CeltasOs textos e as imagens a seguir proporcionam um entendimento aprofundado sobre o agente que produziu a história, os celtas.
Origens
As OrigensAs origens dos povos celtas são motivo
de controvérsia, especulando-se que entre 1900 e 1500 A.C. tenham surgido
da fusão de descendentes dos agricultores danubianos neolíticos e de
povos de pastores oriundos das estepes. Esta incerteza deriva da
complexidade e diversidade dos povos celtas, que além de englobarem grupos distintos, parecem ser a resultante da fusão sucessiva de culturas e etnias.
As OrigensEstudos genéticos realizados em 2004
por Daniel Bradley, do Trinity College de Dublin, demonstraram que os laços genéticos entre os habitantes de áreas célticas como Gales, Escócia, Irlanda, Bretanha e Cornualha são muito fortes e trouxeram uma novidade: a de que,
de entre todos os demais povos da Europa, os traços genéticos mais
próximos destes eram encontrados na península Ibérica.
As OrigensDaniel Bradley explicou que sua equipe propunha uma origem muito mais antiga
para as comunidades da costa do Atlântico: pelo menos 6000 anos atrás, ou até antes disso. Os grupos migratórios que deram
origem aos povos celtas do noroeste europeu teriam saído da costa atlântica da península Ibérica nos finais da última Idade
do Gelo e ocupada às terras recém-libertadas da cobertura glacial no noroeste
europeu, expandindo-se depois para as áreas continentais mais distantes do mar.
As Origens
Boa parte da população da Europa ocidental pertencia às etnias celtas até a eventual
conquista daqueles territórios pelo Império Romano; organizava-se em tribos, que
ocupavam o território desde a península Ibérica até a Anatólia. A maioria dos povos celtas foi conquistada, e mais tarde integrada, pelos
Romanos, embora o modo de vida celta tenha, sob muitas formas e com muitas alterações
resultantes da aculturação devida aos invasores e à posterior cristianização, sobrevivido em grande parte do território por eles ocupado.
As OrigensExistiam diversos grupos celtas compostos de várias
tribos, entre eles os bretões, os gauleses, os escotos, os eburões, os batavos, os belgas, os gálatas, os trinovantes e os caledônios. Muitos
destes grupos deram origem ao nome das províncias romanas na Europa, as quais que mais
tarde batizaram alguns dos estados nações medievais e modernos da Europa.
Os celtas são considerados os introdutores da metalurgia do ferro na Europa, dando origem
naquele continente à Idade do Ferro (culturas de Hallstatt e La Tène), bem como das calças na indumentária masculina (embora essas sejam
provavelmente originárias das estepes asiáticas).
História
HistóriaPela inexistência de dados e documentos
originais, grande parte da história dos celtas é hipotética. Sabe-se, hoje, que
se estendeu por 19 séculos, desde 1800 A.C. — quando, culturalmente, os
celtas se individualizaram entre os demais povos indo-europeus — até o século I D.C. , época da decadência motivada pela desunião entre suas várias tribos e a invasão romana às
terras que ocupavam.
HistóriaO período mais brilhante da história celta transcorre, aproximadamente, entre 725 e 480 A.C., na Era de Hallstatt, início da
civilização céltica do ferro e, também, da invasão à Europa. Os celtas se instalaram
em uma imensa região das atuais repúblicas Tcheca, Eslovaca, Áustria, sul
da Alemanha, leste da França e da Espanha, alcançando a Grã-Bretanha. Nesta fase se consolidaram os traços
particulares da civilização céltica.
História
Os Celtas foram o primeiro povo civilizado da Europa. Chegaram neste continente junto
com a primeira onda de colonização ainda em 4.000 AC. Destacaram-se dos outros
povos que chegaram à mesma época porque acreditavam em uma terra
prometida e iam à busca dela. Em 1800 AC. já tinham a sua cultura e o território
totalmente estabelecidos, isso enquanto os gregos e os romanos nem sonhavam em
nascer (e há quem diga que eles são colônias celtas).
História
Ocupavam a região da Alemanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, França e Inglaterra.
Não eram lá muito calmos e pacíficos, para se tiver uma ideia do como eram guerreiros,
para um menino ser considerado homens tinha de passar por uma prova que consistia em sair da cidade onde morava, sair da sua
região, e trazer a cabeça de qualquer pessoa que não fosse Celta. Somente com a cabeça na mão é que se fazia uma tatuagem em seu
corpo que dizia que ele agora era homem adulto.
LínguaAs línguas célticas derivam de dois ramos indo-europeus
do grupo denominado centum: o celta-Q (goidélico), mais antigo, do qual derivam o irlandês, o gaélico da Escócia e a língua manx da Ilha de Man, e o celta-P
(galo-britânico), falado pelos gauleses e pelos habitantes da Bretanha, cujos descendentes modernos são o galês (do País de Gales) e o bretão (na Bretanha).
Os registros mais antigos escritos numa língua celta datam do século VI A.C..
As informações hoje disponíveis sobre os celtas foram obtidas principalmente através do testemunho dos autores greco-romanos. Isto não permite traçar um quadro completo e imparcial do que foi a realidade quotidiana desses povos. O chamado "alfabeto das
árvores" ou Ogham surgiu apenas por volta de 400 D.C.
CulturaAs manifestações artísticas celtas possuem marcante
originalidade, embora denotem influências asiáticas e das civilizações do Mediterrâneo (grega etrusca e romana). Há uma nítida tendência abstrata na decoração de peças, com figuras em espiral, volutas e desenhos geométricos. Entre os objetos
inumados, destacam-se peças ricamente adornadas em bronze, prata e ouro, com incisões, relevos e motivos entalhados. A influência da arte celta está ainda presente nas iluminuras
medievais irlandesas e em muitas manifestações do folclore do noroeste europeu, na música e arquitetura de boa parte da
Europa ocidental. Também muitos dos contos e mitos populares do ocidente europeu têm origem na cultura dos celtas.Alguns estereótipos modernos e contemporâneos foram
associados à cultura dos celtas, como imagens de guerreiros portando capacetes com chifres e ou asas laterais (vide
Asterix), comemorações de festas com taças feitas de crânios dos inimigos, entre outros. Essas imagens se devem em parte ao conhecimento divulgado sobre os celtas durante o século
XIX.
O Nascimento dos Celtas
O Nascimento dos CeltasQuando os celtas surgem pela primeira vez nos registros históricos, por
volta de 500 a.a., aparentemente eles já haviam ocupado grande parte da região dos Alpes e as áreas imediatamente ao norte, na
França central, e em partes da Península Ibérica. Tradicionalmente, esses primeiros celtas costumam ser amplamente associados à
cultura Hallstatt da Idade do Ferro europeia. As escavações revelam tumbas ricamente adornadas, tidas como pertencentes aos chefes tribais ou às classes reais, e associadas a uma série de centros de
defesa. Esses ‘principados’ nos fornecem evidências de comércio com o Mediterrâneo clássico, especialmente com a colônia grega de
Massalia (Marselha). A partir do quinto século a.a., num território que se estende do leste da França até a Boêmia, surgiu uma nova cultura celta, que recebe o nome do sítio arqueológico de La Téne na Suíça,
onde foi identificada pela primeira vez. Também esta fase se caracteriza por sepultamentos esplendidamente decorados, contendo
evidências de contato com o mundo clássico (cidades etruscas, através dos Alpes). Pouco depois de 400 a.a., este celta La Téne
irrompeu através dos Alpes, invadindo e estabelecendo-se no vale do Rio Pó e saqueando Roma por volta de 390 a.a. Os romanos os
conheciam como Galli, gauleses – um termo posteriormente aplicado especificamente aos celtas da França. Outros migraram através dos
Bálcãs, atacando a Grécia e saqueando Delfos, possivelmente em 279 a.a. Conhecidos pelos gregos como Keltoi ou Galatae, alguns deles cruzaram o Helesponto e instalaram um reino na Turquia Central (a
Galáxia).
Religião
ReligiãoOs celtas exaltavam as forças telúricas expressas
nos ritos propiciatórios. A natureza era a expressão máxima da Deusa Mãe. A divindade máxima era feminina, a Deusa Mãe, cuja manifestação era a
própria natureza e por isso a sociedade celta embora não fosse matriarcal mesmo assim a
mulher era soberana no domínio das forças da natureza. A religião celta era politeísta com
características animistas, sendo os ritos quase sempre realizados ao ar livre. Suspeita-se que
algumas das suas cerimônias envolviam sacrifícios humanos. O calendário anual possuía várias festas místicas, como o Imbolc e o Belthane, assim como
celebrações dos equinócios e solstícios.
ReligiãoEmbora se saiba que os celtas adoravam um grande número de divindades, do seu culto hoje pouco se conhece para além de alguns dos nomes. Tendo um fundo animista, a religião celta
venerava múltiplas divindades associadas a atividades, fenômenos da natureza e coisas. Entre as divindades contavam-se
Tailtiu e Macha, as deusas da natureza, e Epona, a deusa dos cavalos. Entre as divindades masculinas incluíam-se deuses como Goibiniu, o fabricante de cerveja, e Tan Hill, a divindade do fogo. O
escritor romano Luciano faz menções a vários deuses celtas, como Taranis, Teutates e Esus, que, curiosamente, não parecem
ter sido amplamente adorados ou relevantes.Algumas divindades eram variantes de outras, refletindo a
estrutura tribal e clânica dos povos celtas. A esta complexidade veio juntar-se a plêiade de divindades romanas, criando novas
formas e designações. É nesse contexto que a deusa galo-romana dos cavalos, Epona, parece ser uma variante da deusa Rhiannon, adorada em Gales, ou ainda Macha, que era adorada na região do
Ulster.
ReligiãoAs crenças religiosas dos celtas também originaram muitos dos mitos
europeus. Entre os mais conhecidos está o mito de Cernunnos, também chamado de Slough Feg ou Cornífero na forma latinizada,
comprovadamente um dos mitos mais antigos da Europa ocidental, mas do qual pouco se conhece.
Com a assimilação no Roma, os deuses celtas perderam as suas características originais e passaram a ser identificados com as
correspondentes divindades romanas. Posteriormente, com a ascensão do Cristianismo, a Velha Religião foi sendo gradualmente abandonada, sem
nunca ter sido totalmente extinta, estando ainda hoje presente em muitos dos cultos de santos e nas crenças populares assimilados no cristianismo.
Com a crescente secularização da sociedade europeia, surgiram movimentos neo-pagãos pouco expressivos, que buscam a adaptação aos
novos tempos das crenças do paganismo antigo, sendo alguns dos principais representantes a wicca e os neo-druidas, que embora contenham
alguns elementos celtas, não são célticos, nem representam a cultura do povo celta.
A wicca tem sua origem na obra de ocultistas do século XX, como Gerald Brousseau Gardner e Alesteir Crowley. Já o neo-druidismo não tem uma
fonte única, sendo uma tentativa de reconstruir o druidismo da Antiguidade, tendo sua estruturação sido iniciada em sociedades secretas da Grã-
Bretanha a partir do século XVIII.
IntegrantesEmily Cristina Nascimento dos Santos nº 10 Larissa Oliveira nº 27 Letícia Collanieri Peres nº 29 Vinicius Tadeu Ribeiro Braga nº 45
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