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Inovador sistema de integração revolucionaprodução agropecuária no Brasil
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MALÁSIA ACIDENTE - Novas imagens revelam 122 objetos no Índico que podem ser de avião malaio
26 MAR 2014EFE | IPAMERI
Um inovador sistema agropecuário desenvolvido por instituições
públicas e privadas que combina a produção de grãos, leite, carne e
madeira está revolucionando o campo brasileiro e se destacando
como o melhor caminho para o desenvolvimento sustentável,
segundo fontes do setor.
O modelo de integração no mesmo terreno de cultivos agrícolas,
criação de gado e preservação de florestas (iLPF, na sigla em
português) intensifica o uso do solo com a combinação de culturas
agrícolas.
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Após dezenas de testes realizados por engenheiros para que várias
culturas cresçam ao mesmo tempo sem perda de nutrientes no
solo, os pesquisadores concluíram que o produtor pode plantar
milho e soja na mesma área tomada por pasto, que depois servirá
de alimento para cabeças de gado.
"A intenção é fazer com que o produtor não tenha que comprar
mais terras, mas possa intensificar a produção nos hectares férteis
que já tem", explicou à Agência Efe Paulo Herrmann, presidente da
companhia americana de equipamentos agrícolas John Deere no
Brasil, que patrocina o sistema.
Herrmann participou neste mês, junto com produtores e políticos,
da 8ª edição do Dia de Campo iLPF, evento organizado pela
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pela John
Deere, entre outros, e realizado na fazenda Santa Brígida, pioneira
do sistema iLPF no estado de Goiás.
"Estamos às portas da segunda grande revolução agropecuária do
Brasil, com um modelo de agricultura tropical baseada em fatos
científicos no qual transformamos grandes extensões de solos
pobres e as tornamos férteis", declarou à Efe o presidente da
Embrapa, Mauricio Lopes.
Para Lopes, o "grande desafio" do campo brasileiro é adaptar a
agricultura a um "contexto de mudança climática" e às limitações do
novo código ambiental, "que não permite abrir novas zonas de
cultivo".
Além disso, ele considera que a mão-de-obra no campo "se tornou
cada vez mais difícil" devido ao processo de urbanização, e por isso,
afirmou, é preciso "dar mais ênfase" ao desenvolvimento de
Paulo Herrmann, presidente da companhia americana de equipamentos agrícolas
John Deere no Brasil. EFE/Arquivo
máquinas e equipamentos "para que o trabalho no campo seja
menos penoso".
Para Herrman, o iLPF é "a grande resposta que está sendo dada ao
mundo de como se pode aumentar a produção sem degradar o
meio ambiente".
Apesar da má fama do eucalipto, Herrman defende seu papel no
sistema de integração e explica que esta árvore originária da
Austrália, muito utilizada para o reflorestamento, absorve o gás
metano produzido pelo gado e oferece sombra para que este possa
comer longe do sol, evitando assim uma grande perda de gordura.
Herrman lembra que o começo do iLPF não foi simples porque,
segundo contou, existe "certa resistência a qualquer coisa que não
seja convencional". Ele acrescentou que a dona da fazenda Santa
Brígida, Marize Porto, "se atreveu quando o resto era ainda cético".
Marize, por sua vez, lembra que em 2006, quando implantou o iLPF,
a fazenda estava "muito destruída"; o pasto "quase não existia" e
"as contas não fechavam para a reparação do solo". Mas com o
sistema de integração, acrescentou, "a primeira colheita já deu
lucro".
"Tínhamos quatro trabalhadores, e agora são 17. O método não é
fácil porque são três atividades ao mesmo tempo, o colaborador
tem que saber lidar com todas e não há operários formados no
mercado", declarou Marize, que pediu que o sistema seja
introduzido nos planos de estudo oficiais.
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