Características do período da restauração (1815): Tentativa de retorno ao Antigo Regime –os reis europeus,
novamente no poder, buscaram restabelecer a prática de poder do Antigo Regime;
movimento antiliberal e antinacionalista –a reação restauradora foi uma resposta contra a difusão do liberalismo e nacionalismo presentes na época;
anti-liberalismo – a Restauração foi um contra-ataque ao liberalismo, que era uma concepção de mundo ligada à burguesia, cuja ideologia expressa interesses econômicos e políticos.
A elaboração desse sistema ficou a cargo das quatro potências vencedoras em relação à França Napoleônica: Áustria, Rússia, Inglaterra e Prússia.
Ideologias da restauração: A legitimidade do Antigo Regime seria a legitimidade
monárquica, que coloca o rei e os nobres com a responsabilidade pelo poder político.
O equilíbrio entre as grandes potências seria o marco para equilíbrios nas distintas áreas geopolíticas que influenciam a intervenção sobre assuntos internos de outros países como um direito.
Pacto da Santa Aliança - em busca de uma nova ordem internacional para manter a paz, legitimando o direito de intervenção em qualquer lugar da Europa em que surgissem movimentos liberais e nacionalistas (coalizão militar entre os impérios russo, austríaco e o reino da Prússia, que durou até as revoluções europeias de 1848, combatendo revoltas liberais, interferindo na política colonial dos países ibéricos e pressionando a recolonização).
Revoluções liberais Primeira onda (1820-1824) – restringiu-se basicamente
a movimentos ocorridos em países mediterrânicos, com reflexos nas colônias da América Latina;
Segunda onda (1830) –marcou o triunfo do liberalismo diante da aristocracia na Europa Ocidental.
Terceira onda (1848) – afetou todo o continente europeu – ficou conhecida como “Primavera dos Povos”.
1820 Os países mais afetados foram os do sul da Europa,
como Portugal (revolução do Porto, que obrigou D. João VI a voltar para Portugal), Espanha, Reino de Nápoles e a Grécia (que fez sua independência do império otomano).
Na França, acirraram-se os debates entre monarquistas e liberais (republicanos e monarquistas).
Os revolucionários aceitavam o regime monárquico mas, submetido a uma Constituição.
1830 liberal – guiadas pelos preceitos do liberalismo
burguês;
antiabsolutista – em oposição às posições da Restauração;
nacionalista – fomentados por uma ideia de pertencimento a uma mesma nação.
França Vitória das oposições nas eleições para a Câmara em 1830.
O rei tomou várias medidas para não perder poder, sendo a principal a promulgação das Ordenações de Julho, que consistiam na suspensão da liberdade de imprensa; dissolução da Câmara recentemente eleita; redução do número de deputados e aumento do censo eleitoral; convocação de novas eleições para um tempo depois.
Liberais e republicanos, com os protestos da imprensa, promoveram uma insurreição que se generalizou em Paris, resultando, dessa forma, nos três dias gloriosos (as jornadas gloriosas de 27, 28 e 29 de julho de 1830) que, por sua vez, culminaram com a fuga e abdicação de Carlos X.
Luís Felipe, o rei burguês Luís Felipe I jurou uma Constituição que abolia as
censuras e mantinha o voto censitário, consolidando uma monarquia jurídica contratual e parlamentarista.
Luís Felipe I tentou conciliar a revolução com o Antigo Regime. Para isso, reformulou a Constituição, dando à alta burguesia o controle dos setores básicos da economia (ferrovias, bancos, minas de carvão e ferro), promovendo a industrialização e o desenvolvimento capitalista da França; firmou acordos com a Inglaterra; apoiou a independência da Bélgica e movimentos liberais em Portugal e Espanha; e concluiu a ocupação da Argélia, em 1847
Revoluções de 1848: a Primavera dos Povos liberalismo – guiadas pelos preceitos do liberalismo
burguês;
nacionalismo – fomentados por uma ideia de pertencimento a uma mesma nação;
socialismo – novo elemento, que busca melhorias nas condições sociais e que ganha espaço em 1848. As Revoluções de 1848 foram as primeiras revoluções sociais nas quais o socialismo apresentou-se como um componente muito forte
Antecedentes: Péssimas colheitas entre os anos de 1846 e 1848;
A fome e a alta de preços esteve presente na vida da população.
Nas indústrias, observou-se uma superprodução que não era consumida, por causa da piora de vida dos trabalhadores.
Essa situação de crise, e também de insatisfação social, encontrou nos jornais um veículo de circulação de ideias para enfrentar essa realidade.
Oposição ao governo de Luís Felipe: oposição popular
republicanos
legitimistas
bonapartistas
Socialistas
A instabilidade do regime era marcante. Os oposicionistas ao regime reuniam-se em banquetes (uma vez que eram proibidas demonstrações públicas de oposição ao regime) a fim de discutirem propostas. Porém, o primeiro-ministro (Guizot) impediu a realização desse ato. Como resposta, houve forte reação por parte dos oposicionistas. Em 1848, uma grande revolta eclodiu na cidade, levando o rei Luís Felipe I a abdicar, deixando espaço para que fosse proclamada a Segunda República Francesa (1848-1852).
Segunda república francesa A nova república criou oficinas nacionais (ateliês), a fim de
garantir ocupação aos desempregados. Além disso, definiu uma Assembleia Constituinte com o objetivo de elaborar uma nova Constituição para a França.
No campo jurídico, a França ganhou uma nova Constituição em 1848. Ainda nesse mesmo ano, as eleições presidenciais foram vencidas por Luís Bonaparte, sobrinho de Napoleão Bonaparte.
Atritos entre as instâncias legislativa e executiva serviram de desculpa para que o sobrinho de Napoleão tomasse o poder por meio de um golpe. Posteriormente, Luís Bonaparte conseguiu apoio popular para se proclamar imperador – inaugurando o período conhecido como Segundo Império (1852-1870).
Principais ideais das lutas operárias: A necessidade de uma ação violenta por parte dos
trabalhadores, para derrubar o poder vigente, eliminar a propriedade privada e sociabilizar os meios de produção. Todo este esforço seria em prol da implantação do comunismo, regime visto como capaz de eliminar as desigualdades econômicas e sociais;
A implantação do sistema socialista lenta e gradual, estruturada no pacifismo, inclusive na boa vontade da própria burguesia;
a ideia de autogestão social em um regime socialista, sem que exista um poder centralizado: conformada em uma teoria social e movimento político chamado anarquismo, surgido no século XIX a partir de uma crítica ao capitalismo, à propriedade privada e à ideia de Estado.
no caso específico inglês, a militância pela inclusão política da classe operária, representada pela associação Geral dos Operários de Londres (London Working Men's Association), deu origem ao movimento político do cartismo. Teve como principal base a carta escrita pelos radicais William Lovett e Feargus 'Connor intitulada Carta do Povo, e enviada ao Parlamento Inglês, que reivindicava sufrágio universal, voto secreto e direito de eleição de representação proletária no parlamento. Os pedidos não foram aceitos e uma greve se iniciou, sendo violentamente repreendida.
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