Conteudista: Antônio José Lopes Bigode
EPISÓDIO 09
O Gongo de Anyang
AS CHAVES DE MARDUMTV ESCOLA
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O s irmãos Cacá e Nina chegam com os pais à casa em que passarão as fé-rias. Eles não veem a hora de explo-rar tudo. Mas por onde começar? Pelo quarto de despejo da casa! Uma estante empoeirada chama a aten-ção dos irmãos. Na verdade, não é uma estante comum. Atrás dela as crianças encontram uma porta que os leva direto para a oficina de Ano-nimus, outro lugar repleto de obje-tos interessantes, como uma flauta mágica – a flauta de Hamelin. Ela é uma das chaves musicais que dá a quem as tiver o direito ao trono de Mardum, um mundo extremamente colorido e musical.
A LUTA PELO TRONOAnonimus foi escolhido pelo bom rei Ghor para proteger as chaves mágicas e, assim, evitar que elas caiam nas mãos do terrível Rum-pus, seu ambicioso irmão. Mas as chaves estão perdidas e preci-sam ser recuperadas o mais rápido possível. Para realizar essa missão, Anonimus contará com a ajuda de Nina e Cacá que, além de muito corajosos, adoram uma aventura. E aventura é o que não vai faltar para eles e também para seus alu-nos, professor (a). Até recuperar as chaves musicais, os irmãos passarão por muitas peripécias.
Professor (a), nos episódios de O Mundo de Mardum, Cacá e Nina circulam entre o real e o imaginá-rio: o Mundo Paralelo de Mardum. Mas tanto lá quanto cá, as crianças usam conhecimentos, ou concei-tos matemáticos, para enfrentar os desafios que encontram. Os seus alunos, certamente, também fazem isso, por isso é importante valorizar os conhecimentos prévios que eles já têm, tanto em relação aos temas e questões que são explorados nesta série quanto em outros momentos em que os conteúdos matemáticos são estudados.
Bom divertimento a todos vocês!
MATEMÁTICA E NOVAS MÍDIAS
Mundo ParaleloNos episódios, o mundo paralelo de Mardum é uma referência ao universo paralelo,
teoria desenvolvida pelos físicos em que eles buscam comprovar a existência de outra realidade que é paralela, ou existe ao mesmo tempo, à realidade na qual vivemos.
No mundo mágico de Mardum Na série, Cacá e Nina usam seus conhecimentos matemáticos para enfrentar desafios
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O Gongo de Anyang
a eterna disputa entre Ghor e seu malvado irmão, os habitantes de Mardum nunca estão seguros. Basta uma distração do rei e uma trapalha-da de sua guarda real para que o reino caia em poder de Rumpus. Até aqui, no entanto, o rei e seu palácio estive-ram protegidos graças aos poderes de um gongo mágico, como você e seus alunos conferem neste episódio.
Anonimus é quem conta para a turma todos os detalhes dessa his-
tória intrigante, que envolve misté-rios e lendas sobre os potes de ouro que existiriam atrás dos arco-íris. O famoso gongo de Mardum foi mol-dado com o precioso metal de um desses potes e há outros deles no reino, assegura o guloso guardião das chaves mágicas. POTE DE OUROCacá não tem dúvidas de que essa é só mais uma de tantas histórias,
mas Nina fica fascinada e com a imaginação a todo vapor. Ela quer porque quer encontrar um novo pote de ouro e, com este, poder moldar um mini gongo para o quarto bagunçado de Anonimus.
Pelo sim, pelo não, os animados ir-mãos partem em busca dos arco-íris no reino paralelo. Mas, como não poderia deixar de ser, são surpreen-didos por Rumpus e Naktu, em mais essa aventura no reino de Mardum.
HISTÓRIA INTRIGANTE
Cacá e Nina têm um plano mirabolante para salvar o reino de Mardum. No caminho, aprendem mais sobre os números
N
As sete cores do arco-íris são o ponto de partida para Cacá e Nina lembraram várias coisas, ou situações, que envolvem o número 7, como as sete notas musicais, os sete anões da Branca de Neve ou as sete maravilhas da Antiguidade. O mal-humorado Ambrósio entra na brincadeira dos números e ressalta
que “sete é conta de mentiroso”. Mais que isso, os personagens oferecem um pretexto para que os alunos possam refletir sobre algumas propriedades numéricas.
Sombras na caverna
PALAVRAS-CHAVEnúmeros, propriedades numéricas, par, ímpar, regularidades, símbolos.
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Ao retornarem a Mardum, Cacá e Nina esperam encontrar um pote de ouro no final do arco-íris, como acontece em tantos enredos de his-tórias infantis. Para sua decepção, eles descobrem que não existem potes de ouro atrás do arco-íris, e que este é, apenas, resultado de uma ilusão de ótica.
Mas o baixo-astral dos irmãos dura pouco, pois logo eles se en-tretêm com as sete cores que veem no arco-íris à sua frente. Desse mo-mento em diante, iniciam um ale-gre desafio em torno desse número e das muitas situações em que ele aparece. Confira:
São 7 as cores do arco-íris.
7 são as notas musicais.
Na história da Branca de Neve, há 7 anões. Qual o nome deles?
7 são os dias da semana.
7 peças tem o tangram, o jogo chinês que permite formar milhares de figuras.
Eram 7 as maravilhasdo mundo antigo.
Propriedades numéricasNA SALA DE AULA
Aqui, os personagens incentivam os alunos a trabalharemdiversas características e regularidades dos númerose começar a desenvolver o seu sentido numérico
©IMAGEM: REPRODUÇÃO
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Descobrir coisas, ou configurações, cuja quantidade é sete, é uma ativi-dade interessante para desenvolver com as crianças, especialmente se elas têm sete anos. Há várias possi-bilidades de se fazer isso. Uma delas é começar com um desafio diferente: propor aos alunos que desenhem, no caderno, uma caixa bem bonita para acomodar sete objetos à escolha de-les. Podem ser bonecas, bombons, carrinhos, bolas de futebol, entre ou-tros objetos, todos em número de 7.
O número 7 é ímpar, assim não é possível colocar sete bombons, por exemplo, em caixas retangulares – as mais comuns -, com duas ou com três fileiras:
No entanto, sete bombons ficam muito bem arrumados se a caixa tiver a seguinte configuração:
Continue desafiando os alunos com perguntas e problemas curio-sos, em torno do número 7. Como as que seguem:
Quem faz aniversário no dia 7?
Qual é o 7º mês do ano?
Se hoje é dia X do mês, que dia será daqui a 7 dias?
Como completar 7 reais usando notas e moedas de 1 real?
Este é um problema bastante inte-ressante, que remete à decomposi-ção de números feita sob determi-nada condições. Neste caso, a regra é utilizar as cédulas e a moeda.
Veja todas as soluções possíveis:
7 = 2 + 57 = 5 + 1 + 17 = 2 + 2 + 2 + 17 = 2 + 2 + 1 + 1 + 17 = 2 + 1 + 1 + 1 + 1 + 1 7 = 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + 1 + 1
Caso a turma esteja trabalhan-do em grupo, aquele que conse-guir terminar primeiro, deve ga-nhar sete elogios. Todos por sua conta, professor!
Investigações sobre características de números são atividades impor-tantes, que contribuem para que os alunos desenvolvam seu sentido numérico, percebam regularidades e consigam descobrir propriedades numéricas.
OUTROS DESAFIOSTais atividades de exploração, como você deve saber, não estão restritas ao número 7. Observe também al-gumas informações que é possível trabalhar com as crianças em torno do número 10:
10 é o número de dedos que temos nas mãos.
©IMAGEM: REPRODUÇÃO
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10 é o número de cubinhos da barra do material dourado.
10 é a base de nosso sistema de numeração e do Sistema Métrico
Decimal (SMD), que é o nosso sistema de medidas.
Os egípcios usavam o símbolo , parecido com um calcanhar
para representar o 10.
Os maias - que habitaram o sul do atual México e uma extensa
área da América Central, entre 2.500 a.C. e 1500 d. C.,
aproximadamente -, empregavam um traço horizontal para
representar o número 5 e duas barras paralelas para o número 10 (veja mais a respeito desse
povo na seção Sala de Aula, da Sequência Didática 4).
Muitos povos faziam o desenho de duas mãos para representar o 10. Inicialmente, os romanos usavam 5 traços para representar o 5, em referência aos cinco dedos
das mãos. Depois passaram a desenhar o V como o desenho
simplificado de uma mão. Duas mãos, em sentidos opostos, formavam o X, que passou a
ser o símbolo para, finalmente, representar o número 10.
Caso ache conveniente, aproveite a “deixa” e amplie o repertório dos alu-nos: conte para eles como é a pronún-cia de “dez”, em diferentes línguas:
Português Espanhol Inglês Francês Italiano Japonês Alemão
Dez Diez Ten Dix Dieci Juu Zehn
©IMAGEM: REPRODUÇÃO
Este número é, igualmente, interessante quando o assunto é enriquecer as discussões e o conhecimento das crianças sobre as características de números. Assim, proponha aos alunos
que escrevam tudo o que souberem sobre o número 12. É esperado que relacionem com a dúzia de qualquer coisa, o número de horas marcadas no relógio, o número de meses do ano, entre outros.
Caso os alunos já saibam escrever com alguma destreza, proponha que elaborem uma pequena história sobre o número 12. Ajude-os, sugerindo que comecem por listar
todas as características e curiosidades que conseguirem descobrir a respeito dele. Para finalizar, uma ideia é propor às crianças que ilustrem o texto com um desenho
relacionado ao 12, ou montem uma colagem de alguma imagem recortada de revistas, em que apareça o símbolo 12, ou objetos que se agrupem de 12 em 12.
Com foco no número 12
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Prossiga com os desafios, dessa vez, incentivando a turma a falar ou a escrever frases que enunciem relações e pro-priedades aritméticas, tais como:
Para finalizar, vale a pena explorar o 10 com o objetivo de desenvolver o sentido da medida:O que mede aproximadamente:
a) 10 cmb) 10 mc) 10 kmd) 10 ge) 10 kgf) 10 ton
É O SUCESSOR DE 9É O ANTECESSOR DE 11É A METADE DE 20É O DOBRO DE 5 = 2 X 5
É MENOR QUE .....É MAIOR QUE .....
+ ..... = ..... – ..... = .....
©IMAGEM: REPRODUÇÃO
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A ilusão de ótica, a que damos o poético nome de arco-íris, não é fácil de ser enxergada no céu. Para que possamos vê-lo, o sol precisa estar brilhando acima de nós em uma baixa altitude.
O melhor cenário para enxergá-lo é quando metade do céu ainda está carregado de nuvens de chuva e os observadores se encontram em um local com céu claro. Também é comum ele aparecer perto de
cachoeiras. Mas ele está sempre em nossa frente e nada podemos ver do lado de lá do arco-íris.
PARA SABER MAISTAHAN, Malba. Os números governam o mundo. Ediouro Editora, Rio de Janeiro (RJ), s/d. –
a obra explora uma variedade fatos e relações sobre os números de 1 a 365.
ciencia.hsw.uol.com.br/ciencias-da-terra-canal.htm – oferece muitas informações e curiosidades sobre fenômenos da natureza.
mundoestranho.abril.com.br/materia/como-se-forma-o-arcoiris
N
Aprender nunca é demais
ina fica encantada com a história, contada por Anonimus, sobre o Gongo de Anyang e seus poderes imensos. Afinal, ele é feito do mais puro ouro, aquele que só existe nos potes de ouro que podem ser en-contrados atrás do arco-íris. A ani-mação de Cacá é menor, pois ele sabe que esse pote de ouro é par-te de uma lenda, repetida geração a geração.
“O arco-íris é só uma ilusão de ótica, diz o menino bem sério, “jogando” um verdadeiro balde de
água fria no entusiasmo da irmã. Ele tem razão, como se sabe, mas não dá para negar que é uma das mais belas ilusões, ou fenômeno, que a natureza produz.
UM BELO ESPECTROUm arco-íris, segundo os físicos, surge quando a luz do Sol encon-tra as pequenas gotas de água sus-pensas no ar, nas nuvens, ou após uma chuvarada. Quando um raio bate em uma gotinha de água, a luz branca do Sol se decompõe nas sete
cores que formam o seu espectro: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.
Os cientistas também nos ensi-nam que, às vezes, ocorre um se-gundo arco-íris, mais fraco, que aparece fora do arco-íris principal (ou ao lado dele). Este é um fenô-meno raro que acontece quando há dupla reflexão da luz do sol nas go-tas de água suspensas no ar. Todo esse espetáculo acaba quando o Sol muda de posição ou um vento forte dissipa as nuvens.
ATIVIDADES E ESTUDOS COMPLEMENTARES
De fato, não existe um pote de ouro no final do arco-íris. Mas pouco importa, pois sua beleza já é um grande presente
Ilusão de Ótica
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