Teoria da Comunicação II - 2014/2
Escola de FrankfurtRevisão e conceitos fundamentais
Teoria Crítica da Sociedade
❖ Foco era o padrão
contemporâneo e a sociedade
capitalista
❖ Análise da ideologia fundada
nas suas condições concretas
❖ Crítica do modo socialmente
necessário de produção de
formas de razão, de percepção
e de sensibilidade
Membros da Escola nos anos 1930
PRINCIPAIS PENSADORES:
Theodor Adorno
Max Horkheimer
Herbert Marcuse
Jürgen Habermas
Erich Fromm
Sirgfried Kracauer (proto-frankfurtiano)
Walter Benjamin (proto-frankfurtiano)
Crítica não significa juízo
❖ Anulação da particularidade
❖ Sociedade administrada
❖ Crítica da Ideologia
Modern Times, 1936
Subúrbios/EUA, 1950s
“[Hoje em dia] o
aumento da
produtividade
econômica, que por
um lado produz as
condições para um
mundo mais justo,
confere por outro lado
ao aparelho técnico e
aos grupos sociais que
o controlam uma
superioridade imensa
sobre o resto da
população”
(ADORNO e
HORKHMEIMER
[1947], 1985, p.14-15)
Conceitos Fundamentais
❖ Dialética do Esclarecimento
❖ Indústria Cultural
❖ A Obra de Arte na Era da
Reprodutibilidade Técnica
❖ A Cultura como Mercadoria
di·a·léc·ti·casubstantivo feminino1. Arte de raciocinar com método.2. Lógica.3. Argumentação subtil.4. Argumentação engenhosa, dialogada.
Dialética do Esclarecimento, de
Theodor Adorno e Max
Horkheimer
(1944-1947)
A Obra de Arte na Era de
sua Reprodutibilidade
Técnica
(1936)
Liberdade, Igualdade e Fraternidade
Dialética do Esclarecimento
"Os tempos modernos criaram a idéia de
que não apenas somos seres livres e
distintos como podemos construir uma
sociedade capaz de permitir a todos uma
vida justa e realização individual. Noutros
termos, a modernidade concebeu um
projeto coletivo cujo sentido original era
libertar o homem das autoridades míticas
e das opressões sociais, ao postular sua
capacidade de autodeterminação" (P.133)
“Liberdade liderando o Povo”, de Eugène Delacroix, 1830
A proposta que se encontra no centro do pensamento da Teoria Crítica/Escola
de Frankfurt é a avaliação das consequências do pensamento Iluminista, de
emancipação do homem frente às forças mítico/religiosas (o homem deixa de ser
creatura, aquele ser criado por deus a sua imagem e que tem sua vida, intelectual e
moral, pré-determinada por um sentido transcendental) e de emancipação do
próprio homem através de seus próprios potenciais intelectuais (leia-se: sua
capacidade lógico, técnica e artística de superar as suas condições e de melhorá-
las). O projeto, entretanto, é crítico e por isso mesmo procura as dualidades e
paradoxos originados na concepção desse pensamento e na sua apropriação pela
população em geral (em especial pelas elites políticas e econômicas).
Hiroshima, Japão, 1945
Teoria Crítica da Sociedade
Indústria Cultural
"A televisão, a imprensa, os
computadores, etc., em si mesmos não
são a indústria cultural: essa é,
sobretudo, um certo uso dessas
tecnologias. Noutras palavras, a
expressão designa uma prática social,
através da qual a produção cultural e
intelectual passa a ser orientada em
função de sua possibilidade de consumo"
(P.138)
Propaganda em Revista da marca Maybelline, 1930s
Anúncio Maybelline -
1937
Modern Times, 1936
Produção, distribuição e
consumo daquilo que é cultura
como aquilo que é mercadoria
Sherlock Holmes, dirigido por Guy Ritchie, 2009
"A maquina da indústria
cultural gira sem sair do lugar:
ela mesma determina o
consumo e exclui tudo o que
é novo, que se configura
como risco inútil, tendo
elegido com primazia a
eficácia dos seus produtos"
“Everything is a copy of a copy of a copy"
A Obra de Arte na Era da Reprodutibilidade
Técnica
"No início do século XX, a reprodução
técnica tinha atingido um nível tal que
começara a tornar objecto seu, não só a
totalidade das obras de arte provenientes
de épocas anteriores, e a submeter os
seus efeitos às modificações mais
profundas, como também a conquistar o
seu próprio lugar entre os procedimentos
artísticos” (BENJAMIN, Walter, 1936)
“O capitalismo criara sem querer as condições para uma democratização da cultura,
ao tornar os bens culturais objeto de produção industrial”
Todos tem a liberdade de comprar o que se
vende
A Cultura como Mercadoria
O termo “indústria cultural” refere-se,
portanto, diretamente à mercantilização
da cultura - ou seja: a cultura enquanto
mercadoria.
“A produção estética integra-se à produção mercantil em geral, permitindo o surgimento da ideia de que o
que somos depende dos bens que podemos comprar e dos modelos de conduta veiculados pelos meios
de comunicação"
Boy bands - 1960s
Boy bands - 1984-2014
Obrigado!Pedro Henrique Reis
Doutor em Comunicação pela
PUCRS/FAMECOS
Fontes:
HOHFELDT, Antonio; FRANÇA, Vera Veiga; MARTINO, Luiz C.
Teorias da Comunicação - Conceitos, Escolas e Tendências
(2011).
WOLF, Mauro. Teorias das Comunicações de Massa (2008).
ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do
Esclarecimento - Fragmentos Filosóficos (1985).
BENJAMIN, Walter. A Obra de Arte na Era da Sua
Reprodutibilidade Técnica (1936, 1955 e 2014).
Texto da Aula:
RÜDIGER, Francisco. A Escola de Frankfurt. In: HOHFELDT,
FRANÇA e MARTINO. PP.131-140 (disponível no xerox do prédio
8, pasta da professora Ana Carolina “Teorias da Comunicação II"
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