Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentado
Como contribuir para o desenvolvimento
sustentável através da utilização de equipamentos mais eficientes nas nossas casas?
Fábio Daniel Cruz Dias
Inês Azevedo da Costa
Manuel António Ferrinho Semedo
Manuel Lima Soares de Miranda
Roberto Carlos da Silva Estêvão
Silvino José Ferreira Martins Machado
Relatório do projecto FEUP
MIEM- Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica
Supervisor: Professora Ana Rosanete Lourenço Reis
Monitor: Sílvio Reis
Índice
Resumo
1. – Introdução 1
1.1. – Enquadramento 1
1.2. – Desenvolvimento sustentável 2
1.3. – Equipamentos eficazes 4
1.4. – Objectivo 6
1.5. – Método 7
2. – Electrodomésticos e sua evolução 8
3. – Evolução do Consumo 14
4. – Enquadramento legal 20
4.1. – Plano Legal 20
4.1.1. – Medidas de Remodelação 20
4.1.2. – Condicionantes Legais 22
4.2. – Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética 23
4.3. – Etiquetas energéticas 25
5. – Estudo sobre os equipamentos domésticos 32
6. – Análise dos equipamentos domésticos 34
7. – Conclusão 35
8. – Referências Bibliográficas 36
Resumo
O subtema ‘Como contribuir para o desenvolvimento sustentável através
da utilização de equipamentos mais eficientes nas nossas casas’, derivado do
tema ‘Energias Renováveis e Desenvolvimento sustentado’, é bastante
complexo e, consequentemente, implica uma cuidadosa selecção dos assuntos
que se quer abordar e uma boa organização e estrutura.
Na verdade, decidiu-se determinar como objectivos fulcrais os seguintes
itens: analisar, em termos de eficiência energética, soluções tecnológicas mais
recentes em comparação com soluções anteriores; conhecer as condicionantes
legais e as metas correspondentes; compreender o potencial de poupança em
casa agora e no futuro.
Deste modo, após a estruturação inicial do relatório, dividiu-se os vários
pontos a abordar pelos sete elementos do grupo e estabeleceram-se prazos e
reuniões para discutirmos e aprofundarmos o subtema. Contudo, como os
horários entre os elementos não são muito compatíveis, tornou-se complicado
encontrarmo-nos e desenvolver mais o nosso trabalho.
Relativamente ao método de abordagem do tema, procurou-se
pesquisar na internet, como por exemplo, no site da biblioteca da FEUP e,
sobretudo, em livros e revistas com bons artigos.
Conclui-se que num projecto de trabalho é essencial espírito de trabalho
em grupo e uma pesquisa bem seleccionada e objectiva.
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1. – Introdução 1.1. – Enquadramento
De modo a contribuir para um desenvolvimento sustentável, devemos
não só adquirir equipamentos eficientes como utilizá-los também de forma
eficiente. Equipamentos mais eficientes, embora tenham valor mais elevado, a
longo prazo são mais rentáveis pois consomem menos energia, o que diminui
as despesas domésticas, como também contribui para minimizar o impacto
ambiental. Os esforços por tornar e criar equipamentos mais eficientes cresce
cada vez mais, com o objectivo de no futuro, os equipamentos domésticos
serem auto-suficientes ou cujo impacto ambiental seja mínimo.
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1.2. – Desenvolvimento sustentável
A existência de uma ligação directa entre o uso que fazemos da energia e os
efeitos nocivos provocados consequentemente pela produção, transformação e
utilização dessa energia tem vindo a influenciar negativamente o meio ambiente.
Deste modo, faz todo o sentido trabalhar em prol de um desenvolvimento sustentável
através da utilização de equipamentos mais eficientes nas nossas casas.
O que é o desenvolvimento sustentável?
O conceito de desenvolvimento sustentável é a base para iniciarmos o tema
‘Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentado’ e, deste modo, o
subtema ‘Como contribuir o desenvolvimento sustentável através da utilização
de equipamentos mais eficientes nas nossas casas’. Assim, pode-se afirmar
que o desenvolvimento sustentável procura satisfazer as necessidades da
geração actual e não comprometer as gerações futuras de satisfazerem as
suas próprias necessidades e evolução, ou seja, criar condições para que as
pessoas agora e no futuro possam atingir um nível satisfatório de
desenvolvimento social e económico e de realização humana e cultural,
fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e
preservando as espécies e os habitats naturais.
O conceito de desenvolvimento sustentável é um conceito que abrange
várias áreas, assentando essencialmente num ponto de equilíbrio entre o
crescimento económico, equidade social e a protecção do ambiente.
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O desenvolvimento sustentável assenta em três eixos:
Ambiental
Uma diminuição da poluição/danos provocados pelo desenvolvimento em
questão a uma razão tal que evite ao máximo criar a médio/longo prazo
consequências graves a nível ambiental.
Social
Permitir um desenvolvimento a nível social que não venha em última
instancia por em causa o desenvolvimento e a vida das gerações futuras.
Económico
Permitir o melhoramento da produtividade e competitividade, no sentido de
assegurar o fornecimento de produtos e serviços de alta qualidade e de
contribuir para o desenvolvimento da economia nacional. Para alcançar estes
objectivos, deve-se apostar na inovação e na qualidade.
4
1.3. – Equipamentos eficazes
O que são equipamentos mais eficazes? Como identificá-los?
A mudança do nosso modo de vida aliada ao desenvolvimento da nova
tecnologia é essencial para se assegurar um melhor nível de vida no presente
e, consequentemente, no futuro. Actualmente, a quantidade e variedade de
opções que existem no mercado podem contribuir para esta mudança se a
sociedade for alertada e informada para os graves perigos que advêm das
escolhas que se fazem no dia-a-dia.
Assim, com o desenvolvimento da nova tecnologia, uma das opções a que
o indivíduo pode recorrer é o uso de equipamentos mais eficientes que poderão
contribuir para a sustentabilidade do meio ambiente recorrendo, por exemplo,
ao uso de recursos renováveis, a diminuição das perdas de energia e, deste
forma, garantir uma boa qualidade de vida à geração futura. Deste modo, é
necessário que estes equipamentos venham a adquirir um aumento da sua
utilização e um melhor funcionamento e eficiência.
Relativamente aos equipamentos domésticos mais eficientes, o
desenvolvimento de formas de habitar mais sustentáveis, visando
simultaneamente a optimização dos recursos ambientais e a satisfação das
exigências habitacionais, afigura-se cada vez mais como um importante
objectivo. Para tal situação, podem ser adoptados várias estratégias que
permitem melhorar a eficiência energética da habitação, como por exemplo,
optar por recorrer ao uso de lâmpadas fluorescentes ou fluorescentes
compactas com o intuito de diminuir significativamente os gastos de energia,
utilizar materiais na construção de uma casa que controlem da melhor forma as
perdas e ganhos de energia através do isolamento, do tipo de janelas ou do
sombreamento e controlar o modo de aquecimento sanitário. Por outro lado,
cada cidadão deve estar alertado para a utilização das etiquetas energéticas
5
que têm como objectivo classificar os electrodomésticos quanto ao seu grau de
eficiência energética.
Assim sendo, através destes equipamentos referidos superficialmente e
outros que ir-se-á abordar mais pormenorizadamente ao longo do relatório o do
restante trabalho de grupo, a sociedade reúne as condições suficientes para
alcançar o objectivo pretendido: assegurar as condições essenciais para a
geração actual e futura possa usufruir racionalmente dos recursos não
renováveis e, principalmente, de uma boa qualidade de vida.
Conclui-se que a contribuição para o desenvolvimento sustentável devido à
utilização de equipamentos mais eficientes nas nossas casas se interligam
numa cadeia tal que permite afirmar que numa gestão ideal da Humanidade
estes dois conceitos não existem em separado.
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1.4. – Objectivos Conhecer as condicionantes legais e as metas correspondentes;
Analisar, em termos de eficiência energética, soluções tecnológicas mais
recentes em comparação com soluções anteriores;
Compreender o potencial de poupança em casa agora e no futuro;
Enquadrar o problema no plano mais geral da sustentabilidade ;
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1.5. – Método
Através de pesquisas realizadas em recursos informáticos e livros,
procura-se compreender a importância do uso de equipamentos domésticos
eficientes de forma a contribuir para um desenvolvimento sustentável, sendo
analisadas soluções tecnológicas que aumentam a eficiência energética, em
contraste com equipamentos anteriores. Os equipamentos domésticos
representam um consumo massivo de energia pelo que é essencial transmitir
informação para a aquisição de equipamentos eficientes, promovendo o
desenvolvimento sustentável.
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2. – Electrodomésticos e sua evolução
Máquina de lavar
As quantidades de energia usada pela máquina de lavar são
teoricamente igual á quantidade e temperatura da água necessária para lavar.
No que confere a estas máquinas as melhorias situaram-se na substituição das
máquinas com agitador e propulsor por máquinas de tambor reduzindo
drasticamente de cerca de 20 litros para 5 litros a quantidade de água
necessária.
Gráfico 1 – Consumo energético nos anos 60. (In Sustainable Development Concepts and Approaches. www.nssd.net)
Nos anos 60´s o consumo energético foi reduzido em 40% devido á
substituição do sistema de tubo por um sistema de tambor. A partir daí foi
reduzida a quantidade de água necessária, provocando uma redução de 33%
em relação ao anterior.
Nos anos 70´s foram introduzidos os programas ecológicos para roupas em
algodão na programação das maquinas de lavar, usando 10 a 20% menos
energia que um programa normal.
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Deste modo, futuramente, poderá evoluir-se no sentido da contínua redução
de quantidade e temperatura da água usada nas lavagens e a nível dos
detergentes que poderão ser em teoria desenvolvidos para que permitam lavar
abaixo de 60º.
Máquinas de secar
Existem dois tipos de máquinas de secar de exaustor com controlo de
tempo ou humidade e máquinas de condensador com circuito de ar fechado,
arrefecido por água ou ar.
Em relação a estes equipamentos existem duas principais preocupações:
A quantidade de água a ser removida;
A temperatura do ar usado para secar a roupa (que irá influenciar o
tempo de secagem).
As máquinas disponíveis no mercado já permitem uma boa gestão da
energia gasta, desempenhando o consumidor um papel importante nos hábitos
de consumo.
Máquinas de lavar louça
Uma máquina de lavar louça normal utiliza 21% da energia para aquecer
a louça, 41% para aquecer a água, 18% na condução da energia, 16% em
perdas/dissipação de calor e 4% na secagem da loiça. (100% = 2.55 kWh).
10
Consumo de energia em
kWh para uso diário em
programa completo.
Consumo de água em
litros.
1970 2.8 65
1978 2.55 50
Poupa 9% 23%
Tabela 1 – Classificação da máquina de lavar louça. Normal.
(In Sustainable Development Concepts and Approaches. www.nssd.net)
Depois da introdução dos programas económicos.
Consumo em kWh Consumo de água em
litros
Programa normal mais
eficiente
2.55 50
Programa económico 2.0 35
Poupa 22% 30%
Tabela 2 – Classificação da máquina delavar louça normal, após introdução de programas económicos.
(In Sustainable Development Concepts and Approaches. www.nssd.net)
No futuro estes equipamentos poderão ser melhorados através da
redução de perdas de calor por radiação (que constitui 16% da energia total). A
utilização do calor gerado durante o processo para secagem da loiça e a
redução da quantidade de água (41 % da energia consumida é usada no
aquecimento da água) serão outros processos para a diminuição dos
consumos.
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Refrigeradores (frigoríficos, congeladores, etc)
As inovações neste campo estão cingidas ao melhoramento do isolamento
usando polyurethano ou outro material do mesmo género, na redução dos pontos mais
voláteis a nível térmico, melhoramento do sistema de refrigeração e no isolamento das
portas.
Devido ao uso de um melhor isolante podemos observar a drástica
redução de energia.
Gráfico 2 – Redução de energia devido ao uso de polyurethano.
(In Sustainable and Development. http://www.solvay.pt)
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Fogões
O consumo de energia característico destes equipamentos ronda 80-
90%.
A figura a seguir mostra de que forma poderemos melhorar a eficiência
deste equipamento.
Fig. 1 – Melhoramento da eficiência do fogão.
(In Sustainable and Development. http://www.solvay.pt)
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Novas tecnologias
O aquecimento de água através da energia solar reduz o consumo de
energia da rede para 30-45%;
O aquecimento ambiente através do cumprimento das normas de
RCCTE (Regulamento de características de comportamento térmico dos
Edifícios;
Sistemas de recuperação e reaproveitamento de calor;
Mecanismos de aquecimento para a água das torneiras;
Recurso a energias renováveis.
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3. – Evolução do Consumo
Ao longo do tempo tem-se verificado o enorme desenvolvimento da comunidade mundial, sendo a revolução industrial o processo marcante do inicio de consumo de energia de forma massiva.
O constante crescimento populacional e desenvolvimento da economia, que proporciona maior poder de compra são factores, entre outros, fundamentais para compreender o aumento do consumo energético mundial nos últimos anos.
Os seguintes gráficos apresentam a produção de energia eléctrica necessária para satisfazer o consumo, a nível mundial.
Gráfico 3 – Variação dos valores do consumo de energia no mundo.
(1)
Por observação do gráfico, é notável que todos os continentes do planeta, nos últimos anos, estão em constante aumento do consumo de energia, principalmente a Ásia, sendo um continente fortemente industrializado, com grande prosperidade económica e cuja população representa grande parte da totalidade mundial. É de salientar também a grande semelhança de
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consumo de energia entre América latina (S.& cent. America) e África, e Europa e Norte América. Por último, é relevante mencionar que o consumo de energia a nível mundial tem tendência a aumentar, pelo que se devem tomar medidas para promover a poupança e eficiência energética.
Gráfico 4 – Variação dos valores do consumo de energia.
(1)
Neste gráfico nota-se que apenas o continente asiático conseguiu reduzir o consumo de energia durante 2008, relativamente ao ano 2007. Ainda, verifica-se que todos os continentes aumentaram o consumo energético ao comparar os anos 1990 e 2008, o que levou ao aumento de 100% a nível mundial, isto é, em 2008 o consumo energético é aproximadamente o dobro do consumo energético em 1990. No ano passado, a Agência de Informação sobre Energia, um órgão do governo americano, previu que, mantidas as actuais condições, o consumo mundial de energia aumentaria 50% até 2030.
Por isto, a preocupação mundial expressa por várias organizações e governos em promover o desenvolvimento sustentável, isto é, continuar com o desenvolvimento da sociedade actual, mas sem afectar as gerações futuras, através de normas que controlem e promovam a eficiência energética, em principal de produtos ou equipamentos que consomem energia eléctrica e que são de uso constante.
É cada vez maior o número de famílias e consequentemente maior será o consumo de energia, representando grande parte da energia consumida, pelo
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que a eficiência energética dos equipamentos domésticos é muito importante para diminuir o consumo energético mundial.
Consumo de energia em Portugal
Gráfico 5 – Variação do consumo de energia em Portugal.
(In O empenhamento da EDP na mudança do paradigma energético. 2007. http://www.renae.com.pt/_fich/22/3SemRen_P3_EDP.pdf)
Em Portugal, o consumo energético tem aumentado na maior parte dos sectores, apenas o sector da agricultura e Pesca tem diminuído devido à migração populacional para as cidades. O sector de transportes e o sector industrial são os de maior consumo energético, sendo o sector doméstico o terceiro de maior consumo energético. Com o objectivo de aumentar a eficiência energética a nível doméstico, para além das etiquetas energéticas e uso eficiente dos electrodomésticos também foram criadas soluções construtivas para aproveitar a luz solar e evitar o uso de lâmpadas durante o dia, ou também aproveitar a luz como forma de aquecimento durante o inverno.
Assim, uma utilização mais racional de energia, apenas em Portugal, permitiria poupar 178 milhões de euros por ano, concluiu um índice elaborado pela Union Fenosa. Constatou-se que os portugueses podem poupar cerca de 10% da energia que consomem, ou seja, 1.857 gigawatts/hora o que daria para iluminar 714 mil casas durante um ano.
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Consumo energético de alguns utensílios domésticos
Os aparelhos eléctricos das nossas casas devem ser analisados pela potência que consomem e pelo tempo médio que ficam ligados. Um aparelho de baixa potência, mas que fica ligado por longos períodos pode ser equivalente a outro de potência alta, mas que permanece ligado por pouco tempo. O combinado é um dos electrodomésticos que tem dos consumos mensais mais elevados (47,4Kwh) e a sua potências apenas ronda os 140Watts, esta realidade deriva do facto de este utensílio estar permanentemente ligado.
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1094,447,43020,416,516,215,6151212641,10,2
Fogão eléctrico 4 chapas
CombinadoMáquina de lavar a loiça
ExaustorTV a cores de 29''
Computador
VentiladorLâmpada incândescente
Ferro eléctricoMicroondas
Máquina de lavar a roupa
TorradeiraLiquidificador
Escova de dentes eléctrica
Consumo mensal (Kwh)
Gráfico 7 – Consumo mensal de alguns utensílios domésticos.
(2)
(1) Gráficos realizados com base na informação disponível em: Historical data-workbook.
http://www.bp.com/productlanding.do?categoryId=6929&contentId=7044622 (accessed october 14).
(2) Gráficos realizados com base na informação disponível em: Consumo de electrodomésticos. http://www.radames.manosso.nom.br/ambiental/index.php/energia/68-consumo-de-eletrodomesticos (accessed october 14).
20
4. – Enquadramento legal 4.1 – Plano legal
A criação de legislação nesta área para dificultar a comprar de aparelhos
ineficientes, como atribuição de taxas a estes produtos, tem como objectivo
reduzir a sua venda para que em 2015 seja possível alcançar a meta de uma
quota anual de venda de 90% em aparelhos eficientes. Assim, prevê-se uma
poupança na ordem dos 4,5 ktep em 2015.
4.1.1- Medidas de remodelação
Este ponto está relacionado com a vertente do aproveitamento e
desperdício de calor dentro das habitações.
Umas das medidas será a substituição de vidros que não são eficientes
energeticamente por vidros duplos e caixilharia com corte térmico. Com esta
medida será possível poupar bastante energia, 3,7 ktep, na utilização de
aquecedores, dado que os vidros das residências são responsáveis por uma
boa fatia das perdas de calor.
O isolamento eficiente é outra medida a ter em conta pois, tal como os
vidros são responsáveis por perdas de calor também os isolamentos
ineficientes usados na maioria das habitações provocam a perda de energia.
Assim através da reabilitação do isolamento de residências pretende-se poupar
cerca de 2 ktep em 2015.
A medida calor verde consiste em incentivar o uso de recuperados de
calor como alternativa a sistemas de aquecimento como a lareira, esperando-
21
se que sejam instalados cerca de 20.000 recuperadores de calor por ano até
2015, pois, uma lareira permite apenas a recuperação de 15% do calor gerado
enquanto que um recuperador chega aos 90%. Sendo os recuperadores de
calor considerados uma fonte de energia renovável é possível reduzir o seu
valor em 30%. Conclui-se que serão poupados cerca de 16 ktep até 2015 com
esta medida.
Renovação de equipamento de escritório
O objectivo desta renovação é substituir os computadores de secretária de
baixa eficiência por portáteis de baixo consumo, pretendendo-se substituir
200.000 computadores anualmente. Assim sendo, o impacto desta medida irá
ser maior nos edifícios de escritórios do que nas residências embora n deixa
ser importante nas habitações.
22
4.1.2 – Condicionantes legais
A partir de 2007, a União Europeia propôs-se a reduzir em 20% o
consumo de energia em todos os países pertencentes, através do Plano de
Acção para a Eficiência Energética. Para ser possível atingir os objectivos
deste plano, a União Europeia decidiu aumentar a eficiência dos produtos,
edifícios e serviços, isto é, com menos energia fornecida fazer o mesmo ou
ainda mais.
Em termos de poupança de energia e melhoramento de eficiência
energética, Portugal tem como objectivo poupar 27% de energia no sector
familiar, 30% nos edifícios comerciais, 26% nos transportes e 25% na indústria
transformadora.
Se Portugal cumprir estes objectivos, o resto dos países pertencentes à
União Europeia cumprirem também, então será possível reduzir em 20% os
consumos energéticos europeus.
No dia-a-dia, normalmente vê-se a legislação aplicada em vários sítios,
sendo mais comum ver-se nos electrodomésticos. Estes aparelhos, são
classificados conforme a sua eficiência energética.
23
4.2 – Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética
Figura 2 – Plano Nacional.
(In http://bdjur.almedina.net/item.php?field=node_id&value=1318264)
Em 2008 foi aprovado em Conselho de Ministros o Plano Nacional de
Acção para a Eficiência Energética (PNAEE). O documento consiste num
grande número de programas e medidas que visam ajudar Portugal a cumprir
as metas impostas pela EU em termos de eficiência energética. Relativamente
às residências, o PNAEE desenvolveu um programa chamado “Renove Casa e
Escritório”. Assim sendo, o programa está divido em 4 partes, consideradas
essenciais, que são as seguintes: substituição de equipamentos, desincentivo á
aquisição de novos equipamentos ineficientes, medidas de remodelação e
medida de renovação de equipamento de escritório. Deste modo, através
destas medidas é pretendido economizar-se energia na ordem dos 180 ktep*
em 2015. (* tep (tonelada equivalente de petróleo) = 10800 kcal, ou seja, a
quantidade de energia libertada na combustão completa de uma tonelada de
petróleo).
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Substituição de equipamentos
O principal objectivo deste programa é, tal como o nome sugere, a
substituição de equipamentos velhos e ineficientes por outros mais actuais com
um rendimento energético superior. Deste modo, como incentivo para a compra
de equipamentos de frio (frigoríficos e congeladores), foi criado um programa
de comparticipação que oferece um cheque no valor de 100€ na compra de um
aparelho destes de Classe A++ e um cheque de 50€ na compra de um
aparelho de classe A+. Assim, esta medida visa aumentar a compra de
produtos de classes superiores de eficiência, fazendo com que esse aumento
provoque uma maior disponibilidade destes aparelhos no mercado. Esta
medida poderá vir a ter um impacto que permitirá a poupança de 97.5 ktep em
2015.
Porém, em relação ás máquinas de tratamento de roupa foram criados
incentivos á aquisição de produtos de classe superior a A com o intuito de
aumentar a sua compra e produção, esperando-se poupar cerca de 14 ktep em
2015.
No que diz respeito à iluminação, serão criados programas nacionais de
substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes. Convém
referir que a iluminação representa cerca de 14% do consumo eléctrico
nacional, prevendo-se uma poupança de 75 ktep com esta medida em 2015.
25
4.3- Etiquetas energéticas
A etiqueta energética informa o consumidor das características
ambientais e energéticas do produto, características estas que só podem ser
analisadas nestas etiquetas. Assim o consumidor consegue saber quais os
produtos que ajudam a preservar o ambiente, durante a sua utilização, mas
também na sua destruição.
Actualmente, a etiqueta mais utilizada nos electrodomésticos é a
Etiqueta Energética da EU.
Fig. 3– Etiqueta energética.
(In http://www.inmetro.gov.br/consumidor/img/etiqueta.gif)
26
Além disso, indica o tipo de equipamento, o nome do fabricante, a marca
comercial, o modelo, a eficiência energética, o consumo mensal de energia
(conforme o esquema) e informa sobre o volume do equipamento.
Quais os equipamentos etiquetados na UE?
Na EU, são etiquetados os seguintes equipamentos eléctricos:
Frigoríficos e congeladores;
Máquinas de secar roupa;
Máquinas de lavar roupa;
Máquinas de lavar e secar roupa;
Máquinas de lavar louça;
Iluminação;
Fornos eléctricos.
Como são atribuídas as classes aos vários electrodomésticos?
As classes são atribuídas através da comparação dos consumos dos
vários equipamentos de uma categoria com a média do consumo de esse
categoria. Contudo, como os electrodomésticos têm diferentes funções, os
dados sobre os consumos são obtidos de diferentes maneiras.
Frigoríficos/combinados e arcas congeladoras
Para classificar este género de equipamentos, existe um índice de
eficiência energética (EEI) que relaciona o consumo de um aparelho e o
consumo médio da categoria desse aparelho e que pode ser expresso em
percentagens.
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Classe de eficiência
energética
Diferença de consumos (em
relação à média)
A Superior a –45%
B de –45% a –25%
C de –25% a –10%
D de –10% a 0
E de 0 a +10%
F de +10% a +25%
G Superior a +25% Tabela 3 – Classificação dos frigoríficos e arcas congeladoras. (3)
Nesta categoria de electrodomésticos, os equipamentos de classe inferior a
D são proibidos de ser vendidos no mercado. Para além disto, existem também
nesta categoria as classes A+ e A++, pois a evolução nestes equipamentos foi
tal que houve necessidade de criar estas classes. Estas são as classes que
melhor fazem ao ambiente e que mais o protegem.
Máquinas de secar roupa
O consumo (kWh/kg) destes equipamentos é calculado durante um ciclo
de carga máxima de algodão (ciclo padrão). Assim, conforme os resultados são
atribuídas as classes de A a G.
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Consumos (kWh/kg)
Classe de eficiência
energética
Máquinas de Secar por
Extracção
Máquinas de Secar por
Condensação
A C ≤ 0,51 C < 0,55
B 0,51 < C ≤ 0,59 0,55 < C ≤ 0,64
C 0,59 < C ≤ 0,67 0,64 < C ≤ 0,73
D 0,67 < C ≤ 0,75 0,73 < C ≤ 0,82
E 0,75 < C ≤ 0,83 0,82 < C ≤ 0,91
F 0,83 < C ≤ 0,91 0,91 < C ≤ 1
G C > 0,91 C > 1 Tabela 4 – Classificação das máquinas de secar roupa. (3)
Máquinas de lavar roupa
À semelhança das máquinas de secar roupa, as máquinas de lavar
roupa são sujeitas a ciclos de lavagem de tecidos de algodão a 60ºC, e os
consumos em kWh/kg são medidos. Além disso, dependendo destes
resultados são atribuídas as várias classificações.
Classe de eficiência
energética Consumos (kWh/kg)
A C ≤ 0,19
B 0,19 ≤ C ≤ 0,23
C 0,23 < C ≤ 0,27
D 0,27 < C ≤ 0,31
29
E 0,31 < C ≤ 0,35
F 0,35 < C ≤ 0,39
G C > 0,39 Tabela 5 – Classificação das máquinas de lavar roupa
(3)
Máquinas de lavar e secar roupa
O método utilizado para classificar estes equipamentos são iguais aos
métodos utilizados para classificar as máquinas de lavar roupa.
Classe de eficiência
energética Consumos (kWh/kg)
A C ≤ 0,68
B 0,68 < C ≤ 0,81
C 0,81 < C ≤ 0,93
D 0,93 < C ≤ 1,05
E 1,05 < C ≤ 1,17
F 1,17 < C ≤ 1,29
G C > 1,29 Tabela 6 – Classificação das máquinas de lavar e secar roupa.
(3)
Máquinas de lavar louça
Para classificar as máquinas de lavar louça, utiliza-se a relação entre o
consumo do equipamento e o consumo de referência.
Classe de eficiência
energética Diferença de Consumos
A Superior a –36%
B de –36% a –24%
30
C de –24% a –12%
D de –12% a 0
E de 0 a +12%
F de +12% a +24%
G Superior a +24% Tabela 7 – Classificação das máquinas de lavar louça.
(3)
Iluminação
Pode-se classificar a iluminação doméstica em lâmpadas
incandescentes e lâmpadas fluorescente, e dentro destas, as incandescentes
podem ser clássicas, ou de halogéneo, e as fluorescentes podem ser tubulares
ou compactas (CFL).
Efectivamente, as lâmpadas incandescentes clássicas são as de custo
mais reduzido, porém em contrapartida apenas 5% da energia eléctrica é
convertida em luz, o que faz com que o rendimento desta seja extremamente
reduzido. As lâmpadas incandescentes de halogéneo são ligeiramente mais
eficiente, conseguem aproximar-se da luz natural, contudo, têm dois
problemas, por um lado, consomem muito mais energia que as clássicas e, por
outro, a sua temperatura tende a subir demasiado, o que pode ser perigoso
junto a certos materiais dentro de casa (cortinas, panos, entre outros).
As lâmpadas fluorescente têm um mecanismo em que quando a
electricidade passa por vapor de mercúrio (gás), liberta-se uma luz ultravioleta.
Esta luz, em contacto com a superfície interna da lâmpada, revestida de um pó
fluorescente, que transforma a radiação ultravioleta em luz visível.
As lâmpadas fluorescentes tubulares são muito eficazes, mas
necessitam de luminárias próprias, que são inestéticas. No que toca às
lâmpadas fluorescentes compactas, são uma alternativa às lâmpadas
incandescentes clássicas, e nos últimos anos, devido ao desenvolvimento
tecnológico, a qualidade da luz tem aumentado, chegando a atingir uma
luminosidade perto das lâmpadas incandescentes clássicas, o seu tamanho e
peso tem vindo a reduzir, e alguns problemas que existiam na trepidação e no
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tempo de arranque têm vindo também a diminuir. Em relação aos consumos
energéticos e eficiência, é neste ponto que as lâmpadas fluorescentes
compactas têm grande vantagem, pois uma CFL consome 5 a 6 vezes menos,
dura 15 vezes mais e a sua eficiência é 4 a 8 vezes superior.
Além disso, para classificar as lâmpadas, mede-se em laboratório a
potência absorvida e compara-se com a potência estabelecida pelas normas e
à razão entre as duas grandezas dá-se o nome de índice de eficiência
energética (EEI). No entanto, existe uma particularidade em relação à classe A:
apenas é atribuída a lâmpadas fluorescentes sem balastro integrado e com
elevado rendimento. Deste modo, todas as lâmpadas que não tenham as
características referente à classe A são classificadas de B a G.
Classe de
eficiência energética Índice de Eficiência Energética
A
Para lâmpadas fluorescentes sem balastro
integrado e de rendimento elevado
B EI < 60%
C 60% ≤ EI < 80%
D 80% ≤ EI < 95%
E 95% ≤ EI < 110%
F 110% ≤ EI < 130%
G EI ≥ 130% Tabela 8 – Classificação das lâmpadas fluorescentes. (3)
32
5. –Estudo sobre equipamentos de cozinha
A++ A C G
Consumo (Kwh) 178 185 200 245
Custo (€) 22,61 23,42 25,25 31,08
Potência (Watts) 7340 7340 7340 7340
Frigorifico
Máquina de lavar a roupa
Microondas
Máquina de lavar a louça
Iluminação
Exaustor
Forno eléctrico
Placa vitrocerâmica
33
Fig. 4 – Planta de uma cozinha. Tabela 8 – Consumo de energia segunda as etiquetas energéticas.
(4)
Fornos eléctricos
Os fornos eléctricos têm várias funções, dependendo da maneira que se
quer cozinhar. A sua etiquetagem é feita de acordo com os consumos de
energia (kWh) para as funções de aquecimento do compartimento com base na
carga normalizada, consumos estes determinados com base nos
procedimentos de ensaio das cargas normalizadas.
Classe de
eficiência
energética
Consumo de Energia (kWh) com base na carga
normalizada
Pequeno (entre
12l a 35l de
volume)
Médio (entre
35l a 65l de
volume)
Grande
(superior a 65l de
volume)
A E < 0.60 E < 0.80 E < 1.00
B 0.60 ≤ E < 0.80
0.80 ≤ E <
1.00 1.00 ≤ E < 1.20
C 0.80 ≤ E < 1.00
1.00 ≤ E <
1.20 1.20 ≤ E < 1.40
D 1.00 ≤ E < 1.20
1.20 ≤ E <
1.40 1.40 ≤ E < 1.60
E 1.20 ≤ E < 1.40
1.40 ≤ E <
1.60 1.60 ≤ E < 1.80
F 1.40 ≤ E < 1.60
1.60 ≤ E <
1.80 1.80 ≤ E < 2.00
G E ≥ 1.60 E ≥ 1.80 E ≥ 2.00 Tabela 9 – Classificação dos fornos eléctricos. (3)
34
(3) Tabelas elaboradas com base na informação disponível em: www.p3e-
portugal.com/ficheiros/2/1/eficiencia.pdf.
(4) Tabela elaborada com base num simulador de energia proporcionado pela EDP em:
http://www.servicos.edp.pt/download/flash/Simulador.html#home.
6. – Análise dos equipamentos domésticos
A mudança do nosso modo de vida aliada ao desenvolvimento da nova
tecnologia é essencial para se assegurar um melhor nível de vida no presente
e, consequentemente, no futuro. Actualmente, a quantidade e variedade de
opções que existem no mercado podem contribuir para esta mudança se a
sociedade for alertada e informada para os graves perigos que advêm das
escolhas que se fazem no dia-a-dia. Assim, com o desenvolvimento da nova tecnologia, uma das opções a
que o indivíduo pode recorrer é o uso de equipamentos mais eficientes que
poderão contribuir para a sustentabilidade do meio ambiente recorrendo, por
exemplo, ao uso de recursos renováveis, a diminuição das perdas de energia
e, deste forma, garantir uma boa qualidade de vida à geração futura. Deste
modo, é necessário que estes equipamentos venham a adquirir um aumento da
sua utilização e um melhor funcionamento e eficiência. Relativamente aos equipamentos domésticos mais eficientes, o
desenvolvimento de formas de habitar mais sustentáveis, visando
simultaneamente a optimização dos recursos ambientais e a satisfação das
exigências habitacionais, assegura-se cada vez mais como um importante
objectivo. Para tal situação, podem ser adoptados várias estratégias que
permitem melhorar a eficiência energética da habitação, como por exemplo,
optar por recorrer ao uso de lâmpadas fluorescentes ou fluorescentes
compactas com o intuito de diminuir significativamente os gastos de energia,
35
utilizar materiais na construção de uma casa que controlem da melhor forma as
perdas e ganhos de energia através do isolamento, do tipo de janelas ou do
sombreamento e controlar o modo de aquecimento sanitário. Por outro lado,
cada cidadão deve estar alertado para a utilização das etiquetas energéticas
que têm como objectivo classificar os electrodomésticos quanto ao seu grau de
eficiência energética.
7. – Conclusão
Um desenvolvimento sustentável sugere que não se pense apenas em
questões económicas e sociais mas também nas questões ambientais e
energéticas. E é isso que sugerimos no nosso trabalho, que as pessoas
pensando nestes aspectos todos escolham as melhores soluções para a sua
casa.
Uma maior eficiência dos vários electrodomésticos significa poupança de
energia e de dinheiro pelo que é altamente aconselhável que todos adquiram
produtos classe A ou superior. Medidas mais simples e comuns como: não
deixar computadores, rádios, televisores, carregadores de telemóveis ligados o
dia todo também são importantes para um uso regrado dos recursos
energéticos disponíveis. Só assim, mudando os nossos comportamentos e
mentalidades, é que iremos conseguir atravessar este período de crise
energética e económica que atinge o globo para não comprometermos o futuro
das próximas gerações.
8. – Referências bibliográficas
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36
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(accessed october 9, 2009)
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37
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. 2009 http://pt.wikipedia.org (accessed October 13)
ACÇÃO PARA A EFICIENCIA ENERGETICA. 2009. http://bdjur.almedina.net/item.php?field=node_id&value=1318264 (accessed October 14)
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