Esclerose Múltipla.pdf

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA

PESSOA COM ESCLEROSE MÚLTIPLA

Esen

fc –

EM

CR

An

o L

ecti

vo

2013

-2014

ESCLEROSE MÚLTIPLA

Estima-se que o número

de pessoas em Portugal

com EM seja na ordem dos

6000/6500. (Sociedade Portuguesa de Neurologia, 2012)

Estima-se que o número

de pessoas em Portugal

com EM seja na ordem dos

6000/6500. (Sociedade Portuguesa de Neurologia, 2012)

As manchas brancas indicam as

regiões do cérebro afectadas pela doença

As manchas brancas indicam as

regiões do cérebro afectadas pela doença

Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla 4 Dezembro Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla 4 Dezembro

ESCLEROSE MÚLTIPLA

Doença desmielinizante, inflamatória,

crónica, progressiva do SNC, mais frequente

nas mulheres e com início habitualmente

entre os 20 e os 40 anos de idade. Conduz a

lesões de cicatriz (gliose) no encéfalo e/ou

espinal medula.

Afectam as Necessidades

Humanas Básicas

ESCLEROSE MÚLTIPLA

Necessidades

Humanas

Básicas

• Respiração

• Alimentação

• Eliminação

• Mobilidade

• Sono e repouso

• Vestir-se e despir-se

• Temperatura corporal

• Higiene corporal

• Protecção face aos riscos

• comunicação

ESCLEROSE MÚLTIPLA - Intervenções de Enfermagem

OBJECTIVOS:

Corrigir, minimizar ou prevenir complicações;

Satisfazer as NHB afectadas;

Tornar a pessoa o mais independente possível,

melhorando a sua autonomia;

Melhorar a qualidade de vida

Diagnósticos- Respiração – Movimento Muscular Diminuído/Conhecimento

não demonstrado sobre exercícios da função respiratória

Intervenções de Enfermagem

ESCLEROSE MÚLTIPLA ESCLEROSE MÚLTIPLA

Avaliar/Vigiar frequência respiratória e movimentos

respiratórios;

Executar Exercícios Respiratórios de Tonificação e

Fortalecimento muscular;

Ensinar / Instruir / Treinar Exercícios Respiratórios de

Tonificação e Fortalecimento muscular;

Optimizar / Ensinar / Instruir / Treinar Ventilação Não Invasiva.

Respiração abdominal básica Respiração abdominal básica Soprar Soprar

Expansão e constrição das

costelas Inferiores

Expansão e constrição das

costelas Inferiores

Dissociação dos Tempos

Respiratórios

Dissociação dos Tempos

Respiratórios

Outros Exercícios: (sempre acompanhados com a dissociação dos tempos respiratórios; reduzem

a tendência para a espasticidade dos membros)

- deitada de costas numa superfície consistente;

- flecte pelo joelho enquanto expira como se estivesse a soprar uma vela;

- extensão do membro conjugado com a inspiração.

- flecte ambos os joelhos conjugando a expiração;

- extensão ambos os membros conjugando com a inspiração.

- movimentos de rolamento do corpo de um lado para o outro (um membro

inferior em extensão outro o de cima em flexão)

( exercícios para melhorar o equilíbrio)

- sentada com os membros flectidos e as nádegas apoiadas nos calcanhares, de

seguida extensão e abdução dos m. superiores a 90º, agora elevação do corpo;

- fazer o mesmo apenas com um membro de cada vez;

1 1

2 2

3 3

4 4

- Apoiada nos joelhos e nas mãos, eleve um m. superior de cada vez;

(Exercícios de fortalecimento muscular)

- Deitada numa superfície consistente eleve um m. inferior em extensão e com o

pé virado para si, conjugando com a inspiração;

- baixe lentamente conjugando com a expiração.

- Mantendo-se de costas com os joelhos flectidos levante as nádegas de um só

vez e de seguida baixe lentamente, sempre com conjugação da Inspiração /

Expiração

- exercícios de abdução (inspiração) + adução (expiração);

(Exercícios de relaxamento)

- sentada numa cadeira, levante e baixe o ombro Dto, depois o mesmo com o

Esq.;

- Levante e baixe os dois ombros;

- extensão cervical; flexão cervical; inclinação para a dtª. e Esq.; rolamento com

a cabeça;

5 5

6 6

7 7

9 9

8 8

Diagnósticos- Auto-Cuidado Comer e Beber – Deglutição Ineficaz



Avaliar/Vigiar reflexo da deglutição

Planear dieta (Rica em Fibras)

Fornecer refeições com pequenas quantidades de alimentos passados;

Providenciar hidratação adequada;

Optimizar / Introduzir / Providenciar troca de SNG ou cuidados à PEG

(casos extremos – DISFAGIA);

Ensinar / Instruir / Treinar técnica de deglutição;

Educar sobre hábitos alimentares - Evitar a

Obesidade.

TÉCNICA DE DEGLUTIÇÃO;

Avaliação Inicial:

- Condições anatómicas da cavidade oral;

- Reflexos orais;

- Avaliação vocal;

-auscultação cervical da deglutição de saliva.

Avaliação Funcional:

- Pessoa durante uma refeição, desde a obtenção do alimento até após a

deglutição completa do bolo. São testadas três consistências de alimento:

líquido, pastoso e sólido. (mínimo 15min.)

TÉCNICAS ACTIVAS:

- Treino da deglutição com saliva e alimentos em diferentes consistências;

- Treino da deglutição com pequenas quantidades de água + técnicas de

mobilidade dos órgãos faciais;

- Exercícios de resistência muscular;

1 - Exercícios para estimular o reflexo de deglutição 1.1 - Um espelho laríngeo de aproximadamente meia polegada de diâmetro e

cabo longo é utilizado. Para estimular o reflexo, o espelho é deixado em água

gelada por dez segundos. Um contacto leve é repetido de cinco a dez vezes.

Durante esses contactos repetidos é pouco provável que uma deglutição

verdadeira seja observada. A proposta do exercício é aumentar a sensibilidade do

reflexo e então o alimento ou líquido é apresentado e a pessoa tenta

voluntariamente deglutir, só assim o reflexo será disparado. Observa-se a elevação

da tiróide, dos pilares ou a contracção do véu palatino.

A Pessoa ou a família podem ser orientados a fazer esta estimulação

4 a 5 vezes por dia, com duração de 5 a 10 minutos.

1.2 - Técnica dos quatro dedos Posiciona-se o indicador na mandíbula, o dedo médio no osso hióide, o anular e o

mínimo nas cartilagens tireóide e cricóide.

O primeiro movimento lingual é sentido pelos dois primeiros dedos no início da

propulsão posterior do bolo (definindo o começo do trânsito oral). Quando o reflexo

começa, a laringe eleva e o osso hióide sobe e desce, marcando o fim da fase

oral. Se for maior que 1 segundo, não é norma.

1.3 - Manobras Posturais - Posicionar cabeça inclinada para frente (queixo para baixo) ou Posicionar cabeça

inclinada para trás ou Posicionar cabeça virada para o lado afectado (ajuda a

passagem do alimento pelo lado não afectado)

1.1 1.2

Diagnósticos- Eliminação- Auto-Controlo: Continência Urinária Ineficaz

(Bexiga Desinibida / Bexiga Atónica ou Espástica); Conhecimentos não demonstrado

sobre exercícios musculares e auto-algaliação



Avaliar/Vigiar sinais de Urgência Urinária / Enurese / Perdas Urinárias /

Retenção Urinária;

Optimizar estudo URODINÂMICO;

Ensinar / Instruir / Treinar exercícios musculares pélvicos;

Incentivar exercícios musculares pélvicos;

Ensinar / Instruir / Treinar técnica de auto-algaliação;

Ensinar / Instruir hábitos alimentares (Acidificação da urina; Dieta rica em

fibras; hidratação adequada).

Diagnósticos- Actividade Sexual - Satisfação Sexual Comprometida/

Diminuída/ Ausente



Orientar / Promover acompanhamento sexual – Métodos

Facilitadores

Diagnósticos- Auto-Cuidade: Actividade Física - Movimento muscular

Diminuído / Ineficaz ; Movimento articular Diminuído / Ineficaz; Deambulação

Ineficaz; Conhecimento não demonstrado sobre Auto-Cuidado – Actividade Física



Planear/Executar exercícios de mobilidade articular e tonificação muscular;

Ensinar/Instruir/Assistir/Treinar exercícios de mobililidade articular e

tonificação muscular;

Planear Massagens de Relaxamento;

Ensinar/Instruir/Treinar técnicas de massagens de relaxamento;

Ensinar/Instruir/Treinar marcha a três pontos, com equipamento adaptativo

para a marcha (tripé ou quadripé)

Incentivar à prática da Natação (EVITAR A FADIGA)

Incentivar / Instruir / Educar auto-cuidado – Actividade Física (Intercalar

Períodos de Repouso com Períodos de Actividade).

Diagnósticos- Precaução Segurança – Conhecimento não demonstrado

sobre cuidados com a regulação da temperatura


Ensinar / Instruir sobre hábitos de controlo da Temperatura Corporal – evitar

a exposição a ambientes quentes, ao calor e aos banhos de água

quente.


Diagnósticos- Interação de Papéis e Bem Estar - Auto-Imagem/Auto-Estima

Diminuídas (Aceitação; amor; auto-realização; aspectos gregários…)



Encorajar a comunicação expressiva de emoções;

Encorajar a interacção de papéis;

Reforçar Confiança;

Reforçar crenças de saúde: capacidade de execução;

Promover escuta activa;

Promover envolvimento da família;

Encaminhar a Pessoa para grupos de entreajuda

Associação de Esclerose Múltipla ou Sociedade

Nacional de Esclerose Múltipla

Esen

fc –

EM

CR

An

o L

ecti

vo

2013

-2014

Esclerose Múltipla.pdf

Documents

Transcript of Esclerose Múltipla.pdf