UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO
CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
BRUNO GOLIN
FERNANDA PIRES MUTA YOSHIOKA
TÍTULO DO TRABALHO
SÃO PAULO
05/2011
BRUNO GOLIN
FERNANDA PIRES MUTA YOSHIOKA
TÍTULO DO TRABALHO
Trabalho apresentado à disciplina de Educação à distancia do curso de Ciência da Computação da Universidade Cidade de São Paulo, sob a orientação da Professora Mônica Vasques.
São Paulo
05/20112
RESUMO PORTUGUÊS COM PALAVRAS CHAVES
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RESUMO INGLÊS COM PALAVRAS CHAVES
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SUMARIO (INDICE)
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Introdução
Quando nos referimos ao uso do computador em Educação, a ideia de que as
novas tecnologias vêm substituir o professor já não possui a força de outrora e,
mesmo onde tal mito se faz ainda presente, justifica-se pela falta de informação e de
esclarecimento sobre o assunto.
Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por
tecnologias, onde professores e alunos estão separados temporalmente. Pode ter ou
não, professores e alunos juntos, fisicamente, mas podem estar conectados,
interligados por tecnologias de comunicação.
Uma ideia muito defendida, em relação ao papel do computador na educação,
é que o computador facilita o processo ensino- aprendizagem. Essa ideia está ligada
à generalização do fato de que o computador entrou na vida do homem para facilitar.
Portanto, o uso do computador na educação tem como objetivo promover a
aprendizagem dos alunos e ajudar na construção do processo de conceituação e no
desenvolvimento de habilidades importantes para que ele participe da sociedade do
conhecimento e não simplesmente facilitar o seu processo de aprendizagem.
Hoje, ainda entendemos por aula um espaço e um tempo determinados. Mas,
esse tempo e esse espaço, cada vez mais, serão flexíveis. O professor continuará
“dando aula”, e enriquecerá esse processo com as possibilidades que as tecnologias
interativas proporcionam: para receber e responder mensagens dos alunos, criar
listas de discussão e alimentar continuamente os debates e pesquisas com textos,
páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da aula. Há uma
possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos
tempos e espaços diferentes. Assim, tanto professores quanto alunos estarão
motivados, entendendo “aula” como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo, o
papel do professor vem sendo redimensionado e cada vez mais ele se torna um
supervisor, um animador, um incentivador dos alunos na instigante aventura do
conhecimento.
Apesar de o termo avaliar possuir inúmeros significados, na expressão
"avaliação de softwares educativos", avaliar significa analisar como um software
pode ter um uso educacional, como ele pode ajudar o aprendiz a construir seu
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conhecimento e a modificar sua compreensão de mundo elevando sua capacidade
de participar da realidade que está vivendo. Nesta perspectiva, uma avaliação bem
criteriosa pode contribuir para apontar para que tipo de proposta pedagógica o
software em questão poderá ser melhor aproveitado.
Nosso objetivo é contribuir na linha de qualidade dos produtos. Propomos aos
professores ou especialistas em educação, um instrumento para avaliar a qualidade
de um produto de software educacional à distância. Apontamos alguns aspectos que
devem ser considerados para o julgamento de sua qualidade, baseando-nos em
aspectos técnicos e também educacionais. Tomando por base essas considerações,
a seguir serão tecidos alguns comentários sobre aspectos importantes, que podem
contribuir para uma análise criteriosa de softwares educativos à distância.
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Conceitos e Características do ensino à distância:
Diversas são as denominações que encontramos relacionadas com Educação
a Distância. Fala-se, frequentemente, em Ensino a Distância e Educação a Distância
como se fossem sinônimos, expressando um processo de ensino-aprendizagem.
Ensino representa instrução, socialização de informação, aprendizagem, etc.,
enquanto Educação é “estratégia básica de formação humana, aprender a aprender,
saber pensar, criar, inovar, construir conhecimento, participar, etc.” (MAROTO,
1995). É nesta segunda acepção que pretendemos discutir o significado e as
dimensões que abarcam a EAD.
Para Lorenzo GARCÍA ARETIO (1995), a EAD distingue-se da modalidade de
ensino presencial por ser “um sistema tecnológico de comunicação bidirecional que
pode ser massivo e que substitua a interação pessoal na sala de aula entre
professor e aluno como meio preferencial de ensino pela ação sistemática e
conjunta de diversos recursos didáticos e o apoio de uma organização e tutoria que
propiciam uma aprendizagem independente e flexível”.
A presença física do professor, da pessoa com quem o estudante vai dialogar
não é necessária e indispensável para que se dê a aprendizagem. Ela se dá de
outra maneira, “virtualmente”.
Sobre o estudo individualizado e independente, reconhece-se a capacidade
do estudante de construir seu caminho, seu conhecimento por ele mesmo, de se
tornar autodidata, ator e autor de suas práticas e reflexões. A EAD deve oferecer
suportes e estruturar um sistema que viabilizem e incentivem a autonomia dos
estudantes nos processos de aprendizagem. E isso acontece “predominantemente
através do tratamento dado aos conteúdos e formas de expressão mediatizados
pelos materiais didáticos, meios tecnológicos, sistema de tutoria e de avaliação”
(MAROTO, 1995). Com o uso de tecnologias: os recursos técnicos de comunicação
permitem romper com as barreiras das distâncias, das dificuldades de acesso à
educação e dos problemas de aprendizagem por parte dos alunos que estudam
individualmente, mas não isolados e sozinhos. Oferecem possibilidades de se
estimular e motivar o estudante, de armazenamento e divulgação de dados, de
acesso às informações mais distantes e com uma rapidez incrível.
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A essência, pois, da EAD é a relação educativa entre o estudante e o
professor que não é direta, mas “mediada e mediata” (SEBASTIÁN RAMOS,
1990:22), pois se vale de meios diversos e diferentes da explicação e a relação cara
a cara, que se realiza em momentos e lugares diferentes da presencial, fazendo uso
de uma organização de apoio.
São características da Educação a Distância:
A abertura: uma diversidade e amplitude de oferta de cursos, com a
eliminação do maior número de barreira e requisitos de acesso, atendendo a
uma população numerosa e dispersa, com níveis e estilos de aprendizagem
diferenciados, para atender à complexidade da sociedade moderna;
A flexibilidade: de espaço, de assistência e tempo, de ritmos de
aprendizagem, com distintos itinerários formativos que permitam diferentes
entradas e saídas e a combinação trabalho/estudo/família, favorecendo,
assim, a permanência em seu entorno familiar e laboral;
A adaptação: atendendo às características psicopedagógicos de alunos que
são adultos;
A eficácia: o estudante, estimulado a se tornar sujeito de sua aprendizagem, a
aplicar o que está apreendendo e a se auto avaliar, recebe um suporte
pedagógico, administrativo, cognitivo e afetivo, através da integração dos
meios e uma comunicação bidirecional;
A formação permanente: há uma grande demanda, no campo profissional e
pessoal, para dar continuidade à formação recebida “formalmente” e adquirir
novas atitudes, valores, interesses, etc.
A economia: evita o deslocamento, o abandono do local de trabalho, a
formação de pequenas turmas e permite uma economia de escala.
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Numa perspectiva atual, podemos dizer que as principais características do
ensino à distância se podem resumir nos seguintes itens (Keegan cit in Santos,
2000):
Uma quase permanente separação entre o formador e o formando durante o
processo de aprendizagem;
No sistema de ensino à distância o formador é um organizador, orientador e
facilitador, isto é, um gestor de informação útil e pedagógica a que os seus
estudantes têm acesso, por via de diferentes fontes, para estudarem à distância e ao
seu ritmo de aprendizagem.
Uma das formas de evitar o isolamento do formando, passa pela organização
de sessões presenciais e virtuais, planeadas de modo a permitir que o formando
esclareça as suas dúvidas, adquira competências específicas, treine
comportamentos e crie espírito de grupo.
A influência de uma organização educacional com as respectivas
preocupações de planejamento, preparação e divulgação das matérias e dos
suportes pedagógicos;
O estudante não precisa de se deslocar a um local específico para se dedicar
às suas tarefas de aprendizagem, a não ser em casos particulares, como por
exemplo, cursos com componentes laboratoriais ou oficinas ou outras, ou
seja, com uma componente prática;
Grande número de estudantes por curso, no sentido de rentabilizar o
investimento, pois o investimento inicial é elevado, mas que combinados com
um bom número estudantes serão minimizados;
É imprescindível, porém, testar adequadamente os materiais, caso contrário,
o custo poderá ser elevado, mas com resultados relativamente baixos.
No caso de reformulações ou atualizações de cursos já existentes, é
recomendável que se faça primeiro a reformulação de um dos primeiros ou um dos
últimos módulos, testando-o depois, averiguando assim, quais as melhores formas
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de aplicação e necessidade de mudanças de linguagem, ou outras, para depois
realizar a reformulação dos outros.
População estudantil predominantemente adulta com um mínimo de
maturidade, em que o processo educativo para resultar, deverá incentivar o
formando a utilizar as suas experiências individuais. O ensino à distância é
desaconselhado ás camadas mais jovens da população, ainda habituados ao
horário escolar e à presença física do formador;
É a população adulta, com uma enorme necessidade de prosseguir a seus
estudos ou de se aperfeiçoar pelos mais diversos motivos, ou então daqueles que já
têm uma profissão e estão a trabalhar, e em que, é quase impossível compatibilizar
os seus horários profissionais e suas responsabilidades familiares com a realização
de um novo curso, que mais recorrem ao ensino à distância assim, o ensino à
distância aparece como o meio mais adequado de lhes dar acesso a um novo saber,
ou melhor, dizendo, novos saberes e conhecimentos.
O estabelecimento de uma comunicação e diálogo bidirecional com a
instituição de ensino à distância, utilizando os meios de comunicação
disponíveis: telefone, vídeo, áudio, correio eletrônico;
O principal meio de comunicação é a escrita (material impresso), entretanto,
utiliza-se, cada vez com mais frequência o telefone, o rádio, áudio, vídeo, e reuniões
presenciais entre formador e formando ou com pequenos grupos.
No caso de tratar-se de cursos onde há facilidade de acesso a equipamentos
mais sofisticados, ou seja, o recurso a material informático utiliza-se a Internet.
As novas tecnologias de comunicação e informação têm avançado muito, e as
transformações são permanentes e cada vez mais velozes. Essa situação exige uma
atenção redobrada tanto das equipas de pesquisa como dos formadores, sob a pena
de se optar por métodos que podem já ser ou tornar-se, muito rapidamente
obsoletos e, portanto, de elevado custo de reposição em curto prazo.
População estudantil dispersa geograficamente e muito heterogêneo, com
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emprego. Dada estas situações, é usual instalar uma rede de centros de
apoio descentralizados, onde os estudantes se podem dirigir para a resolução
de problemas ou dúvidas de caráter administrativo ou regulamentar, para
aconselhamento sobre métodos de estudo, ou para esclarecimento de
dificuldades relacionadas com a matéria. Como exemplo disso, temos a
Universidade Aberta, que tem vários centros de apoio espalhados pelo país
(Keegan cit in Santos, 2000).
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Software educativo
Na Educação a Distância muitas vezes o ensino é transmitido ou auxiliado
atraves de softwares, esses software são conhecidos como sotware educativo que
simplesmente é um software que pode ser utilizado para fins educacionais. Sendo
uma ferramenta capaz de gerar idéias e de transmitir informações pedagógicas
através dos quais os alunos, por assim dizer, possam ser capazes de aprender ou
desenvolver algo utilizando formas simples de aprendizagens.
Com o auxilio do computador e softwares educativos fez com que professores
e instituições de ensino investissem nessas novas tecnologias para tirarem o
máximo de melhora nas suas práticas.
Para Fontes (2006) a definição de software educativo:
“ [...] em sua concepção mais ampla, é bem genérica. Giraffa (1999) defende
que a visão cada vez mais consensual na comunidade da Informática Educativa é a
de que todo programa que utiliza uma metodologia que o contextualize no processo
ensino e aprendizagem, pode ser considerado educacional."
Existem softwares que são desenvolvidos especificamente para educação e
outros que são desenvolvidos para outros fins, que podem ser utilizados como
educacionais, como por exemplos os softwares que demonstram ou que auxiliam na
criação de planilhas e gráficos, como por exemplo.
O poder do computador e software educativos como ferramenta educacional é
indiscutível, mas se usado com critérios. Levando sempre em consideração de como
os professores aproveitam e/ou exploram os softwares, fazendo com que tire mais
proveito deles. Para isso é preciso uma preparação dos professores para analisá-la
e utilizarem os softwares da melhor forma, sabendo se aquele tipo de software ou
determinado software consegue transmitir as informações necessárias para que o
aluno num estudo a distancia consiga similar as informações e seja capaz de
desenvolver o seu raciocinio.
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1. Grupo de Softwares
Existem dois tipos de grupos de softwares:
1.1 Softwares Genericos
Os Softwares Genericos são aqueles que desenvolvem qualquer função que
possa ser aproveitada em diferentes máterias, geralmente são caracteristicas de
sofwares de matematica ou português, onde desenvolvem além do raciocionio
rápido e lógico uma forma de formular e interpretar melhor as ideias. Um exemplo
seria folhas de calculos e processadores de textos.
1.2 Softwares Específicos
Os softwares especificos são aqueles que desenvolvem uma função
especifica (temas concretos) e objetiva da matéria que deseja ser ensinada. Como
por exemplo os softwares que auxiliam no ensino da ciência, de idiomas, entre
outros.
2. Tipos de Softwares
2.1 Tutorial
São softwares no qual a informação é organizada em sequência controlando
o processo de aprendizagem.
2.2Exercícios e Praticas
São os softwares que possuem perguntas sobre as matérias, geralmente são
em formas de testes. Muito utilizados para revisão ou avaliação do que foi ensinado.
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2.3Programação
São os softwares capazes de receber informações pré-definidas do aluno.
Fazendo com que o software trabalhe dinamicamente, alterando os valores de
resposta ou resultados para o aluno efetuar testes e desenvolver a criatividade para
novas possibilidades de utilização da matéria. Muito utilizado para ensinar matérias
de matemática, física e química.
2.4Aplicativos
São os softwares capazes de serem utilizados no dia a dia, ou até mesmo
para trabalhar, mas que possuem uma forma acadêmica e capaz de ensinar algo.
Um exemplo são os aplicativos de textos e planilhas eletrônicas.
2.5Multimídia
São os softwares que utilizam como grandes auxiliadores o som e a imagem
animada, muitas vezes podem trazer dinamismo para o aprendizado.
2.6Jogos
São softwares que trazem a liberdade para o aluno aprender de formas não
acadêmicas, porém com aprendizagem de itens importantes. Trazendo geralmente
uma linguagem mais próxima do cotidiano dos alunos.
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Ensino à distância x Ensino presencial
A educação presencial sempre teve e terá seu espaço no processo educativo,
é um sistema tradicional, que não dispensa a presença do professor e alunos,
desenvolvendo o processo educacional através da difusão destes conhecimentos,
muitas vezes sem se preocupar se está surtindo efeito, que em sua maioria não gera
interação entre professor e aluno, em outros casos ocorre na educação presencial, á
moderação com participação na retirada de dúvidas. Muito pouco quando se
compara com a interação gerada pela educação à distância.
Para o aluno que não tem completa consciência da importância de sua maior
autonomia no ensino à distância, podem existir algumas formulações equivocadas,
como por exemplo, a ideia de que sem a presença de um professor “cobrando”, o
aprendizado não irá adiante.
Na EAD os educadores estão descobrindo que a verdadeira educação deve
ter a participação ativa do aluno. Respondendo ao processo por inteiro. Daí a
necessidade, não de suplantar a educação presencial, mais sim trazer alguns frutos
para mesma, aperfeiçoá-la, torná-la um instrumento mais efetivo no processo de
transformação social através da mesma. Um Bom material, uma boa mídia não é
tudo, é preciso responsabilidade e profissionais altamente competentes, para
garantir o alcance dos resultados educacionais e atingir o processo de
democratização do ensino superior. Na sala de aula presencial as atividades
individuais e solitárias predominam contribuindo assim para a baixa participação oral
dos alunos.
No ensino presencial há uma maior comodidade do aluno, pois este sabe
trilhar facilmente esse “velho caminho”. Todos nós fomos condicionados à
dependência do professor no processo ensino-aprendizagem.
Trilhar um curso à distância exige um grande senso de responsabilidade, uma
maior autonomia, uma grande motivação pessoal e uma disposição para enfrentar
preconceitos.
Estudar à Distância possibilita uma maior flexibilidade nos horários e
calendários do aluno, pois ele irá adequar suas tarefas e atividades ao seu tempo
disponível. Além disso, há uma maior economia para o aluno que faz um curso à
distância. Basta imaginar que ele não precisará se deslocar de carro ou de
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transporte coletivo com tanta frequência para o campus universitário. Isso pode
parecer algo de pouco valor para moradores de pequenas cidades, mas para alunos
de grandes metrópoles e para aqueles que moram em cidades distantes ao campus
universitário faz um enorme diferença.
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Vantagens do ensino à distância
O ensino à distância apresenta-se como uma alternativa ou um complemento
aos atuais métodos de educação, com capacidades de resposta a diversos tipos de
necessidades, nomeadamente para aqueles que se encontram impossibilitados de
participar nas atividades educativas existentes. Contribui assim para (Santos, 2000):
Alargar a oferta de programas adequados às necessidades atuais;
Dá origem a métodos e formatos de trabalho mais abertos, que envolvem a
partilha de experiências;
Permite a formação de um grande número de formandos a baixo custo;
Permite compatibilizar melhor a aprendizagem com uma atividade profissional
e com a vida familiar;
Possibilita realizar cursos não existentes na área de residência;
Utilização das tecnologias de informação e comunicação que permitem
trabalhar com grande quantidade de informação e com rapidez;
Permite obter economia significativa de tempo e de deslocações.
Será também de referir que estas estratégias, implicam normalmente a
utilização de tecnologias relacionadas com um estilo de vida moderno, onde a
rentabilização do tempo assume um papel cada vez mais importante. Neste âmbito,
detecta-se a crescente procura de atividades de educação e formação mais
individualizadas, com a possibilidade do educando escolher, por si, o processo e o
modo de aprendizagem que melhor se adapta ao seu estilo ou que se encontra
dentro das suas possibilidades.
Desvantagens do ensino à distância
A implementação de processos desta natureza enfrenta alguns obstáculos
que resultam do contexto de atuação, e da própria natureza das estratégias de
ensino à distância. Assim, podem-se verificar as seguintes desvantagens (Santos,
2000):
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A reduzida confiança neste tipo de estratégias educativas por parte de
educadores, aprendizes, responsáveis de instituições e até alguns grupos-
alvo mais conservadores e resistentes à inovação;
Não gere reações imprevistas e imediatas;
A necessidade de alterar as práticas de trabalho tradicionais de ensino. De
fato, as instituições necessitam de uma mudança profunda, para se adaptar a
formatos de trabalho mais abertos e que envolvam a partilha de experiências;
Não proporciona uma relação humana formando/formador típica de uma sala
de aula;
A imagem do ensino à distância, pela sua identificação com o ensino por
correspondência e sem objetivos educativos, é ainda pouco credível e
necessita de ser alterada;
O investimento inicial relativamente elevado, em que se torna necessário
obter apoio em fontes de financiamento externas, pode ser um impedimento
para a implementação de sistemas, e produção de materiais de ensino à
distância com elevada qualidade;
Custos de acesso à Internet elevada por parte do aluno, principalmente se
acede a partir de sua casa, além de que, para que a utilização da Internet
seja bem aproveitada, é necessário alguns conhecimentos técnicos para
utilizar ao máximo todas as tecnologias com ela relacionadas. Por exemplo, é
pertinente conhecer tecnologias como os Newsgroups, Chats, Fóruns
interativos assíncronos e envio de ficheiros por e-mail e muitas das vezes,
nem os formandos nem os formadores, estão aptos para utilizar as novas
tecnologias de transmissão de informação;
Componentes tecnológicos em rápida desatualização.
Quando se trata de ensino à distância pela Internet, surge o problema da
largura de banda para aceder à Internet, que são frequentemente baixas, o que
limita drasticamente as capacidades multimídia. Além de que, os estudantes
precisam de alguns conhecimentos prévios da utilização de computadores e de
navegação na Internet.
Por outro lado existem alguns problemas associados aos formandos, que
podem ser considerados como desvantagens, nomeadamente a frequente
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desmotivação, a ausência da socialização transmitida no sistema tradicional, são
também alguns exemplos que podem ocorrer no ensino à distância.
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CONCLUSÃO
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BIBLIOGRAFIA
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