Como sabemos o futuro no campo demográfico não é o melhor e traduz-se no envelhecimento da população. Apesar de a população mundial estar a crescer a um
ritmo nunca antes registado, este crescimento populacional não ocorre de forma homogénea pelo Planeta.
Nos países subdesenvolvidos a população cresce a um ritmo muito mais rápido que nos países desenvolvidos. Enquanto nos países desenvolvidos as taxas de
fecundidade baixaram progressivamente, nos países subdesenvolvidos mantêm-se elevadas. Por outro lado, nos países subdesenvolvidos, a conjunção de altas taxas de
natalidade com as descidas consideráveis das taxas de mortalidade originaram a explosão demográfica.
A explosão demográfica, coloca um grave problema que ameaça o equilíbrio de toda a humanidade, que vai de encontro a transformações nas estruturas etárias.
Ao longo deste trabalho vai ser possível obter respostas no que diz respeito ao cenário de futuro no campo demográfico, suas razões e suas consequências.
• Como foi dito anteriormente, o futuro no campo demográfico vai de encontro ao envelhecimento.
• Do ponto de vista demográfico, uma população envelhece quando a taxa de crescimento da população considerada idosa é superior à da população jovem por um período sustentado de tempo. Como decorrência modifica-se a estrutura etária, aumentando a participação relativa dos idosos no total da população.
• Pensou-se durante muito tempo que a "explosão demográfica da terceira idade" era uma consequência directa do aumento da esperança de vida, resultante das melhores condições sociais e tecnológicas, dos progressos da medicina preventiva, curativa e reabilitadora, no entanto esta hipótese não foi confirmada porque sabe-se hoje que o principal factor responsável por este fenómeno é o declínio da natalidade.
• Como se sabe nos países subdesenvolvidos há um crescente aumento dos jovens, enquanto que nos países desenvolvidos há uma diminuição de natalidade.
• São apresentados de seguida as causas deste contraste:
• Emancipação da mulher e a crescente participação no mercado de trabalho;
• Adiamento do casamento;
• Fácil acesso a métodos contraceptivos e prática do aborto;
• Stress da vida urbana e desejo de aceder a um elevado padrão de vida.
• Baixo grau de informação e da difusão dos métodos anticonceptivos
• A conjugação de todos estes factores convergem para mudanças significativas no contexto demográfico e começam a acarretar uma série de previsíveis consequências sociais, culturais e epidemiológicas.
• Felizmente existem países que já andam a tomar uma série de providências para travar o declínio da taxa de natalidade, como: o aumento dos abonos de família, do subsidio de nascimento, a melhoria das infra-estruturas de apoio às crianças (creches…) ou a criação de mecanismos de apoio à mulher grávida (SOS Grávida…).
• Os países subdesenvolvidos, por seu lado, apostam em medidas antinatalistas, como por exemplo: na China recorre-se à esterilização e ao aborto forçado, ou na Índia que apostou na sensibilização e educação da população.
• Acréscimo da esperança de vida
• À acção conjugada da diminuição de taxa de natalidade
RESULTANTES DA:
Industrialização Desenvolvimento Urbanização
“Implosão demográfica do norte
Dado que este perde população em termos absolutos e relativos e a sociedade envelhece sem se renovar.
• taxas de crescimento natural muito aceleradas provocando entre outros problemas:
• O desequilíbrio população/recursos
• Enorme crescimento urbano
• A desertificação
● Equilíbrio pop./Recursos
Para isso exige transformações a diversos niveis:
• Informação• Ajuda Internacional• Educação• Planeamento Familiar• Saúde • Desenvolvimento
Económico e social• Valorização do Papel
da Mulher• Modificação dos
hábitos de consumo
O determinante chave da conformação da estrutura etária de
uma população fechada e sua evolução ao longo do tempo em
direcção ao envelhecimento, nível da fecundidade e sua
trajectória temporal. Enquanto os níveis de fecundidade forem
elevados e declinantes, a mortalidade tem um papel muito
pouco expressivo, usualmente contrapondo-se ao efeito
envelhecido gerado pela queda da fecundidade. Entretanto
quando os níveis de mortalidade já são bastante baixos e todo o
potencial declínio da fecundidade já foi quase completamente
realizado, a mortalidade passa a ser o elemento central do
envelhecimento demográfico.
• Do ponto de vista demográfico, uma população envelhece quando a taxa de crescimento da população considerada idosa é superior á da população jovem por um período sustentado de tempo.
• A queda da fecundidade é o determinante chave do envelhecimento pela base, enquanto a redução dos níveis de mortalidade responde pelo envelhecimento pelo topo.
• Estes papeis diferenciados associam-se, também, aos diferentes estágios em que se encontra o país no processo de transição demográfica.
• Naqueles onde os níveis de fecundidade e mortalidade ainda são elevados, o efeito da redução da fecundidade é o determinante chave do envelhecimento sobrepujando o efeito da queda da mortalidade, que tente a rejuvenescer a população.
• Nos países em que os níveis de fecundidade e mortalidade já são muito baixos, e onde há espaço apenas para a queda da mortalidade, é esta o determinante principal do continuado envelhecimento populacional.
• é uma população fechada para a qual se supõe que os níveis e padrões de fecundidade e de mortalidade por idade e sexo se mantenham constantes por um longo período de tempo.
• Quando a taxa de crescimento da população estável é nula, define-se uma população estacionária, que apresenta todas as características da população estável, além de apresentar constante a distribuição etária em termos absolutos.
• Muito se tem falado ultimamente no “ MODELO SOCIAL EUROPEU”. De facto, em nenhuma outra parte do mundo, nem nos EUA nem na antiga URSS, os trabalhadores tiveram tantos benefícios, tanta protecção, tanta previdência, tanta segurança como na Europa.
• Mas é por razões muito mais profundas que se vem falando dele agora. Primeiro, porque o espectacular aumento da esperança de vida verificado durante o último meio século, em simultâneo com o decréscimo da natalidade na população branca dos países europeus, tem graves reflexos na Segurança Social: cada vez há maior número de “velhos” a viver á custa de menor número de “novos. Segundo, porque a abertura das fronteiras europeias aos produtos asiáticos veio tornar muito difícil aos países onde se trabalha pouco e ganha muito concorrer com os países onde, ao contrário, se trabalha muito e ganha pouco.
• É triste pensar que as citadas transformações etárias e concorrenciais vão, nas próximas décadas, forçar os Parlamentos e os Governos europeus a introduzir algumas alterações no modelo social, aumentando a idade da reforma, o tempo de serviço activo e o horário semanal de trabalho, reduzindo no futuro o valor das pensões de reforma e revendo as condições de atribuição dos subsídios de desemprego e doença, promovendo a flexibilidade do trabalho, E ainda, possivelmente, fazer uns pequenos retoques no sagrado direito á greve.
O s CE NS O S c onstitu em im portantes estu dos qu e perm i-tem fazer o retrato de um pa ís. Este retrato não s óes pelh a as c aracter ístic as do pres ente, c om o tam b ém poss ib ilita a previs ão e a p lan if icaç ão de tarefas fu turas. P or iss o, um factor im portant ís sim o para o suc ess o dos CE NS O S é a ades ão da popula ç ão.
O s dados c ensit ários s ão fundam enta is para a an á lis e da estrutura s ocioec on óm ic a do pa ís e da su a evolu ç ão ten dencia l, perm it in do a in da a c om para ç ão c om as estruturas e o d in am ism o s ocia l de outros pa ís es.
S e c om pararm os os dados do rec ens eam entos realizados n os an os de 1991 e de 2001, poderem os constatar ( entre outras) transform a ç ões dem ogr áf icas, soc ia is e s ocioec on óm ic as.
O trabalho que a seguir se apresenta teve como objectivo a aná lise da evo lu ção d a p op ula ção resid ente , com base na recolha e organiza ção de dados censit ários de 1991 e 2001.
Esta an álise teve em conta a ordena ção hier árquica:1. Porto2. G rande Porto3. Norte4. Continente5. Portugal
Os dados relativos à cidade do PO RTOpermitem verificar que a c lasse etária dos 25-64 anos é aquela que regista um maior número de efectivos, apesar deste ter diminuído em 2001. O mesmo acontece com as classes etárias dos 0-14 anos e dos 15-24 anos. A diminuição é observada em ambos os sexos.
Exceptua-se apenas a c lasse etária dos 65 anos ou mais, que registou um ligeiro aumento.
E vo lu ç ã o d a p o p u laç ã o re s id e n te n o Po rto(e fe c tivo s to ta is p o r c la s s e s e tá ria s )
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H M (0 - 1 4 )H M (1 5 - 2 4 )H M (2 5 - 6 4 )
H M (6 5 o u m a is)
E v o l u ç ã o d a p o p u l a ç ã o r e s i d e n t e n o P o r t o( e f e c t i v o s t o t a i s / p o r s e x o )
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5 0 0 0 0
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H M
H
M
No que diz respeito à região do G R AN D E PO R T O a população global aumentou.
Contrariamente à cidade do Porto, a faixa etária dos 25-64 anos do Grande Porto registou um aumento bastante significativo, sendo a razão mais provável a residência de muitos efectivos nos subúrbios do Porto.
Por outro lado, registaram-se dim inuições nas classes et árias mais jovens (0-14 e 15-24 anos) e aumentos dos 25 anos em diante.
Evolução da população residente no Grande Porto(efectivos totais / por sexo)
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4 0 0 0 0 0
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H MH
M
E v o l u ç ã o d a p o p u l a ç ã o r e s i d e n t e n o G r a n d e P o r t o( e f e c t i v o s t o t a i s p o r c l a s s e s e t á r i a s )
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1 0 0 0 0 0
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H M ( 0 - 1 4 )
H M ( 1 5 - 2 4 )
H M ( 2 5 - 6 4 )
H M ( 6 5 o u m a is )
Relativamente ao N O R T E de Portugal, a população total teve um aumento pouco tendencial (cerca de 20000 residentes).
A classe dos 0-14 anos teve uma dim inuição pouco significativa, o mesmo não se registando na classe dos 15-24, onde a dim inuição foi mais acentuada.
À semelhança da região anteriormente analisada, as classes mais velhas são aquelas onde se verificam aumentos.
Evolução da população residente no Norte(efectivos totais / por sexo)
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500000
1000000
1500000
2000000
2500000
3000000
3500000
4000000
1991 2001
HM
HM
E v o l u ç ã o d a p o p u l a ç ã o r e s i d e n t e n o N o r t e( e f e c t i v o s t o t a i s p o r c l a s s e s e t á r i a s )
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200000
400000
600000
800000
1000000
1200000
1400000
1600000
1800000
2000000
1991 2001
HM (0-14)
HM (15-24)
HM (25-64)
HM (65 ou mais)
Em P ORTUGAL CONTINE NTAL regista-ram-se alterações muito semelhantes às referidas para a região Norte, apesar da diminuição na faixa dos 15-24 anos ser menos significativa.
Evo luç ã o d a pop ulaçã o re s id e nte no Co ntine nte(e fe c tivo s tota is / po r s e xo )
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1 0 0 0 0 0 0
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3 0 0 0 0 0 0
4 0 0 0 0 0 0
5 0 0 0 0 0 0
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9 0 0 0 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0 0
1 9 9 1 2 0 0 1
H M
H
M
E v o l u ç ã o d a p o p u l a ç ã o r e s i d e n t e e m P o r t u g a l( e f e c t i v o s t o t a i s / p o r s e x o )
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1 2 0 0 0 0 0 0
1 9 9 1 2 0 0 1
H M
H
M
Evo lu ção d a pop ula ç ão resid ente em Po rtug al(efectivo s to tais po r c lasses et á rias)
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1000000
2000000
3000000
4000000
5000000
6000000
1991 2001
HM (0-14)HM (15-24)HM (25-64)
HM (65 o u mais)
A Região Nortenha de Portugal poderá servir de modelo á evolução da população residente entre 1991 e 2001, pois as alterações aí observadas correspondem ás alteracões verificadas globalmente no país.
Apopulação residente registou um aumento progressivo entre 1991 e 2001, mais acentuado na classe dos 25 aos 64anos-apontando se assim para a tendência de envelhecimento da população.
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