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DISCIPLINA: INFORMÁTICA E SOCIEDADE TURMA: BA01IS MEDIADORA: STELLA MARIA PEIXOTO DE AZEVEDO PEDROSA Grupo A:

ABNIL OLIVEIRA DA SILVA AZEVEDO EDNA MARIA FERREIRA ALVES ELIZABETE FERREIRA ALVES NASCIMENTO MARIA AUXILIADORA MOURA DE OLIVEIRA MARIA DE FATIMA COSTA DE SOUZA RENAN IURY MENDES BRITO

Atividade final – Documento Proposta

Seminário virtual

Pensar a escola de hoje fora das transformações tecnológicas das quais os alunos fazem uso e

a sociedade no seu todo experimenta, é algo impossível. A tecnologia que invade nossas

casas, nossas relações interpessoais e a nossa vida prática, surge como elemento

maximizador da interação entre os sujeitos, mas também entre eles e os objetos do

conhecimento. O professor, no seu papel primordial de “formar” sujeitos conscientes,

autônomos e capazes de interagir positivamente na sociedade, não pode desconsiderar a

necessidade de potencializar a sua prática através do uso da tecnologia na sala de aula.

É preciso, não perder de vista que a tecnologia não deve ser tida como o remédio para todos

os males da educação, mas como algo capaz de dinamizar o processo de ensino e

aprendizagem, sistematizando o conhecimento de forma a integrá-lo ao uso dos recursos

tecnológicos. Assim, é preciso pensar a gestão da sala de aula de forma mais democrática e

com novas possibilidades o professor não é mais o detentor do saber e os alunos não são mais

passivos, dependentes só do livro didático e da lousa. O mundo tecnológico está em todas as

relações e não se pode negar a sua contribuição na prática pedagógica ao possibilitar o acesso

a novos conhecimentos e garantir novas formas de aprendizagens.

A escola precisa adentrar nesse mundo tecnológico do qual grande parte dos alunos já fazem

parte com seus celulares ultramodernos, seus tabletes, seus laptops; com suas atividades

sociais na rede, com seus jogos on-line, enfim, com uma infinidade de ferramentas que os

deixa cada dia mais conectados. Para tanto, o professor precisa constantemente da aquisição

de conhecimentos que lhes permitam renovar seus métodos, para que suas práticas não

destoem da contemporaneidade. Cabe aos setores hierarquizados da educação, facilitar o

acesso às tecnologias, garantir formação continuada aos professores, modernizar a estrutura

da escola e adquirir equipamentos mais modernos para atender essas demandas.

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Para uma escola que atenda as perspectivas atuais, na qual o professor é o

mediador de conhecimento, e o aluno é o sujeito de suas ações, Delors (2012) aponta que a

educação ao longo de toda vida baseia-se, ou deveria basear-se, em quatro pilares: aprender a

conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser, e assevera:

Numa altura em que os sistemas educativos formais tendem a privilegiar o acesso ao conhecimento, em detrimento de outras formas de aprendizagem, importa conceber a educação como um todo. Esta perspectiva deve, no futuro, inspirar e orientar as reformas educativas, tanto em nível da elaboração de programas como da definição de novas políticas pedagógicas. (DELORS, 2012, P. 1)

Assim, a educação que se quer nesses tempos de acesso à informação e de uso da tecnologia

em larga escala não pode perder de vista “os quatro pilares do conhecimento”, pois apenas

dessa forma a educação cumprirá a sua missão: o desenvolvimento intelectual, social e

humano dos indivíduos.

PROPOSTAS COM AÇÕES ESTRATÉGICAS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

As propostas devem amparar-se nos princípios de inclusão e democratização de acesso às

tecnologias da informação e comunicação em prol da concepção de uma nova escola e de uma

nova sociedade. A seguir:

Implementação do Plano de Carreira e valorização dos professores;

Incentivo e garantia de formação continuada aos professores, no tocante ao uso dos

recursos tecnológicos na sala de aula.

Fomentação e criação de projetos interdisciplinares que façam uso das TIC’s ;

Melhora da infraestrutura, construindo e adequando espaços de aprendizagem, como

laboratórios de informática, sala de recursos multimídia, etc.;

Criar espaços virtuais de interação, discussão e divulgação de conhecimento, como

ambientes virtuais, blogs, fóruns, etc.;

Reorganizar o currículo estruturando-o no formato de plano, tornando-o mais

abrangente;

Revisar o Projeto Político Pedagógico buscando novas expectativas de aprendizagem,

levando em conta o contexto cultural e social no qual os alunos estão inseridos;

Ampliar o tempo e o espaço escolar e revisar as concepções vigentes de classificação

e promoção escolar;

Trazer a comunidade para o universo escolar, a fim de oportunizar espaços de

convivência e aprendizado, garantindo a pluralidade cultural;

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CONCLUSÃO

A elaboração de um plano pedagógico que atenda a perspectiva de um mundo globalizado e

que, ao mesmo tempo tenha suas ações contextualizadas a fim de estimular a valorização e o

reconhecimento da cultura local, teria que ter uma política educacional voltada para a

fomentação da participação popular na resolução dos próprios problemas, e não na ação

pedagógica voltada apenas para a visão do mercado. Para que a escola pudesse disponibilizar

um plano que relacionasse o fazer pedagógico ao desenvolvimento local, precisariam da

participação e engajamento de professores, alunos e de setores diversos da sociedade. O

objetivo seria a valorização da identidade da comunidade através da contextualização das

ações que potencializaria o movimento de transformação da realidade social em que vivem.

Para tanto, seria necessário que os professores tivessem capacidade de visualizar as

demandas da comunidade, de forma a contribuir com propostas e ações de interação com a

realidade dos alunos, levando em conta a teoria do pensamento complexo que é fruto do

esforço na articulação de saberes dispersos, diversos e adversos e estar sempre buscando

modos de conhecer o próprio ato de conhecer. Por outro lado, a comunidade seria convidada a

manter uma parceria com a escola de forma a contribuir com questões que favorecesse a

educação e a vida social da localidade. Convém ressaltar que o currículo tradicional seria

mantido e a escola não abriria mão de oportunizar os conhecimentos propostos; estes apenas

seriam feitos de uma forma mais democrática, interessante e integrado a realidade de cada

indivíduo. Assim, todos os envolvidos buscariam conhecer e compreender as suas origens e o

meio em que estão inseridos e no qual serão estimulados a participar como cidadãos na

transformação e melhoria da sua realidade.

Segundo Morin “É curioso que nossa identidade seja completamente ignorada pelos programas

de instrução” (MORIN, 2012, p. 4), fato que torna a prática pedagógica distante de realidade do

aluno. Urge, portanto, um projeto educacional voltado para a formação do aluno enquanto

cidadão que interage com a realidade e identifica os seus problemas. Dessa forma o produto

final seria alunos questionadores e voltados às conquistas nas lutas sociais.

REFERÊNCIAS

DELORS, Jacques. Educação na sociedade de informação: o relatório delors. Disponível em: http://eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod88539/IS_delors_4_saberes.pdf Página acessada em: 07 set 2012.

MORIN, Edgar. OS SETE SABERES NECESSÁRIOS À EDUCAÇÃO DO FUTURO. Disponível em: http://eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod88539/morin_7_saberes.pdf Página acessada em 07 maio 2012.

SÁTIRO, Angélica. O Pensamento Complexo de Edgar Morin e sua Ecologia da Ação. Disponívelem:http://eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod88539/morin_pensamento_complexo.pdf Página acessada em 07 set 2012.