CONFIABILIDADEMETROLGICA
CONTROLE DIMENSIONAL CALDEIRARIA E TUBULAO
PROI
BIDA
REP
RODU
O
PROI
BIDA
REP
RODU
O
CONFIABILIDADEMETROLGICA
CONTROLE DIMENSIONAL CALDEIRARIA E TUBULAO Referente Norma PETROBRAS N-2109, set/98
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Federao das Indstrias do Estado do Rio de JaneiroEduardo Eugenio Gouva VieiraPresidente
Diretoria-Geral do Sistema FIRJANAugusto Cesar Franco de AlencarDiretor
Diretoria Regional do SENAI-RJRoterdam Pinto SalomoDiretor
Diretoria de EducaoAndra Marinho de Souza FrancoDiretora
PROI
BIDA
REP
RODU
O
CONFIABILIDADEMETROLGICA
CONTROLE DIMENSIONAL CALDEIRARIA E TUBULAO Referente Norma PETROBRAS N-2109, set/98
Rio de Janeiro 2008
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Produo EditorialPesquisa de ContedoReviso PedaggicaReviso Gramatical e EditorialColaboraoProjeto Grfico
Vera Regina Costa AbreuNilo de Souza e Silva
Maria Leonor de Macedo Soares Leal
Jane de Arajo WagnerMarcelo Oliveira Gaspar de CarvalhoArtae Design & Criao
Confiabilidade metrolgica1 ed. 2005; 2 ed. 2008.SENAI Rio de JaneiroDiretoria de Educao
SENAI - Rio de JaneiroGEP - Gerncia de Educao ProfissionalRua Mariz e Barros, 678 - Tijuca20270-903 - Rio de Janeiro - RJTel: (21) 2587-1323Fax: (21) 2254-2884http://www.firjan.org.br
Ficha Tcnica
Gerncia de Educao ProfissionalGerncia de Produto
Luis Roberto ArrudaNewton Martins
Edio revista do material Confiabilidade Metrolgica, publicado pelo SENAI-RJ em 1988.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Prezado aluno,
Quando voc resolveu fazer um curso em nossa instituio, talvez no soubesse que, desse momentoem diante, estaria participando do maior sistema de educao profissional do pas: o SENAI. H maisde sessenta anos, estamos construindo uma histria de educao voltada para o desenvolvimentotecnolgico da indstria brasileira e da formao profissional de jovens e adultos.
Devido s mudanas ocorridas no modelo produtivo, o trabalhador no pode continuar com umaviso restrita dos postos de trabalho. Hoje, o mercado exigir de voc, alm do domnio do contedotcnico de sua profisso, competncias que lhe permitam decidir com autonomia, proatividade,capacidade de anlise, soluo de problemas, avaliao de resultados e propostas de mudanas noprocesso do trabalho. Voc dever estar preparado para o exerccio de papis flexveis e polivalentes,assim como para a cooperao e a interao, o trabalho em equipe e o comprometimento com osresultados.
Soma-se, ainda, que a produo constante de novos conhecimentos e tecnologias exigir de voc aatualizao contnua de seus conhecimentos profissionais, evidenciando a necessidade de uma formaoconsistente que lhe proporcione maior adaptabilidade e instrumentos essenciais auto-aprendizagem.
Essa nova dinmica do mercado de trabalho vem requerendo que os sistemas de educao seorganizem de forma flexvel e gil, motivos esses que levaram o SENAI a criar uma estruturaeducacional, com o propsito de atender s novas necessidades da indstria, estabelecendo umaformao flexvel e modularizada.
Essa formao flexvel tornar possvel a voc, aluno do sistema, voltar e dar continuidade suaeducao, criando seu prprio percurso. Alm de toda a infra-estrutura necessria a seudesenvolvimento, voc poder contar com o apoio tcnico-pedaggico da equipe de educao dessaescola do SENAI para orient-lo em seu trajeto.
Mais do que formar um profissional, estamos buscando formar cidados.
Seja bem-vindo!
Andra Marinho de Souza Franco
Diretora de Educao
PROI
BIDA
REP
RODU
O
PROI
BIDA
REP
RODU
O
11111
22222
SumrioAPRESENTAPRESENTAPRESENTAPRESENTAPRESENTAOAOAOAOAO ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 1111111111
UMA PUMA PUMA PUMA PUMA PALAALAALAALAALAVRA INICIALVRA INICIALVRA INICIALVRA INICIALVRA INICIAL ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 1313131313
BLOCO 1 CONFIABILIDBLOCO 1 CONFIABILIDBLOCO 1 CONFIABILIDBLOCO 1 CONFIABILIDBLOCO 1 CONFIABILIDADE METRADE METRADE METRADE METRADE METROLGICOLGICOLGICOLGICOLGICAAAAA............................................................................................................................................................................... 1717171717
I Variveis de um processo de medio .................................................................19
II Padres de referncias para as medies ...........................................................26
BLOCO 2 EXEMPLOS DE BLOCO 2 EXEMPLOS DE BLOCO 2 EXEMPLOS DE BLOCO 2 EXEMPLOS DE BLOCO 2 EXEMPLOS DE APLICAPLICAPLICAPLICAPLICAOAOAOAOAO ..................................................................................................................................................................................................................................................... 3131313131
I Exemplo de plano de aferio e calibrao de instrumentos
de medio e teste .....................................................................................................33
II Exemplo de mtodo de controle dimensional de medio
na fabricao de virolas e tubos .............................................................................46
III Exemplo de mtodo de controle dimensional de aferio
de paqumetro ............................................................................................................55
IV Exemplo de procedimento escrito de aferio e calibrao ..........................60
REFERNCIAS BIBLIOGRFICASREFERNCIAS BIBLIOGRFICASREFERNCIAS BIBLIOGRFICASREFERNCIAS BIBLIOGRFICASREFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 6565656565
PROI
BIDA
REP
RODU
O
PROI
BIDA
REP
RODU
O
SENAI-RJ 1111111111
Confiabilidade Metrolgica Apresentao
Apresentao
A dinmica social dos tempos de globalizao exige dos profissionais atualizao constante. Mesmoas reas tecnolgicas de ponta ficam obsoletas em ciclos cada vez mais curtos, trazendo desafiosrenovados a cada dia, e tendo como conseqncia para a educao a necessidade de encontrar novase rpidas respostas.
Nesse cenrio, impe-se a educao continuada, exigindo que os profissionais busquem atualizaoconstante durante toda a sua vida - e os docentes e alunos do SENAI/RJ incluem-se nessas novasdemandas sociais.
preciso, pois, promover, tanto para os docentes como para os alunos da educao profissional, ascondies que propiciem o desenvolvimento de novas formas de ensinar e aprender, favorecendo otrabalho de equipe, a pesquisa, a iniciativa e a criatividade, entre outros aspectos, ampliando suaspossibilidades de atuar com autonomia, de forma competente.
Concorre para isso o material didtico que voc manuseia agora. Ele lhe dar a oportunidade deconhecer os fatores que afetam a atividade de medio ou metrologia, de modo que voc possacompreender como se obtm a garantia metrolgica ou como se implanta um programa de confiabilidademetrolgica.
O objetivo deste material ajud-lo em seus estudos, podendo ser utilizado em diferentes momentose situaes. Como ele voc vai acompanhar os assuntos tratdos em sala de aula pelo professor, leralguns trechos para complementar a abordagem desses assuntos,. pesquisar uma determinada questo,fazer consultas para realizar os exerccios propostos, esclarecer dvidas, etc.
Esperamos, assim, que voc possa reforar a sua aprendizagem e enriquecer a sua educaoprofissional, tornando-se apto para enfrentar os desafios impostos pelo trabalho deum inspetor decontrole dimensional.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Uma Palavra Inicial
SENAI-RJ 1313131313
Uma palavra inicial
Meio ambiente...
Sade e segurana no trabalho...
O que que ns temos a ver com isso?
Antes de iniciarmos o estudo deste material, h dois pontos que merecem destaque: a relao entreo processo produtivo e o meio ambiente; e a questo da sade e segurana no trabalho.
As indstrias e os negcios so a base da economia moderna. Produzem os bens e serviosnecessrios, e do acesso a emprego e renda; mas, para atender a essas necessidades, precisam usarrecursos e matrias-primas. Os impactos no meio ambiente muito freqentemente decorrem do tipode indstria existente no local, do que ela produz e, principalmente, de como produz.
preciso entender que todas as atividades humanas transformam o ambiente. Estamos sempreretirando materiais da natureza, transformando-os e depois jogando o que "sobra" de volta ao ambientenatural. Ao retirar do meio ambiente os materiais necessrios para produzir bens, altera-se o equilbriodos ecossistemas e arrisca-se ao esgotamento de diversos recursos naturais que no so renovveisou, quando o so, tm sua renovao prejudicada pela velocidade da extrao, superior capacidadeda natureza para se recompor. necessrio fazer planos de curto e longo prazo, para diminuir osimpactos que o processo produtivo causa na natureza. Alm disso, as indstrias precisam se preocuparcom a recomposio da paisagem e ter em mente a sade dos seus trabalhadores e da populao quevive ao redor dessas indstrias.
Com o crescimento da industrializao e a sua concentrao em determinadas reas, o problemada poluio aumentou e se intensificou. A questo da poluio do ar e da gua bastante complexa,pois as emisses poluentes se espalham de um ponto fixo para uma grande regio, dependendo dosventos, do curso da gua e das demais condies ambientais, tornando difcil localizar, com preciso, aorigem do problema. No entanto, importante repetir que, ao depositarem os resduos no solo aolanarem efluentes sem tratamento em rios, lagoas e demais corpos hdricos, as indstrias causamdanos ao meio ambiente.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Uma Palavra Inicial
14 14 14 14 14 SENAI-RJ
O uso indiscriminado dos recursos naturais e a contnua acumulao de lixo mostram a falha bsicade nosso sistema produtivo: ele opera em linha reta. Extraem-se as matrias-primas atravs de processosde produo desperdiadores e que produzem subprodutos txicos. Fabricam-se produtos de utilidadelimitada que, finalmente, viram lixo, o qual se acumula nos aterros. Produzir, consumir e dispensar bensdesta forma, obviamente, no sustentvel.
Enquanto os resduos naturais (que no podem, propriamente, ser chamados de "lixo") so absorvidose reaproveitados pela natureza, a maioria dos resduos deixados pelas indstrias no tem aproveitamentopara qualquer espcie de organismo vivo e, para alguns, pode at ser fatal. O meio ambiente podeabsorver resduos, redistribu-los e transform-los. Mas, da mesma forma que a Terra possui umacapacidade limitada de produzir recursos renovveis, sua capacidade de receber resduos tambm restrita, e a de receber resduos txicos praticamente no existe.
Ganha fora, atualmente, a idia de que as empresas devem ter procedimentos ticos que considerema preservao do ambiente como uma parte de sua misso. Isto quer dizer que se devem adotarprticas que incluam tal preocupao, introduzindo processos que reduzam o uso de matrias-primase energia, diminuam os resduos e impeam a poluio.
Cada indstria tem suas prprias caractersticas. Mas j sabemos que a conservao de recursos importante. Deve haver crescente preocupao com a qualidade, durabilidade, possibilidade deconserto e vida til dos produtos.
As empresas precisam no s continuar reduzindo a poluio, como tambm buscar novas formasde economizar energia, melhorar os efluentes, reduzir a poluio, o lixo, o uso de matrias-primas.Reciclar e conservar energia so atitudes essenciais no mundo contemporneo.
difcil ter uma viso nica que seja til para todas as empresas. Cada uma enfrenta desafiosdiferentes e pode se beneficiar de sua prpria viso de futuro. Ao olhar para o futuro, ns (o pblico,as empresas, as cidades e as naes) podemos decidir quais alternativas so mais desejveis e trabalharcom elas.
Entretanto, verdade que tanto os indivduos quanto as instituies s mudaro as suas prticasquando acreditarem que seu novo comportamento lhes trar benefcios - sejam estes financeiros, parasua reputao ou para sua segurana.
A mudana nos hbitos no uma coisa que possa ser imposta. Deve ser uma escolha de pessoasbem-informadas a favor de bens e servios sustentveis. A tarefa criar condies que melhorem acapacidade de as pessoas escolherem, usarem e disporem de bens e servios de forma sustentvel.
Alm dos impactos causados na natureza, diversos so os malefcios sade humana provocadospela poluio do ar, dos rios e mares, assim como so inerentes aos processos produtivos alguns riscos sade e segurana do trabalhador. Atualmente, acidente do trabalho uma questo que preocupa osempregadores, empregados e governantes, e as conseqncias acabam afetando a todos.
De um lado, necessrio que os trabalhadores adotem um comportamento seguro no trabalho,usando os equipamentos de proteo individual e coletiva, de outro, cabe aos empregadores prover aempresa com esses equipamentos, orientar quanto ao seu uso, fiscalizar as condies da cadeia produtivae a adequao dos equipamentos de proteo.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Uma Palavra Inicial
SENAI-RJ 1515151515
A reduo do nmero de acidentes s ser possvel medida que cada um - trabalhador, patro egoverno - assumir, em todas as situaes, atitudes preventivas, capazes de resguardar a segurana detodos.
Deve-se considerar, tambm, que cada indstria possui um sistema produtivo prprio, e, portanto, necessrio analis-lo em sua especificidade, para determinar seu impacto sobre o meio ambiente,sobre a sade e os riscos que o sistema oferece segurana dos trabalhadores, propondo alternativasque possam levar melhoria de condies de vida para todos.
Da conscientizao, partimos para a ao: cresce, cada vez mais, o nmero de pases, empresas eindivduos que, j estando conscientizados acerca dessas questes, vm desenvolvendo aes quecontribuem para proteger o meio ambiente e cuidar da nossa sade. Mas, isso ainda no suficiente...faz-se preciso ampliar tais aes, e a educao um valioso recurso que pode e deve ser usado em taldireo. Assim, iniciamos este material conversando com voc sobre o meio ambiente, sade e seguranano trabalho, lembrando que, no seu exerccio profissional dirio, voc deve agir de forma harmoniosacom o ambiente, zelando tambm pela segurana e sade de todos no trabalho.
Tente responder pergunta que inicia este texto: meio ambiente, a sade e a segurana no trabalho o que que eu tenho a ver com isso? Depois, partir para a ao. Cada um de ns responsvel.Vamos fazer a nossa parte?
PROI
BIDA
REP
RODU
O
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Bloco I
Confiabilidade metrolgica
11111
Variveis de um processo de medio
Padres de referncia para as medies
Nesta Seo ...
PROI
BIDA
REP
RODU
O
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco I
SENAI-RJ 1919191919
Fig. 1Fig. 1Fig. 1Fig. 1Fig. 1
Confiabilidade metrolgica
A confiabilidade metrolgica , como o prprio nome sugere, uma confiana ou uma certeza nosresultados dos testes, anlises e medies. Seu conceito semelhante ao de controle de qualidadeconvencional, embora o produto deste ltimo seja uma medida. Tambm so bastante semelhantes osprocedimentos, as rotinas, as instrues e os mtodos de inspeo empregados, tanto no controle dequalidade como na confiabilidade metrolgica, para a verificao da conformidade dos produtos a umcerto padro.
As medies so empregadas pelo controle de qualidade (CQ) e pela garantia da qualidade (GQ)para verificar propriedades ou requisitos de um produto. E quando no h confiana no resultadodessas medies, porque o controle e a garantia da qualidade esto inoperantes. Assim, para quehaja confiabilidade, imprescindvel que a confiabilidade metrolgica faa parte dos requisitos dagarantia da qualidade.
Um aspecto interessante a ser destacado que o controle da qualidade pode rejeitar um lote porconsiderar que ele est fora dos limites especificados, embora as medidas estejam corretas. Ou podeaprovar um outro lote que, posteriormente, ser considerado inaceitvel por apresentar medidas erradasou sem confiabilidade. Vrios aspectos colaboram para que essas situaes ocorram, como voc vera partir de agora, ao estudar os contedos deste material.
I Variveis de um processo de medioPara entendermos melhor os fatores que afetam um processo de medio,vamos usar o exemplo
do tiro ao alvo, ilustrado a seguir, uma vez que ambos apresentam uma grande similaridade.
Veja, ento, asvariveis que inter-ferem no tiro aoalvo e as que afe-tam as mediesrealizadas em me-trologia, obser-vando a equiva-lncia entre elas.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco I
2020202020 SENAI-RJ
Tiro ao alvo Metrologia
1. Habilidade do atirador 1. habilidade do observador
2. Variveis da munio 2. Variveis do instrumento
3. Variveis do rifle 3. Variveis da montagem
4. Variveis do ambiente 4. Variveis do ambiente
(vento, distrao, ofuscamento) (temperatura, poeira, distrao)
5. Resultado verificado pelo alvo 5. Resultado verificado pela calibrao
Anlise das variveis das medies realizadas em metrologia
Vamos comentar, cada uma das variveis que acabamos de destacar, ao mostrar o exemplo do tiroao alvo.
Habilidade do observador
Na execuo de uma medio. A habilidade do observador pode ser definida como a capacitaoou habilitao do inspetor que realiza a referida medio.
O controle desta varivel feito por meio de treinamento, seleo e qualificao do profissional demedio. No caso especfico do inspetor de controle dimensional, esse treinamento est se dando pormeio do curso que voc realiza agora, com o apoio deste material didtico.
Variveis do instrumento
A escolha do instrumento de medio muito importante e deve ser feita em funo de seusrecursos, desempenho e resoluo.
A capacitao do inspetor contribui de modo decisivo para a escolha adequada do instrumento.Mas na podemos nos esquecer de que essa escolha deve considerar, principalmente, de que modoinstrumento contribui para o erro na medio. Estudos matemticos a esse respeito concluem que,para termos uma probabilidade aceitvel de erro na medio, necessria a seguinte relao.
preciso requerida na medio 4=
resoluo do instrumento 10
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco I
SENAI-RJ 2121212121
Fig. 2Fig. 2Fig. 2Fig. 2Fig. 2
Observe o grfico que mostra a relao entre a probabilidade de erro e a razo preciso / resoluo
Probabilidade de erro
%
0,10
0,075
0,050
0,040
0,025
0,010
preciso
4x 10x 15x resoluo
A anlise deste grfico nos leva a perceber que a probabilidade de erro cresce medida que arazo preciso / resoluo diminui.
Variveis da montagem
As variveis da montagem esto relacionadas disposio do instrumento, da pea e do inspetorno momento da medio. Uma montagem inadequada conduz a erros de medio como, por exemplo,o erro de paralelismo, um dos mais comuns desse gnero.
Os erros de medio ocasionados por variveis de montagem podem ser eliminados ou minimizadosno s pelo emprego ou procedimentos escritos e especficos de medio como tambm pelotreinamento dos inspetores para a referida medio.
Variveis do ambiente
Dos erros de medio devidos s variveis do ambiente, o mais conhecido o erro devido temperatura.
Vejamos o exemplo de uma pea de ao cujo comprimento de 100mm e a temperatura, de 20C.Se essa pea for medida a 30C, a variao do seu cumprimento, em funo do aumento da temperatura,ser de 0,012mm, aproximadamente. Se a tolerncia dessa pea da ordem de centsimos de milmetro,ento a medio da pea a 30 C induzir a erros de medio. Por outro lado, se a tolerncia da peafor de dcimos de milmetro, essa variao de temperatura no ir acarretar erros.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco I
2222222222 SENAI-RJ
O controle das variveis do ambiente normalmente to mais rigoroso quanto mais rgidos eestreitos so os requisitos de tolerncia da pea por medir. Em geral, esse tipo de controle estabelecidoem normas ou procedimentos escritos e especficos de medio.
Calibrao
Todos os cuidados adotados durante a execuo de uma medio podero ser inteis, se o instrumentoempregado no estiver aferido e calibrado.
A aferio serve para verificar a exatido dos instrumentos. Ela visa apenas determinar os erros eno corrigi-los. J na calibrao, o instrumento comparado com um padro e, ento, os erros socorrigidos.
O controle da aferio e da calibrao dos instrumentos normalmente executado por meio deplanos de aferio e calibrao de instrumentos, exigidos para a implantao de um plano deconfiabilidade metrolgica ou de um sistema de controle de instrumentos de medio e teste.
Controle das variveis de medio pelo SGQ da PETROBRAS
De acordo com o SGQ Sistema de Garantia de Qualidade da PETROBRAS, as variveis queafetam um processo de medio podem ser agrupadas e controladas em trs partes distintas.
Vejamos o que compreende cada uma dessas partes.
Primeira parte
Refere-se a inspetor ou ao profissional de controle dimensional que vai executar a medio. Paratanto, imprescindvel que ele esteja capacitado para o desempenho da atividade.
No Sistema de Garantia de Qualidade da PETROBRAS, essa capacitao exigida por clasulascontratuais e pode ser avaliada de diversas maneiras: por meio de seleo realizada com procedimentosespecficos; pela exigncia de treinamentos em programas conhecidos; ou pela qualificao ecertificao do profissional.
Segunda parte
Diz respeito s exigncias contidas nas normas de construo e montagem de equipamentos e nasnormas de mtodos escritos para a realizao de medies e verificao de desvios.
As normas de fabricao, construo ou montagem de equipamentos estabelecem as tolerncias eos desvios dimensionais para uma dada caracterstica de um equipamento. Algumas dessas normastambm estabelecem o contedo mnimo dos mtodos escritos que so exigidos.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco I
SENAI-RJ 2323232323
Com essa exigncia de mtodos escritos de controle dimensional, pretende-se verificar aadequabilidade desses mtodos verificao das medidas e tolerncias estabelecidas pela norma defabricao do equipamento, observando-se:
a resoluo, exatido e preciso do instrumento por empregar;
a montagem ou forma de emprego do instrumento;
o grau de incerteza no resultado final, em funo do processo de fabricao adotado.
A exigncia de mtodos escritos feita, em geral, para os equipamentos fabricados sob encomenda.Como a de um tanque de armazenamento de querosene, cuja produo no seriada.
Mas quando se trabalha com uma produo em srie, como o caso dos rolamentos, o enfoque dosmtodos passa a ser sobre o emprego de um determinado instrumento, e no sobre o componente ouequipamento fabricado. E p isso que temos, por exemplo, o mtodo de emprego de micrmetrosverticais. Nessas situaes de produo em srie, no comum a exigncia de mtodos escritos. Aavaliao incide sobre a habilidade do inspetor e o seu conhecimento sobre os mtodos para empregodos instrumentos.
Com a exigncia de mtodos escritos para os equipamentos produzidos sob encomenda, e oconhecimento de mtodos por parte do inspetor para os casos em que a produo seriada, pretende-se controlar:
as variveis dos instrumento, por meio da definio deles;
as variveis da montagem, pela descrio da forma com os instrumentos so empregados;
as variveis do ambiente, por meio da descrio das condies de execuo das medies everificaes.
Terceira parte
Esta terceira e ltima parte est relacionada calibrao dos instrumentos. E como j mencionamosaqui, o controle dessa varivel exige planos de aferio e calibrao dos instrumentos de medio eteste, de modo a garantir a exatido dos instrumentos empregados.
O plano de aferio e calibrao os instrumentos de medio e teste um documento que renetodos os instrumentos empregados na fabricao de um equipamento ou componente, apresentandosua descrio, identificao, data da ltima aferio, perodo de validade de aferio, etc.
O controle de instrumentos de medio e teste est includo em todas as normas que estabelecemos requisitos para a implantao de um sistema de garantia de qualidade, embora quase nenhumadessas normas fornea subsdios para o desenvolvimento desse tipo de controle.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco I
2424242424 SENAI-RJ
Plano de aferio e calibrao de instrumentos de medio e teste daPETROBRAS
Na PETROBRAS, as exigncias relativas a um plano de aferio e calibrao de instrumentos demedio e teste fazem parte das exigncias estabalecidas para a garantia da qualidade, devendo seranexadas aos contratos de servios ou de fornecimento de materiais e tambm aos manuais de gernciada empresa.
Um plano de aferio e calibrao de instrumentos de medio e teste da PETROBRAS deveconter os seguintes itens:
objetivo; definio;
normas aplicveis;
instrumentos de medio e teste;
freqncia ou intervalo de aferio e calibrao;
laboratrio de aferio e calibrao;
procedimentos de aferio e calibrao;
rastreabilidade;
procedimentos de medio;
acompanhamento e arquivo.
Agora vejamos o contedo mnimo a ser abordado em cada um desses itens.
ObjetivoNesta parte definida a abrangncia do plano de aferio e calibrao de instrumentos de medio
e teste.
Definies
A terminologia na rea de metrologia ainda muito discutida. Por isso, so definidos neste item,com a mxima objetividade, todos os termos que se fizerem necessrios, de modo a na deixar qualquerdvida a respeito.
Normas aplicveis
Todas as normas citadas no plano de aferio e calibrao de instrumentos de medio e testedevem ser relacionadas neste item do plano. necessrio citar o nome da norma, a autoria, o ano depublicao e o ano de reviso, se houver.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco I
SENAI-RJ 2525252525
Instrumentos de medio e teste
Neste item, devem ser relacionados e identificados todos os instrumentos atingidos pela abrangnciaestabelecida no objetivo do plano. O mtodo de identificao tambm deve ser explicitado.
Freqncia ou intervalo de aferio e calibrao
Aqui so indicadas as freqncias adotadas e recomendadas para a aferio e calibrao de cadainstrumento definido no item anterior. importante lembrar que todos os instrumentos devem seraferidos e calibrados por ocasio de seu recebimento.
Laboratrio de aferio e calibrao
Todos os laboratrios utilizados para aferio e calibrao dos instrumentos so relacionados nesteitem, sejam eles da prpria empresa ou no. Deve ser exigido que esses laboratrios tenham umsistema de controle de instrumentos, procedimentos de aferio e calibrao, certificados, padres dereferncia e certificados rastreveis de acordo com a padronizao nacional.
Procedimentos de aferio e calibrao
Este item apresenta uma relao de todos os procedimentos aplicveis e suas respectivas revises.O conjunto de procedimentos deve estar anexado aos demais procedimentos da empresa.
Rastreabilidade
Este item indica como dever ser o relatrio de aferio e calibrao e, tambm, o diagrama derastreabilidade para cada tipo e para cada instrumento.
Procedimentos de medio
Todos os procedimentos aplicveis e suas respectivas revises so especificados aqui. Lembramosque o conjunto de procedimentos deve estar anexado aos demais procedimentos da empresa.
Acompanhamento e arquivo
Neste item descrito todo o subsistema de controle propriamente dito, incluindo arquivo, etiquetas,relatrios de calibrao, fichas de controle e indicadores que, de algum modo, contribuam para oacompanhamento desse subsistema. O acompanhamento deve permitir que o usurio retire o instrumentodo uso, quando a data de aferio ou recalibrao for alcanada, e tambm deve possibilitar que orgo de aferio e calibrao saiba que essa data foi alcanada, para que possa dar busca aoinstrumento.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco I
2626262626 SENAI-RJ
II Padres de referncia para as mediesA maior parte do tempo de um inspetor dedicada medio. Quando uma grandeza est sendo
medida, a dimenso da pea est, na verdade, sendo comparada a um padro de referncia, que podeser, por exemplo, um paqumetro, um par de calibres ou um jogo de blocos-padres. Todos elesrepresentam um critrio mediante o qual as dimenses de um objeto so comparadas com as dimensesdo padro.
Um padro de referncia (ou de medio) pode ser um material, um dispositivo ou, ainda, umacombinao de ambos, preparados de forma anteriormente conhecida e determinados como umamedida reconhecida e autorizada. Assim, um padro de referncia pode ser o quilograma, uma constantenatural como o metro ou, ento, uma derivao de duas ou mais constantes naturais, como o caso deluz.
Para a realizao de qualquer teste, o padro de referncia deve ser adequadamente escolhido, demodo que seja possvel comparar os resultados com alguma quantidade conhecida.
Hierarquia dos padres empregados nas medies
Os padres empregados nas medies obedecem a uma hierarquia e esto organizados nos seguintesnveis:
padro internacional;
padro nacional;
padro primrio (ou de referncia, ou da empresa); padro secundrio (ou de transferncia); padro de trabalho (ou de uso); instrumento (ou instrumento de trabalho ou instrumento de medio).Em relao a essa hierarquia, importante destacar alguns aspectos:
cada um dos nveis dessa hierarquia tem como funo principal transferir exatido ao nvel deordem imediatamente inferior;
no caso especfico dos padres primrios (ou de referncia), vale destacar que h uma legislaoespecfica, pois os contratos comerciais geralmente exigem que eles possuam certificados deaferio e calibrao rastreveis ao National Bureau of Standards;
no caso de padres representados por constantes naturais, ou derivados de duas ou maisconstantes, o do nvel nacional o mesmo do nvel internacional, porque a tecnologia a mesmaem ambos os nveis. Por exemplo: o laboratrio NBS, da Inglaterra (que de nvel nacionalnaquele pas) pode determinar o metro-padro to bem quanto o IBWS, de Svres, na Frana(que de nvel internacional). Ambos possuem a mesma tecnologia para reproduzir o comprimentode onde da transio laranja-vermelho do cripton-86;
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco I
SENAI-RJ 2727272727
o padro de trabalho (ou de uso, tambm conhecido por working standard) o aparelhoutilizado para calibrar os instrumentos (ou instrumentos de trabalho), que so do nvelimediatamente inferior;
e, finalmente, o instrumento o nvel mnimo na hierarquia das medies, sendo, portanto, o demenor exatido nas medies.
A seguir, observe a figura que ilustra a hierarquia dos padres mais utilizados no meio industrial.Veja que os instrumentos de trabalho esto na base do tringulo, sinalizando que eles so os maisempregados. Depois deles vm os padres de trabalho, seguidos dos padres secundrios e, por fim,dos padres primrios.
Obviamente, a relao de exatido de um nvel para outro deve ser adequadamente escolhida, e terum valor entre 4 e 10 vezes, como mostramos no grfico apresentado no incio deste bloco (Fig. 2). Ouseja, a exatido do instrumento de nvel superior deve ser 4 a 10 vezes maior que a do nvel inferior.Uma relao menor que 4 s deve ser usada nos casos prximos ao limite do conhecimento e, mesmoassim, devem ser tomados cuidados especiais para a obteno do resultado desejado.
Agora analise a hierarquia das medies necessria para a garantia metrolgica, observando arelao entre os padres, os instrumentos e a exatido desses instrumentos.
instrumentos
(ou instrumentos
de trabalho)
padres mnimos
(ou de referncia)
padres secundrios
(ou de transferncia)
padres de trabalho
(ou de uso)
Fig. 3Fig. 3Fig. 3Fig. 3Fig. 3
Hierarquia das medies
Padres Instrumentos Exatido
Padro primrio ou de referncia Blocos-padres master + 0,00005mm
Padro secundrio ou de referncia Blocos-padres + 0,00001mm
Padro de uso ou de trabalho Haste-padro + 0,001mm
Instrumento de trabalho Micrmetro + 0,01mm
TTTTTabela 1abela 1abela 1abela 1abela 1
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco I
2828282828 SENAI-RJ
A conservao da exatido dos padres e a possibilidade da transferncia dessa exatido aosoutros padres vo exigir determinadas condies ambientais para seu armazenamento e manuseio.
A tabela 2, que se segue, mostra os requisitos exigidos para o manuseio e armazenamento depadres de referncia e de transferncia, no que diz respeito s condies ambientais.
Padres de uso (ou de trabalho) e instrumentos de trabalho, exigem, para seu armazenamento emanuseio, condies ambientais mais brandas do que as apresentadas nessa tabela.
Parmetro Dimensional Eletrofsico
Temperatura 20 0,3C 23 1C
(20 0,1C no ponto de medio)
Faixa de variao
da temperatura Menor que 0,5C/n Menor que 1,5C/n
Unidade relativa 35 a 55%, constante dentro de
22 em torno do ponto regulado.
Poeira Menos que 1,0 x 104 partes/pe3 Menos que 20 x 104 partes/pe3
de partculas acima de 10m; de partculas acima de 10m;
menos que 5,0 x 104 partes/pe3 menos que 100 x 104 partes/pe3
de partculas acima de 0,5m. de partculas acima de 0,5m.
Vibrao O mximo de 0,001g ou 1 in abaixo 200 cps na base do instrumento.
A quantidade de instrumentos deve fornecer uma estabilidade tal, que
a exatido das leituras obtidas seja, no mnimo, a do valor indicado para
cada instrumento.
Rudos de radio- Sem requisitos, exceto para 10 V/m, somente cw, c.c. de
freqncia e instrumentos de medio menor que 2 c.a peso, menoreltricos eletrnica, que devero ser que 5
revestidos e adequadamente
guardados.
Iluminao (no 100 fc (foot candela); iluminao auxiliar quando requerida para
nvel bancada) trabalhos especiais.
Rudo acstico O nvel mximo permitido de rudo de fundo contnuo no deve ser maior
que 35, de acordo com a curva do critrio de rudo, de 20 at 9.600Hz,
referente a 0,0002 dinas/cm2 (bar).
TTTTTabela 2abela 2abela 2abela 2abela 2
Rede nacional de calibrao
A montagem de equipamentos compostos de peas fornecidas por vrios fabricantes exige umacompatibilizao das medidas dessas peas. Essa compatibilizao conseguida quando os padresdas empresas fornecedoras so rastreveis em relao a um padro comum. Tal exigncia acarreta
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco I
SENAI-RJ 2929292929
a necessidade de se criar uma rede de calibrao que possibilite o rasteamento dos padres dasempresas de acordo com um padro comum.
Essa rede compreende laboratrios que so classificados em laboratrios de referncia, detransferncia e industriais, conforme os padres que possuem.
No Brasil, a rede nacional de calibrao encontra-se ainda em fase de implantao, funcionandoparcialmente, conforme o organograma a seguir.
INMETRO
1234567890123456789012
1234567890123456789012
1234567890123456789012
1234567890123456789012
1234567890123456789012
1234567890123456789012
1234567890123456789012
1234567890123456789012
1234567890123456789012
I P T
12345678901234567890123
12345678901234567890123
12345678901234567890123
12345678901234567890123
12345678901234567890123
12345678901234567890123
12345678901234567890123
12345678901234567890123
12345678901234567890123
U F S C
1234567890123456789012
1234567890123456789012
1234567890123456789012
1234567890123456789012
1234567890123456789012
1234567890123456789012
1234567890123456789012
1234567890123456789012
1234567890123456789012
C T A
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
A
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
B
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
C
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
12345678901234
D
SINMETROCONMETRO
Fig. 4Fig. 4Fig. 4Fig. 4Fig. 4
LegendaLegendaLegendaLegendaLegendaINMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial
SINMMETRO Sistema Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial
CONMETRO Conselho Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial
CTA Centro Tecnolgico da Aeronutica
IPT Instituto de Pesquisas Tecnolgicas
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
Laboratrio de referncia
Laboratrio de transferncia
Laboratrio industrial
123456789012345678
123456789012345678
123456789012345678
123456789012345678
123456789012345678901
123456789012345678901
123456789012345678901
123456789012345678901
123456789012345678901
PROI
BIDA
REP
RODU
O
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Bloco II
Exemplos de aplicao
11111
Exemplo de plano de aferio e calibrao de instrumentos de medio e teste
Exemplo de mtodo de controle dimensional de medio
na fabricao de virolas e tubos
Exemplo de mtodo de controle dimensional de aferio de paqumetro
Exemplo de procedimento escrito de aferio e calibrao
Nesta Seo ...
PROI
BIDA
REP
RODU
O
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
SENAI-RJ 3333333333
Exemplos de aplicao
Neste bloco voc ter a oportunidade de analisar algumas aplicaes dos contedos tratados nobloco anterior, por meio da exemplificao de:
um plano de aferio e calibrao de instrumentos de medio e teste;
dois mtodos de controle dimensional: um de medio e outro de aferio;
um procedimento escrito de aferio de instrumento.
I Exemplo de plano de aferio e calibrao deinstrumentos de medio e teste
1. Objetivo
O presente documento tem o objetivo de estabelecer as condies bsicas a serem cumpridas parao controle da aferio e calibrao de equipamentos, aparelhos e instrumentos utilizados no controleda qualidade e no rgo de execuo.
2. Programa bsico de aferio e calibrao
O programa de aferio e calibrao executado na obra consta de:
levantamento total de todos os instrumentos e equipamentos em uso no controle da qualidade eno rgo de execuo;
elaborao da Ficha de Controle para cada um desses instrumentos e equipamentos relacionadosno item anterior;
criao de um arquivo central para a guarda dessas fichas de controle;
organizao das fichas de controle no arquivo, que podem ser agrupadas de acordo com asespecificidades dos instrumentos e equipamentos. Por exemplo:
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
3434343434 SENAI-RJ
mecnicos;
eltricos;
pneumticos e hidrulicos;
hidrulicos;
eletrnicos
outros.
Preenchimentos da ficha Plano de Aferio e Calibrao, tendo por base a documentao, oscertificados e a situao de cada item colocado na obra, a fim de permitir o controle das aferiesj efetuadas e tambm das que sero realizadas posteriormente.
Observe, a seguir, como exemplo, um modelo de cada uma das fichas a que nos referimos nesteitem.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
SENAI-RJ 3535353535
Ficha 1Ficha 1Ficha 1Ficha 1Ficha 1
FICHA DE CONTROLE DE AFERIO / CALIBRAO
DE INSTRUMENTOS DE CONTROLE DE QUALIDADE FICHA CONTR. N:
INSTRUMENTO: FABRICANTE:
N DE SRIE: MODELO: TIPO:
DATA DE AQUISIO: DATA DE INCIO DE USO:
REAS DE UTILIZAO:
FUNO PRINCIPAL DE USO: ANEXO:
FREQNCIA DE USO:
FAIXA DE MEDIO:
DESCRIO DAS CARACTERSTICAS GERAIS:
GRAU DE PRECISO / EXATIDO (POR FAIXA):
REQUISITOS DE ARMAZENAGEM:
AFERIO / CALIBRAO
FREQNCIAS DE AFERIO:
PADRES E REFERNCIAS UTILIZADOS:
CONTROLE DAS AFERIES / CALIBRAES
DATA EVENTO CAUSA / MOTIVO / ERRO DESCRIO DOS SERVIOS VISTO
OBSERVAES
INSPETOR QUALIF. A.A.S.A. C.Q. FISCALIZAO RGO OPERACIONAL
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
3636363636 SENAI-RJ
Ttu
lo:
PLA
NO
DE
AFE
RI
O
E C
ALI
BR
A
O
DE
EQU
IPA
MEN
TOS
E IN
STR
UM
ENTO
S C
. Q.
FIC
HA
DE
DA
TA D
A
LTIM
AN
OM
E D
O
RG
O
EM
ISSO
RFR
EQ
NC
IA D
AD
ATA
DA
PR
X
IMA
ITEM
EQU
IPA
MEN
TO/
CO
NTR
OLE
N
AFE
RI
O
/E
N
CER
TIFI
CA
DO
AFE
RI
O
/A
FER
I
O/
OB
SER
V.
INST
RU
MEN
TOC
ALI
BR
A
O
CA
LIB
RA
OC
ALI
BR
A
O
Ficha 2Ficha 2Ficha 2Ficha 2Ficha 2
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
SENAI-RJ 3737373737
3. Responsabilidade
A coordenao das atividades de aferio e calibrao dos instrumentos de medio e teste daresponsabilidade do controle da qualidade.
4. Definies
Aferio
Ato de verificar se um instrumento ou um equipamento se encontra dentro das tolerncias depreciso e exatido, antes de se proceder a qualquer uso ou medio.
Calibrao
Atividade de ajustar um instrumento ou um equipamento ou, ento, de proceder sua manutenocorretiva, para que ele se enquadre dentro das tolerncias de preciso e exatido, pelas suascaractersticas e especificaes originais.
Preciso
Caracterstica de um instrumento que apresenta valores prximos entre si para vrias medies demesmo item, com um pequeno desvio-padro.
Exatido
Caracterstica de um instrumento que apresenta a medio do valor verdadeiro entre outros no-verdadeiros.
Padro de referncia
Instrumento ou dispositivo de medida, com reconhecida exatido, aferido de acordo com apadronizao oficial.
5. Condies gerais de aferio e calibrao
As aferies formais so realizadas em pocas prefixadas para cada equipamento, seguidas dascalibraes que se fizerem necessrias. Tais atividades no devem ser confundidas com as aferiese calibraes, realizadas antes do uso em campo, contra peas ou padres que acompanham oinstrumento, com o intuito de possibilitar o ajuste prtico do equipamento no momento da medio.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
3838383838 SENAI-RJ
As aferies devem acontecer sob as condies recomendadas pelos fabricantes e aplicveis acada item ou equipamentos, tais como: nivelamento, faixa de temperatura, iluminao ambiental, graude umidade, grau de p ambiental, nvel de rudo, ausncia de vibraes, condies de calor, estabilidadede alimentao eltrica, etc.
Assim, o ato de aferir cotejar um instrumento ou equipamento e o ato de calibrar coloc-lodentro dos limites normais de funcionamento so executados sob as melhores condies que sefizerem necessrias.
6. Condies de armazenamento
Quando no esto em uso, os equipamentos de medio e teste do controle de qualidade e do rgode execuo devem ser armazenados conforme as instrues dos fabricantes e observando-se osseguintes cuidados:
proteo de sua superfcie com graxas, leos, vernizes, etc., especialmente no caso dosinstrumentos mecnicos;
proteo contra poeira e gases;
proteo contra condies adversas de temperatura e umidade;
proteo contra vibraes e impactos.
7. Padres de calibrao
Todos os instrumentos e equipamentos do controle de qualidade e do rgo de execuo soaferidos e calibrados com padres hierarquicamente superiores. Esse o caso, por exemplo, dotermmetro-padro, que faz a aferio do termmetro. Outros exemplos desse tipo voc pode encontrarmais adiante, na Tabela I, que apresenta a Matriz de calibrao e aferio de aparelhos e instrumentosde medio e teste.
Os padres utilizados pela empresa para aferir internamente seus equipamentos de medio mecnicae seus equipamentos eltricos so aferidos por entidades externas.
Veja, a seguir, que padres so esses, quando se trata de equipamentos de medio mecnica.
Padro P1A
Escala rgida de ao inox, com comprimento de 200mm e graduao de 1/2mm, 1mm e 1/64.
Padro P1B
Trena de 20m.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
SENAI-RJ 3939393939
Padro P1C
Trena de 2m.
Padro P2
Transferidor de ngulo, universal, com leitura mnima de 5min e lente de aumento para leitura dennio.
Padro P3
Termmetro de preciso 1%, com capacidade de medio de 400C.
Padro P4
Nvel de alta preciso, com sensibilidade de 0,02mm/m.
Blocos-padres
Conjunto composto por 32 blocos-padres de alta preciso, abrangendo medidas de 0,1mm at550mm, classe B (inspeo), conforme norma DIN ou norma JIS.
Placas-padres
Conjunto de placas-padres de tetron, nas seguintes espessuras: 24mm, 48mm, 100mm e 250mm.
Aferidor de torqumetro
Equipamento para calibrao de torqumetro, construdo de duralumnio, com escala de ao temperadoe alcances de 0kg.m a 100kg.m.
Blocos-padres de dureza
Conjunto de blocos de ao-carbono tratados termicamente, com durezas de 15RC, 30RC, 45RC e60RC.
Placas-padres de rugosidade
Conjunto de placas fabricadas de nquel macio, com rugosidade que varia de 0,05Ra at 12,5Ra.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
4040404040 SENAI-RJ
Bomba de peso morto
Modelo 1305 B da AshcraftFaixa de 1 kgf/cm2 a 700kgf/cm2.
Pente-padro
Construdo de ao inoxidvel em dispositivo de travamento para as seguintes roscas: Whitworth,Unificada e Mtrica.
Anel dinamomtrico
Construdo de ao tratado termicamente, com dispositivo para leitura e alcance de 0 a 100 toneladas.
Agora vamos analisar os padres aferidos por entidades externas e que so utilizados pela empresapara aferir, internamente, seus equipamentos eltricos.
Multmetro digital
Tipo porttil, com os seguintes alcances:
0 199,9mV
0 1000V
0 199,9mA
0 1999mA
Dcada de resistncia
Modelo R-802 da J. J. Instruments.
Resistncia Shunt (0,5%)Resistncia Shunt de 150mV 154/100 A/400 A/600.
Potencimetro mV
Tipo porttil, modelo 8691-2 de Leeds & Northrup, com os seguintes alcances:
0 111mV
0 1110mV
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
SENAI-RJ 4141414141
Termopar-padro
Tipo S (Platina-Rio com 10% Platina), com duas faixas de utilizao:
0C a 1768C
0,000 mV a 18,69 mV
Coluna de mercrio
Construda com armao de ao inoxidvel e tubos de vidro, para montagem em parede.Modelo:20AA25 da Merian.
Range: 80 Hg (2,032 mm).
Altura da escala: 2100mm.
Fluido de enchimento: mercrio, com massa especfica de 13,54 g/cm3.
8. Entidades externas de aferio e calibrao
Para a aferio e calibrao externa de instrumentos de controle de qualidade, so utilizados asseguintes entidades, entre outras reconhecidas pela Petrobrs e que tambm podem ser utilizadas:
Instituto de Pesquisa Tecnolgicas de So Paulo S.A.;
IPT da Cidade Armando Sales de Oliveira So Paulo;
Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
4242424242 SENAI-RJ
MATRIZ DE CALIBRAO E AFERIO DE APARELHOS
E INSTRUMENTOS DE MEDIO E TESTE
Tipo de Instrumento Aferio
Periocidade Local Padro
Trenas de ao Trimestral Laboratrio da obra Trena-padro
(PIB/PIC)Esquadros Trimestral Laboratrio da obra Transferidor
de ngulos (P2)Rguas metlicas Semestral Laboratrio da obra Escala/padro
(P1A)
Trena de 20m P1B Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
(instrumento-padro) laboratrio
Trena de 20m P1C Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
(instrumento-padro) laboratrio
Escala milimtrica P1A Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
(instrumento-padro) laboratrio
Transferidor de ngulos P2 Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
(instrumento-padro) laboratrio
Gonimetro Trimestral Laboratrio de obra Transferidor
de ngulos (P2)
Clinmetros Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
(instrumento-padro) laboratrio
Nveis de preciso P4 Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
(instrumento-padro) laboratrio
Nveis de bolha Trimestral Laboratrio de obra Nvel de
preciso P4
Teodolitos Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
laboratrio
Nveis ticos Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
laboratrio
Paqumetros Trimestral Laboratrio da obra Blocos-padres
Micrmetros Trimestral Laboratrio da obra Blocos-padres
Manmetros Trimestral Laboratrio da obra Balana de
peso morto
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
SENAI-RJ 4343434343
Tipo de Instrumento Aferio
Periocidade Local Padro
Registrador Trimestral Laboratrio da obra Potencimetro-
de temperatura padro
Termmetros Trimestral Laboratrio da obra Termmetro-
padro
Pirmetros Trimestral Laboratrio da obra Termopar-
padro
Compassos Trimestral Laboratrio da obra Transferidor
de ngulos (P2)
Calibres de folga Trimestral Laboratrio da obra Micrmetro aferido
Bloco-padres Anual Laboratrio oficial Adotado pelo
laboratrio
Balana de peso morto Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
(instrumento-padro) laboratrio
Termopar-padro Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
laboratrio
Potencimetro-padro Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
laboratrio
Termmetro-padro Anual Laboratrio oficial Adotado pelo
laboratrio
Distancimetro Trimestral Laboratrio da obra Trena-padro
Clula de carga Trimestral Laboratrio da obra Anel-
dinamomtrico
Dinammetro Trimestral Laboratrio da obra Anel-
dinamomtrico
Torqumetro Trimestral Laboratrio da obra Aferidor de
torqumetro
Medidor de perfil de solda Trimestral Laboratrio da obra Transferidor de
ngulos
Voltmetro Trimestral Laboratrio da obra Multmetro digital
Ampermetro Trimestral Laboratrio da obra Multmetro digital
Anel dinamomtrico Anual Laboratrio oficial Adotado pelo
(instrumento-padro) laboratrio
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
4444444444 SENAI-RJ
Tipo de Instrumento Aferio
Periocidade Local Padro
Aferidor de torqumetro Anual Laboratrio oficial Adotado pelo
(instrumento-padro) laboratrio
Multmetro digital Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
(instrumento-padro) laboratrio
Alicate-ampermetro Trimestral Laboratrio da obra Multmetro
Voltmetro digital
Ohmmetro Trimestral Laboratrio da obra Multmetro
digital
Higrmetro Trimestral Laboratrio da obra Termmetro-
padro
Rugosmetro Trimestral Laboratrio da obra Placas-padres
de rugosidade
Medidor de pelcula Diria Laboratrio da obra Placas-padres
seca de espessura
Placas-padres de Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
rugosidade laboratrio
Placas-padres de Semestral Laboratrio de obra Adotado pelo
espessura laboratrio
Megger Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
laboratrio
Multmetro Trimestral Laboratrio da obra Multmetro
diigital
Fonte de corrente Trimestral Laboratrio oficial Multmetro
digital
Variac Trimestral Laboratrio da obra Multmetro
digital
Caixa de calibrao Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
laboratrio
Ducter Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
laboratrio
Ponte de Wheatstone Trimestral Laboratrio da obra Dcadas de
resistncia
Fasmetro Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
laboratrio
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
SENAI-RJ 4545454545
Tipo de Instrumento Aferio
Periocidade Local Padro
TTR Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
laboratrio
Medidor de rpm Anual Laboratrio Adotado pelo
do fabricante fabricante
Medidor de vibrao Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
laboratrio
Dcadas de resistncia Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
(instrumento-padro) laboratrio
Oscilgrafo Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
laboratrio
Calibre de rosca Trimestral Laboratrio da obra Pente-padro
Pente-padro Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
laboratrio
Miras Trimestral Laboratrio da obra Trena-padro
Balizas Trimestral Laboratrio da obra Trena-padro
Relgio comparador Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
laboratrio
Relgio indicador Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
laboratrio
Pina medidora de Trimestral Laboratrio da obra Blocos-padres
espessura
Boroscpio Semestral Laboratrio do Adotado pelo
fabricante laboratrio
Projetos de perfis Anual Laboratrio do Adotado pelo
fabricante fabricante
Caixa Wallace & Tiernan Trimestral Laboratrio da obra Coluna de
mercrio
Calibradores pneumticos Trimestral Laboratrio da obra Coluna de
mercrio
Coluna de mercrio Semestral Laboratrio oficial Adotado pelo
(instrumento-padro) laboratrio
Tabela 1
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
4646464646 SENAI-RJ
II Exemplo de mtodo de controle dimensional de mediona fabricao de virolas e tubos
Antes de apresentarmos o referido exemplo, vale comentar que os mtodos de controle dimensionalcompreendem os mtodos de medio e os mtodos de aferio e calibrao de instrumentos. Osmtodos escritos de controle dimensional so importantes porque nos permitem avaliar as incertezasdo processo usado na aferio e calibrao de instrumentos e nas medies de equipamentos.
Os laboratrios credenciados e pertencentes rede nacional de calibrao bem como as empresasque fabricam e montam equipamentos devem possuir seus mtodos escritos de aferio e calibraode instrumentos.
A elaborao e o emprego de mtodos escritos de aferio e calibrao e de mtodos de mediocontribuem para a confiabilidade metrolgica dessas atividades.
Veja, a seguir, um exemplo de mtodo de controle dimensional de medio na fabricao de virolase tubos.
1. Objetivo
Este procedimento tem por objetivo descrever os instrumentos, as dimenses por verificar, osprocessos adotados e as tolerncias estabelecidas para o controle dimensional na fabricao de virolase tubos a partir de chapas.
2. Definies
Virola
Trecho de um tubo fabricado a partir de uma chapa.
3. Instrumentos
So empregados os instrumentos destacados na tabela que se segue.PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
SENAI-RJ 4747474747
Intrumento Resoluo Observao
Trena de ao de 5m 1mm
Trena de ao de 30m 1mmPaqumetro 0,05mmEscala metlica 1mmAparelho de medio deEspessura por ultra-som 0,1mmGabaritos de forma fabricados a partir de
chapas de alumnio.Gabaritos de solda Ginimetro 10 minutosRgua metlica de 1m 1mm
Nvel metlico de bolha
4. Processos de verificao das dimenses e desvios
As dimenses e desvios a serem verificados na chapa, na virola e no tubo esto especificadosnesta outra tabela. Observe.
Item Pea Dimenses/Desvios Instrumentos
1 Chapa Espessura D-Meter
Largura e comprimento TrenaEsquadrejamento Trena, rgua, riscador,
compasso2 Virola Espessura D-Metter
Comprimento e dimetro TrenaCircularidade Trena ou espaador
milimetrado, riscadorEmbicamento de solda Gabarito de formalongitudinal
3 Tubo Comprimento e dimetro Trena(3 virolas) Circularidade Trena ou espaador
milimetrado, riscadorEmbicamento de solda Gabarito de formaEmpeno Escala, fio de nilonChanfro Gabaritos de solda
Tabela 2
Tabela 1
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
4848484848 SENAI-RJ
Agora vejamos os processos empregados na verificao dessas dimenses e desvios.
Espessura
A espessura das chapas e dos tubos verificada por aparelhos de medio de espessura por ultra-som. Devero ser verificados seis pontos na chapa, sendo um em cada borda e dois na regio central.
Largura
Verifica-se a largura como emprego da trena de 5m.
Comprimento
Neste caso, a verificao feita com o emprego da trena de ao de 30m sobre a geratriz do tubo.
Dimetro
verificado com o emprego do espaador milimetrado.
Permetro
O permetro verificado com o emprego da trena de 5m, tomando-se o cuidado de manter aperpendicularidade da trena em relao geratriz do tubo em toda a volta, e de imprimir tensoconstante no instante da leitura. Devero ser medidos trs permetros em cada tubo, sendo dois nasextremidades e um no centro.
Esquadrejamento verificado nas chapas por meio da traagem das linhas de referncia, que serviro de base para
outras verificaes nos tubos fabricados a partir dessas chapas. Recomenda-se que as linhas dereferncia fiquem em torno de 25mm da borda, como exemplificado nesta figura.
Fig. 1Fig. 1Fig. 1Fig. 1Fig. 1
25mm
Linhas dereferncia
25mm
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
SENAI-RJ 4949494949
A traagem das linhas de referncia na chapa, necessria verificao do esquadrejamento, podeser feita de modos distintos, como veremos a seguir.
Observe a figura 2 e veja que as linhas de referncia foram traadas a partir do tringulo 3, 4, 5.
E nesta outra figura, as linhas de referncia foram traadas por um mtodo geomtrico que empregao compasso ou o cintel para estabelecer a perpendicularidade das linhas.
Fig. 1Fig. 1Fig. 1Fig. 1Fig. 1
Fig.3Fig.3Fig.3Fig.3Fig.3
11111
BBBBB
99999
22222AAAAA
Primeiramente, traamos um segmento AB paralelo e prximo e a uma das bordas da chapa(aproximadamente 2,5cm). Em seguida, marcamos o ponto (0) em qualquer lugar fora do segmentoAB, mais perto da extremidade do segmento a ser levantada a perpendicular.
Com centro em (0) e raio (0A), traa-se, com compasso ou cintel, um arco em crculo que cortaro segmento (AB) no ponto (2).
Em seguida, traa-se um dimetro nesse arco que passe pelo ponto (2), obtendo-se, assim, sobreo arco o ponto (1).
Unindo-se o ponto (A) ao ponto (1), tem-se a perpendicular pedida.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
5050505050 SENAI-RJ
Os pontos 1, 2, 6 e 7, assim determinados, formam um retngulo-base para a verificao doesquadrejamento.
Traadas as linhas de referncia, ento feita a verificao dos desvios de esquadria das chapasa partir delas, como voc pode observar nesta outra figura.
Fig. 4Fig. 4Fig. 4Fig. 4Fig. 4
Observe agora, na figura 5, as linhas de referncia traadas na chapa que forma a virola.
Trena ou escala
Fig. 5Fig. 5Fig. 5Fig. 5Fig. 5
solda longitudinal do tubo
linhas de referncia
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
SENAI-RJ 5151515151
Circularidade
Para a verificao da circularidade, so marcados oito pontos eqidistantes sobre o permetro daboca do tubo ou virola, de modo a servirem de referncia medio de quatro dimetros. O desvio dacircularidade deve ser verificado em pelo menos quatro dimetros, com o emprego de instrumento,que pode ser uma trena ou um espaador milimetrado.
Observe as figuras que ilustram a verificao da circularidade dos tubos.
Embicamento
O embicamento de solda deve ser medido com um gabarito de forma, de comprimento igual a 1/8do permetro do tubo. Deve-se ter o cuidado de no exceder os valores mostrados nesta tabela:
Dimetro do tubo () Embicamento mximo
At 8 3mm
8 a 20 4mm
20 a 40 6mm
40 a 70 7mm
TTTTTabela 3abela 3abela 3abela 3abela 3
Empeno
O empeno do tubo deve ser verificado pela determinao de suas geratrizes e pela comparao deseu alinhamento com um fio de nilon esticado. Para essa verificao, o tubo deve ser nivelado sobrecavaletes, como vemos na figura 8.
Fig. 6Fig. 6Fig. 6Fig. 6Fig. 6 Fig. 7Fig. 7Fig. 7Fig. 7Fig. 7
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
5252525252 SENAI-RJ
Feito isso, as geratrizes so traadas pelos pontos determinados a partir de medio de dopermetro do tubo. Veja essas duas figuras que ilustram a traagem da geratriz superior.
Fig. 8Fig. 8Fig. 8Fig. 8Fig. 8
Chanfros
Os chanfros so medidos com gabaritos para chanfros, ou por meio de gonimetros. O nariz dochanfro medido com paqumetro. As verificaes devem ser efetuadas a cada 0,5m do permetrodos tubos.
Fig. 9Fig. 9Fig. 9Fig. 9Fig. 9 Fig. 10Fig. 10Fig. 10Fig. 10Fig. 10
nvel ou fio de prumo
nvelescala
tuboponto da geratriz
ponto mdio entre os dois nveis
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
SENAI-RJ 5353535353
Veja ento, nas figuras que se seguem, como se d a verificao de chanfros.
5. Tolerncias
Nos processos de verificao das dimenses e desvios de chapas, tubos e virolas, as tolerncias aserem respeitadas esto especificadas na tabela que se segue.
Analise cada caso com ateno.
Item Pea Dimenses/Desvios Instrumentos
1 Chapa Espessura 0,5mmLargura e comprimento 3mmEsquadrejamento 5
2 Virola Espessura 0,5mmComprimento, dimetro 3mme permetroCircularidade 3mmEmbicamento das soldas 2mmlongitudinaisChanfros de soldasLongitudinais: nariz 2mm ngulo 5
3 Tubo Comprimento 0,5mmDimetro 3mmCircularidade 3mmEmbicamento de solda 2mmChanfros de soldas: nariz 2mm
ngulo 5
Fig. 11Fig. 11Fig. 11Fig. 11Fig. 11 Fig. 12Fig. 12Fig. 12Fig. 12Fig. 12
gabarito de solda
chanfro da parede do tubo
paqumetro
chanfro da parede do tubo
TTTTTabela 4abela 4abela 4abela 4abela 4
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
5454545454 SENAI-RJ
6. Registro dos resultados
Os tubos fabricados so acompanhados por meio de um relatrio de registro de resultados docontrole dimensional, como o que voc v a seguir, apresentado como exemplo.
FOLHA____ DE ____ FOLHAS
EXERC.
VERIF.
APROV.
DATA / /
DOC. ORIGEM REA DE ATIVIDADE CLASSE DE SERVIOS N DE ORDEM REV.
TTULOSEGEN
DIQUAL / SEQUI
IDENTIFCAO DO TTULO:
RELATRIO DE CONTROLE DIMENSIONALRELATRIO DE CONTROLE DIMENSIONALRELATRIO DE CONTROLE DIMENSIONALRELATRIO DE CONTROLE DIMENSIONALRELATRIO DE CONTROLE DIMENSIONALDE TUBOSDE TUBOSDE TUBOSDE TUBOSDE TUBOS
C1 CENTRO C4
BOCA AE BF CG DH O T
c1
C4
L L 1 L 2 L 3
Superior Esquerda Inferior DireitaGeratriz
L1 L2 L3
PERMETRO
COMPRIMENTO
EMPENO
EMBICAMENTO
REV. D E S C R I O P O R D A T A A P R O V. S O L I C.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
SENAI-RJ 5555555555
III - Exemplo de mtodo de controle dimensional deaferio de paqumetro
1. Objetivo
Este mtodo tem como objetivo descrever um processo de aferio de paqumetros.
2. Normas
As normas a serem verificadas no mtodo so as seguintes:
ABNT - NBR 6393 Paqumetro
BSI - BS 5233 Terms Used in Metrology
3. Dimenses
Erro de seno
Erro causado por excesso de presso na medio, gerando uma inclinao no cursor em relao perpendicular rgua. Tambm pode gerar desgaste no deslizamento do cursor.
4. Instrumentos
Os seguintes instrumentos so utilizados na aferio:
blocos-padres;
esferas ou cilindros calibrados;
suporte de blocos-padres.
5. Desvios por verificar
Os desvios a serem verificados no caso do paqumetro so os seguintes:
jogo do cursor (erro de seno); contato dos bicos (retilineidade); paralelismo dos bicos;
paralelismo das orelhas;
zeragem;
exatido.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
5656565656 SENAI-RJ
6. Execuo da aferio do paqumetro
realizada em etapas, que esto relacionadas a seguir. Preparao
Limpeza
A limpeza dos blocos-padres e do paqumetro deve ser feita com o uso de benzina retifica.
Inspeo visual
Devem ser verificados possveis danos no paqumetro, principalmente nas orelhas, nos bicos e nahaste de profundidade.
Verificao do jogo de cursorO paqumetro desmontado para se verificar o estado da mola do cursor. Ao ser montado, os
parafusos de ajustagem devem ser regulados adequadamente, para que o cursor deslize suavemente.Um processo adotado para isso apertar o cursos at o fim e, depois, retornar um quarto de volta.
Para verificar o jogo do cursor, preciso medir o dimetro da esfera ou cilindro calibrado nas duasextremidades dos bicos. Os valores devem coincidir e a constncia da presso de medio deve serbem observada nessa verificao.
Contato dos bicos
Para verificar o estado do contato dos bicos, o paqumetro fechado e colocado contra a luz. Se aluz passar pelo contato, teremos uma indicao de que a retilineidade, a planeza ou o paralelismo dosbicos esto inadequados.
Paralelismo dos bicos e exatido do paqumetro
Devem ser executadas medies em pelo menos cinco dimenses, distribudas de maneira uniformepelo campo de medio. Cada uma dessas dimenses medida pelo menos seis vezes, sendo trs emcada extremidade do bico, como mostram as figuras 1 e 2, logo a seguir.PR
OIBI
DA R
EPRO
DU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
SENAI-RJ 5757575757
A mdia das trs dimenses numa extremidade do bico dever ser comparada com a mdia daoutra extremidade do bico, de modo a determinar o desvio do paralelismo das superfcies de contatodos bicos do paqumetro (desvio provocado pela falta de paralelismo ou por erro de seno). A mdiadas seis medies de cada dimenso ser utilizada para verificar a exatido do paqumetro, caso hajaparalelismo dos bicos.
Paralelismo das orelhas e exatido do paqumetro
Repetir o processo anterior. Porm neste caso, em que as medies so internas, preciso utilizara montagem de blocos-padres, com o emprego de um suporte com bico cilndrico de pequeno dimetro.Observe as figuras.
padro padro
Fig. 1Fig. 1Fig. 1Fig. 1Fig. 1 Fig. 2Fig. 2Fig. 2Fig. 2Fig. 2
bico cilndricopadres
Fig. 1Fig. 1Fig. 1Fig. 1Fig. 1 Fig. 2Fig. 2Fig. 2Fig. 2Fig. 2
padresbico cilndrico
Zeragem
Fecha-se o paqumetro para verificar se a origem da escala coincide com o primeiro trao do nnio.Tambm o ltimo trao do nnio deve coincidir com algum trao da escala.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
5858585858 SENAI-RJ
Registros de resultados
Os resultados das aferies so registrados em um certificado de aferio, que deve conter asseguintes informaes:
as medies efetuadas;
as mdias;
valor da dimenso dos blocos-padres ou conjunto de blocos utilizados; os desvios encontrados.
Veja, a seguir, um modelo de certificado de aferio.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
SENAI-RJ 5959595959
Ficha 1Ficha 1Ficha 1Ficha 1Ficha 1
CERTIFICAO
CERTIFICAMOS QUE O INSTRUMENTO SUPRA DESCRITO FOI AFERIDO / CALIBRADONESTA DATA.
INSTRUMENTO-PADRO PARA AFERIO
MARCA _____________________________ MODELO _____________________
N DE SRIE _____________________
CERTIFICADO OFICIAL DO INSTRUMENTO-PADRO
N _______________________________ DATA _______________________
FORNECIDO POR: ______________________________________________________
OBSERVAES ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
____________________________ CHEFE DO C.Q. / DATA
Ttulo: CERTIFICADO DE AFERIO / CALIBRAO DEESQUIPAMENTOSE INSTRUMENTOS DE CONTROLE DE QUALIDADE FICHA CONTRL. N:
INSTRUMENTO: FABRICANTE:
N DE SRIE: MODELO: TIPO:
DATA DE AQUISIO: DATA DE INCIO DE USO:
REAS DE UTILIZAO: ANEXO:
FUNO PRINCIPAL DE USO:
ESCALAS:
DESCRIO DAS CARACTERSTICAS GERAIS:
PRECISO POR FAIXA:
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
6060606060 SENAI-RJ
Finalmente vale destacar que, no registro dos resultados da aferio do paqumetro, a exatido doinstrumento deve ser representada por meio de um grfico em que a abscissa indica a medida dosblocos-padres e a ordenada representa os desvios da diferena entre a leitura do paqumetro e amedida dos blocos-padres.
Tambm os dados da inspeo visual devem constar desse registro.
IV - Exemplo de procedimento escrito de aferio ecalibrao
1. Mtodos de aferio e calibrao para instrumentos de mediomecnica
Trenas e escalas
So aferidas contra escala-padro de 2000mm, rgida, de ao inoxidvel (Padro P1A) ou na trenade 20m (Padro P1A).
Os padres so colocados disposio da obra, e todas as aferies so realizadas e certificadaslocalmente.
Os servios de aferio so realizados sobre bancadas de ao ou de madeira. A escala Padro Pldever ser fixada sobre a bancada, de forma que no permita deslizamento ou movimentos durante oprocesso de aferio.
As aferies das trenas ou escalas com comprimentos superiores a 1000m devem ser realizadaspor comparao com a trena de 20m.
Transferidores e gonimetros
So aferidos contra transferidor Padro P2, o qual encaminhado aos laboratrios de controle dequalidade para a realizao das aferies, uma vez que esses laboratrios no possuem o Padro P2.
Tambm nesse caso, os servios de aferio devem ser realizados sobre bancadas de ao ou demadeira. Essas aferies so feitas por equiparao dos ngulos indicados no padro e no instrumentoque est sendo aferido, um instrumento contra o outro, sendo o ngulo verificado diretamente ou porcomplemento.
Paqumetros ou micrmetros
So aferidos mediante o uso de um conjunto de blocos de alta preciso, sistema mtrico, classe B,e de acordo com as normas ISO, JIS e DIN.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
SENAI-RJ 6161616161
O conjunto de padres encaminhado obra nas ocasies fixadas para a aferio. E os serviosde aferio devem ser realizados sobre bancadas de ao ou de madeira.
Sero relacionados, entre os padres existentes, aqueles que permitem a verificao do instrumentoem, pelo menos, 03 pontos da escala de medio, preferivelmente a 30%, 60% e 90% de sua graduao.
Para micrmetros que utilizam extensores, pontas ou hastes intercambiveis, a aferio ser realizada,inicialmente, sem qualquer extenso. Posteriormente so aferidos nos moldes supramencionados paracada uma das hastes extensoras ou pontas intercambiveis.
Relgio comparador e apalpadores
So aferidos mediante o uso de um conjunto de blocos-padres de alta preciso, sistema mtrico,classe B, conforme as normas ISO, JIS ou DIN, e em conjunto com mesa de medio de preciso (oudesempeno) e suporte para relgio.
O conjunto-padro encaminhado obra nas ocasies fixadas para a aferio.Entre os padres disponveis, so selecionados aqueles que permitem a aferio do instrumento
em, pelo menos, 03 pontos da escala de medio, preferivelmente a 30%, 60% e 90% de sua graduao.
Esquadros
So aferidos diretamente contra o transferidor Padro P2, quanto ao ngulo e quanto planeza dasbordas. As escalas graduadas, quando existentes, so aferidas como descrito anteriormente.
Os servios de aferio devem ser realizados sobre bancada de ao ou de madeira.
Termmetros para baixas temperaturas
Os termmetros so aferidos contra termmetros Padro P3 por comparao, fazendo-se a imersoda parte sensora em banho lquido, como indicado na tabela a seguir.
Fluido Faixa de temperatura
lcool e gelo seco -74C a -20C
Gelo, gua e sal -20C a 00C
Gelo e gua 00C a 15C
gua quente 15C a 100C
leo quente 100C a 200C
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
6262626262 SENAI-RJ
Os termmetros dos tipos bimetlico e de vidro no requerem calibrao. Os banhos para aferiodos termmetros devem ser cuidadosamente preparados e isolados termicamente, nos pontos de ebulioou liquefao do fluido utilizado.
Manmetros
So aferidos na obra, utilizando-se o equipamento teste de peso morto.
Os servios de aferio e calibrao so realizados sobre a bancada de ao ou de madeira.
Os manmetros devem ser aferidos e calibrados em, pelo menos, 03 pontos de sua escala total, a30%, 60% a 90% dela.
Nveis
So aferidos por comparao, diretamente contra nvel Padro P4, devendo ser verificados emtoda a extenso da sua escala.
Os servios de aferio so realizados sobre base previamente nivelada ou desempenada.
Torqumetros
So aferidos diretamente por equipamento aferidor prprio para torqumetros. Devem ser verificados,pelo menos, 03 pontos da escala do torqumetro, a 30%, 60% e 90% da sua graduao.
Instrumentos de medio eltrica e eletrnica
Todos os instrumentos de medio eltrica e eletrnica so aferidos e calibrados com padreshierarquicamente superiores a esses padres. Tambm devem ter os seus Certificados de Aferio eCalibrao de entidades externas reconhecidas pela PETROBRAS.
2. Freqncia das aferes
As freqncias de aferies e calibraes para os instrumentos do controle de qualidade e dorgo de execuo foram mostradas na Tabela 1 (Matriz de calibrao e aferio de aparelhos einstrumentos de medio e teste), apresentada no exemplo I deste bloco.
3. Identificao dos equipamentos e instrumentos do controle daqualidade
Todos os instrumentos e equipamentos em uso no controle da qualidade e no rgo de execuodevem ser identificados por um nmero ou cdigo prprio.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
SENAI-RJ 6363636363
A identificao dos instrumentos precisa ser clara e visvel, feita com o uso de etiquetas colocadasna embalagem de cada um deles. Para facilitar a rastreabilidade, a numerao do patrimnio daempresa apresentada no instrumento e na etiqueta, onde, alm dessa informao, constar o seguinte:
nmero do patrimnio;
nmero do certificado de calibrao e aferio;
data da ltima calibrao e aferio;
data da prxima calibrao e aferio.
Essa numerao deve corresponder numerao ou codificao lanada na ficha de controleindividual de cada instrumento ou equipamento.
4. No-conformidade na aferio
No caso de ocorrncia de no-conformidade durante a aferio e calibrao dos instrumentos, otcnico responsvel pelo servio deve comunicar o fato imediatamente ao chefe do controle daqualidade, devendo ser elaborado o respectivo Relatrio de no-conformidade (RNC).
Alm das aes corretivas referentes ao item de equipamento de medio em si, o chefe docontrole da qualidade deve avaliar a extenso de uso do referido equipamento sobre materiais da obra.Desse modo, ele deve providenciar, se necessrio for, no s a imediata segregao de uso doequipamento como tambm novos testes com outros instrumentos ou, ento, com o mesmo instrumentoj recalibrado.
Instrumentos que no so passveis de calibrao, tais como medidor de roscas, calibres noajustveis, instrumentos tipo passa-no-passa, gabaritos fixos, etc., quando estiverem fora das tolerncias,devero ser imediatamente sucateados e destrudos, com a competente emisso de documentaopara os departamentos administrativos cabveis.
5. Certificados
Quaisquer certificados, laudos ou outros documentos relativos calibrao e aferio dos instrumentose equipamentos em uso no controle da qualidade e no rgo de execuo, emitidos por rgos oficiaise pela prpria empresa, devem ser anexados ficha individual daquele instrumento ou equipamento,sendo esta referida e registrada na Ficha de Controle e na ficha de Plano de Aferio e Calibrao.
No caso de retirada e transferncia de qualquer instrumento ou equipamento da obra para outrolocal, ele deve ser acompanhado de cpia de sua respectiva ficha de controle e dos respectivoscertificados de aferio e calibrao.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Bloco II
6464646464 SENAI-RJ
6. Registros
Nos registros devem constar os seguintes itens:
identificao do instrumento ou equipamento, incluindo: norma ou classificao, fabricante, nmerode srie, modelo e tipo;
dados gerais, tais como: data de aquisio e data de incio de uso, quando conhecidas; reas deutilizao na obra; funo principal de uso; faixa de medio; descrio das caractersticasgerais;
dados de alimentao eltrica, no caso de equipamentos;
descrio dos acessrios indispensveis ao uso;
descrio dos requisitos de armazenagem;
aferio e calibrao, compreendendo as seguintes informaes: freqncia de aferio; padresutilizados; referncias necessrias para a realizao dos servios quanto a procedimentos, normas,etc.;
controle de aferio e calibrao: motivo, causa ou erro verificado; servios realizados; visto doinspetor ou tcnico.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
Confiabilidade Metrolgica Referncias Bibliogrficas
SENAI-RJ 6565656565
Referncias bibliogrficas
A. ARAJO S.A. Engenharia e Montagens. Plano de Aferio e Calibrao de Aparelhos eInstrumentos de Medio a Teste. So Paulo [s. n. ], 1986.
BUSH, Ted. Fundamentals of Dimensional Metrology. New York: Witkie Brothers Foundation,1966.
CALEGARE, lvaro Jos de Almeida. Tcnicas de Garantia de Qualidade. Rio de Janeiro: LTC- Livros Tcnicos e Cientficos Editora S.A., 1985.
FRUTUOSO, Lus Fernando Mendona. Aferio de Instrumentos de Medio a Testes - 2Seminrio de Inspeo de Equipamentos. Rio de Janeiro: IBP. [s.d.].
LINK, Walter. Curso de Metrologia Dimensional. So Paulo : Instituto de Pesquisas Tecnolgicasdo Estado de So Paulo - IPT, 1984.
PETROBRAS, Sistema de Garantia de Qualidade. Rio de Janeiro : PETROBRAS, [s.d.].WALNY, Jos Carlos de Castro. Confiabilidade Metrolgica. So Paulo: Instituto de PesquisasTecnolgicas do Estado de So Paulo - IPT, 1982.
PROI
BIDA
REP
RODU
O
PROI
BIDA
REP
RODU
O
/ColorImageDict > /JPEG2000ColorACSImageDict > /JPEG2000ColorImageDict > /AntiAliasGrayImages false /CropGrayImages true /GrayImageMinResolution 300 /GrayImageMinResolutionPolicy /OK /DownsampleGrayImages true /GrayImageDownsampleType /Bicubic /GrayImageResolution 300 /GrayImageDepth -1 /GrayImageMinDownsampleDepth 2 /GrayImageDownsampleThreshold 1.50000 /EncodeGrayImages true /GrayImageFilter /DCTEncode /AutoFilterGrayImages true /GrayImageAutoFilterStrategy /JPEG /GrayACSImageDict > /GrayImageDict > /JPEG2000GrayACSImageDict > /JPEG2000GrayImageDict > /AntiAliasMonoImages false /CropMonoImages true /MonoImageMinResolution 1200 /MonoImageMinResolutionPolicy /OK /DownsampleMonoImages true /MonoImageDownsampleType /Bicubic /MonoImageResolution 1200 /MonoImageDepth -1 /MonoImageDownsampleThreshold 1.50000 /EncodeMonoImages true /MonoImageFilter /CCITTFaxEncode /MonoImageDict > /AllowPSXObjects false /CheckCompliance [ /None ] /PDFX1aCheck false /PDFX3Check false /PDFXCompliantPDFOnly false /PDFXNoTrimBoxError true /PDFXTrimBoxToMediaBoxOffset [ 0.00000 0.00000 0.00000 0.00000 ] /PDFXSetBleedBoxToMediaBox true /PDFXBleedBoxToTrimBoxOffset [ 0.00000 0.00000 0.00000 0.00000 ] /PDFXOutputIntentProfile () /PDFXOutputConditionIdentifier () /PDFXOutputCondition () /PDFXRegistryName () /PDFXTrapped /False
/Description > /Namespace [ (Adobe) (Common) (1.0) ] /OtherNamespaces [ > /FormElements false /GenerateStructure true /IncludeBookmarks false /IncludeHyperlinks false /IncludeInteractive false /IncludeLayers false /IncludeProfiles true /MultimediaHandling /UseObjectSettings /Namespace [ (Adobe) (CreativeSuite) (2.0) ] /PDFXOutputIntentProfileSelector /NA /PreserveEditing true /UntaggedCMYKHandling /LeaveUntagged /UntaggedRGBHandling /LeaveUntagged /UseDocumentBleed false >> ]>> setdistillerparams> setpagedevice
Top Related