Avaliação parcial de Biologia II - 27 de agosto de 2012
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Reino Fungi
Reino Plantae
Reino Fungi
Durante muito tempo os fungos foram considerados plantas, mas atualmente sabe-se que eles
são tão diferentes das plantas como dos animais, merecendo, por isso, o seu próprio reino –
Reino Fungi.
Motivos marcantes pelo qual os fungos foram expulsos do reino vegetal:
Estrutura: Assim como as células vegetais, as dos fungos também são envolvidas por
uma parede celular, porém a parede destes é composta por quitina e não por celulose.
Os vegetais são autótrofos, os fungos são heterótrofos (precisam da matéria orgânica
que pode ser obtida por parasitismo, mutualismo como os liquens, decomposição -
saprófagos, entre outras formas).
Os fungos podem ser tanto uni quanto pluricelulares. Se forem uni são chamados de leveduras
e se reproduzem comumente por brotamento. Os pluri formam filamentos chamados hifas.
Essas hifas podem apresentar os núcleos todos em um mesmo compartimento; sem separação
– são as chamadas hifas não septadas ou cenocíticas. Já outros fungos apresentam septos
dentro das hifas – são as chamadas hifas septadas. O corpo de um cogumelo é todo feito de
hifas. Esse conjunto de hifas é chamado de micélio. Os fungos não formam tecidos assim o
corpo de um fungo pluricelular é um corpo micelial. O micélio pode ser chamado reprodutor
(que é responsável pela reprodução) ou vegetativo (que é responsável pela nutrição e fixação).
Fisiologia dos fungos:
Alimentação: os fungos são heterótrofos por absorção. Como os fungos possuem a
parede celular de quitina eles não conseguem realizar processos como o de fagocitose,
assim, para se alimentar, eles secretam enzimas para fora de seu corpo e essas
enzimas quebram as macromoléculas em micromoléculas e então absorvem as
micromoléculas.
Reprodução: Pode acontecer de forma assexuada por brotamento como nas leveduras
ou por fragmentação. A reprodução pode ocorrer também por meio de esporos (o que
é mais usual). Estes esporos podem ser produzidos por meio assexuado ou por meio
sexuado. Assexuados e não meióticos: Zoósporos (aquático), Aplanósporos (terrestre)
e Conidiósporos (forma conídica). Sexuados e surgem de uma meiose: Ascósporos e
Basidiósporos. No meio sexuado (ciclo haplodiplobionte) eles são produzidos
inicialmente pela fusão de hifas (plasmogamia) que formam uma única hifa dicariótica
por possuir os dois núcleos. Depois é formada uma estrutura denominada corpo de
frutificação, todo formado por hifas dicarióticas. Na ponta dessas hifas ocorre um
fenômeno chamado de cariogamia, que é a fusão dos dois núcleos (os núcleos dos dois
fungos se fundem e formam um núcleo diploide). Esse núcleo sofre uma meiose
gerando quatro núcleos haploides e cada um desses núcleos haploides irá formam um
esporo. Para esse esporo germinar ele deve cair em um terreno rico em água e
matéria orgânica.
Os fungos geralmente habitam em locais úmidos ou ambientes aquáticos.
A disciplina dentro da biologia que estuda os fungos é a micologia.
Os fungos possuem reservas de glicogênio.
Os fungos desempenham um papel essencial na decomposição da matéria orgânica e têm
papéis fundamentais nas trocas e ciclos de nutrientes. São desde há muito tempo utilizados
como uma fonte direta de alimentação, como no caso dos cogumelos e trufas, como agentes
levedantes no pão, e na fermentação de vários produtos alimentares, como o vinho, a cerveja,
e o molho de soja. Desde a década de 1940, os fungos são usados na produção de antibióticos,
e, mais recentemente, várias enzimas produzidas por fungos são usadas industrialmente e em
detergentes. São também usados como agentes biológicos no controlo de ervas daninhas e
pragas agrícolas.
O reino dos fungos abrange uma enorme diversidade de táxons, com ecologias, estratégias
de ciclos de vida e morfologias variadas, que vão desde os quitrídios aquáticos unicelulares aos
grandes cogumelos.
A classificação dos fungos é feita principalmente á base das estruturas reprodutoras, que são
as mais diferenciadas do seu ciclo de vida, e no tipo de hifas.
Deste modo, têm-se os seguintes filos:
Filo Zygomycota: Com 765 espécies conhecidas, são fungos terrestres, a maioria saprófita ou
parasita. Apresentam parede celular com quitina e hifas cenocíticas. A reprodução sexuada
origina zigosporos no interior de um zigosporângio, de estrutura muito semelhante a um
esporangióforo. Pertence a este filo o bolor negro do pão ou da fruta, uma séria ameaça a
qualquer material armazenado úmido e rico em glicídos.
Filo Ascomycota: Apresentam hifas septadas dicarióticas ou parcialmente septadas. Parede
celular com quitina. Produzem assexuadamente conídios ou exósporos em conidióforos. A
designação do filo deriva da estrutura produtora dos esporos sexuados, o ascocarpo, em forma
de saco. Pertencem a este filo as leveduras, os únicos fungos deste grupo não filamentosos;
Filo Basidiomycota: Muito importantes na decomposição de substratos vegetais, atingem 2/3
da biomassa não animal dos solos. São fungos filamentosos, com hifas septadas perfuradas e
dicarióticas e com parede quitinosa. A estrutura produtora de esporos sexuados, o
basidiocarpo, é vulgarmente conhecida por cogumelo. Este resulta da fusão de dois micélios
diferentes e irá produzir basídios, células em forma de clava e separadas do restante micélio
por septos. Deles, formam-se os basidiósporos, grupos de 4 e presos por pequenos
pedúnculos;
Filo Deuteromycota: Este filo inclui todos os fungos em que não seja conhecida, ou esta seja
ignorada para motivos taxonômicos, a reprodução sexuada, como por exemplo, os fungos
pertencentes ao gênero Penicillium. Este gênero é um dos casos em que a fase sexuada é
conhecida, mas não é considerada na sua classificação devido a sua elevada semelhança com
outros organismos deste filo. Por este motivo este filo também é designado por Fungi
Imperfecti ou fungos imperfeitos.
Doenças causadas por fungos: As micoses que aparecem comumente nos homens são doenças
provocadas por fungos. As mais comuns ocorrem na pele, podendo-se manifestar em qualquer
parte da superfície do corpo. São comuns as micoses do couro cabeludo e da barba (ptiríase),
das unhas e as que causam as frieiras (pé-de-atleta). As micoses podem afetar também as
mucosas como a da boca. É o caso do sapinho, muito comum em crianças. Essa doença se
manifesta por múltiplos pontos brancos na mucosa. Existem, também, fungos que parasitam o
interior do organismo, como é o caso do fungo causador da histoplasmose, doença grave que
ataca os pulmões.
Fungos e Animais – semelhanças:
Reserva de glicogênio
Serem heterótrofos
Serem eucariontes
Alguns animais possuírem quitina assim como os fungos
Fungos e Plantas – semelhanças:
Serem eucariontes
Tecidos verdadeiros
Não possuem forma de locomoção
Parede celular
Os dois podem se propagar por esporos
Reino Plantae
As plantas são seres pluricelulares e eucariontes. Nesses aspectos elas são semelhantes aos
animais e a muitos tipos de fungos; entretanto, têm uma característica que as distingue desses
seres - são autotróficas (produzem o próprio alimento pelo processo da fotossíntese).
Utilizando a luz, ou seja, a energia luminosa, as plantas produzem a glicose, matéria orgânica
formada a partir da água e do gás carbônico que obtêm do alimento, e liberam o gás oxigênio.
As plantas, juntamente com outros seres fotossintetizantes, são produtoras de matéria
orgânica que nutre a maioria dos seres vivos da Terra, atuando na base das cadeias
alimentares. Ao fornecer o gás oxigênio ao ambiente, as plantas também contribuem para a
manutenção da vida dos seres que, assim como elas próprias, utilizam esse gás na respiração.
Fotossíntese – é um processo físico-químico realizado pelos seres vivos clorofilados, em que
eles utilizam dióxido de carbono e água, para obter glicose através da energia da luz.
Etapas da fotossíntese:
Fase clara ou fotoquímica – acontece na presença da luz.
Quebra da molécula de água (realizada nos tilacóides) e consumo do CO2
Fase escura (ocorre no estroma) – só ocorrem reações químicas sem a presença de luz
– acontece durante o dia e a noite
Produção de oxigênio / produção de energia da célula
Consumo dos produtos metabolizados na 1ª etapa e formação da energia para a
planta resultando na formação da molécula de água e na liberação do oxigênio.
ATP – energia da planta – é gerado pela quebra da glicose
FÓRMULA DA FOTOSSÍNTESE: CO2 + H2O C6H12O6 + H2O + O2
Segundo a hipótese mais aceita, elas evoluíram a partir de ancestrais protistas. Provavelmente,
esses ancestrais seriam tipos de algas pertencentes ao grupo dos protistas que se
desenvolveram na água. Foram observadas semelhanças entre alguns tipos de clorofila que
existem tanto nas algas verdes como nas plantas.
A partir dessas e de outras semelhanças, supõe-se que as algas verdes aquáticas são ancestrais
diretas das plantas.
Há cerca de 500 milhões de anos, as plantas iniciaram a ocupação do ambiente terrestre. Este
ambiente oferece às plantas vantagens como: maior facilidade na captação da luz, já que ela
não chega às grandes profundidades da água, e facilidade da troca de gases, devido à maior
concentração de gás carbônico e gás oxigênio na atmosfera. Esses fatores são importantes no
processo da respiração e da fotossíntese.
Mas e quanto a presença da água, tão necessária à vida?
Ao compararmos o ambiente terrestre com o ambiente aquático, verificamos que no
terrestre a quantidade de água sob a forma líquida é bem menor e também que a
maior parte dela está acumulada no interior do solo.
Como, então, as plantas sobrevivem no ambiente terrestre?
Isso é possível porque elas apresentam adaptações que lhes possibilitam desenvolver
no ambiente terrestre e ocupá-lo eficientemente. As plantas adaptadas ao ambiente
terrestre apresentam, por exemplo, estruturas que permitem a absorção de água
presente no solo e outras estruturas que impedem a perda excessiva se água. Veremos
mais adiante como isso ocorre.
Devemos lembrar que alguns grupos de plantas continuaram sobrevivendo em ambiente
aquático.
Características gerais para a conquista do meio terrestre:
Independência da água para a reprodução
Formação de talo – estrutura rígida de sustentação
Retirada de água e nutrientes do solo por meio de estruturas bem definidas
Dispersão vegetal por várias formas – adaptação e conquista
Impermeabilização vegetal – ceras
Embrião protegido
Diferentes formas de reprodução
O reino das plantas é constituído de organismos pluricelulares, eucariontes, autótrofos
fotossintetizantes.
É necessário definir outros critérios que possibilitem a classificação das plantas para organizá-
las em grupos menos abrangentes que o reino.
Em geral, os cientistas consideram como critérios importantes:
A característica da planta ser vascular ou avascular, isto é, a presença ou não de vasos
condutores de água e sais minerais (seiva bruta) e matéria orgânica (a seiva
elaborada);
Ter ou não estruturas reprodutoras (semente, fruto e flor) ou ausência delas.
Componentes do reino Plantae
Algas Pluricelulares – clorófitas
Briófitas – musgos e hepáticas
Pteridófitas – samambaias e avencas
Gimnospermas – pinheiros e cipestres
Angiospermas – lírio, milho, amendoim, laranjeira...
Algas Clorófitas – precursoras das plantas terrestres – características da evolução:
Talo
Caule
Tecidos verdadeiros
Estrutura de reprodução
Briófitas:
Pequeno porte
Solos úmidos e sombreados
Também existem espécies de água doce. São avasculares
Corpo é dotado de rizóide, caulóide e filóide
Dependem da água para reprodução
Pteridófitas:
Locais úmidos e sombreados
Dependem da água para fecundação
Raízes, caules e folhas
São vasculares – vasos condutores
Estrutura de reprodução visível
Ex.: samambaias, avencas e cavalinhas
Gminosperma:
Vegetais intermediários
Médio e grande porte
Excelentes tecidos condutores
Locais de clima frio e temperado
Raiz, caule e folha, sementes, mas não tem frutos
Reprodução: estróbilos (cones)
Semente: proteção, reserva – adaptação à vida terrestre
Ex.: pinheiros e cipestres.
Angiosperma:
Vegatais superiores
Distribuídos em todo o globo
Raiz, caule, folha, flor, fruto e semente
Semente protegida pelo fruto:
1. Monocotiledônea: apenas um cotilédone. Nutrição: endosperma
2. Dicotiledônea: dois cotilédones, que nutrem o embrião.
Classificação:
Organização do corpo:
1. Talófita: não apresentam raiz, caule e folha. Algas e Briófitas*
2. Cormófitas: apresentam raiz, caule e folhas
Tecidos condutores:
1. Xilema: transporta seiva bruta
2. Floema: transporta seiva elaborada
Presença de Tecido condutor:
1. Avasculares: não apresentam tecidos condutores e o transporte é feito célula a célula
2. Vasculares: apresentam vasos condutores de seiva
Órgãos Reprodutores:
1. Criptógamas: não há flores (algas, briófitas e pteridófitas)
2. Fanerógamas: há flores (angiospermas e gimnospermas)
Reprodução:
Ciclo haplodiplobionte: Em um mesmo ciclo de vida há alternáncia de uma fase de
indivíduos diplóides com uma fase de indivíduos haplóides. Fala-se em alternância de
geração ou metagênese. Nos indivíduos diplóides, em estruturas especializadas,
algumas células sofrem meiose dando origem a células haplóides que se diferenciam
em esporos. Estes são liberados da planta e, ao se fixarem em local adequado, darão
origem a indivíduos haplóides, através de várias divisões mitóticas. Algumas células
desses indivíduos haplóides diferenciam-se em gametas, células haplóides. Estes
podem sofrer fecundação, originando um zigoto diplóide que, mitoses sucessivas, dará
origem a indivíduo diplóide, reiniciando o ciclo. Nesse caso, a meiose é espórica ou
intermediária. Nesse ciclo de vida, há alternância de uma fase com indivíduos
diplóides, que formam esporos haplóides através de meiose, com uma fase de
indivíduos haplóides que produzem gametas por diferenciação celular. Os indivíduos
diplóides, por produzirem esporos, são denominados esporófitos haplóides, por
produzirem gametas, são denominados gametófitos.
Gametófito – é haploide e gera gametas por mitose (mais longo)
Esporófito – é diploide e gera esporos por meiose (mais lento)
Importância:
Diversidade vegetal
Disponibilidade de O2 e consumo de CO2
Menor disputa de alimentos e menor competitividade
Disponibilidade de compostos orgânicos
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