ATUALIZAÇÃO EM OXIGENIOTERAPIA
Yuri Currlin Góss
Coordenador Departamento de Fisioterapia SOCATI
Coordenador do serviço de fisioterapia das UTI`s do Hospital Santa Isabel
Coordenador de serviço de fisioterapia em Home Care
Professor de pós-graduação da Inspirar - CTBA
CONCEITOS BÁSICOS EM
OXIGENIOTERAPIA
� Consiste na administração de oxigênio em concentraçãosuperior à atmosférica (21%);
� Ar atmosférico: O2 ~ 21%, N ~ 78%, 1% outros gases;
� SatO2: refere ao percentual de hemoglobina ligada a O2;
Po2: refere-se a pressão de O2 dissolvido no plasma;� Po2: refere-se a pressão de O2 dissolvido no plasma;
Sato2 → gasometria arterial
Spo2 → medida não-invasiva
CONCEITOS BÁSICOS EM
OXIGENIOTERAPIA
SatO2 Po2
CONCEITOS BÁSICOS EM
OXIGENIOTERAPIA
Pco2 normalmente baixa devido hiperventilação
CONCEITOS BÁSICOS EM
OXIGENIOTERAPIA
Ponto de corte Pco2 ~ 50% Fio2 x shunt
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
� Incapacidade de manter adequados niveis de Po2 e Pco2 sanguíneos;
� Aguda;
� Crônica / crônica agudizada;
Pontos de corte: � Pontos de corte:
� Po2: 50 mmHg;
� Pco2: 50 mmHg.
INDICAÇÃO PRINCIPAL
Correção de hipoxemia tecidual
Curto prazo→ Iresp aguda;
Longo prazo→ Iresp crônica (OPD)*;
OXIGENIOTERAPIA DE LONGO PRAZO
Avaliação da situação de uso→ varia conforme a doençade base e forma de descompensação.
Uso para dormir (apnéia do sono, DPOC)Uso para dormir (apnéia do sono, DPOC)
Uso no esforço físico (DPOC, firose pulmonar)
Uso contínuo (asma, CA pulmão)
INDICAÇÃO SECUNDÁRIA
� Indução anestésica - preventiva;
� Instituição de ventilação mecânica.
TIPOS DE SUPLEMENTAÇÃO
TIPOS DE SUPLEMENTAÇÃO
TIPOS DE SUPLEMENTAÇÃO
TIPOS DE SUPLEMENTAÇÃO
FLUXO DE O2 E FIO2
Fluxo de O2 (lpm) Fio2 aproximada (%)
1 25
2 29
3 33
4 37
5 41
6 45
TIPOS DE SUPLEMENTAÇÃO
TIPOS DE SUPLEMENTAÇÃO
Mascara com reinalaçãoparcial
Fluxo de O2 de5 a 10 lpm
Fio2 ~ 40 a 60%
TIPOS DE SUPLEMENTAÇÃO
Sem reinalação
40 a 100%
TIPOS DE SUPLEMENTAÇÃO
TIPOS DE SUPLEMENTAÇÃO
TIPOS DE SUPLEMENTAÇÃO
TIPOS DE SUPLEMENTAÇÃO
AVALIAÇÃO E MANUTENÇÃO
Necessidades baseadas em:
� Gasometria arterial;
� Oximetria*;
� Cianose (peri-oral, extremidades);
� Sinais de Iresp (↑ FR, ↑ FC, disfunção de mecânica resp).
OXIMETRIA
DESMAME OTIMIZADO*
Máscara Cateter ↓ Fluxo
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
� Asma / DPOC;
� IAM;
� ICC;
� Pediatria;
� Geriatria;
� Fio2 em ventilação mecânica.
ASMA / DPOC – DESCOMPENSAÇÃO AGUDA
Investigar grau de DPOC / asma
Crônico agudizado: considerar hipercapnia crônicaCrônico agudizado: considerar hipercapnia crônica
Iniciar cfme necessidade→ avaliação em curtos períodos
Considerar sempre uso de VNI
HIPERCAPNIA CRÔNICA
ASMA / DPOCDESCOMPENSAÇÃO CRÔNICA - OPD
“Se oxigenoterapia prolongada domiciliar (OPD) manter
PaO2 em repouso para no mínimo 8,0 kPa (60 mm Hg),
SPo2 de no mínimo 90%, que vai preservar função dos
órgãos vitais garantindo transporte de oxigênio
adequado.”adequado.”
� Recomenda-se fluxo de 1a 3 lpm
IAM
� Suplementação nas 6 horas iniciais à instituição do tratamento;
� Objetiva elevevação da Po2 sanguínea→ possívelcompensação de hipofluxo coronariano;
� Início com cateter – ajuste cfme necessidade;� Início com cateter – ajuste cfme necessidade;
� Manutenção se hipoxemia em AA.
ICC
� Rara utilização;
� Geralmente classes funcionais III e IV;
� Possível utilização para atividade física;
� Possível tratamento de apnéia do sono central.
PEDIATRIA
� Geralmente utilizado em situações agudas e por curtoprazo;
� Casos comuns: asma, bronquiolite;
� Associado a inaloterapia;
Iniciado cfme necessidade e tolerância (cateter/tenda);� Iniciado cfme necessidade e tolerância (cateter/tenda);
� Cateter pode evitar excesso de O2;
� Casos crônicos agudizados ou uso domiciliar: fibrosecística.
GERIATRIA
� Maior variedade de casos agudos e crônicos (DPOC, IAM, ICC);
� Avaliar Po2 esperada para idade:
Idade Po2 esperada
60 72-84
70 70-81
80 67-79
FIO2 EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
� É sempre instituida no uso de VM;
� Controle gasométrico e ajuste com PEEP e Fio2;
� Ação toxica→ Fio2 > 60% por 48 hs;
Fio2(%)
30 40 40 50 50 60 70 70 70 80 90 90 90 100
PEEP 5 5 8 8 10 10 10 12 14 14 14 16 18 2024
ABUSO DE O2 - CONSEQUÊNCIAS
Liberação de radiais livres (peróxido de hidrogênio e hidroxil):
� Reação inflamatória;
� Danifica membranas celulares;
Desnatura proteínas;� Desnatura proteínas;
� Lesa DNA celular.
→ Usar enzimas e vitaminas anti-oxidantes.
ABUSO DE O2 - CONSEQUÊNCIAS
� Traqueobronquite;
� Diminuição do estímulo resp→ redução da CV e atelectasia por reabsorção;
� Ressecamento de mucosa;
↓ atividade mucociliar;� ↓ atividade mucociliar;
� ↓ complacência pulmonar;
� ↓ surfactante;
� Edema alveolar (↑ permeabiliade);
� SARA.
CONSUMO E CUSTOS
Cálculo 1:
� Máscara de venturi, Fio2 de 50%, consumo de 15
� Cálculo 2:
� Cateter de O2, Fio2 de 33%, consumo de 3 lpm,
A intenção do uso racional de O2 consiste em evitar o abuso e reações adversas, além de evitar o desperdício;
de 50%, consumo de 15 lpm, por 24 hs;
� Consumo de 21.600 L;
� Custo (aleatório) do M³: R$ 2,00;
� R$ 43,20.
33%, consumo de 3 lpm, por 24 hs;
� Consumo de 4.320 L;
� Custo (aleatório) do M³: R$ 2,00;
� R$ 8,64.
R$ 34,56/dia/pcte
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