1
Ciências & História
6º Ano Prof. Vera Regina Bernardo
Prof. André Luiz Rodrigues
FARAOVO E FARAPEIXE Enquanto eram estudados minerais, rochas e o seu
desgaste pela ação do intemperismo, surgiu na sala do 6º
ano o questionamento a respeito de fósseis e múmias, já
que o Egito vinha sendo estudado em história, abordando
o processo de mumificação dos faraós.
Contei aos alunos que eu e o professor de história
havíamos feito, com outra turma, o processo de
mumificação de ovos: “os faraovos”. Vendo despertar o
interesse da turma, eu e o professor André resolvemos
repetir a experiência vivenciada em anos anteriores.
Passamos ao experimento que precisava primeiro
fazer “ovos pelados”, procedimento que se faz
mergulhando ovos crus em vinagre. Nesse processo,
pretendia relacionar o desgaste da casca do ovo pela
ação do ácido ao desgaste de rochas calcárias.
Durante todo o experimento tivemos a oportunidade
de trabalhar conteúdos relacionados a química através da
2
reação que ocorre com o carbonato de cálcio e o vinagre;
a geografia e ciências, através do desgaste de rochas
através do intemperismo; a biologia, pelo conceito de
osmose, decomposição e conservação de corpos e
alimentos; a história do Egito remetendo a seus costumes
e o culto aos faraós.
A mumificação consiste no processo de preservação
de corpos após a morte. Existem várias técnicas de
mumificação, sendo a mais conhecida a usada pelos
egípcios. Estes usavam um sal retirado do rio Nilo para
desidratar os corpos, pois já haviam observado que
animais perdiam água – ressecando intensamente -
quando cobertos com sal. Isto acontecia e acontece
porque a água tende a sair de um meio com menos
concentração de sal (o corpo) para um de maior
concentração, num processo biologicamente chamado de
osmose. Este corpo então, seco e salgado, torna-se um
ambiente impróprio para a proliferação de fungos e
bactérias.
A técnica utilizada pelos egípcios era bastante
complexa, com retirada das vísceras e utilização de
bálsamos e óleos essenciais.
Apresentaremos a seguir as etapas do processo de
mumificação de ovos e peixes realizados pelo 6º ano.
3
1ª Etapa – Ovos pelados.
Os alunos colocaram ovos crus dentro de um vidro contendo vinagre e
puderam observar que logo em seguida dos ovos desprendiam-se bolhas
de gás carbônico.
Na aula seguinte observaram, retirando o ovo do vinagre, que o mesmo
estava sem casca.
Relacionamos a ação do vinagre na casca do ovo ao desgaste de rochas
por chuvas ácidas. Eles perceberam também que o ovo estava maior, e
que isto aconteceu por que um pouco do vinagre havia entrado no ovo
através da membrana.
4
2º Etapa – A mumificação do ovo.
Nesta etapa preparam uma cama de sal para o ovo.
Ali ele permaneceu durante semanas coberto por sal. Este sal foi várias
vezes trocado, pois à medida que o ovo perdia água para o sal, este
ficava bastante úmido e era então, colocado para secar e reutilizado no
processo. O tempo foi passando e o ovo ficando cada vez mais seco
(desidratado). Enquanto tudo isso acontecia nas aulas de Ciências, nas
aulas de história os alunos escreviam o livro dos mortos dos “faraovos” e
confeccionavam seus sarcófagos.
5
Depois de algumas semanas, apareceram peixinhos para serem
mumificados, trazido pelo aluno Pedro.
Mãos a obra.
Retiramos as vísceras dos peixinhos e preparamos para eles uma cama
de sal.
Realizamos o mesmo procedimento que utilizamos para mumificar os
ovos
6
Algumas aulas depois, os alunos observaram que os peixinhos estavam
muito secos, mas como os ovos não tinham apodrecido. Acharam muito
interessante que os olhos sumiram e concluíram que os olhos são
compostos basicamente de água e esta foi perdida para o sal.
Passaram-se mais ou menos dois meses, até que os ovos e os peixes
estivessem secos (mumificados).
Top Related