistema y como
instrumento de comunicación nos ha llevado a conceder prioridad
compartida a los contenidos gramaticales y a los funcionales; por ello,
intentamos un equilibrio metodológico que pocas veces se a logrado en la
enseñanza del español: conocimiento riguroso de los elementos
gramaticales y léxicos de la lengua; aprendizaje de su empleo en
situaciones concretas de comunicación y contextos funcionales.
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La metodología es funcional, con el uso del lúdico, dinámicas y
conversación. Uso del diccionario, textos actuales de revistas y periódicos
de España, músicas y laboratorio de informática.
La enseñanza también será basada en textos, donde se puede sacar
el léxico que debe ser adquirido, lo que facilitará la interpretación.
Toda lengua es una construcción histórica y cultural en constante
trasformación. Daí la lengua extranjera presentarse como un espacio
para ampliar el contacto con otras formas de conocer, con otros
procedimientos interpretativos de construcción de la realidad.
Según Bakhtin, “el papel organizador de la palabra extranjera-
palabra que trasporta consigo fuerzas y estructuras extranjeras (…) –
hice con que, en la consciencia histórica de los pueblos, la palabra
extranjera se fundiese con la idea de poder, de fuerza, de santidad, de
verdad” ( 1999). Y es en la y por la palabra que se percibe las distintas
ideologías, condiciones sociales y jerarquías de la vida social,
posibilitando el confronto de valores.
La lengua extranjera pode ser propiciadora de la construcción de
las identidades de los sujetos alumnos al oportunizar el desarrollo de la
consciencia sobre el papel ejercido por las lenguas extranjeras en la
sociedad brasilera y en el panorama internacional, favoreciendo
ligaciones entre la comunidad local y planetaria.
En clases de lengua extranjera será posible hacer discusiones
orales sobre su comprensión, bien como producir textos orales, escritos y
o visuales a partir del texto leído , integrando todas las prácticas
discursivas en este proceso. Los alumnos son encorajados a tener una
postura crítica frente a los textos, envolviendo cuestionamientos acerca
de las visiones de mundo que los subyaz.
La lectura es un proceso de negociación de sentidos, de
contestaciones de significaciones posibles, como en un embate, lecturas
consensúales dependes del uso de estrategias acordadas entre las
partes. Así, el papel de la gramática se relaciona al entendimiento,
cuando necesario, de los procedimientos para construcción de
significados utilizados en la lengua extranjera: el trabajo con la
gramática, se establece como importante en la medida en que permite el
277
entendimiento de los significados posibles de las estructuras
presentadas.
Es interesante trabajar con textos que presenten un gran número
de palabras trasparentes, principalmente para clases iniciantes. Esto
puede auxiliar el alumno a percibir que es posible leer un texto en lengua
extranjera sin tener mucho conocimiento de la lengua .Es preciso
conscientizar los alumnos de la complejidad del acto de leer y que el
texto no es portador de un significado único y cerrado en si mismo.
La pesquisa de palabras en el diccionario también puede auxiliar
esa conscientización, en la medida que los alumnos perciban los posibles
sentidos presentados para tales palabras, pero que aún así,, son
limitados, podendo ser producidos otros adecuados a determinados
contextos.
Después de la lectura de un texto con frases complejas, ofrecer a
los alumnos una lista de frasee y sus respectivas traducciones y pedir que
miren como las dos lenguas se difieren en los dos idiomas.
Cabrá así, al profesor, trabajar el texto en su contexto social de
producción y de seleccionar itens gramaticales que indiquen la
estructuración de la lengua.
Es importante destacar que el trabajo con la producción de textos
en clase de L E también precisa ser concebido como un proceso dialógico
ininterrupto, en el cual se escríbe siempre para alguien y de quien se
constroe una representación.
En fin, se entiende que al tratar los contenidos de LE en la
perspectiva del letramiento crítico, el profesor proporcionará al alumno
pertenece a una determinada cultura ir al encuentro de otras lenguas y
culturas. De ese encuentro se espera que pueda surgir la consciencia del
lugar que se ocupa en el mundo, extrapolando así el dominio lingüístico
que el alumno pueda venir a tener.
Evaluacíon:
La evaluación será diagnóstica, a través de las producciones
textuales, explotaciones textuales y orales; evaluaciones escritas para
contenidos específicos, todo ello para la verificación del aprendizaje.
278
La evaluación se constituí en un instrumento facilitador en la busca
de orientaciones e intervenciones pedagógicas, no se atenido sólo al
contendido desarrollado, pero aquellos vivenciados al longo del proceso,
de forma que los objetivos específicos explicitados en esas diretrizes sean
alcanzados.
Cabrá al profesor observar la participación activa de los alumnos,
considerando que el encajamiento discursivo en clase se realiza por
medio de la interacción verbal, a partir de los textos, y de distintas
formas: entre los alumnos y el profesor; entre los alumnos en la clase; en
la interacción de los alumnos con el material didáctico; en las charlas en
lengua materna y en la lengua extranjera estudiada, y en el propio uso de
la lengua, que funciona como un recurso cognitivo al promover el
desarrollo de los pensamientos y de ideas ( Vygotsky).
El alumno envolvido en el proceso de evaluaciones también constructor
del conocimiento, precisa tener su esfuerzo reconocido por medio de
acciones tales como: el fornecimiento de un retorno sobre su desempeño
y el entendimiento del “error” como parte integrante del aprendizaje. Así,
tanto el profesor cuanto los alumnos podrán acompañar el precurso
desarrollado hasta entonces y identificar dificultades, bien como planear
y proponer otros encaminamientos que visen la superación de las
dificultades constatadas.
Evaluacíon Paralela
Serán retomados los contenidos más importantes donde los alumnos
presentan más dificultad con evaluación procesal, es importante
considerar en la práctica pedagógica, evaluaciones de otras naturalezas:
diagnóstica y formativa, desde que esas se articulen con los objetivos
específicos y contenidos definidos en la escuela.
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Referências Bibliográficas:
DIRETRIZ CURRICULAR:Língua Estrangeira Moderna, 2006.
Internet: www.delitosinformaticos.com/notocias/html.
www.migente.us/noticias/view.article.asp.asp? Idarticle:315.
IVAN MARTÍN RODRIGUES, Espanhol Série Brasil,2004 Editora Ática.
E.M.
MARÍA DE LOS ANGELE J. GARCÍA, JOSEPHINE S. HERNÁNDEZ,
Espanhol
Sin Fronteras, Ano 2000. Editora Scipione. Volume 2 e3.
Projeto Político Pedagógico. Estudos em 2006 formulados pela professora
Silvia.
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SUMÁRIO
DIRETRIZES CURRICULARES DO ENSINO MÉDIO
Apresentação da Disciplina de Arte 01 Apresentação da disciplina de Biologia 12
Apresentação da disciplina de Educação Física 20
Apresentação da disciplina de Filosofia 27
Apresentação da disciplina de Física 36
Apresentação da disciplina de Geografia 46
Apresentação da disciplina de História 68
Apresentação da disciplina de Língua Portuguesa 78
Apresentação da disciplina de Matemática 94
Apresentação da disciplina de Química 106
Apresentação da disciplina de Sociologia 117
Apresentação da disciplina de Língua Estrangeira Moderna – Espanhol 123
DIRETRIZES CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL
Apresentação da disciplina de Artes 139
Apresentação da disciplina de Ciências 151
Apresentação da disciplina de Educação Física 172
Apresentação da disciplina de Ensino Religioso 181
Apresentação da disciplina de Geografia 194
Apresentação da disciplina de História 207
Apresentação da disciplina de Língua Portuguesa 225
Apresentação da disciplina de Matemática 250
Apresentação da disciplina de Língua Estrangeira Moderna – Espanhol 262
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282
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