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E D I T O R I A L

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DIRETORESJosé Figuerola,Helena Ambrosio Ascencio,Maria Dolores Pons Figuerola

EDITOR RESPONSÁVELFernando Figuerola

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PROJETO GRÁFICOStudio Figuerola

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MARKETINGMaster Consultoria e Serviçosde Marketing Ltda.Milson da Silva [email protected]

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Álvaro Mendes de ResendeCirurgia e Reprodução [email protected]

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Armen ThomassianCirurgia de Grandes [email protected]

Carlos Alberto HussniCirurgia de Grandes [email protected]

Geraldo Eleno SilveiraClínica Cirúrgica de [email protected]

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Henry BergerDiag. imagem e Reproduçã[email protected]

José Cintra Cunha NetoClínica e Reprodução [email protected]

José L. Mello NicolettiCirurgia de Grandes [email protected]

José Ronaldo GarottiMedicina [email protected]

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NOTAS: a) As opiniões de articu-listas e entrevistados não repre-sentam necessariamente, o pen-samento da REVISTA BRASILEIRADE MEDICINA EQÜINA. b) Osanúncios comerciais e informespublicitários são de inteira respon-sabilidade dos anunciantes.

Luiz Cláudio N. MendesClínica de Grandes [email protected]

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As seitas de criadores

“Existe unicamente uma religião, ainda que dela exista umacentena de versões” (G.B.Shaw, 1856-1950).

Recentemente ouvi um diálogo de um representante de As-sociação de Criadores de cavalos em que perguntava ao seuinterlocutor se ele achava que estava em uma associação. Antesque ouvisse a resposta, já completou que, na realidade, era umaseita, tal a devoção à raça e o respeito e obediência ao clero. Defato, os criadores podiam ser comparados a fanáticos religio-sos, quase em transe com o desempenho de seus animais emevento específico da raça. No entanto, recorrendo à citação deG.B. Shaw, esqueciam que a sua associação de criadores é ape-nas uma versão de uma religião maior, que deveria congregar asdiferentes raças.

Muitos dos problemas e desafios que a equinocultura na-cional enfrenta poderiam ser melhor abordados se houvesse mai-or harmonia entre as associações de criadores, menos fanatis-mo e preconceitos em relação às outras raças. Tal como ocorreentre as diversas religiões, muitas vezes prevalece o desejo deexibir a raça de sua preferência como superior às demais, es-quecendo que apenas são diferentes em suas aptidões e exteri-ores, nem melhor ou pior. A partir desse momento passa a faltarcoesão, capital social (independente do capital humano) paraações que poderiam trazer benefícios a equinocultura como umtodo. Recorrendo ao autor das Viagens de Gulliver (JonathanSwift, 1667-1745), pode-se afirmar que “temos religião bastantepara fazer-nos odiar, mas não o bastante para fazer-nos amar,uns aos outros”.

Associações de Criadores têm, de modo geral, correspondi-do às expectativas de seus filiados, cumprindo papel importanteno desenvolvimento da equinocultura brasileira. Não se questio-na sua relevância e bons resultados. Apenas alertamos para quenão seja perdido de vista o interesse comum entre todas as as-sociações, o cavalo. Que sempre possamos trabalhar em con-junto por esse denominador comum, respeitando as diferençase particularidades de cada raça, que haja menos competição emais cooperação entre as associações de criadores de cavalos.

Roberto Arruda de Souza LimaProfessor da ESALQ/USP

Pesquisador do [email protected]

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