Juventude: uma categoria em construção
rmj
transitoriedadeUma das mais arraigadas é a juventude vista
na sua condição de transitoriedade, onde o jovem é um “vir a ser”, tendo, no futuro, na passagem para a vida adulta, o sentido das suas ações no presente. Sob essa ótica, há uma tendência de encarar a juventude na sua negatividade, o que ainda não chegou a ser, negando o presente vivido.
juventude vista como problemaEssa imagem convive com outra: a juventude
vista como problema, ganhando visibilidade quando associada ao crescimento alarmante dos índices de violência, ao consumo e tráfico de drogas ou mesmo à expansão da AIDS e da gravidez precoce, entre outros.
jovem de uma maneira reducionista em situação de risco
Tal postura inibe o investimento em ações baseadas na perspectiva dos direitos e que desencadeiam políticas e práticas que focalizam a juventude nas suas potencialidades e possibilidades.
caráter universal transformações do indivíduo numa
determinada faixa etária, nas quais completa seu desenvolvimento físico e enfrenta mudanças psicológicas. Ao mesmo tempo, a forma como cada sociedade, e no seu interior cada grupo social, vai lidar e representar esse momento é muito variada. Essa diversidade se concretiza nas condições sociais (classes sociais), culturais (etnias, identidades religiosas, valores), de gênero, e até mesmo geográfica, dentre outros aspectos.
Trabalho
O percentual de desemprego para jovens passou de 21,8% para 15,2% entre 2007 e 2011. Segundo o último relatório Tendências Mundiais de Emprego 2014 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) atualmente no Brasil, 18,4% das pessoas até 29 anos não trabalham ou estudam.
O grande protagonista dessa leva de geração de empregos foi o setor de serviços, modalidade responsável por ofertar trabalhos vinculados a atividades de terceirização, empregos temporários, marcados pela precarização, com baixa remuneração, ausência de renda fixa, insegurança e com direitos trabalhistas reduzidos.
Educação
No ensino superior, o número de jovens dobrou em 10 anos. Passou de 6,9% em 1998 para 13,9% em 2008, segundo dados do IBGE.
No entanto, esse crescimento esteve mais vinculado ao incentivo à iniciativa privada do que ao investimento para ampliar o acesso à universidade pública e de qualidade. Grande parte dos jovens atendidos por essas políticas foi absorvida pelo Prouni, que concede bolsas integrais ou parciais para jovens de baixa renda em universidades particulares.
Educação
O mesmo estudo mostra que a população brasileira na faixa etária de 15 a 17 anos corresponde a 10,4 milhões, sendo que 8,4 milhões deles freqüentam o ensino médio. O que significa que os 2 milhões de adolescentes restante estão fora da escola ou cursando etapas anteriores de ensino. Segundo o IBGE, a maioria deles está mesmo sem estudar, cerca de 1,7 milhões.
Gráfico escolaridade Brasil.
Violência
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