DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DA
AMERICA LATINA E O CARIBE
CSA, São Paulo, 18 de março de 2014
Carlos Mussi CEPAL
Onde estão hoje a América Latina e o Caribe?
• Aprendendo do passado
– Mais resilientes em termos macroeconômicos
– Progredindo em termos sociais
– Ainda necessitando construir resiliência social
• Com economias desacelerando entre 2010 e 2013
• Uma agenda requer enfrentar dívidas históricas e recentes e fechar brechas produtivas e sociais: • Má distribuição da renda
• Crescente heterogeneidade produtiva
• Baixo investimento e pouca poupança
• Segmentação laboral e da proteção social
• Discriminação racial, étnica e de gênero
• Vulnerabilidades externas ainda ameaçam
• Vulnerabilidades assimétricas à mudança climática
Uma licão importante: na crise da dívida, a recuperação dos niveis básicos de bem estar tomou o dobro de anos da recuperação do PIB
AMÉRICA LATINA E CARIBE: COMPARAÇÃO ENTRE PIB PER CAPITA E INCIDÊNCiA DA POBREZA (1980-2008)
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Incid
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de la
po
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PIB per cápita
Pobreza
Recuperación en el nivel de pobreza: 25 años
Recuperación del P IB: 14 años
Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em tabulacoes das pesquisas de domicilios dos respectivos países.
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45,7
43,5
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Taxa d
e p
obre
za
PIB
per
capita
PIB per capita Taxa de pobreza
Recuperação do PIB per capita: 14
Recuperação do nivel de pobreza: 25 anos
AMÉRICA LATINA E CARIBE: AUMENTO DO SALÁRIO MÉDIO REAL E VARIAÇÃO DA TAXA DE DESEMPREGO
Fuente: Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL), sobre la base de cifras oficiales.
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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 e/
Sala
rio m
edio
real (Í
ndic
e 2
000 =
100)
Tasas (
en p
orc
enta
jes)
Tasa de desempleo (eje izq.) Salarios medios reales (eje der.)
A região enfrenta esta conjuntura com importantes ativos, mas, também, com significativas debilidades
Ativos • Crescimento econômico, estabilidade macroeconômica, queda do desemprego e
da pobreza • Classe média em expansão • Abundante dotação de recursos naturais:
– um terço da superfície cultivável e das reservas de água doce – 31% da produção mundial de biocombustíveis e 13% da de petróleo – 47% da produção mundial de cobre, 28% da de molibdênio e 23% da de zinco – 48% da produção mundial de soja, 31% da de carne, 23% da de leite e 16% da de
milho – 20% da superfície de bosques naturais e abundante biodiversidade
Debilidades • Estrutura produtiva e exportadora baseada em vantagens comparativas estáticas
mais que em vantagens competitivas dinâmicas • Atrasos em inovação, ciência e tecnologia, educação e infraestrutura • Atrasos em produtividade e grandes brechas entre setores
Desigualdade Gini
15,3 16,4 16,8
7,0 6,3 5,6
11,311,9
4,7
7,212,2
9,7
9,2
11,1
6,8
3,00,8
1,7
36,2
39,8
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18,2
0
5
10
15
20
25
30
35
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45
OCDE (30 países) Unión Europea�
(15 países)
Estados Unidos Sudeste Asiático
(6 países)
África (12 países) América Latina
(19 países)
Carga tributaria directa Carga tributaria indirecta Carga seguridad social
Investimento Em % do PIB
Fiscalidade Em % do PIB
Produtividade Em % do PIB e US$
Principais brechas por fechar
A CEPAL propõe uma agenda de desenvolvimento baseada em sete pilares
1. Política macroeconômica para um desenvolvimento inclusivo visando mitigar a volatilidade, estimular a produtividade e favorecer a inclusão
2. O “cambio estructural” para superar a heterogeneidade estrutural e as brechas de produtividade por meio de mais inovação, maior criação e difusão do conhecimento e apoio às pequenas e médias empresas (PME)
3. Melhorar a integração internacional, diversificando as exportações e aumentando a competitividade
4. Superar as brechas territoriais que afetam as capacidades produtivas, institucionais e de desenvolvimento social e inibem encadeamentos produtivos nacionais
5. Criação de mais e melhor emprego para favorecer a igualdade de oportunidades e a inclusão social
6. Fechar as brechas sociais por meio do aumento sustentado do gasto social e de uma institucionalidade social mais sólida
7. Construir pactos sociais e fiscais e o novo papel do Estado
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