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Delegação Escolar do Funchal Escola Básica de 1º Ciclo Com Pré-Escolar Ribeiro
Domingos Dias
Caminho das Voltas Santa Maria Maior
9050 – 252 Funchal Tel. – 291 241123/20
Fax – 291 241123
Ano Lectivo 2009-2010
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PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA
1- Introdução ……………………………………………………………………………………………4
2- Comunidade Escolar/Caracterização
2.1 Caracterização Escola/Meio…………………………………………………………………5
2.2 Recursos Humanos ………………………………………………………………………….6
2.3 Caracterização dos alunos …………………………………………………………………..7
2.3.1 Serviço de Acção Social Escolar ………………………………………………….8
2.3.2 Distribuição dos alunos……………………………………………………………9
2.3.3 Apoios Sócio-Educativos ………………………………………………………..10
2.3.4 Mapa de Sucesso/Insucesso por ano de escolaridade ……………………………11
3- Principais problemas identificados ……………..…………………………………………………..12
4- Finalidades e Prioridades a desenvolver ……………………………………………………………14
5- Operacionalização do Projecto ……………………………………………………………………..15
6- Componente Curricular
6.1 Pré – Escolar ………………………………………………………………………..…….17
6.2 1º Ciclo ………………………………………………. ………………………………….26
6.2.1 ……………………………………………………………………………Anexos
7 – Apoios Educativos
7.1 Ensino Especial…………………………………………………………………………..28
7.2 Apoio Pedagógico ………………………………………………………………………36
7.3 Apoio Psicológico ……………………………………………………………………….37
7.4 Outros Apoios……………………………………………………………………………37
8- Actividades de Complemento Curricular …………………………………………………………..38
8.1 Objectivo Geral…………………………………………………………………………..39
8.2 Actividades………………………………………………………………………………39
8.3 Competências a desenvolver e parâmetros de avaliação ………………………..Anexos
8.4 Projectos Complementares ……………………………………………………………...40
8.4.1 Plano Regional de Leitura …………………………………………………….40
3
8.4.2 Projecto Eco –Escolas…………………………………………………..41
8.4.3 Plano Regional de Prevenção Rodoviária………………………………41
8.4.4 Projecto Educamedia …………………………………………………..42
8.4.5 Clube Amigos dos Livros ……………………………………………..43
8.4.6 Jornal Escolar ………………………………………………………….45
8.4.7 Projecto Liga-te ………………………………………………………...45
9 . Horários …………………………………………………………………………………………..46
10. Avaliação ………………………………………………………………………………………….47
10.1 Critérios gerais de Avaliação ……………………………………………………………..48
10.2 Critério de avaliação por área / ano de escolaridade …………………………….. Anexos
10.3 Auto – Avaliação ………………………………………………………………………...50
10.4 Modalidades de avaliação ………………………………………………………………..51
10.5 Processos e Instrumentos de Avaliação ………………………………………………….51
10.6 Retenções………………………………………………………………………………....52
10.6.1 Segunda Retenção ………………………………………………………………...53
11 - Projecto Curricular de Turma ……………………………………………………………………55
11.1 Guião …………………………………………………………………………………….55
11.2 Avaliação ………………………………………………………………………………..58
12 - Plano Anual de Actividades …………..………………………………………………………….59
12.1 Quadro de Actividades …………………………………………………………………..60
12.2 Avaliação ………………………………………………………………………………..61
13 – Formação de Pessoal Docente e Não Docente …………………………………………………...62
14 - Avaliação do Projecto Curricular de Escola ……………………………………………………...63
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1- INTRODUÇÃO
“Projecto Curricular de escola pode ser definido como um conjunto de decisões articuladas,
partilhadas pela equipa docente de uma escola, tendentes a dotar de maior coerência a sua actuação,
concretizando as orientações curriculares de âmbito nacional em propostas globais de intervenção
pedagógico-didáctica adequadas a um contexto especifico.”
L. del Cármen A. Zabala, 1999
O currículo é um conjunto de aprendizagens que compreende não só os conteúdos a ensinar e a
fazer aprender, mas também outras actividades desenvolvidas fora das áreas disciplinares: das
dimensões do ser, do formar-se, do transformar-se, do decidir e do intervir.
Este Projecto Curricular tem como objectivo orientar a comunidade educativa num mesmo fim:
o sucesso para todos. Quando qualquer elemento da comunidade educativa se envolve, acontece
aprendizagem, mudança e crescimento.
O presente projecto curricular de escola, estabelece-se no reconhecimento da autonomia da
escola na definição de um projecto de desenvolvimento do currículo adequado ao seu contexto e
respectivo projecto educativo (D.L. 6/2001, Cap. I, art. 5º, al. g). Nessa linha prossegue a desejada
compatibilização entre o currículo nacional e as componentes especificas, regionais e locais, propondo
o presente esquema organizativo de concretização de currículo, pelo qual procura fornecer o maior
numero de pistas, tendo em conta a exequibilidade dos recursos humanos e materiais disponíveis e ao
espaço temporal em que se projecta. Ponderaram-se os factores e variáveis para a sua colocação em
prática, que possam facilitar, apoiar e entusiasmar os alunos, o corpo docente e não docente, os pais, na
difícil, mas gratificante tarefa de adequar o constante neste instrumento, à luz do projecto educativo de
escola, enquanto instrumento normativo a médio prazo, à realidade das turmas que lhes estão
distribuídas, através da concepção e posterior aplicação dos respectivos projectos curriculares de
turma.
Nesta perspectiva, este projecto traduz as opções pedagógicas, prioridades, planos, contributos
e critérios, estabelecidos de acordo com a realidade envolvente, pretendendo ser uma orientação para
um melhor funcionamento da nossa escola.
Com este projecto pretendemos sensibilizar toda a comunidade escolar para uma participação
mais activa e consciente, desenvolvendo comportamentos, atitudes e valores que promovam a
disciplina no meio escolar.
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2 – CARACTERIZAÇÃO
2.1- Caracterização da Escola/Meio
A Escola Básica do 1º Ciclo com Pré-Escolar Ribeiro Domingos Dias, integrada no regime de
Escolas a Tempo Inteiro (ETI) com o código 3103107, é constituída por um edifício situado no
Caminho das Voltas, Freguesia de Santa Maria Maior, Concelho do Funchal, com o código postal
9050-252.
Na escola existem duas turmas de Pré-Escolar e sete turmas de 1º Ciclo.
Por ser uma Escola a Tempo Inteiro tem actividades curriculares e de enriquecimento curricular
distribuidas por dois turnos: manhã e tarde.
Edifício Principal
Espaços Interiores
Os espaços interiores estão assim divididos:
Gabinete de Direcção 1 Secretaria 1 Sala de Professores 1 Salas de Aulas 1º Ciclo (actividades curriculares) 4 Salas de Educação Pré-Escolar 2 Sala TIC 1 Biblioteca 1 Sala de Expressão Musical e Dramática e Sala de Inglês 1 Sala de Expressão Plástica e Sala de Estudo 1 Sala de Apoio Pedagógico 1 Sala de Apoio Pedagógico e Ensino Especial 1 Cozinha Equipada 1 Arrecadações Diversas 4 Vestiário de Pessoal não Docente 1 Refeitório 1 Economato 1
Pátio Coberto – em termos de utilização serve como local de convívio em datas festivas e como
espaço de recreio e ginásio de educação física-motora em dias de chuva.
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Sanitários:
Alunos (Masculino e Feminino) 10 Educação Pré-Escolar 6 Pessoal Docente 1 Pessoal Não Docente (com dois duches) 1
Espaços Exteriores:
Os espaços exteriores estão assim distribuídos:
Campo Polidesportivo (após as aulas fica aberto à comunidade/clubes) 1 Pátio Coberto 1 Jardim 2
Recursos Humanos:
Estão ao serviço desta escola uma média de trinta e seis pessoas distribuídas por pessoal
docente (vinte e quatro), pessoal administrativo (uma), pessoal Assistente Operacional (nove), pessoal
Ajudante de Pré Escolar(duas), técnica superior de biblioteca (uma).
Da Direcção Regional do Ensino Especial e Reabilitação(DREER) duas docentes prestam
apoio a alunos com Necessidades Educativas Especiais.
Da DREER colabora uma psicóloga integrada no projecto de despiste e apoio de casos
problemáticos.
Para reparações e manutenções da escola contamos com o apoio dos serviços da Câmara de
Municipal do Funchal e da Direcção Regional de Planeamento e Recursos Educativos.
Pessoal Docente:
Professores do Quadro de Escola 7 Professores do Quadro de Zona Pedagócia 5 Professores Destacados 3 Professores Contratados 3 Educadores de Infância do Quadro de Escola 3 Educadores de Infância do Quadro de Zona Pedagógica 1 Professores de Educação Física-Motora 1 Professores de Educação e Expressão Musical 1
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Pessoal Não Docente:
Assistente Administrativa 1 Ajudantes do Pré -Escolar 2 Assistentes Operacionais 10 Técnica Superior de Biblioteca 1
2.2- Caracterização dos Alunos
Frequentam esta escola um total de 190 alunos, dos quais 42 estão distribuídos por duas salas
de Pré-Escolar e os restantes 148 pelas 7 turmas do 1º Ciclo, sendo 1 do 1º ano, 2 de 2º ano, 2 de 3º
ano e 2 de 4º ano.
Estes alunos são provenientes na sua maioria da freguesia de Santa Maria Maior. No entanto,
temos alunos de outras freguesias do Funchal, tais como: Santo António, São Roque, Imaculado
Coração de Maria, Santa Maria Maior, Santa Luzia, Monte e São Gonçalo.
Podemos salientar a existência de alunos de outros municípios: Câmara de Lobos e Caniço.
Da totalidade dos alunos, 10 foram sinalizados como crianças com Necessidades Educativas
Especiais, 25 alunos foram sinalizados com dificuldades de aprendizagem, beneficiando de Apoio
Pedagógico.
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Serviço de acção social escolar e Apoios Sócio-Educativos
1º Ciclo
Totais
1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano Escalão
A
A
B
A
B
A
B
1
6
1
4
1
6
2
6
26
2 3 1 5 3 4 2 1 19
TOTAL 9 2 9 4 10 4 7 45
9
A maioria dos alunos desta escola é proveniente de famílias maioritariamente estruturadas,
havendo contudo crianças de famílias monoparentais. Os encarregados de educação apresentam nível
sócio económico médio/alto e baixo. Há ainda algumas famílias em que há desemprego ou
Rendimento de Inserção Social.
Em relação aos pais/encarregados de educação podemos referir que colaboram com a escola
sempre que solicitados. Tendo eqm consideração os alunos que frequentaram a escola no ano transacto
é de salientar que dos 146 alunos inscritos no 1º Ciclo apenas 2 ficaram retidos, como se pode ver no
quadro seguinte:
Anos Nº de Alunos Retenções % de Retenções
1ºs Anos 35 0 0% 2ºs Anos 40 0 0% 3ºs Anos 42 0 0% 4ºs Anos 29 2 2% Totais 146 2 2%
2.2.1 - Distribuição dos alunos
Ano de
Escolaridade
Nº alunos Masculino Feminino
Pré A 23 13 10
Pré B 23 12 11
1º A 22 11 11
2º A 18 10 8
2º B 19 10 9
3º A 22 11 11
3º B 22 12 10
4º A 21 09 12
4º B 22 07 15
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Serviço de Acção Social Escolar e Apoios Sócio-Educativos
Número total de alunos
Com dificuldades na aprendizagem Total
Anos de
Escolaridade
1ª vez Retidos Totais Com Apoio
(NEE)
Apoios
(Planos)
Outros apoios
(Psicóloga)
1º ano (A) 23 - 23 2 4 2 8
1º ano (B) 23 - 23 2 8 10
2º ano ( A) 18 - 18 - - -
2º ano (B) 10 5 15 6 3 9
3º ano (A) 18 1 19 - - -
3º ano (B) 19 - 19 1 - 2 3
4º ano (A) 18 - 18 2 1 3
4º ano (B) 18 - 18 - - -
1º Ciclo do
Ensino Básico
Total 147 6 153 13 16 4 33
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� Mapa do sucesso ou insucesso por ano de escolaridade 2009/2010
Transitaram com dificuldades
Alunos
Totais
Transitaram
Não
Transitaram
Transitaram sem
dificuldades Língua
Portuguesa Matemática
Língua Portuguesa
e Matemática
Totais
1º
ano Nº 46
2º
ano Nº 33
3º
ano Nº 38
4º
ano Nº 36
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3 - PRINCIPAIS PROBLEMAS IDENTIFICADOS
A identificação dos problemas (Formação Pessoal e Social –Saber Ser/Estar/Agir e Segurança)
foi feita a partir da observação directa em todo o contexto escolar, em contactos com os
pais/encarregados de educação e de inquéritos a toda a comunidade educativa.
Em relação aos alunos
���� Não cumprimento de regras nos recreios e corredores;
���� Falta de pontualidade por parte de alguns alunos;
���� Falta de aceitação pelas dificuldades do outro;
���� Má postura à mesa na sala de aula e no refeitório;
���� Uso inadequado dos talheres;
���� Pouca envolvência de alguns alunos nas actividades escolares;
���� Baixa auto-estima / auto-conceito;
���� Reacções negativas/agressivas de alguns alunos em algumas situações;
���� Escolha de brincadeiras pouco adequadas;
���� Aglomeração de alunos nos pequenos espaços existentes.
Em relação ao pessoal docente e não docente
���� Dificuldade em implementar a diferenciação pedagógica dentro da sala de aula, por forma a
favorecer comportamentos assertivos;
���� Pouca envolvência na vigilância por parte do pessoal docente e não docente;
���� Falta de espaços disponíveis para a concretização das actividades não lectivas e do trabalho
individual dos professores;
���� Pouca envolvência e comunicação entre pessoal docente e não docente.
Em relação a alguns pais
���� Falta de acompanhamento sistemático na vida escolar dos seus educandos;
���� Interrupção inoportuna das aulas;
���� Falta de diálogo/comunicação entre pais e professores;
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���� Falta de verificação dos materiais escolares;
���� Entrada e saída de alunos da escola sem acompanhamento familiar;
Em relação aos recursos materiais
���� Inadequada rentabilização dos recursos materiais existentes;
���� Carência de salas especificas para o estudo e apoio.
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4 – FINALIDADES
No Projecto Curricular de Escola são definidas várias áreas de intervenção para assegurar, a
todos os alunos, as aprendizagens mais significativas e desenvolver competências nos vários domínios,
tais como:
� Cumprimento de regras nos diversos aspectos da vida escolar;
� Aquisição de comportamentos/atitudes assertivas;
� Responsabilização dos actos praticados por toda a comunidade educativa;
� Estabelecimento de relações interpessoais positivas entre todas os intervenientes;
� Aquisição de noções de cooperação entre a escola – família – meio, em liberdade de
consciência;
� Participação mais activa por parte dos encarregados de educação na vida escolar dos alunos;
� Desenvolvimento da auto-estima, responsabilidade, autonomia e criatividade;
� Prática de brincadeiras/jogos mais seguros;
� Utilização dos espaços de uma forma mais adequada;
� Melhoramento das condições dos espaços existentes.
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5 – OPERACIONALIZAÇÃO DO PROJECTO
Todas as áreas contribuem para o desenvolvimento e enriquecimento do projecto. No entanto
daremos mais ênfase às seguintes áreas:
���� Língua Portuguesa, dado o seu carácter transversal, assume grande importância em todo o
processo de ensino – aprendizagem. Diminuir os seus níveis de insucesso é contribuir para a
diminuição dos níveis de insucesso em todas as outras áreas curriculares disciplinares e não
disciplinares.
Estratégias:
- Elaboração de regras;
- Escrita de frases e textos;
-Pesquisa de textos;
- Participação construtiva na discussão e reflexão individualmente e em grupo;
- Leitura e interpretação de textos.
���� Formação Cívica, com um carácter transversal, deve contribuir para a criação da identidade
e desenvolvimento da responsabilidade e respeito na vida cívica, dos alunos.
Estratégias: - Trabalhos de grupo;
- Debates sobre várias temáticas;
- Elaboração de diversos materiais;
- Exploração de histórias;
- Utilização das TIC;
- Realização e exploração de actividades lúdico-didácticas.
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���� Estudo do Meio, com um carácter transversal, deve contribuir para o conhecimento de si
mesmo, dos outros e do meio envolvente.
Estratégias:
- Realização de visitas de estudo;
- Elaboração de diversos materiais;
- Realização de acções de sensibilização;
- Realização de actividades colaborativas entre a comunidade educativa e outros parceiros
sociais;
- Realização de exposições.
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6- A COMPONENTE CURRICULAR
6.1 Pré-escolar
“A lei nº 5/97, de 10 de Fevereiro , Lei-quadro da Educação Pré-Escolar, aponta a educação pré-
escolar como sendo a primeira etapa do processo educacional ao longo da vida da criança. Reforça-
se ainda a necessidade de definir objectivos e linhas de orientação curricular. Assim é princípio geral
deste documento que a educação pré-escolar é a primeira etapa de educação básica no processo de
educação ao longo da vida, sendo complementar da acção educativa da família, com a qual deve
estabelecer estreita relação favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança,
tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário”. (Orientações
curriculares)
Competências Gerais da Educação Pré-Escolar
• Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança com base em experiências da vida
democrática numa perspectiva de educação para a cidadania;
• Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade das
culturas, favorecendo uma progressiva consciência como membro da sociedade;
• Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso da
aprendizagem;
• Estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas características
individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e
diferenciadas;
• Desenvolver a expressão e a comunicação através de linguagens múltiplas como meios de
relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão do mundo;
• Despertar a curiosidade e o pensamento crítico;
• Proporcionar à criança ocasiões de bem-estar e de segurança, nomeadamente no âmbito da
saúde individual e colectiva;
• Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências ou precocidades e promover a melhor
orientação e encaminhamento da criança;
• Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de efectiva
colaboração com a comunidade.
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Organização Curricular
Organização do Ambiente
Educativo Áreas de Conteúdo Continuidade Educativa
• Abordagem sistémica e ecológica
• Organização do grupo, do espaço e do tempo
• Organização do meio institucional
• Relação com pais e com outros parceiros
Articulação de Conteúdos
• Formação Pessoal e Social
• Conhecimento do Mundo
• Expressão e Comunicação
- Dramática, motora, plástica e musical;
-Linguagem oral e abordagem à escrita;
- Matemática
Inicio da Educação Pré-Escolar
Transição para a escolaridade Básica
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Áreas de Conteúdos/ Competências Especificas
Formação Pessoal e Social
• Interage com os outros (adultos e crianças);
• Reconhece os seus próprios direitos e valores essenciais à convivência;
• Respeita os outros e a diferença
• Domina tarefas pessoais - Saber fazer: veste/despe (casacos, batas), lava a cara e mãos, come utilizando correctamente os talheres, utiliza materiais diversos;
• É responsável pelas escolhas que faz;
• É capaz de tomar decisões;
• Partilha o poder dentro do grupo (participação democrática);
• Aceita as regras e é capaz de definir outras;
• Percepciona valores democráticos: participação, justiça, responsabilização, cooperação;
• Expressa críticas em relação a pessoas e situações;
• É capaz de confrontar opiniões, participar em debates e negociações;
Expressão Motora
• Controla e coordena movimentos corporais: trepa, corre, desliza, baloiça, salta a pés juntos e num só pé…
• É capaz de relaxar, estar quieta e em silencio;
• Sabe distinguir entre direita e esquerda;
• Tem a noção do seu corpo em relação ao exterior: espaço, tempo, lateralidade…
• Sabe manipular objectos e materiais;
• Identifica e nomeia as diferentes partes do corpo;
Expressão Dramática
• Expressa sentimentos e atitudes;
• Comunica verbalmente situações e vivências do quotidiano;
• Dramatiza situações do quotidiano;
Expressão Plástica
• Sabe utilizar os materiais de execução de técnicas de expressão plástica: marcadores, pincéis, tintas, tesouras ….
• Representa graficamente objectos, pessoas e situações,
• Identifica e nomeia as cores;
• Identifica diferentes texturas e tipos de material;
• Revela gosto por experiências, combinações novas e efeitos criativos na execução de trabalhos;
Expressão e Comunicação
• Identifica e nomeia sons;
• Sabe discriminar sons;
• Conhece as características dos sons: intensidade (fortes,
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Expressão Musical
fracos), altura (graves, agudos), timbres (modo de produção), duração (curtos, longos),
• É capaz de reproduzir sons da vida e da natureza;
• Sabe distinguir e executar o barulho e o silêncio;
• É Capaz de reproduzir ritmos;
• Memoriza e reproduz cantigas completas;
• Movimenta o corpo ao ritmo da música;
Linguagem Oral e
Abordagem à Escrita
• Estabelece diferenças e semelhanças entre imagens;
• Revela memória visual;
• Identifica e nomeia letras;
• Identifica sílabas (sons) das palavras;
• Conhece e desenha as letras do seu nome e de outros;
• Reproduz letras a partir de um modelo;
• Expressa ideias de forma clara e lógica;
• Constrói frases correctamente;
• Expressa ideias e opiniões em grupo;
• Utiliza adequadamente frases simples de tipos diversos: afirmativa, negativa, exclamativa;
• Utiliza adequadamente frases com concordância de género, número, tempo, pessoa e lugar;
• Identifica e constrói rimas;
• Reproduz e inventa histórias;
• Narra acontecimentos utilizando correctamente o passado, presente e futuro;
• É capaz de descodificar diferentes códigos simbólicos (símbolos convencionais e construídos);
• Emita a escrita e reproduz o formato do texto escrito;
• Narra uma história ou acontecimento através do desenho,
• Compreende que a escrita constitui um código com regras próprias;
• Interpreta diferentes tipos de texto escrito (imagens, texto..);
• Utiliza os meios informáticos (computador) como forma de comunicação;
• Compreende e executa as regras básicas do código informático;
Expressão e Comunicação
(Continuação)
• Tem consciência do seu corpo e posição no espaço,
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Matemático • Classifica objectos, coisas e acontecimentos de acordo com uma ou várias propriedades;
• Agrupa objectos de acordo com o critério previamente estabelecido (cor, forma, etc…);
• Seria e ordena objectos (classificação ordenada de gradações) – altura, tamanho, espessura, luminosidade, velocidade…;
• Forma sequências que têm regras subjacentes (dias da semana, números naturais…);
• Percebe a sequência temporal: antes e depois, a sequência semanal, mensal e anual…;
• Sabe de cor a sequência dos números cardinais;
• Percebe a correspondência de uma determinada quantidade a um número;
Conhecimento do Mundo
• Utiliza diferentes meios de expressão e comunicação que lhe permitem representar o mundo e dar-lhe sentido;
• Situa-se em relação a si próprio, aos outros e ao mundo social;
• Faz referência e reflecte sobre o mundo exterior (próximo distante)
• Sabe nomear e utilizar diferentes equipamentos e utensílios;
• Utiliza objectos para construir novas formas;
• Sabe o seu nome completo, morada e localidade;
• Sabe dizer a sua idade e percebe que está a crescer;
• Situa-se socialmente numa família e noutros grupos sociais;
• Conhece alguns aspectos do ambiente natural e social;
• Manifesta curiosidade e desejo de saber mais;
• Interroga-se sobre a realidade, coloca problemas e procura/propõe soluções (método cientifico);
• Organiza e sistematiza os conhecimentos adquiridos;
• Compreende as razões da higiene pessoal e de saúde alimentar;
• Compreende a necessidade de preservação do ambiente e colabora em acções nesse sentido;
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Articulação Curricular entre a Educação Pré - Escolar e o 1º Ciclo
A Articulação Curricular são mecanismos encontrados pelos docentes para facilitar a transição
entre ciclos (Serra, 2004) e a Continuidade Educativa diz respeito à forma como estão organizados os
saberes, de forma sequenciada e organizada, ao longo dos vários níveis educativos, tendo em
consideração o desenvolvimento das crianças e as suas capacidades de aprendizagem em cada nível
educativo (Serra, 2004). A continuidade educativa é uma percepção exterior do fenómeno, enquanto
que numa observação mais profunda se compreende a necessidade de uma articulação para um maior
aproveitamento dos ciclos, certamente ligados, mas intrinsecamente diferenciados. Na visão da
continuidade aparece uma imagem do produto objectivado, na articulação é o processo que se
dimensiona” (Dinello, 1987: 60). Perspectivar a articulação curricular não quer dizer que se assuma a
educação de infância como uma extensão para a base da escolaridade básica nem que se centre na
preparação para o nível seguinte.
Existem, segundo Serra (2004) três tipos de Articulação Curricular: espontânea (estabelece-se
de modo natural, fruto da proximidade geográfica entre as instituições e da qual surgem projectos que
envolvem os dois níveis educativos); regulamentada (advém de imperativos legais e que consta dos
documentos das escolas) e efectiva (acontece porque, de modo consciente e assumido entre os
docentes de níveis diferentes). Esta última Articulação Curricular pode assumir três formas:
1. Articulação Curricular Activa: caracteriza-se pelo conhecimento profundo dos dois níveis
educativos, quer pelos educadores, quer pelos professores, e das possibilidades de trabalharem
em comum, tendo como mais valia as semelhanças e diferenças dos dois níveis educativos e as
faixas etárias a que se destinam.
São optimizados os recursos existentes, quer nas salas de 1º ciclo, quer nas salas da pré ou J.I.,
e os docentes estão efectivamente empenhados em encontrar práticas educativas que
promovam a articulação curricular entre os dois níveis.
2. Articulação Curricular Reservada: caracteriza-se por uma atitude menos voluntária, mais
expectante, não se empenhando todos os recursos e vontades, antes esperando que algo
aconteça. Não denotando falta de interesse, pode admitir-se que, pontualmente, sejam tomadas
decisões conjuntas entre docentes dos dois níveis educativos quando razões consideradas muito
fortes o justifiquem.
3. Articulação Curricular Passiva: caracteriza-se por um certo desinteresse das suas
responsabilidades neste campo. A articulação curricular, se a há, é fruto da proximidade
geográfica das duas instituições, o que possibilita o contacto físico entre as crianças nas horas
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dos recreios e nas saídas, por exemplo. Falta às reuniões, resistência ao trabalho conjunto com
docentes de outros níveis, poderão ser indicadores deste tipo de articulação.
Orientações Curriculares: áreas de conteúdo Programa para o 1.º ano de Ensino Básico:
áreas de aprendizagem Formação Pessoal e Social Conhecimento do Mundo Expressão e Comunicação: -Expressão Motora - Expressão Musical - Expressão Dramática - Expressão Plástica - Linguagem Escrita - Linguagem Oral - Matemática
Desenvolvimento Pessoal e Social Estudo do Meio Expressão e Educação Físico-motora Expressão e Educação Musical Expressão e Educação Dramática Expressão e Educação Plástica Língua Portuguesa: Comunicação Escrita Comunicação Oral Matemática
Final do Percurso da Educação Pré – Escolar
Perceber e aceitar regras que lhe permitam a integração num grupo ou grupos;
Conhecer a correspondência entre código oral e escrito;
Aceitar e seguir regras de convivência e de vida social;
Perceber noções de espaço, tempo e quantidade;
Seguir orientações e concluir tarefas. Saber manusear e utilizar materiais diversos;
Conhecer as funções da escrita; Revelar curiosidade e desejo de aprender; Possuir atitudes positivas face à escola; Conhecer os seus próprios direitos e os
dos outros.
Elaboração de Trabalhos conjuntos/intercâmbios entre o grupo de Pré-Escolar e a Turma de 1º Ano, relacionados com o PEE. Construção de Projectos de Formação/Desenvolvimento Pessoal e Social comuns entre o grupo de Pré-Escolar e a turma de 1º Ano. Negociação de regras semelhantes entre o grupo de Pré-Escolar e a turma de 1º Ano. Diálogo e colaboração entre o/a educador/a do grupo de Pré-Escolar e o/a professor/a da turma de 1º Ano, através de reuniões. Realização de Visitas às salas de Pré-Escolar e de 1º Ano, com o objectivo de identificarem diferenças e semelhanças, para uma posterior adaptação. Planeamento de Visitas de Estudo conjuntas.
Estratégias de Articulação Curricular
Troca de materiais didácticos entre Educação Pré-Escolar e 1º Ano.
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Recursos Curriculares Específicos e Didácticos
Curriculares Específicos e Didácticos Educação Pré-Escolar
• Manuais.
• Histórias.
• Plasticina/moldes.
• Tintas/Cores.
• Cartolinas.
• Papel Crepe/vegetal/seda.
• Colas líquidas/branca.
• Legos.
• Materiais de construções/encaixe.
• Puzzles.
Brinquedos específicos da
casinha/garagem
• Computador
• TV
• Leitor de DVD
• Blocos de desenho
• Papel autocolante.
• Jogos de formas geométricas.
• Jogos Educativos.
• Carimbos/esponja.
Materiais naturais de desgaste (massinhas,
folhas, arroz…).
Critérios/Instrumentos de Avaliação Pré-Escolar
As actividades desenvolvidas na Educação Pré-Escolar estão inseridas em três grandes Áreas
de Conteúdo: Formação Pessoal e Social, Expressão e Comunicação e Conhecimento do Mundo. A
avaliação na Educação Pré-Escolar assume uma dimensão marcadamente formativa, pois trata-se, de
um processo contínuo e interpretativo, que se interessa mais pelos processos, do que pelos resultados.
Procura tornar a criança protagonista da sua aprendizagem, de modo a que vá tomando consciência do
que já conseguiu, das dificuldades que vai tendo e como as vai ultrapassando. A Educação Pré-Escolar
é perspectivada no sentido da educação ao longo da vida, assegurando à criança condições para
abordar com sucesso o 1º ciclo. Cabe a cada educador avaliar, numa perspectiva formativa, os
processos educativos, o desenvolvimento e as aprendizagens de cada criança e do grupo, tendo em
conta os seguintes aspectos:
• Interesse / motivação
25
• Participação / iniciativa
• Capacidade de organização
• Assiduidade e / ou pontualidade
• Criatividade
• Espírito de observação
• Espírito crítico / raciocínio
- Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de efectiva
colaboração com a comunidade.
- Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências ou precocidades e promover a melhor
orientação e encaminhamento da crianças.
Previsão de Procedimentos de Avaliação no Pré-Escolar
1 – Dos processos e efeitos
Adoptamos vários momentos de avaliação:
• Observação contínua
• Registo de situações pontuais
• Avaliação trimestral do grupo
2- Das crianças
• Registo em grelha de observação
3- Com a equipa
• Um trabalho articulado entre as educadoras da sala e auxiliar
• Um trabalho em parceria com os professores do 1º ciclo da escola.
4 – A Família
• Em três momentos de informação da avaliação: Dezembro, Março e Julho.
• Durante o ano (sempre que acharmos necessário).
26
5 – Comunidade Escolar
Existem momentos de avaliação entre:
• Educadores/Conselho Escolar
• Educador /Educador
• Educadores/Educador e Professor Ensino Especial
• Educadores/Professores das Actividades
• Educadores/Professores do Ensino Básico
6.2 1º Ciclo
Face às competências do Curriculo Nacional, seleccionámos as seguintes para trabalhar este
ano lectivo, tendo em conta, as problemáticas apresentadas com objectivo de ultrapassa-las ou minura-
las.
6.2.1
Em anexo, apresentamos as competências gerais e especificas por ano de escolaridade
para cada área disciplinar.
27
7- APOIOS EDUCATIVOS
Depois de identificadas as necessidades educativas dos alunos, estes serão encaminhados para os
vários serviços de Apoio existentes na escola.
As modalidades e estratégias de apoio educativo, caracterizam-se por contribuírem para o reforço
das aprendizagens dos alunos, especialmente para aqueles cujas dificuldades são mais evidentes.
Assim, como forma de dar resposta a estas necessidades dos alunos, a Escola assegura os seguintes
tipos de apoio:
• Apoio pedagógico;
• Apoio especializado.
Estes apoios são realizados com a ajuda do professor de apoio e dos professores da Educação
Especial.
Relativamente aos alunos com N.E.E., pretende-se que estes, sempre que possível, desenvolvam as
mesmas actividades do grupo em que estão inseridos, competindo aos professores de Ensino Regular e
Apoios Educativos decidir sobre:
• A introdução de níveis de dificuldade na mesma actividade;
• A aquisição de diferentes competências e/ou saberes;
• O desenvolvimento de diferentes actividades para diferentes alunos.
Os alunos são apoiados dentro do horário lectivo, dentro ou fora da sala de aula, individualmente
ou em pequeno grupo – as características individuais dos alunos apoiados e a rentabilização dos
recursos humanos disponíveis determinam as formas de apoio educativo adoptados.
28
7.1 - Ensino Especial
De acordo com a legislação em vigor, os alunos com NEE deverão receber os apoios adequados
no meio menos restrito possível, isto é, nas classes regulares sempre que tal seja praticável.
A Educação Especial, através da sua equipa multidisciplinar, pretende, após a avaliação
psicopedagógica, contribuir para o pleno desenvolvimento do Plano Educativo Individual, de cada
educando, através do trabalho em parceria com os pais, docentes do regular, técnicos e toda a
comunidade, fazendo implementar as medidas do regime educativo especial previstas no Dec. - Lei
3/2008.
O processo de ensino/aprendizagem deve ter em conta o desenvolvimento cognitivo, social e
emocional dos alunos, o seu estilo e ritmo de aprendizagem, o meio social, económico e cultural de
que provêm e, ainda, as condições em que o mesmo se desenvolve.
Face às diversas carências manifestadas pelos alunos, compete à escola, de acordo com os
recursos de que dispõe, promover uma efectiva igualdade de oportunidades de sucesso escolar para
todos.
Este ano lectivo, a escola dispõe de duas professoras de Educação Especial para prestar apoio
pedagógico especializado a um total de 10 alunos, no entanto, fomos informadas que existem três
casos que, provavelmente, serão referenciados posteriormente. Por conseguinte, estes 10 alunos têm
número de processo da DREER, conforme lista disponível entregue à Direcção da Escola.
A maior parte destes alunos recebe apoio entre três e cinco vezes por semana, à excepção de
um aluno que usufrui de 12 horas pedidas e estabelecidas no PEI, associadas a mais horas
estabelecidas pela escola, de forma a garantir um maior atendimento a esta criança tão específica.
Os apoios são ministrados individualmente dentro da sala de aula, no entanto, existem casos
que também terão apoio individual ou em pequeno grupo fora da sala de aula. Este apoio funciona na
sala dos professores ou num cubículo onde apenas cabem três pessoas, num espaço restrito para o
efeito, já que leccionam quatro professores de apoio (duas de educação especial e duas de apoio
acrescido).
Estas docentes pertencem à DREER, mais especificamente ao Centro Psicopedagógico do
Funchal (CAP Funchal) e estão colocadas na escola Ribeiro Domingos Dias a tempo integral,
cumprindo uma o total de 20h e a outra 22h semanais de componente lectiva, para além de 2h de
reunião e 2h de serviço de escola em horário determinado, perfazendo um total de 4 horas de
29
componente não lectiva com carácter presencial, a ser cumprida na escola (o qual, no inicio do ano
lectivo, ficou determinado em Conselho Escolar que estas horas das duas docentes será para garantir
acompanhamento a um aluno de Ensino Especial que necessita de um atendimento específico para
além do horário que já beneficia).
CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA PARA TODOS. QUE PRINCIPIOS PEDAGÓGICOS?
A Declaração de Salamanca (1994) sobre os princípios, a Política e as Práticas na área das
Necessidades Educativas Especiais, inspirou-se no reconhecimento de se conseguir uma escola para
todos, ou seja, a inclusão de todos os alunos aceitando as diferenças, apoiando a aprendizagem e
respondendo às necessidades individuais.
Ensinar, é cada vez mais um desafio face a uma escolaridade que se pretende para todos, apesar de
nem todos reunirem as condições para o ambicionado sucesso. Com efeito, o ensino básico, ao tornar-
se obrigatório e gratuito, originou uma grande heterogeneidade social e cultural, confrontada com uma
multiplicidade de novos problemas sociais que passaram para o seu interior, realidade que obriga a
repensar a escola no sentido de a mudar, inovando as suas práticas, mobilizando os actores educativos
e estabelecendo parcerias com a comunidade.
Este conceito de escola inclusiva, vem reforçar o direito de todos os alunos frequentarem o
mesmo tipo de ensino, independentemente das diferenças individuais de natureza física, psicológica,
cognitiva e social, para que todos os alunos realizem aprendizagens, aplicando técnicas e métodos
adequados.
“Porque a igualdade pressupõe a democratização da escola, as políticas curriculares não podem
conter as normas que discriminam, negativa ou positivamente, os alunos” (Pacheco, 2002).
OBJECTIVOS
A Educação Especial tem por objectivos:
1. Dar resposta às necessidades educativas dos alunos(através de apoios pedagógicos
especializado directo, consultadoria aos docentes de ensino regular e de ensino cooperativo);
2. Desenvolver programas de competências sociais com alunos;
3. Proceder à avaliação/diagnóstico dos alunos referenciados;
4. Participar e colaborar com os órgãos de gestão escolar (CE);
5.Colaborar nas actividades contempladas no Projecto Educativo da escola;
6. Promover a participação da família na escola;
7. Informar e colaborar acerca dos procedimentos legais relativos aos alunos com NEE;
8. Proceder ao encaminhamento educativo dos alunos referenciados;
9. Avaliar o processo educativo dos alunos com NEE;
30
10. Encaminhar alunos com NEE par estruturas adequadas a outro ciclo de ensino;
11. Providenciar mecanismos adequados de transiçãode processos de mudança de ciclo escolar;
12. Divulgar eventos promovidos pela DREER;
13.Participar na elaboração de Planos Educativos Individuais (PEI) e Programas de Intervenção
de Apoio à Família (PIAF) dos alunos em Regime Educativo Especial, em colaboração com todos os
intervenientes;
14. Sensibilizar as equipas do ensino regular para as problemáticas das NEE’s;
15. Promover a auto-formação da equipa afecta ao programa;
16. Planificar com a equipa do ensino regular, as medidas de Regime Educativo Especial, mais
adequadas a cada aluno.
ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO E RECURSOS
O apoio poderá funcionar dentro e fora da sala de aula, de acordo com o estabelecido com os
professores e com as especificidades das dificuldades de cada aluno. Na maior parte dos casos o apoio
fora da sala é facultado em substituição de algumas actividades de enriquecimento, de preferência:
OTL, Estudo e actividades menos significativas. De qualquer forma, tudo dependerá de cada caso em
particular, pelo que se recomenda uma gestão flexível que procure conciliar todos os factores.
Serão enfatizadas no apoio pedagógico especializado, determinadas estratégias que constam em
cada PEI, conforme as características individuais. Será desenvolvida uma metodologia de trabalho
personalizada, com base em actividades sempre que possível atractivas e diversificadas, das quais
salientamos algumas:
• Utilização das TIC;
• Subdivisão de tarefas complexas em tarefas mais simples;
• Respeito pelos ritmos individuais de trabalho;
• Trabalho aos pares e em grupo;
• Respeito pelos centros de interesse das crianças;
• Preenchimento de tabelas de comportamento e de aquisição de sucessos;
• Conversação sobre as dificuldades sentidas pelos alunos;
• Jogos didácticos que envolvam a leitura, a escrita e o raciocínio;
• Leitura silenciosa e oral;
• Composição de textos sobre as vivências das crianças;
• Escrita criativa;
• Consulta de dicionários, prontuários e gramáticas;
• Listas de palavras e frases;
31
• Representações simbólicas das operações efectuadas;
• Concretização de operação;
• Manuseamento de materiais divessificados.
Recursos materiais de que fazemos uso:
• Material de desperdício;
• Ábaco;
• Multibásico;
• Palhinhas;
• Histórias;
• Cd rooms lúdicos e didácticos;
• Livros;
• Gramáticas;
• Dicionários;
• Prontuários;
• Fichas de trabalho;
• Outros materiais necessários.
OUTRAS ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO:
Relações Interpessoais
• Relação Professor/Aluno – baseada no respeito pela diferença, na valorização das
características individuais, na visão positiva e atenta às necessidades educativas
especiais;
• Relação Aluno/Aluno – fomentar o trabalho cooperativo de pares e /ou tutória.
Promover a inter ajuda e aceitação da diferença;
• Relação Professor do Ensino Regular/Professor do Ensino Especial e outros técnicos
envolvidos – definir e articular funções, papeis e tarefas a desenvolver, programações
conjuntas, cooperação na elaboração de relatórios, Planos Educativos Individuais e
Planos de Apoio à Família. Promover e desenvolver actividades facilitadoras de uma
escola inclusiva;
• Relação Professor do Ensino Especial/Família do aluno – promover e aumentar a
comunicação entre família/escola/comunidade; informar os pais, assim como
educadores e professores sobre as características de determinada deficiência de uma
32
forma precisa e clara, de maneira a que os pais possam saber lidar melhor com a
situação e vice-versa, de forma a articular estratégias de acordo com o programa
individual de cada aluno;
• Relação Professores / Assistentes Operacionais – sensibilizar para a diferença e orientar
para a sua acção;
• Relação do Professor Especializado / Direcção da Escola – Articular com o órgão de
gestão a intervenção ao nível da Escola, da comunidade, das instituições e serviços,
nomeadamente:
- Na sinalização e encaminhamento de alunos com NEE;
- Na prevenção do absentismo e/ou abandono escolar;
- Na articulação entre estabelecimentos de ensino e diferentes ciclos de escolaridade,
por forma a assegurar a transição eficaz entre os vários níveis de ensino e a transição
para a vida activa.
Adaptação e Organização dos Espaços, Tempos, Materiais e Recursos Humanos
• Organização dos Espaços – apoio dentro e fora da sala de aula, de acordo com a
especificidade das dificuldades reveladas por cada aluno;
• Organização dos Tempos – adaptação do horário de apoio educativo especializado ao
horário do aluno e às suas características pessoais, nunca os privando de actividades
preferidas;
• Organização dos Materiais – selecção dos materiais, de acordo com as capacidades e
necessidades dos alunos; utilização de materiais ludo-didácticos, técnicas e processos
diferenciados e atractivos como o recurso às TIC e elaboração de material apropriado;
• Organização de Recursos Humanos – orientação dos funcionários sobre atitudes a tomar
em determinadas situações do quotidiano das nossas crianças; encaminhamento de
alunos para os respectivos técnicos disponíveis de que necessitem;
Adaptação aos Elementos Curriculares
• Na definição de objectivos para traçar um PIAF ou um PEI adequado a cada caso
específico – prioridade aos objectivos curriculares que tenham em conta critérios de
maior funcionalidade com as NEE´s; introdução de objectivos específicos,
complementares e/ou alternativos;
33
• Nos conteúdos – modificação da sequência de conteúdos; eliminação de alguns
conteúdos; introdução de conteúdos específicos e de carácter funcional,
complementares e/ou alternativos;
• Nas actividades – ensino/aprendizagem, o mais individualizado possível;
implementação de hábitos de estudo e métodos de trabalho; estímulo de
comportamentos desejáveis e necessários à realização de tarefas; adequadas a cada
criança e tendo em conta as suas capacidades e partindo do que o aluno valorize,
tentando incutir autoconfiança;
• Nas metodologias – aumento progressivo do grau de dificuldade das tarefas;
implementação de estratégias que desenvolvam capacidades de atenção, concentração e
motivação; reforço positivo face aos progressos verificados, valorizando cada conquista
ganha e incutindo autoconfiança para que consiga atingir novas metas;
• Na avaliação – utilização de modelos de avaliação e diagnostico de necessidades
educativas, gerindo e reestruturando os apoios facultados, de acordo com os resultados
obtidos; elaborar ou adaptar técnicas e instrumentos; introduzir ou adaptar critérios de
avaliação específicos no contexto em que vão ser aplicados. Será feita numa perspectiva
sócio-educativa a partir de matrizes construídas e adaptadas, centrando-se no
desenvolvimento e aprendizagens das crianças a partir das propostas do PEI. Esta
dimensão enfatiza o currículo escolar próprio/alternativo, como suporte do trabalho
curricular realizado e a sua intencionalidade.
Relações Institucionais
A colaboração é essencial para o sucesso da inclusão de todos os alunos com NEE e
ocorre quando todos os técnicos partilham informação de forma a resolverem ou minimizarem
os problemas existentes, permitindo uma melhorá da qualidade de vida.
Assim, será necessária a colaboração entre a Escola e:
Centro de Apoio Psicopedagógico do Funchal
Autarquias
Centros de Saúde
Hospitais
MODALIDADES DE AVALIAÇÃO
No capítulo III do Decreto-Lei nº6/2001 são explicitados os princípios subjacentes à avaliação
das aprendizagens. Estas de acordo com os pressupostos legais, deverão assumir posteriormente um
34
carácter sistemático e continuo, na medida em que , para além de construir um processo de certificação
de aquisições, também permite regular as aprendizagens e orientar o percurso escolar.
No âmbito da Educação Especial, os programas da avaliação pedagógica pretendem ser
diferenciadas. Não pode ficar circunscrito aos habituais instrumentos de avaliação, sendo necessário
utilizar outros capazes de avaliar uma diversidade de competências que os referidos testes não podem
revelar.
Não se trata de uma mudança radical de processos ou instrumentos, sendo necessário mais do
que isso. Diz respeito, a uma mudança de fundo à qual emerge uma nova filosofia de avaliação. Na
verdade pressupõe um aprofundamento no trabalho de ensinar e de avaliar.
As professoras de educação Especial colocam em prática três modalidades a saber: diagnostica,
formativa e sumativa, com ênfase particular nas primeiras duas, conforme a definição incluída nos
PEI’s.
A avaliação diagnostica, a ser efectuada no início, bem como ao longo de cada ano lectivo, tem
como propósito a sua articulação com a intervenção pedagógica diferenciada, no sentido de evitar
dificuldades e proporcionar a integração escolar colaborando no apoio à orientação escolar. Por seu
turno, a avaliação formativa consiste, essencialmente, em regular o processo de ensino - aprendizagem,
pelo que pressupõe um carácter sistemático e continuo , através do recurso a diferentes instrumentos
de recolha de dados adequados à especificidade das aprendizagens e aos contextos em que ocorrem.
A avaliação sumativa realizada no final de cada período lectivo pretende formular um juízo
globalizante sobre as aprendizagens que os alunos realizaram. Esta avaliação tem a particularidade de
ser descritiva, incidindo sobre as áreas curriculares que compõem a estrutura curricular do 1ºciclo.do
Ensino Básico.
A intervenção da Educação Especial procura assegurar o necessário equilíbrio entre vários
aspectos, cuja relevância merece particular atenção: as práticas de avaliação; as aprendizagens e as
competências definidas; o recurso a diferentes modos e instrumentos da avaliação adequados aos
diversos tipos de aprendizagens e aos contextos em que se inserem; atenção especial ao percurso
evolutivo do aluno durante o ensino básico e especificamente ao longo de cada ciclo; a promoção da
confiança social no funcionamento da escola e, consequentemente, na transmissão de informações que
veicula; o predomínio da avaliação formativa com ênfase na auto-avaliação em articulação com os
momentos de avaliação sumativa; a utilização de critérios claros explícitos que permitam a coerência
necessária aos diversos intervenientes no processo de avaliação.
A avaliação formativa assume uma posição privilegiada no contexto da Educação Especial,
permitindo a todos os intervenientes aceder de forma permanente, às informações actualizadas e
pertinentes nomeadamente acerca das aprendizagens efectuadas e competências adquiridas. Abrange a
avaliação diagnostica, cujas informações facilitam a adequação de metodologias que conduzem a uma
diferenciação pedagógica, assim como à elaboração do projecto curricular de turma.
35
Consideramos ainda, que se as diferenças entre os alunos com NEE justificam a reestruturação
de estratégias pedagógicas, torna-se imprescindível adoptar a mesma postura relativamente aos
métodos de avaliação, os quais não deveriam funcionar como elementos uniformizadores. Estas
crianças terão de ser avaliadas com flexibilidade ao longo do seu percurso escolar.
A avaliação descritiva será a melhor forma de explicar às famílias os resultados do aluno e as
suas dificuldades, conseguindo perceber com maior clareza o que poderão fazer para ajudar o seu
educando.
Posto isto, a avaliação será entendida como um mecanismo de informação para efeitos de
compensação e promoção da inclusão, rejeitando o pressuposto de esta avaliação ser um instrumento
de selecção de alunos e do controlo do próprio ensino aprendizagem.
As sessões de apoio devem assentar em tempos e espaços privilegiados para pensar,
compreender a realidade envolvente e usar os conhecimentos ampliando-os gradualmente. Trata-se de
desenvolver competências que não incidem directamente sobre tópicos do programa, mas apelam aos
saber fazer e saber pensar.
Os registos de comportamentos dos alunos e autoavaliação constituem práticas correntes,
simultaneamente com registos em grelhas feitas pelos próprios alunos e/ou por nós.
36
7.2 - Apoio Pedagógico
O Apoio Pedagógico é uma prioridade no processo ensino/aprendizagem do aluno, pois
desempenha um papel essencial na superação de dificuldades detectadas, assim como, contribui para o
sucesso educativo e aumento da confiança e auto-estima do aluno.
De acordo com as competências essenciais a atingir, são apresentados os objectivos a serem
alcançados pelos alunos que manifestam dificuldade na aprendizagem.
A gestão do Apoio Pedagógico, serão feitas em articulação com os professores titulares das
turma e serão sujeitas a alterações ao longo do ano lectivo, em função das necessidades educativas que
forem surgindo e dos novos problemas que possam afectar o rendimento escolar do aluno.
Competências/Finalidades
• Proporcionar ao aluno em ensino/aprendizagem mais personalizado e adequado às suas
necessidades;
• Ultrapassar em momentos de trabalho individual e colectivo as dificuldades detectadas;
• Promover a autoconfiança e a persistência na realização das tarefas;
• Desenvolver progressivamente a autonomia na realização das aprendizagens;
• Desenvolver competências de auto-aprendizagem que favoreçam o aprender a aprender;
• Desenvolver a iniciativa, a persistência, a responsabilidade e a criatividade;
• Desenvolver a capacidade de expressão oral e escrita;
• Desenvolver o raciocínio e o cálculo mental;
• Incentivar a importância da boa apresentação dos trabalhos;
• Adquirir hábitos de pesquisa;
• Aprender por processos lúdicos;
• Desenvolver o gosto pelo trabalho e pelo estudo.
Dinâmicas de Aprendizagem
• Diagnosticar as principais dificuldades de aprendizagem de cada aluno;
• Procurar possíveis factores condicionantes que causem entrave ao processo de
desenvolvimento cognitivo e social do aluno;
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• Adoptar metodologias de trabalho e de aprendizagem adequadas a objectivos visados;
• Pesquisar, seleccionar e organizar informação para transformá-la em conhecimento
mobilizável.
Avaliação
• Avaliar o empenho e interesse dos alunos;
• Avaliar a relação dos alunos com o professor e com os colegas;
• Avaliar a cooperação na realização de actividades de grupo;
• Avaliar os progressos dos alunos e competências desenvolvidas;
• Avaliar os alunos qualitativamente tendo em conta os objectivos mínimos delineados.
Ficou delineado em conselho escolar que mediante o progresso destes alunos, eles poderão
deixar de usufruir do apoio a que foram propostos. Estes momentos de reflexão decorrerão mais
precisamente no términos de cada período escolar o que não invalida que a mesma possa acontecer
noutra altura dita adequada.
7.3 - Apoio Psicológico
Uma psicóloga, pertencente ao CAP (Centro de Apoio Psicopedagógico), colabora no despiste,
avaliação e acompanhamento psicológico das crianças.
As crianças com necessidade deste apoio que não estão assinaladas pela Educação Especial,
serão encaminhadas ao Centro de Saúde para serem observadas e acompanhadas nesta área.
7.4 - Outros Apoios
Uma técnica superior de psicomotricidade colabora na integração e sucesso escolar de um
aluno
Um grupo de alunos beneficia de terapia da fala no centro de saúde.
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 38
8- ACTIVIDADES DE COMPLEMENTO CURRICULAR
Competências a desenvolver ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO
Competências a desenvolver
EXPRESSÃO PLÁSTICA
EXPRESSÃO MUSICAL E DRAMÁTICA
INFORMÁTICA
BIBLIOTECA
INGLÊS
ESTUDO
EDUCAÇÃO FÍSICA E MOTORA
- Realizar experiências diversas utilizando diferentes materiais - Desenvolver a imaginação e a criatividade - Expressar-se livremente - Aplicar conhecimentos adquiridos
- Desenvolver as capacidades musicais de cada criança a nível de voz, audição e expressão - Adquirir e produzir ritmos - Saber ouvir - Expressar-se através da música - Experimentar diversos instrumentos - Conhecer e manusear o
computador - Aprender e descobrir através das novas tecnologias - Manusear correctamente as ferramentas do computador - Adquirir conhecimentos através de software informático
- Despertar o gosto pelos livros - Descobrir a importância do livro - Saber consultar livros - Conhecer uma biblioteca - Sensibilizar para a leitura - Aumentar a sua cultura geral
- Despertar e motivar para a aprendizagem do Inglês - Ouvir, falar, ler e escrever expressões mais comuns no Inglês - Contactar com a cultura inglesa
- Adquirir métodos de estudo - Desenvolver e aprofundar competências de leitura e escrita - Desenvolver a capacidade de atenção / concentração e memorização - Desenvolver a autonomia - Consolidar conhecimentos
- Desenvolver a coordenação, flexibilidade, destreza e força - Efectivar movimentos - Aquisição de regras desportivas - Cumprir regras de jogo e de socialização - Ajudar o corpo a crescer
- Projecto Eco- Escolas, - Plano regional de Segurança Rodoviária; - Plano Regional de Leitura; -Projecto Liga-te; - Jornal Escolar; - Crianças felizes, melhores aprendizes
PROJECTOS COMPLEMENTARES
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 39
A escola proporciona um conjunto de actividades de complemento curricular que se
desenvolvem no turno oposto às actividades curriculares. Estas são de frequência facultativa,
verificando-se grande adesão.
8.1 - Objectivo Geral
Aprender a aprender para crescer, melhorando a sociedade, exercendo uma cidadania
esclarecida e activa.
8.2 - Actividades
� Expressão Plástica;
� Expressão Musical e Dramática;
� Informática;
� Biblioteca;
� Inglês;
� Estudo;
� Expressão Físico-Motora;
� Projectos complementares (Programa – Eco – Escolas, Projecto Regional de Leitura,
Clube amigos do Livro, Jornal Escolar, Encontro Inter Escolas, Encontros
Intergeracionais, Projecto Liga-te, Prevenção Rodoviária,
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 40
8.3 - Competências a desenvolver e parâmetros de avaliação
Apresentamos em anexo as competências a desenvolver, assim como os respectivos
instrumentos e parâmetros de avaliação para as áreas de Complemento Curricular.
8.4 Projectos Complementares
Plano Regional de Leitura – “A Magia das Letras”
Este projecto tem como objectivo central promover a leitura, assumindo-a como factor de
desenvolvimento individual e de progresso nacional, como tal é nossa intenção concretizar um
conjunto de actividades destinadas a promover e desenvolver competências no domínio da leitura e da
escrita.
Visando pôr em prática este projecto, apoiamo-nos na selecção de livros proposta pelo Plano
Regional de Leitura e adoptamos algumas obras, organizando-as de acordo com o nível de
escolaridade e o desenvolvimento emocional dos alunos.
A promoção cognitiva e o contacto regular das crianças com a literatura, constitui o pilar
fundamental deste projecto.
Outros objectivos deste plano são:
- Inventariar e valorizar práticas pedagógicas e outras actividades que estimulem o prazer de
ler;
- Criar instrumentos que permitam definir metas cada vez mais precisas para o
desenvolvimento da leitura;
- Mobilizar a comunidade literária, a comunidade científica e os órgãos de comunicação para a
valorização da Leitura;
- Reforçar a cooperação e a conjugação de esforços entre a escola, a família, as bibliotecas e
outras organizações sociais.
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 41
Projecto Eco-Escolas Este projecto tem como grandes objectivos desenvolver nas crianças uma “consciência
ecológica” e sensibilizar as crianças, famílias e comunidade para os problemas ambientais e a
necessidade de preservar a Natureza e o meio ambiente.
Como tal a escola propõe-se a desenvolver um conjunto de actividades que visam cumprir com os
seguintes objectivos:
- Desenvolver atitudes de respeito pela natureza;
- Promover a higiene dos espaços colectivos;
- Promover a recolha selectiva dos lixos;
- Desenvolver actividades com materiais reutilizáveis;
- Valorizar os espaços verdes da escola e do meio envolvente;
- Desenvolver nas crianças o gosto e os cuidados a ter para evitar a destruição da floresta;
- Conhecer a importância da água;
- Adoptar atitudes que ajudam a poupar água.
Plano Regional de Prevenção Rodoviária
A Educação Rodoviária tem um papel importante na formação de alunos, enquanto peões e
futuros condutores.
A escola vai sensibilizar e transmitir às crianças os conhecimentos e competências necessárias
a uma adequada Educação Rodoviária. Os alunos devem ter uma aprendizagem sobre as regras e sinais
de trânsito para realizarem uma prova escrita. Através de um circuito prático com sinais de trânsito e
obstáculos, os alunos irão mostrar a destreza com uma bicicleta, usando uma boa conduta de condução.
Irá ser organizado um concurso de cartazes alusivos ao tema.
A escola irá patrocinar uma acção de formação para sensibilizar para a Educação Rodoviária. A
polícia e os bombeiros irão ser convidados a orientar esta acção.
Os professores responsáveis pelo projecto são: Alberto Gonçalves, Joel Dimitri, e Pedro
Lameirinhas.
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 42
Projecto Educamedia “Aprender com o cinema”
Actualmente a imagem constitui um dos elementos determinantes na vida do indivíduo,
principalmente dos mais jovens.
Estes recebem grande quantidade de mensagens que são transmitidas através dos diversos
meios de comunicação, que por sua vez utilizam a imagem como elemento persuasivo e motivador.
Por conseguinte, é emergente que a escola faça uso dos meios de comunicação e das TIC.
Perante este panorama é necessário formar os mais jovens, para que possam compreender e
assimilar relativamente ao que significam e ao que representam, os meios de comunicação e as
tecnologias, permitindo-lhes adquirir uma atitude crítica perante o poder que este exercem na
sociedade.
O programa Educamedia visa favorecer a difusão dos media, concretamente do cinema no
âmbito educativo, propondo uma leitura diferente da habitual da obra cinematográfica, através de guias
curriculares (projecto: "Aprender com o cinema").
O programa Educamedia assenta em três vertentes: Os media como recurso e auxiliar didáctico
para o processo ensino/aprendizagem (projecção de filmes e debate sobre os mesmos); o conhecimento
da linguagem dos media (linguagem cinematográfica como objecto de estudo); o conhecimento da
linguagem dos media enquanto técnica de trabalho criativo e expressivo (produção videográfica).
Aprender imagens comprovou ser uma tarefa mais difícil quando tentamos relembrar uma
palavra, mas torna-se fácil quando uma palavra é esquecida…
Pretende-se ao longo deste ano lectivo 2009/2010 um envolvimento mais activo da escola no sentido
de aproveitarmos as potencialidades das tecnologias e da sétima arte no contexto educacional.
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 43
Clube amigos dos livros
Este Clube terá a duração de um ano lectivo com sessões de três horas, sendo que uma hora e
trinta minutos será dedicada ao 2º ano e as restantes ao 3º.
OBJECTIVO PRINCIPAL:
O objectivo fundamental deste projecto é a criação de um Clube de Leitura
METODOLOGIA
A metodologia utilizada prende-se com a ideia de que não será, principalmente, a partir dos
livros que falaremos de nós e das nossas vidas, mas o inverso: é começando cada um a falar de si e da
sua vida que será conduzido o livro. Haverá uma ideia condutora - a de que os livros falam de nós e
das nossas vidas, tentando desmistificar o preconceito de que a literatura é algo estranho,
desinteressante ou complicado. Esta ideia orientará o desenvolvimento das sessões.
Em cada sessão deverão ser privilegiados métodos interactivos, com a clarificação e partilha
dos objectivos, bem como a negociação das metodologias para a sua concretização. Por outro lado
dever-se-á promover o auto e hetero conhecimento dos alunos. Será dada uma atenção especial à
leitura em voz alta, solitária e criativa e, informalmente, serão discutidas as temáticas. Também se
prevê a expressão dramática com base em leitura e interpretação de poemas ou pequenos textos em
prosa.
O Clube de Leitura é fundamentalmente um clube de ler. Os participantes serão sempre
convidados a apresentarem ao grupo os textos de que mais gostam, sem revelarem desfechos ou
conclusões. Finalmente, as actividades apontarão para que cada leitor se torne também autor, estando
previstas actividades de escrita criativa com base nos textos abordados.
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 44
OBJECTIVO FINAL: O LANCHE LITERÁRIO
A criação do Clube de Leitura culminará no final de cada período com um lanche literário, na
sala da Biblioteca, para apresentar à Escola, à família e outros convidados os trabalhos realizados ao
longo do funcionamento do clube, constituindo também uma forma de socialização do trabalho feito e
dos conhecimentos adquiridos.
O lanche literário será o momento de socialização das actividades do Clube de Leitura,
nomeadamente, das dramatizações, dos textos produzidos, dos debates ocorridos. A sua organização
será também uma ocasião de avaliação em grupo das competências e atitudes desenvolvidas.
Encontros Inter geracionais
Através de encontros bimestrais e troca de correspondência mensal entre a nossa Escola e Lares
de Terceira Idade e Centros de Dia e utilizando a literatura e as representações como eixo condutor da
acção, pretendemos estimular o convívio, a aprendizagem, a partilha e a comunicação intergeracional
através do intercâmbio de vivências e experiências para assim contribuirmos para a desmistificação do
preconceito relativo ao envelhecimento.
No final do projecto “VELHOS SÃO OS TRAPOS”, que tem a duração média de um ano,
pretende-se a elaboração de uma exposição aberta ao público dos trabalhos realizados, visando desta
forma tornar conhecido o trabalho, valorizando a acção e criação do próprio grupo.
Encontros Inter Escolas
Decorrerá durante o ano lectivo 2009/2010 em parceria com as EB1/PE de São Filipe, EB1/PE
do Palheiro Ferreiro e EB1/PE do Faial.
Dirigido especialmente aos alunos destas Escolas, o projecto Inter Escolas: “ TU E EU
SOMOS UM” assumiu como seus principais objectivos a promoção de um maior contacto e troca de
experiências entre estes estabelecimentos de ensino, assim como dar a conhecer o trabalho por eles
efectuado a toda a Comunidade.
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 45
Jornal Escolar
O Jornal Escolar RIBEIRINHO - O MAGO DAS LETRAS é um bom espaço para reflectir e
divulgar a dinâmica cultural da Escola. Tendo como lema “o jornal é de todos e para todos”, através
dele serão dadas trimestralmente notícias dos trabalhos realizados e os resultados da participação dos
diversos intervenientes do Projecto Educativo e do Plano de Actividades da Escola, especialmente dos
alunos.
Projecto Liga-te
Quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) foi criada, pouco após o fim da Segunda
Guerra Mundial, havia uma preocupação em traçar uma definição positiva de saúde, que incluiria
factores como alimentação, actividade física, acesso ao sistema de saúde, etc. A OMS foi a primeira
organização internacional de saúde a considerar-se responsável pela saúde mental, e não apenas pela
saúde do corpo.
Definir a saúde como um estado de completo bem-estar faz com que a saúde seja algo ideal, mas seja
também um constante desafio!
O desafio da procura da saúde vai-se mantendo constante e para todos nós que trabalhamos em
educação é também permanente a necessidade de adaptação às condições do meio e às modificações
sócio-económico-culturais, entre outras.
Tendo em conta estas premissas, no âmbito do Projecto Liga-te, foram estipulados , pela Sede, os
seguintes objectivos gerais:
- facilitar a cooperação e dinamismo desenvolvendo a auto-estima de todos os envolvidos e
estimulando o sentido de pertença a um grupo;
- proporcionar às crianças, a possibilidade de adquirirem conhecimentos e desenvolverem
comportamentos de autonomia, responsabilidade e sentido crítico na procura da sua saúde;
- criar momentos que possibilitem a vivência saudável de sentimentos de prazer, emoção e risco
controlado.
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 47
10- AVALIAÇÃO
As aprendizagens dos alunos terão de ser avaliadas em função das competências previstas no
Projecto Curricular de Turma. Todo o processo de avaliação da aprendizagem dos alunos, tem de ser
contínuo e sistemático com recurso a diversos instrumentos de avaliação por parte do professor e dos
alunos, para conhecimento das dificuldades, se as houver, para que as possa resolver.
A avaliação é um instrumento que está integrado no Projecto Curricular de Turma para a promoção
de mais e melhores aprendizagens, de modo que sejam mais significativas.
A avaliação dos alunos é da responsabilidade particular do professor da turma, sendo posta a
consideração do conselho escolar, em reunião, os casos que mereçam atenção especial.
No final do primeiro período, a avaliação pode conduzir a uma eventual reformulação do Projecto
Curricular de Turma e à realização de planos de recuperação, aos alunos que deles necessitem.
A avaliação deverá ser: individualizada (centrando-se na evolução de cada aluno, na sua avaliação
inicial e características individuais); integradora (contemplando diferentes grupos, níveis e ritmos de
aprendizagem); qualitativa e quantitativa (a avaliação será quantitativa de forma a uniformizar o
processo de avaliação de toda a escola, sendo traduzida posteriormente em qualitativa) orientadora
(informando o aluno do que necessita para melhorar a sua aprendizagem e adquirir métodos
apropriados); formativa (considerando a aprendizagem como um processo com diferentes momentos e
fases), reguladora e sumativa.
Critérios Gerais de Avaliação
Avaliação Qualitativa Avaliação Quantitativa
Não Satisfaz 0% - 39%
Satisfaz Pouco 40% - 54%
Satisfaz 55% - 69%
Satisfaz Bem 70% - 89%
Satisfaz Muito Bem 90% - 100%
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 48
10.1 – Critérios Gerais de Avaliação
“Saber e saber fazer” – 70%
SMB SB S SP NS
Tem intervenções oportunas e pertinentes
5%
Intervém de forma oportuna e pertinente
5%
Intervém Oportunamente 4%
Intervém 3% Intervém
inoportunamente 2% Não intervém 1%
Dá respostas adequadas 10%
Dá sempre respostas adequadas 9-10%
Dá respostas adequadas a maior parte das vezes
7-8%
Dá respostas adequadas 5-6%
Nem sempre responde adequadamente 3-4%
Não dá respostas 1-2%
Eficiência na aquisição de
conhecimentos
25% Resolve problemas
10%
Resolve com muita facilidade, recorrendo
a estratégias diversificadas 9-10%
Resolve com facilidade, recorrendo a estratégias
diversificadas 7-8%
Resolve com relativa correcção
5-6%
Resolve com ajuda 3-4%
Não resolve 1-2%
Questiona a realidade 5%
Questiona a realidade revelando o espírito
crítico 5%
Questiona a realidade 4%
Questiona a realidade com
alguma orientação 3%
Nem sempre questiona a realidade
2%
Não questiona a realidade
1%
Procura de soluções 5%
Manifesta criatividade na procura de soluções 5%
Procura soluções 4%
Procura soluções com alguma
orientação 3%
Procura soluções com ajuda 2%
Não procura soluções 1%
Pesquisa informação 5%
Pesquisa voluntariamente 5%
Pesquisa depois de solicitado
4%
Pesquisa com alguma orientação
3%
Pesquisa com ajuda 2%
Não pesquisa 1%
Capacidade de Investigação
20%
Selecciona informação 5%
Selecciona com muita facilidade 5%
Selecciona com facilidade 4%
Selecciona com alguma orientação
3%
Nem sempre selecciona, mesmo
com ajuda 2%
Não selecciona 1%
Revela originalidade e correcção nas respostas
10% Revela sempre 5%
Revela muito 4%
Revela 3% Revela pouco 2% Não revela 1% Consistência nos
conhecimentos 25%
Aplica originalidade a novas situações
15%
Aplica com muita facilidade 13-15%
Aplica com facilidade 10-12%
Aplica com orientação 7-9%
Aplica com ajuda 4-6%
Não aplica 1-3%
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 49
“Saber e Saber Estar” – 30%
Em anexo, Critérios de Avaliação por área / ano de escolaridade
SMB SB S SP NS
Pontualidade (nº de vezes que chegou
atrasado no período) 2%
É sempre pontual 2%
É pontual 2%
Normalmente é pontual
1%
Raramente é pontual
1%
Nunca é pontual 0% Assiduidade e
pontualidade 5%
Assiduidade (Nº de vezes em que
faltou) 3%
Nunca falta (0) 3%
Raramente falta (1-3) 3%
Normalmente é assíduo (4-6)
2%
É pouco assíduo (7-9) 1%
Não é assíduo (mais de 10)
0%
Interesse pelas actividades
propostas 5%
Revela sempre 5%
Revela muito 4%
Revela 3%
Revela pouco 2%
Não revela 1%
Persistência na realização de tarefas 5%
Revela sempre 5%
Revela muito 4%
Revela 3%
Revela pouco 2%
Não revela 1%
Cumprimento / Realização das
tarefas propostas 15%
Cooperação com os outros 5%
Coopera sempre 5%
Coopera muito 4%
Coopera 3%
Coopera pouco 2%
Não coopera 1%
Cumprimento de regras /
comportamento 10%
Comportamento adequado na escola
10%
Sempre 9-10%
Muito adequado 7-8%
Adequado 5-6%
Pouco adequado 3-4%
Inadequado 1-2%
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 50
10.2 - Competências Transversais a serem avaliadas:
- Domínio da língua portuguesa (oral e escrita);
- Utilização/aplicação das aprendizagens em diferentes contextos;
- Capacidade de análise;
- Capacidade de raciocínio;
- Hábitos de trabalho;
- Autonomia;
- Interacção social/relacionamento interpessoal;
- Comportamento.
10.3 - Auto-Avaliação
A auto-avaliação pretende verificar a capacidade de análise do aluno em relação às suas atitudes e
aprendizagens e ao longo de cada período, com especial relevo no final do ano lectivo. Os alunos do 3º
e 4º ano realizam a auto-avaliação no final de cada período, ficando arquivados no PIA.
Indicadores:
- Relacionamento interpessoal;
- Cumprimento de regras;
- Atitudes face à escola;
- Desenvolvimento das aprendizagens;
- Empenho nas actividades escolares.
10.4 - Modalidades de Avaliação
Diagnóstica, fornece informação acerca do ponto de partida de cada aluno (os seus conhecimentos
e características pessoais) de forma a determinar o perfil de turma e permitir a diferenciação
pedagógica. É importante para o despiste de situações, onde o professor irá arranjar estratégias de
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 51
diferenciação consoante o ritmo de aprendizagem de cada aluno para que deste modo os alunos se
possam integrar no seu grupo de trabalho. Realiza-se no início de cada ano lectivo e se necessário
realizar-se-á no decorrer do ano lectivo.
Formativa, permite uma visão das dificuldades e progressão de cada aluno ao longo do ano. É
dominante pois permite regular e melhorar a aprendizagem contínua e sistemática onde serão
utilizados vários instrumentos de avaliação. Servirá para reajustar a prática pedagógica e adequação de
novas propostas.
Sumativa, consiste na avaliação por parte do professor das competências adquiridas pelos alunos,
nos seus atributos. Ocorre no final de cada período, ano lectivo e final de ciclo e consiste num balanço
ou juízo globalizante das aprendizagens das crianças.
10.5 - Processos e Instrumentos de Avaliação
Para que a avaliação se revista do maior rigor e precisão, e se insira nos princípios de justiça, ela
deverá ser implementada a mais diversificada possível, de modos e instrumentos de avaliação, os quais
deverão estar de acordo com a natureza das aprendizagens e os contextos espácio-temporais em que
elas ocorrem.
Assim, os instrumentos que servirão de apoio à avaliação são:
- Intervenções orais e escritas em contexto de aula;
- Trabalhos individuais ou em grupo;
- Trabalhos de casa;
- Registo de observação (fichas/grelhas, etc.);
- Aplicação de testes escritos (perguntas abertas, fechadas, desenvolvimento de um tema, resolução
de exercícios.);
- Aplicação de questionários orais;
- Observação directa;
- Auto e hetero-avaliação;
- Desempenho motor.
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 52
Nesta sequência, o Conselho Escolar aprovou a seguinte terminologia a utilizar nos testes e outros
trabalhos passíveis de avaliação sumativa e/ou formativa., bem como a sua correspondência a uma
avaliação quantitativa.
Numa perspectiva de uniformização de procedimentos quanto à avaliação, esta terminologia deverá
ser aplicada com rigor.
Os alunos deverão ser informados sobre a correspondência entre a avaliação qualitativa e
quantitativa. No entanto, não devem constar nos elementos de avaliação (testes, etc.) quaisquer
informações de carácter quantitativo. Estes devem ficar apenas na posse do professor, uma vez que se
refere apenas a uma parte da avaliação.
10.6 - Retenções
O Aluno deverá ficar retido se considerar que não atingiu os níveis de desempenho das
competências essenciais anteriormente definidos para o ano de escolaridade em questão.
Em situações de retenção deverá acompanhar a turma excepto se:
- A sua baixa realização estiver associada a falta de assiduidade, não existindo vínculo afectivo
ao grupo (turma) e ao professor.
- Sob proposta fundamentada do professor titular de turma, ouvidos (sempre que possível) o
professor da turma que ria receber o aluno, com parecer favorável do Conselho Escolar.
Critérios que poderão ser considerados na Passagem/Retenção dos alunos
- Aproveitamento positivo na maioria das áreas (nomeadamente em Língua Portuguesa e Matemática);
- Atenção, interesse e empenho demonstrados pelo aluno nas actividades lectivas;
- Adequação do desenvolvimento psicológico, sócio-afectivo e moral do aluno à sua idade (relação
com os colegas, professores e funcionários da escola; interesses; autonomia; receptividade; abertura;
perseverança; consciência cívica e moral);
- Nível de participação (empenho) na Área de Projecto;
- Assiduidade e pontualidade;
- Níveis de iniciativa, comunicação e criatividade de acordo com a idade;
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 53
- Progresso realizado;
- Idade cronológica do aluno, no caso de ser superior à idade normal de frequência.
Outros critérios
Empenhamento; iniciativa; responsabilidade; cooperação; autonomia; organização;
criatividade; recolha de informações; desempenho; desenvolvimento pessoal e social dos alunos;
interligação de saberes; avaliação contínua e sistemática; auto - avaliação; fichas de avaliação.
10.6.1 - Segunda retenção
Para tomada de decisão de uma segunda retenção no mesmo ano de escolaridade, deverão ser
envolvidos para além do professor da turma, o Conselho Escolar e o Encarregado de Educação do
aluno.
Prevêem-se as seguintes situações:
1) Alunos com Programa Educativo Individual que apresentem níveis e ritmos de realização
próprios, não conseguindo num ano lectivo, alcançar as competências essenciais necessárias à sua
socialização e escolarização para dessa forma transitar de ano;
Para cada aluno, será referenciado no Programa Educativo todas as competências que à partida, o
aluno poderá adquirir, assim como as condições especiais de frequência e progressão no 1º Ciclo.
2) Alunos com dificuldades de aprendizagem:
A segunda retenção deverá ocorrer quando se verificar que foram tomadas medidas e estratégias
específicas para o aluno em questão e se continue a verificar que o aluno não consegue adquirir níveis
de realização médios, dentro das competências essenciais do ano em que está inserido. Nestes casos,
sugere-se também a avaliação pedagógica pelos professores dos Apoios Educativos e o possível
encaminhamento para os serviços de Ensino Especializado.
3) Situações excepcionais:
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 54
� Alunos vindos de outras culturas/línguas com idade avançada e sem competências referentes ao
ano de escolaridade em que estão integrados, poderão beneficiar de condições especiais de
frequência e progressão que serão expressas no Projecto Curricular de Turma onde se
encontram inseridos;
� Alunos que revelem uma situação sistemática de abandono que se repete ao longo de vários
anos lectivos;
� Os alunos poderão ficar retidos sempre que ultrapassado o limite de falta sem justificação,
independentemente do número de retenções que já possua.
Divulgação O processo de avaliação deverá ser divulgado da seguinte forma:
- Os critérios gerais de avaliação são divulgados na primeira reunião geral de pais;
- Nas reuniões de encarregados de educação ao longo do ano lectivo;
- No atendimento individual aos encarregados de educação;
- No registo de avaliação trimestral.
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 55
11 - PROJECTO CURRICULAR DE TURMA
Definidas as opções globais de escola, quer através da carga horária atribuída a cada disciplina,
quer através dos caminhos apontados nas áreas curriculares não disciplinares e listadas as
possibilidades de oferta não curricular, competirá ao Professor Titular de Turma em articulação com os
outros intervenientes no processo de aprendizagem e procurar estabelecer os caminhos a percorrer para
o desenvolvimento das aprendizagens e competências definidas para cada área curricular e disciplinar,
em articulação com o perfil do aluno do Ensino Básico, com o projecto educativo da escola e com este
projecto curricular.
O PCT, que tem como referencia o PCE, deve ser definido de modo a corresponder às
particularidades de cada turma e a permitir a transversalidade das aprendizagens.
A concretização do PCT exige a adequação e a diferenciação pedagógica segundo o perfil da
turma que só se realizará eficazmente se o conselho de turma/ professor titular proceder à
caracterização da turma e à avaliação das aprendizagens adquiridas.
11.1 – Guião
Os diversos projectos curriculares de turma deverão:
- Estabelecer-se as competências gerais a privilegiar;
- Definir-se metodologias adequadas às características da turma;
- Planificar as áreas curriculares disciplinares e não disciplinares;
- Identificar alunos com características especiais e definir estratégias individuais;
- Explicitar os critérios de avaliação (o que avaliar e como avaliar).
O projecto curricular de turma deverá ser permanentemente avaliado em conselho de turma
com vista à sua adequação, devendo este reunir ordinariamente uma vez por mês na componente não
lectiva.
O projecto curricular de turma deverá seguir os seguintes parâmetros:
1. Introdução
� Enquadramento legal (DL n.º 6/2001 de 18 de Janeiro)
� Objectivo
2. Caracterização da Turma
� Horário
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 56
� Professores (constituição do conselho de docentes)
� Constituição (lista nominal e mapa fotográfico)
� Dados dos alunos
� Número de alunos
� Morada
� Encarregados de Educação
� Contactos telefónicos
� Informações – Alunos
� Idade a 15/09/2008
� Alunos que frequentaram o Pré-escolar
� Alunos que beneficiam de Acção Social Escolar
� Retenções (anos de escolaridade)
� Transporte casa ↔ escola
� Tempo casa ↔ escola
� Actividades extra-escola
� Problemas de saúde
� Expectativas em relação à escola
� Informações – Encarregados de Educação
� Representante dos Encarregados de Educação
� Composição do agregado familiar
� Idade dos pais
� Habilitações escolares dos pais
� Profissão dos pais
� Parentesco do Encarregado de Educação
� Número de irmãos
� Número de irmãos a frequentar a escola
� Outras informações
� Parcerias estabelecidas com a Comunidade
� Intervenção dos Encarregados de Educação
� Contactos com os Encarregados de Educação
� Luso-descendentes (Estrangeiros)
� Educação Especial
� Situações Especiais ocorridas na turma
� Intervenção Disciplinar
� Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco da Ribeira
Brava
� Segurança Social da Ribeira Brava
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 57
3. Definição de uma estratégia global para a turma
� Matrizes curriculares e planificações
� Potencialidades da turma a optimizar
� Problemas reais da turma a minimizar
� Estratégias de acção (no sentido de combater os problemas reais detectados /
estimular as potencialidades)
� Competências gerais a privilegiar
� Operacionalização transversal
� Critérios de avaliação
4. Áreas curriculares não disciplinares
� Estudo Acompanhado
� Formação Cívica
� Área de Projecto
5. Projectos e actividades complementares à sala de aula
� Visitas de estudo
� Actividades diversas (concursos, jogos, …)
� Desporto Escolar / Jogos Especiais
� EDU/LE
� Intercâmbios com outras escolas
� …
6. Avaliação
� Avaliação global dos alunos (pautas, grelhas, sínteses,…)
� Apreciação global do Projecto Curricular de Turma
� 1.º período lectivo
� 2.º período lectivo
� 3.º período lectivo
7. Conclusão
� Síntese da caracterização da criança (conhecimentos; socialização; autonomia;
linguagem e comunicação; integração, …)
� Sugestões/recomendações para o próximo ano lectivo [Apoios, Percursos Curriculares
Alternativos (4.º ano), Mudanças de Turma, Composição da Turma, Situações
particulares (potencialidades de alguns alunos, maiores dificuldades, êxito ou não dos
Planos de Recuperação / Acompanhamento), …]
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 58
� Casos de extrema relevância para o próximo ano lectivo (Educação Especial,
Acompanhamento de Crianças e Jovens em Risco, Apoios Técnicos, …)
� Conteúdos programáticos não leccionados por área
� Planos de Recuperação / Acompanhamento / Desenvolvimento
� …
11.2 – Avaliação
A avaliação do Projecto Curricular de Turma decorrerá da avaliação das aprendizagens, no
âmbito disciplinar e não disciplinar, realizada pelo professor titular de turma, cabendo a este a
responsabilidade de formular critérios de avaliação de acordo com a especificidade da turma, tendo
sempre por base os critérios de avaliação definidos pelo Conselho Escolar no Projecto Curricular de
Escola.
Com base na avaliação sumativa, o professor titular, em articulação com o conselho de docentes,
reanalisa o PCT, com vista à introdução de eventuais reajustamentos ou apresentação de propostas
para o ano lectivo seguinte.
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 59
12 - PLANO ANUAL DE ACTIVIDADES
O Plano Anual de Escola e os Projectos Curriculares de Turma serão os instrumentos para a
concretização do Projecto Curricular de Escola. Estes deverão articular as prioridades definidas de
acordo com as especificidades das turmas, articulando todos os saberes para que as diferentes áreas
curriculares se cruzem permanentemente e formem um todo.
Para que tal seja possível, a escola desenvolverá actividades que possam dar resposta aos
problemas diagnosticados e às prioridades definidas.
Orientações gerais para as actividades do P.A.E:
� Estabelecer o convívio entre a comunidade escolar e a comunidade local;
� Manter as tradições locais promovendo a convivência e a partilha;
� Aprender a respeitar e a valorizar o trabalho dos outros;
� Estabelecer o convívio entre alunos de várias turmas;
� Desenvolver nos alunos atitudes de auto-estima, respeito mútuo e regras de convivência, que
contribuem para a sua educação como cidadãos tolerantes, autónomos, organizados e
civicamente responsáveis;
� Desenvolver acções, instituir práticas que promovam o bom relacionamento entre todos os
intervenientes no processo educativo;
� Reflectir sobre atitudes, valores com o objectivo de melhorar atitudes/acções;
� Complementar todo o trabalho realizado de forma a contribuir para a construção de identidade
e o desenvolvimento da consciência dos alunos.
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 60
12.1 Quadro Resumo – Plano Anual de Escola - Ribeiro Domingos Dias 09-10
Actividade Calendarização Responsáveis (Projecto e Relatório)
Pão – Por – Deus
Halloween
De 19 a 30 de Outubro Educadoras Alda
Carvalho e Ana Rebola
São Martinho De 2 a 11 de Novembro Educadoras Zita Spínola
e Isabel Garcês
Natal
Reis
Santo Amaro
De 7 de Dezembro a 15 de
Janeiro
Professoras Ana
Marques e Alice Alves
Carnaval De 8 a 17 de Fevereiro Professoras Irene
Banganho e Sara
Ribeiro
Dia do Pai De 15 a 19 de Março Professoras São Ferreira
e Sónia Ferreira
Dia Mundial da Árvore Fevereiro, Março e Abril Professora Ana Costa e
Maria João
Páscoa De 22 a 26 de Março Professores António
Girão e Rui Vieira
Dia da Mãe De 26 de Abril a 3 de Maio Professores Marisa
Correia e Joel Dimitri
Dia da Criança De 31 de Maio a 4 de Junho Professores Manuela
Silva e Pedro
Lameirinhas
Festa de Encerramento De 21 de Junho a 25 de Junho Professores Alberto,
Elisabete e Marcelina
Outros A agendar Dependendo dos
projectos e propostas a
apresentar e
oportunidade das
mesmas.
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 61
12.2 - Avaliação
A avaliação do Plano Anual de Actividades é feita periodicamente, tendo por base o projecto de
cada actividade e a avaliação das actividades efectuadas pelos alunos e pelos promotores das mesmas,
tendo em conta:
� A concretização dos objectivos;
� O enquadramento do Projecto Educativo;
� O interesse na continuidade
13- FORMAÇÃO DE PESSOAL DOCENTE E NÃO DOCENTE
Considerando que este é um tópico fundamental para o sucesso profissional dos intervenientes
no processo educativo, a formação será de fulcral importância para que se atinjam os objectivos
definidos neste projecto.
Assim sendo, a direcção escolar facilitará e incentivará a participação de docentes e de não
docentes em acções de formação, que estes considerem pertinentes para aperfeiçoarem o exercício das
suas funções.
EB1/PE Ribeiro Domingos Dias 62
14- AVALIAÇÃO DO PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA
A supervisão do projecto será da responsabilidade da Director da Escola e dos professores do
Conselho Escolar.
Ao Conselho Escolar competirá a articulação entre todos os intervenientes no desenvolvimento
do Projecto, bem como a elaboração de instrumentos de acompanhamento e avaliação deste.
Toda a prática educativa implica avaliação. É a avaliação que vai determinar o grau de
consecução do projecto. Feito o diagnóstico da situação, definidas as prioridades, as aprendizagens a
adquirir e as estratégias e procedimentos a adoptar, há que avaliar todo o processo, na sua globalidade.
Este P.C.E. tem a duração provável de quatro anos. O Conselho Escolar fará a avaliação deste
P.C.E. no final de cada ano lectivo.
Analisará:
� O envolvimento no projecto de todos os elementos da Comunidade Educativa;
� O desenvolvimento de situações de aprendizagem;
� O sucesso escolar;
� O desempenho nas actividades curriculares e as de Enriquecimento Curricular;
� Apoios Educativos;
� As novas áreas não disciplinares; verificando se estas contribuíram para a evolução e
melhoria das competências dos alunos.
Trimestralmente, os professores farão uma reflexão sobre as dificuldades surgidas, as situações
não previstas, a eficácia das metodologias de ensino utilizadas e a organização das actividades. Desta
reflexão, poderão surgir reformulações.
No final do ano lectivo, será realizada uma avaliação deste projecto, tendo por objectivo
introduzir as melhorias e adequações que se considerem necessárias.
Finalmente, o Conselho Escolar tomará a decisão no que concerne a modificações a introduzir.
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