UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O FRACASSO ESCOLAR VISTO ATRAVÉS DO CONTEXTO SOCIAL DA ESCOLA
MOIZES GENERINO DA SILVA
ORIENTADORA:
PROFª PRISCILA BARCELLOS
RECIFE – PE JULHO / 2009
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O FRACASSO ESCOLAR VISTO ATRAVÉS DO CONTEXTO SOCIAL DA ESCOLA
MOIZES GENERINO DA SILVA .
RECIFE – PE JULHO / 2009
Monografia apresentada no curso de Especialização em Psicopedagogia na Universidade Cândido Mendes. Como requisito para obtenção do Título de Especialista em Psicopedagogia
DEDICATÓRIA Qualquer coisa quando é feia com sabedoria, sentimos a presença de Deus,
por este motivo se torna real nossas lutas e conquistas e o nosso mundo se
enche de amor, liberdade, igualdade, justiça e fraternidade. Tudo isso só
chegará a ser verdade quando as pessoas tornarem a educação como ponto
primordial à vida do ser humano.
Dedicamos este estudo àqueles que foram objetos de nosso trabalho e aqueles
que um dia podem vir a ser o futuro dessa nação: a classe estudantil.
A todos que apesar das dificuldades conseguem ser diferentes e mostrar ao
mundo que são capazes de quebrar paradigmas estabelecidos por uma
sociedade preconceituosa, hipócrita e que não quer enxergar nossos
horizontes.
A eles nossa admiração.
A DEUS, sabedoria absoluta, inspirador maior, que nos deu força de vontade e
perseverança para chegarmos aqui.
AGRADECIMENTOS A DEUS toda glória, honra e louvor, por que só ELE nos capacita e nos
dar a inteligência para realizar grandes obras. ELE é tudo e sem nada
podemos fazer.
A todos aqueles que de uma forma ou de outra, colaboraram para
realização deste trabalho, meus sinceros agradecimentos.
Ao meu amigo Anderson Santana, que sempre está ao meu lado dando
apoio e incentivo para o meu crescimento acadêmico.
A nossa orientadora professora Priscila, por sua dedicação,
compreensão e carinho na elaboração deste trabalho, meus sinceros
agradecimentos.
RESUMO
Este trabalho monográfico teve como principal objetivo refletir sobre a
prática docente enquanto professor educador, em especial no que diz respeito
a relação professor-aluno, que interfere no sucesso ou no insucesso escolar.
Essa reflexão através de textos teóricos consiste nas mudanças em nossas
atitudes e/ou comportamentos em relação ao trabalho direto com o aluno. Na
sua estrutura é composto por capítulos, conteúdo e parte teórica que busca
introduzir o leitor a complexidade do fenômeno de fracasso escolar no interior
da escola. Num segundo momento, aborda o rosto do fracasso escolar e do
sucesso escolar dentro da sociedade, sem, contudo perder de vista a relação
intrínseca que acerca da abordagem feitas nos capítulos subseqüentes.
Usamos como estratégias metodológicas, observações em sala de aula,
aplicação de questionamento junto aos professores e leituras diárias de autores
interessado no assunto Fracasso Escolar. A partir dessas leituras foi elaborado
referencial teórico que norteou este trabalho monográfico, que apresenta
descrição e análise de pesquisa de campo. Os resultados desses estudos
mostraram que devemos permanecer em buscas de respostas, uma vez que,
estes estudos nos deram subsídios para novos pesquisadores continuar em
busca de soluções ou de pelo menos amenizar esse problema cruciante na
educação. Os estudos iniciados, permitiram-nos uma reflexão à nossa própria
prática de ensino, de maneira que nos norteará nas decisões de uma proposta
pedagógica séria e coerente com a nossa visão de mundo diferente da
adquirida anteriormente. Expõe e analisa o resultado da pesquisa numa
abordagem institucional do fracasso como instituição, seus valores, métodos e
didática.
Palavras-chave: aprendizagem, fracasso escolar, estímulo
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................07
CAPÍTULO I.......................................................................................................08
A Escola Inserida na Sociedade e a Função Social..........................................08
CAPÍTULO II......................................................................................................11
Analisando o Fracasso Escolar.........................................................................11
2.1 Fatores intra-escolar
2.2 Diferenças culturais e/ou sociais
2.3 Fator afetivo-emocional
CAPÍTULO III.....................................................................................................16
Buscando o Sucesso Escolar: Um olhar da Escola...........................................16
CAPÍTULO IV.....................................................................................................19
Materiais e Métodos...........................................................................................19
CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................23
BIBIOGRÁFIA....................................................................................................25
APÊNDICES......................................................................................................27
INTRODUÇÃO A auto-estima envolve a auto-eficiência e auto-respeito, que decorrem
de tudo que nos provoque insegurança. Assim a escola deverá ser um
ambiente estimulador onde todos deverão ser tratados com atenção, carinho,
justiça e respeito. A falta de incentivo e estímulo tem feito com que muitos
garotinhos, desistam e fracassem no seu contexto escolar, pois, situações
como estas abalam a nossa auto-estima.
É importante ressaltar, que segundo vários estudiosos desse assunto,
quando a aprendizagem se torna uma experiência dolorosa, ocorre um
bloqueio emocional. Todavia, desbloquear essas emoções negativas no aluno,
é tarefa do professor, emoção que pode se agravar criando aversão à escola.
Onde, o professor tem a tarefa de fortalecer a auto-estima e propiciar ao aluno,
o alcance do sucesso nas atividades escolares.
O presente trabalho, destaca um dos mais complexos problemas da
educação brasileira: O Fracasso Escolar, que se torna “doença” no sistema
educacional, pois, dentre os muitos prejuízos subjazem, alguns que nem
sempre são discutidos com maior clareza. Nesse caso, Analisando os dados
que se referem ao fracasso na E.M. Pres. Tancredo Neves.
Tomando conhecimento dos números que nos mostram a evasão,
reprovação e repetência desta escola, chega-se aos resultados aqui relatados:
no ano 2002, foram matriculados 915 alunos, onde dentre esses alunos, 659
foram aprovados, 173 evadidos, 64 reprovados, conforme mostra a tabela,
cujos dados foram fornecidos pela estatística do censo escolar 2003, da
referida escola.
Focalizando nossa análise nesses números, podemos constatar quão
gritantes é a necessidades de se avaliar essas questões ligadas ao fracasso
escolar, na tentativa de encontrar respostas que proporcionem uma reflexão
sobre a questão ora discutida.
CAPÍTULO I A ESCOLA INSERIDA NA SOCIEDADE E A FUNÇÃO SOCIOAL
A escola é uma instituição, um tipo de sociedade organizada, com
intenções pré-elaboradas. Analisando a educação praticada em nossas
escolas, vemos que existem falhas no processo educativo, falhas essas que
começam com professores em sala de aula, sem uma formação acadêmica
adequada, prédios sem estrutura física para funcionar. A educação não é só
um fato social, mas é também fator de ordem consciente, onde determina as
possibilidades da educação com quantidade e qualidade.
A educação escolar é compreendida como forma de reproduzir o modo
de ser do educando e a sua concepção de mundo, através de trocas de
experiências, de conhecimentos medidos pelo professor educador. Logo, surge
a preocupação: Quem é esse professor educador? Acreditamos ser alguém
com crenças formadas, valores e ética profissional.
Baseada nas palavras de Gadotti (1996), a sociedade contemporânea
foi instituída a base da posse organizada do conhecimento, dividida em: os que
sabem e os que não sabem. Com essa estrutura de sociedade, os que sabem,
é os que podem falar, agir, tomar decisões, interferir dirigir e opinar sobre a
vida social; por outro lado, os que não possuem o saber, não terão o poder de
liderar, uma vez que “os donos do saber” detêm o controle do processo
educacional e são capazes de impedir a posse dos instrumentos do saber,
chegando a limitar o conhecimento para os que procuram crescer
intelectualmente. Há sempre uma intenção escamoteada, nas idéias dos
“donos do saber".
Desse modo, parece que está muito longe da educação transformar,
reconstruir uma sociedade mais justa, pois, tudo através da educação acontece
morosamente, isto acontece, em virtude de nossa educação ter sido a
princípio, administrada de forma rígida, conservadora e autoritária, que só
pensava numa forma de educação voltada para os interesses da Igreja
Católica. Uma forma de educação de caráter verbalista, retórica, memorística e
repetitiva, que estimulava a competição dos educandos por meio de prêmios e
castigos. A escola é um espaço institucional disputado tanto pela classe
dominante, como pela classe dominada. A primeira, com intenções e interesse
a seu favor, sempre em busca de benefícios próprios, como: organizar uma
escola para qualificar mão de obra, tornando os seus protagonista submisso. A
segunda com intenções de mudar, melhorar de vida também têm seus próprios
interesses em relação à escola. Com interesses apostos, a classe dominante e
a classe dominada, criam conflitos, uma luta de classes dentro da escola, que
por sua vez, atende aos interesses da classe dominante, criando no seu interior
mecanismo de exclusão, que atinge apenas a classe trabalhadora.
Nesta visão de sociedade, segundo GADOTTI – (1996), onde existem
dominados e dominantes, no meio está escola, que por sua vez, atende aos
anseios da classe dominante, rotula os dominados, diferencia a metodologia de
ensino e os conteúdos. O que vem acontecendo no âmbito escolar quando à
prática de ensino de alguns professores, que ensinam em uma escola privada
e em escola pública é a diferenciação no método de trabalho de uma escola
para outra, onde na escola privada ele dá o seu “próprio sangue”, quando
chega na escola pública, dá “qualquer coisa”, depois, a prática desse professor
é colocar a culpa do fracasso escolar no aluno, isentando-se da culpa, mas,
sabemos que em sua maioria, o educador não contribui para o desempenho
escolar desse aluno.
A escola, ainda em sua prática de ensino, não faz a ponte entre o
conhecimento de mundo do aluno e ensino científico, ela prefere esquecer o
social do aluno e só repassar conteúdo. De acordo com estudiosos do assunto,
a prática pedagógica diferenciada, causa má qualidade de ensino, em
conseqüência disto, o aluno é levado ao fracasso escolar.
A atividade docente faz parte do processo educativo, prática essa que
prepara ou não os membros da sociedade para participação na vida social, isso
depende muito da ética profissional do professor. Logo, em decorrência dessa
atividade docente, surge a prática educativa, que por ser uma atividade
humana, é repleta de intenções e necessária a nossa existência.
Diferenciando-se através de sua cultura, seus costumes, cada
sociedade necessita formar seus indivíduos, para seu crescimento intelectual,
desenvolvimento de suas capacidades físicas, econômicas, sócio-educativas e
profissionais, contudo, para uma vida ativa e transformadora. Como diz
Libaneo (1994, 17), “não há sociedade sem prática educativa, nem prática
educativa sem sociedade”, com essas colocações, confirmamos nosso
entendimento que é através da prática educativa do professor que tentaremos
modificar a sociedade nas áreas sócio-econômico-cultual.
A educação sendo concebida de forma intencional, é usada para
suscitar idéias, conhecimentos, valores, atitudes e comportamentos, logo, se
torna impossível uma sociedade como a nossa, com o progresso dos
conhecimentos científicos e técnicos, com a participação efetiva do homem nas
decisões político-educacionais, que a educação escolar, não se dê de forma
intencional.
Nessa concepção de educação, segundo o auto citado, nascem as
desigualdade entre os homens, que retrata para nós a própria desigualdade
pelo lado econômico, onde determina as condições de vida dos indivíduos e
em conseqüência disso, a diferenciação à educação.
Uma educação diferenciada em relação à classe trabalhadora, que
recebe uma educação deficiente, que visa apenas prepará-las para o trabalho
físico e para atitudes conformistas. Com isso, vemos quão grande é a
responsabilidade social do professor e da escola, uma vez que, direciona a
concepção de vida e de sociedade que se que ter.
CAPÍTULO II
ANALIZANDO O FRACASSO ESCOLAR
A escola está inserida na sociedade, dela fazendo parte e tenho a
problemática do fracasso escolar, hoje, discutida a parte de diversos aspectos:
sociais, econômicos, culturais, psicológicos e biológicos. Contudo torna-se
mister dar ênfase ao processo interno da sala de aula, a importância no
relacionamento professor-aluno-conhecimento, na construção do rendimento
satisfatório ou insatisfatório.
Vemos que o erro e a injustiça que se pode cometer ao se culpar o
aluno em qual que caso de insucesso escolar e deixar de analisar cada
situação de maneira mais critica e abrangente , considerando-se a dimensão
política e filosófica da educação, a situação da escola e a responsabilidade do
professor, é professor, é desconhecer todos esses aspectos.
Nesta ótica, Weiss, (1992, 2), afirmar: que “o fracasso escola é uma
resposta insuficiente do aluno a uma exigência ou demanda da escola” .
Olhando por um lado,vemos que a falta de estímulo no processo cognitivo é
resultado também da má qualidade de ensino, que a escola evidencia como
problema exclusivo do aluno para esconder o seu próprio fracasso. A prática da
escola é colocar a culpa do fracasso escolar no aluno, isentando-se da culpa,
mas sabemos que a prática dos educadores em não contribuir para o
desempenho escolarsatisfatório favorece ao fracasso escolar, assim assinala;
Os fatores que causam a dificuldade de dificuldade de aprendizagem
são multi-determinados, ou seja, hã várias causas associadas na visão de
A culpa ainda é, em grande parte, atribuída a problemas individuais dos alunos, haja vista a reação dos professores às questões específicas do ensino, onde predomina o padrão conservador que se utiliza da estratégia de colocar a culpa na vítima pelo próprio fracasso. ( SCOZ, 2001, 7)
Oliveira (2000). Dentre elas agrupamos as mais freqüentes, a partir desse
estudo:
2.1. Fatores intra-escolares
Incluindo aqui, os currículos inadequados, critérios de avaliação,
metodologia, relacionamento professor-aluno.
Na nossa concepção, a escola deve exercer o papel social de inclusão
dos alunos com dificuldades escolares, que na maioria das vezes são oriundos
de baixas camadas populares . Além disso, a escola deve favorecer o
desenvolvimento integral do aluno procurando sempre descobrir e minimizar as
causas do fracasso escolar, que na maioria das vezes, é causada pela prática
pedagógica diferenciada, pois, “má qualidade do ensino provoca um
desestímulo na busca do conhecimento” – Weiss (1992, 4).
O respeito às diferenças individuais favorecem situações de
aprendizagem, também, um bom relacionamento entre professor e aluno, leva
a essa mesma situação, no entanto, se torna um fator de fundamental
importância no processo de ensino e aprendizagem.
A avaliação, também é um fator relevante no processo de aprendizagem, uma
vez que ela incide diretamente no fracasso escolar, pois, esta funciona como
foco de motivação e construção de autoconceito e, é vista como uma vertente
que contribui para a superação do fracasso escolar.
2.2. Diferenças culturais e/ou sociais:
A falta de estímulo e motivação dos alunos de classe sociais menos
favorecidas, tanto econômica quanto cultural, interfere no processo de
aprendizagem, levando o aluno a obter resultados insatisfatórios.
A desigualdade social, na maioria das vezes, é reproduzida no meio
ambiente da sala de aula como forma de justificar o fracasso escolar de alunos
de classes sociais populares, como se observa na afirmação de Scoz (2000, 7),
as desigualdades sociais, dissimuladas sob o véu das supostas pessoas,
colocavam a psicologia em destaque, subsidiando as escolas para justificar o
acesso desigual dos alunos a graus mais avançados. Na verdade, a escola
deverá buscar ações capazes de reverter aos altos índices de fracasso escolar.
2.3. Fator afetivo – emocional:
Na medida em que a escolar rotula suas experiências de fracasso, o
aluno começa a demonstrar inibição, insegurança e desinteresse pela escola,
pois, a baixa autonomia acarreta problemas na aprendizagem e
conseqüentemente na adaptação escolar.
Neste sentido, Fini (2000, 73), nos mostra que “o ensino de má
qualidade, o preconceito e o estigma podem contribuir para que o aluno
apresente rendimento insuficiente e acabe por ser reprovado”.
A autora afirma ainda, “quando as experiências de fracasso se sucedem, pode
ocorrer uma generalização para outras situações: o aluno fracassa em
matemática e pode passar a se considerar incapaz em toda atividade escolar”.
Fini (2000, 74).
A ação docente no cotidiano escolar é um dos eixos transformadores
que poderá fortalecer as concepções dominantes na escola, articuladas ao
processo de seleção e exclusão social.
Na acepção de Esteban (1992, 77), cria-se a ideologia de que os bons
alunos alcançaram as melhores posições sociais, em função de méritos
pessoais. Pela mesma lógica que responsabiliza os que fracassam pelo seu
próprio fracasso, por falta de méritos individuais. Neste caso, segundo a
mesma autora, o fracasso escolar é usado para justificar a hierarquização
social, portanto, é necessário que se redefina o fracasso escolar a partir da
releitura da prática docente no cotidiano da sala de aula, pois assim, como a
ação do professor contribui para o êxito do aluno, também contribui para o
fracasso.
Para Garcia (1992), vários pré-conceitos permeiam o ambiente escolar
quando a escola reproduz a ideologia de dominação do estado, escamoteando
o fracasso escolar, a partir da busca da homogeneidade, naturalidade ou
prontidão que se opõem a heterogeneidade defendida por Vygotsky (apud Cool
et al. 1997), no seu conceito de zona de desenvolvimento proximal, que enfoca
a importância da interação entre os sujeitos. Assim sendo, “a escola não
cumpre o que deveria ser o seu principal papel de permitir a reapropriação
coletiva do conhecimento”. Esteban (1992, 78).
Na obra citada, comenta ainda a este respeito: em geral a escola da ao
“erro”, representação do não saber, a conotação de fracasso. Em face de meta
do acerto, evita-o, negando todo o seu valor pedagógico. O “erro”, marca o
aluno como “aquele que não consegue aprender”, aquele que é estigmatizado,
portanto, ganha o rótulo de incompetente. O “erro” inevitável ao processo de
aprendizagem, torna-se negativo, inviabilizando que a criança vivencie e
expresse seu real processo de aprendizagem e desenvolvimento. Tal visão é
decorrente de impossibilidade de se visualizar o “erro” como parte do processo
de construção de conhecimentos.
Neste contexto, a escola escamoteia o fracasso escolar sobre a égide
do erro, em vez de utilizá-lo como fonte de construção de sucesso do aluno,
que se constitui um grande desafio para o educador, especialmente na escola
pública.
Esteban (1996, 80), observa que: a superação do fracasso escolar
requer um novo paradigma de aprendizagem, desenvolvimento e avaliação que
incorporam a dimensão social da ação escolar. A ruptura com modelo
dominante e a construção de novos paradigmas estão ligados a possibilidade
de um professor identificar a contradição fundamental de problema da não
alfabetização de seus alunos.
É certo que não podemos viver em busca de culpados para o fracasso
escolar, como também, não podemos esbarrar ou recuar diante dos primeiros
obstáculos, mas devemos buscar apoio na ação coletiva, para assim fortalecer
o rendimento escolar satisfatório.
Fini (2001), destaca que o não aprender, ou até mesmo o rendimento
insatisfatório, pode desencadear preconceito responsáveis pela estigmatização
e pela baixa auto-estima. A exemplo disso podemos citar alunos que fracassam
reiteradas vezes, logo, passam a se considerar incapazes.
A prática da repetência escolar não assegura a aprendizagem, pelo
contrário, serve como forte indicador para evasão escolar.
Analisando a repetência como fator desanimador de fracasso, tomemos
como referencial, Torres (2000, 12), “a repetência é a ‘solução’ interna que o
sistema escolar encontrou para lidar com o problema da não aprendizagem ou
má qualidade de tal aprendizagem”. O professor não pode atuar em sala de
aula baseando-se apenas nas suas crenças pedagógicas, teorias implícitas e
idéias. É necessário compreender os processos cognitivos e afetivos para que
aconteçam aprendizagens diferenciadas, isso é possível, através de atividades
mediadoras centradas no aluno.
Ressaltamos que a aprendizagem não depende exclusivamente do
aluno, demanda que a prática didática garanta condições para que essa atitude
favorável se manifeste e prevaleça, para isto, as atividades docentes deveriam
desencadear o sucesso dos alunos. Para tanto, entendemos que a escola na
sua função social deve rever suas posições e proporcionar aos seus
professores a oportunidade da busca desse sucesso.
CAPÍTULO III
BUSCANDO O SUCESSO ESCOLAR: UM OLHAR DA ESCOLA
Concebemos a escola como um tipo da sociedade, com espaço próprio
para se praticar educação sólida, com intenções sócio-político-culturais, de
forma um cidadão crítico.
A escola tem como função, ser democrática, garantindo a entrada e
permanência do aluno no âmbito educacional, com isso incentivar o aluno a
praticar e elaborar projetos para que se obtenha uma educação
transformadora, compreendendo o aluno como sujeito de sua própria história e
construtor dos seus conhecimentos.
Com essa abordagem, vemos que, o que está acontecendo hoje, é a
criança de classe economicamente baixa não conseguindo sucesso escolar,
pois, segundo algumas pesquisas, estas crianças são portadoras de inúmeras
deficiências nas várias áreas do seu desenvolvimento bio-psicosocial, essa
pesquisa só vem contribuir para veiculação de uma imagem negativa da
criança de “classe baixa”.
Acontece que, a criança de classe pobre, vive em cultura diferente, fala
uma linguagem diferente, resolve problemas de forma diferente, mas a escola
não aproveita o social desta criança, não parte desta incógnita para se chegar
a um resultado satisfatório, logo, o que acontece em conseqüência disso, leva
a criança ao fracasso escolar.
As escolas em sua maioria, tratam o aluno como pessoas que nada
sabem, com isso dificultam a sua aprendizagem. Pelo desconhecimento do
processo de aprendizagem, pela própria deficiência da formação acadêmica de
alguns professores, que permanece a descrença, por parte até mesmo destes
professores, na capacidade do aluno de construir seu conhecimento. Em
conseqüência disso, continuam apenas repassando conteúdos e cobrando
memorização dos mesmos nos teste de avaliação.
Existem vários fatores que contribuem para que aconteça o sucesso
escolar, um deles é o fator intra-escolar, uma vez que, na escola se
trabalhando com professores comprometidos, diretores envolvidos no processo
de ensino-aprendizagem,alunos participando da construção do seu próprio
conhecimento e professores confiando na capacidade desses alunos de atingir
os objetivos da aprendizagem, com certeza o sucesso poderá acontecer.
O que ocorre é que na maioria das escolas, os professores por
despreparo acadêmico, desconhecem como a criança aprende, o pior, é que
eles não buscam conhecimentos, não pesquisam para dar as soluções aos
problemas , não se interessam pelo assunto exposto no dia a dia, logo,
permanecem no continuísmo, repassando conteúdo, fingindo que ensina e o
aluno fingindo que aprende.
As escolas em pleno século XXI, em sua maioria, ainda são regidas
aleatoriamente, ou seja, não têm proposta político-pedagógica consistente,
atuante e, as que têm são preparadas por pessoas desvinculadas do contexto
escolar e, o pior, ficam engavetadas, fora do alcance dos que fazem a escola,
principalmente da classe dos docentes.
Após estudos realizados, obtivemos exemplos de escolas que
alcançaram o sucesso escolar, são as chamadas “escolas eficazes”, que
segundo estudos de Purkey, Smith e de Fullan, ficou constatado que nessas
escolas há presença de lideranças por parte da diretória na área pedagógica,
onde, quando o diretor conhece as metodologias, o funcionamento da parte
pedagógica, como se dar o processo de ensino-aprendizagem, se torna um
ponto positivo, pois, com certeza esse diretor irá dirigir a escola no sentido de
alcançar os objetivos de aprendizagem com eficácia, ele passa a acreditar nos
alunos, trabalhar junto aos professores, isso só favorece ao crescimento
intelectual do aluno e em conseqüência disso, uma escola com sucesso.
É necessário o professor estar convicto do sucesso de sua metodologia,
acreditar na capacidade do aluno, só assim, construiremos escolas eficazes,
organizadas em função da aprendizagem do aluno; uma escolar que crie e dê
condições para a ação docente; uma escola que elabore sua proposta
curricular com a participação de todos os interessados, pais, alunos,
professores e diretores, pois, segundo Maia (2000), “a escola em que apenas a
equipe pedagógica controla as decisões sobre o que os alunos terão de
aprender, logo, se torna um ambiente imobilizador”. Com essas colocações,
não podemos permanecer naquela de que uns planejam e outros executam e
os interessados nunca sabem o que e quais os objetivos das propostas
pedagógicas.
Torna-se relevante a participação do aluno à elaboração da proposta
pedagógica, só assim, teremos mais rendimento na aprendizagem do mesmo,
quando trabalhamos em conjunto, com os mesmos interesses e objetivos,
teremos mais chances de responder as necessidades dos alunos e da
sociedade a qual ele está inserido.
Devemos construir coletivamente as perspectivas de atuação, mas para
isso, devemos acreditar na capacidade intelectual dos alunos como um ser
crítico, só assim enfrentaremos e derrotaremos o fracasso escolar. Nossa
concepção de mundo, de aluno, de educação, de qualidade de ensino, deverá
mudar, no sentido de vencermos uma educação de culpar e rotular um aluno
de fracassado.
Partindo da concepção do psicólogo, David Ausubel, onde diz que, “o
fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o
aluno já conhece; descubra-se o que ele sabe e baseie nisso seus
ensinamentos“. Logo, obteremos uma escola de sucesso, se começarmos a
despertar para a capacidade do aluno de aprender, partindo do que ele já sabe.
CAPITULO IV
MATERIAIS E METÓDOS Este estudo foi realizado numa Escola Pública Municipal do Estado da
Pernambuco. Faz-se imprescindível conhecer alguns dados dessa instituição.
Inserida na zona leste e urbana da cidade, fundada em 1948 e autorizada a
funcionar através de Decreto Lei nº 3.501 de 10 de janeiro de 1964.
No ano da pesquisa em 2008, conta com 49 dependências, sendo, 9
salas de aula, biblioteca, diretoria, vice-diretoria, refeitório, secretaria, sala de
professor, arquivo, almoxarifado e outras dependências essenciais ao
funcionamento da escola.
Com 905 alunos matriculados no ensino fundamental, três turnos em
funcionamento e contando com um quadro de 61 funcionários, destes 29 são
professores.
A seleção da amostra foi composta por seis professores, que aceitaram
participar e contribuir para este estudo de fundamental importância para a
própria escola e prática docente dos mesmos. Foi aplicado um questionário.
Os questionários foram respondidos pelos professores e submetidos à
técnica de análise de conteúdo, submetida por Bardim (1997, 42), quando
afirma que esta técnica compreende “um conjunto de técnicas de análises das
comunicações, visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de
descrição dos conteúdos das mensagens, indicadoras (quantitativas ou não),
que permitem a inferência de conhecimentos relativos às condições de
produção”.
Foi obedecido o seguinte procedimento de análise: o corpus do
questionário foi composto por perguntas voltadas para os professores
efetivamente em sala de aula. Entregue os questionários, foi feita uma leitura
breve e uma apresentação dos objetivos da pesquisa com esclarecimentos
sobre o sigilo e o anonimato dos sujeitos. Em seguida permitindo-se que
escrevessem à vontade sem tempo preestabelecido para devolução e que
fossem preenchidos em casa conforme disponibilidade de cada um.
Analisando os questionários respondidos pelos professores e baseado
nos autores lidos, pode-se constatar que todos têm uma concepção de escola
transformadora de conceitos e de cidadãos leigos em cidadãos críticos, pois,
segundo respostas dadas aos questionamentos no 1º momento, eles se
colocaram diante de uma posição de escola, que deverá se organizar em
função da realidade de cada sociedade, afirmando que o desenvolvimento de
ser social, se concretiza pela qualidade educacional.
Libâneo (1998), afirma que “a educação é uma prática social que atua
na configuração da existência humana, individual e grupal, para realizar nos
sujeitos humanos as características de ser humano”. O autor é muito oportuno
nessas colocações, pois, é através da educação que confirmamos a nossa
existência humana, nos diferenciamos dos seres irracionais. Não podemos nos
formar um ser humano sem um conceito ideal de homem,por este motivo, a
educação é um ato intencional.
Na questão nº 2, os professores ao responderem que a “escola pública
oferece ensino gratuito e que facilita o nível de graduação do individuo”,
enganaram-se, pois, sabemos que não é dessa forma, a escola ainda contribui
para o fracasso escolar e reserva vaga para alunos ditos “essenciais”, pois,
segundo Aplle (1989, 58), “as escolas, portanto, são também agentes no
processo de criação e recriação de uma cultura dominante eficaz. Elas
ensinaram normas, valores, disposições e uma cultura, que contribuem para
hegemonia ideológica dos grupos dominantes”.
A escola tem que dar ouvidos a todos e a todos servir, essa será o teste
de flexibilidade, da inteligência dos seus servidores. O professor deve usar a
legenda do filósofo, desconhecido: “nada que é humano me é estranho”. A
Libâneo (1998), “a educação associa-se, pois, a processos de comunicação e interação pelos quais os membros de uma sociedade assimilam saberes, habilidade, técnicas, atitudes, valores existentes no meio cultural organizado e com isso, ganham a patamar necessário para produzir outros saberes, técnicas, valores e etc.”
filosofia traduz assim em educação que só é digna desse nome quando o
estudo dos problemas a que se referem à formação dos melhores hábitos
mentais e morais em relação às dificuldades da vida social contemporânea.
Analisando a questão três, as maiorias dos professores concordaram,
afirmando que as escolas graduam os níveis de cada aluno, prejudicando
outros, caracterizando a desigualdade social.
Confirmando com Libâneo (1998), “a educação é também uma prática
ligada à produção e reprodução da vida social, condição para que os indivíduos
se formem para continuação da vida social.” Dizendo isso, o autor reforça o
verdadeiro sentido da ralação do homem e o seu ambiente, o seu meio social ,
onde ele, torna-se o ser responsável de reprodução da educação, permitindo
assim, que perpetue os conhecimentos e as experiências. Somos o resultado
de nossa própria educação, por isso, devemos buscar incessantemente o
nosso crescimento intelectual, pois, só assim, favoreceremos aos alunos, na
medida em que socializamos nossos conhecimentos e com isso, deixamos que
aconteçam “educações” e acabaremos com o conservadorismo na educação,
revendo nossa prática educativa.
O professor (4), não concorda que a escola promova a desigualdade
social, pois, segundo ele, “como parte integrante de uma sociedade, a escola
pode e deve ser produtiva, tornando-se útil a comunidade que integra. A escola
ajuda a formar cidadãos produtivos à medida que atua como um laboratório de
novas experiências e descobertas”. Para afirmar isso, esse professor esquece
que a educação nas escolas, principalmente as públicas, existe falhas no
processo educativo, uma vez que, a deficiência da escola, inicia a partir de
baixos salários dos educadores, que sem estímulos, poucos têm a transmitir
aos seus educandos.
A educação não é apenas um fator social, mas um fato de ordem
consciente que deve ser alcançado pelo grau de consciência que obtiver o
educando, que através dos ensinamentos da escola, deve abandonar a
“inconsciência cultural” e, adquirir uma consciência crescente e consistente que
é o que poderá determinar a educação, tanto em quantidade, quanto em
quantidade. Moramos num país que realça os Estado só nos seus direitos e
camufla a idéias de Estados com os seus deveres e, isso faz com que se
dificulte o progresso de formação da cidadania.
A questão – 4 (quatro), os professores foram unânimes em concordar
com a questão, pois, os mesmos se colocaram dizendo que: “a escola pública
tem sido particularmente perversa nesse aspecto”, alegando também a “falta
de condição física, humana, de uma educação continuada, com o uso de uma
metodologia sem criatividade”.
Segundo Maia (2000, 46), “a convicção por si só, não é capaz de
garantir o sucesso dos alunos, mas é capaz de explicar o empenho dos
professores. Certamente, entre a convicção e o sucesso dos alunos está a
ação dos professores”.
A sociedade contemporânea foi instituída a base organizada do
conhecimento, dividida em: os que sabem, os que não sabem e o que deverá
ser da natureza da escola e, o que vai constituir a sua função é o seu dever de
garantir a todos o direito aos conhecimentos científicos, éticos e culturais.
A questão 5 (cinco), os professores também concordaram que a família
é parte, responsável pelo fracasso do aluno na escola.
Analisando as respostas, segundo Apple (1989, 57), “qualquer fracasso
em termos de mobilidade, qualquer falta de ‘êxito’ , é definido como sendo
carência do indivíduo ou grupo que fracassou”. O que nos confirma que: todos
os envolvidos, no processo de educação, têm sua parcela de culpa.
A questão 6 (seis), os professores se responsabilizam em parte, pelo
fracasso escolar do aluno, colocando que, devido “a sua formação acadêmica,
precária má remuneração salarial, super ocupação com várias atividades, faz
com que eles sejam responsáveis em parte pelo fracasso escolar do aluno”.
Utilizando-se das palavras de Maia (2000, 45), “o interesse ou não, que os
professores demonstram no desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, a
liderança ou a ausência do diretor a atitude dos alunos em relação às
propostas da escolas, a participação ou a indiferença dos pais e da
comunidade” irão favorecer ao fracasso ou ao sucesso escolar do aluno.
CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento deste trabalho teve como objetivo principal avaliar os
fatores que emolduram o fracasso escolar, numa escola municipal do ensino
fundamental, localizado no município do Cabo de Santo Agostinho, na tentativa
de construir mecanismos que minimizem esse cruciante problema educacional.
Os dados ministrados em nosso trabalho, lançam em nossos rostos a
realidade da educação frente ao problema de fracasso escolar.
O baixo rendimento escolar nem sempre é transitório e o problema se
torna complexo, à medida que não é solucionado, ou pelo menos amenizado, e
tudo isso implica na repetência e em sua conseqüência a evasão escolar.
A falta de embasamento teórico pode ser um componente que dificulta o
trabalho do professor, diante dos alunos que apresentam certas dificuldades de
aprendizagem, por esse motivo é relevante que o professor busque
conhecimento teórico que possibilitem uma reflexão sobre sua prática.
Consideramos a avaliação uma vertente que contribui para a separação
do fracasso escolar. O fracasso escolar ocasiona a ansiedade de problemas
emocionais, que poderá incentivar o aluno a evadir-se da escola.
Sabemos que o problema não é único e exclusiva culpa do professor,
uma vez que consideramos o professor uma vítima da política educacional,
mas não justifica examinar o professor e a escola da responsabilidade com o
aluno.
Para tornar a experiência escolar significativa no desenvolvimento
cognitivo, é preciso estar atentos aos preceitos que são responsáveis pela
estigmatização e consequente baixa auto-estima, uma vez que, o
desenvolvimento cognitivo está intimamente ligado ao afetivo.
Uma vez que, nas pesquisas realizadas com os professores,
constatamos que muitos não tiveram acesso a uma formação acadêmica, no
entanto não têm conhecimentos sólidos do processo de aprendizagem, logo,
isso poderá ser uma comprovação ao fracasso escolar, desta unidade de
ensino observada, mas podemos achar meios de minimizar esta situação
através de uma prática que dê ênfase não só ao aspecto intelectual, mas à
pessoa como um todo, considerando que a situação de fracasso remete uma
investigação nas causas do insucesso do aluno na escola.
Vale salientar que diante de tudo, não apresentamos uma resposta que
solucionasse o problema do fracasso escolar. Entretanto nossas investigações
ficarão como apelo para novos pesquisadores darem continuidade a esta
busca.
BIBLIOGRAFIA APPLE, Michael W. Educação e poder. ( trad ) Maria Cristina Monteiro. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1989.
COLL, C. et al. O Construtivismo na Sala de Aula. São Paulo: Ática, 1997.
ESTEBAM, Mª Tereza. Caderno Cedes 28. Repensando o Fracasso
Escolar. São Paulo: Papirus, 1992.
FINI, Lucila Dicht Tolaine. Rendimento Escolar e Psicopedagogia: In
Atuação Psicopedagógica e Aprendizagem Escolar. ( Org ) Firmino
Fernandes Sisto. et al. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.
GARCIA, Regina Leite. Caderno Cedes 28. No Cotidiano da Escola: pistas
para o novo. São Paulo: Papirus, 1992.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática Geral. São Paulo: Cortez, 1994. ( Coleção
Magistério, 2° grau – série formação do professor ).
MAIA, Eny. A Reforma do Ensino Médio em Questão. São Paulo: Biruta,
2000.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky. Aprendizagem e Desenvolvimento: um
processo histórico. 2ª ed. São Paulo: Scipione, 1995.
SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia e Realidade Escolar: o problema escolar e
de aprendizagem. 8ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994
TORRES, Rosa Maria. Repetência Escolar: falha do aluno ou falha do
sistema? In Revista Pátio, Porto Alegre: ano 3, n 11, p 9-12, nov. 99/jan. 2000.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. ( trad ) Jéferson Luiz Camargo.
2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
WEISS, Maria Lúcia Lemme. Psicopedagogia Clínica: uma visão
diagnóstica. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992
APÊNDICES
Caro professor Este questionário faz parte da monografia do Curso de Especialização em
Pisicopedagogia Institucional da Universidade Câdido Mendes, para concretizá-
lo, solicitamos seus préstimos. Não se faz necessário assinar.
Dê sua opinião nos seguintes questionamentos:
1- Como você a escola inserida na sociedade?
2- A escola facilita o acesso do aluno de baixa renda? Justifique.
3- A escola promove a desigualdade social? Justifique.
4- A escola favorece o fracasso escolar? Justifique.
5- A família é parte ou total responsável pelo fracasso do aluno na escola?
Justifique.
6- O professor é parte ou total responsável pelo fracasso do aluno na
escola? Justifique.
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