Recentemente, o Banco do Brasil
realizou concurso público e o edital
utilizado será nosso ponto de partida!
A questão discursiva em um concurso
público gera muitas discussões,
desconforto e preocupações. Isso pelo
simples fato de não termos, nós, o
saudável e recomendado hábito de
praticar a escrita.
Letra
O uso de letra cursiva, bastão ou tipo
máquina não afeta a avaliação do texto,
salvo previsto em edital o que se deve
utilizar. A legibilidade é a única
exigência sempre presente neste quesito.
Margens
As margens direita e esquerda devem ser
alinhadas, o mais próximo possível das
margens. Existe um critério de
avaliação denominado
apresentação/elegância, e as margens
alinhadas contam bastante neste caso.
Parágrafos
Assim como as margens, os parágrafos
precisam seguir um alinhamento. O
ideal é deixar um espaçamento de,
aproximadamente, 1cm.
Marcas e vícios de grafia
Muito cuidado com marcas que possam
comprometer a redação, como é o caso
das bolinhas em vez de se colocar
pingo nas letras i e j. O til e a cedilha
também são passíveis de representar
marcas quando não redigidos com
cuidado. Na verdade, qualquer
alteração provocada no traçado
original das letras pode ser perigoso.
Cuidado!
Translineação.
Há três observações a serem feitas
quanto à translineação. A primeira diz
respeito à separação de substantivos
compostos. Não se esqueça de que
somente na separação destes termos é
que se coloca o traço diante da palavra
no início da linha.
Translineação.
A segunda, refere-se á separação de
termos e permanência de uma única
vogal no início ou término da linha, o
que não é recomendado.
Translineação.
E a terceira fica como uma sugestão –
evite colocar o traçado embaixo da
letra para separar a palavra ao término
da linha, isso pode gerar problemas. O
recomendado é colocar o traço após a
palavra a ser separada.
A Redação será avaliada conforme os
critérios a seguir:
3) emprego apropriado de mecanismos
de coesão (referenciação,
sequenciação e demarcação das partes
do texto);
A Redação será avaliada conforme os
critérios a seguir:
4) capacidade de selecionar, organizar e
relacionar de forma coerente
argumentos pertinentes ao tema
proposto;
A Redação será avaliada conforme os
critérios a seguir:
5) pleno domínio da modalidade escrita
da norma-padrão (adequação
vocabular, ortografia, morfologia,
sintaxe de concordância, de regência e
de colocação).
Na verdade, o que se deve focar para
escrever bem é muito simples – ter
conhecimento, reconhecer a
necessidade de se conhecer a
gramática normativa e não ter medo
(nem preguiça) de praticar.
A dissertação argumentativa exige que o
posicionamento apresentado seja
convincente, ou seja, o convencimento
do interlocutor deve ser garantido pelo
uso de argumentos válidos.
Aliás, a argumentação pode ser feita de
diferentes maneiras, que serão
exploradas nas próximas aulas.No
entanto, as mais utilizadas são prova
concreta, dados e autoridade.
A argumentação de prova concreta
consiste em apresentar situações
concretas que comprovem a opinião
apresentada.
Por exemplo, afirmar que obras em vias
de grande circulação geram
congestionamentos é prova concreta
de que grandes obras têm vantagens e
desvantagens.
Por exemplo, em 80% dos acidentes
envolvendo vítimas no trânsito foi
comprovado o consumo de bebidas
alcoólicas por parte dos motoristas é
argumento de dados para comprovar a
opinião de que álcool e direção não
combinam.
A mais utilizada, autoridade, consiste em
fazer uso de uma afirmação feita por
especialista para fortalecer a opinião
apresentada. Nestes casos, a
referência à formação/especialidade da
pessoa é essencial.
Por exemplo, segundo Daniela Tatarin,
professora de redação, a prática deve
ser constante pode ser utilizado como
argumento de autoridade para defender
a ideia de que se praticar bastante
poderá melhorar a qualidade da escrita.
O primeiro passo a ser tomado é a leitura
e interpretação do comando da
questão, independente do tipo que
assuma. Quando se compreende bem
os comandos (de pensar e de agir) é
mais fácil atender à proposta e obter
um bom resultado.
Assim, organize uma lista com todas as
informações que você tenha acerca do
assunto.
Liste o que sabe e isso irá ajudá-lo a
construir o entendimento e a opinião.
A partir disso, podemos passar ao último
passo, que é a organização do texto.
Todo texto tem começo, meio e fim.
Distribua as informações ao longo do
texto, de forma a construir um conjunto
coeso e coerente.
A dissertação argumentativa exige que o
posicionamento apresentado seja
convincente, ou seja, o convencimento
do interlocutor deve ser garantido pelo
uso de argumentos válidos.
Aliás, a argumentação pode ser feita de
diferentes maneiras, que serão
exploradas nas próximas aulas.No
entanto, as mais utilizadas são prova
concreta, dados e autoridade.
A argumentação de prova concreta
consiste em apresentar situações
concretas que comprovem a opinião
apresentada.
Por exemplo, afirmar que obras em vias
de grande circulação geram
congestionamentos é prova concreta
de que grandes obras têm vantagens e
desvantagens.
Por exemplo, em 80% dos acidentes
envolvendo vítimas no trânsito foi
comprovado o consumo de bebidas
alcoólicas por parte dos motoristas é
argumento de dados para comprovar a
opinião de que álcool e direção não
combinam.
A mais utilizada, autoridade, consiste em
fazer uso de uma afirmação feita por
especialista para fortalecer a opinião
apresentada. Nestes casos, a
referência à formação/especialidade da
pessoa é essencial.
Por exemplo, segundo Daniela Tatarin,
professora de redação, a prática deve
ser constante pode ser utilizado como
argumento de autoridade para defender
a ideia de que se praticar bastante
poderá melhorar a qualidade da escrita.
O primeiro passo a ser tomado é a leitura
e interpretação do comando da
questão, independente do tipo que
assuma. Quando se compreende bem
os comandos (de pensar e de agir) é
mais fácil atender à proposta e obter
um bom resultado.
Assim, organize uma lista com todas as
informações que você tenha acerca do
assunto.
Liste o que sabe e isso irá ajudá-lo a
construir o entendimento e a opinião.
A partir disso, podemos passar ao último
passo, que é a organização do texto.
Todo texto tem começo, meio e fim.
Distribua as informações ao longo do
texto, de forma a construir um conjunto
coeso e coerente.
O parágrafo é uma unidade de
composição, constituída por um ou
mais de um período, em que se
desenvolve determinada ideia central,
ou nuclear, a que se agregam outras,
secundárias, intimamente relacionadas
pelo sentido e logicamente decorrentes
dela. Othon M. Garcia
Introdução ou tópico frasal
Frases curtas que expressam a ideia
central do parágrafo, definindo seu
objetivo
Desenvolvimento
Corresponde a uma ampliação do tópico
frasal, com ideias secundárias que o
fundamentam.
Conclusão
Nem sempre presente, sobretudo nos
parágrafos mais curtos, retoma a ideia
central, levando em consideração o
que fora apresentado no
desenvolvimento.
Nas dissertações, os parágrafos são
estruturados a partir de uma ideia que
normalmente é apresentada em sua
introdução, desenvolvida e reforçada
em sua conclusão.
Quando se fala de COESÃO, o que se
deve entender é que mecanismos
linguísticos permitem uma sequência
lógico-semântica entre as partes de um
texto, sejam palavras, frases ou
parágrafos.
Referências e reiterações: acontece
quando um termo faz referência a outro
dentro do texto, quando reitera algo
que já foi dito antes ou quando uma
palavra é substituída por outra que
possui com ela alguma relação
semântica.
Substituições lexicais (elementos que
fazem a coesão lexical): acontece
quando um termo é substituído por
outro dentro do texto, estabelecendo
com ele uma relação de sinonímia,
antonímia, hiponímia ou hiperonímia,
ou mesmo quando há a repetição da
mesma unidade lexical (mesma
palavra).
Conectores (elementos que fazem a
coesão interfrásica): estabelecem as
relações de dependência e ligação
entre os termos. São conjunções,
preposições e advérbios (conectivos).
Correlação dos verbos (coesão temporal
e aspectual): correta utilização
dos tempos verbais, ordenando assim
os acontecimentos de uma forma
lógica e linear, o que permite a
compreensão da sequência.
Não se pode esquecer da coesão
sequencial, marcada pelo uso das
palavras de transição. Estes termos
garantem a continuidade do texto e o
entendimento por parte de quem o lê.
Atualmente, não há nenhuma prova
de que o regime iraquiano esteja
implicado nos atentados suicidas,
declarou o vice presidente dos Estados
Unidos. Ainda não temos uma
impressão digital do Iraque que o
implique no caso.
Atualmente, não há nenhuma prova
de que o regime iraquiano esteja
implicado nos atentados suicidas,
declarou o vice presidente dos Estados
Unidos. Ainda não temos uma
impressão digital do Iraque que o
implique no caso.
Em relação aos demonstrativos, uma
observação importante:
Esse, essa, isso – são elementos de
retomada
Este, esta, isto – são elementos de
antecipação
Sinonímia – sinônimos
Hiperonímia – conjunto substitui a parte
Hiponímia – a parte substitui o conjunto
Fernandinho Beira-Mar está preso, a
mídia já não dá mais destaque ao
perigoso bandido.
Bandido é hiperônimo de Fernandinho
Beira-Mar
Coesão por conectivos
Conjunções, preposições, pronomes
relativos e advérbios são operadores
linguísticos que estabelecem conexão,
dão direção argumentativa ao texto.
Os soldados atacaram os manifestantes,
pois estavam alterados.
Quem estavam alterados??
Soldados? Manifestantes?
Coesão por meio de artigo (definitivação)
José construiu um sonho. O sonho era
ter uma casa ampla e arejada.
Conectivos preposicionais
(regente e regido)
A distância entre o termo regente e o
regido pode gerar falta de clareza. Por
isso, é importante observar a posição
dos termos para garantir o
entendimento.
Em uma de suas colunas, o ombudsman
reproduziu um trecho de uma do jornal
Folha de S. Paulo notícia do Jornal e
fez uma do Brasil crítica ao título
notícia da mesma.
Em uma de suas colunas, o ombudsman
do jornal Folha de S. Paulo reproduziu
um trecho de uma notícia do Jornal do
Brasil e fez uma crítica ao título da
mesma notícia.
Coesão por paralelismo
A repetição da estrutura sintática ou a
dependência de termos de mesma
função sintática formam o que se
chama paralelismo.
Assim que chegou ao aeroporto, por
volta das 14h, acompanhado por três
seguranças, os seguidores lotaram o
desembarque para vê-lo.
Coesão pela intertextualidade
Ocorre quando um texto recupera outro,
estabelecendo uma relação entre eles.
Semanticamente, é praticamente vazio
de significado, mas remete a quem fala,
a quem ouve ou a um assunto que se
desenvolve.
Morfologicamente, é variável,
apresentando flexão de gênero, de
número e de pessoa.
Sintaticamente, pode desempenhar
qualquer função de substantivo ou de
adjetivo.
Do ponto de vista morfológico, é
invariável.
Do ponto de vista sintático, relaciona
orações, ou termos de igual função
sintática.
Do ponto de vista semântico, é capaz
de estabelecer relações lógicas entre
as orações.
Morfologicamente, é invariável.
Semanticamente, expressa uma
circunstância qualquer.
Sintaticamente, modifica um verbo, um
adjetivo, um outro advérbio ou toda
uma afirmação expressa em uma frase.
O texto é escrito com uma
intencionalidade, de modo que ele tem
uma repercussão sobre o leitor, muitas
vezes proposital.
A coerência é um resultado da não
contradição entre as partes do texto e
do texto com relação ao mundo.
Princípio da Não Contradição: em um
texto não se pode ter situações ou
ideias que se contradizem entre si, ou
seja, que quebram a lógica.
Princípio da Não Tautologia:
Um texto coerente precisa transmitir
alguma informação, mas quando há
repetição excessiva de palavras ou
termos, o texto corre o risco de
não conseguir transmiti-la.
Princípio da Relevância: Fragmentos de
textos que falam de assuntos
diferentes, e que não se relacionam
entre si, acabam tornando o texto
incoerente, mesmo que suas partes
contenham certa coerência individual.
Sendo assim, a representação de ideias
ou fatos não relacionados entre si, fere
o princípio da relevância, e traz
incoerência ao texto.
“Podemos notar claramente que a falta
de recursos para a escola pública é um
problema no país. O governo prometeu
e cumpriu: trouxe várias melhorias na
educação e fez com que os alunos que
estavam fora da escola voltassem a
frequentá-la. Isso trouxe várias
melhoras para o país.”
A falta de coerência em um texto é
facilmente detectada por um falante da
língua, mas não é tão simples notá-la
quando é você quem escreve.
Não há regras para delimitar o início de
um texto. Dependendo do tema, dos
conhecimentos de quem redige ou
domínio que se tem da própria prática
da escrita, tem-se diversas
possibilidades de introdução.
Ainda assim, minha sugestão para que o
início do seu texto seja atrativo é pela
criação de um contexto.
Observe o exemplo a seguir, redigido
segundo a proposta de redação do
último concurso do Banco do Brasil.
(aquela proposta do esquema!)
A vida em sociedade apresenta alguns
desafios, a começar pela própria questão
da convivência. Não é raro encontrar, nas
páginas dos veículos de comunicação,
situações em que a intolerância com o
diferente desencadeia volência e quebra-
quebra. Um exemplo recente disso pôde
ser observado nas manifestações de
2013. Foram muitos os incidentes
envolvendo a destruição de patrimônio
público e privado.
Em geral, a introdução se constrói pelo
método dedutivo – em que se vai do
geral para o particular. Nestes casos, a
introdução apresentará a tese a ser
desenvolvida no texto.
É uma parte muito importante na
construção do texto, já que apresenta
os argumentos de defesa da tese
apresentada.
Lembram-se da introdução de texto, cuja
proposta foi aplicada no último
concurso do BB?
A seguir, os parágrafos de
Desenvolvimento.
Entende-se por público aquilo que é
compartilhado pela coletividade. Logo,
a responsabilidade pela sua
preservação também deve ser
compartilhada. Equivoca-se quem
pensa ser destinado apenas ao poder
público a manutenção de espaços
como prédios, praças e ruas.
Segundo o escritor e jornalista Sergio
Buarque de Holanda, a discussão entre
público e privado passa pela questão
da civilidade. Esta, por sua vez, é
proporcional a vários fatores, dentre
eles a educação. Diante disso, pode-se
pressupor que uma sociedade
civilizada é uma sociedade educada e,
por isso, segue preceitos morais
reguladores de suas ações.
Dessa forma, garantir a consciência da
preservação – necessária – do
patrimônio público passa pelos bancos
escolares. Mas não deve ser
responsabilidade exclusiva de
educadores. Estratégias de valorização
da coletividade, respeito às normas
estabelecidas para um convívio
harmonioso e, sobretudo,
reconhecimento da importância da ética
nas relações sociais são ações
indispensáveis e de responsabilidade
compartilhada entre sociedade, escola
e poder público. Como bem defendia
Paulo Freire, a educação muda as
pessoas e pessoas mudam o mundo.
Pela lógica, a escola ensina, a família
ratifica e a sociedade, como um todo,
usufrui.
Embora a diversidade de argumentos
presentes em um texto seja um reurso
interessante, é importante ressaltar que
a fundamentação destes argumentos é
o que realmente importa.
Quando se redige o desenvolvimento de
um texto, é comum muitas ideias
aparecerem. Por isso, elaborar um
esquema para a redação ajuda
bastante.
Vou defender a ideia de que a pena de
morte não resolve o problema da
crescente onda de criminalidade no
país.
Todas as pessoas, independente de
credo ou etnia, têm direito à vida e isso
é ratificado pelas diferentes religiões.
Se levarmos em consideração a
aplicação de pena de morte em países
como EUA, perceberemos que os
índices de criminalidade não
retrocederam. Em Nova Orleans, por
exemplo, os índices de homicídios
chegam perto dos de Honduras,
considerado o país mais violento do
mundo.
Outro fator importante e, infelizmente,
real, envolve o erro na aplicação das
sentenças. No caso da pena de morte,
havendo erro, morre um inocente.
A segregação socioeconômica fortalece
a questão de que os menos
favorecidos seriam alvos mais
recorrentes, afinal, não podem pagar
um bom advogado.
Trata-se da finalização da discussão
proposta ao longo do texto. Não há
uma fórmula única para finalizar o
texto, porém, algumas dicas de
conclusão são bem legais...
Assim, estimular o pensamento crítico
com responsabilidade, valorizar a ética
nas relações pessoais e estabelecer
limites entre certo e errado contribuem
para o fortalecimento da sociedade.
Consequência disso é a percepção de
que a responsabilidade pelo coletivo é,
sim, compartilhada entre todos os
cidadãos.
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