UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT
DEPARTAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO CIVIL: EDIFÍCIOS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO
ATRIBUIÇÕES DO TECNÓLOGO E QUALIFICAÇÕES TÉCNICAS EXIGIDAS NO
MERCADO DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO CARIRI CEARENSE
CICERO HUGO FERREIRA COSTA
JUAZEIRO DO NORTE - CE 2018
CICERO HUGO FERREIRA COSTA
ATRIBUIÇÕES DO TECNÓLOGO E QUALIFICAÇÕES TÉCNICAS EXIGIDAS NO MERCADO DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO CARIRI CEARENSE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Tecnologia de Construção Civil da Universidade Regional do Cariri. Como requisito para colação de grau de Tecnólogo. Orientador (a): Prof.ª Msc. Janeide Ferreira Alencar de Oliveira
JUAZEIRO DO NORTE - CE 2018
Dedico este trabalho aos meus pais Joaquim
Ferreira e Solange Ferreira, por todo esforço e
sacrifício que fizeram para que eu pudesse sempre
correr atrás dos meus sonhos.
Agradecimentos
Agradeço especialmente a Deus, pois sem Ele nada disso teria sentido e
valeria a pena toda essa trajetória.
A minha família, que desde sempre me incentivou a me aprofundar na
construção civil, se hoje estou me formando em curso superior da área, foi com
total estímulos de todos. Família Ferreira, onde temos desde serventes, ferrei ros,
carpinteiros, eletricistas, pintores, pedreiros e mestre de obras nossa equipe agora
terá um Tecnólogo em Construção Civil.
A todos da minha segunda família EJC, com quem venho caminhando
durante anos, seguindo os desígnios de Deus e transformando as vidas das
pessoas por toda comunidade.
A todos do Instituto BBC, especialmente a turma 70. Pessoas de bem que
tem o propósito de transformar o mundo através do Coach e desenvolvimento
pessoal de cada um.
A meus colegas Francisco Hermerson, Leandro Lima e Hélio Junior, que
estamos na mesma luta na URCA desde o 1º semestre e também ao querido
colega futuro engenheiro Rodrigo Alves. Agora nos resta o sentimento de
irmandade e companheirismo que levaremos o resto da vida.
A Gloria Teixeira, mulher incrível que me incentiva e sempre acreditou em
meus objetivos de vida, nunca me deixou desistir e sempre mostra que sou capaz
de alcançar tudo que pretendo.
“É perigoso, Frodo, sair porta a fora, você pisa na
Estrada e se não controlar seus pés nunca se sabe
para onde será levado.”
(O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel)
Resumo
O tecnólogo em construção civil é um profissional com grande potencial e que é pouco explorado no mercado. Além de oferecer uma vasta prática dentro das obras, também demonstra que pode atuar na parte administrativa das empresas, auxiliando nos projetos, orçamentos e outras áreas. Esse estudo objetivou analisar as atribuições legais dos tecnólogos, de acordo com o CREA comparando com a atuação no mercado de trabalho; buscar quais as perspectivas dos acadêmicos em relação ao a indústria da construção civil; e analisar qual a visão do mercado tem sobre os tecnólogos e o que é exigido deste profissional. Para tanto, inicialmente foi utilizado o método de coleta de dados e a pesquisa bibliográfica, onde foi esclarecido as atribuições, em seguida foi realizado uma pesquisa de campo para descobrir as demandas do mercado. A partir da análise de dados foi possível perceber que boa parte da população, que está diretamente ligada ao tecnólogo, na região do Cariri Cearense, ainda tem pouco conhecimento sobre a profissão. Deve-se ter em mente a importância que o tecnólogo tem para sociedade, pois faz a combinação entre o conhecimento teórico aprendido em sala de aula e une com as práticas em canteiros de obra. Portanto, por meio de todo estudo realizado e da pesquisa apresentada foi possível confirmar que o mercado está sedento por profissionais com competências, sendo o tecnólogo uma opção para agregar valor nas empresas, porém o profissional ainda não está sendo tão difundido na região.
Palavras chave: Tecnólogo. Construção civil. Mercado de trabalho.
Lista de Figuras
Gráfico 1 - Perfil do público alvo .............................................................................................. 28
Gráfico 2 - Faculdades dos alunos entrevistados.................................................................... 29
Gráfico 3 - Porcentagem dos alunos em cada semestre ........................................................ 29
Gráfico 4 - Expectativas dos alunos para o mercado da construção civil ............................... 30
Gráfico 5 - Atribuições dos tecnólogos - alunos entrevistados ............................................... 32
Gráfico 6 - Instituição de formação dos tecnólogos na região do cariri .................................. 33
Gráfico 7 - Tecnólogo, você está trabalhando em sua área de formação? ............................ 33
Gráfico 8 - Fatores que dificultam a inserção no mercado ...................................................... 34
Gráfico 9 - Atribuições dos tecnólogos - tecnólogos entrevistados ........................................ 35
Gráfico 10 - Atuação do tecnólogo no mercado de trabalho - tecnólogos entrevistados ....... 36
Gráfico 11 - Engenheiro/arquiteto, você já trabalhou com tecnólogos? ................................. 37
Gráfico 12 - Atribuições dos tecnólogos – engenheiros e arquitetos entrevistados ............... 38
Gráfico 13 - Atuação dos tecnólogos no mercado de trabalho – engenheiros e arquitetos
entrevistados ............................................................................................................................ 39
Gráfico 14 - O tecnólogo atende ao que lhe é solicitado? ...................................................... 39
Gráfico 15 - Engenheiro/arquiteto, você recomenda tecnólogos em construção civil? .......... 40
Gráfico 16 - Empresários, vocês estão trabalhando com tecnólogos atualmente?................ 40
Gráfico 17 - Atribuições dos tecnólogos - empresários entrevistados .................................... 41
Gráfico 18 - Atuação dos tecnólogos no mercado de trabalho - empresários entrevistados . 42
Gráfico 19 - O tecnólogo atende o que é exigido? .................................................................. 43
Gráfico 20 - Empresários recomendam os tecnólogos em construção civil? ......................... 43
Sumário 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 9
1.1 Justificativa ........................................................................................ 10
1.2 Objetivos ........................................................................................... 10
1.2.1 Objetivo geral ................................................................................ 10
1.2.2 Objetivos específicos .................................................................... 10
2. UM BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA NO BRASIL 12
2.1 DÉCADA DE 1960 ............................................................................ 12
2.2 DÉCADA DE 1970 ............................................................................ 13
2.3 DÉCADA DE 1980 ............................................................................ 13
2.4 DÉCADA DE 1990 ............................................................................ 14
2.5 DÉCADA DE 2000 ............................................................................ 15
2.6 DÉCADA DE 2010 ............................................................................ 18
2.7 CENÁRIO DO CARIRI ....................................................................... 18
3. O PROFISSIONAL TECNÓLOGO ........................................................... 20
3.1 PERFIL.............................................................................................. 20
3.2 ATRIBUIÇÕES .................................................................................. 21
3.2.1 ATRIBUIÇÕES INICIAIS ............................................................... 21
3.2.2 EXTENSÃO DE ATRIBUIÇÕES .................................................... 24
4. METODOLODIA ...................................................................................... 26
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................. 28
5.1 Perfil Aluno ........................................................................................ 28
5.2 Tecnólogos ........................................................................................ 32
5.3 Engenheiro e Arquiteto ...................................................................... 36
5.4 Empresário ........................................................................................ 40
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 44
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 46
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1. INTRODUÇÃO
A indústria da construção civil, se encontra em um mercado bastante difícil. De
acordo com Bugnotto (2017) “A competitividade na construção civil é cada vez maior”,
onde somente os melhores se destacam e conseguem sobreviver.
Com o mercado bastante conturbado e tecnologias em constante evolução, as
organizações devem procurar sempre estratégias e alternativas para aperfeiçoamento
de processos, planejamento e controle de qualidade, para prestação de um serviço
satisfatório e que faça que a empresa seja sempre a primeira opção para os clientes.
O setor da construção civil não se afasta dessa realidade e deve investir tanto
em novas tecnologias como também em aprimoramento constante de seus
colaboradores e procedimentos de construção, para se encaixar no mercado atual e
então obter sucesso neste ramo.
Este trabalho abordou questões sobre uma grande profissão que poucos tem
conhecimento: O tecnólogo. Onde serão discutidos desde o surgimento da profissão
até os dias atuais, quais são as atribuições legais vigentes e quais são as habilidades
que o mercado espera que esse profissional tenha para atender sua demanda.
Segundo a Resolução nº473 (CONFEA, 2002) existem diversos grupos,
modalidades e níveis de títulos profissionais inseridos no CONFEA. Este trabalho dá
ênfase ao Tecnólogo da Construção Civil. Portanto, buscou-se reunir informações
com o propósito de responder ao seguinte problema de pesquisa: O que realmente o
tecnólogo pode fazer e o que as empresas esperam desse profissional?
O tecnólogo da construção civil, apresenta-se como uma alternativa para
atualização das empresas no mercado de trabalho. “O tecnólogo tem disciplinas mais
práticas e voltadas para as necessidades do mercado de trabalho” (Mundo vestibular,
2018). Sendo assim um profissional ideal para se adaptar as mudanças e enfrentar as
exigências atuais.
É importante ressaltar que este trabalho abordou de maneira geral das
atribuições dos tecnólogos a nível nacional, visto que essas regras servem para todo
território brasileiro. Em relação à pesquisa sobre a exigências do mercado, o público
alvo foi os alunos, profissionais e empresários da região do Cariri, situado no sul do
estado do Ceará.
10
1.1 JUSTIFICATIVA
O tecnólogo em construção civil é um profissional muito usado nas grandes
construtoras atualmente. Muitas empresas buscam esse profissional, pois eles unem
a teoria em sala de aula com a prática nos canteiros de obra.
A pesquisa traz consigo, uma oportunidade de ajudar alunos e tecnólogos a
esclarecer quais são suas atribuições legais, conforme o CONFEA - Conselho Federal
de Engenharia e Agronomia. Motivando os interessados, para ajustar-se para a
realidade do mercado, permitindo o alavancamento para os resultados esperados.
O estudo irá agitar o mercado, visto que deve expandir o conhecimento sobre
a profissão de tecnólogo, onde abrirá a mente dos construtores e pode suscitar o
interesse para este tipo de profissional. Alertando também aos empresários as
possibilidades que o tecnólogo pode oferecer para o crescimento e proeminência na
indústria da construção civil.
Será indicado um caminho mais claro e com boas perspectivas para os
estudantes e profissionais, apresentando desde as atribuições legais dos tecnólogos,
até as habilidades necessárias para o refinamento daqueles que pretendem aprimorar
seus conhecimentos e continuar em constante desenvolvimento. Com base na
pesquisa, verifica-se o que as empresas e profissionais diretamente ligados a ele,
esperam desse profissional.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral
O trabalho tem o intuito de apresentar as atribuições legais do tecnólogo com
base nas Resolução do CONFEA, analisando as perspectivas dos alunos e
profissionais que atuam na área, apontando as principais aptidões que as empresas
esperam de um tecnólogo da construção civil e como alcançar e/ou aprimorar o seu
conhecimento na área para ter sucesso na profissão.
1.2.2 Objetivos específicos
Pensou-se em alguns pontos para dar destaque a pesquisa, que se dividem
nos seguintes objetivos específicos:
11
• Apresentar as atribuições legais do profissional tecnólogo da construção civil,
de acordo com o CONFEA.
• Apresentar quais são os anseios e perspectivas dos estudantes e tecnólogos
para o mercado de trabalho atual.
• Apontar qual a visão que as empresas têm em relação aos tecnólogos e quais
suas principais funções no mercado de trabalho.
12
2. UM BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA NO BRASIL
Existe uma forma prática, porém complicada para quebrar essa barreira de
reconhecimento da população referente ao tecnólogo, que seria melhorar a
compreensão do papel dos tecnólogos, tanto no contexto produtivo - focado em obras
e trabalhando em grande empresa, como no quesito acadêmico, apresentando
trabalhos científicos e mostrando suas habilidades. (Cartilha do tecnólogo, 2009, p.2)
Onde, o próprio Marcos Túlio, completa ANT et.al (Cartilha do tecnólogo: o
caráter e a identidade da profissão, 2010, p. 8):
Conclamo a todos para uma reflexão sobre esta questão, onde os interesses maiores de desenvolvimento do país devem ser colocados acima dos interesses corporativos, devendo-se lançar um olhar para o futuro, de modo a contribuirmos para um projeto de futuro para a nossa nação.
A seguir apresenta-se, a ordem cronológica dos acontecimentos mais
impactantes para a profissão, onde fortaleceu seus laços e foram formadas várias
entidades as quais estão na luta pelos direitos dos tecnólogos até hoje.
2.1 DÉCADA DE 1960
Nesta época houve grandes transformações socioeconômicas na sociedade, o
que favoreceu o surgimento dos Cursos Superiores de Tecnologia - CST no Brasil,
estes cursos envolviam diversos setores produtivos, a partir da implantação da
reforma do ensino industrial. Neste período foram surgindo os primeiros cursos
tecnológicos, onde o estado de São Paulo sai na frente com o Centro Paula Souza,
ao qual foram espalhando-se por todo Brasil.
A lei nº 5.540 de 28 de novembro de 1968 do Congresso Nacional, que tem
como objetivo, fixar normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua
articulação com a escola média, e dá outras providências. Afim de responder às
demandas e características do mundo do trabalho, que disciplinou a educação
superior brasileira, dando destaque aos artigos 18 e 23, que dão ênfase ao objetivo
de “atender às peculiaridades do mercado de trabalho regional, autorizando, segundo
a área abrangida, que os cursos apresentassem modalidades e duração diferentes”
(ANT, 2010, p. 12), fazendo com que fique mais claro que existe a possibilidade de
criação de Cursos Superiores de Tecnologia e que é interessante para todo Brasil.
13
2.2 DÉCADA DE 1970
Com a mudança de década, os pensamentos foram se aprofundando e criando
mais força na esfera federal, onde foi visto que essa área tecnológica necessita de
mais incentivo e “na década de 1970 o governo federal deu início à formação de
tecnólogos na Rede Federal de Educação Profissional. Nessa Rede, o caso mais
clássico foi a criação do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná”
(Evolução histórica da educação tecnólogia do Brasil, 2009, p. 8). Dando início a um
grande avanço para os tecnólogos.
De acordo com a Cartilha do Tecnólogo (2010, p. 11) que vem nos dizer que
“com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI algumas iniciativas
foram surgindo. O estado do Rio de Janeiro surgiu o Centro de Tecnologia da Indústria
Química e Têxtil, no ano de 1973”. Que facilitou bastante o empenho e acessibilidade
dos estudantes na época.
Até meados do ano de 1977, os cursos tecnológicos coexistiram com os cursos
de Engenharia de Operações, onde esta modalidade de engenharia foi extinta. Os
cursos tecnológicos chegam a ser confundidos com essa antiga engenharia até hoje.
A Cartilha do Tecnólogo (2010, p. 12) esclarece que as primeiras turmas de formação
de tecnólogos alcançou bastante sucesso porém, desde o início houve uma
resistência dos meios acadêmicos que acabou por inibir a expansão desses cursos,
alegando que é necessária uma ampla pesquisa de mercado para comprovar a
necessidade daqueles profissionais.
2.3 DÉCADA DE 1980
Neste período houve a publicação do parecer do Conselho Federal de
Educação - CFE n°364 de 1980 “que discutiu as prerrogativas “legais” dos chamados
órgãos de classe e apontou para o entendimento de exercício livre de profissões, salvo
aquelas prescritas em lei” (Evolução histórica da educação tecnólogia do Brasil, 2009,
p. 9).
Com a Resolução CFE n° 12, publicada em 30 de dezembro de 1980, veio
também uma nova denominação de “Cursos Superiores de Tecnologia”, como o
objetivo de atender o que o mercado de trabalho exigia na época. Foi nesta mesma
época que foram criadas as primeiras entidades representativas dos profissionais
tecnólogos no país, como efeito das restrições impostas, que neste caso, as limitações
14
estão ligadas ao profissional exercer o que lhe é oferecido em sua formação
tecnológica. (Cartilha do tecnólogo: o caráter e a identidade da profissão, 2010, p. 12)
Em 1986 com a publicação da Resolução n° 313 do Confea, foi um grande
marco para a profissão, pois regulamentou o exercício profissional dos tecnólogos nas
áreas submetidas à sua regulamentação. Esta resolução é a que rege as atribuições
legais dos profissionais tecnólogos atualmente, que será discutida detalhadamente no
decorrer desta pesquisa.
Em 1987, aconteceu em Curitiba-PR, o 1° Encontro Nacional de Educação
Tecnológica - ENET, que reuniu de todo Brasil vários profissionais docentes e
discentes de Cursos Superiores de Tecnologia.
Com o Decreto Federal nº 97.333 de 21 de dezembro de 1988, foi dada a
autorização do funcionamento do curso superior de Tecnologia em Hotelaria do
Instituto Superior de Hotelaria e Turismo, em São Paulo, Estado de São Paulo.
(Cartilha do tecnólogo: o caráter e a identidade da profissão, 2010, p. 13) Com isso
houve uma grande mudança na de turismo e hotelaria, abrindo também oportunidade
para o setor terciário, onde instituições buscaram cada vez mais, oferecer Cursos
Superiores de Tecnologia, voltado à essa área.
2.4 DÉCADA DE 1990
Em 1997 foi publicado o Decreto Federal nº 2406, que ao estender a autonomia
para os Centros Federais de Educação Tecnológica, também estabeleceu que sua
transformação se daria após avaliação de seu projeto institucional de transformação,
a ser aprovado pelo Ministro de Estado de Educação, nos termos da Lei 8948/94,
quando então sua implantação se daria por Decreto Presidencial específico.
Em seguida com a Portaria Ministerial nº 1647 de 1999 que dispõe sobre o
credenciamento de Centros de Educação Tecnológica em geral, em seu artigo 14,
concede autonomia para abrir novos cursos de nível tecnológico de educação
profissional, nas mesmas áreas profissionais daqueles já reconhecidos,
independentemente de autorização prévia, devendo a instituição encaminhar, nos
prazos estabelecidos, projeto para reconhecimento dos referidos cursos.
15
2.5 DÉCADA DE 2000
Com os Pareceres do Conselho Nacional de Educação - CNE/Câmara de
Educação Superior - CES nº 436/2001, CNE/Conselho Pleno nº 29/2002 e Resolução
CNE/CP nº 3/2002, regulamentação do Conselho Nacional, cessaram-se as dúvidas
sobre a condição de cursos de graduação criando assim uma grande expansão
desses cursos pelo país.
Temos nessa época “destaques para a Rede Federal de Educação Profissional,
Científica e Tecnológica, Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza e
para o SENAI” (Evolução histórica da educação tecnólogia do Brasil, 2009, p. 3) que
mostra com abrangência que existem mais instituições privadas de educação superior
e consequentemente mais alunos.
Com o projeto do governo federal de fazer a transformação das então Escolas
Técnicas Federais em Centros Federais de Educação Tecnológica, houve um grande
impulso na oferta de graduações tecnológicas no país. De acordo com (Evolução
histórica da educação tecnólogia do Brasil, 2009) houve uma grande participação das
Instituições de Ensino Superior - IES privadas, atingindo em 2002 mais de 800 Cursos
Superiores de Tecnologia, com aproximadamente 150 mil alunos.
Em 2004, aconteceu o I Encontro Nacional dos Tecnólogos da Engenharia
realizado em São Paulo, com a participação do Sindicato dos Tecnólogos de São
Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Acre, Bahia e Paraná. (Cartilha do
tecnólogo: o caráter e a identidade da profissão, 2010, p. 13), tendo sido criada na
ocasião a Associação Nacional dos Tecnólogos - ANT, para organizar os segmentos
da categoria vinculados ao Sistema Confea/Crea, em âmbito nacional, buscando
estabelecer a interlocução com os poderes legislativo e executivo, instituições
públicas e privadas federais, incentivando a criação de entidades representativas nos
estados da Federação, voltadas para a defesa de uma política de inclusão,
reconhecimento, integração e valorização dos tecnólogos da Engenharia.
Em 2005, com a edição do Decreto 5154/2004, para regulamentar a educação
profissional e tecnológica, algumas divergências existentes nos modelos de formação
foram esclarecidas, melhorando as aparências para a educação profissional e
tecnológica.
A publicação da Resolução nº 1.010 de 22 de agosto de 2005 do Confea, que
dispõe sobre a regulamentação da atribuição de títulos profissionais, atividades,
16
competências e caracterização do âmbito de atuação dos profissionais inseridos no
Sistema Confea/Crea, para efeito de fiscalização do exercício profissional, de acordo
com a grade curricular de cada curso e não apenas pelo título acadêmico apresentado
ao sistema para definir atribuições.
Foi enorme avanço para a atuação plena do tecnólogo no mundo do trabalho.
No entanto, ainda existem resoluções antigas que não foram modificadas para se
adequar ao novo ordenamento jurídico do país.
Criação da Lei 11.195 de 2005 que retira o impedimento legal à criação de
unidades federais de educação profissional e tecnológica (Cartilha do tecnólogo: o
caráter e a identidade da profissão, 2010) e com isso inicia-se a expansão da rede
federal de educação profissional.
Criação do Decreto 5.773 de 2006, que organiza o Catálogo Nacional de
Cursos Superiores de Tecnologia, um guia para referenciar estudantes, educadores,
instituições ofertantes, sistemas e redes de ensino, entidades representativas de
classes, empregadores e o público em geral, como forma de aprimorar e fortalecer os
cursos superiores de tecnologia. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2016).
Em 2007 os dois primeiros Cursos Superiores de Tecnologia realizaram o
Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes - ENADE: Radiologia e
Agroindústria.
No dia 11 de outubro de 2007, foi apresentado pelo Deputado Reginaldo Lopes,
o Projeto de Lei nº 2.245/2007, que tem como objetivo “regulamentar a profissão de
Tecnólogo e dar outras providências”. A seguir apresenta-se, de uma forma resumida,
como está o andamento do PL n° 2.245, (Câmara dos Deputados, 2007) onde estão
citados os pontos de maior contribuição, conforme o Quadro 1.
Quadro 1 - Andamento do Projeto de Lei nº2.245 de 2007
Data Andamento
17/10/2007 PLENÁRIO (PLEN)
▪ Apresentação do Projeto de Lei pelo Deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).
26/03/2009 Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP)
▪ Designado Relator, Dep. Vicentinho (PT-SP)
26/05/2010
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP)
▪ Apresentação do Parecer do Relator n. 4 CTASP, pelo Deputado Vicentinho (PT-SP).
▪ Parecer do Relator, Dep. Vicentinho (PT-SP), pela aprovação, com substitutivo.
07/07/2010 Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP)
▪ Aprovado por Unanimidade o Parecer.
18/08/2010 Comissão de Educação e de Cultura (CEC)
17
▪ Designada Relatora, Dep. Maria do Rosário (PT-RS)
21/12/2010 Comissão de Educação e de Cultura (CEC)
▪ Designado Relator, Dep. Angelo Vanhoni (PT-PR)
31/01/2011
Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA)
▪ Arquivado nos termos do Artigo 105 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.
Publicação no DCD do dia 01/02/2011 - Suplemento ao nº 14.
09/02/2011
Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA)
▪ Apresentação do REQ 288/2011, pelo Dep. Reginaldo Lopes, que solicita o
desarquivamento de proposição.
17/02/2011
Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA)
▪ Desarquivado nos termos do Artigo 105 do RICD, em conformidade com o despacho
exarado no REQ-288/2011.
26/04/2011 Comissão de Educação e de Cultura (CEC)
▪ Devolvido ao Relator, Dep. Angelo Vanhoni (PT-PR)
26/09/2011
Comissão de Educação e de Cultura (CEC)
▪ Apresentação do Parecer do Relator n. 2 CEC, pelo Deputado Angelo Vanhoni (PT-
PR)
▪ Parecer do Relator, Dep. Angelo Vanhoni (PT-PR), pela aprovação deste, com
substitutivo.
19/10/2011 Comissão de Educação e de Cultura (CEC)
▪ Aprovado por Unanimidade o Parecer.
21/03/2012 Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC)
▪ Designada Relatora, Dep. Fátima Bezerra (PT-RN)
11/12/2012
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC)
▪ Apresentação da Complementação de Voto n. 1 CCJC, pela Deputada Fátima Bezerra
(PT-RN).
▪ Parecer com Complementação de Voto, Dep. Fátima Bezerra (PT-RN), pela
constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, com substitutivo, e dos
Substitutivos das Comissões de Educação e Cultura e de Trabalho, de Administração
e Serviço Público, com subemendas substitutivas.
11/04/2013
PLENÁRIO (PLEN)
▪ Apresentação do Recurso n. 193/2013, pelos Deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e
outros, que: "Contra a apreciação conclusiva da Comissão Especial da Câmara dos
Deputados sobre o Projeto de Lei nº 2.245, de 2007.
16/04/2013
PLENÁRIO (PLEN)
▪ Apresentação do Recurso contra apreciação conclusiva de comissão (Art. 58, § 1º c/c
art. 132, § 2º, RICD) n. 194/2013, pelo Deputado Sandro Alex (PPS-PR), que: "Contra
a apreciação conclusiva pelas Comissões do Projeto de Lei nº 2.245 de 2007".
08/08/2018
PLENÁRIO (PLEN)
▪ Apresentação do Requerimento n. 9094/2018, pela Deputada Laura Carneiro (DEM-
RJ), que: "Requer a inclusão, na Ordem do Dia, do Recurso nº 193, de 2013, e seu
apensado Recurso nº 194, de 2013, que versam sobre o Projeto de Lei nº 2.245, de
2007, que 'Regulamenta a profissão de Tecnólogo e dá outras providências.
Fonte: Site da Câmara dos Deputados – Palácio do Congresso Nacional (2018)
Desde abril de 2013, o referido PL, está paralisado na Mesa Diretora da Câmara
dos Deputados. O Projeto foi aprovado por todas as Comissões da Câmara, inclusive
18
pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – CCJC. No entanto o Recurso
193/2013 apresentado pelo Deputado Jair Bolsonaro e o Recurso 194/2013
apresentado pelo Deputado Sandro Alex paralisaram a tramitação Conclusiva do PL
2.245/2007. (CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2007)
Para suspender esse impedimento na tramitação do PL, é preciso que os
recursos sejam colocados na ordem do dia para votação em plenário e derrubada dos
requerimentos.
2.6 DÉCADA DE 2010
Em 2010 foi publicado a 2ª Edição do Catálogo Nacional de Cursos Superiores
de Tecnologia, abraçando agora 113 denominações dessa categoria.
Nos anos seguintes, foram lançadas resoluções para suspender a
aplicabilidade da Resolução 1.010 de 2005. Resolução nº 1.040 de 2012, n° 1.051 de
2013 e nº 1.062 de 2014. A justificativa para essas suspensões é que ao longo dos
anos anteriores não foi operacionalizada, em sua totalidade, a sistemática de
implantação da Resolução nº 1.010, de 2005, não permitindo aos Conselhos
Regionais de Engenharia e Agronomia - CREAs a sua aplicação na determinação de
atividades e competências no âmbito da atuação profissional, ou seja, na concessão
de atribuições profissionais. (CONFEA, Evolução histórica da educação tecnólogia do
Brasil, 2009).
Em 19 de abril de 2016 foi publicado, a Resolução 1.073 que regulamenta a
atribuição de títulos, atividades, competências e campos de atuação aos profissionais
registrados no Sistema Confea/Crea para efeito de fiscalização do exercício
profissional no âmbito da Engenharia e da Agronomia. (CONFEA, 2016)
Ainda em 2016, foi publicada a 3ª Edição do Catálogo Nacional de Cursos
Superiores de Tecnologia - CNCST, que resultou na revisão das edições anteriores,
fazendo um apanhado geral dos 113 cursos já constantes do catálogo anterior, e o
acréscimo de 21 novas denominações, totalizando 134 denominações de Cursos
Superiores de Tecnologia a integrarem o novo CNCST.
2.7 CENÁRIO DO CARIRI
O local escolhido para desenvolvimento desta pesquisa foi a região do Cariri,
no sul do Ceará. O curso de Tecnologia em Construção Civil, tendo sido reconhecido
19
pela Portaria Ministerial nº 603/86, de 18 de agosto de 1986, publicado no D.O.U. de
20 de agosto de 1986. Vem oferecendo ensino público em sintonia com as demandas
do mercado.
O MEC atualmente disponibiliza 113 cursos Superiores de Tecnologia. Dentre
esses existem 134 denominações e com 13 eixos tecnológicos, de acordo com o
Ministério da Educação (2016, p. 7).
Neste cenário temos várias instituições na região, que oferecem cursos de
ensino superior tecnológico. Dentre delas, temos a Universidade Regional do Cariri –
URCA, onde tem-se o curso de Tecnologia da construção civil, com duas
modalidades: Edifícios, como também, Topografia e Estradas. O trabalho foi realizado
com base nas atribuições e mercado para o Tecnólogo da construção civil,
independente de qual habilitação.
Na região, também se encontra outras instituições de ensino superior, que
oferecem graduação em tecnologia. No caso o Instituto Federal do Ceará, oferece os
cursos de Tecnologia em construção de edifícios e Tecnologia em automação
industrial.
Outra IES que oferecer cursos de ensino tecnológico é o Instituto Centro de
Ensino Tecnológico – CENTEC, que oferta os cursos de Tecnologia em Alimentos,
Tecnologia em Irrigação e Drenagem, Tecnologia em Saneamento Ambiental e
Tecnologia em Manutenção Industrial.
Na região do Cariri, tem-se instituições particulares que oferecem cursos
tecnológicos. O Instituo Dom José de Educação e Cultura - IDJ, oferta o curso de
Tecnologia em Recursos Humanos. A Faculdade de Juazeiro do Norte, recentemente
implantou o curso de Tecnologia em Segurança do Trabalho.
Com muita abrangência, limita-se a pesquisa ao eixo tecnológico Infraestrutura,
que compreende as tecnologias relacionadas à construção civil e ao transporte, onde
o foco do trabalho é a Tecnologia em Construção Civil. Esse estudo de caso,
apresenta-se para saber quais são as necessidades do mercado e o que é exigido
deste tipo de profissional na Região do Cariri Cearense.
20
3. O PROFISSIONAL TECNÓLOGO
Deve-se ter em mente o que o mercado espera deste profissional, para assim
ter a busca de conhecimentos e habilidades mais prosperas e fascinantes para o setor
da Construção Civil. Esta pesquisa tem início nas aspirações dos alunos em relação
a profissão e emprego, continua com a opinião de outros profissionais em relação ao
tecnólogo e por fim, temos quais são as expectativas que os empresários têm sobre
esse possível colaborador.
3.1 PERFIL
Atualmente tem-se várias definições sobre o profissional tecnólogo e quais são
suas funções, campo de atual e perfil. A seguir são citadas as seguintes
considerações em relação ao tecnólogo.
Segundo a Pró-reitoria de Graduação da Universidade Regional do Cariri –
URCA, (URCA, 2015), o campo de trabalho do Tecnólogo possibilita ao profissional:
Aplicar e desenvolver os conhecimentos adquiridos nos seguintes segmentos: Empresas de Construção Civil em geral, Prefeituras Concessionárias de água, esgoto e energia e Órgãos Públicos ligados à atividade da Construção Civil, além de poder abrir a sua própria empresa, desde que o objetivo social desta seja compatível com as suas atribuições.
De acordo com o Ministério da Educação (2016, p. 2) o perfil do Tecnólogo em
construção de Edifícios, após a conclusão do curso, é um profissional que:
Gerencia, planeja e executa obras de edifícios. Fiscaliza e acompanha o desenvolvimento de obras de edifícios. Elabora orçamento e planejamento de obras. Gerencia resíduos de obras. Projeta estruturas em concreto armado. Gerencia aspectos relacionados à segurança, otimização de recursos, respeito ao meio ambiente e manutenção de edificações. Executa desenhos técnicos. Vistoria, realiza perícia, avalia, emite laudo e parecer técnico em sua área de formação.
Segundo o Guia da Carreira (2018) o tecnólogo em Construção de Edifícios é
responsável por todo canteiro de obra. E as faculdades, tem em sua grade curricular,
além dos conhecimentos sobre estruturas, resistência de materiais ou instalações
hidráulicas e elétricas, disciplinas como:
• Gerência de Custos
• Gerência de Suprimentos
• Legislação
• Planejamento de Obras
• Processos Construtivos
21
• Segurança
Além de planejar obras de construção de edifícios, o tecnólogo pode atuar na
restauração e manutenção destas edificações. E pode-se listar como suas funções:
• Fiscalizar e acompanhar o cronograma físico-financeiro da construção.
• Elaborar o projeto básico do canteiro de obras.
• Promover a segurança necessária nos processos construtivos.
• Realizar estudos de viabilidade técnico-econômica.
• Avaliar o desempenho da evolução da obra.
• Atuar no controle de qualidade dos materiais utilizados.
Segundo Silveira (2017, p. 5) “o tecnólogo é um profissional que tem a
capacidade de desenvolver conhecimento científico passível de aplicação no
mercado, já que conta com uma formação específica e voltada para isso”. O
profissional tem disciplinas mais práticas e voltadas para sua área, o que diferencia
de um bacharel que tem disciplinas mais abertas.
Além disso, um profissional formado na área tecnológica, focado na sua
especificidade, é muito requisitado pelas universidades, na área da engenharia,
devido à bagagem adquirida na graduação aliada às experiências no mercado, sendo
capaz de transmitir o conhecimento prático adquirido em sua área de atuação de modo
enriquecedor aos alunos.
3.2 ATRIBUIÇÕES
Cada profissão deve ter suas devidas atribuições para que se possa fazer um
trabalho de acordo com o que lhe foi imposto. Apresenta-se a seguir as atribuições
iniciais dos tecnólogos e como se pode fazer as extensões das mesmas. São citadas
normas e Resoluções, conforme o CONFEA, das atribuições legais vigentes no
sistema.
3.2.1 ATRIBUIÇÕES INICIAIS
A Resolução nº 313 de 26 de setembro de 1986, do CONFEA – Conselho
Federal de Engenharia e Agronomia. “Dispõe sobre o exercício profissional dos
Tecnólogos das áreas submetidas à regulamentação e fiscalização instituídas pela Lei
nº 5.194, de 24 DEZ 1966, e dá outras providências” (CONFEA, 1986).
Porém esta resolução teve o art. 16, revogado pela resolução nº 473 de
novembro de 2002, que de acordo com seu art. 8º, prescreve que: “Revogam-se as
22
disposições em contrário, especialmente o contido no art. 2º, exceto o seu parágrafo
único, da Resolução nº 262, de 28 de julho de 1979 e art. 16 da Resolução nº 313, de
26 de setembro de 1986” (CONFEA, 2002).
Conforme citado acima, a resolução nº 473/2002, revoga o art. 16º e vem
instituir uma Tabela de Títulos Profissionais do Sistema CONFEA/Crea. O art.16 da
resolução nº 313/1986, já estava ficando sem uso visto que outras engenharias e
outros ramos desta ciência estariam surgindo e sendo reconhecidas pelos órgãos
responsáveis. Nisso o autor deixa claro que é imprescindível necessidade de
relacionar os diversos títulos profissionais, com características curriculares idênticas,
similares ou resultantes de micro áreas do conhecimento, anteriormente previstas.
(CONFEA, 2002).
Assim essa nova resolução vem para substituir o art.16 da resolução 313/1986,
apresentando em anexo a Tabela de Títulos Profissionais. Essa resolução também
nos mostra que um dos seus propósitos é: (CONFEA, RESOLUÇÃO Nº 473, 2002)
Art. 1º Instituir a Tabela de Títulos Profissionais do Sistema Confea/Crea,
anexa, contemplando todos os níveis das profissões abrangidas pelo Sistema
Confea/Crea, contendo:
a) código nacional de controle
b) título profissional
c) quando for o caso, a respectiva abreviatura.
Conforme verificado, essa nova resolução veio para esclarecer a vida dos
profissionais do sistema Confea/Crea. Trata-se inegavelmente de uma resolução que
veio para dar providencias às profissões que não se encaixavam na antiga resolução
nº 313/1986. Seria um erro também não destacar sua importância, sendo que vem
para atribuir e regularizar alguns ramos de estudo de engenharia de acordo com seu
nível e modalidade.
A classe dos tecnólogos tem suas atribuições legais com base na Resolução
nº 313, do CONFEA. Nesse contexto, fica claro que é necessário algo mais, como
uma lei para que realmente seja firmado essas atribuições diante todos, o que já está
tramitado na Câmara dos Deputados com o Projeto de Lei nº 2.245 de 2007.
É importante que os tecnólogos busquem cada vez mais se capacitar e buscar
conhecimento sobre como anda a legalidade de sua profissão. Assim, preocupa o fato
de já estavam definidas as atribuições dos tecnólogos, institui a tabela de títulos
profissionais em algumas delas devemos estar subordinados aos engenheiros, como
por exemplo nos diz a CONFEA (RESOLUÇÃO Nº 313, 1986):
23
Compete, ainda, aos Tecnólogos em suas diversas modalidades, sob a
supervisão e direção de Engenheiros, Arquitetos ou Engenheiros Agrônomos:
1) execução de obra e serviço técnico;
2) fiscalização de obra e serviço técnico;
3) produção técnica especializada.
O parágrafo único do art.3º da Resolução nº 313/1986 do CONFEA, determina
as atividades que os tecnólogos podem fazer com a supervisão e direção de algum
outro profissional. Porém, não é limitado somente a esses.
O tecnólogo pode tem algumas atribuições próprias que podem ser exercidas
puramente pelo profissional, sem o auxílio e supervisão de outros, enfim temos as
seguintes atribuições que o tecnólogo pode exercer, conforme a resolução nº
313/1986:
Art. 3º - As atribuições dos Tecnólogos, em suas diversas modalidades, para efeito do exercício profissional, e da sua fiscalização, respeitados os limites de sua formação, consistem em: 1) elaboração de orçamento; 2) padronização, mensuração e controle de qualidade; 3) condução de trabalho técnico; 4) condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção; 5) execução de instalação, montagem e reparo; 6) operação e manutenção de equipamento e instalação; 7) execução de desenho técnico. (CONFEA, 1986)
E ainda os tecnólogos podem exercer as seguintes atribuições, conforme art. 4
da Resolução nº 313/1986:
Art. 4º - Quando enquadradas, exclusivamente, no desempenho das atividades referidas no Art. 3º e seu parágrafo único, poderão os Tecnólogos exercer as seguintes atividades: 1) vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico; 2) desempenho de cargo e função técnica; 3) ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica, extensão. Parágrafo único - O Tecnólogo poderá responsabilizar-se, tecnicamente, por pessoa jurídica, desde que o objetivo social desta seja compatível com suas atribuições.
Parece óbvio que há uma limitação nas atribuições dos tecnólogos, mas não
se deve tirar o mérito do profissional, sendo que ele pode ser responsável por muitas
tarefas de acordo com o cargo em que for contratado na empresa.
Afinal, conforme explicado acima, trata-se de atribuições legais perante o
Confea/Crea, essas questões são relevantes para o profissional, sendo que se trata
do que se pode ou não exercer legalmente.
24
3.2.2 EXTENSÃO DE ATRIBUIÇÕES
Todos os profissionais registrados e regularizados no Sistema Confea/Crea,
ainda podem ter extensões de suas atribuições e campos de atuação. A resolução n°
1073, de 19 de abril de 2016, prescreve que:
Art. 7º A extensão da atribuição inicial de atividades, de competências e de campo de atuação profissional no âmbito das profissões fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea será concedida pelo Crea aos profissionais registrados adimplentes, mediante análise do projeto pedagógico de curso comprovadamente regular, junto ao sistema oficial de ensino brasileiro, nos níveis de formação profissional discriminados no art. 3º, cursados com aproveitamento, e por suplementação curricular comprovadamente regular, dependendo de decisão favorável das câmaras especializadas pertinentes à atribuição requerida. (CONFEA, 1986)
Nessa mesma resolução, em seu art. 3º tem-se que:
“Para efeito da atribuição de atividades, de competências e de campos de atuação profissionais para os diplomados no âmbito das profissões fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea, consideram-se os níveis de formação profissional, a saber: [...] III – superior de graduação tecnológica.”
Deduz-se assim que os tecnólogos estão aptos e se encaixam devidamente
nesta resolução, desde que atendam as condições necessárias para extensão.
Conforme citado acima, os profissionais podem fazer essa extensão, desde que
essa capacitação se adeque ao § 3º do Art.7º, que prescreve:
§3º A extensão de atribuição de um grupo profissional para o outro é permitida somente no caso dos cursos stricto sensu previstos no inciso VI do art. 3º, devidamente reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES e registrados e cadastrados nos Creas. (CONFEA, 2016).
Porém, após essa capacitação ser feita, a extensão da atribuição só se aplica
após a conformidade com a análise efetuada pelas câmaras especializadas
competentes do Crea da circunscrição na qual se encontra estabelecida a instituição
de ensino ou a sede do campus avançado, conforme o caso. Em todos os casos, será
exigida a prévia comprovação do cumprimento das exigências estabelecidas pelo
sistema oficial de ensino brasileiro para a validade e a regularidade dos respectivos
cursos, bem como o cadastro da respectiva instituição de ensino e dos seus cursos
no Sistema Confea/Crea. (art. 6º e7º, Resolução n° 1.073/2016, CONFEA).
Deve-se lembrar que dessa forma, não se altera o título profissional inicial em
função exclusivamente de extensão de atribuição. Sendo assim, os tecnólogos não
25
ficam apenas limitados aquelas atribuições referentes às iniciais, com a capacitação
o de campo de atuação se expande, fazendo com que o profissional seja mais apto
para poder exercer essas funções de maneira legal de acordo com as resoluções do
Confea/Crea.
26
4. METODOLODIA
O presente estudo teve por finalidade realizar uma pesquisa básica, para
examinar o que realmente está sendo colocado em prática nas empresas de
construção civil na região do Cariri.
Para um melhor tratamento dos objetivos e melhor apreciação desta pesquisa,
observou-se que ela é classificada como pesquisa exploratória e descritiva. Visto que
no primeiro momento foi apresentado, as atribuições legais e embasamento teórico.
E a segunda parte refere-se a pesquisa em campo, visando saber quais são as
habilidades e qualificações que o mercado exige do profissional tecnólogo.
Inicialmente foi feita uma pesquisa entre os profissionais da área, para se obter
respostas sobre o que é esperado do tecnólogo na região. Assim, os entrevistados
foram escolhidos entre pessoas diretamente ligadas com a profissão, como
graduandos e graduados em tecnologia da construção civil, engenheiros, arquitetos e
representantes das empresas da indústria da construção civil no Cariri.
Foram aplicados questionários distintos de acordo com os entrevistados. Para
alunos, foram feitas perguntas mais focadas para o curso, como também perguntas
gerais sobre o mercado. Com a aplicação de questionários com perguntas fechadas,
as opiniões serão apresentadas em gráficos.
Já para profissionais atuantes na construção civil com mais experiência, foi
aplicada outro tipo de questionário, como aplicação de perguntas abertas para uma
compreensão mais rica do mercado, as opiniões foram analisadas em comparações
entre relatos, fazendo assim um quantitativo das respostas que mais se repetirem.
Dessa forma, obteve-se um embasamento prático, de onde e como se pode
planejar uma melhor adaptação do profissional ao mercado de trabalho, que está cada
vez mais concorrido e exigente.
Acredita-se que com esta pesquisa seja possível demonstrar de forma real, o
que se deve potencializar e valorizar em um profissional tecnólogo, que como visto,
tem muito a oferecer para as empresas, porém às vezes é pouco explorado deixando
de agregar valor dentro das obras.
Com base nas resoluções do CONFEA n° 313/1986 e nº 1073/2016, que dão
atribuições aos tecnólogos, as cartilhas e revistas dos tecnólogos, que são publicadas
anualmente, a fim de se obter uma melhor apreciação do conteúdo apresentado no
trabalho.
27
A área de estudo da pesquisa é a região do Cariri no sul do Ceará, que abrange
as seguintes cidades: Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, Caririaçu, Farias Brito,
Jardim, Missão Velha, Nova Olinda, Santana do Cariri.
A região possui 9 munícipios e de acordo com o IBGE/2017, tem estimativa de
população de 601.817 habitantes. Área de 5460 Km², densidade de 110,22 hab./km²
e PIB de R$7.044.025 IBGE (2011).
Figura 2 - Localização da Região do Cariri Figura 1 - Municípios da Região do Cariri
Fonte - pt.wikipedia.org (2018) Fonte - pt.wikipedia.org (2018)
28
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Assim, a realização deste estudo teve como sujeitos de pesquisa os alunos dos
cursos de Tecnologia em Construção Civil; Tecnólogos em Construção Civil, já
formados; Engenheiros e arquitetos que tem relação direta com o profissional; e por
fim os empresários no ramo da construção civil da região.
Corroborando com a pesquisa, realizada em outubro de 2018, 36 alunos
responderam a pesquisa, 14 Tecnólogos em construção Civil, 15 Engenheiros e
Arquitetos, todos diretamente em contato ao tecnólogo; e 8 empresários que estão no
mercado da construção civil, a fim de auxiliar na evolução desta profissão. Ao total
foram 73 pessoas que responderam o formulário.
No gráfico 01 pode-se ver as porcentagens de cada perfil dos entrevistados. A
pesquisa foi encaminhada para o público alvo, da Região do Cariri no sul cearense.
Buscou-se contatos com pessoas tanto de empresas privadas, quanto em públicas e
autônomos.
Do total de pessoas entrevistadas, 49,3% são alunos do curso de Tecnologia
em Construção Civil, 20,5% são engenheiros e/ou arquitetos, 19,2% alunos do curso
de Tecnologia da construção civil com habilitação em Edifícios ou Topografia e 11%
empresários no ramo da construção civil.
5.1 PERFIL ALUNO
A maioria dos alvos da pesquisa, dentre os alunos, como pode-se ver no gráfico
02, são alunos da Universidade Regional do Cariri – URCA, representando 72,20%, e
27,8% do Instituto Federal do Ceará – IFCE.
Fonte: Própria (2018)
Gráfico 1 - Perfil do público alvo
29
Vale lembrar que na URCA, tem-se o curso de Tecnologia em construção civil,
com habilitações em Edifícios e outra em Topografia e Estradas. Já no IFCE, apenas
o curso de Tecnologia em construção de Edifícios. Apesar da nomenclatura diferente,
será tratado apenas um só curso, visto que a pesquisa não tem o intuito de diferenciar
funções especificas das habilitações diferentes na Região do Cariri.
Conforme a Gráfico 03, pode-se ver o percentual dos alunos por semestre que
responderam ao questionário, sendo 2,9% para o 1º semestre; 8,6% para o 2º
semestre; 11,4% para o 3º, 4º e 5º semestre; 22,9% para o 6º semestre e 31,4% para
o 7º semestre.
A pesquisa atingiu alunos de todos os semestres, sendo que em sua maioria
eram alunos do 6º e 7º semestre.
A primeira pergunta de fato aos alunos, foi quais são suas expectativas para o
mercado da construção civil? As respostas estão representadas no gráfico 4. Onde
pode-se ver que os alunos estão com boas expectativas, essa questão apresentou 5
opções, e a possibilidade dos entrevistados sendo: “Boas – Não existem tantas vagas,
mas se eu me dedicar consigo meu espaço”, com 50% dos entrevistados marcando
essa opção, seguido de “Médias – Tenho minhas dúvidas como realmente está o
Fonte: Autor (2018)
Fonte: Autor (2018)
Gráfico 2 - Faculdades dos alunos entrevistados
Gráfico 3- Porcentagem dos alunos em cada semestre
2,9%
30
mercado” com 22,2% e seguido de “Ótimas – O mercado está com muitas
oportunidades” com então 13,9%.
A próxima pergunta, foi “O que possibilitaria melhorar suas expectativas para o
mercado?”, essa foi uma pergunta aberta, onde obtiveram-se várias respostas de igual
sentido, sendo necessário separa-las em 8 categorias, ficando da seguinte forma:
1º - O tecnólogo ser mais valorizado, gerando mais oportunidades para o
mercado de trabalho (37,5%);
2º - Com a melhoria econômica do Brasil, acabaríamos com a crise e teríamos
a possibilidade de ter mais obras na região (30,1%);
3º - Reconhecimento do profissional por parte do CREA e criações de leis que
valorizem e deem mais liberdade para o tecnólogo (10,5%);
4º - Divulgação, marketing e diferenciação do tecnólogo no mercado de
trabalho, abriria oportunidades de emprego para o profissional (9,38%);
5º - Melhorar a estrutura e metodologia de ensino dentro das universidades, de
uma forma que saia mais da parte teórica e capacite os alunos para as práticas
nos canteiros de obras (3,13%);
6º - Mais oportunidades para o sexo feminino (3,13%);
7º - Fim dos escândalos das construtoras (3,13%);
8º - O ideal seria se os tecnólogos, separassem do CREA (3,13%).
Perguntou-se também “Quais são as atribuições dos tecnólogos?”, onde listou-
se várias atribuições, e o aluno poderia marcar quantas alternativas julgasse
necessário, para responder ao questionamento em relação ao profissional.
O gráfico 5, mostra as respostas dadas pelos alunos, sobre o que acreditam
ser as atribuições dos tecnólogos, onde na figura colocou-se Letras, para representar
as atribuições, visando facilitar o entendimento.
Fonte: Autor (2018)
Gráfico 4 - Expectativas dos alunos para o mercado da construção civil
8,3% 2,8%
2,8%
31
Deve-se deixar claro que na pesquisa os entrevistados não responderam por
letras, mas sim marcaram as opções que entendiam ser as corretas. As letras só estão
sendo representadas no gráfico 5, pois não seria viável colocar todo o texto das
atribuições para representar no gráfico. Dessa forma as letras representam as
seguintes atribuições:
A - Assistência, assessoria e consultoria;
B - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou
manutenção;
C - Condução de trabalho técnico;
D - Desempenho de cargo e função técnica;
E - Direção de obra e serviço técnico;
F - Elaboração de orçamento;
G - Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica;
extensão;
H - Estudo de viabilidade técnico-econômica;
I - Estudo, planejamento, projeto e especificação;
J - Execução de desenho técnico.
K - Execução de instalação, montagem e reparo;
L - Execução de obra e serviço técnico;
M - Fiscalização de obra e serviço técnico;
N - Operação e manutenção de equipamento e instalação;
O - Padronização, mensuração e controle de qualidade;
P - Produção técnica e especializada;
Q - Supervisão, coordenação e orientação técnica;
R - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;
32
Nesse sentido, percebe-se que para os alunos as atribuições que mais estão
de acordo com o tecnólogo são: elaboração de orçamento com 69,4%; fiscalização de
obra e serviço técnico com 66,7%; ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio
e divulgação técnica; extensão com 55,6%.
Nota-se que a maioria das respostas foram assertivas, pois dessas citadas, o
tecnólogo pode exercer essas atividades, mas com algumas limitações, como se viu
ao longo do trabalho.
5.2 TECNÓLOGOS
A partir daqui estão as respostas dos tecnólogos já formados na área da
Construção Civil, que atuam ou atuaram na região do Cariri. Na pesquisa perguntou-
se em qual faculdade o profissional se formou, tendo três opções de respostas: URCA,
IFCE e existia a alternativa “Outra IES”, caso algum profissional que atue na área na
região do Cariri, tenha se formado em outro local e migrado para a região.
Foram 14 entrevistados e obteve-se equilíbrio na formação, sendo metade
(50%) formados na URCA e metade (50%) formados no IFCE. Como pode-se notar
no gráfico 06 - “Instituição de formação dos tecnólogos na região do Cariri”
Fonte: Autor (2018)
Gráfico 5 - Atribuições dos tecnólogos - Alunos entrevistados
33
Fonte: Autor (2018)
A próxima pergunta que foi feita, indagou-se se o profissional estava
trabalhando na área atualmente, onde foi explorada diversas respostas, como pode-
se ver no gráfico 07.
Observa-se neste item uma realidade bem expressiva, onde apenas 21,4% dos
entrevistados sempre trabalharam em sua área de formação, contra 35,7% que nunca
conseguiram trabalhar na área. Já 28,6% já trabalharam na área, mas não estão
engajados atualmente e 14,3% trabalham atualmente, mas tiveram um período que
não estavam atuando na área.
O próximo questionamento foi sobre qual fator dificulta mais a inserção do
profissional no mercado de trabalho. Aqui procura-se saber o que realmente atrapalha
o profissional, para conseguir um emprego na área de formação.
Fonte: Autor (2018)
Gráfico 6 - Instituição de formação dos tecnólogos na região do Cariri
Gráfico 7 - Tecnólogo, você está trabalhando em sua área de formação?
34
Em relação à inserção no mercado de trabalho, 7,1% consideram que o pouco
conhecimento teórico por parte do profissional é um dos motivos que dificultam essa
inserção; 7,1% acham que a falta de experiência profissional para fazer o que lhe é
submetido, realmente é o que atrapalha na hora da contratação. Outros 7,1%
acreditam que seja a falta de reconhecimento por parte das empresas. E 21,4%
entendem como causa a diminuição no ramo da construção civil ocasionada pela crise
mundial. Em sua maioria, 57,1% acreditam que falta divulgação da classe do
Tecnólogo, ou seja, a falta de conhecimento desse tipo de profissional e das funções
que eles podem exercer.
Percebe-se que 64,2%, dos entrevistados entendem que o reconhecimento e a
divulgação do profissional é o que dificulta sua entrada no mercado de trabalho.
Mesmo com tantos anos de formados nessa área na Região do Cariri, a maior
dificuldade é que a população ainda não conhece o que realmente o tecnólogo pode
fazer para melhorar as obras dentro das empresas.
Como foi feito com os alunos, também se perguntou ao tecnólogo, quais são
as suas atribuições segundo o CREA. Onde obtiveram-se seguintes as respostas que
foram ponderadas e expostas, como mostra na figura 9. Onde também foi adotado o
sistema de letras para representar as atribuições.
Nesse sentido as letras representam as seguintes atribuições:
A - Assistência, assessoria e consultoria;
B - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou
manutenção;
C - Condução de trabalho técnico;
D - Desempenho de cargo e função técnica;
E - Direção de obra e serviço técnico;
F - Elaboração de orçamento;
Fonte: Autor (2018)
Gráfico 8 - Fatores que dificultam a inserção no mercado
7,1%
35
G - Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica;
extensão;
H - Estudo de viabilidade técnico-econômica;
I - Estudo, planejamento, projeto e especificação;
J - Execução de desenho técnico.
K - Execução de instalação, montagem e reparo;
L - Execução de obra e serviço técnico;
M - Fiscalização de obra e serviço técnico;
N - Operação e manutenção de equipamento e instalação;
O - Padronização, mensuração e controle de qualidade;
P - Produção técnica e especializada;
Q - Supervisão, coordenação e orientação técnica;
R - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico
Enfim, foi questionado o que de fato os tecnólogos fazem dentro das empresas.
Essa foi uma pergunta que os profissionais poderiam marcar quantas alternativas
julgassem necessárias, além de adicionar outras para o complemento das respostas.
Fonte: Autor (2018)
Gráfico 9 - Atribuições dos tecnólogos - Tecnólogos entrevistados
36
De acordo com o gráfico 10, pode-se observar que 78,6% afirmam que a maior
atuação será no gerenciamento de obras. Em seguida, 57,1% concordam que o
tecnólogo é responsável pelo controle de qualidade das empresas. Já 42,9% dizem
que o profissional auxilia na criação de projetos e 28,6% diz que o tecnólogo faz parte
do planejamento e está engajado de gestão administrativa das empresas.
Também foi apresentada uma pergunta aberta, onde foi questionado o que de
fato o profissional deve ter, quais são as exigências que o mercado exige do
tecnólogo. Obtiveram-se algumas respostas parecidas e pode-se avaliar da seguinte
forma:
1º - O tecnólogo deve conhecer a sua profissão e buscar mais oportunidades e
conhecimentos constantes (42,85);
2º - Desenvolver um trabalho de qualidade, com responsabilidade e bastante
desempenho, quer seja no estágio ou em qualquer oportunidade que tiver, para
consolidar seu nome no mercado, tornando-se sinônimo de qualidade
(21,43%);
3º - Investimentos em conhecimentos em novas tecnologias (14,29%);
4º - Buscar especializações (14,29%);
5º - Se adequar às mudanças do mercado (7,14%).
5.3 ENGENHEIRO E ARQUITETO
Sabe-se que de acordo com a resolução nº 313 do Confea/Crea, existem
algumas atribuições que os tecnólogos podem exercer em conjunto com outros
profissionais, neste caso, engenheiros e arquitetos que supervisionam algumas
tarefas que os tecnólogos não podem exercer sozinhos.
Fonte: Autor (2018)
Gráfico 10 - Atuação do tecnólogo no mercado de trabalho - Tecnólogos entrevistados
37
Na pesquisa, a primeira pergunta que foi feita é se o entrevistado já trabalhou
com tecnólogos. Segundo, o gráfico 11, vê-se que 53,3% responderam que sim mas
não estão trabalhando atualmente e 46,7% reconheceram que nunca trabalharam
com Tecnólogos em Construção Civil.
Da mesma forma que os entrevistados anteriores, foi perguntado aos
engenheiros e arquitetos, quais são as atribuições dos tecnólogos.
O gráfico 12, apresenta as respostas, e da mesma forma, as atribuições ficaram
divididas por letras e os entrevistados tiveram a opção de marcar quantas atividades
julgassem necessário.
Nesse sentido as letras representam as seguintes atribuições:
A - Assistência, assessoria e consultoria;
B - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou
manutenção;
C - Condução de trabalho técnico;
D - Desempenho de cargo e função técnica;
E - Direção de obra e serviço técnico;
F - Elaboração de orçamento;
G - Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica;
extensão;
H - Estudo de viabilidade técnico-econômica;
I - Estudo, planejamento, projeto e especificação;
J - Execução de desenho técnico.
K - Execução de instalação, montagem e reparo;
L - Execução de obra e serviço técnico;
M - Fiscalização de obra e serviço técnico;
Fonte: Autor (2018)
Gráfico 11 - Engenheiro/arquiteto, você já trabalhou com tecnólogos?
38
N - Operação e manutenção de equipamento e instalação;
O - Padronização, mensuração e controle de qualidade;
P - Produção técnica e especializada;
Q - Supervisão, coordenação e orientação técnica;
R - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;
Também foi questionado o que de fato os tecnólogos fazem dentro das
empresas. Essa foi uma pergunta que os profissionais poderiam marcar quantas
alternativas julgassem necessárias, além de adicionar outras para o complemento das
respostas.
De acordo com o gráfico 13, observa-se que para os engenheiros e arquitetos
o quadro muda: 66,7% delegaram que o tecnólogo é “responsável pelo controle de
qualidade das empresas”, tendo ocorrido um empate com 53,3% entre a opção que o
profissional “faz parte do planejamento da parte administrativa da empresa” e que
Fonte: Autor (2018)
Gráfico 12 - Atribuições dos tecnólogos – Engenheiros e arquitetos entrevistados
39
“Auxilia na criação de projetos”; e 46,7% afirmam que a atuação dos tecnólogos pode
ser no gerenciamento de obras.
O próximo questionamento foi se o profissional atendia o que lhe é solicitado.
Onde pode-se observar pelo gráfico 14 que a maior resposta foi que o profissional
consegue desenvolver tarefas sozinhos, sem que tenha alguém supervisionando suas
atividades. Apesar de que de certa forma os engenheiros/arquitetos podem
supervisionar o tecnólogo. Já 46,7% dos entrevistados tem consciência que o
profissional pode também atuar sozinho.
A segunda alternativa com maior percentual (40%), foi que o profissional atende
o que pedem, porém, suas atividades devem ser vistoriadas, o que também se encaixa
dentro das atribuições dos tecnólogos. E por fim, 13,3% dos entrevistados
responderam que não podem opinar por não terem vivenciado a experiencia de
trabalhar com um tecnólogo.
Fonte: Autor (2018)
Gráfico 13 - Atuação dos tecnólogos no mercado de trabalho – Engenheiros e arquitetos entrevistados
Gráfico 14 - O tecnólogo atende ao que lhe é solicitado?
Fonte: Autor (2018)
40
O último questionamento indagou se os entrevistados recomendariam os
tecnólogos, para trabalhar nas empresas de construção civil. Desses, 93,3%
recomendam esse profissional e gostariam que fossem mais explorados na região do
Cariri. Apenas 6,7% optaram por não recomendar, com a justificativa que ainda tem
certo receio em relação a este profissional. Como pode-se ver no gráfico 15.
5.4 EMPRESÁRIO
A partir desse ponto serão as últimas respostas, onde os empresários da
indústria da construção civil do Cariri Cearense deram sua opinião em relação aos
tecnólogos. A primeira pergunta para os empresários foi se estão trabalhando com
tecnólogos atualmente.
Conforme o gráfico 16, observa-se que 50% disseram que sim, 25% nunca
trabalharam e 25% não estão atuando no momento, mais tiveram a oportunidade de
trabalhar com esse profissional.
Foi perguntado também aos empresários da região do Cariri, quais são as
atribuições dos tecnólogos. Utilizou-se o mesmo critério das letras e atribuições,
conforme abaixo:
Fonte: Autor (2018)
Fonte: Autor (2018)
Gráfico 15 - Engenheiro/arquiteto, você recomenda tecnólogos em construção civil?
6,7%
Gráfico 16 - Empresários, vocês estão trabalhando com tecnólogos atualmente?
41
A - Assistência, assessoria e consultoria;
B - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou
manutenção;
C - Condução de trabalho técnico;
D - Desempenho de cargo e função técnica;
E - Direção de obra e serviço técnico;
F - Elaboração de orçamento;
G - Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica;
extensão;
H - Estudo de viabilidade técnico-econômica;
I - Estudo, planejamento, projeto e especificação;
J - Execução de desenho técnico.
K - Execução de instalação, montagem e reparo;
L - Execução de obra e serviço técnico;
M - Fiscalização de obra e serviço técnico;
N - Operação e manutenção de equipamento e instalação;
O - Padronização, mensuração e controle de qualidade;
P - Produção técnica e especializada;
Q - Supervisão, coordenação e orientação técnica;
R - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;
Gráfico 17 - Atribuições dos tecnólogos - Empresários entrevistados
Fonte: Autor (2018)
42
Dessa forma, verificou-se pelo gráfico 17, que ocorreu um empate entre
atribuições que os empresários acreditam ser atividades dos tecnólogos, dentre elas:
Assistência, assessoria e consultoria; Fiscalização de obra e serviço técnico;
Operação e manutenção de equipamento e instalação; Supervisão, coordenação e
orientação técnica; Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;
todos marcados por 62,5% dos entrevistados.
Também foi indagado, o que realmente os tecnólogos fazem dentro das
empresas na região do Cariri. Obtiveram-se duas respostas com maior porcentagem:
“atuar no gerenciamento das obras” e “responsável pelo controle de qualidade nas
empresas”, ambas com 62,5%. Já 50% respondeu que o tecnólogo “auxilia na criação
de projetos a serem executados” e depois “faz parte do planejamento, parte
administrativa da empresa”.
Neste item houve a inclusão, pelos entrevistados, da seguinte alternativa “Faz
quase a função do Mestre de Obras”, ficando com 12,5% das respostas. Apesar de
ser a minoria, é uma resposta bastante impactante e reflexiva para os tecnólogos,
conforme gráfico 18.
Dando sequência, foi perguntado se o profissional tecnólogo, atendia o que é
exigido no mercado de trabalho. De acordo com o gráfico 19, dos entrevistados 50%
confirmam que o tecnólogo atende sim e que o profissional consegue desenvolver
tarefas sozinho, sem ninguém supervisionando e corrigindo suas atividades. Outros
37,5% responderam que “Sim, porém alguém deve vistoriar suas atividades” e 12,5%
responderam que “Nunca trabalhei em conjunto com tecnólogos, então não posso
opinar.
Também, foi perguntado aos empresários o que o mercado da construção civil,
exige do profissional para ter êxito em suas funções. Essa foi uma pergunta aberta,
Fonte: Pesquisa própria
Fonte: Autor (2018)
Gráfico 18 - Atuação dos tecnólogos no mercado de trabalho - Empresários entrevistados
43
onde observa-se ver que algumas respostas se repetem, mas é possível dividir da
seguinte forma:
1º - Qualificação, atualização constante 37,5%;
2º - Responsabilidade, respeito e dedicação a profissão 25%;
3º - Disponibilidade, dedicação e inconformismo 12,5%;
4º - Qualidade nos serviços prestados 12,5%;
5º - Capacidade técnica para fazer o serviço render de uma forma econômica,
mas que satisfaça os clientes 12,5%.
No tocante à recomendação, do tecnólogo, como pode-se ver no gráfico abaixo,
foram unanimes as respostas, no qual 100% dos entrevistados disseram que
recomendam os tecnólogos em construção civil na região do Cariri.
Observa-se que apesar da falta de conhecimento das funções de um tecnólogo
por parte de algumas pessoas, ainda assim 100% indicaria esse profissional e gostaria
que esse profissional tivesse mais visibilidade e pudesse ser mais explorado no
mercado de trabalho.
Fonte: Autor (2018)
Fonte: Autor (2018)
Gráfico 19 - O tecnólogo atende o que é exigido?
Gráfico 20 - Empresários recomendam os tecnólogos em construção civil?
44
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento do presente estudo, possibilitou uma compreensão melhor
de como estão as atribuições dos tecnólogos da construção civil, fez uma reflexão do
conhecimento sobre a atuação do profissional em meio ao mercado de trabalho, além
disso, também permitiu uma análise sobre as atividades em que o tecnólogo
realmente atua dentro das empresas.
De um modo geral, os acadêmicos em tecnologia em construção civil do Cariri,
demonstram interesse na profissão e estão com boas perspectivas para o mercado
de trabalho, mesmo em tempos de crise, a maioria acredita que ainda é possível sair
dessa situação desconfortável e conseguir emprego na área. Sobre as atribuições dos
tecnólogos, muitos foram assertivos e marcaram opções que condizem com a
realidade, porém vários marcaram atribuições que somente os engenheiros podem
exercer.
Já para os tecnólogos formados, o mercado de trabalho não está tão fácil como
muitos acreditam, sendo que apenas 35,7% estão trabalhando atualmente. Por outro
lado, 35,7% dos tecnólogos formados nunca trabalharam em sua área de atuação.
Os tecnólogos acreditam que o fato de não atuação no mercado, se dá pelo
pouco conhecimento que a população tem sobre a categoria. Por isso, deve-se buscar
saber mais sobre sua profissão e sempre buscar mais conhecimento. A maioria sabe
quais são suas atribuições, porém poucos ainda desconhecem algumas delas. E para
a maioria, o profissional atual no gerenciamento de obra dentro das empresas.
Os engenheiros e arquitetos entrevistados, pouco mais da metade, já
trabalharam com tecnólogos. Das atribuições, a maioria acertou, porém a opção
menos marcada, é realmente uma atribuição que se enquadra para o profissional em
estudo.
Muitos dos engenheiros e arquitetos acreditam que o tecnólogo trabalha
realmente no controle de qualidade da obra, e que consegue desempenhar suas
funções sozinho, sem que seja vistoriado a todo instantes. E por fim, 93% afirmam
que os tecnólogos são profissionais que ainda tem muito a ser explorado, e gostariam
que fossem mais utilizados dentro das empresas.
Quanto aos empresários, muitos mostraram que apoiam os tecnólogos. A
maioria deles, estão ou já trabalharam com tecnólogos, atuando na parte de gestão
de qualidade da obra e também no gerenciamento. Claro que para maior destaque
todos precisam de qualificação e reciclagem de aprendizado, mesmo assim os
45
empresários confiam no profissional e unanimemente recomendam para a
comunidade.
Dessa forma, os objetivos da pesquisa foram alcançados, mostrando como
estão as leis e resoluções, que regem as atribuições dos tecnólogos. Os alunos e
tecnólogos, demonstraram suas expectativas e anseios de como está o mercado de
trabalho. Ainda assim, os engenheiros, arquitetos e principalmente os empresários,
deram sua contribuição para analisar quais habilidade são exigidas do profissional.
Dada à importância do tema, toma-se necessário um incentivo e uma melhor
divulgação sobre os tecnólogos. Muitos ainda não conhecem as atribuições do
profissional e infelizmente até os próprios tecnólogos tem suas dúvidas em relação a
isso. Porém, com estratégias que intensifique um melhor marketing, muitas dessas
dificuldades diminuiriam e assim seria enriquecedor para o mercado ter profissionais
capacitados, atuando no que lhe foi confiado.
Nesse sentido, o trabalho relatou, as atribuições legais diante o CREA e o que
os tecnólogos podem fazer. Também mostrou o que de fato as empresas exigem do
profissional, estando mais claro agora, quais são os caminhos que se deve fazer para
obter êxito no mercado de trabalho e ter uma vida profissional com sucesso.
Com propostas para trabalhos futuros, sugiro que intensifiquem mais a
pesquisa, afinal o mercado está sempre mudando e o mundo sempre terá altos e
baixos.
46
7. REFERÊNCIAS
Bugnotto, G. (29 de Outubro de 2017). Competitividade na construção civil: Como
aumentar a da empresa? Acesso em 7 de Setembro de 2018, disponível em Evotto
Blog: https://evotto.com.br/blog/competitividade-na-construcao-civil-como-aumentar-
a-da-empresa/
Câmara dos Deputados. (17 de Outubro de 2010 de 2007). Projeto de Lei
nº2.245/2017. Acesso em 18 de Março de 2018, disponível em Câmara dos
Deputados:
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=372560
CONFEA. (26 de Set de 1986). RESOLUÇÃO Nº 313. Dispõe sobre o exercício
profissional dos Tecnólogos das áreas submetidas à regulamentação e fiscalização
instituídas pela Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, e dá outras providências. Fonte:
http://normativos.confea.org.br/downloads/0313-86.pdf
CONFEA. (26 de Novembro de 2002). RESOLUÇÃO Nº 473. Institui Tabela de Títulos
Profissionais do Sistema Confea/Crea e dá outras providências. Acesso em 20 de
Outubro de 2018, disponível em: http://normativos.confea.org.br/downloads/0473-
02.pdf
CONFEA. (19 de Abril de 2016). RESOLUÇÃO N° 1.073. Regulamenta a atribuição
de títulos, atividades, competências e campos de atuação profissionais aos
profissionais registrados no Sistema Confea/Crea para efeito de fiscalização do
exercício profissional no âmbito da Engenharia e da Agronomia. Fonte:
http://normativos.confea.org.br/downloads/1073-16.pdf
Guia da Carreira. (2018). Sobre o Curso Tecnológico em Construção Civil. Acesso em
20 de Setembro de 2018, disponível em Guia da Carreira:
https://www.guiadacarreira.com.br/cursos/construcao-civil/
Ministério da Educação. (2016). Catálogo Nacional de Cursos Superiores de
Tecnologia. Brasilia, Distrito Federal, Brasil.
Ministério da Educação. (2016). CATÁLOGO NACIONAL DE CURSOS
SUPERIORES DE TECNOLOGIA. (3ª edição), 66.
47
Mundo vestibular. (2018). Tecnólogo ou bacharelado? Qual o melhor? Saiba mais!
Fonte: Mundo vestibular:
https://www.mundovestibular.com.br/articles/18011/1/Tecnologo-ou-bacharelado-
qual-o-melhor/Paacutegina1.html
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação. (s.d.). Curso de Graduação: Tecnólogo da
Construção Civil Edifícios. Acesso em 20 de Setembro de 2018, disponível em
Universidade Regional do Cariri - URCA:
http://prograd.urca.br/portal/index.php/cursos-de-graduacao/tec-const-civil-edificios
Silveira, A. P. (2017). O papel do tecnólogo. Em Revista do Tecnólogo (p. 5). São
Paulo: Sindicato dos Tecnólogos do Estado de São Paulo.
URCA. (2015). Pró-Reitoria de Ensino de Graduação. Acesso em 29 de Março de
2018, disponível em Curso de Graduação: Tecnólogo da Construção Civil Edifícios:
http://prograd.urca.br/portal/index.php/cursos-de-graduacao/tec-const-civil-edificios
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