PAPEL DO ENFERMEIRO
No ensino e acompanhamento ao utente portador de Esclerose Múltipla
Isabel Cristina
OBJECTIVOS
Reflectir na importância do papel do enfermeiro no enfrentar do diagnóstico e nas alterações do padrão da vida do doente com E.M.
Estabelecer estratégias que promovam máxima independência nas AVD’s e estimulem uma atitude positiva do indivíduo face à sua doença
Esclerose Múltipla
• A Esclerose Múltipla é uma doença auto imune inflamatória crónica, desmielinizante e degenerativa, do sistema nervoso central que interfere com a capacidade do mesmo em controlar funções como a visão, a locomoção, e o equilíbrio, entre outras.
• É uma doença de adultos jovens. • As mulheres são mais afectadas• A forma mais comum é a de surtos
remissões. • Com o passar dos anos, as sequelas de
cada surto vão se acumulando e tornam a realização das actividades quotidianas cada vez mais difícil
PAPEL DO ENFERMEIROna Equipe Multidisciplinar
Indivíduo com EM
Enfermeiro
Psicólogo
FisiatraFisioterapeuta
UrologistaOftalmologista
Neurologista
AssistenteSocial
AssociaçõesSPEM e ANEM
Família Amigos
Médico Família
Dietista
etc.
OBJECTIVOS da Equipe de Enfermagem
Estabelecer uma relação de inter-ajuda e confiança com o doente/família.Informar sobre a doença e terapêutica existente.Informar, aconselhar, educar e promover a adaptação do doente às alterações do padrão de vida familiar, profissional e social.Promover e manter a adesão do doente aos tratamentos prescritos através de programas de ensino individualizado.Mediador entre Neurologista e os doentes.
Estabelecer uma relação de inter-ajuda e confiança com o doente/família.Informar sobre a doença e terapêutica existente.Informar, aconselhar, educar e promover a adaptação do doente às alterações do padrão de vida familiar, profissional e social.Promover e manter a adesão do doente aos tratamentos prescritos através de programas de ensino individualizado.Mediador entre Neurologista e os doentes.
PAPEL DO ENFERMEIROno enfrentar do diagnóstico
InformativoFormativo
OrientaçãoAconselhamento
Importância do Papel do Enfermeiro no enfrentar do diagnóstico da EM
A 1ª reacção após a divulgação do diagnóstico- ALÍVIO.
Outros sentimentos vivenciados: RAIVA, FRUSTRAÇÃO, ANSIEDADE ,DEPRESSÃO E NEGAÇÃO
Reacção face ao diagnóstico/Gravidade dos sintomas e incapacidade física.
PAPEL DO ENFERMEIROna relação do doente com a família/amigos⌧ Apoiar e motivar a família
⌧ Informar a família sobre os aspectos práticos de “viver com a EM”: férias, actividades de lazer, actividades domésticas,etc..
⌧ Informar sobre a gravidez na EM
⌧ Informar as crianças
Problemas de ordem profissional
A incapacidade física (fala, visão, mobilidade, marcha e fadiga)=> dificuldade na actividade profissional => Desmotivação para o desempenho profissional
Papel do Enfermeiro⌧ Encorajar para a actividade laboral⌧ Informar sobre os benefícios do trabalho⌧Apoiar no desenvolvimento de um novo padrão de
trabalho
Problemas psicológicos
Papel do Enfermeiro⌧Despistar
⌧Informar
⌧Orientar
⌧Encorajar
⌧Solicitar
Problemas psicológicos mais comuns nos doentes com EM: Depressão, euforia, ansiedade e disfunções cognitivas.
Fadiga
É uma falta subjectiva de energia física, mental ou ambas, que interfere com as suas actividades habituais.
Papel do EnfermeiroFadiga
⌧Aconselhar a modificar o estilo de vida
⌧Informar sobre actividades físicas aconselháveis (ex. Natação, Hidroginástica e Yoga)
⌧Aconselhar a perda de peso.
⌧Motivar para programa de fisioterapia
Mobilidade
Causas: Fraqueza muscular, Espasticidade, Tremor, Descoordenação motora e Fadiga.
Papel do Enfermeiro⌧ Avaliar as capacidades/limitações.⌧Aconselhar Fisioterapia⌧Aconselhar sobre as adaptações em casa.⌧ Motivar para o uso de dispositivos e auxiliares de
marcha (se necessário).⌧ Prevenção das úlceras de pressão
Espasticidade
Papel do Enfermeiro⌧ Aconselhar fisioterapia.
⌧ Ensinar a evitar infecções e hipertremia.
⌧ Educar na vigilância de possíveis zonas de pressão dos membros.
Caracteriza-se por aumento da rigidez muscular que ocorre como uma acção reflexa involuntária do corpo, provocando limitações dos movimentos. Este processo é acompanhado por cãibras e frequentemente motivo de dor.
Doro Mais de 50% apresentam queixas de dor
Papel do Enfermeiro⌧ Avaliar o tipo de dor.
⌧ Identificar e eliminar, se possível, o factor causal da dor.
⌧ Informar o doente sobre a medicação.
⌧ Solicitar apoio da Consulta da Dor de acordo com Neurologista
Assistente.
Distúrbios urinários e intestinais
Disfunções urinárias mais comuns na EM: Urgência, Polaquiúria, Incontinência reflexa, Disúria inicial, Incontinência total, Nictúria e Enurese.
Afecta a relação com a(o) companheira(o).
Disfunção intestinal mais frequente é a obstipação
Papel do Enfermeironos distúrbios urinários e
intestinais⌧Ensinar sobre sinais de infecção urinária.
⌧ Incentivar a ingestão hídrica controlada.
⌧ Ensino sobre alimentação
⌧Aconselhar vestuário fácil de vestir e despir .
⌧Motivar para o uso de fraldas, dispositivos urinários e
catéteres vesicais (cateterização intermitente).
Disfunção Sexual
Mais comum no homem que na mulherAgravado pela alteração da sua auto-imagem e/ou auto-estima.
Pode afectar gravemente o relacionamento do casal
Papel do Enfermeirona Disfunção Sexual
⌧ Permitir que o doente exprima as inquietações relativas à sua sexualidade.
⌧ Avaliar com o doente as causas possíveis.
⌧ Respeitar os valores do doente no que respeita à sua orientação sexual.
⌧ Informar sobre materiais/fármacos que ajudem na relação sexual
⌧ Orientar o doente para ajuda especializada: Andrologia, Sexólogo, Psicólogo, Conselheiro Matrimonial...
DietaNão existem alimentos proibidos
Papel do Enfermeiro◙ Aconselhar uma alimentação moderada, saudável e equilibrada e rica em fibras.
◙ Aconselhar a reduzir peso.
◙ Orientar para o nutricionista (em caso de obesidade).
◙ Aconselhar a evitar bebidas alcoólicas e tabaco.
Tratamento de Surtos
• Metilprednisona• Prevenir efeitos secundários
Terapêuticas Instituídas na EM
Terapêutica para alterar o curso natural da doença:
Interferons e copolimero:
⌧ Programar ensino individualizado.
⌧ Motivar para adesão ao regime terapêutico
⌧ Informar sobre os efeitos secundários do fármaco.
⌧ Aconselhar como prevenir os efeitos secundários
Terapêuticas Instituídas na EM
Imunoglobilina Mitoxantrona e Natalizumab:
⌧ Programar data de perfusões.
⌧ Informar sobre os efeitos secundários dos
fármacos.
⌧ Aconselhar como prevenir os efeitos secundários
Terapêuticas Instituídas na EM
Gilenya:
•1º tratamento oral aprovado para a EM•Vigilância de 6 horas - risco de bradicardia
CONCLUSÃO
Papel do Enfermeiro
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