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Page 1: Avanço de novas manias diante da TV depende da melhoria de conexões

Televisão

● Apesar de ampliar a plateia daTV em alguma medida, a correla-ção entre redes sociais e audiên-cia de TV ainda não pode ser quan-tificada, avisa Juliana Sawaia, doIbope. Nem sempre a repercus-são de um lado se traduz do ou-tro. Pela experiência de Guilher-me Zattar, diretor dos canais Mul-tishow, OFF, BIS e BBB 24 horas,quanto mais jovem for o públicoalvo do programa, maior a discre-pância entre o volume de comen-tários no Twitter e a audiência doprograma. “Até hoje não sei expli-car por que isso acontece”, fala.

Ainda assim, Zattar trata a re-de de microblogs como sua ferra-menta de maior termômetro, ho-je. A simples menção de 140 ca-racteres e seus retuítes têm, pa-ra ele, o mesmo poder que a pes-quisa minuto a minuto tem paraos animadores de auditório ao

vivo da TV aberta. Já o Facebook,que seleciona apenas comentá-rios de uma parte dos amigos doassinante e mantém postagenspor várias horas na time line, nãotem o mesmo poder imediatistado Twitter para fazer o internauta/espectador trocar de canal. “Euuso o Face só para marketing,para avisar sobre a programa-ção”, constata Zattar.

“O Facebook tem uma conver-sa muito maior entre as pessoasque estão assistindo, ele ficamais isolado é mais um fórum,tem uma coisa de ‘adorei’, ‘reco-mendo’. O Twitter é mais diálogo,as pessoas conversam entreelas, a Astrid faz perguntas. E oFace fica ali. Às vezes vão comen-tar um post só no dia seguinte,não é exatamente em real time”,confirma Fabiana Gabriel, geren-te de Novas Mídias do GNT. Se-gundo ela, a audiência sempresobe quando o volume de comen-tários cresce no Twitter.

Em tempo: 60% dos tuiteirosfalam sobre programação deTV. / C.P.

Por essasbandas

Repercussão naweb nem semprese reflete na tela

““

MarceloMédici.SSEle já sepermitiumudarde canalinfluenciadopelo Twitter

Falem da gente nas redes e,a partir do quanto estãofalando, assistam à gente”Fabiana GabrielGERENTE DE NOVAS

MÍDIAS DO GNT

Acredito muito no Twitter eeles estão investindo naideia de ser segunda tela”Guilherme ZattarDIRETOR DO MULTISHOW,

BIS, BBB14 E OFF

Minha preferência ainda éver (TV) na hora. Fica difícilacompanhar um seriado.Vejo tudo de uma vez só”Marcelo MédiciATOR

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Nessa era em que o hábito dever TV anuncia uma revoluçãode comportamento, sem queanunciantes, produtores e pro-gramadores acompanhem o rit-mo do espectador, 26% dos en-trevistados ouvidos pelo Ibopeentre Rio e São Paulo disseramjá ter assistido à televisão poroutras plataformas – tablet,smartphone ou computador.Para 32% desses, a experiênciafoi pior do que ver TV pelo tele-visor, enquanto 44% considera-ram indiferente. Mas houve atéquem achasse melhor.

Dos 4% que hoje veem TVpor demanda (veja dados abai-xo), 67% o fazem por streaming(internet em banda larga) e49%, por serviços de TV paga,como NOW, da NET, e GVT,lembrando que um modo nãoexclui o outro. Do total de espec-tadores de internet, 74% jáusam a Netflix, serviço de loca-dora virtual mais popular domundo, presente no Brasil des-de setembro de 2011.

O crescimento da tendênciaque permite ao público ver TVcomo, onde e quanto quiser de-pende essencialmente de umaquestão: banda larga. Para oCEO do Ibope Media, OrlandoLopes, a expansão do serviço éfator determinante na acelera-ção dos novos hábitos.

Resultado de dois estudosfeitos pelo instituto, os dadosaqui apresentados partem doTarget Group Index, realizadoem várias regiões do País, e doSocial TV, que ouviu 9.100 pes-soas com mais de 10 anos deidade, no início deste ano, emSão Paulo, Campinas, no Rio,em Belo Horizonte, Curitiba,Fortaleza, Salvador, Vitória,Brasília, Florianópolis, Goiâ-nia, Porto Alegre e no Recife.

Ator de TV aberta, TV paga eteatro, Marcelo Médici, hoje noar em Joia Rara, novela das 6 daGlobo, é o típico telespectadormultitelas. Assíduo frequenta-dor de Twitter e Facebook, gos-ta de ver TV em tempo real, gra-va o que não será possível verna hora da transmissão e assis-

te a séries pelo NOW, platafor-ma da NET, e pela Netflix. Emduas semanas, Médici começaa gravar a 2.ª temporada do VaiQue Cola, do Multishow. Comonão esteve no elenco da primei-ra safra e não conseguiu assis-tir a todos os episódios, recor-reu aos recursos do vídeo sobdemanda e gravou outros.

“Minha preferência ainda éver na hora”, fala o ator. Seestou em casa, gosto muito de

minissérie, seriados... O quefica difícil pra mim, hoje, éacompanhar um seriado. Pre-firo ver tudo de uma vez, noáudio original”, diz.

Nesse quesito, a Netflix temmexido ainda mais com o modode ver TV, ao despachar tempo-radas de 13 episódios de uma sóvez em seu endereço, comoaconteceu com as duas safrasda aclamada House of Cards,com Kevin Space.

Com o olho em uma tela daTV e outro nas redes sociais, Mé-dici também se enquadra na fa-tia de telespectadores que já sepermitiu mudar de canal in-fluenciado pelo Twitter. “Tam-bém já entrei lá pra saber qualcanal estava transmitindo umred carpet de premiação. E ou-tro dia avisei ali sobre a entrevis-ta da Nicete (Bruno) no Damas

da TV, que eu estava vendo noViva”, emenda.

As dicas do Twitter funcio-nam não só entre telespectado-res, mas também para quem es-tá na tela ou no comando dela.Não é raro ouvir relatos de dire-tores e apresentadores que mu-daram o rumo de alguma trans-missão ao vivo por causa de co-mentários de internautas.

Há dois anos, bem antes queessa discussão sobre a correla-

ção entre a rede de microblogs ea TV viesse à tona, Astrid Fonte-nelle se impressionou com a co-moção desfilada pelos comentá-rios em torno do show de Wag-ner Moura em tributo a RenatoRusso, promovido pela MTVBrasil, que àquela época aindaera um canal aberto. Passou amão no telefone e ligou para Zi-co Goes, então diretor do canal.“Foi virando uma maluquice, eeles, da MTV, não tinham no-ção do que estava acontecendoporque estavam ocupados como show. Falei pra ele: ‘Pode re-prisar isso amanhã, tá bomban-do!’. Para o espectador, emeventos ao vivo, é um jeito de ocara estar lá dentro”, diz a ânco-ra do Saia Justa, no GNT.

A percepção de que os co-mentários online funcionammais para eventos ao vivo é en-dossada por Guilherme Zattar,diretor dos canais Multishow,BIS, OFF e o BBB 24 horas, empay-per-view. Ligado na redede microblogs o tempo todo,Zattar cita um caso de interfe-rência no Rock In Rio, no anopassado, quando um comentá-rio na rede de microblogs o le-vou a encaminhá-lo como dicaaos apresentadores, que apro-

veitaram a sugestão no ar.“Acredito muito no Twitter

para a TV e eles também estãoinvestindo muito na ideia de seruma segunda tela”, argumentaZattar. “Estou tentando tirarproveito da situação.”

Para a gerente de novas mí-dias do GNT, Fabiana Gabriel,o Twitter “é uma ferramentamuito televisiva”. Ela lembraque o canal estampava na tela, acada episódio da série Sessão deTerapia, três tweets eleitos pelopróprio GNT durante a exibi-ção. Os escolhidos faziam fotoda tela para postar no Insta-gram e no Twitter. “Eles se sen-tem representados no progra-ma. Isso volta para a TV. O cami-nho é: ‘Falem da gente nas re-des sociais e, a partir do quantoestão falando nas redes, assis-tam à gente’. Tem retorno.”

Avanço de novasmanias diante daTV depende damelhoria deconexões

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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 24 DE MARÇO DE 2014 Caderno 2 C3