OPORTUNIDADE PARA REFLETIR A APRENDIZAGEM
C A P E L A , N O V E M B R O / 2 0 1
Regina Carla Azevedo
EM Brigadeiro Faria Lima
CONSELHO DE CLASSE - DEFINIÇÃO
Órgão colegiado, presente na organização da escola, em que diversos especialistas envolvidos nos processos de ensino e de aprendizagem discutem a cerca da aprendizagem dos alunos, o
desempenho dos docentes, os resultados das estratégias de ensino empregadas, a adequação da organização curricular e outros aspectos referentes a esse processo, a fim de avaliá-lo
coletivamente, mediante diversos pontos de vista.
Uma das poucas oportunidades em que é possível reunir os docentes das diversas disciplinas e as equipes pedagógica e gestora em um tempo e espaço dedicados à reflexão da metodologia adotada, sistema de avaliação instituído, ensino e aprendizagem sob múltiplas perspectivas.
As reuniões do conselho, quando bem conduzidas, possibilitam a revisão das estratégias docentes.
QUAL A FINALIDADE?A palavra conselho vem do latim consiliu e, conforme o dicionário Michaelis tem os seguintes significados: 1. juízo, opinião, parecer sobre o que convém fazer; 2. aviso, ensino, lição, prudência; 3. reunião ou assembléia; 4. corpo coletivo com função consultiva ou deliberativa; 5.reunião do corpo docente da universidade e das escolas, presidida pelo reitor ou diretor, para tratar de questões do ensino.
Esse recorte é para que se compreenda que um Conselho é composto de pessoas que exercerão o papel de conselheiros, que terão de PONDERAR, ACONSELHAR, ORIENTAR, PROPOR, DISCERNIR as melhores intervenções e soluções para uma
determinada questão.
Um conselheiro preparado poderá ser justo, sábio e ponderado no momento de deliberar. Já um conselheiro despreparado, relapso com suas funções e negligente com suas tarefas jamais poderá contribuir com soluções para o crescimento dos alunos, da equipe escolar ou da instituição como um todo.
QUEM PARTICIPA?
Professores Coordenação Pedagógica
DIREÇÃO e Direção Adjunta
02 CEC (funcionários,
Professores e
Pais)
02 alunos representantes,
grêmio
Resolução 1123 ;Art. 18. É considerada falta grave a ausência do professor no Conselho de Classe, conforme o Parecer CEE n.º 139/96.Parágrafo único. No caso de ausência justificada, o professor deverá deixar, por escrito, um relatório contendo a autoavaliação de seu trabalho pedagógico e a análise do desenvolvimento e da aprendizagem de seus alunos e de sua(s) turma(s).
OBJETIVOS Compartilhar informações sobre a classe e sobre cada aluno
para embasar a tomada de decisões para a melhoria dos processos de ensino e de aprendizagem;
Favorecer uma avaliação mais completa do estudante e do próprio trabalho docente, verificando o trabalho que está sendo realizado e possibilitando a oportunidade de um “novo fazer” pedagógico;
Mais do que decidir se os alunos serão aprovados ou não, objetiva-se encontrar os pontos de dificuldade tanto dos alunos quanto da própria instituição de ensino na figura de seus professores e organização escolar;
Analisar o que o ESTUDANTE PRODUZ, e não deixar que as discussões girem em torno do que ele NÃO FAZ, transformando o conselho em um momento de desabafo e em uma cascata de queixas.
VANTAGENS
Viabiliza avaliações mais completas da aprendizagem do
aluno
Favorece a integração entre
professores e equipe
Gerencia a vida escolar, para
propor as intervenções adequadas
Abre espaço para a gestão democrática
na instituição escolar
Facilita a compreensão dos fatos a partir de
diversos pontos de vista
Permite a avaliação da eficácia dos
métodos utilizados pelo professor
Promove a troca de idéias para tomada
de decisões
Possibilita a análise do currículo
COMO PLANEJAR?Preparar a pauta da reunião listando os itens que precisam ser comentados e discutidos. Segundo a Resolução nº 1123
que determina as regras para Avaliação :Art. 15. O Conselho de Classe deverá ser realizado
conforme Calendário Escolar, definido pela Secretaria Municipal de Educação (SME), a cada ano letivo, com o objetivo de fazer a análise dos dados significativos
e tomar decisões a respeito de:I - desenvolvimento do Projeto Político-Pedagógico
(PPP);II - trabalho pedagógico em sala de aula;
III - processo de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos;
IV - desenvolvimento das atividades de recuperação paralela e de reforço escolar; e
V - aprovação ou retenção de alunos.
Todos os participantes devem ter direito à palavra para enriquecer o diagnóstico dos problemas, suas causas e
soluções.
DESEMPENHO DO PROFESSOR
DESEMPENHO DOS ALUNOS
Resultado das avaliações – como estão as notas?
Os nossos alunos estão aprendendo?
O boletim escolar e a aproximação da família.
Quais as principais dificuldades detectadas?
Que soluções podemos propor para resolvê-las?
Implementação das mudanças na prática.
A IMPORTÂNCIA DO DIÁRIO DE CLASSE Art. 20. O Diário de Classe é o documento oficial da Rede Municipal de Ensino, em todos os seus níveis e modalidades, para a anotação das ações pedagógicas e do desenvolvimento e da aprendizagem dos alunos pelos professores regentes.
§ 1.º O Diário de Classe compõe-se de quatro partes:
I - Planejamento Pedagógico, que contém o diagnóstico da turma e a proposta geral de trabalho;
II - Replanejamento Pedagógico, que contém o registro do desenvolvimento pedagógico da turma e as ações que necessitam de reforço;
III - Anotações Diárias, que traz a relação de alunos, a apuração da frequência, o registro das atividades por Componente Curricular e as avaliações mensais;
IV - Registro sobre os alunos, que se destina a observações e reflexões significativas sobre a evolução do desenvolvimento e da aprendizagem dos alunos.
§ 2.º O preenchimento do Diário de Classe é de responsabilidade do(s) professor (es) regente(s) da turma, cabendo-lhes mantê-lo atualizado.
§ 3.º O Diário de Classe será emitido diretamente do Sistema de Controle Acadêmico (SCA).
§ 4.º É obrigatória a elaboração de Relatório sobre o aluno, quando este obtiver, no bimestre, conceito global I (Insuficiente), anotando-se suas dificuldades e as estratégias previstas para sua recuperação.
O QUE ESPERAR? Participação efetiva dos segmentos anteriormente listados;
Soluções apresentadas para os problemas diagnosticados, tanto em relação aos alunos e turmas, quanto aos docentes;
Diagnóstico a cerca do que está causando a dificuldade dos alunos e apontar as mudanças necessárias nos encaminhamentos pedagógicos;
Chegar a um consenso em relação: • às avaliações do desenvolvimento dos alunos;
• às intervenções e adequações docentes necessárias para melhoria do processo Educacional.
RESULTADO Promover uma visão mais correta, adequada e abrangente do papel da
avaliação nos processos de ensino e de aprendizagem;
Valorizar a observação do progresso individual dos alunos aula a aula, bom como seu comportamento cognitivo, afetivo e social;
Reconhecer o valor da história de vida dos alunos, tanto no que se refere ao seu passado distante, quanto próximo (período a ser avaliado);
Incentivar a autoanálise e a autoavaliação dos profissionais de ensino;
Prever mudanças tanto na prática diária de cada docente como também no currículo e na dinâmica escolar, sempre que necessário;
Traçar metas para que as mudanças sugeridas sejam efetivamente realizadas.
BIBLIOGRAFIA MARCO, Regina M. S.; MAURÍCIO, Wanderléia P. D. O Conselho de Classe: momento de reflexão para as estratégias pedagógicas e a aprendizagem do estudante. Revista de Divulgação Técnico- científica do ICPG, vol. 3, n. 10, jan-jun/2007.
BARBOSA, Mirtes L. P. O Conselho de Classe: prática escolar e produção de identidade. http://www.conteudoescola.com.br
FREIRE, Paulo. Medo e ousadia: o cotidiano do professor. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
DALBEN, Ângela Imaculada Loureiro de Freitas. Conselhos de Classe e Avaliação: perspectivas na gestão pedagógica da escola. Campinas-SP, Papirus, 2004.
(*) RESOLUÇÃO SME N.º 1123, DE 24 DE JANEIRO DE 2011.Estabelece diretrizes para a avaliação escolar na Rede Pública do Sistema Municipal de Ensino da Cidade do Rio de Janeiro e dá outras providências.Resolução 1123
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