Aspectos Operacionais do
Censo Agro em Mato Grosso
Data 19/10/2017
Unidade Estadual do IBGE em Mato Grosso
Millane Chaves da Silva Chefe da Unidade Estadual do IBGE-MT
Introdução
O Censo Agropecuário é a principal e mais completa
investigação estatística sobre a estrutura e a produção
agropecuária do país, e representando importante
atribuição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
– IBGE no cumprimento de sua missão de “retratar o
Brasil com informações necessárias ao
conhecimento de sua realidade e ao exercício da
cidadania”.
Introdução
Sua concepção leva em conta as recomendações da
Estratégia Global para o Aprimoramento das Estatísticas
Agropecuárias e do Programa Mundial de Censos
Agropecuários da FAO (Organização das Nações Unidas
para Alimentação e Agricultura).
Censo agro e as Políticas Públicas
É essencial para traçar o retrato do setor agropecuário
brasileiro em suas dimensões econômica, social e
ambiental, como:
o dimensionamento de áreas cultiváveis, da produção
de alimentos e da criação animal, da utilização e
aplicação dos implementos e do instrumental agrícola;
a caracterização dos trabalhadores rurais; e
a classificação dos padrões de obtenção e ocupação do
território agrícola nacional.
Censo agro e as Políticas Públicas
Seus resultados irão atualizar as informações sobre a
produção dos estabelecimentos agropecuários, utilização
de mão de obra, distribuição de terras, beneficiamento e
transformação de produtos, entre outros dados desse
setor da economia brasileira.
É o principal e mais completo levantamento de dados
sobre a produção agropecuária, florestal e aquícola do
país.
Operação
Visita a cerca de 5,3 milhões de estabelecimentos em
todo o país — em 2007 foram contabilizados 112.987 no
estado de Mato Grosso, estima-se que atualmente
existam aproximadamente 130 mil estabelecimentos
agropecuários.
68 mil setores censitários rurais no Brasil — 3.390 em
MT, além de 232 setores que agregam todas as áreas
urbanizadas dos municípios, totalizando 3.622 setores a
serem trabalhados.
Período e Data de Referência
Para informações sobre produção agrícola, pecuária,
florestal e aquícola, o período de referência será de 1º
de outubro de 2016 a 30 de setembro de 2017, o que
coincide com o Calendário Agrícola da última Safra
colhida em Mato Grosso (Safra 2016/17).
Para efetivo de trabalhadores, animais e área, a data de
referência será 30 de setembro de 2017.
Datas importantes:
Coleta em campo: 1º outubro 2017 a fevereiro 2018.
Data de referência: 30 de setembro de 2017
Período de referência: 1º de outubro de 2016 a 30 de
setembro de 2017
A partir de 1° de outubro de 2017, estão em campo
18.845 recenseadores no país, em Mato Grosso são
618 recenseadores em campo.
Conceito de Estabelecimento Agropecuário
É toda unidade de produção dedicada, total ou
parcialmente, a atividades agropecuárias, florestais e
aquícolas. Independentemente de seu tamanho, de sua
forma jurídica (se pertence a um produtor, a vários
produtores, a uma empresa, a um conjunto de empresas
etc.) ou de sua localização (área rural ou urbana), todo
estabelecimento agropecuário tem como objetivo a
produção, seja para venda (comercialização da
produção) ou para subsistência (sustento do produtor
ou de sua família), constituindo-se assim uma unidade
recenseável.
Contextualização
O escopo da pesquisa agropecuária alterou-se ao longo
dos anos, buscando acompanhar, efetivamente, as
modificações verificadas no cenário rural referidas às
inter-relações entre sistemas produtivos, ocupação
territorial, expansão agrícola, mão de obra, mecanização,
política fundiária, produtividade, economia, dentre outros
temas investigados.
Periodicidade
A Lei Nº 8.184, de 10 de maio de 1991 determina, em seu
art. 1º:
“A periodicidade dos Censos Demográficos e dos
Censos Econômicos, realizados pela Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será fixada
por ato do Poder Executivo, não podendo exceder a dez
anos a dos Censos Demográficos e a cinco anos a dos
Censos Econômicos.”
Últimos Censos Agropecuários realizados
1975
1985
1996
2007
Realizados em operação conjunta
com a Contagem Populacional
Inovação: uso de
computadores de mão
(PDAs) com GPS
O Censo Agropecuário de 2017
A realização do Censo Agro só está sendo possível por
conta da aprovação de uma Emenda Parlamentar, que
alocou R$ 505 milhões na LOA 2017.
Ainda assim, foram necessários ajustes nos projetos
técnico, tecnológico e operacional para viabilizá-lo.
Orçamento
2017
R$ 505 milhões
2018
R$ 278 milhões*
* Depende de aprovação no Congresso Nacional
Total:
R$ 783 milhões
O Censo Agropecuário de 2017
Comparativo com o projeto anterior
Anterior Novo
Referência: Ano Civil Referência: out/2016 – set/2017
Questionário detalhado Questionário simplificado
Tempo médio de entrevista 1h
30min
Tempo médio de entrevista 45
min
2 entrevistas/dia 4 a 6 entrevistas/dia
O Censo Agropecuário de 2017
Comparativo com o projeto anterior
Anterior Novo
64.000 Recenseadores 18.845 Recenseadores
85.000 DMCs 26.500 DMCs
5.500 Postos de Coleta 1.383 Postos de Coleta
3 meses de coleta 5 meses de coleta
Custo de R$ 1,6 bilhão Custo de R$ 780 milhões
O Censo Agropecuário de 2017
Inovações
Áreas de Trabalho para otimizar equipes e
equipamentos
Todos os Postos com conexão banda larga
Veículos para todos os Postos
DMC (Dispositivo Móvel de
Coleta) – smartphone de última
geração
O Censo Agropecuário de 2017
Inovações
Uso de mapas digitais e georreferenciamento de todos
os estabelecimentos
Comunicação via Mensageria e VoIP entre
Recenseador e Supervisor
BGANs (Broadband
Global Area Network)
Censo-Cadastro (PNAGs)
Infraestrutura da Coleta em Mato Grosso
16 Agências
32 Subáreas
39 Postos de Coleta (cada sede de subárea é também um
Posto de Coleta)
135 Áreas de Trabalho, abrangendo os 141 municípios
10 veículos próprios, tracionados (4x4)
40 veículos locados, sendo 25 deles tracionados (4x4)
904 pessoas contratados por meio de Processo Seletivo
Simplificado
COLNIZA
ALTA FLORESTA GUARANTÃ DO NORTE
COMODORO
JUÍNA JUARA
COLÍDER
MATUPÁ
PORTO ALEGRE DO
NORTE
CONFRESA
PONTES E LACERDA
CAMPO NOVO DOS PARECIS
SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA
SINOP
TAPURAH SORRISO
CANARANA
PRIMAVERA DO LESTE
NORTELÂNDIA
NOVA MUTUM
BARRA DO GARÇAS
ÁGUA BOA
RONDONÓPOLIS
ALTO ARAGUAIA
BARRA DO BUGRES
ARAPUTANGA
CÁCERES
ARAPUTANGA
POCONÉ
CUIABÁ
CHAPADA DOS
GUIMARÃES
CAMPO VERDE
Subáreas e Postos de Coleta
Subáreas
Postos de Coleta
Subárea
Recorte territorial do Estado composto por uma ou mais
Áreas de Trabalho visando atender à execução da
operação censitária. São 32 Subáreas em MT.
Área
Estrutura territorial do Estado composto por duas ou mais
Subáreas, criada para facilitar o trabalho de coordenação
e supervisão da operação censitária. MT possui 4 Áreas.
Área de Trabalho
É constituída por um ou mais municípios. Toda Área de
Trabalho está vinculada a um Posto de Coleta, mesmo que
esse Posto esteja fisicamente localizado em município de outra
Área de Trabalho.
Posto de Coleta
É o local de trabalho das equipes de gerenciamento e de
supervisão da coleta (ACMs e ACSs) que serve de referência
para os recenseadores. É no Posto de Coleta que se dá a
gestão da operação de coleta. Um Posto de Coleta pode
abranger uma ou mais Áreas de Trabalho.
Comparativo de Pessoal
Força de trabalho aumenta em mais de 4x
Quadro Normal de Servidores Contratados para o Censo Agro
2017
96 Efetivos (QP) 3 Analistas Censitários
136 Temporários (APMs) 4 Agentes Censitários de
Informática
15 Estagiários 10 Agentes Censitários
Administrativos
17 Agentes Censitários Regionais
39 Agentes Censitários Municipais
213 Agentes Censitários
Supervisores
618 Recenseadores
TOTAL 247 pessoas TOTAL 904 pessoas
Comissões Municipais de Geografia e
Estatística - CMGEs
As CMGEs seguem os princípios da transparência, do
engajamento e da cidadania e tem como objetivo fortalecer
vínculos entre o IBGE e municípios, por meio dos seus gestores
e das comunidades locais, para conhecimento, divulgação e
colaboração para os censos, pesquisas, mapeamentos e
levantamentos que o IBGE realiza regularmente através das
suas agências.
Coleta em Terras Indígenas
É realizada de forma integrada entre o IBGE, agentes da
FUNAI, guias e chefes das tribos.
Geralmente, uma Terra Indígena está situada em mais de um
município e abrande diversos setores censitários, sendo
coletada de forma especial.
Cronograma
Coleta de Dados
Coleta: 1º de outubro de 2017 a 28 de fevereiro de
2018
Revisão e encerramento: março de 2018
Divulgação
Primeiros resultados: junho de 2018
Resultados finais: até dezembro de 2019
Cadeias de Treinamento
Treinamento em cascata, em cadeias paralelas (Coleta
e Supervisão, Administrativa e de Informática);
Etapas de autoinstrução (leitura de mídias impressas,
EAD e resolução de exercícios) e presencial;
Cadeias de Treinamento
Treinamento dos Recenseadores:
Faz parte do PSS
Eliminatório (40%) – sinaliza necessidade de reforço ou
de acompanhamento
Classificatório para escolha do setor
Nota final no SAPC para contratação
Sistema Integrado de Gerenciamento e
Controle - SIGC
Como medir a qualidade do trabalho?
Erro de Cobertura: Omissão ou Invasão
Erro na Aplicação dos Conceitos do Censo Agro
Sistema Integrado de Gerenciamento e
Controle - SIGC Limite do Setor
Sede do Estabelecimento fora do setor
O Censo Agropecuário de 2017
Inovações
Georreferenciamento feito durante a coleta no Teste de
Homologação
(Sorriso, Julho/2017)
Sistema Integrado de Gerenciamento e
Controle - SIGC
Em linhas gerais, o SIGC consiste numa ferramenta de
Avaliação e Controle, que permite acompanhar a evolução da
coleta e a produtividade de cada Recenseador, além de
fornecer relatórios gerenciais quantitativos e qualitativos,
baseados em parametrizações no sistema, e que garantem a
qualidade de todo o trabalho realizado.
Sistema Integrado de Gerenciamento e
Controle - SIGC
Seus principais objetivos são:
Permitir a todos os níveis da estrutura censitária e à direção
do IBGE, acesso rápido e on-line a relatórios que demonstrem a
situação da coleta de dados, oferecendo assim informações
confiáveis que indiquem a cada gestor as necessidades de
intervenção em sua área de atuação e no âmbito de sua
competência;
Sistema Integrado de Gerenciamento e
Controle - SIGC
Oferecer às coordenações técnicas e aos operadores do
Posto de Coleta (ACM e ACS), ao longo do período da coleta,
indicadores, gerados pela aplicação de parâmetros de avaliação
da coleta, que permitam a atuação em caso de distorções;
Otimização dos processos de instalação de programas de
coleta de dados e supervisão, descarga de questionários
coletados e transmissão de dados para o CPD central;
Sistema Integrado de Gerenciamento e
Controle - SIGC
Sistematizar o processo de distribuição do trabalho, fazendo
as associações e dissociações dos equipamentos e setores
censitários nos postos de coleta;
Operacionalizar a Coleta Especial, em Mutirão e pela
Internet.
Tipos de Coleta
Regular
É a situação padrão, ou a mais usual, na qual o
Recenseador é o responsável pela coleta em um
dado setor censitário.
Em situações específicas, pode ser também realizada
pelo Supervisor.
Tipos de Coleta
Especial
Tem por objetivo obter as informações dos
estabelecimentos de grande porte, previamente
selecionados, com base nas informações do Censo
Agropecuário realizado em 2007 já atualizadas pelas
Unidades Estaduais do IBGE.
Em Mato Grosso foram identificados 4.644
estabelecimentos de Coleta Especial.
Tipos de Coleta
Especial
Essa coleta será realizada exclusivamente pelos
Supervisores, que terão esses estabelecimentos
carregados em seu DMC.
Tipos de Coleta
Descentralizada
É a coleta realizada em município diferente daquele
onde está localizado o estabelecimento agropecuário.
Isto ocorre quando a pessoa responsável para
prestar as informações encontra-se em outro
endereço de outro município. Também é feita
somente pelos Supervisores.
Sua operacionalização é feita no próprio DMC e o
controle é feito através do SIGC.
Tipos de Coleta
Coleta em Mutirão
Diferentemente da coleta regular, na qual cada setor
fica sob a responsabilidade de um único
Recenseador, a Coleta em Mutirão só ocorre quando
é necessário alocar, ao mesmo tempo, mais de um
Recenseador no mesmo setor para realizar a coleta.
Tipos de Coleta
Coleta pela Internet
No caso de Entrevistas por Endereço (Especial e
Descentralizada), existe a possibilidade de
preenchimento do questionário pela Internet, caso o
informante assim o desejar.
O informante recebe um e-mail com um e-ticket e um
link com instruções de preenchimento, com prazo de
15 dias. Ao final, ele recebe uma cópia do
questionário preenchido em PDF.
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