Prof. Dra. Agar Alexandrino Costa PerezMédica Veterinária
2016
CRMV - SP
OBJETIVO DO CURSODoenças de peixes:
� Chegar ao diagnóstico correto;
� Estar capacitada para buscar mais informação da afecção em particular;
� Ser capaz de orientar – Manejo correto;
� Ser capaz de realizar o tratamento;
� Prevenir as doenças.
PERGUNTAS� Por que é raro observar doenças na Natureza e em
aquários é tão comum?
� Peixes selvagens dispõem de mais defesas por viverem em seu próprio meio que possui características físicas e químicas ideais para a sua sobrevivência; se alimentam adequadamente e coexistem com espécies que subexistem em equilíbrio.
� Passam por seleção natural (sistema imune bem desenvolvido).
� Na Natureza, as doenças se disseminam menos� Volume de água/peixe
� Peixes de aquários – vivem em altas densidades, facilita aos patógenos agirem;
� Peixes doentes na Natureza tornam-se presas fáceis aos predadores;
� Peixes em aquário nem sempre encontram condições corretas de água (ex.:temperatura);
Alimentação
Baixa da imunidade
Conviver com espécies incompatíveis
Estresse
Baixas defesas imunológicas
�Peixes doentes – eliminam agentes infecciosos que se disseminam muito rapidamente no pequeno volume de água.
�Peixe morto no aquário
�Agentes patogênicos abandonam rapidamente o corpo do animal.
� Liberação maciça de elementos infectantes.
� Aumento da possibilidade de transmissão.
FATORES QUE PROPICIAM O SURGIMENTO DE DOENÇAS
�Fatores ambientais ou de manejo;
�Fatores próprios do agente patogênico;
�Fatores do próprio peixe.
FATORES AMBIENTAIS OU DE MANEJO
�Densidade da população de peixes;
�Mudanças bruscas de temperatura;
�Temperatura incorreta;
�Alimentação inadequadas;
�Acúmulo de substâncias tóxicas na água;
�Mistura de exemplares incompatíveis;
�Nicho ecológico inadequado;
�Estresse por manejo excessivo;
�Carência de medidas profiláticas.
FATORES PRÓPRIOS DO AGENTE PATÓGENO
� Introdução do agente no aquário ou tanque;
�Virulência ou grau de infecciosidade do agente;
�Quantidade do agente patógeno no meio;
�Presença de veículos ou vetores de transmissão.
FATORES DO PRÓPRIO PEIXE
�Suscetibilidade ao agente patógeno (espécie, idade, etc.);
�Nível das defesas do peixe.
MODOS DE TRANSMISSÃO DOS AGENTES PATOGÊNICOS
A. Transmissão horizontal
B. Transmissão vertical
A. TRANSMISSÃO HORIZONTAL
� Direta:
� Peixe para peixe por contato;� De peixe para peixe por ingestão do portador;
� Indireta:
� Por veículos:
� Água e objetos inanimados ou plantas
� Por vetores:
� Mecânico (o organismo o transporta sozinho)� Biológico (o agente cumpre seu ciclo no organismo
vetor)
B. TRANSMISSÃO VERTICAL
�Pais para filhos através de produtos sexuais.
Fonte: animais.culturamix.com
REAÇÕES DOS PEIXES A REAÇÕES DO MEIO
�Reação inflamatória
�Reação ao estresse
� Imunidade e Resistência
AFECÇÕES DE ÓRGÃOS E TECIDOS
�Pele
�Brânquias
�Sistema circulatório
�Sistema digestório
�Vesícula gasosa
�Sistema excretor
�Sistema nervoso
�Órgão do sentido
DIAGNÓSTICO
�Correto
�Incorreto
TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO
Passos para um correto diagnóstico:
�História do aquário ou tanque;�Observação detalhada a reações;�Exames do animal vivo;�Exames pós-mortem;�Técnicas de laboratório.
HISTÓRIA DO AQUÁRIO OU TANQUE (ANAMNESE AMBIENTAL)
� Tamanho do aquário ou tanque;
� Volume;
� Espécies;
� Tamanho dos peixes;
� Última limpeza total do aquário;
HISTÓRIA DO AQUÁRIO OU TANQUE (ANAMNESE AMBIENTAL)
� Última troca parcial de água (data e quantidade trocada);
� Última introdução de peixes novos (data, espécies e origem);
� Última introdução de plantas aquáticas e objetos de decoração (pedras, troncos, etc);
HISTÓRIA DO AQUÁRIO OU TANQUE (ANAMNESE AMBIENTAL)
�Tipo de alimentação e quantidade;
�Qualquer fato transitório ou definitivo (cortes de energia, rompimento da bomba de ar, falha dos aquecedores, utilização de inseticidas ou qualquer substância tóxica que entre em contato com a água do aquário).
OBSERVAÇÃO DETALHADA
�Conhecimento efetivo do comportamento e hábitos da espécie;
�Coloração do animal é normal ou representa um sintoma;
OBSERVAÇÃO DO MEIO
�Se a temperatura da água é correta;
�Quantidade de oxigênio;
�Restos de comida em putrefação no fundo;
OBSERVAÇÃO DO MEIO
� Grande quantidade de matéria orgânica em decomposição nos filtros;
� Coloração anormal da água (muito turva, amarronzada, ambar, verde, amarelada);
� Estado das plantas (crescem normalmente, se tornam amareladas, se perdem as folhas e apodrecem).
RESUMINDOProceder a análise do aquário-problema:
�Temperatura;�Oxigênio dissolvido (ppm);�pH;�Amoníaco (ppm);�Nitritos (ppm);�Salinidade (g/L);�Dureza (ppm CaCO3);
OBSERVAÇÃO DOS PEIXES� Quantos e quais estão afetados:
� Algumas afecções são específicas de certas espécies (ex.: Plistophorose ou enfermidade do neon);
� Como está a vitalidade dos peixes
� Excitados - nadam com velocidade
� Apáticos – permanecem em um local com total indiferença
� Imóveis – Escondidos, mas mostrando reação a estímulos
� Comem?
� Diminuição do apetite indica: causa de doença ou não conseguem comer devido à agressividade dos outros.
� Comportamento
� Surgiram comportamentos anormais – esfrega-se contra pedras ou plantas – sintoma típico de doença de pele
� Boqueja na superfície da água- sintoma de anóxia: Doença das brânquias ou falta de oxigênio da água
� Natação com a cabeça para cima – transtorno da vesícula gasosa
� Flutuação com a barriga para cima – transtornos intestinais (gases ou deslocamento da vesícula gasosa).
� Salta fora da água – produtos tóxicos na água.
� Mudança no aspecto externo?
� Observar as nadadeiras se estão íntegras ou roídas: indicam doença de pele.
� Nadadeiras inchadas e faltando pedaços – pode ser necrose das nadadeiras ou ataque de outro peixe.
� Coloração anormal:
� Diminuição intensa da cor – Doença ou susto;
Opacidade da pele – enfermidades contagiosas ou transtorno da água;
� Existência de lesões:
� Úlceras, derrames, petéquias: indicam diferentes doenças.
� Forma do corpo:
� Enfraquecimento ou ventre oco – falta de comida ou enfermidades que emagrecem.
� Ventre abaulado – infiltração gordurosa ou hidropsia� Forma do corpo alterada em diferentes doenças: tuberculose,
avitaminose.
�Presença de parasitos externos:
�Vermes, fungos, crustáceos
�Observação das fezes:
�Fezes de consistência amolecida –diarréia e cor alterada
OUTRAS REAÇÕES
�Reflexo de fuga ou não – quando não háreflexo indica que a afecção é grave do peixe;
�Reflexo roto-ocular (olho-de-peixe): indivíduos normais continuam olhando para o mesmo lugar e indivíduos doentes graves perdem o reflexo da visão (olho acompanha o movimento do corpo);
COMPORTAMENTO
COMPORTAMENTO
ALTERAÇÕES DA FORMA DO CORPO
ALTERAÇÕES NA PELE E NADADEIRAS
ALTERAÇÕES NA PELE E NADADEIRAS
ALTERAÇÕES NA PELE E NADADEIRAS
ALTERAÇÕES NAS BRÂNQUIAS
ALTERAÇÃO DA CAVIDADE VISCERAL E ÓRGÃOS INTERNOS
ALTERAÇÃO DA CAVIDADE VISCERAL E ÓRGÃOS INTERNOS
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