ISSN 2359-6708
AVALIA REME2014
AVALIAÇÃO EXTERNA DE DESEMPENHO DOS ALUNOS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE CAMPO GRANDE
REVISTA PEDAGÓGICAProdução de Texto8º ano do Ensino Fundamental
GILMAR ANTUNES OLARTEPREFEITO
WILSON DO PRADOSECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
MARCIA REGINA TEIXEIRA MORTARI VÉGASSUPERINTENDENTE DA SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA
LUIZ CARLOS TRAMUJAS DE AZEVEDOCOORDENADOR DA COORDENADORIA DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃOCHEFE DA DIVISÃO DE AVALIAÇÃO
EQUIPE DE AVALIAÇÃOCLAUDIA LÚCIA MENDESGLAUCE SOARES CASIMIROINEZ NAZIRA ABRAHÃO BARBOSAKLEBER RAMOS GONÇALVESMARCILENE NASCIMENTO DE FARIASMÔNICA APARECIDA FUZETTO PASCHOALVÂNIA LÚCIA RUAS CHELOTTI DE MORAESVICENTINA DOS SANTOS VASQUES
APOIO TÉCNICORAPHAELLA GONZAGA DIAS
CAMPO GRANDE/MS2015
CarosEDUCADORES,
A Avaliação Externa de Desempenho dos Alunos da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande – AVALIA REME, em sua edição de 2014, busca oferecer, às equipes gestoras e pedagógicas, informações acerca do desempenho dos estudantes da rede.
Apresentamos, nesta coleção, os resultados das avaliações aplicadas pelo AVALIA REME em 2014, com o intuito de contribuir para as discussões acerca das políticas implementadas na rede de ensino. Esses resultados constituem ferramentas fundamentais para subsidiar a rede e as escolas no desenvolvimento de ações que possam aperfeiçoar, substantivamente, a qualidade da educação oferecida às crianças e aos jovens do município. De posse desses dados, os gestores, junto às equipes pedagógicas, podem refletir sobre os projetos político-pedagógicos e as estratégias de ensino das escolas, com vistas à melhoria do desempenho dos estudantes.
A coleção AVALIA REME 2014 está organizada de forma a orientar a análise, a interpretação e a apropriação dos resultados de todas as avaliações aplicadas nesse ano:
» A Revista do Sistema de Avaliação, direcionada aos gestores da Rede Municipal de
Ensino e das Regiões, apresenta os resultados gerais da avaliação, discriminados por
Região.
» A Revista da Gestão Escolar informa os resultados gerais da escola obtidos pelos
estudantes do 4º e 8º anos do Ensino Fundamental em Língua Portuguesa, Produção
de Texto e Matemática.
» As Revistas Pedagógicas, por sua vez, apresentam informações específi cas, por dis-
ciplina e etapa de escolaridade, referentes às avaliações aplicadas no AVALIA REME.
A análise criteriosa dos resultados dessas avaliações, verificando-se as competências e habilidades desenvolvidas pelos estudantes e aquelas que ainda estão em processo de desenvolvimento, é essencial para que os dados aqui fornecidos se transformem em ações efetivas. O objetivo é, acima de tudo, a melhoria do processo educacional do município.
Contamos com a participação de todos nesse processo!
SEMED – Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande
SUMÁRIO
9 1. A IMPORTÂNCIA DA
PRODUÇÃO DE TEXTOS NA AVALIAÇÃO EM
LARGA ESCALA
11 2. A PRODUÇÃO DE
TEXTO
13 4. A PROPOSTA DE
PRODUÇÃO TEXTUAL DE 2014
14 5. A AVALIAÇÃO DAS
PRODUÇÕES TEXTUAIS DOS ESTUDANTES
21 5. COMPREENDENDO
OS RESULTADOS
29 6 OS RESULTADOS
DESTA ESCOLA
1A IMPORTÂNCIA DA PRODUÇÃO DE TEXTOS NA
AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA
O Brasil, a partir da década de 1990, passa a contar com avaliações nacionais que permitem acompanhar a qua-lidade da educação brasileira. Atualmente, a avaliação educacional em larga escala já está consolidada no país, tendo, inclusive, expandido-se em âmbito nacional, estadual e em diversas redes municipais.
No caso da Língua Portuguesa, o foco da avaliação em larga escala tem sido a competência leitora, mas, diante do quadro social e educacional que se apresenta atual-mente, é fundamental considerar a importância da pro-dução textual tanto no universo escolar quanto fora dele.
A interação que ocorre no relacionamento social de-sempenha um papel fundamental na construção do ser humano, por meio da relação interpessoal concreta com outros homens, e é pela linguagem que o sujeito utiliza signos para auxiliar a tradução de ideias, senti-mentos, vontades, pensamentos, emoções, abstenções e até conceitos.
Contudo, diferencia-se o conhecimento construído na experiência pessoal e o que se desenvolve no processo escolar, sendo instituído como um conhecimento cientí-fico, sistematizado, nas interações escolarizadas. Entre-tanto, esses dois processos estão na realidade ligados, sendo que o segundo complementa o primeiro, pois o escritor, no momento da sua produção, elabora e desen-volve considerando os conhecimentos que já possui.
É constante a presença e o uso da língua escrita no am-biente escolar; dessa forma, é comum qualificar a escola como representante da cultura letrada. Por outro lado, a pesquisa social revela a variedade histórica e social nas práticas que envolvem leitura e escrita. Desse modo, a escrita faz parte da sociedade não de forma abstrata, mas relacionada a situações de interação social que lhe dão sentido.
Diante desse cenário, a avaliação em Língua Portugue-sa do Avalia Reme tem o objetivo diagnóstico de aferir as capacidades e habilidades em leitura e escrita que os estudantes da rede pública municipal desenvolve-ram ao longo de seu processo de escolarização até a conclusão do 8º ano do Ensino Fundamental.
Assim, de maneira diferente e ao mesmo tempo com-plementar ao teste em que responde a itens de múltipla escolha, na produção de texto o estudante assume a autoria de um texto. Avaliam-se, portanto, conjuntamen-te, as competências de leitura e de escrita.
As habilidades de leitura são verificadas também na es-crita, pois escrever um texto pressupõe, primeiro, com-preender a proposta apresentada, para depois se pas-sar à elaboração de uma outra escrita que é a produção textual do estudante.
Quando o estudante aprende a produzir textos, perce-be-se que ele chegou, realmente, a uma conscientiza-ção de como funciona a língua e dos recursos que de-verão ser colocados em jogo para a produção do texto.
Portanto, a inclusão da produção de texto na avaliação em larga escala deve-se à possibilidade de realizar um diagnóstico mais preciso do domínio linguístico e tex-tual do sujeito-estudante, em situação formal de produ-ção de textos escritos.
Sendo assim, os resultados obtidos por meio da avalia-ção podem ser o ponto de partida para a transposição dos obstáculos envolvidos no processo de desenvolvi-mento de uma escrita coerente e coesa. Além disso, é essencial que, a partir da análise dos resultados, sejam oferecidas aos estudantes as ferramentas que os auxi-liem nessa tarefa e permitam que eles se descubram ca-pazes de atingir o nível de letramento satisfatório para sua faixa etária, como parte do processo de desenvolvi-mento da competência escritora.
AVALIA REME 2014 10 REVISTA PEDAGóGICA
A PRODUÇÃO DE TEXTO NO AVALIA REME 2014
2
Acompanhando a tendência nacional de a avaliação em larga escala contemplar, a produção de textos, além da competência leitora, o Avalia Reme avaliou a comunicação escrita formal, aferindo o desempenho em produção de texto dos estudantes concluintes do 8º ano do Ensino Fundamental.
Solicitou-se aos estudantes a elaboração de um texto narrativo em prosa ficcional ou relato. A escolha por uma produção textual por tipologia conferiu aos estudantes liberdade para de-finirem as propriedades sociocomunicativas necessárias para a transmissão da mensagem pretendida por cada um.
Narrar é contar uma história, que pode ser real ou fictícia, envolvendo personagens que inte-ragem entre si gerando acontecimentos, que ocorrem em um determinado lugar e em uma determinada época. Assim, a narração se caracteriza por ser uma modalidade dinâmica de redação, na qual predominam os verbos de ação, ao contrário da descrição, por exemplo, onde predominam verbos de estado (ser, estar...).
O texto narrativo tem como elementos principais narrador, enredo, personagens, espaço e tempo, que definem sua estrutura básica que é composta pela apresentação dos fatos, com-plicação ou desenvolvimento (conflito gerador), o clímax e o desfecho.
O Avalia Reme, assim como as avaliações em nível nacional e em nível estadual, quer ir além da observação das estruturas de funcionamento da língua escrita. Ele pretende avaliar se os estudantes conseguem estabelecer comunicação por meio do código escrito.
Os aspectos avaliados relacionam-se às competências que ele precisa desenvolver durante a etapa de escolaridade, as quais foram apresentadas na Matriz de Correção por Competên-cia de Produção de Texto.
AVALIA REME 2014 12 REVISTA PEDAGóGICA
O teste de Produção de Texto do Avalia Reme teve como mote uma proposta de produção textual específica, constituída por uma situação de produção que delimita o tema e o objetivo que se espera do texto elaborado pelo estudante.
A PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL DE 2014
3
A avaliação dos textos tem início antes mesmo da análise a partir das competên-cias e respectivos níveis indicados na Matriz de Correção por Competência de Produção de Texto. Essa avaliação ocorre pela classificação dos textos a partir de critérios indicados como SITUAÇÂO DE CORREÇÃO.
A análise da SITUAÇÃO DE CORREÇÃO constitui-se como uma primeira leitura da redação produzida pelo estudante. Excetuando-se a situação NORMAL, na qual o texto está apto para ser avaliado no que tange às competências, a sina-lização de todas as demais situações fez com que os textos assim sinalizados recebessem a nota 0 (zero). Essas situações são:
A AVALIAÇÃO DAS PRODUÇÕES TEXTUAIS DOS ESTUDANTES
4
BRANCO
Esse conceito foi atribuído quando o estudante entregou a Folha de Produção de texto em branco, seja por desco-nhecimento dos mecanismos da escrita ou como forma de protesto, abstendo-se de realizar essa etapa do teste.
PRODUÇÃO DE TEXTO - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 15 AVALIA REME 2014
INSUFICIENTE1
Atribuiu-se esse critério quando o estudante escreveu um texto com até 5 (cinco) linhas. Assim, só foram conside-rados para correção, efetivamente, os textos com 6 (seis) linhas escritas ou mais, desconsiderando-se a introdução fornecida pela proposta de produção textual. Havendo o título, ele também foi contado como linha escrita.
FUGA AO TEMA
Quando o estudante não abordou de modo algum o tema proposto, o texto foi classificado como FUGA AO TEMA.
1 Quando esse conceito for apresentado no resultado individual ele estará referindo-s apenas aos textos que não possuem o número mínimo de linhas para correção, que podem ser compreendidos como TEXTO INSUFICIENTE. Não confundir com as produções que se alocam no segundo nível de desempenho, uma vez que elas possuem o número de linhas necessário para correção e receberam uma nota final entre 0,1 e 2,0 pts. por questões relacionadas às competências avaliadas.
AVALIA REME 2014 16 REVISTA PEDAGóGICA
FUGA À TIPOLOGIA
O conceito FUGA À TIPOLOGIA foi atribuído ao texto que não atende à estrutura narrativa em nenhuma de suas sequências.
PRODUÇÃO DE TEXTO - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 17 AVALIA REME 2014
CÓPIA
Esse conceito foi atribuído ao texto que apresentou apenas trechos transcritos da proposta de produção textual, sem o número mínimo de linhas autorais, 6 (seis).
ANULADO
Esse conceito foi empregado quando o estudante fez uso de palavras de baixo calão, rasurou e/ou desenhou no Cartão de Produção de Texto, com a intenção de anular seu teste de produção escrita.
AVALIA REME 2014 18 REVISTA PEDAGóGICA
ESCRITA ILEGÍVEL
Foi considerada ESCRITA ILEGÍVEL toda produção cuja escrita do estudante não estava totalmente legível ou se ele redi-giu um texto em outro idioma que não o Português.
A Matriz de Correção por Competências de Produção de Texto
Assim como ocorre para a implementação da avaliação das habilidades de leitura, também para avaliação da com-petência escritora é fundamental a elaboração de uma Matriz.
No caso específico da avaliação de Produção de Texto do Avalia Reme, a Matriz de Competências apresenta o objeto da avaliação e é constituída de quatro competências básicas: Registro, Coerência Temática, Tipologia Textual e Coe-são.
» Na competência 1, Registro, avalia-se o domínio de um conjunto de regras de utilização da língua, do ponto de vista
morfológico, sintático e semântico.
» Na competência 2, Coerência Temática, avalia-se a adequada compreensão da proposta de produção de texto, seu
desenvolvimento associado a conhecimentos de diversas áreas do conhecimento para desenvolver o tema.
» Na competência 3, Tipologia Textual, avalia-se os conhecimentos relativos aos elementos organizacionais do texto
narrativo.
» Na competência 4, Coesão, avalia-se a utilização de elementos conectores e referentes de forma a construir um texto
com ideias entrelaçadas e conectadas.
A seguir apresentamos a Matriz de Correção por Competência de Produção de Texto do Avalia Reme.
PRODUÇÃO DE TEXTO - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 19 AVALIA REME 2014
PRO
DU
ÇÃ
O D
E TE
XTO
- M
ATR
IZ D
E C
OR
REÇ
ÃO
PO
R C
OM
PETÊ
NC
IAS
8º A
NO
DO
EN
SIN
O F
UN
DA
MEN
TAL
Nív
elC
OM
PET
ÊNC
IAS
REG
ISTR
OC
OER
ÊNC
IA T
EMÁT
ICA
TIPO
LOG
IA T
EXTU
AL
CO
ESÃ
ONível 0(0 pts.)
O a
luno
esc
reve
de
form
a al
fabé
tica,
ou
seja
, ain
da
não
cons
olid
ou o
s pr
incí
pios
da
orto
grafi
a da
Lín
gua
Port
ugue
sa n
a va
rieda
de b
rasi
leira
. Ess
e al
uno
aind
a nã
o co
nsol
idou
as
regr
as d
e re
gênc
ia e
de
conc
ordâ
ncia
s no
min
al e
ver
bal.
O e
stud
ante
lim
ita-s
e a
apre
sent
ar u
ma
lista
de
açõe
s e/
ou e
xpre
ssõe
s de
scon
exas
ac
erca
do
tem
a.
O e
stud
ante
pro
duz
uma
lista
de
açõe
s ou
des
criç
ões
das
pers
onag
ens
que
não
cont
ribui
par
a a
prog
ress
ão d
a na
rrat
iva.
O a
luno
apr
esen
ta in
form
açõe
s de
scon
exas
, sem
ar
ticul
ação
. Ger
alm
ente
, em
preg
a fra
ses
solta
s.
Nível I (2 pts.)
O a
luno
dem
onst
ra d
omín
io in
sufic
ient
e da
nor
ma
padr
ão, a
pres
enta
ndo
grav
es e
freq
uent
es d
esvi
os
gram
atic
ais
e de
con
venç
ões
da e
scrit
a, a
lém
de
pres
ença
exc
essi
va d
e gí
rias
e m
arca
s de
ora
lidad
e. O
al
uno
que
real
izar
mui
tos
desv
ios
grav
es o
u gr
avís
sim
os
de fo
rma
sist
emát
ica,
aco
mpa
nhad
os d
e de
sest
rutu
raçã
o si
ntát
ica
em e
xces
so, r
eceb
erá
essa
pon
tuaç
ão.
O e
stud
ante
des
envo
lve
de
form
a ta
ngen
cial
(sup
erfic
ial)
o te
ma.
Os
fato
s na
rrad
os a
pres
enta
m-s
e de
fo
rma
desa
rtic
ulad
a, c
ompr
omet
endo
a
prog
ress
ão te
mát
ica.
O a
luno
art
icul
a as
par
tes
do te
xto
de fo
rma
prec
ária
e/o
u in
adeq
uada
, apr
esen
tand
o gr
aves
e fr
eque
ntes
des
vios
de
coe
são
text
ual.
Na
prod
ução
text
ual e
nqua
drad
a ne
ste
níve
l, há
sér
ios
prob
lem
as n
a ar
ticul
ação
das
idei
as
e na
util
izaç
ão d
e re
curs
os c
oesi
vos,
tais
com
o: fr
ases
fra
gmen
tada
s; p
erío
dos
mui
to lo
ngos
sem
o e
mpr
ego
dos
cone
ctor
es a
dequ
ados
; rep
etiç
ão d
esne
cess
ária
de
pala
vras
; não
util
izaç
ão d
e el
emen
tos
que
se re
firam
a
term
os q
ue a
pare
cera
m a
nter
iorm
ente
no
text
o.
Nível II (4 pts.)
O a
luno
dem
onst
ra d
omín
io b
ásic
o da
nor
ma
padr
ão,
apre
sent
ando
vár
ios
desv
ios
gram
atic
ais
e de
co
nven
ções
da
escr
ita g
rave
s ou
gra
víss
imos
, alé
m d
e pr
esen
ça d
e m
arca
s de
ora
lidad
e, m
as N
ÃO
apr
esen
ta
dese
stru
tura
ção
sint
átic
a em
exc
esso
.
O e
stud
ante
abo
rda
o te
ma
de
mod
o in
sufic
ient
e, u
tiliz
ando
-se
apen
as d
as id
eias
dos
text
os
mot
ivad
ores
.
O te
xto
apre
sent
a pe
rson
agem
(ns)
ex
ecut
ando
açã
o, p
oden
do s
er n
arra
dor
ou o
bser
vado
r. Po
de o
u nã
o ap
rese
ntar
os
elem
ento
s se
guin
tes
ou a
pres
entá
-los
sem
pl
ausi
bilid
ade:
seq
uenc
iaçã
o de
fato
s e/
ou
de m
anut
ençã
o do
tem
a; lu
gar e
m q
ue a
na
rrat
iva
ocor
re; m
omen
to (t
empo
) em
que
a
narr
ativ
a oc
orre
; fina
lizaç
ão.
O a
luno
art
icul
a as
par
tes
do te
xto,
por
ém c
om m
uita
s in
adeq
uaçõ
es n
a ut
iliza
ção
dos
recu
rsos
coe
sivo
s qu
e po
dem
com
prom
eter
a e
stru
tura
lógi
co-s
intá
tica
do te
xto.
Nível III (6 pts.)
O a
luno
dem
onst
ra d
omín
io in
term
ediá
rio d
a no
rma
padr
ão, o
u se
ja, p
róxi
mo
do a
dequ
ado
para
ess
a et
apa
de e
scol
arid
ade,
apr
esen
tand
o al
guns
des
vios
gr
amat
icai
s gr
aves
e d
e co
nven
ções
da
escr
ita, o
u m
uito
s de
svio
s le
ves.
Des
vios
mai
s gr
aves
, com
o a
ausê
ncia
de
conc
ordâ
ncia
ver
bal o
u no
min
al,
não
impe
dem
que
a p
rodu
ção
text
ual r
eceb
a es
sa
pont
uaçã
o, d
esde
que
não
con
figur
em fa
lta d
e do
mín
io
abso
luto
do
padr
ão d
a lin
guag
em e
scrit
a fo
rmal
.
O e
stud
ante
des
envo
lve
de
form
a ra
zoáv
el o
tem
a a
part
ir da
apr
esen
taçã
o de
fato
s /
even
tos
/ aco
ntec
imen
tos
/ cen
as
prev
isív
eis
sem
, con
tudo
, det
alha
r es
ses
elem
ento
s.
O te
xto
apre
sent
a pe
rson
agem
(ns)
ex
ecut
ando
açã
o –
o a
utor
do
text
o ou
pe
rson
agem
(ns)
cria
da(s
); se
quên
cia
de
fato
s; M
AS
ausê
ncia
ou
não
plau
sibi
lidad
e de
DO
IS d
os e
lem
ento
s se
guin
tes:
luga
r em
que
a n
arra
tiva
ocor
re; m
omen
to
(tem
po) e
m q
ue a
nar
rativ
a oc
orre
; m
anut
ençã
o do
tem
a; fi
naliz
ação
.
O a
luno
art
icul
a as
par
tes
do te
xto,
por
ém c
om a
lgum
as
inad
equa
ções
na
utili
zaçã
o do
s re
curs
os c
oesi
vos.
A
prod
ução
text
ual e
nqua
drad
a ne
ste
níve
l pod
erá
cont
er
even
tuai
s de
svio
s qu
e nã
o co
mpr
omet
am a
est
rutu
ra
lógi
co-s
intá
tica
do te
xto.
Est
a po
ntua
ção
deve
ser
at
ribuí
da a
o al
uno
que
dem
onst
rar d
omín
io in
term
ediá
rio
dos
recu
rsos
coe
sivo
s.
Nível IV (8 pts.)
O a
luno
dem
onst
ra d
omín
io a
dequ
ado
da n
orm
a pa
drão
, ap
rese
ntan
do p
ouco
s de
svio
s gr
amat
icai
s le
ves
ou
pouq
uíss
imos
des
vios
gra
ves
e de
con
venç
ões
da
escr
ita, o
u se
ja, o
mes
mo
desv
io n
ão o
corr
e em
vár
ias
part
es d
o te
xto,
o q
ue re
vela
que
as
exig
ênci
as d
a no
rma
padr
ão fo
ram
inco
rpor
adas
aos
seu
s há
bito
s lin
guís
ticos
e o
s de
svio
s fo
ram
eve
ntua
is.
Des
vios
m
ais
grav
es, c
omo
a au
sênc
ia d
e co
ncor
dânc
ia v
erba
l ou
nom
inal
, não
impe
dem
que
a p
rodu
ção
text
ual
rece
ba e
ssa
pont
uaçã
o, d
esde
que
não
se
repi
tam
re
gula
rmen
te n
o te
xto.
O e
stud
ante
des
envo
lve
bem
o
tem
a ap
rese
ntan
do o
s fa
tos
de fo
rma
cont
ínua
, ate
nden
do à
pr
opos
ta d
e pr
oduç
ão te
xtua
l de
mod
o ad
equa
do.
O te
xto
apre
sent
a pe
rson
agem
(ns)
ex
ecut
ando
açã
o –
o a
utor
do
text
o ou
pe
rson
agem
(ns)
cria
da(s
); se
quên
cia
de
fato
s; M
AS
ausê
ncia
ou
não
plau
sibi
lidad
e de
UM
dos
ele
men
tos
segu
inte
s: lu
gar e
m
que
a na
rrat
iva
ocor
re; m
omen
to (t
empo
) em
que
a n
arra
tiva
ocor
re; m
anut
ençã
o do
te
ma;
fina
lizaç
ão.
O a
luno
art
icul
a as
par
tes
do te
xto,
com
pou
cas
inad
equa
ções
na
utili
zaçã
o de
recu
rsos
coe
sivo
s. A
pr
oduç
ão te
xtua
l enq
uadr
ada
nest
e ní
vel n
ão p
oder
á co
nter
des
vios
que
com
prom
etam
a e
stru
tura
lógi
co-
sint
átic
a do
text
o. P
oder
á, n
o en
tant
o, c
onte
r alg
uns
desv
ios
de m
enor
gra
vida
de, d
esde
que
o a
luno
de
mon
stre
dom
ínio
dos
recu
rsos
coe
sivo
s.
Nível V (10 pts.)
O a
luno
dem
onst
ra e
xcel
ente
dom
ínio
da
norm
a pa
drão
, nã
o ap
rese
ntan
do o
u ap
rese
ntan
do p
ouqu
íssi
mos
de
svio
s gr
amat
icai
s le
ves
e de
con
venç
ões
da e
scrit
a,
ou s
eja,
o m
esm
o de
svio
não
oco
rre
em v
ária
s pa
rtes
do
text
o, o
que
reve
la q
ue a
s ex
igên
cias
da
norm
a pa
drão
fo
ram
inco
rpor
adas
aos
seu
s há
bito
s lin
guís
ticos
e o
s de
svio
s fo
ram
eve
ntua
is.
O e
stud
ante
des
envo
lve
mui
to b
em o
tem
a a
parti
r de
uma
narr
ação
con
sist
ente
, ap
rese
ntan
do o
s fa
tos
de fo
rma
cont
ínua
, ate
nden
do à
pro
post
a de
pr
oduç
ão te
xtua
l de
mod
o pl
eno.
O te
xto
apre
sent
a pe
rson
agem
(ns)
ex
ecut
ando
açã
o –
o a
utor
do
text
o ou
per
sona
gem
(ns)
cria
da(s
), m
as c
om
plau
sibi
lidad
e de
todo
s se
us e
lem
ento
s se
quên
cia
de fa
tos;
luga
r em
que
a
narr
ativ
a oc
orre
; mom
ento
(tem
po) e
m q
ue
a na
rrat
iva
ocor
re; m
anut
ençã
o do
tem
a;
final
izaç
ão p
laus
ível
.
O a
luno
art
icul
a as
par
tes
do te
xto,
sem
inad
equa
ções
na
utili
zaçã
o do
s re
curs
os c
oesi
vos.
Pod
erá,
por
ém, c
onte
r ev
entu
ais
desv
ios
de m
enor
gra
vida
de. E
ntre
tant
o, o
m
esm
o er
ro n
ão p
oder
á se
repe
tir, u
ma
vez
que
essa
po
ntua
ção
deve
ser
atr
ibuí
da a
o al
uno
que
dem
onst
rar
plen
o do
mín
io d
os re
curs
os c
oesi
vos.
AVALIA REME 2014 20 REVISTA PEDAGóGICA
COMPREENDENDO OS RESULTADOS
5
Os níveis de escrita e o perfil de escritor compreendido por eles
Os níveis de desempenho e suas denominações qualificam o perfil de escritor enquadrado em cada um. Esses níveis compreendem intervalos específicos de pontuação, sendo que, no ato da correção, a nota atribuída à compe-tência é o valor máximo do nível que, após o cálculo da média final, pode apresentar variações dentro do nível ou transferir a pontuação do estudante na competência para outra classificação.
A partir da nota final obtida pelo estudante, define-se o seu perfil de escritor de acordo com a descrição do nível no qual sua nota está alocada.
INADEQUADO INSUFICIENTE REGULAR INTERMEDIÁRIO BOM EXCELENTE 0,0 0,1 2,0 2,1 4,0 4,1 6,0 6,1 8,0 8,1 10,0
Compreendendo cada Nível de Desempenho individualmente
INADEQUADO INSUFICIENTE REGULAR INTERMEDIÁRIO BOM EXCELENTE 0,0 0,1 2,0 2,1 4,0 4,1 6,0 6,1 8,0 8,1 10,0
Após oito anos de escolarização, o estudante que se encontra alocado nesse nível ainda apresenta um desempe-nho linguístico primário, demonstrando desconhecimento da norma padrão, de escolha de registro e/ou de con-venções da escrita, por isso sua escrita é ininteligível, mas ainda assim é possível compreender algumas palavras acerca do tema. Quando elabora tópicos frasais, os fazem de forma nominal ou com verbos empregados de forma inapropriada. Consequentemente, seu texto não apresenta articulação entre as partes e desenvolve uma narrativa ou relato incoerente, limitando-se geralmente a listar informações e/ou ações.
AVALIA REME 2014 22 REVISTA PEDAGóGICA
INADEQUADO INSUFICIENTE REGULAR INTERMEDIÁRIO BOM EXCELENTE 0,0 0,1 2,0 2,1 4,0 4,1 6,0 6,1 8,0 8,1 10,0
O estudante com uma escrita INSUFICIENTE para essa etapa de escolaridade apresenta graves desvios de registro como frases truncadas ou graves problemas de pontuação ou não utilização dos sinais de pontuação, dificuldade para relacionar grafemas e fonemas, regras básicas de concordância e regência nominal e verbal e emprego re-corrente de marcas de oralidade. A coerência e a coesão de seu texto são dadas de forma precária e o tema é tangenciado por meio de um texto que omite diversos elementos da tipologia textual avaliada.
É possível perceber que esse estudante teve dificuldades para estruturar um texto narrativo que atendesse à pro-posta da tarefa, pois produziu uma escrita fragmentada, contendo frases que não se conectam. Dessa forma, o estudante tangencia o tema e seu texto não progride como estrutura narrativa. Nesse caso, as ideias do estudante apresentam-se de forma desarticulada, comprometendo a progressão temática.
Nota-se que o autor do texto sentiu necessidade de usar conectores para aglutinar suas ideias, mas acabou elegen-do apenas um, a conjunção aditiva “e”, repetindo-a inúmeras vezes no texto.
Esse tipo de texto é comum em grupos de estudantes que se encontram em fase inicial de apropriação dos mecanis-mos linguísticos e contextuais de produção textual, pois apresenta uma linguagem bem elementar para essa etapa.
Em relação ao registro, o estudante demonstra domínio insuficiente da norma padrão, apresentando graves e fre-quentes desvios gramaticais e de convenções da escrita, além de presença de linguagem tipicamente coloquial (“bem de vida” – linha 10). Além disso, o estudante utilizou a pontuação de modo inadequado.
PRODUÇÃO DE TEXTO - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 23 AVALIA REME 2014
INADEQUADO INSUFICIENTE REGULAR INTERMEDIÁRIO BOM EXCELENTE 0,0 0,1 2,0 2,1 4,0 4,1 6,0 6,1 8,0 8,1 10,0
O estudante que se encontra no nível REGULAR ainda elabora um texto com muitos desvios gramaticais, de escolha de registro e/ou de convenções da escrita, deixando o texto em parte ininteligível. Além disso, os fatos narrados e/ou relatados não se articulam de forma coesa e coerente, porque seu texto apresenta a supressão de elementos essenciais à tipologia e/ou ao tema.
Ao analisar esse texto, nota-se um hibridismo textual entre o relato e a narrativa. Até o penúltimo parágrafo, tem-se a ideia de que o autor está apenas relatando fatos de sua vida, mas de repente ele insere uma sequência que rompe com o relato, sugerindo que tudo o que foi dito até então fazia parte de um sonho. No entanto, o tipo de sonho pos-to pelo autor relaciona-se ao desejo de ser ou possuir algo e não ao universo do onírico, do fantástico, pendendo para uma tendência ao tangenciamento do tema, o que afetou de forma direta a tipologia textual, uma vez que a sequência dos fatos não se dá de forma linear e o tempo das ações não é delimitado.
O encadeamento textual é realizado sem a presença de muitos elementos, destacando-se as vírgulas, a conjunção “e” e o pronome “que”. No que concerne ao registro, nota-se que esse estudante possui um vocabulário limitado e muito coloquial:
» “tipo a Gisele” - ℓ. 4;
» “era zuada” - ℓ. 9.
AVALIA REME 2014 24 REVISTA PEDAGóGICA
Em várias passagens o leitor terá a sensação de que o autor escreve como fala, principalmente pelo emprego das vírgulas em uma clara tentativa de marcar pausas em seu raciocínio, mas que acabam fragmentando as ideias do estudante, como no terceiro parágrafo. Os desvios ortográficos que se destacam nessa produção textual são:
» ℓ. 1 – “tem” (“têm);
» ℓ. 2 – “bom” (“bons”);
» ℓ. 5 – “autografo” (“autógrafos”);
» ℓ. 18 – “consultorio” (“consultório”);
» ℓ. 21 – “passo” (“passou”).
INADEQUADO INSUFICIENTE REGULAR INTERMEDIÁRIO BOM EXCELENTE 0,0 0,1 2,0 2,1 4,0 4,1 6,0 6,1 8,0 8,1 10,0
O estudante com escrita em nível INTERMEDIÁRIO no 8º ano do Ensino Fundamental compõe uma narrativa ou re-lato com algumas inadequações na utilização dos recursos coesivos, que afetam a continuidade de partes do texto, omitindo elementos essenciais para a construção de um texto coerente que atenda ao tema e à tipologia. Quanto ao Registro, sua escrita ainda transita entre a adequação e a inadequação, o que prejudica o entendimento de partes de seu texto. Os principais desvios são regência, concordância e pontuação.
Sem explicitar quais eram seus sonhos, o autor desse texto demonstrou certa tendência ao tangenciamento do tema, não efetivado porque conseguiu concluí-lo dentro do esperado. O texto limita-se à apresentação das impres-sões do narrador sobre seus sonhos. Por seu caráter expositivo, sem delimitação do espaço da narrativa e manuten-ção coerente do tema, esse texto encontra-se no nível INTERMEDIÁRIO quanto à Tipologia Textual.
Ao observar a escrita desse estudante sob a ótica da competência I (Registro), nota-se que ele ainda apresenta desvios relacionados às convenções da escrita que já deveriam ter sido consolidadas por ele, como a segmentação
PRODUÇÃO DE TEXTO - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 25 AVALIA REME 2014
de palavras, ausente em “denovo” (“de novo” – ℓ. 9) e “oque” (“o que” – ℓ. 13). O plural também foi erroneamente empregado em “frutos” (ℓ. 15), uma vez que o vocábulo concorda com o pronome demonstrativo “isso”, além da presença da oralidade em “pra” (ℓ. 4), forma contraída da preposição “para”.
Os recursos coesivos apresentam pouca variabilidade, predominando o uso de vírgulas e da conjunção aditiva “e”.
INADEQUADO INSUFICIENTE REGULAR INTERMEDIÁRIO BOM EXCELENTE 0,0 0,1 2,0 2,1 4,0 4,1 6,0 6,1 8,0 8,1 10,0
Nessa fase, o estudante já foi exposto a estruturas mais complexas da sintaxe da Língua Portuguesa e possui um repertório vocabular mais amplo, devido ao contato com novas tipologias textuais, por isso seu texto apresenta poucos desvios no que tange à competência Registro. Seu texto é em grande parte coeso e coerente, mas o tema ainda não é desenvolvido por completo dentro dos limites estruturais da tipologia textual, pois alguns elementos da narrativa ou do relato ainda são omitidos ou não foram apropriados pelo estudante.
O autor desse texto optou por criar um texto com teor romântico, narrando o que parece ser o primeiro encontro de um casal, supostamente relatado pela narradora-personagem (como se pode recuperar através de marcas linguísti-cas presentes no texto, como “bonita”, elogio feito a ela pelo outro personagem). Por ser majoritariamente detalhado em suas descrições, o estudante poderia ter separado alguns períodos ou os encadeado com o uso de conjunções ou outros sinais de pontuação que não fossem as vírgulas, por exemplo, em “Estava um climão, para quebrar o gelo resolvi pergunta sobre ele” (ℓ. 9-10). Esse mesmo trecho poderia ser reescrito, no mínimo, de duas formas:
» opção 1 – “Estava um climão e, para quebrar o gelo, resolvi perguntar sobre ele”;
» opção 2 – “Estava um climão. Para quebrar o gelo, resolvi perguntar sobre ele”.
AVALIA REME 2014 26 REVISTA PEDAGóGICA
A vírgula deixou de ser posta no terceiro parágrafo, quando o autor enumera ações realizadas pelo outro persona-gem: “Fomos comprar pipoca, ele parou na minha frente olhou nos meus olhos e...” (ℓ. 11-12). O sinal de pontuação deveria ter sido utilizado após o termo “frente”. Ela também deixou de ser usada após a palavra “acredito” (ℓ. 18).
Ainda observando os aspectos relacionados ao Registro (competência I), nota-se a ausência do acento gráfico em “principe” (proparoxítona obrigatoriamente acentuada – ℓ. 4) e no verbo “saímos” (vogal tônica acentuada – ℓ. 13), assim como o não emprego da desinência “r” no verbo “perguntar” em modo infinitivo (“pergunta” – ℓ. 9) e a não realização da ênclise em “me cumprimentou” (ℓ. 5 – deveria ser “cumprimentou-me”).
O desfecho do texto apresenta um pequeno comprometimento, porque o autor o insere sem a devida delimitação sintática ou coesiva no meio do último parágrafo, gerando certa ambiguidade: a mãe entra no quarto e acorda a filha ou o casal estava no quarto prestes a dar um beijo quando a mãe chega? Com esse comprometimento da sequência dos fatos, a coerência também foi afetada.
INADEQUADO INSUFICIENTE REGULAR INTERMEDIÁRIO BOM EXCELENTE 0,0 0,1 2,0 2,1 4,0 4,1 6,0 6,1 8,0 8,1 10,0
O estudante que apresenta uma escrita nesse nível não apresenta desvios relacionados às competências Registro e Coesão ou, mesmo que ocorram, não afetam a inteligibilidade do texto como um todo ou partes dele. Seu texto apresenta todos os elementos necessários para o desenvolvimento de uma narração ou um relato coerente.
PRODUÇÃO DE TEXTO - 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 27 AVALIA REME 2014
Para ter sua escrita enquadrada nesse nível, o estudante precisaria compor um texto cujos desvios de Registro (com-petência I) fossem eventuais e não reincidentes, revelando que as exigências da norma padrão foram incorporadas aos seus hábitos linguísticos, conforme se espera de um estudante nessa etapa de escolaridade, como exemplifi-ca esse texto, no qual destacam-se três desvios: separação silábica incorreta do vocábulo “praia” ao fim de linha (“pra-ia” entre as linhas 3 e 4); concorrência de grafemas na representação do som /s/ em “recebeu” (“rescebeu” - ℓ. 5); ausência de vírgula após oração subordinada adverbial que exerce a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal (“Após ter pego os resultados do exame” - ℓ. 11-12).
Observando a Coerência Temática (competência II), nota-se que o tema foi muito bem desenvolvido através de uma narrativa consistente, na qual os fatos são apresentados de forma linear. Há a presença de um narrador onisciente neutro, personagens (a médica Ana, a secretária e a paciente), delimitação do espaço e momento da narrativa, clí-max e desfecho plausíveis, revelando pleno domínio da tipologia textual narrativa.
Quanto à Coesão textual (competência IV), observa-se um perfeito encadeamento entre os períodos desse texto, sem inadequações no uso dos recursos coesivos. O estudante demonstra, por exemplo, conhecer o valor semântico de conectores como “pois” (ℓ. 4), “mas” (ℓ. 21) e o “quando” (ℓ. 23), além do emprego de referenciais como “ela” (ℓ. 10), “si mesma” (ℓ. 18) e “que” (ℓ. 10 e 22).
AVALIA REME 2014 28 REVISTA PEDAGóGICA
Os resultados desta escola na avaliação de Produção de Texto do Avalia Reme 2014 são apresentados sob quatro aspectos. Você poderá consultar a nota mé-dia, a participação, o percentual de estudantes por nível de desempenho e o percentual de estudantes por nível de desempenho em cada competência.
OS RESULTADOS DESTA ESCOLA
6
RESULTADO DA ESCOLA (REVISTA PEDAGóGICA)
� Nota média
» Apresenta a nota média desta escola. Você pode comparar essa nota com aquelas ob-
tidas pela sua regional e pelo município. O objetivo é proporcionar uma visão das notas
médias e posicionar sua escola em relação a elas.
� Participação
» Informa o número estimado de estudantes para a realização do teste e quantos, efetiva-
mente, participaram da avaliação no município, na sua regional e na sua escola.
� Percentual de estudantes por nível de desempenho
» Permite que você acompanhe o percentual de estudantes distribuídos por níveis de
desempenho na avaliação realizada pelo município.
� Percentual de estudantes por nível de desempenho em cada competência
» Apresenta a distribuição dos estudantes ao longo dos níveis de desempenho no muni-
cípio, na sua regional e na sua escola.
As tabelas permitem que você identifique o percentual de estudantes para cada nível
de desempenho, em cada uma das competências. Isso será fundamental para planejar
intervenções pedagógicas voltadas à melhoria do processo de ensino e promoção da
equidade escolar.
REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORAJÚLIO MARIA FONSECA CHEBLI
COORDENAÇÃO GERAL DO CAEdLINA KÁTIA MESQUITA DE OLIVEIRA
COORDENAÇÃO DA UNIDADE DE PESQUISATUFI MACHADO SOARES
COORDENAÇÃO DE ANÁLISES E PUBLICAÇÕESWAGNER SILVEIRA REZENDE
COORDENAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃORENATO CARNAÚBA MACEDO
COORDENAÇÃO DE MEDIDAS EDUCACIONAISWELLINGTON SILVA
COORDENAÇÃO DE OPERAÇÕES DE AVALIAÇÃORAFAEL DE OLIVEIRA
COORDENAÇÃO DE PROCESSAMENTO DE DOCUMENTOSBENITO DELAGE
COORDENAÇÃO DE CONTRATOS E PROJETOSCRISTINA BRANDÃO
COORDENAÇÃO DE DESIGN DA COMUNICAÇÃORÔMULO OLIVEIRA DE FARIAS
REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORAJÚLIO MARIA FONSECA CHEBLI
COORDENAÇÃO GERAL DO CAEdLINA KÁTIA MESQUITA DE OLIVEIRA
COORDENAÇÃO DA UNIDADE DE PESQUISATUFI MACHADO SOARES
COORDENAÇÃO DE ANÁLISES E PUBLICAÇÕESWAGNER SILVEIRA REZENDE
COORDENAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃORENATO CARNAÚBA MACEDO
COORDENAÇÃO DE MEDIDAS EDUCACIONAISWELLINGTON SILVA
COORDENAÇÃO DE OPERAÇÕES DE AVALIAÇÃORAFAEL DE OLIVEIRA
COORDENAÇÃO DE PROCESSAMENTO DE DOCUMENTOSBENITO DELAGE
COORDENAÇÃO DE CONTRATOS E PROJETOSCRISTINA BRANDÃO
COORDENAÇÃO DE DESIGN DA COMUNICAÇÃORÔMULO OLIVEIRA DE FARIAS
Ficha catalográfica
CAMPO GRANDE. Secretaria Municipal de Educação.
AVALIA REME – 2014/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.
v. 1 ( jan./dez. 2014), Juiz de Fora, 2014 – Anual.
Conteúdo: Revista Pedagógica - Produção de Texto - 8º ano do Ensino Fundamental
ISSN 2359-6708
CDU 373.3+373.5:371.26(05)
Top Related