Fabfola Fatima Flores
ARMAS QUfMICAS COM ENFASE AOAGENTE LARANJA
E SUA CONTAMINACAO POR DIOXINAS
Monografia apresentada como requisitoa oblenC(so do grau de Especialista emAnalises Clinicas e Toxicologicas do Curso deP6s-Graduacao em Analises CHnicas eToxicol6gicas da Universidade Tuiuti do Parana
Orientadora Msc Andrea Paiva
Curitiba
2005
TERMO DE APROVAQAOFabfola Fatima Flores
ARMAS QUiMICAS COM ENFASE AOAGENTE LARANJA
E SUA CONTAMINAQAO POR DIOXINAS
Esta monografia loi julgada e aprovada para a obtenQao do lalo sensu de Especialisla em Analises
Clinicas e Toxicologicas no Curso de Pos-Gradua9ao em Analises Clfnicas e Toxicologicas da
Universidade Tuiutf do Parana
Curitiba 31 de maio de 2005
Analises Clfnicas e Toxicol6gicas
Universidade Tuiuti do Parana
Orientadora Proia Andrea Paiva
Universidade Tuiutf do Parana departamento de Toxicologia
SUMARIO
1INTRODU9AO 07
2 AGENTES QUiMICOS 09
21 CLASSIFICAltAO 09
211 Agentes qufmicos causadores de baixa 09
212 Agentes quimicos inquietantes 16
213 Agentes qufmicos incapacitantes 19
214 Agentes fumigenos
215 Agentes incendiarios
21
23
216 Agentes herbicidas 24
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA 32
4 DIOXINAS bull 35
41 PROPRIEDADES FiSICO-QUiMICAS E FONTES 35
42 EPISODIOS DE CONTAMINAltAo COM DIOXINAS 37
43 EPIDEMIOLOGIA _ 40
5 PATOLOGIAS ASSOCtADAS AO AGENTE LARANJA 41
51 CLORACNE 41
4252 DOENltA DE HODGKIN
53 LlNFOMA NAO-HODGKIN 45
54 PORFIRIA CUTANEA TARDIA 47
55 MIELOMA MULTIPLO 49
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS 52
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA 53
58 EFEITOS DO 24D NO HEPATOCITO 54
6 CONCLUsAo 56
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSUL TADAS 57
RESUMO
Este trabalho tern como finalidade apresentar atrav9S de pesquisa bibliografica urnestudo sabre armas qUlmicas e suas conseqOemcias a sauda Oando destaque aoAgente Laranja (associa~aodo 24 Diclorofenoxiacetico e 245 Triclorofenoxiacetico)utilizado na Guerra do Vietna Pode-s9 observar que os uscs de substancias qufmicasno caso herbicidas em pequenas quantidades sao beneficas na agricultura no en tantoquando utilizadas em aUas concentra~5es podem acarretar severas consequenciasPrincipalmente quando se trata de seus contaminantes sendo 0 mais importanterelacionado ao Agente Laranja a 2378 TCDD (Tetraclorodibenzo-p-dioxina) A qualpropicia a aparecimento de algumas patologias (cloracne doenca de Hodgkin linfomanao-Hodgkin porfiria cutanea tardia e mieloma multiplo) al9m de ser teratogenica eembriotoxica Oessa forma devemiddotse tomar cuidado e verificar 0 riscomiddotbeneHcio dautilizacao destas substancias
Palavras chave armas quimicas Agente Laranja contaminaltfao pela dioxina 2378TCDD
LlSTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - FORMULA ESTRUTURAL DO HERBICIDA 240 27
FIGURA 2 - FORMULA ESTRUTURAL DO HERBICIDA 245T 30
FIGURA 3 - UTILlZAltAo DO AGENTE LARANJA NO VIETNA 32
FIGURA 4 - FORMULA ESTRUTURAL DA DIOXINA 2378 TCDD 35
FIGURA 5 - VIKTOR YUSHENKO (DERMATITES ACNEIFORMES) 39
FIGURA 6 - CLORACNE (BRAltO) 42
FIGURA 7 - CELULA DE REED-STERNBERG 45
FIGURA 8 - LlNFOMA NAO-HODGKIN
FIGURA 9- PORFIRIA CUTANEA TARDIA (MAO) 48
47
FIGURA 10 - FORMAltAO DE ROULEAUX 50
FIGURA 11 - LAMINA DE MIELOMA MULTIPLO 51
1 INTRODU9AO
Na antiguidade muitas cidades eram cercadas par fortifica90es que as
protegiam tendo port as e areos nas entradas Janus deus romano proteter das
entradas e represent ado por uma cabeya dotada de duas faces posicionadas em
dire90es opostas Simbolizando a dualidade da natureza isla euroI portas que podem
conduzir a cam inhas diversos Chamamiddotse Efeito Janus a situa980 que apresenta
solucoes contraditorias e no case de substancias qufmicas aquelas que podem
ler aplicalt6es dilerenles e oposlas prejudiciais e benelicas (RODRIGUES2005)
As armas quimicas foram oficialmente definidas pela ewe (Chemical
Weapons Convention - COnven980 sobre Armas Qufmicas) como substancia que
por meio do efeito quimico sobre processos biologicos possam causar a morte
perda temporaria de fun~6es vitais ou ainda prejufzo permanente a pessoas sem
o apoio de outras substancias ou de qualquer forma de energia
o Efeito Janus trata-se da descoberta durante a Segunda Guerra Mundial
(1943) que 0 olicial medico Cornelius Packard Rhoads lez ao descobrir que 0 Gas
Mostarda utilizado como agente vesicante tambem poderia sar usado na
quimioterapia pois esta substancia reduz drasticamente 0 numero de leucocitos
Sendo assim Rhoads utilizou sua descoberta para combater 0 cancer
principalmente a leucemia e a Doen~a de Hodkins em que 0 aumento de
leuc6citos e brutal
o U Agente Laranja utilizado durante a Guerra do Vietna pode enquadrar-se
no Efeito Janus pois ele e formado da mistura de dois herbicidas (50 de 24
Diclorofenoxidoacetico e 50 de 245 Triclorofenoxidoacetico) sendo portanto
para ser utilizado na agricultura No entanto durante a guerra toi utilizado como
agente desfolhante Deixando desde seu emprego ate hoje serias consequencias
causadas pela contaminatao com a dioxina 2378 TeDO
Este trabalho visa expor os principais topicos relacionados ao Agente
Laranja desde sua origem aplicaltao propriedades toxicocineticas ate as
patologias causadas por sua exposiltao e possfveis diagnosticos laboratoriais
2 AGENTES QUiMICOS
21 CLASSIFICAcAo
Os agentes quimicos sao classificados de acordo com 0 Manual de
Campanhado Ministerio do Exercito (1987) dentro dos seguintes grupos agentes
qufmicos causadores de baixa agentes qufmicos inquietantes agentes qufmicos
incapacitantes agentes fumigenos e agentes incendiarios
211 Agentes quimicos causadores de baixa
Sao aqueles que par seus efeitos sabre a organismo humano produzem a
morte au incapacitacao prolongadaOs agentes deste grupo empregados com
efeitos persistentes sao utilizados tarn bam para interdiQao do terreno e do
material pelo temar da contaminayao e conseqClentemente dos efeitos sobre as
pessoas que entrarem em cantata com os mesmos
a) Taxico aos nervos
Ha as agentes qufmicos causadores de baixa do tipo texico aos nervos
afetam diretamenta 0 sistema narvoso sendo allamente toxicos tanto na forma
Ifquida como em vapor geralmente sao incolores e insfpidos Podendo-se citar 0
Sarin e 0 VX como exemplos mais representativos
10
Sarin
E urn liquido volatil naD persistente de alfao muito rapida que produz
baixas por inalalfao ingestaocontato dermico au ocular podendo malar em
questao de minutes apes a exposiltao (com uma concentraQao de por exemplo
200mg de sarin m3)
Passui a seguinte formula molecular C4HlOF02P(composto organico do tipo
organo fosforado) Suas propriedades ffsicas sao ponto de fusao - 56degC ponto de
ebuliltao 147C e sua densidade e de 1089 Ele sofre varialtao de solubilidade
com 0 pH do meio sendo mais potente quando S8 encontra entre pH dois a oito 0
acido fost6rica age como catalisador sendo a temperatura ajudante na velocidade
de hidr6lise do compos to Sua meia vida e contada em horas
Quando disseminado por munilt6es quimicas normalmente produz grande
quantidade de vapores Sua a980 e sobre termina90es nervosas centrais
reagindo com receptores da acetilcolina (nicotfnicos e muscarfnicos)
Os receptores nicoHnicos sao diretamente acoplados aos canais cationicos
e medeiam a transmissao sinaptica excitat6ria nipida na juncao neuromuscular
nos ganglios autonomos e em varios locais do sistema nervoso central Os
receptores muscarlnicos medeiam os efeitos da acetilcolinesterase nas sin apses
parassimpaticas p6s-ganglionares (principalmente cora980 musculatura lisa e
glandulas) e contribuem para a excitacao ganglionar ocorrendo em muitas partes
do sislema nervoso cenlral (RANG1997)
Os sintomas variam os mais comuns sao olhos lacrimejantes e saliva98o
ocorrendo tambem miose sudorese bern como dispneia visaa turva nausea
vornita espasmas e cefaleia
II
A medida a ser tamada imediatamente ap6s 0 contata com 0 agente e a
retirada das roupas e lavagem do local contaminado Ha antidotos para 0 Sarin
alropina (ampolas de 025 - 050 mg) e metil-piridil aldoxima (ampolas de 200mg)
no entanto e de diffcil acesso e poucas localidades os possuem
VX
o VX (etil-S-2-diisopropilaminoetilmetilfosfotiolato) foi desenvolvido
originalmente no Reina Unido no infcio dos anos cinqOenta
E urn composta allamente taxieD tanto no estado IIquido como em forma de
vapor atacando 0 sistema nervoso central (considerado pelo menes cern vezes
mais texico do que 0 Sarin S8 infiltrado e duas vezes mais t6xico S8 inalado)
E urn liquido 01e050 de colora9ao ambar inodoro e insfpido
Possui a seguinte formula molecular CH2SN02PS (composta organico do
tipo organo fosforado) Suas propriedades fisicas sao ponto de fusao -39degC
ponto de ebuliltao 298degC e densidade de 1008 0 VX possui a propriedade de
dissoluQao em agua a partir dos 95degC Tambem safre varia~aa de salubilidade de
acarda com a pH do meio sendo influenciado samente em pHs a partir de oita
Os sintomas e a descontaminalfaa apes cantata sao iguais as descritas no
Sarin
b) Vesicantes
Hi os agentes causadores de baixa do tipo vesicantes afetam os olhos 0
aparelho respiratorio e principal mente a pele Produzindo queimaduras com
12
forma1ao de bolhas e destruiltao dos tecidos subjacentes Sao exemplos desta
categoria a Gas Mostarda e 0 Lewisita
Gas Mostarda
E causador de graves irritaltoes dermicas e oGulares comumente
conhecido como agente pustulento Podendo ser utilizado tanto na forma de vapor
como liquefeito
Sua formula molecular e C4 HeCI2 S (tambem chamada de mostarda
sutfurica) Suas propriedades fisicas sao as seguintes ponto de fusao -21 reponto de ebuliltao -13degC e massa molar 15907 E lncotor no estado puro po rem
quando encontrado na sua forma impura passui coloraltao que varia de amarelo a
marrom possuindo odor caracteristico de alho ou mostarda
o cantato com 0 gas causa les5es no Irata respiratorio na pele enos athos
no entanlo nElO S8 restringe somente a isse ele tambem causa supressao da
medula essea les6es neurologicas e gastrintestinais 0 gas mostarda e um
composto quimico altamente reativo que se une a protefnas DNA e oulros
componentes celulares causando danos as celulas logo apes 0 contato A pessoa
contaminada chega a apresentar dares e efeitos clfnicos em torno de 24 horas
apes contato
Nao ha antldoto para a expesi=aa a esle agente Sendo 0 melhor
procedimento a se tamar caso haja contaminactao e 0 afastamento do causadar
da area ex pasta aa cantato com 0 composto isso tara as conseqOencias do
cantata serem reduzidas
13
Lewisita
E urn liquido oleoso e incolor com odor parecido ao geranio Passui
caracterlsticas semelhantes a do Gas Mostarda acrescido em sua composi~ao de
Arsenio 0 que Ihe da efeitos mais toxicos
Os sintomas apresentados por pessoas expostas a Lewisita sao der I
irritaf8o e inflama980 dos olhos pode acorrar diarreia nauseas v6mitos
hipotensao levan do ao choque dispneia e principalmente dor e irrita(fao dermica
em questao de minutos apos a exposi980 e forma9ao de vesiculas na pele varias
heras ap6s 0 contata com a com posta
c) Sufocantes
Ha as causadores de baixa do tipo sufocantes penetram no organism a
peras vias respirat6rias afetando-as seriamente
Fosfogenio
E urn gas incolor nao persistente seu ponto de ebuliyao e 82degC Com
formula molecular COCI (cloreto de carbonila ou cloreto de cloformila)
Sua ayao principal e exercida sobre os pulmoes pois penetra no organismo
por inalacao com a produyao de les6es nos vasos capilares e derrames nos
alv8olos culminando com urn edema pulrnonar
Em contato com agua forma acido clorfdrico e gas carbonico sendo a
hidr6lise com formacao deste acido a causa de sua toxicidade Uma concentracao
de 3 a 5 mgL determina 0 obito em poucos minutos (SCHVARTSMAN 1991)
14
Seus sintomas imediatos sao irritaC(ao do nariz e garganta tosse
dificuldade de respirar dar no peito lacrimejamento nauseas v6mitos e dares de
cabeC(a Estes primeiros sintomas desaparecem e ap6s urn perfodo latenle
normalmente de tres a qualro horas surgem os sintomas de edema pulmonar
Nauseas e v6mitos podem reaparecer seguidos de ronco no peito estado de
choque pressao baixa batimentos cardlacos fracas e rapidos geralmente
provocam a morte
d) T6xicas do sangue
Ha os causadores de baixa do tipo taxicas do sangue agem sabre as
elementos sangufneos penetrando no organismo pelo aparelho respiratorio ou
atraves da pele interferindo na transferencia normal do oxigemio do sangue para
as tecidos
Os sintomas dependem da dose absorvida e podem variar desde cefaleia
vertigens e nauseas ate convuls5es parada cardiaca e morte
Acido Cianfdrico
E um liquido incolor muito volatil nao persistente de alfao rapida Tambem
chamado de acido prussico de formula molecular HeN
A sua lemperalura de fusao e de -14C e de ebuliCao e de 257C Sendo
soluvel em agua eter e alcoa
o acido cianidrico penetra no organismo por inalay8o inibindo a sistema
da citocromoxidase e de modo geral as enzimas que contem ferro trivalente
Como consequencia ha morte celular e incapacidade de aproveitar oxigenio
15
resultando em efeitos sistemicos complexos e variados 0 sistema nervoso e
eora9ao sao provavelmenle as leeidos mais sensiveis (SCHVARTSMAN 1991)
A inalayao au ingestao de grandes quantidades produz inconsciencia
convulsoes e 6bito em poueos minutos Doses menores determinam disturbios
neurologicos (tonturas inquietude ansiedade cefaleia confusao mental
convuls6es tonicas e coma) e disturbios cardiovasculares (taquicardia seguida de
bradicardia disritmias de varios tipos e hipotensao arterial que pode evoluir para 0
cheque) sendo tambem comum ocorrer nauseas vomitos taquipneia inicial
seguida de depressao respiratoria
A intoxicayao cr6nica par gas cianidrico caracteriza-se per hipertrofia
cardiaca hipotensao arterial linfocitose neutropenia e hipoglicemia
o interessante e que caso a morte na~ ocorra em poucos minutos a
recupera(fao podera a vir em poucas horas
Cloreto de Cianogenio
E urn gas incolor com odor de amendoas arnargas nao persistente de
a(faO rapida Penetra no organisrno por inalactao transformando-se em Beido
cianidrico Ele evita que as celulas recebam oxigenio causando assim a morte
celular os 6rgaos mais afetados sao COra(fao e cere bro
Seus efeilos e sintomas sao semelhantes aos do Bcida cianidrico
lacrimejamento irrita(fao do trato respirat6rio superior pele de coloractao r6sea
movimentos incoordenados tremores respiracao rBpida agitacao cefaleia
nausea vornito prostra(fao e taquicardia em exposilt6es a pequenas quantidades
16
Casa a exposicao seja grande pode tambem ocorrer convulsoes hipotensao
arterial bradicardia lesaD pulmonar perda da consciencia e ate a morte
Satura rapidamente os filtros das mascaras contra gases
212 Agentes quimicos inquietantes
Estes agentes produzem irrita~ao temponlria au efeitos de incapacidade
fisiologica quando em cantata com os elhos e pele au quando inalados Seu
principal emprego e no treinamento da tropa controle de disturbios e pequenas
operaqoes de combate Os principals agentes qufmicos inquietantes sao
Cloroacetofenona
E um solido microparticulado de coloraGao branca a amarelo claro possui
odor penetrante e seu sin6nimo e gas lacrimogenio
Sua formula molecular e C6 Hs COCH2 CI e massa molecular 1546 Suas
propriedades fisico-qufmicas mais relevantes sao ponto de ebu1i9ao 247degC ponto
de fusao entre 58-59degC insoluvel em agua
E urn agente de a980 rapida que quando espargido como aerossol causa
urn intenso fluxo lacrimoso e irrita os olhos Na pele causa enrijecimento e dor E
urn agente fotofobico Afetando tambem todo 0 sistema respiratorio superior
Quando inalado causa sensa9ao de queima9ao tosse e nauseas
Efeitos secundarios sao queimaduras de segundo grau e dermatites
vesiculares aguda
A descontamina9ao requer uma solu9aO de soda caustica alc06lica
17
Adamsita
Conhecida quimicamente como difenilaminocloroarsina e urn s61ido
microparticulado que Possui cerea de 27 de Arsenio
Foi desenvolvido pelo qui mica norte~americano Roger Adams durante a
Primeira Grande Guerra
Pouco depois do cantata (geralmente disseminado via aerossol) 0 indivfduo
carneya a espirrar violentamente e a tossir I as partfculas s61idas do agente
quimico se depositam nos pulm5es E perdendo total mente 0 controle
apresentara dares intensas de cabe9a v6mitos e nauseas fortes
Este agente deve ser lan9ado em combinac8o com urn irritante de alaquo8o
rapida como par exemplo a cloroacetofenona para abler eleitos combinadas
Ortoclorobenzilmalononitrilo
E urn s61ido microparticulado possui a seguinte formula molecular
CICHCHCCN (CN) Em sua forma pura apresenta-se na forma de po branco
cristalino (semelhante ao talco) e com odor acre
Podendo ser disseminado em muni(foes tipo queima em granadas tipo
arrebentamento e par meio de espargidores mecanicos de aerossol
a composto foi desenvolvido inicialmente em 1928 por dois qufmicos norte-
americanos Bem Corson e Roger Stoughton (as iniciais CS referem-se as
primeiras letras dos sobrenomes dos descobridores) No entanto tiveram que
esperar ate 1956 para que 0 laboratorio britanico CBW de Porton Down
desenvolve-se 0 CS para dispersar e controlar manifesta(foes civis
18
Se 0 ortoclorobenzilmalononilrilo penetra nos tecidos nervDsos hit uma
grande possibilidade que se possa ser atacado pelo atomo Oxigeuromio (atraldo pelo
nucleo) e interagir com acetilconinesteras8 Esta enzima e necessaria para
catalisar a hidr61ise da acetilcolina farmada no processo nervoso de transmissao
e e a enzima que e atingida (envenenada) pelo CS
Acredita-se que 0 CS sofre degrada~aoem cianureto e tiocianato enquanto
que 0 reslo da molecula combina-se com glicina e S8 excreta como acido arto-
clorohipurico
A morte ocorre como resultado da falta de transferencia de oxigenio a
circulacao sangufnea que por sua vez resulla em edema hemorragia e obstruQao
das vias respirat6rias nos pulm6es
E de rapida acao nos olhos nariz e garganta Efeilos secundarios
presentes e a dermatite com a exposicao repetida e rea((oes alergicas ao
composto Em altas concentra((oes tambem pode causar vomitos
Para promover a descontaminacao utiliza-se uma solucao alcalina
Normalmente se emprega uma solucao de agua e bissulfeto de sadie a 5
Clora
E um gas irritante de colora((ao amarelo-esverdeada de odor acre E pouco
soluvel em agua podendo combinar-se com agua ou seu vapor e assim produzir
fum os taxicos e corrosivos de acido clorfdrico
E um agente taxico utilizado principal mente em camaras de gas para
treinamento de tropas
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
TERMO DE APROVAQAOFabfola Fatima Flores
ARMAS QUiMICAS COM ENFASE AOAGENTE LARANJA
E SUA CONTAMINAQAO POR DIOXINAS
Esta monografia loi julgada e aprovada para a obtenQao do lalo sensu de Especialisla em Analises
Clinicas e Toxicologicas no Curso de Pos-Gradua9ao em Analises Clfnicas e Toxicologicas da
Universidade Tuiutf do Parana
Curitiba 31 de maio de 2005
Analises Clfnicas e Toxicol6gicas
Universidade Tuiuti do Parana
Orientadora Proia Andrea Paiva
Universidade Tuiutf do Parana departamento de Toxicologia
SUMARIO
1INTRODU9AO 07
2 AGENTES QUiMICOS 09
21 CLASSIFICAltAO 09
211 Agentes qufmicos causadores de baixa 09
212 Agentes quimicos inquietantes 16
213 Agentes qufmicos incapacitantes 19
214 Agentes fumigenos
215 Agentes incendiarios
21
23
216 Agentes herbicidas 24
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA 32
4 DIOXINAS bull 35
41 PROPRIEDADES FiSICO-QUiMICAS E FONTES 35
42 EPISODIOS DE CONTAMINAltAo COM DIOXINAS 37
43 EPIDEMIOLOGIA _ 40
5 PATOLOGIAS ASSOCtADAS AO AGENTE LARANJA 41
51 CLORACNE 41
4252 DOENltA DE HODGKIN
53 LlNFOMA NAO-HODGKIN 45
54 PORFIRIA CUTANEA TARDIA 47
55 MIELOMA MULTIPLO 49
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS 52
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA 53
58 EFEITOS DO 24D NO HEPATOCITO 54
6 CONCLUsAo 56
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSUL TADAS 57
RESUMO
Este trabalho tern como finalidade apresentar atrav9S de pesquisa bibliografica urnestudo sabre armas qUlmicas e suas conseqOemcias a sauda Oando destaque aoAgente Laranja (associa~aodo 24 Diclorofenoxiacetico e 245 Triclorofenoxiacetico)utilizado na Guerra do Vietna Pode-s9 observar que os uscs de substancias qufmicasno caso herbicidas em pequenas quantidades sao beneficas na agricultura no en tantoquando utilizadas em aUas concentra~5es podem acarretar severas consequenciasPrincipalmente quando se trata de seus contaminantes sendo 0 mais importanterelacionado ao Agente Laranja a 2378 TCDD (Tetraclorodibenzo-p-dioxina) A qualpropicia a aparecimento de algumas patologias (cloracne doenca de Hodgkin linfomanao-Hodgkin porfiria cutanea tardia e mieloma multiplo) al9m de ser teratogenica eembriotoxica Oessa forma devemiddotse tomar cuidado e verificar 0 riscomiddotbeneHcio dautilizacao destas substancias
Palavras chave armas quimicas Agente Laranja contaminaltfao pela dioxina 2378TCDD
LlSTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - FORMULA ESTRUTURAL DO HERBICIDA 240 27
FIGURA 2 - FORMULA ESTRUTURAL DO HERBICIDA 245T 30
FIGURA 3 - UTILlZAltAo DO AGENTE LARANJA NO VIETNA 32
FIGURA 4 - FORMULA ESTRUTURAL DA DIOXINA 2378 TCDD 35
FIGURA 5 - VIKTOR YUSHENKO (DERMATITES ACNEIFORMES) 39
FIGURA 6 - CLORACNE (BRAltO) 42
FIGURA 7 - CELULA DE REED-STERNBERG 45
FIGURA 8 - LlNFOMA NAO-HODGKIN
FIGURA 9- PORFIRIA CUTANEA TARDIA (MAO) 48
47
FIGURA 10 - FORMAltAO DE ROULEAUX 50
FIGURA 11 - LAMINA DE MIELOMA MULTIPLO 51
1 INTRODU9AO
Na antiguidade muitas cidades eram cercadas par fortifica90es que as
protegiam tendo port as e areos nas entradas Janus deus romano proteter das
entradas e represent ado por uma cabeya dotada de duas faces posicionadas em
dire90es opostas Simbolizando a dualidade da natureza isla euroI portas que podem
conduzir a cam inhas diversos Chamamiddotse Efeito Janus a situa980 que apresenta
solucoes contraditorias e no case de substancias qufmicas aquelas que podem
ler aplicalt6es dilerenles e oposlas prejudiciais e benelicas (RODRIGUES2005)
As armas quimicas foram oficialmente definidas pela ewe (Chemical
Weapons Convention - COnven980 sobre Armas Qufmicas) como substancia que
por meio do efeito quimico sobre processos biologicos possam causar a morte
perda temporaria de fun~6es vitais ou ainda prejufzo permanente a pessoas sem
o apoio de outras substancias ou de qualquer forma de energia
o Efeito Janus trata-se da descoberta durante a Segunda Guerra Mundial
(1943) que 0 olicial medico Cornelius Packard Rhoads lez ao descobrir que 0 Gas
Mostarda utilizado como agente vesicante tambem poderia sar usado na
quimioterapia pois esta substancia reduz drasticamente 0 numero de leucocitos
Sendo assim Rhoads utilizou sua descoberta para combater 0 cancer
principalmente a leucemia e a Doen~a de Hodkins em que 0 aumento de
leuc6citos e brutal
o U Agente Laranja utilizado durante a Guerra do Vietna pode enquadrar-se
no Efeito Janus pois ele e formado da mistura de dois herbicidas (50 de 24
Diclorofenoxidoacetico e 50 de 245 Triclorofenoxidoacetico) sendo portanto
para ser utilizado na agricultura No entanto durante a guerra toi utilizado como
agente desfolhante Deixando desde seu emprego ate hoje serias consequencias
causadas pela contaminatao com a dioxina 2378 TeDO
Este trabalho visa expor os principais topicos relacionados ao Agente
Laranja desde sua origem aplicaltao propriedades toxicocineticas ate as
patologias causadas por sua exposiltao e possfveis diagnosticos laboratoriais
2 AGENTES QUiMICOS
21 CLASSIFICAcAo
Os agentes quimicos sao classificados de acordo com 0 Manual de
Campanhado Ministerio do Exercito (1987) dentro dos seguintes grupos agentes
qufmicos causadores de baixa agentes qufmicos inquietantes agentes qufmicos
incapacitantes agentes fumigenos e agentes incendiarios
211 Agentes quimicos causadores de baixa
Sao aqueles que par seus efeitos sabre a organismo humano produzem a
morte au incapacitacao prolongadaOs agentes deste grupo empregados com
efeitos persistentes sao utilizados tarn bam para interdiQao do terreno e do
material pelo temar da contaminayao e conseqClentemente dos efeitos sobre as
pessoas que entrarem em cantata com os mesmos
a) Taxico aos nervos
Ha as agentes qufmicos causadores de baixa do tipo texico aos nervos
afetam diretamenta 0 sistema narvoso sendo allamente toxicos tanto na forma
Ifquida como em vapor geralmente sao incolores e insfpidos Podendo-se citar 0
Sarin e 0 VX como exemplos mais representativos
10
Sarin
E urn liquido volatil naD persistente de alfao muito rapida que produz
baixas por inalalfao ingestaocontato dermico au ocular podendo malar em
questao de minutes apes a exposiltao (com uma concentraQao de por exemplo
200mg de sarin m3)
Passui a seguinte formula molecular C4HlOF02P(composto organico do tipo
organo fosforado) Suas propriedades ffsicas sao ponto de fusao - 56degC ponto de
ebuliltao 147C e sua densidade e de 1089 Ele sofre varialtao de solubilidade
com 0 pH do meio sendo mais potente quando S8 encontra entre pH dois a oito 0
acido fost6rica age como catalisador sendo a temperatura ajudante na velocidade
de hidr6lise do compos to Sua meia vida e contada em horas
Quando disseminado por munilt6es quimicas normalmente produz grande
quantidade de vapores Sua a980 e sobre termina90es nervosas centrais
reagindo com receptores da acetilcolina (nicotfnicos e muscarfnicos)
Os receptores nicoHnicos sao diretamente acoplados aos canais cationicos
e medeiam a transmissao sinaptica excitat6ria nipida na juncao neuromuscular
nos ganglios autonomos e em varios locais do sistema nervoso central Os
receptores muscarlnicos medeiam os efeitos da acetilcolinesterase nas sin apses
parassimpaticas p6s-ganglionares (principalmente cora980 musculatura lisa e
glandulas) e contribuem para a excitacao ganglionar ocorrendo em muitas partes
do sislema nervoso cenlral (RANG1997)
Os sintomas variam os mais comuns sao olhos lacrimejantes e saliva98o
ocorrendo tambem miose sudorese bern como dispneia visaa turva nausea
vornita espasmas e cefaleia
II
A medida a ser tamada imediatamente ap6s 0 contata com 0 agente e a
retirada das roupas e lavagem do local contaminado Ha antidotos para 0 Sarin
alropina (ampolas de 025 - 050 mg) e metil-piridil aldoxima (ampolas de 200mg)
no entanto e de diffcil acesso e poucas localidades os possuem
VX
o VX (etil-S-2-diisopropilaminoetilmetilfosfotiolato) foi desenvolvido
originalmente no Reina Unido no infcio dos anos cinqOenta
E urn composta allamente taxieD tanto no estado IIquido como em forma de
vapor atacando 0 sistema nervoso central (considerado pelo menes cern vezes
mais texico do que 0 Sarin S8 infiltrado e duas vezes mais t6xico S8 inalado)
E urn liquido 01e050 de colora9ao ambar inodoro e insfpido
Possui a seguinte formula molecular CH2SN02PS (composta organico do
tipo organo fosforado) Suas propriedades fisicas sao ponto de fusao -39degC
ponto de ebuliltao 298degC e densidade de 1008 0 VX possui a propriedade de
dissoluQao em agua a partir dos 95degC Tambem safre varia~aa de salubilidade de
acarda com a pH do meio sendo influenciado samente em pHs a partir de oita
Os sintomas e a descontaminalfaa apes cantata sao iguais as descritas no
Sarin
b) Vesicantes
Hi os agentes causadores de baixa do tipo vesicantes afetam os olhos 0
aparelho respiratorio e principal mente a pele Produzindo queimaduras com
12
forma1ao de bolhas e destruiltao dos tecidos subjacentes Sao exemplos desta
categoria a Gas Mostarda e 0 Lewisita
Gas Mostarda
E causador de graves irritaltoes dermicas e oGulares comumente
conhecido como agente pustulento Podendo ser utilizado tanto na forma de vapor
como liquefeito
Sua formula molecular e C4 HeCI2 S (tambem chamada de mostarda
sutfurica) Suas propriedades fisicas sao as seguintes ponto de fusao -21 reponto de ebuliltao -13degC e massa molar 15907 E lncotor no estado puro po rem
quando encontrado na sua forma impura passui coloraltao que varia de amarelo a
marrom possuindo odor caracteristico de alho ou mostarda
o cantato com 0 gas causa les5es no Irata respiratorio na pele enos athos
no entanlo nElO S8 restringe somente a isse ele tambem causa supressao da
medula essea les6es neurologicas e gastrintestinais 0 gas mostarda e um
composto quimico altamente reativo que se une a protefnas DNA e oulros
componentes celulares causando danos as celulas logo apes 0 contato A pessoa
contaminada chega a apresentar dares e efeitos clfnicos em torno de 24 horas
apes contato
Nao ha antldoto para a expesi=aa a esle agente Sendo 0 melhor
procedimento a se tamar caso haja contaminactao e 0 afastamento do causadar
da area ex pasta aa cantato com 0 composto isso tara as conseqOencias do
cantata serem reduzidas
13
Lewisita
E urn liquido oleoso e incolor com odor parecido ao geranio Passui
caracterlsticas semelhantes a do Gas Mostarda acrescido em sua composi~ao de
Arsenio 0 que Ihe da efeitos mais toxicos
Os sintomas apresentados por pessoas expostas a Lewisita sao der I
irritaf8o e inflama980 dos olhos pode acorrar diarreia nauseas v6mitos
hipotensao levan do ao choque dispneia e principalmente dor e irrita(fao dermica
em questao de minutos apos a exposi980 e forma9ao de vesiculas na pele varias
heras ap6s 0 contata com a com posta
c) Sufocantes
Ha as causadores de baixa do tipo sufocantes penetram no organism a
peras vias respirat6rias afetando-as seriamente
Fosfogenio
E urn gas incolor nao persistente seu ponto de ebuliyao e 82degC Com
formula molecular COCI (cloreto de carbonila ou cloreto de cloformila)
Sua ayao principal e exercida sobre os pulmoes pois penetra no organismo
por inalacao com a produyao de les6es nos vasos capilares e derrames nos
alv8olos culminando com urn edema pulrnonar
Em contato com agua forma acido clorfdrico e gas carbonico sendo a
hidr6lise com formacao deste acido a causa de sua toxicidade Uma concentracao
de 3 a 5 mgL determina 0 obito em poucos minutos (SCHVARTSMAN 1991)
14
Seus sintomas imediatos sao irritaC(ao do nariz e garganta tosse
dificuldade de respirar dar no peito lacrimejamento nauseas v6mitos e dares de
cabeC(a Estes primeiros sintomas desaparecem e ap6s urn perfodo latenle
normalmente de tres a qualro horas surgem os sintomas de edema pulmonar
Nauseas e v6mitos podem reaparecer seguidos de ronco no peito estado de
choque pressao baixa batimentos cardlacos fracas e rapidos geralmente
provocam a morte
d) T6xicas do sangue
Ha os causadores de baixa do tipo taxicas do sangue agem sabre as
elementos sangufneos penetrando no organismo pelo aparelho respiratorio ou
atraves da pele interferindo na transferencia normal do oxigemio do sangue para
as tecidos
Os sintomas dependem da dose absorvida e podem variar desde cefaleia
vertigens e nauseas ate convuls5es parada cardiaca e morte
Acido Cianfdrico
E um liquido incolor muito volatil nao persistente de alfao rapida Tambem
chamado de acido prussico de formula molecular HeN
A sua lemperalura de fusao e de -14C e de ebuliCao e de 257C Sendo
soluvel em agua eter e alcoa
o acido cianidrico penetra no organismo por inalay8o inibindo a sistema
da citocromoxidase e de modo geral as enzimas que contem ferro trivalente
Como consequencia ha morte celular e incapacidade de aproveitar oxigenio
15
resultando em efeitos sistemicos complexos e variados 0 sistema nervoso e
eora9ao sao provavelmenle as leeidos mais sensiveis (SCHVARTSMAN 1991)
A inalayao au ingestao de grandes quantidades produz inconsciencia
convulsoes e 6bito em poueos minutos Doses menores determinam disturbios
neurologicos (tonturas inquietude ansiedade cefaleia confusao mental
convuls6es tonicas e coma) e disturbios cardiovasculares (taquicardia seguida de
bradicardia disritmias de varios tipos e hipotensao arterial que pode evoluir para 0
cheque) sendo tambem comum ocorrer nauseas vomitos taquipneia inicial
seguida de depressao respiratoria
A intoxicayao cr6nica par gas cianidrico caracteriza-se per hipertrofia
cardiaca hipotensao arterial linfocitose neutropenia e hipoglicemia
o interessante e que caso a morte na~ ocorra em poucos minutos a
recupera(fao podera a vir em poucas horas
Cloreto de Cianogenio
E urn gas incolor com odor de amendoas arnargas nao persistente de
a(faO rapida Penetra no organisrno por inalactao transformando-se em Beido
cianidrico Ele evita que as celulas recebam oxigenio causando assim a morte
celular os 6rgaos mais afetados sao COra(fao e cere bro
Seus efeilos e sintomas sao semelhantes aos do Bcida cianidrico
lacrimejamento irrita(fao do trato respirat6rio superior pele de coloractao r6sea
movimentos incoordenados tremores respiracao rBpida agitacao cefaleia
nausea vornito prostra(fao e taquicardia em exposilt6es a pequenas quantidades
16
Casa a exposicao seja grande pode tambem ocorrer convulsoes hipotensao
arterial bradicardia lesaD pulmonar perda da consciencia e ate a morte
Satura rapidamente os filtros das mascaras contra gases
212 Agentes quimicos inquietantes
Estes agentes produzem irrita~ao temponlria au efeitos de incapacidade
fisiologica quando em cantata com os elhos e pele au quando inalados Seu
principal emprego e no treinamento da tropa controle de disturbios e pequenas
operaqoes de combate Os principals agentes qufmicos inquietantes sao
Cloroacetofenona
E um solido microparticulado de coloraGao branca a amarelo claro possui
odor penetrante e seu sin6nimo e gas lacrimogenio
Sua formula molecular e C6 Hs COCH2 CI e massa molecular 1546 Suas
propriedades fisico-qufmicas mais relevantes sao ponto de ebu1i9ao 247degC ponto
de fusao entre 58-59degC insoluvel em agua
E urn agente de a980 rapida que quando espargido como aerossol causa
urn intenso fluxo lacrimoso e irrita os olhos Na pele causa enrijecimento e dor E
urn agente fotofobico Afetando tambem todo 0 sistema respiratorio superior
Quando inalado causa sensa9ao de queima9ao tosse e nauseas
Efeitos secundarios sao queimaduras de segundo grau e dermatites
vesiculares aguda
A descontamina9ao requer uma solu9aO de soda caustica alc06lica
17
Adamsita
Conhecida quimicamente como difenilaminocloroarsina e urn s61ido
microparticulado que Possui cerea de 27 de Arsenio
Foi desenvolvido pelo qui mica norte~americano Roger Adams durante a
Primeira Grande Guerra
Pouco depois do cantata (geralmente disseminado via aerossol) 0 indivfduo
carneya a espirrar violentamente e a tossir I as partfculas s61idas do agente
quimico se depositam nos pulm5es E perdendo total mente 0 controle
apresentara dares intensas de cabe9a v6mitos e nauseas fortes
Este agente deve ser lan9ado em combinac8o com urn irritante de alaquo8o
rapida como par exemplo a cloroacetofenona para abler eleitos combinadas
Ortoclorobenzilmalononitrilo
E urn s61ido microparticulado possui a seguinte formula molecular
CICHCHCCN (CN) Em sua forma pura apresenta-se na forma de po branco
cristalino (semelhante ao talco) e com odor acre
Podendo ser disseminado em muni(foes tipo queima em granadas tipo
arrebentamento e par meio de espargidores mecanicos de aerossol
a composto foi desenvolvido inicialmente em 1928 por dois qufmicos norte-
americanos Bem Corson e Roger Stoughton (as iniciais CS referem-se as
primeiras letras dos sobrenomes dos descobridores) No entanto tiveram que
esperar ate 1956 para que 0 laboratorio britanico CBW de Porton Down
desenvolve-se 0 CS para dispersar e controlar manifesta(foes civis
18
Se 0 ortoclorobenzilmalononilrilo penetra nos tecidos nervDsos hit uma
grande possibilidade que se possa ser atacado pelo atomo Oxigeuromio (atraldo pelo
nucleo) e interagir com acetilconinesteras8 Esta enzima e necessaria para
catalisar a hidr61ise da acetilcolina farmada no processo nervoso de transmissao
e e a enzima que e atingida (envenenada) pelo CS
Acredita-se que 0 CS sofre degrada~aoem cianureto e tiocianato enquanto
que 0 reslo da molecula combina-se com glicina e S8 excreta como acido arto-
clorohipurico
A morte ocorre como resultado da falta de transferencia de oxigenio a
circulacao sangufnea que por sua vez resulla em edema hemorragia e obstruQao
das vias respirat6rias nos pulm6es
E de rapida acao nos olhos nariz e garganta Efeilos secundarios
presentes e a dermatite com a exposicao repetida e rea((oes alergicas ao
composto Em altas concentra((oes tambem pode causar vomitos
Para promover a descontaminacao utiliza-se uma solucao alcalina
Normalmente se emprega uma solucao de agua e bissulfeto de sadie a 5
Clora
E um gas irritante de colora((ao amarelo-esverdeada de odor acre E pouco
soluvel em agua podendo combinar-se com agua ou seu vapor e assim produzir
fum os taxicos e corrosivos de acido clorfdrico
E um agente taxico utilizado principal mente em camaras de gas para
treinamento de tropas
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
SUMARIO
1INTRODU9AO 07
2 AGENTES QUiMICOS 09
21 CLASSIFICAltAO 09
211 Agentes qufmicos causadores de baixa 09
212 Agentes quimicos inquietantes 16
213 Agentes qufmicos incapacitantes 19
214 Agentes fumigenos
215 Agentes incendiarios
21
23
216 Agentes herbicidas 24
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA 32
4 DIOXINAS bull 35
41 PROPRIEDADES FiSICO-QUiMICAS E FONTES 35
42 EPISODIOS DE CONTAMINAltAo COM DIOXINAS 37
43 EPIDEMIOLOGIA _ 40
5 PATOLOGIAS ASSOCtADAS AO AGENTE LARANJA 41
51 CLORACNE 41
4252 DOENltA DE HODGKIN
53 LlNFOMA NAO-HODGKIN 45
54 PORFIRIA CUTANEA TARDIA 47
55 MIELOMA MULTIPLO 49
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS 52
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA 53
58 EFEITOS DO 24D NO HEPATOCITO 54
6 CONCLUsAo 56
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSUL TADAS 57
RESUMO
Este trabalho tern como finalidade apresentar atrav9S de pesquisa bibliografica urnestudo sabre armas qUlmicas e suas conseqOemcias a sauda Oando destaque aoAgente Laranja (associa~aodo 24 Diclorofenoxiacetico e 245 Triclorofenoxiacetico)utilizado na Guerra do Vietna Pode-s9 observar que os uscs de substancias qufmicasno caso herbicidas em pequenas quantidades sao beneficas na agricultura no en tantoquando utilizadas em aUas concentra~5es podem acarretar severas consequenciasPrincipalmente quando se trata de seus contaminantes sendo 0 mais importanterelacionado ao Agente Laranja a 2378 TCDD (Tetraclorodibenzo-p-dioxina) A qualpropicia a aparecimento de algumas patologias (cloracne doenca de Hodgkin linfomanao-Hodgkin porfiria cutanea tardia e mieloma multiplo) al9m de ser teratogenica eembriotoxica Oessa forma devemiddotse tomar cuidado e verificar 0 riscomiddotbeneHcio dautilizacao destas substancias
Palavras chave armas quimicas Agente Laranja contaminaltfao pela dioxina 2378TCDD
LlSTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - FORMULA ESTRUTURAL DO HERBICIDA 240 27
FIGURA 2 - FORMULA ESTRUTURAL DO HERBICIDA 245T 30
FIGURA 3 - UTILlZAltAo DO AGENTE LARANJA NO VIETNA 32
FIGURA 4 - FORMULA ESTRUTURAL DA DIOXINA 2378 TCDD 35
FIGURA 5 - VIKTOR YUSHENKO (DERMATITES ACNEIFORMES) 39
FIGURA 6 - CLORACNE (BRAltO) 42
FIGURA 7 - CELULA DE REED-STERNBERG 45
FIGURA 8 - LlNFOMA NAO-HODGKIN
FIGURA 9- PORFIRIA CUTANEA TARDIA (MAO) 48
47
FIGURA 10 - FORMAltAO DE ROULEAUX 50
FIGURA 11 - LAMINA DE MIELOMA MULTIPLO 51
1 INTRODU9AO
Na antiguidade muitas cidades eram cercadas par fortifica90es que as
protegiam tendo port as e areos nas entradas Janus deus romano proteter das
entradas e represent ado por uma cabeya dotada de duas faces posicionadas em
dire90es opostas Simbolizando a dualidade da natureza isla euroI portas que podem
conduzir a cam inhas diversos Chamamiddotse Efeito Janus a situa980 que apresenta
solucoes contraditorias e no case de substancias qufmicas aquelas que podem
ler aplicalt6es dilerenles e oposlas prejudiciais e benelicas (RODRIGUES2005)
As armas quimicas foram oficialmente definidas pela ewe (Chemical
Weapons Convention - COnven980 sobre Armas Qufmicas) como substancia que
por meio do efeito quimico sobre processos biologicos possam causar a morte
perda temporaria de fun~6es vitais ou ainda prejufzo permanente a pessoas sem
o apoio de outras substancias ou de qualquer forma de energia
o Efeito Janus trata-se da descoberta durante a Segunda Guerra Mundial
(1943) que 0 olicial medico Cornelius Packard Rhoads lez ao descobrir que 0 Gas
Mostarda utilizado como agente vesicante tambem poderia sar usado na
quimioterapia pois esta substancia reduz drasticamente 0 numero de leucocitos
Sendo assim Rhoads utilizou sua descoberta para combater 0 cancer
principalmente a leucemia e a Doen~a de Hodkins em que 0 aumento de
leuc6citos e brutal
o U Agente Laranja utilizado durante a Guerra do Vietna pode enquadrar-se
no Efeito Janus pois ele e formado da mistura de dois herbicidas (50 de 24
Diclorofenoxidoacetico e 50 de 245 Triclorofenoxidoacetico) sendo portanto
para ser utilizado na agricultura No entanto durante a guerra toi utilizado como
agente desfolhante Deixando desde seu emprego ate hoje serias consequencias
causadas pela contaminatao com a dioxina 2378 TeDO
Este trabalho visa expor os principais topicos relacionados ao Agente
Laranja desde sua origem aplicaltao propriedades toxicocineticas ate as
patologias causadas por sua exposiltao e possfveis diagnosticos laboratoriais
2 AGENTES QUiMICOS
21 CLASSIFICAcAo
Os agentes quimicos sao classificados de acordo com 0 Manual de
Campanhado Ministerio do Exercito (1987) dentro dos seguintes grupos agentes
qufmicos causadores de baixa agentes qufmicos inquietantes agentes qufmicos
incapacitantes agentes fumigenos e agentes incendiarios
211 Agentes quimicos causadores de baixa
Sao aqueles que par seus efeitos sabre a organismo humano produzem a
morte au incapacitacao prolongadaOs agentes deste grupo empregados com
efeitos persistentes sao utilizados tarn bam para interdiQao do terreno e do
material pelo temar da contaminayao e conseqClentemente dos efeitos sobre as
pessoas que entrarem em cantata com os mesmos
a) Taxico aos nervos
Ha as agentes qufmicos causadores de baixa do tipo texico aos nervos
afetam diretamenta 0 sistema narvoso sendo allamente toxicos tanto na forma
Ifquida como em vapor geralmente sao incolores e insfpidos Podendo-se citar 0
Sarin e 0 VX como exemplos mais representativos
10
Sarin
E urn liquido volatil naD persistente de alfao muito rapida que produz
baixas por inalalfao ingestaocontato dermico au ocular podendo malar em
questao de minutes apes a exposiltao (com uma concentraQao de por exemplo
200mg de sarin m3)
Passui a seguinte formula molecular C4HlOF02P(composto organico do tipo
organo fosforado) Suas propriedades ffsicas sao ponto de fusao - 56degC ponto de
ebuliltao 147C e sua densidade e de 1089 Ele sofre varialtao de solubilidade
com 0 pH do meio sendo mais potente quando S8 encontra entre pH dois a oito 0
acido fost6rica age como catalisador sendo a temperatura ajudante na velocidade
de hidr6lise do compos to Sua meia vida e contada em horas
Quando disseminado por munilt6es quimicas normalmente produz grande
quantidade de vapores Sua a980 e sobre termina90es nervosas centrais
reagindo com receptores da acetilcolina (nicotfnicos e muscarfnicos)
Os receptores nicoHnicos sao diretamente acoplados aos canais cationicos
e medeiam a transmissao sinaptica excitat6ria nipida na juncao neuromuscular
nos ganglios autonomos e em varios locais do sistema nervoso central Os
receptores muscarlnicos medeiam os efeitos da acetilcolinesterase nas sin apses
parassimpaticas p6s-ganglionares (principalmente cora980 musculatura lisa e
glandulas) e contribuem para a excitacao ganglionar ocorrendo em muitas partes
do sislema nervoso cenlral (RANG1997)
Os sintomas variam os mais comuns sao olhos lacrimejantes e saliva98o
ocorrendo tambem miose sudorese bern como dispneia visaa turva nausea
vornita espasmas e cefaleia
II
A medida a ser tamada imediatamente ap6s 0 contata com 0 agente e a
retirada das roupas e lavagem do local contaminado Ha antidotos para 0 Sarin
alropina (ampolas de 025 - 050 mg) e metil-piridil aldoxima (ampolas de 200mg)
no entanto e de diffcil acesso e poucas localidades os possuem
VX
o VX (etil-S-2-diisopropilaminoetilmetilfosfotiolato) foi desenvolvido
originalmente no Reina Unido no infcio dos anos cinqOenta
E urn composta allamente taxieD tanto no estado IIquido como em forma de
vapor atacando 0 sistema nervoso central (considerado pelo menes cern vezes
mais texico do que 0 Sarin S8 infiltrado e duas vezes mais t6xico S8 inalado)
E urn liquido 01e050 de colora9ao ambar inodoro e insfpido
Possui a seguinte formula molecular CH2SN02PS (composta organico do
tipo organo fosforado) Suas propriedades fisicas sao ponto de fusao -39degC
ponto de ebuliltao 298degC e densidade de 1008 0 VX possui a propriedade de
dissoluQao em agua a partir dos 95degC Tambem safre varia~aa de salubilidade de
acarda com a pH do meio sendo influenciado samente em pHs a partir de oita
Os sintomas e a descontaminalfaa apes cantata sao iguais as descritas no
Sarin
b) Vesicantes
Hi os agentes causadores de baixa do tipo vesicantes afetam os olhos 0
aparelho respiratorio e principal mente a pele Produzindo queimaduras com
12
forma1ao de bolhas e destruiltao dos tecidos subjacentes Sao exemplos desta
categoria a Gas Mostarda e 0 Lewisita
Gas Mostarda
E causador de graves irritaltoes dermicas e oGulares comumente
conhecido como agente pustulento Podendo ser utilizado tanto na forma de vapor
como liquefeito
Sua formula molecular e C4 HeCI2 S (tambem chamada de mostarda
sutfurica) Suas propriedades fisicas sao as seguintes ponto de fusao -21 reponto de ebuliltao -13degC e massa molar 15907 E lncotor no estado puro po rem
quando encontrado na sua forma impura passui coloraltao que varia de amarelo a
marrom possuindo odor caracteristico de alho ou mostarda
o cantato com 0 gas causa les5es no Irata respiratorio na pele enos athos
no entanlo nElO S8 restringe somente a isse ele tambem causa supressao da
medula essea les6es neurologicas e gastrintestinais 0 gas mostarda e um
composto quimico altamente reativo que se une a protefnas DNA e oulros
componentes celulares causando danos as celulas logo apes 0 contato A pessoa
contaminada chega a apresentar dares e efeitos clfnicos em torno de 24 horas
apes contato
Nao ha antldoto para a expesi=aa a esle agente Sendo 0 melhor
procedimento a se tamar caso haja contaminactao e 0 afastamento do causadar
da area ex pasta aa cantato com 0 composto isso tara as conseqOencias do
cantata serem reduzidas
13
Lewisita
E urn liquido oleoso e incolor com odor parecido ao geranio Passui
caracterlsticas semelhantes a do Gas Mostarda acrescido em sua composi~ao de
Arsenio 0 que Ihe da efeitos mais toxicos
Os sintomas apresentados por pessoas expostas a Lewisita sao der I
irritaf8o e inflama980 dos olhos pode acorrar diarreia nauseas v6mitos
hipotensao levan do ao choque dispneia e principalmente dor e irrita(fao dermica
em questao de minutos apos a exposi980 e forma9ao de vesiculas na pele varias
heras ap6s 0 contata com a com posta
c) Sufocantes
Ha as causadores de baixa do tipo sufocantes penetram no organism a
peras vias respirat6rias afetando-as seriamente
Fosfogenio
E urn gas incolor nao persistente seu ponto de ebuliyao e 82degC Com
formula molecular COCI (cloreto de carbonila ou cloreto de cloformila)
Sua ayao principal e exercida sobre os pulmoes pois penetra no organismo
por inalacao com a produyao de les6es nos vasos capilares e derrames nos
alv8olos culminando com urn edema pulrnonar
Em contato com agua forma acido clorfdrico e gas carbonico sendo a
hidr6lise com formacao deste acido a causa de sua toxicidade Uma concentracao
de 3 a 5 mgL determina 0 obito em poucos minutos (SCHVARTSMAN 1991)
14
Seus sintomas imediatos sao irritaC(ao do nariz e garganta tosse
dificuldade de respirar dar no peito lacrimejamento nauseas v6mitos e dares de
cabeC(a Estes primeiros sintomas desaparecem e ap6s urn perfodo latenle
normalmente de tres a qualro horas surgem os sintomas de edema pulmonar
Nauseas e v6mitos podem reaparecer seguidos de ronco no peito estado de
choque pressao baixa batimentos cardlacos fracas e rapidos geralmente
provocam a morte
d) T6xicas do sangue
Ha os causadores de baixa do tipo taxicas do sangue agem sabre as
elementos sangufneos penetrando no organismo pelo aparelho respiratorio ou
atraves da pele interferindo na transferencia normal do oxigemio do sangue para
as tecidos
Os sintomas dependem da dose absorvida e podem variar desde cefaleia
vertigens e nauseas ate convuls5es parada cardiaca e morte
Acido Cianfdrico
E um liquido incolor muito volatil nao persistente de alfao rapida Tambem
chamado de acido prussico de formula molecular HeN
A sua lemperalura de fusao e de -14C e de ebuliCao e de 257C Sendo
soluvel em agua eter e alcoa
o acido cianidrico penetra no organismo por inalay8o inibindo a sistema
da citocromoxidase e de modo geral as enzimas que contem ferro trivalente
Como consequencia ha morte celular e incapacidade de aproveitar oxigenio
15
resultando em efeitos sistemicos complexos e variados 0 sistema nervoso e
eora9ao sao provavelmenle as leeidos mais sensiveis (SCHVARTSMAN 1991)
A inalayao au ingestao de grandes quantidades produz inconsciencia
convulsoes e 6bito em poueos minutos Doses menores determinam disturbios
neurologicos (tonturas inquietude ansiedade cefaleia confusao mental
convuls6es tonicas e coma) e disturbios cardiovasculares (taquicardia seguida de
bradicardia disritmias de varios tipos e hipotensao arterial que pode evoluir para 0
cheque) sendo tambem comum ocorrer nauseas vomitos taquipneia inicial
seguida de depressao respiratoria
A intoxicayao cr6nica par gas cianidrico caracteriza-se per hipertrofia
cardiaca hipotensao arterial linfocitose neutropenia e hipoglicemia
o interessante e que caso a morte na~ ocorra em poucos minutos a
recupera(fao podera a vir em poucas horas
Cloreto de Cianogenio
E urn gas incolor com odor de amendoas arnargas nao persistente de
a(faO rapida Penetra no organisrno por inalactao transformando-se em Beido
cianidrico Ele evita que as celulas recebam oxigenio causando assim a morte
celular os 6rgaos mais afetados sao COra(fao e cere bro
Seus efeilos e sintomas sao semelhantes aos do Bcida cianidrico
lacrimejamento irrita(fao do trato respirat6rio superior pele de coloractao r6sea
movimentos incoordenados tremores respiracao rBpida agitacao cefaleia
nausea vornito prostra(fao e taquicardia em exposilt6es a pequenas quantidades
16
Casa a exposicao seja grande pode tambem ocorrer convulsoes hipotensao
arterial bradicardia lesaD pulmonar perda da consciencia e ate a morte
Satura rapidamente os filtros das mascaras contra gases
212 Agentes quimicos inquietantes
Estes agentes produzem irrita~ao temponlria au efeitos de incapacidade
fisiologica quando em cantata com os elhos e pele au quando inalados Seu
principal emprego e no treinamento da tropa controle de disturbios e pequenas
operaqoes de combate Os principals agentes qufmicos inquietantes sao
Cloroacetofenona
E um solido microparticulado de coloraGao branca a amarelo claro possui
odor penetrante e seu sin6nimo e gas lacrimogenio
Sua formula molecular e C6 Hs COCH2 CI e massa molecular 1546 Suas
propriedades fisico-qufmicas mais relevantes sao ponto de ebu1i9ao 247degC ponto
de fusao entre 58-59degC insoluvel em agua
E urn agente de a980 rapida que quando espargido como aerossol causa
urn intenso fluxo lacrimoso e irrita os olhos Na pele causa enrijecimento e dor E
urn agente fotofobico Afetando tambem todo 0 sistema respiratorio superior
Quando inalado causa sensa9ao de queima9ao tosse e nauseas
Efeitos secundarios sao queimaduras de segundo grau e dermatites
vesiculares aguda
A descontamina9ao requer uma solu9aO de soda caustica alc06lica
17
Adamsita
Conhecida quimicamente como difenilaminocloroarsina e urn s61ido
microparticulado que Possui cerea de 27 de Arsenio
Foi desenvolvido pelo qui mica norte~americano Roger Adams durante a
Primeira Grande Guerra
Pouco depois do cantata (geralmente disseminado via aerossol) 0 indivfduo
carneya a espirrar violentamente e a tossir I as partfculas s61idas do agente
quimico se depositam nos pulm5es E perdendo total mente 0 controle
apresentara dares intensas de cabe9a v6mitos e nauseas fortes
Este agente deve ser lan9ado em combinac8o com urn irritante de alaquo8o
rapida como par exemplo a cloroacetofenona para abler eleitos combinadas
Ortoclorobenzilmalononitrilo
E urn s61ido microparticulado possui a seguinte formula molecular
CICHCHCCN (CN) Em sua forma pura apresenta-se na forma de po branco
cristalino (semelhante ao talco) e com odor acre
Podendo ser disseminado em muni(foes tipo queima em granadas tipo
arrebentamento e par meio de espargidores mecanicos de aerossol
a composto foi desenvolvido inicialmente em 1928 por dois qufmicos norte-
americanos Bem Corson e Roger Stoughton (as iniciais CS referem-se as
primeiras letras dos sobrenomes dos descobridores) No entanto tiveram que
esperar ate 1956 para que 0 laboratorio britanico CBW de Porton Down
desenvolve-se 0 CS para dispersar e controlar manifesta(foes civis
18
Se 0 ortoclorobenzilmalononilrilo penetra nos tecidos nervDsos hit uma
grande possibilidade que se possa ser atacado pelo atomo Oxigeuromio (atraldo pelo
nucleo) e interagir com acetilconinesteras8 Esta enzima e necessaria para
catalisar a hidr61ise da acetilcolina farmada no processo nervoso de transmissao
e e a enzima que e atingida (envenenada) pelo CS
Acredita-se que 0 CS sofre degrada~aoem cianureto e tiocianato enquanto
que 0 reslo da molecula combina-se com glicina e S8 excreta como acido arto-
clorohipurico
A morte ocorre como resultado da falta de transferencia de oxigenio a
circulacao sangufnea que por sua vez resulla em edema hemorragia e obstruQao
das vias respirat6rias nos pulm6es
E de rapida acao nos olhos nariz e garganta Efeilos secundarios
presentes e a dermatite com a exposicao repetida e rea((oes alergicas ao
composto Em altas concentra((oes tambem pode causar vomitos
Para promover a descontaminacao utiliza-se uma solucao alcalina
Normalmente se emprega uma solucao de agua e bissulfeto de sadie a 5
Clora
E um gas irritante de colora((ao amarelo-esverdeada de odor acre E pouco
soluvel em agua podendo combinar-se com agua ou seu vapor e assim produzir
fum os taxicos e corrosivos de acido clorfdrico
E um agente taxico utilizado principal mente em camaras de gas para
treinamento de tropas
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA 53
58 EFEITOS DO 24D NO HEPATOCITO 54
6 CONCLUsAo 56
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSUL TADAS 57
RESUMO
Este trabalho tern como finalidade apresentar atrav9S de pesquisa bibliografica urnestudo sabre armas qUlmicas e suas conseqOemcias a sauda Oando destaque aoAgente Laranja (associa~aodo 24 Diclorofenoxiacetico e 245 Triclorofenoxiacetico)utilizado na Guerra do Vietna Pode-s9 observar que os uscs de substancias qufmicasno caso herbicidas em pequenas quantidades sao beneficas na agricultura no en tantoquando utilizadas em aUas concentra~5es podem acarretar severas consequenciasPrincipalmente quando se trata de seus contaminantes sendo 0 mais importanterelacionado ao Agente Laranja a 2378 TCDD (Tetraclorodibenzo-p-dioxina) A qualpropicia a aparecimento de algumas patologias (cloracne doenca de Hodgkin linfomanao-Hodgkin porfiria cutanea tardia e mieloma multiplo) al9m de ser teratogenica eembriotoxica Oessa forma devemiddotse tomar cuidado e verificar 0 riscomiddotbeneHcio dautilizacao destas substancias
Palavras chave armas quimicas Agente Laranja contaminaltfao pela dioxina 2378TCDD
LlSTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - FORMULA ESTRUTURAL DO HERBICIDA 240 27
FIGURA 2 - FORMULA ESTRUTURAL DO HERBICIDA 245T 30
FIGURA 3 - UTILlZAltAo DO AGENTE LARANJA NO VIETNA 32
FIGURA 4 - FORMULA ESTRUTURAL DA DIOXINA 2378 TCDD 35
FIGURA 5 - VIKTOR YUSHENKO (DERMATITES ACNEIFORMES) 39
FIGURA 6 - CLORACNE (BRAltO) 42
FIGURA 7 - CELULA DE REED-STERNBERG 45
FIGURA 8 - LlNFOMA NAO-HODGKIN
FIGURA 9- PORFIRIA CUTANEA TARDIA (MAO) 48
47
FIGURA 10 - FORMAltAO DE ROULEAUX 50
FIGURA 11 - LAMINA DE MIELOMA MULTIPLO 51
1 INTRODU9AO
Na antiguidade muitas cidades eram cercadas par fortifica90es que as
protegiam tendo port as e areos nas entradas Janus deus romano proteter das
entradas e represent ado por uma cabeya dotada de duas faces posicionadas em
dire90es opostas Simbolizando a dualidade da natureza isla euroI portas que podem
conduzir a cam inhas diversos Chamamiddotse Efeito Janus a situa980 que apresenta
solucoes contraditorias e no case de substancias qufmicas aquelas que podem
ler aplicalt6es dilerenles e oposlas prejudiciais e benelicas (RODRIGUES2005)
As armas quimicas foram oficialmente definidas pela ewe (Chemical
Weapons Convention - COnven980 sobre Armas Qufmicas) como substancia que
por meio do efeito quimico sobre processos biologicos possam causar a morte
perda temporaria de fun~6es vitais ou ainda prejufzo permanente a pessoas sem
o apoio de outras substancias ou de qualquer forma de energia
o Efeito Janus trata-se da descoberta durante a Segunda Guerra Mundial
(1943) que 0 olicial medico Cornelius Packard Rhoads lez ao descobrir que 0 Gas
Mostarda utilizado como agente vesicante tambem poderia sar usado na
quimioterapia pois esta substancia reduz drasticamente 0 numero de leucocitos
Sendo assim Rhoads utilizou sua descoberta para combater 0 cancer
principalmente a leucemia e a Doen~a de Hodkins em que 0 aumento de
leuc6citos e brutal
o U Agente Laranja utilizado durante a Guerra do Vietna pode enquadrar-se
no Efeito Janus pois ele e formado da mistura de dois herbicidas (50 de 24
Diclorofenoxidoacetico e 50 de 245 Triclorofenoxidoacetico) sendo portanto
para ser utilizado na agricultura No entanto durante a guerra toi utilizado como
agente desfolhante Deixando desde seu emprego ate hoje serias consequencias
causadas pela contaminatao com a dioxina 2378 TeDO
Este trabalho visa expor os principais topicos relacionados ao Agente
Laranja desde sua origem aplicaltao propriedades toxicocineticas ate as
patologias causadas por sua exposiltao e possfveis diagnosticos laboratoriais
2 AGENTES QUiMICOS
21 CLASSIFICAcAo
Os agentes quimicos sao classificados de acordo com 0 Manual de
Campanhado Ministerio do Exercito (1987) dentro dos seguintes grupos agentes
qufmicos causadores de baixa agentes qufmicos inquietantes agentes qufmicos
incapacitantes agentes fumigenos e agentes incendiarios
211 Agentes quimicos causadores de baixa
Sao aqueles que par seus efeitos sabre a organismo humano produzem a
morte au incapacitacao prolongadaOs agentes deste grupo empregados com
efeitos persistentes sao utilizados tarn bam para interdiQao do terreno e do
material pelo temar da contaminayao e conseqClentemente dos efeitos sobre as
pessoas que entrarem em cantata com os mesmos
a) Taxico aos nervos
Ha as agentes qufmicos causadores de baixa do tipo texico aos nervos
afetam diretamenta 0 sistema narvoso sendo allamente toxicos tanto na forma
Ifquida como em vapor geralmente sao incolores e insfpidos Podendo-se citar 0
Sarin e 0 VX como exemplos mais representativos
10
Sarin
E urn liquido volatil naD persistente de alfao muito rapida que produz
baixas por inalalfao ingestaocontato dermico au ocular podendo malar em
questao de minutes apes a exposiltao (com uma concentraQao de por exemplo
200mg de sarin m3)
Passui a seguinte formula molecular C4HlOF02P(composto organico do tipo
organo fosforado) Suas propriedades ffsicas sao ponto de fusao - 56degC ponto de
ebuliltao 147C e sua densidade e de 1089 Ele sofre varialtao de solubilidade
com 0 pH do meio sendo mais potente quando S8 encontra entre pH dois a oito 0
acido fost6rica age como catalisador sendo a temperatura ajudante na velocidade
de hidr6lise do compos to Sua meia vida e contada em horas
Quando disseminado por munilt6es quimicas normalmente produz grande
quantidade de vapores Sua a980 e sobre termina90es nervosas centrais
reagindo com receptores da acetilcolina (nicotfnicos e muscarfnicos)
Os receptores nicoHnicos sao diretamente acoplados aos canais cationicos
e medeiam a transmissao sinaptica excitat6ria nipida na juncao neuromuscular
nos ganglios autonomos e em varios locais do sistema nervoso central Os
receptores muscarlnicos medeiam os efeitos da acetilcolinesterase nas sin apses
parassimpaticas p6s-ganglionares (principalmente cora980 musculatura lisa e
glandulas) e contribuem para a excitacao ganglionar ocorrendo em muitas partes
do sislema nervoso cenlral (RANG1997)
Os sintomas variam os mais comuns sao olhos lacrimejantes e saliva98o
ocorrendo tambem miose sudorese bern como dispneia visaa turva nausea
vornita espasmas e cefaleia
II
A medida a ser tamada imediatamente ap6s 0 contata com 0 agente e a
retirada das roupas e lavagem do local contaminado Ha antidotos para 0 Sarin
alropina (ampolas de 025 - 050 mg) e metil-piridil aldoxima (ampolas de 200mg)
no entanto e de diffcil acesso e poucas localidades os possuem
VX
o VX (etil-S-2-diisopropilaminoetilmetilfosfotiolato) foi desenvolvido
originalmente no Reina Unido no infcio dos anos cinqOenta
E urn composta allamente taxieD tanto no estado IIquido como em forma de
vapor atacando 0 sistema nervoso central (considerado pelo menes cern vezes
mais texico do que 0 Sarin S8 infiltrado e duas vezes mais t6xico S8 inalado)
E urn liquido 01e050 de colora9ao ambar inodoro e insfpido
Possui a seguinte formula molecular CH2SN02PS (composta organico do
tipo organo fosforado) Suas propriedades fisicas sao ponto de fusao -39degC
ponto de ebuliltao 298degC e densidade de 1008 0 VX possui a propriedade de
dissoluQao em agua a partir dos 95degC Tambem safre varia~aa de salubilidade de
acarda com a pH do meio sendo influenciado samente em pHs a partir de oita
Os sintomas e a descontaminalfaa apes cantata sao iguais as descritas no
Sarin
b) Vesicantes
Hi os agentes causadores de baixa do tipo vesicantes afetam os olhos 0
aparelho respiratorio e principal mente a pele Produzindo queimaduras com
12
forma1ao de bolhas e destruiltao dos tecidos subjacentes Sao exemplos desta
categoria a Gas Mostarda e 0 Lewisita
Gas Mostarda
E causador de graves irritaltoes dermicas e oGulares comumente
conhecido como agente pustulento Podendo ser utilizado tanto na forma de vapor
como liquefeito
Sua formula molecular e C4 HeCI2 S (tambem chamada de mostarda
sutfurica) Suas propriedades fisicas sao as seguintes ponto de fusao -21 reponto de ebuliltao -13degC e massa molar 15907 E lncotor no estado puro po rem
quando encontrado na sua forma impura passui coloraltao que varia de amarelo a
marrom possuindo odor caracteristico de alho ou mostarda
o cantato com 0 gas causa les5es no Irata respiratorio na pele enos athos
no entanlo nElO S8 restringe somente a isse ele tambem causa supressao da
medula essea les6es neurologicas e gastrintestinais 0 gas mostarda e um
composto quimico altamente reativo que se une a protefnas DNA e oulros
componentes celulares causando danos as celulas logo apes 0 contato A pessoa
contaminada chega a apresentar dares e efeitos clfnicos em torno de 24 horas
apes contato
Nao ha antldoto para a expesi=aa a esle agente Sendo 0 melhor
procedimento a se tamar caso haja contaminactao e 0 afastamento do causadar
da area ex pasta aa cantato com 0 composto isso tara as conseqOencias do
cantata serem reduzidas
13
Lewisita
E urn liquido oleoso e incolor com odor parecido ao geranio Passui
caracterlsticas semelhantes a do Gas Mostarda acrescido em sua composi~ao de
Arsenio 0 que Ihe da efeitos mais toxicos
Os sintomas apresentados por pessoas expostas a Lewisita sao der I
irritaf8o e inflama980 dos olhos pode acorrar diarreia nauseas v6mitos
hipotensao levan do ao choque dispneia e principalmente dor e irrita(fao dermica
em questao de minutos apos a exposi980 e forma9ao de vesiculas na pele varias
heras ap6s 0 contata com a com posta
c) Sufocantes
Ha as causadores de baixa do tipo sufocantes penetram no organism a
peras vias respirat6rias afetando-as seriamente
Fosfogenio
E urn gas incolor nao persistente seu ponto de ebuliyao e 82degC Com
formula molecular COCI (cloreto de carbonila ou cloreto de cloformila)
Sua ayao principal e exercida sobre os pulmoes pois penetra no organismo
por inalacao com a produyao de les6es nos vasos capilares e derrames nos
alv8olos culminando com urn edema pulrnonar
Em contato com agua forma acido clorfdrico e gas carbonico sendo a
hidr6lise com formacao deste acido a causa de sua toxicidade Uma concentracao
de 3 a 5 mgL determina 0 obito em poucos minutos (SCHVARTSMAN 1991)
14
Seus sintomas imediatos sao irritaC(ao do nariz e garganta tosse
dificuldade de respirar dar no peito lacrimejamento nauseas v6mitos e dares de
cabeC(a Estes primeiros sintomas desaparecem e ap6s urn perfodo latenle
normalmente de tres a qualro horas surgem os sintomas de edema pulmonar
Nauseas e v6mitos podem reaparecer seguidos de ronco no peito estado de
choque pressao baixa batimentos cardlacos fracas e rapidos geralmente
provocam a morte
d) T6xicas do sangue
Ha os causadores de baixa do tipo taxicas do sangue agem sabre as
elementos sangufneos penetrando no organismo pelo aparelho respiratorio ou
atraves da pele interferindo na transferencia normal do oxigemio do sangue para
as tecidos
Os sintomas dependem da dose absorvida e podem variar desde cefaleia
vertigens e nauseas ate convuls5es parada cardiaca e morte
Acido Cianfdrico
E um liquido incolor muito volatil nao persistente de alfao rapida Tambem
chamado de acido prussico de formula molecular HeN
A sua lemperalura de fusao e de -14C e de ebuliCao e de 257C Sendo
soluvel em agua eter e alcoa
o acido cianidrico penetra no organismo por inalay8o inibindo a sistema
da citocromoxidase e de modo geral as enzimas que contem ferro trivalente
Como consequencia ha morte celular e incapacidade de aproveitar oxigenio
15
resultando em efeitos sistemicos complexos e variados 0 sistema nervoso e
eora9ao sao provavelmenle as leeidos mais sensiveis (SCHVARTSMAN 1991)
A inalayao au ingestao de grandes quantidades produz inconsciencia
convulsoes e 6bito em poueos minutos Doses menores determinam disturbios
neurologicos (tonturas inquietude ansiedade cefaleia confusao mental
convuls6es tonicas e coma) e disturbios cardiovasculares (taquicardia seguida de
bradicardia disritmias de varios tipos e hipotensao arterial que pode evoluir para 0
cheque) sendo tambem comum ocorrer nauseas vomitos taquipneia inicial
seguida de depressao respiratoria
A intoxicayao cr6nica par gas cianidrico caracteriza-se per hipertrofia
cardiaca hipotensao arterial linfocitose neutropenia e hipoglicemia
o interessante e que caso a morte na~ ocorra em poucos minutos a
recupera(fao podera a vir em poucas horas
Cloreto de Cianogenio
E urn gas incolor com odor de amendoas arnargas nao persistente de
a(faO rapida Penetra no organisrno por inalactao transformando-se em Beido
cianidrico Ele evita que as celulas recebam oxigenio causando assim a morte
celular os 6rgaos mais afetados sao COra(fao e cere bro
Seus efeilos e sintomas sao semelhantes aos do Bcida cianidrico
lacrimejamento irrita(fao do trato respirat6rio superior pele de coloractao r6sea
movimentos incoordenados tremores respiracao rBpida agitacao cefaleia
nausea vornito prostra(fao e taquicardia em exposilt6es a pequenas quantidades
16
Casa a exposicao seja grande pode tambem ocorrer convulsoes hipotensao
arterial bradicardia lesaD pulmonar perda da consciencia e ate a morte
Satura rapidamente os filtros das mascaras contra gases
212 Agentes quimicos inquietantes
Estes agentes produzem irrita~ao temponlria au efeitos de incapacidade
fisiologica quando em cantata com os elhos e pele au quando inalados Seu
principal emprego e no treinamento da tropa controle de disturbios e pequenas
operaqoes de combate Os principals agentes qufmicos inquietantes sao
Cloroacetofenona
E um solido microparticulado de coloraGao branca a amarelo claro possui
odor penetrante e seu sin6nimo e gas lacrimogenio
Sua formula molecular e C6 Hs COCH2 CI e massa molecular 1546 Suas
propriedades fisico-qufmicas mais relevantes sao ponto de ebu1i9ao 247degC ponto
de fusao entre 58-59degC insoluvel em agua
E urn agente de a980 rapida que quando espargido como aerossol causa
urn intenso fluxo lacrimoso e irrita os olhos Na pele causa enrijecimento e dor E
urn agente fotofobico Afetando tambem todo 0 sistema respiratorio superior
Quando inalado causa sensa9ao de queima9ao tosse e nauseas
Efeitos secundarios sao queimaduras de segundo grau e dermatites
vesiculares aguda
A descontamina9ao requer uma solu9aO de soda caustica alc06lica
17
Adamsita
Conhecida quimicamente como difenilaminocloroarsina e urn s61ido
microparticulado que Possui cerea de 27 de Arsenio
Foi desenvolvido pelo qui mica norte~americano Roger Adams durante a
Primeira Grande Guerra
Pouco depois do cantata (geralmente disseminado via aerossol) 0 indivfduo
carneya a espirrar violentamente e a tossir I as partfculas s61idas do agente
quimico se depositam nos pulm5es E perdendo total mente 0 controle
apresentara dares intensas de cabe9a v6mitos e nauseas fortes
Este agente deve ser lan9ado em combinac8o com urn irritante de alaquo8o
rapida como par exemplo a cloroacetofenona para abler eleitos combinadas
Ortoclorobenzilmalononitrilo
E urn s61ido microparticulado possui a seguinte formula molecular
CICHCHCCN (CN) Em sua forma pura apresenta-se na forma de po branco
cristalino (semelhante ao talco) e com odor acre
Podendo ser disseminado em muni(foes tipo queima em granadas tipo
arrebentamento e par meio de espargidores mecanicos de aerossol
a composto foi desenvolvido inicialmente em 1928 por dois qufmicos norte-
americanos Bem Corson e Roger Stoughton (as iniciais CS referem-se as
primeiras letras dos sobrenomes dos descobridores) No entanto tiveram que
esperar ate 1956 para que 0 laboratorio britanico CBW de Porton Down
desenvolve-se 0 CS para dispersar e controlar manifesta(foes civis
18
Se 0 ortoclorobenzilmalononilrilo penetra nos tecidos nervDsos hit uma
grande possibilidade que se possa ser atacado pelo atomo Oxigeuromio (atraldo pelo
nucleo) e interagir com acetilconinesteras8 Esta enzima e necessaria para
catalisar a hidr61ise da acetilcolina farmada no processo nervoso de transmissao
e e a enzima que e atingida (envenenada) pelo CS
Acredita-se que 0 CS sofre degrada~aoem cianureto e tiocianato enquanto
que 0 reslo da molecula combina-se com glicina e S8 excreta como acido arto-
clorohipurico
A morte ocorre como resultado da falta de transferencia de oxigenio a
circulacao sangufnea que por sua vez resulla em edema hemorragia e obstruQao
das vias respirat6rias nos pulm6es
E de rapida acao nos olhos nariz e garganta Efeilos secundarios
presentes e a dermatite com a exposicao repetida e rea((oes alergicas ao
composto Em altas concentra((oes tambem pode causar vomitos
Para promover a descontaminacao utiliza-se uma solucao alcalina
Normalmente se emprega uma solucao de agua e bissulfeto de sadie a 5
Clora
E um gas irritante de colora((ao amarelo-esverdeada de odor acre E pouco
soluvel em agua podendo combinar-se com agua ou seu vapor e assim produzir
fum os taxicos e corrosivos de acido clorfdrico
E um agente taxico utilizado principal mente em camaras de gas para
treinamento de tropas
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
RESUMO
Este trabalho tern como finalidade apresentar atrav9S de pesquisa bibliografica urnestudo sabre armas qUlmicas e suas conseqOemcias a sauda Oando destaque aoAgente Laranja (associa~aodo 24 Diclorofenoxiacetico e 245 Triclorofenoxiacetico)utilizado na Guerra do Vietna Pode-s9 observar que os uscs de substancias qufmicasno caso herbicidas em pequenas quantidades sao beneficas na agricultura no en tantoquando utilizadas em aUas concentra~5es podem acarretar severas consequenciasPrincipalmente quando se trata de seus contaminantes sendo 0 mais importanterelacionado ao Agente Laranja a 2378 TCDD (Tetraclorodibenzo-p-dioxina) A qualpropicia a aparecimento de algumas patologias (cloracne doenca de Hodgkin linfomanao-Hodgkin porfiria cutanea tardia e mieloma multiplo) al9m de ser teratogenica eembriotoxica Oessa forma devemiddotse tomar cuidado e verificar 0 riscomiddotbeneHcio dautilizacao destas substancias
Palavras chave armas quimicas Agente Laranja contaminaltfao pela dioxina 2378TCDD
LlSTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - FORMULA ESTRUTURAL DO HERBICIDA 240 27
FIGURA 2 - FORMULA ESTRUTURAL DO HERBICIDA 245T 30
FIGURA 3 - UTILlZAltAo DO AGENTE LARANJA NO VIETNA 32
FIGURA 4 - FORMULA ESTRUTURAL DA DIOXINA 2378 TCDD 35
FIGURA 5 - VIKTOR YUSHENKO (DERMATITES ACNEIFORMES) 39
FIGURA 6 - CLORACNE (BRAltO) 42
FIGURA 7 - CELULA DE REED-STERNBERG 45
FIGURA 8 - LlNFOMA NAO-HODGKIN
FIGURA 9- PORFIRIA CUTANEA TARDIA (MAO) 48
47
FIGURA 10 - FORMAltAO DE ROULEAUX 50
FIGURA 11 - LAMINA DE MIELOMA MULTIPLO 51
1 INTRODU9AO
Na antiguidade muitas cidades eram cercadas par fortifica90es que as
protegiam tendo port as e areos nas entradas Janus deus romano proteter das
entradas e represent ado por uma cabeya dotada de duas faces posicionadas em
dire90es opostas Simbolizando a dualidade da natureza isla euroI portas que podem
conduzir a cam inhas diversos Chamamiddotse Efeito Janus a situa980 que apresenta
solucoes contraditorias e no case de substancias qufmicas aquelas que podem
ler aplicalt6es dilerenles e oposlas prejudiciais e benelicas (RODRIGUES2005)
As armas quimicas foram oficialmente definidas pela ewe (Chemical
Weapons Convention - COnven980 sobre Armas Qufmicas) como substancia que
por meio do efeito quimico sobre processos biologicos possam causar a morte
perda temporaria de fun~6es vitais ou ainda prejufzo permanente a pessoas sem
o apoio de outras substancias ou de qualquer forma de energia
o Efeito Janus trata-se da descoberta durante a Segunda Guerra Mundial
(1943) que 0 olicial medico Cornelius Packard Rhoads lez ao descobrir que 0 Gas
Mostarda utilizado como agente vesicante tambem poderia sar usado na
quimioterapia pois esta substancia reduz drasticamente 0 numero de leucocitos
Sendo assim Rhoads utilizou sua descoberta para combater 0 cancer
principalmente a leucemia e a Doen~a de Hodkins em que 0 aumento de
leuc6citos e brutal
o U Agente Laranja utilizado durante a Guerra do Vietna pode enquadrar-se
no Efeito Janus pois ele e formado da mistura de dois herbicidas (50 de 24
Diclorofenoxidoacetico e 50 de 245 Triclorofenoxidoacetico) sendo portanto
para ser utilizado na agricultura No entanto durante a guerra toi utilizado como
agente desfolhante Deixando desde seu emprego ate hoje serias consequencias
causadas pela contaminatao com a dioxina 2378 TeDO
Este trabalho visa expor os principais topicos relacionados ao Agente
Laranja desde sua origem aplicaltao propriedades toxicocineticas ate as
patologias causadas por sua exposiltao e possfveis diagnosticos laboratoriais
2 AGENTES QUiMICOS
21 CLASSIFICAcAo
Os agentes quimicos sao classificados de acordo com 0 Manual de
Campanhado Ministerio do Exercito (1987) dentro dos seguintes grupos agentes
qufmicos causadores de baixa agentes qufmicos inquietantes agentes qufmicos
incapacitantes agentes fumigenos e agentes incendiarios
211 Agentes quimicos causadores de baixa
Sao aqueles que par seus efeitos sabre a organismo humano produzem a
morte au incapacitacao prolongadaOs agentes deste grupo empregados com
efeitos persistentes sao utilizados tarn bam para interdiQao do terreno e do
material pelo temar da contaminayao e conseqClentemente dos efeitos sobre as
pessoas que entrarem em cantata com os mesmos
a) Taxico aos nervos
Ha as agentes qufmicos causadores de baixa do tipo texico aos nervos
afetam diretamenta 0 sistema narvoso sendo allamente toxicos tanto na forma
Ifquida como em vapor geralmente sao incolores e insfpidos Podendo-se citar 0
Sarin e 0 VX como exemplos mais representativos
10
Sarin
E urn liquido volatil naD persistente de alfao muito rapida que produz
baixas por inalalfao ingestaocontato dermico au ocular podendo malar em
questao de minutes apes a exposiltao (com uma concentraQao de por exemplo
200mg de sarin m3)
Passui a seguinte formula molecular C4HlOF02P(composto organico do tipo
organo fosforado) Suas propriedades ffsicas sao ponto de fusao - 56degC ponto de
ebuliltao 147C e sua densidade e de 1089 Ele sofre varialtao de solubilidade
com 0 pH do meio sendo mais potente quando S8 encontra entre pH dois a oito 0
acido fost6rica age como catalisador sendo a temperatura ajudante na velocidade
de hidr6lise do compos to Sua meia vida e contada em horas
Quando disseminado por munilt6es quimicas normalmente produz grande
quantidade de vapores Sua a980 e sobre termina90es nervosas centrais
reagindo com receptores da acetilcolina (nicotfnicos e muscarfnicos)
Os receptores nicoHnicos sao diretamente acoplados aos canais cationicos
e medeiam a transmissao sinaptica excitat6ria nipida na juncao neuromuscular
nos ganglios autonomos e em varios locais do sistema nervoso central Os
receptores muscarlnicos medeiam os efeitos da acetilcolinesterase nas sin apses
parassimpaticas p6s-ganglionares (principalmente cora980 musculatura lisa e
glandulas) e contribuem para a excitacao ganglionar ocorrendo em muitas partes
do sislema nervoso cenlral (RANG1997)
Os sintomas variam os mais comuns sao olhos lacrimejantes e saliva98o
ocorrendo tambem miose sudorese bern como dispneia visaa turva nausea
vornita espasmas e cefaleia
II
A medida a ser tamada imediatamente ap6s 0 contata com 0 agente e a
retirada das roupas e lavagem do local contaminado Ha antidotos para 0 Sarin
alropina (ampolas de 025 - 050 mg) e metil-piridil aldoxima (ampolas de 200mg)
no entanto e de diffcil acesso e poucas localidades os possuem
VX
o VX (etil-S-2-diisopropilaminoetilmetilfosfotiolato) foi desenvolvido
originalmente no Reina Unido no infcio dos anos cinqOenta
E urn composta allamente taxieD tanto no estado IIquido como em forma de
vapor atacando 0 sistema nervoso central (considerado pelo menes cern vezes
mais texico do que 0 Sarin S8 infiltrado e duas vezes mais t6xico S8 inalado)
E urn liquido 01e050 de colora9ao ambar inodoro e insfpido
Possui a seguinte formula molecular CH2SN02PS (composta organico do
tipo organo fosforado) Suas propriedades fisicas sao ponto de fusao -39degC
ponto de ebuliltao 298degC e densidade de 1008 0 VX possui a propriedade de
dissoluQao em agua a partir dos 95degC Tambem safre varia~aa de salubilidade de
acarda com a pH do meio sendo influenciado samente em pHs a partir de oita
Os sintomas e a descontaminalfaa apes cantata sao iguais as descritas no
Sarin
b) Vesicantes
Hi os agentes causadores de baixa do tipo vesicantes afetam os olhos 0
aparelho respiratorio e principal mente a pele Produzindo queimaduras com
12
forma1ao de bolhas e destruiltao dos tecidos subjacentes Sao exemplos desta
categoria a Gas Mostarda e 0 Lewisita
Gas Mostarda
E causador de graves irritaltoes dermicas e oGulares comumente
conhecido como agente pustulento Podendo ser utilizado tanto na forma de vapor
como liquefeito
Sua formula molecular e C4 HeCI2 S (tambem chamada de mostarda
sutfurica) Suas propriedades fisicas sao as seguintes ponto de fusao -21 reponto de ebuliltao -13degC e massa molar 15907 E lncotor no estado puro po rem
quando encontrado na sua forma impura passui coloraltao que varia de amarelo a
marrom possuindo odor caracteristico de alho ou mostarda
o cantato com 0 gas causa les5es no Irata respiratorio na pele enos athos
no entanlo nElO S8 restringe somente a isse ele tambem causa supressao da
medula essea les6es neurologicas e gastrintestinais 0 gas mostarda e um
composto quimico altamente reativo que se une a protefnas DNA e oulros
componentes celulares causando danos as celulas logo apes 0 contato A pessoa
contaminada chega a apresentar dares e efeitos clfnicos em torno de 24 horas
apes contato
Nao ha antldoto para a expesi=aa a esle agente Sendo 0 melhor
procedimento a se tamar caso haja contaminactao e 0 afastamento do causadar
da area ex pasta aa cantato com 0 composto isso tara as conseqOencias do
cantata serem reduzidas
13
Lewisita
E urn liquido oleoso e incolor com odor parecido ao geranio Passui
caracterlsticas semelhantes a do Gas Mostarda acrescido em sua composi~ao de
Arsenio 0 que Ihe da efeitos mais toxicos
Os sintomas apresentados por pessoas expostas a Lewisita sao der I
irritaf8o e inflama980 dos olhos pode acorrar diarreia nauseas v6mitos
hipotensao levan do ao choque dispneia e principalmente dor e irrita(fao dermica
em questao de minutos apos a exposi980 e forma9ao de vesiculas na pele varias
heras ap6s 0 contata com a com posta
c) Sufocantes
Ha as causadores de baixa do tipo sufocantes penetram no organism a
peras vias respirat6rias afetando-as seriamente
Fosfogenio
E urn gas incolor nao persistente seu ponto de ebuliyao e 82degC Com
formula molecular COCI (cloreto de carbonila ou cloreto de cloformila)
Sua ayao principal e exercida sobre os pulmoes pois penetra no organismo
por inalacao com a produyao de les6es nos vasos capilares e derrames nos
alv8olos culminando com urn edema pulrnonar
Em contato com agua forma acido clorfdrico e gas carbonico sendo a
hidr6lise com formacao deste acido a causa de sua toxicidade Uma concentracao
de 3 a 5 mgL determina 0 obito em poucos minutos (SCHVARTSMAN 1991)
14
Seus sintomas imediatos sao irritaC(ao do nariz e garganta tosse
dificuldade de respirar dar no peito lacrimejamento nauseas v6mitos e dares de
cabeC(a Estes primeiros sintomas desaparecem e ap6s urn perfodo latenle
normalmente de tres a qualro horas surgem os sintomas de edema pulmonar
Nauseas e v6mitos podem reaparecer seguidos de ronco no peito estado de
choque pressao baixa batimentos cardlacos fracas e rapidos geralmente
provocam a morte
d) T6xicas do sangue
Ha os causadores de baixa do tipo taxicas do sangue agem sabre as
elementos sangufneos penetrando no organismo pelo aparelho respiratorio ou
atraves da pele interferindo na transferencia normal do oxigemio do sangue para
as tecidos
Os sintomas dependem da dose absorvida e podem variar desde cefaleia
vertigens e nauseas ate convuls5es parada cardiaca e morte
Acido Cianfdrico
E um liquido incolor muito volatil nao persistente de alfao rapida Tambem
chamado de acido prussico de formula molecular HeN
A sua lemperalura de fusao e de -14C e de ebuliCao e de 257C Sendo
soluvel em agua eter e alcoa
o acido cianidrico penetra no organismo por inalay8o inibindo a sistema
da citocromoxidase e de modo geral as enzimas que contem ferro trivalente
Como consequencia ha morte celular e incapacidade de aproveitar oxigenio
15
resultando em efeitos sistemicos complexos e variados 0 sistema nervoso e
eora9ao sao provavelmenle as leeidos mais sensiveis (SCHVARTSMAN 1991)
A inalayao au ingestao de grandes quantidades produz inconsciencia
convulsoes e 6bito em poueos minutos Doses menores determinam disturbios
neurologicos (tonturas inquietude ansiedade cefaleia confusao mental
convuls6es tonicas e coma) e disturbios cardiovasculares (taquicardia seguida de
bradicardia disritmias de varios tipos e hipotensao arterial que pode evoluir para 0
cheque) sendo tambem comum ocorrer nauseas vomitos taquipneia inicial
seguida de depressao respiratoria
A intoxicayao cr6nica par gas cianidrico caracteriza-se per hipertrofia
cardiaca hipotensao arterial linfocitose neutropenia e hipoglicemia
o interessante e que caso a morte na~ ocorra em poucos minutos a
recupera(fao podera a vir em poucas horas
Cloreto de Cianogenio
E urn gas incolor com odor de amendoas arnargas nao persistente de
a(faO rapida Penetra no organisrno por inalactao transformando-se em Beido
cianidrico Ele evita que as celulas recebam oxigenio causando assim a morte
celular os 6rgaos mais afetados sao COra(fao e cere bro
Seus efeilos e sintomas sao semelhantes aos do Bcida cianidrico
lacrimejamento irrita(fao do trato respirat6rio superior pele de coloractao r6sea
movimentos incoordenados tremores respiracao rBpida agitacao cefaleia
nausea vornito prostra(fao e taquicardia em exposilt6es a pequenas quantidades
16
Casa a exposicao seja grande pode tambem ocorrer convulsoes hipotensao
arterial bradicardia lesaD pulmonar perda da consciencia e ate a morte
Satura rapidamente os filtros das mascaras contra gases
212 Agentes quimicos inquietantes
Estes agentes produzem irrita~ao temponlria au efeitos de incapacidade
fisiologica quando em cantata com os elhos e pele au quando inalados Seu
principal emprego e no treinamento da tropa controle de disturbios e pequenas
operaqoes de combate Os principals agentes qufmicos inquietantes sao
Cloroacetofenona
E um solido microparticulado de coloraGao branca a amarelo claro possui
odor penetrante e seu sin6nimo e gas lacrimogenio
Sua formula molecular e C6 Hs COCH2 CI e massa molecular 1546 Suas
propriedades fisico-qufmicas mais relevantes sao ponto de ebu1i9ao 247degC ponto
de fusao entre 58-59degC insoluvel em agua
E urn agente de a980 rapida que quando espargido como aerossol causa
urn intenso fluxo lacrimoso e irrita os olhos Na pele causa enrijecimento e dor E
urn agente fotofobico Afetando tambem todo 0 sistema respiratorio superior
Quando inalado causa sensa9ao de queima9ao tosse e nauseas
Efeitos secundarios sao queimaduras de segundo grau e dermatites
vesiculares aguda
A descontamina9ao requer uma solu9aO de soda caustica alc06lica
17
Adamsita
Conhecida quimicamente como difenilaminocloroarsina e urn s61ido
microparticulado que Possui cerea de 27 de Arsenio
Foi desenvolvido pelo qui mica norte~americano Roger Adams durante a
Primeira Grande Guerra
Pouco depois do cantata (geralmente disseminado via aerossol) 0 indivfduo
carneya a espirrar violentamente e a tossir I as partfculas s61idas do agente
quimico se depositam nos pulm5es E perdendo total mente 0 controle
apresentara dares intensas de cabe9a v6mitos e nauseas fortes
Este agente deve ser lan9ado em combinac8o com urn irritante de alaquo8o
rapida como par exemplo a cloroacetofenona para abler eleitos combinadas
Ortoclorobenzilmalononitrilo
E urn s61ido microparticulado possui a seguinte formula molecular
CICHCHCCN (CN) Em sua forma pura apresenta-se na forma de po branco
cristalino (semelhante ao talco) e com odor acre
Podendo ser disseminado em muni(foes tipo queima em granadas tipo
arrebentamento e par meio de espargidores mecanicos de aerossol
a composto foi desenvolvido inicialmente em 1928 por dois qufmicos norte-
americanos Bem Corson e Roger Stoughton (as iniciais CS referem-se as
primeiras letras dos sobrenomes dos descobridores) No entanto tiveram que
esperar ate 1956 para que 0 laboratorio britanico CBW de Porton Down
desenvolve-se 0 CS para dispersar e controlar manifesta(foes civis
18
Se 0 ortoclorobenzilmalononilrilo penetra nos tecidos nervDsos hit uma
grande possibilidade que se possa ser atacado pelo atomo Oxigeuromio (atraldo pelo
nucleo) e interagir com acetilconinesteras8 Esta enzima e necessaria para
catalisar a hidr61ise da acetilcolina farmada no processo nervoso de transmissao
e e a enzima que e atingida (envenenada) pelo CS
Acredita-se que 0 CS sofre degrada~aoem cianureto e tiocianato enquanto
que 0 reslo da molecula combina-se com glicina e S8 excreta como acido arto-
clorohipurico
A morte ocorre como resultado da falta de transferencia de oxigenio a
circulacao sangufnea que por sua vez resulla em edema hemorragia e obstruQao
das vias respirat6rias nos pulm6es
E de rapida acao nos olhos nariz e garganta Efeilos secundarios
presentes e a dermatite com a exposicao repetida e rea((oes alergicas ao
composto Em altas concentra((oes tambem pode causar vomitos
Para promover a descontaminacao utiliza-se uma solucao alcalina
Normalmente se emprega uma solucao de agua e bissulfeto de sadie a 5
Clora
E um gas irritante de colora((ao amarelo-esverdeada de odor acre E pouco
soluvel em agua podendo combinar-se com agua ou seu vapor e assim produzir
fum os taxicos e corrosivos de acido clorfdrico
E um agente taxico utilizado principal mente em camaras de gas para
treinamento de tropas
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
LlSTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - FORMULA ESTRUTURAL DO HERBICIDA 240 27
FIGURA 2 - FORMULA ESTRUTURAL DO HERBICIDA 245T 30
FIGURA 3 - UTILlZAltAo DO AGENTE LARANJA NO VIETNA 32
FIGURA 4 - FORMULA ESTRUTURAL DA DIOXINA 2378 TCDD 35
FIGURA 5 - VIKTOR YUSHENKO (DERMATITES ACNEIFORMES) 39
FIGURA 6 - CLORACNE (BRAltO) 42
FIGURA 7 - CELULA DE REED-STERNBERG 45
FIGURA 8 - LlNFOMA NAO-HODGKIN
FIGURA 9- PORFIRIA CUTANEA TARDIA (MAO) 48
47
FIGURA 10 - FORMAltAO DE ROULEAUX 50
FIGURA 11 - LAMINA DE MIELOMA MULTIPLO 51
1 INTRODU9AO
Na antiguidade muitas cidades eram cercadas par fortifica90es que as
protegiam tendo port as e areos nas entradas Janus deus romano proteter das
entradas e represent ado por uma cabeya dotada de duas faces posicionadas em
dire90es opostas Simbolizando a dualidade da natureza isla euroI portas que podem
conduzir a cam inhas diversos Chamamiddotse Efeito Janus a situa980 que apresenta
solucoes contraditorias e no case de substancias qufmicas aquelas que podem
ler aplicalt6es dilerenles e oposlas prejudiciais e benelicas (RODRIGUES2005)
As armas quimicas foram oficialmente definidas pela ewe (Chemical
Weapons Convention - COnven980 sobre Armas Qufmicas) como substancia que
por meio do efeito quimico sobre processos biologicos possam causar a morte
perda temporaria de fun~6es vitais ou ainda prejufzo permanente a pessoas sem
o apoio de outras substancias ou de qualquer forma de energia
o Efeito Janus trata-se da descoberta durante a Segunda Guerra Mundial
(1943) que 0 olicial medico Cornelius Packard Rhoads lez ao descobrir que 0 Gas
Mostarda utilizado como agente vesicante tambem poderia sar usado na
quimioterapia pois esta substancia reduz drasticamente 0 numero de leucocitos
Sendo assim Rhoads utilizou sua descoberta para combater 0 cancer
principalmente a leucemia e a Doen~a de Hodkins em que 0 aumento de
leuc6citos e brutal
o U Agente Laranja utilizado durante a Guerra do Vietna pode enquadrar-se
no Efeito Janus pois ele e formado da mistura de dois herbicidas (50 de 24
Diclorofenoxidoacetico e 50 de 245 Triclorofenoxidoacetico) sendo portanto
para ser utilizado na agricultura No entanto durante a guerra toi utilizado como
agente desfolhante Deixando desde seu emprego ate hoje serias consequencias
causadas pela contaminatao com a dioxina 2378 TeDO
Este trabalho visa expor os principais topicos relacionados ao Agente
Laranja desde sua origem aplicaltao propriedades toxicocineticas ate as
patologias causadas por sua exposiltao e possfveis diagnosticos laboratoriais
2 AGENTES QUiMICOS
21 CLASSIFICAcAo
Os agentes quimicos sao classificados de acordo com 0 Manual de
Campanhado Ministerio do Exercito (1987) dentro dos seguintes grupos agentes
qufmicos causadores de baixa agentes qufmicos inquietantes agentes qufmicos
incapacitantes agentes fumigenos e agentes incendiarios
211 Agentes quimicos causadores de baixa
Sao aqueles que par seus efeitos sabre a organismo humano produzem a
morte au incapacitacao prolongadaOs agentes deste grupo empregados com
efeitos persistentes sao utilizados tarn bam para interdiQao do terreno e do
material pelo temar da contaminayao e conseqClentemente dos efeitos sobre as
pessoas que entrarem em cantata com os mesmos
a) Taxico aos nervos
Ha as agentes qufmicos causadores de baixa do tipo texico aos nervos
afetam diretamenta 0 sistema narvoso sendo allamente toxicos tanto na forma
Ifquida como em vapor geralmente sao incolores e insfpidos Podendo-se citar 0
Sarin e 0 VX como exemplos mais representativos
10
Sarin
E urn liquido volatil naD persistente de alfao muito rapida que produz
baixas por inalalfao ingestaocontato dermico au ocular podendo malar em
questao de minutes apes a exposiltao (com uma concentraQao de por exemplo
200mg de sarin m3)
Passui a seguinte formula molecular C4HlOF02P(composto organico do tipo
organo fosforado) Suas propriedades ffsicas sao ponto de fusao - 56degC ponto de
ebuliltao 147C e sua densidade e de 1089 Ele sofre varialtao de solubilidade
com 0 pH do meio sendo mais potente quando S8 encontra entre pH dois a oito 0
acido fost6rica age como catalisador sendo a temperatura ajudante na velocidade
de hidr6lise do compos to Sua meia vida e contada em horas
Quando disseminado por munilt6es quimicas normalmente produz grande
quantidade de vapores Sua a980 e sobre termina90es nervosas centrais
reagindo com receptores da acetilcolina (nicotfnicos e muscarfnicos)
Os receptores nicoHnicos sao diretamente acoplados aos canais cationicos
e medeiam a transmissao sinaptica excitat6ria nipida na juncao neuromuscular
nos ganglios autonomos e em varios locais do sistema nervoso central Os
receptores muscarlnicos medeiam os efeitos da acetilcolinesterase nas sin apses
parassimpaticas p6s-ganglionares (principalmente cora980 musculatura lisa e
glandulas) e contribuem para a excitacao ganglionar ocorrendo em muitas partes
do sislema nervoso cenlral (RANG1997)
Os sintomas variam os mais comuns sao olhos lacrimejantes e saliva98o
ocorrendo tambem miose sudorese bern como dispneia visaa turva nausea
vornita espasmas e cefaleia
II
A medida a ser tamada imediatamente ap6s 0 contata com 0 agente e a
retirada das roupas e lavagem do local contaminado Ha antidotos para 0 Sarin
alropina (ampolas de 025 - 050 mg) e metil-piridil aldoxima (ampolas de 200mg)
no entanto e de diffcil acesso e poucas localidades os possuem
VX
o VX (etil-S-2-diisopropilaminoetilmetilfosfotiolato) foi desenvolvido
originalmente no Reina Unido no infcio dos anos cinqOenta
E urn composta allamente taxieD tanto no estado IIquido como em forma de
vapor atacando 0 sistema nervoso central (considerado pelo menes cern vezes
mais texico do que 0 Sarin S8 infiltrado e duas vezes mais t6xico S8 inalado)
E urn liquido 01e050 de colora9ao ambar inodoro e insfpido
Possui a seguinte formula molecular CH2SN02PS (composta organico do
tipo organo fosforado) Suas propriedades fisicas sao ponto de fusao -39degC
ponto de ebuliltao 298degC e densidade de 1008 0 VX possui a propriedade de
dissoluQao em agua a partir dos 95degC Tambem safre varia~aa de salubilidade de
acarda com a pH do meio sendo influenciado samente em pHs a partir de oita
Os sintomas e a descontaminalfaa apes cantata sao iguais as descritas no
Sarin
b) Vesicantes
Hi os agentes causadores de baixa do tipo vesicantes afetam os olhos 0
aparelho respiratorio e principal mente a pele Produzindo queimaduras com
12
forma1ao de bolhas e destruiltao dos tecidos subjacentes Sao exemplos desta
categoria a Gas Mostarda e 0 Lewisita
Gas Mostarda
E causador de graves irritaltoes dermicas e oGulares comumente
conhecido como agente pustulento Podendo ser utilizado tanto na forma de vapor
como liquefeito
Sua formula molecular e C4 HeCI2 S (tambem chamada de mostarda
sutfurica) Suas propriedades fisicas sao as seguintes ponto de fusao -21 reponto de ebuliltao -13degC e massa molar 15907 E lncotor no estado puro po rem
quando encontrado na sua forma impura passui coloraltao que varia de amarelo a
marrom possuindo odor caracteristico de alho ou mostarda
o cantato com 0 gas causa les5es no Irata respiratorio na pele enos athos
no entanlo nElO S8 restringe somente a isse ele tambem causa supressao da
medula essea les6es neurologicas e gastrintestinais 0 gas mostarda e um
composto quimico altamente reativo que se une a protefnas DNA e oulros
componentes celulares causando danos as celulas logo apes 0 contato A pessoa
contaminada chega a apresentar dares e efeitos clfnicos em torno de 24 horas
apes contato
Nao ha antldoto para a expesi=aa a esle agente Sendo 0 melhor
procedimento a se tamar caso haja contaminactao e 0 afastamento do causadar
da area ex pasta aa cantato com 0 composto isso tara as conseqOencias do
cantata serem reduzidas
13
Lewisita
E urn liquido oleoso e incolor com odor parecido ao geranio Passui
caracterlsticas semelhantes a do Gas Mostarda acrescido em sua composi~ao de
Arsenio 0 que Ihe da efeitos mais toxicos
Os sintomas apresentados por pessoas expostas a Lewisita sao der I
irritaf8o e inflama980 dos olhos pode acorrar diarreia nauseas v6mitos
hipotensao levan do ao choque dispneia e principalmente dor e irrita(fao dermica
em questao de minutos apos a exposi980 e forma9ao de vesiculas na pele varias
heras ap6s 0 contata com a com posta
c) Sufocantes
Ha as causadores de baixa do tipo sufocantes penetram no organism a
peras vias respirat6rias afetando-as seriamente
Fosfogenio
E urn gas incolor nao persistente seu ponto de ebuliyao e 82degC Com
formula molecular COCI (cloreto de carbonila ou cloreto de cloformila)
Sua ayao principal e exercida sobre os pulmoes pois penetra no organismo
por inalacao com a produyao de les6es nos vasos capilares e derrames nos
alv8olos culminando com urn edema pulrnonar
Em contato com agua forma acido clorfdrico e gas carbonico sendo a
hidr6lise com formacao deste acido a causa de sua toxicidade Uma concentracao
de 3 a 5 mgL determina 0 obito em poucos minutos (SCHVARTSMAN 1991)
14
Seus sintomas imediatos sao irritaC(ao do nariz e garganta tosse
dificuldade de respirar dar no peito lacrimejamento nauseas v6mitos e dares de
cabeC(a Estes primeiros sintomas desaparecem e ap6s urn perfodo latenle
normalmente de tres a qualro horas surgem os sintomas de edema pulmonar
Nauseas e v6mitos podem reaparecer seguidos de ronco no peito estado de
choque pressao baixa batimentos cardlacos fracas e rapidos geralmente
provocam a morte
d) T6xicas do sangue
Ha os causadores de baixa do tipo taxicas do sangue agem sabre as
elementos sangufneos penetrando no organismo pelo aparelho respiratorio ou
atraves da pele interferindo na transferencia normal do oxigemio do sangue para
as tecidos
Os sintomas dependem da dose absorvida e podem variar desde cefaleia
vertigens e nauseas ate convuls5es parada cardiaca e morte
Acido Cianfdrico
E um liquido incolor muito volatil nao persistente de alfao rapida Tambem
chamado de acido prussico de formula molecular HeN
A sua lemperalura de fusao e de -14C e de ebuliCao e de 257C Sendo
soluvel em agua eter e alcoa
o acido cianidrico penetra no organismo por inalay8o inibindo a sistema
da citocromoxidase e de modo geral as enzimas que contem ferro trivalente
Como consequencia ha morte celular e incapacidade de aproveitar oxigenio
15
resultando em efeitos sistemicos complexos e variados 0 sistema nervoso e
eora9ao sao provavelmenle as leeidos mais sensiveis (SCHVARTSMAN 1991)
A inalayao au ingestao de grandes quantidades produz inconsciencia
convulsoes e 6bito em poueos minutos Doses menores determinam disturbios
neurologicos (tonturas inquietude ansiedade cefaleia confusao mental
convuls6es tonicas e coma) e disturbios cardiovasculares (taquicardia seguida de
bradicardia disritmias de varios tipos e hipotensao arterial que pode evoluir para 0
cheque) sendo tambem comum ocorrer nauseas vomitos taquipneia inicial
seguida de depressao respiratoria
A intoxicayao cr6nica par gas cianidrico caracteriza-se per hipertrofia
cardiaca hipotensao arterial linfocitose neutropenia e hipoglicemia
o interessante e que caso a morte na~ ocorra em poucos minutos a
recupera(fao podera a vir em poucas horas
Cloreto de Cianogenio
E urn gas incolor com odor de amendoas arnargas nao persistente de
a(faO rapida Penetra no organisrno por inalactao transformando-se em Beido
cianidrico Ele evita que as celulas recebam oxigenio causando assim a morte
celular os 6rgaos mais afetados sao COra(fao e cere bro
Seus efeilos e sintomas sao semelhantes aos do Bcida cianidrico
lacrimejamento irrita(fao do trato respirat6rio superior pele de coloractao r6sea
movimentos incoordenados tremores respiracao rBpida agitacao cefaleia
nausea vornito prostra(fao e taquicardia em exposilt6es a pequenas quantidades
16
Casa a exposicao seja grande pode tambem ocorrer convulsoes hipotensao
arterial bradicardia lesaD pulmonar perda da consciencia e ate a morte
Satura rapidamente os filtros das mascaras contra gases
212 Agentes quimicos inquietantes
Estes agentes produzem irrita~ao temponlria au efeitos de incapacidade
fisiologica quando em cantata com os elhos e pele au quando inalados Seu
principal emprego e no treinamento da tropa controle de disturbios e pequenas
operaqoes de combate Os principals agentes qufmicos inquietantes sao
Cloroacetofenona
E um solido microparticulado de coloraGao branca a amarelo claro possui
odor penetrante e seu sin6nimo e gas lacrimogenio
Sua formula molecular e C6 Hs COCH2 CI e massa molecular 1546 Suas
propriedades fisico-qufmicas mais relevantes sao ponto de ebu1i9ao 247degC ponto
de fusao entre 58-59degC insoluvel em agua
E urn agente de a980 rapida que quando espargido como aerossol causa
urn intenso fluxo lacrimoso e irrita os olhos Na pele causa enrijecimento e dor E
urn agente fotofobico Afetando tambem todo 0 sistema respiratorio superior
Quando inalado causa sensa9ao de queima9ao tosse e nauseas
Efeitos secundarios sao queimaduras de segundo grau e dermatites
vesiculares aguda
A descontamina9ao requer uma solu9aO de soda caustica alc06lica
17
Adamsita
Conhecida quimicamente como difenilaminocloroarsina e urn s61ido
microparticulado que Possui cerea de 27 de Arsenio
Foi desenvolvido pelo qui mica norte~americano Roger Adams durante a
Primeira Grande Guerra
Pouco depois do cantata (geralmente disseminado via aerossol) 0 indivfduo
carneya a espirrar violentamente e a tossir I as partfculas s61idas do agente
quimico se depositam nos pulm5es E perdendo total mente 0 controle
apresentara dares intensas de cabe9a v6mitos e nauseas fortes
Este agente deve ser lan9ado em combinac8o com urn irritante de alaquo8o
rapida como par exemplo a cloroacetofenona para abler eleitos combinadas
Ortoclorobenzilmalononitrilo
E urn s61ido microparticulado possui a seguinte formula molecular
CICHCHCCN (CN) Em sua forma pura apresenta-se na forma de po branco
cristalino (semelhante ao talco) e com odor acre
Podendo ser disseminado em muni(foes tipo queima em granadas tipo
arrebentamento e par meio de espargidores mecanicos de aerossol
a composto foi desenvolvido inicialmente em 1928 por dois qufmicos norte-
americanos Bem Corson e Roger Stoughton (as iniciais CS referem-se as
primeiras letras dos sobrenomes dos descobridores) No entanto tiveram que
esperar ate 1956 para que 0 laboratorio britanico CBW de Porton Down
desenvolve-se 0 CS para dispersar e controlar manifesta(foes civis
18
Se 0 ortoclorobenzilmalononilrilo penetra nos tecidos nervDsos hit uma
grande possibilidade que se possa ser atacado pelo atomo Oxigeuromio (atraldo pelo
nucleo) e interagir com acetilconinesteras8 Esta enzima e necessaria para
catalisar a hidr61ise da acetilcolina farmada no processo nervoso de transmissao
e e a enzima que e atingida (envenenada) pelo CS
Acredita-se que 0 CS sofre degrada~aoem cianureto e tiocianato enquanto
que 0 reslo da molecula combina-se com glicina e S8 excreta como acido arto-
clorohipurico
A morte ocorre como resultado da falta de transferencia de oxigenio a
circulacao sangufnea que por sua vez resulla em edema hemorragia e obstruQao
das vias respirat6rias nos pulm6es
E de rapida acao nos olhos nariz e garganta Efeilos secundarios
presentes e a dermatite com a exposicao repetida e rea((oes alergicas ao
composto Em altas concentra((oes tambem pode causar vomitos
Para promover a descontaminacao utiliza-se uma solucao alcalina
Normalmente se emprega uma solucao de agua e bissulfeto de sadie a 5
Clora
E um gas irritante de colora((ao amarelo-esverdeada de odor acre E pouco
soluvel em agua podendo combinar-se com agua ou seu vapor e assim produzir
fum os taxicos e corrosivos de acido clorfdrico
E um agente taxico utilizado principal mente em camaras de gas para
treinamento de tropas
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
1 INTRODU9AO
Na antiguidade muitas cidades eram cercadas par fortifica90es que as
protegiam tendo port as e areos nas entradas Janus deus romano proteter das
entradas e represent ado por uma cabeya dotada de duas faces posicionadas em
dire90es opostas Simbolizando a dualidade da natureza isla euroI portas que podem
conduzir a cam inhas diversos Chamamiddotse Efeito Janus a situa980 que apresenta
solucoes contraditorias e no case de substancias qufmicas aquelas que podem
ler aplicalt6es dilerenles e oposlas prejudiciais e benelicas (RODRIGUES2005)
As armas quimicas foram oficialmente definidas pela ewe (Chemical
Weapons Convention - COnven980 sobre Armas Qufmicas) como substancia que
por meio do efeito quimico sobre processos biologicos possam causar a morte
perda temporaria de fun~6es vitais ou ainda prejufzo permanente a pessoas sem
o apoio de outras substancias ou de qualquer forma de energia
o Efeito Janus trata-se da descoberta durante a Segunda Guerra Mundial
(1943) que 0 olicial medico Cornelius Packard Rhoads lez ao descobrir que 0 Gas
Mostarda utilizado como agente vesicante tambem poderia sar usado na
quimioterapia pois esta substancia reduz drasticamente 0 numero de leucocitos
Sendo assim Rhoads utilizou sua descoberta para combater 0 cancer
principalmente a leucemia e a Doen~a de Hodkins em que 0 aumento de
leuc6citos e brutal
o U Agente Laranja utilizado durante a Guerra do Vietna pode enquadrar-se
no Efeito Janus pois ele e formado da mistura de dois herbicidas (50 de 24
Diclorofenoxidoacetico e 50 de 245 Triclorofenoxidoacetico) sendo portanto
para ser utilizado na agricultura No entanto durante a guerra toi utilizado como
agente desfolhante Deixando desde seu emprego ate hoje serias consequencias
causadas pela contaminatao com a dioxina 2378 TeDO
Este trabalho visa expor os principais topicos relacionados ao Agente
Laranja desde sua origem aplicaltao propriedades toxicocineticas ate as
patologias causadas por sua exposiltao e possfveis diagnosticos laboratoriais
2 AGENTES QUiMICOS
21 CLASSIFICAcAo
Os agentes quimicos sao classificados de acordo com 0 Manual de
Campanhado Ministerio do Exercito (1987) dentro dos seguintes grupos agentes
qufmicos causadores de baixa agentes qufmicos inquietantes agentes qufmicos
incapacitantes agentes fumigenos e agentes incendiarios
211 Agentes quimicos causadores de baixa
Sao aqueles que par seus efeitos sabre a organismo humano produzem a
morte au incapacitacao prolongadaOs agentes deste grupo empregados com
efeitos persistentes sao utilizados tarn bam para interdiQao do terreno e do
material pelo temar da contaminayao e conseqClentemente dos efeitos sobre as
pessoas que entrarem em cantata com os mesmos
a) Taxico aos nervos
Ha as agentes qufmicos causadores de baixa do tipo texico aos nervos
afetam diretamenta 0 sistema narvoso sendo allamente toxicos tanto na forma
Ifquida como em vapor geralmente sao incolores e insfpidos Podendo-se citar 0
Sarin e 0 VX como exemplos mais representativos
10
Sarin
E urn liquido volatil naD persistente de alfao muito rapida que produz
baixas por inalalfao ingestaocontato dermico au ocular podendo malar em
questao de minutes apes a exposiltao (com uma concentraQao de por exemplo
200mg de sarin m3)
Passui a seguinte formula molecular C4HlOF02P(composto organico do tipo
organo fosforado) Suas propriedades ffsicas sao ponto de fusao - 56degC ponto de
ebuliltao 147C e sua densidade e de 1089 Ele sofre varialtao de solubilidade
com 0 pH do meio sendo mais potente quando S8 encontra entre pH dois a oito 0
acido fost6rica age como catalisador sendo a temperatura ajudante na velocidade
de hidr6lise do compos to Sua meia vida e contada em horas
Quando disseminado por munilt6es quimicas normalmente produz grande
quantidade de vapores Sua a980 e sobre termina90es nervosas centrais
reagindo com receptores da acetilcolina (nicotfnicos e muscarfnicos)
Os receptores nicoHnicos sao diretamente acoplados aos canais cationicos
e medeiam a transmissao sinaptica excitat6ria nipida na juncao neuromuscular
nos ganglios autonomos e em varios locais do sistema nervoso central Os
receptores muscarlnicos medeiam os efeitos da acetilcolinesterase nas sin apses
parassimpaticas p6s-ganglionares (principalmente cora980 musculatura lisa e
glandulas) e contribuem para a excitacao ganglionar ocorrendo em muitas partes
do sislema nervoso cenlral (RANG1997)
Os sintomas variam os mais comuns sao olhos lacrimejantes e saliva98o
ocorrendo tambem miose sudorese bern como dispneia visaa turva nausea
vornita espasmas e cefaleia
II
A medida a ser tamada imediatamente ap6s 0 contata com 0 agente e a
retirada das roupas e lavagem do local contaminado Ha antidotos para 0 Sarin
alropina (ampolas de 025 - 050 mg) e metil-piridil aldoxima (ampolas de 200mg)
no entanto e de diffcil acesso e poucas localidades os possuem
VX
o VX (etil-S-2-diisopropilaminoetilmetilfosfotiolato) foi desenvolvido
originalmente no Reina Unido no infcio dos anos cinqOenta
E urn composta allamente taxieD tanto no estado IIquido como em forma de
vapor atacando 0 sistema nervoso central (considerado pelo menes cern vezes
mais texico do que 0 Sarin S8 infiltrado e duas vezes mais t6xico S8 inalado)
E urn liquido 01e050 de colora9ao ambar inodoro e insfpido
Possui a seguinte formula molecular CH2SN02PS (composta organico do
tipo organo fosforado) Suas propriedades fisicas sao ponto de fusao -39degC
ponto de ebuliltao 298degC e densidade de 1008 0 VX possui a propriedade de
dissoluQao em agua a partir dos 95degC Tambem safre varia~aa de salubilidade de
acarda com a pH do meio sendo influenciado samente em pHs a partir de oita
Os sintomas e a descontaminalfaa apes cantata sao iguais as descritas no
Sarin
b) Vesicantes
Hi os agentes causadores de baixa do tipo vesicantes afetam os olhos 0
aparelho respiratorio e principal mente a pele Produzindo queimaduras com
12
forma1ao de bolhas e destruiltao dos tecidos subjacentes Sao exemplos desta
categoria a Gas Mostarda e 0 Lewisita
Gas Mostarda
E causador de graves irritaltoes dermicas e oGulares comumente
conhecido como agente pustulento Podendo ser utilizado tanto na forma de vapor
como liquefeito
Sua formula molecular e C4 HeCI2 S (tambem chamada de mostarda
sutfurica) Suas propriedades fisicas sao as seguintes ponto de fusao -21 reponto de ebuliltao -13degC e massa molar 15907 E lncotor no estado puro po rem
quando encontrado na sua forma impura passui coloraltao que varia de amarelo a
marrom possuindo odor caracteristico de alho ou mostarda
o cantato com 0 gas causa les5es no Irata respiratorio na pele enos athos
no entanlo nElO S8 restringe somente a isse ele tambem causa supressao da
medula essea les6es neurologicas e gastrintestinais 0 gas mostarda e um
composto quimico altamente reativo que se une a protefnas DNA e oulros
componentes celulares causando danos as celulas logo apes 0 contato A pessoa
contaminada chega a apresentar dares e efeitos clfnicos em torno de 24 horas
apes contato
Nao ha antldoto para a expesi=aa a esle agente Sendo 0 melhor
procedimento a se tamar caso haja contaminactao e 0 afastamento do causadar
da area ex pasta aa cantato com 0 composto isso tara as conseqOencias do
cantata serem reduzidas
13
Lewisita
E urn liquido oleoso e incolor com odor parecido ao geranio Passui
caracterlsticas semelhantes a do Gas Mostarda acrescido em sua composi~ao de
Arsenio 0 que Ihe da efeitos mais toxicos
Os sintomas apresentados por pessoas expostas a Lewisita sao der I
irritaf8o e inflama980 dos olhos pode acorrar diarreia nauseas v6mitos
hipotensao levan do ao choque dispneia e principalmente dor e irrita(fao dermica
em questao de minutos apos a exposi980 e forma9ao de vesiculas na pele varias
heras ap6s 0 contata com a com posta
c) Sufocantes
Ha as causadores de baixa do tipo sufocantes penetram no organism a
peras vias respirat6rias afetando-as seriamente
Fosfogenio
E urn gas incolor nao persistente seu ponto de ebuliyao e 82degC Com
formula molecular COCI (cloreto de carbonila ou cloreto de cloformila)
Sua ayao principal e exercida sobre os pulmoes pois penetra no organismo
por inalacao com a produyao de les6es nos vasos capilares e derrames nos
alv8olos culminando com urn edema pulrnonar
Em contato com agua forma acido clorfdrico e gas carbonico sendo a
hidr6lise com formacao deste acido a causa de sua toxicidade Uma concentracao
de 3 a 5 mgL determina 0 obito em poucos minutos (SCHVARTSMAN 1991)
14
Seus sintomas imediatos sao irritaC(ao do nariz e garganta tosse
dificuldade de respirar dar no peito lacrimejamento nauseas v6mitos e dares de
cabeC(a Estes primeiros sintomas desaparecem e ap6s urn perfodo latenle
normalmente de tres a qualro horas surgem os sintomas de edema pulmonar
Nauseas e v6mitos podem reaparecer seguidos de ronco no peito estado de
choque pressao baixa batimentos cardlacos fracas e rapidos geralmente
provocam a morte
d) T6xicas do sangue
Ha os causadores de baixa do tipo taxicas do sangue agem sabre as
elementos sangufneos penetrando no organismo pelo aparelho respiratorio ou
atraves da pele interferindo na transferencia normal do oxigemio do sangue para
as tecidos
Os sintomas dependem da dose absorvida e podem variar desde cefaleia
vertigens e nauseas ate convuls5es parada cardiaca e morte
Acido Cianfdrico
E um liquido incolor muito volatil nao persistente de alfao rapida Tambem
chamado de acido prussico de formula molecular HeN
A sua lemperalura de fusao e de -14C e de ebuliCao e de 257C Sendo
soluvel em agua eter e alcoa
o acido cianidrico penetra no organismo por inalay8o inibindo a sistema
da citocromoxidase e de modo geral as enzimas que contem ferro trivalente
Como consequencia ha morte celular e incapacidade de aproveitar oxigenio
15
resultando em efeitos sistemicos complexos e variados 0 sistema nervoso e
eora9ao sao provavelmenle as leeidos mais sensiveis (SCHVARTSMAN 1991)
A inalayao au ingestao de grandes quantidades produz inconsciencia
convulsoes e 6bito em poueos minutos Doses menores determinam disturbios
neurologicos (tonturas inquietude ansiedade cefaleia confusao mental
convuls6es tonicas e coma) e disturbios cardiovasculares (taquicardia seguida de
bradicardia disritmias de varios tipos e hipotensao arterial que pode evoluir para 0
cheque) sendo tambem comum ocorrer nauseas vomitos taquipneia inicial
seguida de depressao respiratoria
A intoxicayao cr6nica par gas cianidrico caracteriza-se per hipertrofia
cardiaca hipotensao arterial linfocitose neutropenia e hipoglicemia
o interessante e que caso a morte na~ ocorra em poucos minutos a
recupera(fao podera a vir em poucas horas
Cloreto de Cianogenio
E urn gas incolor com odor de amendoas arnargas nao persistente de
a(faO rapida Penetra no organisrno por inalactao transformando-se em Beido
cianidrico Ele evita que as celulas recebam oxigenio causando assim a morte
celular os 6rgaos mais afetados sao COra(fao e cere bro
Seus efeilos e sintomas sao semelhantes aos do Bcida cianidrico
lacrimejamento irrita(fao do trato respirat6rio superior pele de coloractao r6sea
movimentos incoordenados tremores respiracao rBpida agitacao cefaleia
nausea vornito prostra(fao e taquicardia em exposilt6es a pequenas quantidades
16
Casa a exposicao seja grande pode tambem ocorrer convulsoes hipotensao
arterial bradicardia lesaD pulmonar perda da consciencia e ate a morte
Satura rapidamente os filtros das mascaras contra gases
212 Agentes quimicos inquietantes
Estes agentes produzem irrita~ao temponlria au efeitos de incapacidade
fisiologica quando em cantata com os elhos e pele au quando inalados Seu
principal emprego e no treinamento da tropa controle de disturbios e pequenas
operaqoes de combate Os principals agentes qufmicos inquietantes sao
Cloroacetofenona
E um solido microparticulado de coloraGao branca a amarelo claro possui
odor penetrante e seu sin6nimo e gas lacrimogenio
Sua formula molecular e C6 Hs COCH2 CI e massa molecular 1546 Suas
propriedades fisico-qufmicas mais relevantes sao ponto de ebu1i9ao 247degC ponto
de fusao entre 58-59degC insoluvel em agua
E urn agente de a980 rapida que quando espargido como aerossol causa
urn intenso fluxo lacrimoso e irrita os olhos Na pele causa enrijecimento e dor E
urn agente fotofobico Afetando tambem todo 0 sistema respiratorio superior
Quando inalado causa sensa9ao de queima9ao tosse e nauseas
Efeitos secundarios sao queimaduras de segundo grau e dermatites
vesiculares aguda
A descontamina9ao requer uma solu9aO de soda caustica alc06lica
17
Adamsita
Conhecida quimicamente como difenilaminocloroarsina e urn s61ido
microparticulado que Possui cerea de 27 de Arsenio
Foi desenvolvido pelo qui mica norte~americano Roger Adams durante a
Primeira Grande Guerra
Pouco depois do cantata (geralmente disseminado via aerossol) 0 indivfduo
carneya a espirrar violentamente e a tossir I as partfculas s61idas do agente
quimico se depositam nos pulm5es E perdendo total mente 0 controle
apresentara dares intensas de cabe9a v6mitos e nauseas fortes
Este agente deve ser lan9ado em combinac8o com urn irritante de alaquo8o
rapida como par exemplo a cloroacetofenona para abler eleitos combinadas
Ortoclorobenzilmalononitrilo
E urn s61ido microparticulado possui a seguinte formula molecular
CICHCHCCN (CN) Em sua forma pura apresenta-se na forma de po branco
cristalino (semelhante ao talco) e com odor acre
Podendo ser disseminado em muni(foes tipo queima em granadas tipo
arrebentamento e par meio de espargidores mecanicos de aerossol
a composto foi desenvolvido inicialmente em 1928 por dois qufmicos norte-
americanos Bem Corson e Roger Stoughton (as iniciais CS referem-se as
primeiras letras dos sobrenomes dos descobridores) No entanto tiveram que
esperar ate 1956 para que 0 laboratorio britanico CBW de Porton Down
desenvolve-se 0 CS para dispersar e controlar manifesta(foes civis
18
Se 0 ortoclorobenzilmalononilrilo penetra nos tecidos nervDsos hit uma
grande possibilidade que se possa ser atacado pelo atomo Oxigeuromio (atraldo pelo
nucleo) e interagir com acetilconinesteras8 Esta enzima e necessaria para
catalisar a hidr61ise da acetilcolina farmada no processo nervoso de transmissao
e e a enzima que e atingida (envenenada) pelo CS
Acredita-se que 0 CS sofre degrada~aoem cianureto e tiocianato enquanto
que 0 reslo da molecula combina-se com glicina e S8 excreta como acido arto-
clorohipurico
A morte ocorre como resultado da falta de transferencia de oxigenio a
circulacao sangufnea que por sua vez resulla em edema hemorragia e obstruQao
das vias respirat6rias nos pulm6es
E de rapida acao nos olhos nariz e garganta Efeilos secundarios
presentes e a dermatite com a exposicao repetida e rea((oes alergicas ao
composto Em altas concentra((oes tambem pode causar vomitos
Para promover a descontaminacao utiliza-se uma solucao alcalina
Normalmente se emprega uma solucao de agua e bissulfeto de sadie a 5
Clora
E um gas irritante de colora((ao amarelo-esverdeada de odor acre E pouco
soluvel em agua podendo combinar-se com agua ou seu vapor e assim produzir
fum os taxicos e corrosivos de acido clorfdrico
E um agente taxico utilizado principal mente em camaras de gas para
treinamento de tropas
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
Diclorofenoxidoacetico e 50 de 245 Triclorofenoxidoacetico) sendo portanto
para ser utilizado na agricultura No entanto durante a guerra toi utilizado como
agente desfolhante Deixando desde seu emprego ate hoje serias consequencias
causadas pela contaminatao com a dioxina 2378 TeDO
Este trabalho visa expor os principais topicos relacionados ao Agente
Laranja desde sua origem aplicaltao propriedades toxicocineticas ate as
patologias causadas por sua exposiltao e possfveis diagnosticos laboratoriais
2 AGENTES QUiMICOS
21 CLASSIFICAcAo
Os agentes quimicos sao classificados de acordo com 0 Manual de
Campanhado Ministerio do Exercito (1987) dentro dos seguintes grupos agentes
qufmicos causadores de baixa agentes qufmicos inquietantes agentes qufmicos
incapacitantes agentes fumigenos e agentes incendiarios
211 Agentes quimicos causadores de baixa
Sao aqueles que par seus efeitos sabre a organismo humano produzem a
morte au incapacitacao prolongadaOs agentes deste grupo empregados com
efeitos persistentes sao utilizados tarn bam para interdiQao do terreno e do
material pelo temar da contaminayao e conseqClentemente dos efeitos sobre as
pessoas que entrarem em cantata com os mesmos
a) Taxico aos nervos
Ha as agentes qufmicos causadores de baixa do tipo texico aos nervos
afetam diretamenta 0 sistema narvoso sendo allamente toxicos tanto na forma
Ifquida como em vapor geralmente sao incolores e insfpidos Podendo-se citar 0
Sarin e 0 VX como exemplos mais representativos
10
Sarin
E urn liquido volatil naD persistente de alfao muito rapida que produz
baixas por inalalfao ingestaocontato dermico au ocular podendo malar em
questao de minutes apes a exposiltao (com uma concentraQao de por exemplo
200mg de sarin m3)
Passui a seguinte formula molecular C4HlOF02P(composto organico do tipo
organo fosforado) Suas propriedades ffsicas sao ponto de fusao - 56degC ponto de
ebuliltao 147C e sua densidade e de 1089 Ele sofre varialtao de solubilidade
com 0 pH do meio sendo mais potente quando S8 encontra entre pH dois a oito 0
acido fost6rica age como catalisador sendo a temperatura ajudante na velocidade
de hidr6lise do compos to Sua meia vida e contada em horas
Quando disseminado por munilt6es quimicas normalmente produz grande
quantidade de vapores Sua a980 e sobre termina90es nervosas centrais
reagindo com receptores da acetilcolina (nicotfnicos e muscarfnicos)
Os receptores nicoHnicos sao diretamente acoplados aos canais cationicos
e medeiam a transmissao sinaptica excitat6ria nipida na juncao neuromuscular
nos ganglios autonomos e em varios locais do sistema nervoso central Os
receptores muscarlnicos medeiam os efeitos da acetilcolinesterase nas sin apses
parassimpaticas p6s-ganglionares (principalmente cora980 musculatura lisa e
glandulas) e contribuem para a excitacao ganglionar ocorrendo em muitas partes
do sislema nervoso cenlral (RANG1997)
Os sintomas variam os mais comuns sao olhos lacrimejantes e saliva98o
ocorrendo tambem miose sudorese bern como dispneia visaa turva nausea
vornita espasmas e cefaleia
II
A medida a ser tamada imediatamente ap6s 0 contata com 0 agente e a
retirada das roupas e lavagem do local contaminado Ha antidotos para 0 Sarin
alropina (ampolas de 025 - 050 mg) e metil-piridil aldoxima (ampolas de 200mg)
no entanto e de diffcil acesso e poucas localidades os possuem
VX
o VX (etil-S-2-diisopropilaminoetilmetilfosfotiolato) foi desenvolvido
originalmente no Reina Unido no infcio dos anos cinqOenta
E urn composta allamente taxieD tanto no estado IIquido como em forma de
vapor atacando 0 sistema nervoso central (considerado pelo menes cern vezes
mais texico do que 0 Sarin S8 infiltrado e duas vezes mais t6xico S8 inalado)
E urn liquido 01e050 de colora9ao ambar inodoro e insfpido
Possui a seguinte formula molecular CH2SN02PS (composta organico do
tipo organo fosforado) Suas propriedades fisicas sao ponto de fusao -39degC
ponto de ebuliltao 298degC e densidade de 1008 0 VX possui a propriedade de
dissoluQao em agua a partir dos 95degC Tambem safre varia~aa de salubilidade de
acarda com a pH do meio sendo influenciado samente em pHs a partir de oita
Os sintomas e a descontaminalfaa apes cantata sao iguais as descritas no
Sarin
b) Vesicantes
Hi os agentes causadores de baixa do tipo vesicantes afetam os olhos 0
aparelho respiratorio e principal mente a pele Produzindo queimaduras com
12
forma1ao de bolhas e destruiltao dos tecidos subjacentes Sao exemplos desta
categoria a Gas Mostarda e 0 Lewisita
Gas Mostarda
E causador de graves irritaltoes dermicas e oGulares comumente
conhecido como agente pustulento Podendo ser utilizado tanto na forma de vapor
como liquefeito
Sua formula molecular e C4 HeCI2 S (tambem chamada de mostarda
sutfurica) Suas propriedades fisicas sao as seguintes ponto de fusao -21 reponto de ebuliltao -13degC e massa molar 15907 E lncotor no estado puro po rem
quando encontrado na sua forma impura passui coloraltao que varia de amarelo a
marrom possuindo odor caracteristico de alho ou mostarda
o cantato com 0 gas causa les5es no Irata respiratorio na pele enos athos
no entanlo nElO S8 restringe somente a isse ele tambem causa supressao da
medula essea les6es neurologicas e gastrintestinais 0 gas mostarda e um
composto quimico altamente reativo que se une a protefnas DNA e oulros
componentes celulares causando danos as celulas logo apes 0 contato A pessoa
contaminada chega a apresentar dares e efeitos clfnicos em torno de 24 horas
apes contato
Nao ha antldoto para a expesi=aa a esle agente Sendo 0 melhor
procedimento a se tamar caso haja contaminactao e 0 afastamento do causadar
da area ex pasta aa cantato com 0 composto isso tara as conseqOencias do
cantata serem reduzidas
13
Lewisita
E urn liquido oleoso e incolor com odor parecido ao geranio Passui
caracterlsticas semelhantes a do Gas Mostarda acrescido em sua composi~ao de
Arsenio 0 que Ihe da efeitos mais toxicos
Os sintomas apresentados por pessoas expostas a Lewisita sao der I
irritaf8o e inflama980 dos olhos pode acorrar diarreia nauseas v6mitos
hipotensao levan do ao choque dispneia e principalmente dor e irrita(fao dermica
em questao de minutos apos a exposi980 e forma9ao de vesiculas na pele varias
heras ap6s 0 contata com a com posta
c) Sufocantes
Ha as causadores de baixa do tipo sufocantes penetram no organism a
peras vias respirat6rias afetando-as seriamente
Fosfogenio
E urn gas incolor nao persistente seu ponto de ebuliyao e 82degC Com
formula molecular COCI (cloreto de carbonila ou cloreto de cloformila)
Sua ayao principal e exercida sobre os pulmoes pois penetra no organismo
por inalacao com a produyao de les6es nos vasos capilares e derrames nos
alv8olos culminando com urn edema pulrnonar
Em contato com agua forma acido clorfdrico e gas carbonico sendo a
hidr6lise com formacao deste acido a causa de sua toxicidade Uma concentracao
de 3 a 5 mgL determina 0 obito em poucos minutos (SCHVARTSMAN 1991)
14
Seus sintomas imediatos sao irritaC(ao do nariz e garganta tosse
dificuldade de respirar dar no peito lacrimejamento nauseas v6mitos e dares de
cabeC(a Estes primeiros sintomas desaparecem e ap6s urn perfodo latenle
normalmente de tres a qualro horas surgem os sintomas de edema pulmonar
Nauseas e v6mitos podem reaparecer seguidos de ronco no peito estado de
choque pressao baixa batimentos cardlacos fracas e rapidos geralmente
provocam a morte
d) T6xicas do sangue
Ha os causadores de baixa do tipo taxicas do sangue agem sabre as
elementos sangufneos penetrando no organismo pelo aparelho respiratorio ou
atraves da pele interferindo na transferencia normal do oxigemio do sangue para
as tecidos
Os sintomas dependem da dose absorvida e podem variar desde cefaleia
vertigens e nauseas ate convuls5es parada cardiaca e morte
Acido Cianfdrico
E um liquido incolor muito volatil nao persistente de alfao rapida Tambem
chamado de acido prussico de formula molecular HeN
A sua lemperalura de fusao e de -14C e de ebuliCao e de 257C Sendo
soluvel em agua eter e alcoa
o acido cianidrico penetra no organismo por inalay8o inibindo a sistema
da citocromoxidase e de modo geral as enzimas que contem ferro trivalente
Como consequencia ha morte celular e incapacidade de aproveitar oxigenio
15
resultando em efeitos sistemicos complexos e variados 0 sistema nervoso e
eora9ao sao provavelmenle as leeidos mais sensiveis (SCHVARTSMAN 1991)
A inalayao au ingestao de grandes quantidades produz inconsciencia
convulsoes e 6bito em poueos minutos Doses menores determinam disturbios
neurologicos (tonturas inquietude ansiedade cefaleia confusao mental
convuls6es tonicas e coma) e disturbios cardiovasculares (taquicardia seguida de
bradicardia disritmias de varios tipos e hipotensao arterial que pode evoluir para 0
cheque) sendo tambem comum ocorrer nauseas vomitos taquipneia inicial
seguida de depressao respiratoria
A intoxicayao cr6nica par gas cianidrico caracteriza-se per hipertrofia
cardiaca hipotensao arterial linfocitose neutropenia e hipoglicemia
o interessante e que caso a morte na~ ocorra em poucos minutos a
recupera(fao podera a vir em poucas horas
Cloreto de Cianogenio
E urn gas incolor com odor de amendoas arnargas nao persistente de
a(faO rapida Penetra no organisrno por inalactao transformando-se em Beido
cianidrico Ele evita que as celulas recebam oxigenio causando assim a morte
celular os 6rgaos mais afetados sao COra(fao e cere bro
Seus efeilos e sintomas sao semelhantes aos do Bcida cianidrico
lacrimejamento irrita(fao do trato respirat6rio superior pele de coloractao r6sea
movimentos incoordenados tremores respiracao rBpida agitacao cefaleia
nausea vornito prostra(fao e taquicardia em exposilt6es a pequenas quantidades
16
Casa a exposicao seja grande pode tambem ocorrer convulsoes hipotensao
arterial bradicardia lesaD pulmonar perda da consciencia e ate a morte
Satura rapidamente os filtros das mascaras contra gases
212 Agentes quimicos inquietantes
Estes agentes produzem irrita~ao temponlria au efeitos de incapacidade
fisiologica quando em cantata com os elhos e pele au quando inalados Seu
principal emprego e no treinamento da tropa controle de disturbios e pequenas
operaqoes de combate Os principals agentes qufmicos inquietantes sao
Cloroacetofenona
E um solido microparticulado de coloraGao branca a amarelo claro possui
odor penetrante e seu sin6nimo e gas lacrimogenio
Sua formula molecular e C6 Hs COCH2 CI e massa molecular 1546 Suas
propriedades fisico-qufmicas mais relevantes sao ponto de ebu1i9ao 247degC ponto
de fusao entre 58-59degC insoluvel em agua
E urn agente de a980 rapida que quando espargido como aerossol causa
urn intenso fluxo lacrimoso e irrita os olhos Na pele causa enrijecimento e dor E
urn agente fotofobico Afetando tambem todo 0 sistema respiratorio superior
Quando inalado causa sensa9ao de queima9ao tosse e nauseas
Efeitos secundarios sao queimaduras de segundo grau e dermatites
vesiculares aguda
A descontamina9ao requer uma solu9aO de soda caustica alc06lica
17
Adamsita
Conhecida quimicamente como difenilaminocloroarsina e urn s61ido
microparticulado que Possui cerea de 27 de Arsenio
Foi desenvolvido pelo qui mica norte~americano Roger Adams durante a
Primeira Grande Guerra
Pouco depois do cantata (geralmente disseminado via aerossol) 0 indivfduo
carneya a espirrar violentamente e a tossir I as partfculas s61idas do agente
quimico se depositam nos pulm5es E perdendo total mente 0 controle
apresentara dares intensas de cabe9a v6mitos e nauseas fortes
Este agente deve ser lan9ado em combinac8o com urn irritante de alaquo8o
rapida como par exemplo a cloroacetofenona para abler eleitos combinadas
Ortoclorobenzilmalononitrilo
E urn s61ido microparticulado possui a seguinte formula molecular
CICHCHCCN (CN) Em sua forma pura apresenta-se na forma de po branco
cristalino (semelhante ao talco) e com odor acre
Podendo ser disseminado em muni(foes tipo queima em granadas tipo
arrebentamento e par meio de espargidores mecanicos de aerossol
a composto foi desenvolvido inicialmente em 1928 por dois qufmicos norte-
americanos Bem Corson e Roger Stoughton (as iniciais CS referem-se as
primeiras letras dos sobrenomes dos descobridores) No entanto tiveram que
esperar ate 1956 para que 0 laboratorio britanico CBW de Porton Down
desenvolve-se 0 CS para dispersar e controlar manifesta(foes civis
18
Se 0 ortoclorobenzilmalononilrilo penetra nos tecidos nervDsos hit uma
grande possibilidade que se possa ser atacado pelo atomo Oxigeuromio (atraldo pelo
nucleo) e interagir com acetilconinesteras8 Esta enzima e necessaria para
catalisar a hidr61ise da acetilcolina farmada no processo nervoso de transmissao
e e a enzima que e atingida (envenenada) pelo CS
Acredita-se que 0 CS sofre degrada~aoem cianureto e tiocianato enquanto
que 0 reslo da molecula combina-se com glicina e S8 excreta como acido arto-
clorohipurico
A morte ocorre como resultado da falta de transferencia de oxigenio a
circulacao sangufnea que por sua vez resulla em edema hemorragia e obstruQao
das vias respirat6rias nos pulm6es
E de rapida acao nos olhos nariz e garganta Efeilos secundarios
presentes e a dermatite com a exposicao repetida e rea((oes alergicas ao
composto Em altas concentra((oes tambem pode causar vomitos
Para promover a descontaminacao utiliza-se uma solucao alcalina
Normalmente se emprega uma solucao de agua e bissulfeto de sadie a 5
Clora
E um gas irritante de colora((ao amarelo-esverdeada de odor acre E pouco
soluvel em agua podendo combinar-se com agua ou seu vapor e assim produzir
fum os taxicos e corrosivos de acido clorfdrico
E um agente taxico utilizado principal mente em camaras de gas para
treinamento de tropas
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
2 AGENTES QUiMICOS
21 CLASSIFICAcAo
Os agentes quimicos sao classificados de acordo com 0 Manual de
Campanhado Ministerio do Exercito (1987) dentro dos seguintes grupos agentes
qufmicos causadores de baixa agentes qufmicos inquietantes agentes qufmicos
incapacitantes agentes fumigenos e agentes incendiarios
211 Agentes quimicos causadores de baixa
Sao aqueles que par seus efeitos sabre a organismo humano produzem a
morte au incapacitacao prolongadaOs agentes deste grupo empregados com
efeitos persistentes sao utilizados tarn bam para interdiQao do terreno e do
material pelo temar da contaminayao e conseqClentemente dos efeitos sobre as
pessoas que entrarem em cantata com os mesmos
a) Taxico aos nervos
Ha as agentes qufmicos causadores de baixa do tipo texico aos nervos
afetam diretamenta 0 sistema narvoso sendo allamente toxicos tanto na forma
Ifquida como em vapor geralmente sao incolores e insfpidos Podendo-se citar 0
Sarin e 0 VX como exemplos mais representativos
10
Sarin
E urn liquido volatil naD persistente de alfao muito rapida que produz
baixas por inalalfao ingestaocontato dermico au ocular podendo malar em
questao de minutes apes a exposiltao (com uma concentraQao de por exemplo
200mg de sarin m3)
Passui a seguinte formula molecular C4HlOF02P(composto organico do tipo
organo fosforado) Suas propriedades ffsicas sao ponto de fusao - 56degC ponto de
ebuliltao 147C e sua densidade e de 1089 Ele sofre varialtao de solubilidade
com 0 pH do meio sendo mais potente quando S8 encontra entre pH dois a oito 0
acido fost6rica age como catalisador sendo a temperatura ajudante na velocidade
de hidr6lise do compos to Sua meia vida e contada em horas
Quando disseminado por munilt6es quimicas normalmente produz grande
quantidade de vapores Sua a980 e sobre termina90es nervosas centrais
reagindo com receptores da acetilcolina (nicotfnicos e muscarfnicos)
Os receptores nicoHnicos sao diretamente acoplados aos canais cationicos
e medeiam a transmissao sinaptica excitat6ria nipida na juncao neuromuscular
nos ganglios autonomos e em varios locais do sistema nervoso central Os
receptores muscarlnicos medeiam os efeitos da acetilcolinesterase nas sin apses
parassimpaticas p6s-ganglionares (principalmente cora980 musculatura lisa e
glandulas) e contribuem para a excitacao ganglionar ocorrendo em muitas partes
do sislema nervoso cenlral (RANG1997)
Os sintomas variam os mais comuns sao olhos lacrimejantes e saliva98o
ocorrendo tambem miose sudorese bern como dispneia visaa turva nausea
vornita espasmas e cefaleia
II
A medida a ser tamada imediatamente ap6s 0 contata com 0 agente e a
retirada das roupas e lavagem do local contaminado Ha antidotos para 0 Sarin
alropina (ampolas de 025 - 050 mg) e metil-piridil aldoxima (ampolas de 200mg)
no entanto e de diffcil acesso e poucas localidades os possuem
VX
o VX (etil-S-2-diisopropilaminoetilmetilfosfotiolato) foi desenvolvido
originalmente no Reina Unido no infcio dos anos cinqOenta
E urn composta allamente taxieD tanto no estado IIquido como em forma de
vapor atacando 0 sistema nervoso central (considerado pelo menes cern vezes
mais texico do que 0 Sarin S8 infiltrado e duas vezes mais t6xico S8 inalado)
E urn liquido 01e050 de colora9ao ambar inodoro e insfpido
Possui a seguinte formula molecular CH2SN02PS (composta organico do
tipo organo fosforado) Suas propriedades fisicas sao ponto de fusao -39degC
ponto de ebuliltao 298degC e densidade de 1008 0 VX possui a propriedade de
dissoluQao em agua a partir dos 95degC Tambem safre varia~aa de salubilidade de
acarda com a pH do meio sendo influenciado samente em pHs a partir de oita
Os sintomas e a descontaminalfaa apes cantata sao iguais as descritas no
Sarin
b) Vesicantes
Hi os agentes causadores de baixa do tipo vesicantes afetam os olhos 0
aparelho respiratorio e principal mente a pele Produzindo queimaduras com
12
forma1ao de bolhas e destruiltao dos tecidos subjacentes Sao exemplos desta
categoria a Gas Mostarda e 0 Lewisita
Gas Mostarda
E causador de graves irritaltoes dermicas e oGulares comumente
conhecido como agente pustulento Podendo ser utilizado tanto na forma de vapor
como liquefeito
Sua formula molecular e C4 HeCI2 S (tambem chamada de mostarda
sutfurica) Suas propriedades fisicas sao as seguintes ponto de fusao -21 reponto de ebuliltao -13degC e massa molar 15907 E lncotor no estado puro po rem
quando encontrado na sua forma impura passui coloraltao que varia de amarelo a
marrom possuindo odor caracteristico de alho ou mostarda
o cantato com 0 gas causa les5es no Irata respiratorio na pele enos athos
no entanlo nElO S8 restringe somente a isse ele tambem causa supressao da
medula essea les6es neurologicas e gastrintestinais 0 gas mostarda e um
composto quimico altamente reativo que se une a protefnas DNA e oulros
componentes celulares causando danos as celulas logo apes 0 contato A pessoa
contaminada chega a apresentar dares e efeitos clfnicos em torno de 24 horas
apes contato
Nao ha antldoto para a expesi=aa a esle agente Sendo 0 melhor
procedimento a se tamar caso haja contaminactao e 0 afastamento do causadar
da area ex pasta aa cantato com 0 composto isso tara as conseqOencias do
cantata serem reduzidas
13
Lewisita
E urn liquido oleoso e incolor com odor parecido ao geranio Passui
caracterlsticas semelhantes a do Gas Mostarda acrescido em sua composi~ao de
Arsenio 0 que Ihe da efeitos mais toxicos
Os sintomas apresentados por pessoas expostas a Lewisita sao der I
irritaf8o e inflama980 dos olhos pode acorrar diarreia nauseas v6mitos
hipotensao levan do ao choque dispneia e principalmente dor e irrita(fao dermica
em questao de minutos apos a exposi980 e forma9ao de vesiculas na pele varias
heras ap6s 0 contata com a com posta
c) Sufocantes
Ha as causadores de baixa do tipo sufocantes penetram no organism a
peras vias respirat6rias afetando-as seriamente
Fosfogenio
E urn gas incolor nao persistente seu ponto de ebuliyao e 82degC Com
formula molecular COCI (cloreto de carbonila ou cloreto de cloformila)
Sua ayao principal e exercida sobre os pulmoes pois penetra no organismo
por inalacao com a produyao de les6es nos vasos capilares e derrames nos
alv8olos culminando com urn edema pulrnonar
Em contato com agua forma acido clorfdrico e gas carbonico sendo a
hidr6lise com formacao deste acido a causa de sua toxicidade Uma concentracao
de 3 a 5 mgL determina 0 obito em poucos minutos (SCHVARTSMAN 1991)
14
Seus sintomas imediatos sao irritaC(ao do nariz e garganta tosse
dificuldade de respirar dar no peito lacrimejamento nauseas v6mitos e dares de
cabeC(a Estes primeiros sintomas desaparecem e ap6s urn perfodo latenle
normalmente de tres a qualro horas surgem os sintomas de edema pulmonar
Nauseas e v6mitos podem reaparecer seguidos de ronco no peito estado de
choque pressao baixa batimentos cardlacos fracas e rapidos geralmente
provocam a morte
d) T6xicas do sangue
Ha os causadores de baixa do tipo taxicas do sangue agem sabre as
elementos sangufneos penetrando no organismo pelo aparelho respiratorio ou
atraves da pele interferindo na transferencia normal do oxigemio do sangue para
as tecidos
Os sintomas dependem da dose absorvida e podem variar desde cefaleia
vertigens e nauseas ate convuls5es parada cardiaca e morte
Acido Cianfdrico
E um liquido incolor muito volatil nao persistente de alfao rapida Tambem
chamado de acido prussico de formula molecular HeN
A sua lemperalura de fusao e de -14C e de ebuliCao e de 257C Sendo
soluvel em agua eter e alcoa
o acido cianidrico penetra no organismo por inalay8o inibindo a sistema
da citocromoxidase e de modo geral as enzimas que contem ferro trivalente
Como consequencia ha morte celular e incapacidade de aproveitar oxigenio
15
resultando em efeitos sistemicos complexos e variados 0 sistema nervoso e
eora9ao sao provavelmenle as leeidos mais sensiveis (SCHVARTSMAN 1991)
A inalayao au ingestao de grandes quantidades produz inconsciencia
convulsoes e 6bito em poueos minutos Doses menores determinam disturbios
neurologicos (tonturas inquietude ansiedade cefaleia confusao mental
convuls6es tonicas e coma) e disturbios cardiovasculares (taquicardia seguida de
bradicardia disritmias de varios tipos e hipotensao arterial que pode evoluir para 0
cheque) sendo tambem comum ocorrer nauseas vomitos taquipneia inicial
seguida de depressao respiratoria
A intoxicayao cr6nica par gas cianidrico caracteriza-se per hipertrofia
cardiaca hipotensao arterial linfocitose neutropenia e hipoglicemia
o interessante e que caso a morte na~ ocorra em poucos minutos a
recupera(fao podera a vir em poucas horas
Cloreto de Cianogenio
E urn gas incolor com odor de amendoas arnargas nao persistente de
a(faO rapida Penetra no organisrno por inalactao transformando-se em Beido
cianidrico Ele evita que as celulas recebam oxigenio causando assim a morte
celular os 6rgaos mais afetados sao COra(fao e cere bro
Seus efeilos e sintomas sao semelhantes aos do Bcida cianidrico
lacrimejamento irrita(fao do trato respirat6rio superior pele de coloractao r6sea
movimentos incoordenados tremores respiracao rBpida agitacao cefaleia
nausea vornito prostra(fao e taquicardia em exposilt6es a pequenas quantidades
16
Casa a exposicao seja grande pode tambem ocorrer convulsoes hipotensao
arterial bradicardia lesaD pulmonar perda da consciencia e ate a morte
Satura rapidamente os filtros das mascaras contra gases
212 Agentes quimicos inquietantes
Estes agentes produzem irrita~ao temponlria au efeitos de incapacidade
fisiologica quando em cantata com os elhos e pele au quando inalados Seu
principal emprego e no treinamento da tropa controle de disturbios e pequenas
operaqoes de combate Os principals agentes qufmicos inquietantes sao
Cloroacetofenona
E um solido microparticulado de coloraGao branca a amarelo claro possui
odor penetrante e seu sin6nimo e gas lacrimogenio
Sua formula molecular e C6 Hs COCH2 CI e massa molecular 1546 Suas
propriedades fisico-qufmicas mais relevantes sao ponto de ebu1i9ao 247degC ponto
de fusao entre 58-59degC insoluvel em agua
E urn agente de a980 rapida que quando espargido como aerossol causa
urn intenso fluxo lacrimoso e irrita os olhos Na pele causa enrijecimento e dor E
urn agente fotofobico Afetando tambem todo 0 sistema respiratorio superior
Quando inalado causa sensa9ao de queima9ao tosse e nauseas
Efeitos secundarios sao queimaduras de segundo grau e dermatites
vesiculares aguda
A descontamina9ao requer uma solu9aO de soda caustica alc06lica
17
Adamsita
Conhecida quimicamente como difenilaminocloroarsina e urn s61ido
microparticulado que Possui cerea de 27 de Arsenio
Foi desenvolvido pelo qui mica norte~americano Roger Adams durante a
Primeira Grande Guerra
Pouco depois do cantata (geralmente disseminado via aerossol) 0 indivfduo
carneya a espirrar violentamente e a tossir I as partfculas s61idas do agente
quimico se depositam nos pulm5es E perdendo total mente 0 controle
apresentara dares intensas de cabe9a v6mitos e nauseas fortes
Este agente deve ser lan9ado em combinac8o com urn irritante de alaquo8o
rapida como par exemplo a cloroacetofenona para abler eleitos combinadas
Ortoclorobenzilmalononitrilo
E urn s61ido microparticulado possui a seguinte formula molecular
CICHCHCCN (CN) Em sua forma pura apresenta-se na forma de po branco
cristalino (semelhante ao talco) e com odor acre
Podendo ser disseminado em muni(foes tipo queima em granadas tipo
arrebentamento e par meio de espargidores mecanicos de aerossol
a composto foi desenvolvido inicialmente em 1928 por dois qufmicos norte-
americanos Bem Corson e Roger Stoughton (as iniciais CS referem-se as
primeiras letras dos sobrenomes dos descobridores) No entanto tiveram que
esperar ate 1956 para que 0 laboratorio britanico CBW de Porton Down
desenvolve-se 0 CS para dispersar e controlar manifesta(foes civis
18
Se 0 ortoclorobenzilmalononilrilo penetra nos tecidos nervDsos hit uma
grande possibilidade que se possa ser atacado pelo atomo Oxigeuromio (atraldo pelo
nucleo) e interagir com acetilconinesteras8 Esta enzima e necessaria para
catalisar a hidr61ise da acetilcolina farmada no processo nervoso de transmissao
e e a enzima que e atingida (envenenada) pelo CS
Acredita-se que 0 CS sofre degrada~aoem cianureto e tiocianato enquanto
que 0 reslo da molecula combina-se com glicina e S8 excreta como acido arto-
clorohipurico
A morte ocorre como resultado da falta de transferencia de oxigenio a
circulacao sangufnea que por sua vez resulla em edema hemorragia e obstruQao
das vias respirat6rias nos pulm6es
E de rapida acao nos olhos nariz e garganta Efeilos secundarios
presentes e a dermatite com a exposicao repetida e rea((oes alergicas ao
composto Em altas concentra((oes tambem pode causar vomitos
Para promover a descontaminacao utiliza-se uma solucao alcalina
Normalmente se emprega uma solucao de agua e bissulfeto de sadie a 5
Clora
E um gas irritante de colora((ao amarelo-esverdeada de odor acre E pouco
soluvel em agua podendo combinar-se com agua ou seu vapor e assim produzir
fum os taxicos e corrosivos de acido clorfdrico
E um agente taxico utilizado principal mente em camaras de gas para
treinamento de tropas
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
10
Sarin
E urn liquido volatil naD persistente de alfao muito rapida que produz
baixas por inalalfao ingestaocontato dermico au ocular podendo malar em
questao de minutes apes a exposiltao (com uma concentraQao de por exemplo
200mg de sarin m3)
Passui a seguinte formula molecular C4HlOF02P(composto organico do tipo
organo fosforado) Suas propriedades ffsicas sao ponto de fusao - 56degC ponto de
ebuliltao 147C e sua densidade e de 1089 Ele sofre varialtao de solubilidade
com 0 pH do meio sendo mais potente quando S8 encontra entre pH dois a oito 0
acido fost6rica age como catalisador sendo a temperatura ajudante na velocidade
de hidr6lise do compos to Sua meia vida e contada em horas
Quando disseminado por munilt6es quimicas normalmente produz grande
quantidade de vapores Sua a980 e sobre termina90es nervosas centrais
reagindo com receptores da acetilcolina (nicotfnicos e muscarfnicos)
Os receptores nicoHnicos sao diretamente acoplados aos canais cationicos
e medeiam a transmissao sinaptica excitat6ria nipida na juncao neuromuscular
nos ganglios autonomos e em varios locais do sistema nervoso central Os
receptores muscarlnicos medeiam os efeitos da acetilcolinesterase nas sin apses
parassimpaticas p6s-ganglionares (principalmente cora980 musculatura lisa e
glandulas) e contribuem para a excitacao ganglionar ocorrendo em muitas partes
do sislema nervoso cenlral (RANG1997)
Os sintomas variam os mais comuns sao olhos lacrimejantes e saliva98o
ocorrendo tambem miose sudorese bern como dispneia visaa turva nausea
vornita espasmas e cefaleia
II
A medida a ser tamada imediatamente ap6s 0 contata com 0 agente e a
retirada das roupas e lavagem do local contaminado Ha antidotos para 0 Sarin
alropina (ampolas de 025 - 050 mg) e metil-piridil aldoxima (ampolas de 200mg)
no entanto e de diffcil acesso e poucas localidades os possuem
VX
o VX (etil-S-2-diisopropilaminoetilmetilfosfotiolato) foi desenvolvido
originalmente no Reina Unido no infcio dos anos cinqOenta
E urn composta allamente taxieD tanto no estado IIquido como em forma de
vapor atacando 0 sistema nervoso central (considerado pelo menes cern vezes
mais texico do que 0 Sarin S8 infiltrado e duas vezes mais t6xico S8 inalado)
E urn liquido 01e050 de colora9ao ambar inodoro e insfpido
Possui a seguinte formula molecular CH2SN02PS (composta organico do
tipo organo fosforado) Suas propriedades fisicas sao ponto de fusao -39degC
ponto de ebuliltao 298degC e densidade de 1008 0 VX possui a propriedade de
dissoluQao em agua a partir dos 95degC Tambem safre varia~aa de salubilidade de
acarda com a pH do meio sendo influenciado samente em pHs a partir de oita
Os sintomas e a descontaminalfaa apes cantata sao iguais as descritas no
Sarin
b) Vesicantes
Hi os agentes causadores de baixa do tipo vesicantes afetam os olhos 0
aparelho respiratorio e principal mente a pele Produzindo queimaduras com
12
forma1ao de bolhas e destruiltao dos tecidos subjacentes Sao exemplos desta
categoria a Gas Mostarda e 0 Lewisita
Gas Mostarda
E causador de graves irritaltoes dermicas e oGulares comumente
conhecido como agente pustulento Podendo ser utilizado tanto na forma de vapor
como liquefeito
Sua formula molecular e C4 HeCI2 S (tambem chamada de mostarda
sutfurica) Suas propriedades fisicas sao as seguintes ponto de fusao -21 reponto de ebuliltao -13degC e massa molar 15907 E lncotor no estado puro po rem
quando encontrado na sua forma impura passui coloraltao que varia de amarelo a
marrom possuindo odor caracteristico de alho ou mostarda
o cantato com 0 gas causa les5es no Irata respiratorio na pele enos athos
no entanlo nElO S8 restringe somente a isse ele tambem causa supressao da
medula essea les6es neurologicas e gastrintestinais 0 gas mostarda e um
composto quimico altamente reativo que se une a protefnas DNA e oulros
componentes celulares causando danos as celulas logo apes 0 contato A pessoa
contaminada chega a apresentar dares e efeitos clfnicos em torno de 24 horas
apes contato
Nao ha antldoto para a expesi=aa a esle agente Sendo 0 melhor
procedimento a se tamar caso haja contaminactao e 0 afastamento do causadar
da area ex pasta aa cantato com 0 composto isso tara as conseqOencias do
cantata serem reduzidas
13
Lewisita
E urn liquido oleoso e incolor com odor parecido ao geranio Passui
caracterlsticas semelhantes a do Gas Mostarda acrescido em sua composi~ao de
Arsenio 0 que Ihe da efeitos mais toxicos
Os sintomas apresentados por pessoas expostas a Lewisita sao der I
irritaf8o e inflama980 dos olhos pode acorrar diarreia nauseas v6mitos
hipotensao levan do ao choque dispneia e principalmente dor e irrita(fao dermica
em questao de minutos apos a exposi980 e forma9ao de vesiculas na pele varias
heras ap6s 0 contata com a com posta
c) Sufocantes
Ha as causadores de baixa do tipo sufocantes penetram no organism a
peras vias respirat6rias afetando-as seriamente
Fosfogenio
E urn gas incolor nao persistente seu ponto de ebuliyao e 82degC Com
formula molecular COCI (cloreto de carbonila ou cloreto de cloformila)
Sua ayao principal e exercida sobre os pulmoes pois penetra no organismo
por inalacao com a produyao de les6es nos vasos capilares e derrames nos
alv8olos culminando com urn edema pulrnonar
Em contato com agua forma acido clorfdrico e gas carbonico sendo a
hidr6lise com formacao deste acido a causa de sua toxicidade Uma concentracao
de 3 a 5 mgL determina 0 obito em poucos minutos (SCHVARTSMAN 1991)
14
Seus sintomas imediatos sao irritaC(ao do nariz e garganta tosse
dificuldade de respirar dar no peito lacrimejamento nauseas v6mitos e dares de
cabeC(a Estes primeiros sintomas desaparecem e ap6s urn perfodo latenle
normalmente de tres a qualro horas surgem os sintomas de edema pulmonar
Nauseas e v6mitos podem reaparecer seguidos de ronco no peito estado de
choque pressao baixa batimentos cardlacos fracas e rapidos geralmente
provocam a morte
d) T6xicas do sangue
Ha os causadores de baixa do tipo taxicas do sangue agem sabre as
elementos sangufneos penetrando no organismo pelo aparelho respiratorio ou
atraves da pele interferindo na transferencia normal do oxigemio do sangue para
as tecidos
Os sintomas dependem da dose absorvida e podem variar desde cefaleia
vertigens e nauseas ate convuls5es parada cardiaca e morte
Acido Cianfdrico
E um liquido incolor muito volatil nao persistente de alfao rapida Tambem
chamado de acido prussico de formula molecular HeN
A sua lemperalura de fusao e de -14C e de ebuliCao e de 257C Sendo
soluvel em agua eter e alcoa
o acido cianidrico penetra no organismo por inalay8o inibindo a sistema
da citocromoxidase e de modo geral as enzimas que contem ferro trivalente
Como consequencia ha morte celular e incapacidade de aproveitar oxigenio
15
resultando em efeitos sistemicos complexos e variados 0 sistema nervoso e
eora9ao sao provavelmenle as leeidos mais sensiveis (SCHVARTSMAN 1991)
A inalayao au ingestao de grandes quantidades produz inconsciencia
convulsoes e 6bito em poueos minutos Doses menores determinam disturbios
neurologicos (tonturas inquietude ansiedade cefaleia confusao mental
convuls6es tonicas e coma) e disturbios cardiovasculares (taquicardia seguida de
bradicardia disritmias de varios tipos e hipotensao arterial que pode evoluir para 0
cheque) sendo tambem comum ocorrer nauseas vomitos taquipneia inicial
seguida de depressao respiratoria
A intoxicayao cr6nica par gas cianidrico caracteriza-se per hipertrofia
cardiaca hipotensao arterial linfocitose neutropenia e hipoglicemia
o interessante e que caso a morte na~ ocorra em poucos minutos a
recupera(fao podera a vir em poucas horas
Cloreto de Cianogenio
E urn gas incolor com odor de amendoas arnargas nao persistente de
a(faO rapida Penetra no organisrno por inalactao transformando-se em Beido
cianidrico Ele evita que as celulas recebam oxigenio causando assim a morte
celular os 6rgaos mais afetados sao COra(fao e cere bro
Seus efeilos e sintomas sao semelhantes aos do Bcida cianidrico
lacrimejamento irrita(fao do trato respirat6rio superior pele de coloractao r6sea
movimentos incoordenados tremores respiracao rBpida agitacao cefaleia
nausea vornito prostra(fao e taquicardia em exposilt6es a pequenas quantidades
16
Casa a exposicao seja grande pode tambem ocorrer convulsoes hipotensao
arterial bradicardia lesaD pulmonar perda da consciencia e ate a morte
Satura rapidamente os filtros das mascaras contra gases
212 Agentes quimicos inquietantes
Estes agentes produzem irrita~ao temponlria au efeitos de incapacidade
fisiologica quando em cantata com os elhos e pele au quando inalados Seu
principal emprego e no treinamento da tropa controle de disturbios e pequenas
operaqoes de combate Os principals agentes qufmicos inquietantes sao
Cloroacetofenona
E um solido microparticulado de coloraGao branca a amarelo claro possui
odor penetrante e seu sin6nimo e gas lacrimogenio
Sua formula molecular e C6 Hs COCH2 CI e massa molecular 1546 Suas
propriedades fisico-qufmicas mais relevantes sao ponto de ebu1i9ao 247degC ponto
de fusao entre 58-59degC insoluvel em agua
E urn agente de a980 rapida que quando espargido como aerossol causa
urn intenso fluxo lacrimoso e irrita os olhos Na pele causa enrijecimento e dor E
urn agente fotofobico Afetando tambem todo 0 sistema respiratorio superior
Quando inalado causa sensa9ao de queima9ao tosse e nauseas
Efeitos secundarios sao queimaduras de segundo grau e dermatites
vesiculares aguda
A descontamina9ao requer uma solu9aO de soda caustica alc06lica
17
Adamsita
Conhecida quimicamente como difenilaminocloroarsina e urn s61ido
microparticulado que Possui cerea de 27 de Arsenio
Foi desenvolvido pelo qui mica norte~americano Roger Adams durante a
Primeira Grande Guerra
Pouco depois do cantata (geralmente disseminado via aerossol) 0 indivfduo
carneya a espirrar violentamente e a tossir I as partfculas s61idas do agente
quimico se depositam nos pulm5es E perdendo total mente 0 controle
apresentara dares intensas de cabe9a v6mitos e nauseas fortes
Este agente deve ser lan9ado em combinac8o com urn irritante de alaquo8o
rapida como par exemplo a cloroacetofenona para abler eleitos combinadas
Ortoclorobenzilmalononitrilo
E urn s61ido microparticulado possui a seguinte formula molecular
CICHCHCCN (CN) Em sua forma pura apresenta-se na forma de po branco
cristalino (semelhante ao talco) e com odor acre
Podendo ser disseminado em muni(foes tipo queima em granadas tipo
arrebentamento e par meio de espargidores mecanicos de aerossol
a composto foi desenvolvido inicialmente em 1928 por dois qufmicos norte-
americanos Bem Corson e Roger Stoughton (as iniciais CS referem-se as
primeiras letras dos sobrenomes dos descobridores) No entanto tiveram que
esperar ate 1956 para que 0 laboratorio britanico CBW de Porton Down
desenvolve-se 0 CS para dispersar e controlar manifesta(foes civis
18
Se 0 ortoclorobenzilmalononilrilo penetra nos tecidos nervDsos hit uma
grande possibilidade que se possa ser atacado pelo atomo Oxigeuromio (atraldo pelo
nucleo) e interagir com acetilconinesteras8 Esta enzima e necessaria para
catalisar a hidr61ise da acetilcolina farmada no processo nervoso de transmissao
e e a enzima que e atingida (envenenada) pelo CS
Acredita-se que 0 CS sofre degrada~aoem cianureto e tiocianato enquanto
que 0 reslo da molecula combina-se com glicina e S8 excreta como acido arto-
clorohipurico
A morte ocorre como resultado da falta de transferencia de oxigenio a
circulacao sangufnea que por sua vez resulla em edema hemorragia e obstruQao
das vias respirat6rias nos pulm6es
E de rapida acao nos olhos nariz e garganta Efeilos secundarios
presentes e a dermatite com a exposicao repetida e rea((oes alergicas ao
composto Em altas concentra((oes tambem pode causar vomitos
Para promover a descontaminacao utiliza-se uma solucao alcalina
Normalmente se emprega uma solucao de agua e bissulfeto de sadie a 5
Clora
E um gas irritante de colora((ao amarelo-esverdeada de odor acre E pouco
soluvel em agua podendo combinar-se com agua ou seu vapor e assim produzir
fum os taxicos e corrosivos de acido clorfdrico
E um agente taxico utilizado principal mente em camaras de gas para
treinamento de tropas
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
II
A medida a ser tamada imediatamente ap6s 0 contata com 0 agente e a
retirada das roupas e lavagem do local contaminado Ha antidotos para 0 Sarin
alropina (ampolas de 025 - 050 mg) e metil-piridil aldoxima (ampolas de 200mg)
no entanto e de diffcil acesso e poucas localidades os possuem
VX
o VX (etil-S-2-diisopropilaminoetilmetilfosfotiolato) foi desenvolvido
originalmente no Reina Unido no infcio dos anos cinqOenta
E urn composta allamente taxieD tanto no estado IIquido como em forma de
vapor atacando 0 sistema nervoso central (considerado pelo menes cern vezes
mais texico do que 0 Sarin S8 infiltrado e duas vezes mais t6xico S8 inalado)
E urn liquido 01e050 de colora9ao ambar inodoro e insfpido
Possui a seguinte formula molecular CH2SN02PS (composta organico do
tipo organo fosforado) Suas propriedades fisicas sao ponto de fusao -39degC
ponto de ebuliltao 298degC e densidade de 1008 0 VX possui a propriedade de
dissoluQao em agua a partir dos 95degC Tambem safre varia~aa de salubilidade de
acarda com a pH do meio sendo influenciado samente em pHs a partir de oita
Os sintomas e a descontaminalfaa apes cantata sao iguais as descritas no
Sarin
b) Vesicantes
Hi os agentes causadores de baixa do tipo vesicantes afetam os olhos 0
aparelho respiratorio e principal mente a pele Produzindo queimaduras com
12
forma1ao de bolhas e destruiltao dos tecidos subjacentes Sao exemplos desta
categoria a Gas Mostarda e 0 Lewisita
Gas Mostarda
E causador de graves irritaltoes dermicas e oGulares comumente
conhecido como agente pustulento Podendo ser utilizado tanto na forma de vapor
como liquefeito
Sua formula molecular e C4 HeCI2 S (tambem chamada de mostarda
sutfurica) Suas propriedades fisicas sao as seguintes ponto de fusao -21 reponto de ebuliltao -13degC e massa molar 15907 E lncotor no estado puro po rem
quando encontrado na sua forma impura passui coloraltao que varia de amarelo a
marrom possuindo odor caracteristico de alho ou mostarda
o cantato com 0 gas causa les5es no Irata respiratorio na pele enos athos
no entanlo nElO S8 restringe somente a isse ele tambem causa supressao da
medula essea les6es neurologicas e gastrintestinais 0 gas mostarda e um
composto quimico altamente reativo que se une a protefnas DNA e oulros
componentes celulares causando danos as celulas logo apes 0 contato A pessoa
contaminada chega a apresentar dares e efeitos clfnicos em torno de 24 horas
apes contato
Nao ha antldoto para a expesi=aa a esle agente Sendo 0 melhor
procedimento a se tamar caso haja contaminactao e 0 afastamento do causadar
da area ex pasta aa cantato com 0 composto isso tara as conseqOencias do
cantata serem reduzidas
13
Lewisita
E urn liquido oleoso e incolor com odor parecido ao geranio Passui
caracterlsticas semelhantes a do Gas Mostarda acrescido em sua composi~ao de
Arsenio 0 que Ihe da efeitos mais toxicos
Os sintomas apresentados por pessoas expostas a Lewisita sao der I
irritaf8o e inflama980 dos olhos pode acorrar diarreia nauseas v6mitos
hipotensao levan do ao choque dispneia e principalmente dor e irrita(fao dermica
em questao de minutos apos a exposi980 e forma9ao de vesiculas na pele varias
heras ap6s 0 contata com a com posta
c) Sufocantes
Ha as causadores de baixa do tipo sufocantes penetram no organism a
peras vias respirat6rias afetando-as seriamente
Fosfogenio
E urn gas incolor nao persistente seu ponto de ebuliyao e 82degC Com
formula molecular COCI (cloreto de carbonila ou cloreto de cloformila)
Sua ayao principal e exercida sobre os pulmoes pois penetra no organismo
por inalacao com a produyao de les6es nos vasos capilares e derrames nos
alv8olos culminando com urn edema pulrnonar
Em contato com agua forma acido clorfdrico e gas carbonico sendo a
hidr6lise com formacao deste acido a causa de sua toxicidade Uma concentracao
de 3 a 5 mgL determina 0 obito em poucos minutos (SCHVARTSMAN 1991)
14
Seus sintomas imediatos sao irritaC(ao do nariz e garganta tosse
dificuldade de respirar dar no peito lacrimejamento nauseas v6mitos e dares de
cabeC(a Estes primeiros sintomas desaparecem e ap6s urn perfodo latenle
normalmente de tres a qualro horas surgem os sintomas de edema pulmonar
Nauseas e v6mitos podem reaparecer seguidos de ronco no peito estado de
choque pressao baixa batimentos cardlacos fracas e rapidos geralmente
provocam a morte
d) T6xicas do sangue
Ha os causadores de baixa do tipo taxicas do sangue agem sabre as
elementos sangufneos penetrando no organismo pelo aparelho respiratorio ou
atraves da pele interferindo na transferencia normal do oxigemio do sangue para
as tecidos
Os sintomas dependem da dose absorvida e podem variar desde cefaleia
vertigens e nauseas ate convuls5es parada cardiaca e morte
Acido Cianfdrico
E um liquido incolor muito volatil nao persistente de alfao rapida Tambem
chamado de acido prussico de formula molecular HeN
A sua lemperalura de fusao e de -14C e de ebuliCao e de 257C Sendo
soluvel em agua eter e alcoa
o acido cianidrico penetra no organismo por inalay8o inibindo a sistema
da citocromoxidase e de modo geral as enzimas que contem ferro trivalente
Como consequencia ha morte celular e incapacidade de aproveitar oxigenio
15
resultando em efeitos sistemicos complexos e variados 0 sistema nervoso e
eora9ao sao provavelmenle as leeidos mais sensiveis (SCHVARTSMAN 1991)
A inalayao au ingestao de grandes quantidades produz inconsciencia
convulsoes e 6bito em poueos minutos Doses menores determinam disturbios
neurologicos (tonturas inquietude ansiedade cefaleia confusao mental
convuls6es tonicas e coma) e disturbios cardiovasculares (taquicardia seguida de
bradicardia disritmias de varios tipos e hipotensao arterial que pode evoluir para 0
cheque) sendo tambem comum ocorrer nauseas vomitos taquipneia inicial
seguida de depressao respiratoria
A intoxicayao cr6nica par gas cianidrico caracteriza-se per hipertrofia
cardiaca hipotensao arterial linfocitose neutropenia e hipoglicemia
o interessante e que caso a morte na~ ocorra em poucos minutos a
recupera(fao podera a vir em poucas horas
Cloreto de Cianogenio
E urn gas incolor com odor de amendoas arnargas nao persistente de
a(faO rapida Penetra no organisrno por inalactao transformando-se em Beido
cianidrico Ele evita que as celulas recebam oxigenio causando assim a morte
celular os 6rgaos mais afetados sao COra(fao e cere bro
Seus efeilos e sintomas sao semelhantes aos do Bcida cianidrico
lacrimejamento irrita(fao do trato respirat6rio superior pele de coloractao r6sea
movimentos incoordenados tremores respiracao rBpida agitacao cefaleia
nausea vornito prostra(fao e taquicardia em exposilt6es a pequenas quantidades
16
Casa a exposicao seja grande pode tambem ocorrer convulsoes hipotensao
arterial bradicardia lesaD pulmonar perda da consciencia e ate a morte
Satura rapidamente os filtros das mascaras contra gases
212 Agentes quimicos inquietantes
Estes agentes produzem irrita~ao temponlria au efeitos de incapacidade
fisiologica quando em cantata com os elhos e pele au quando inalados Seu
principal emprego e no treinamento da tropa controle de disturbios e pequenas
operaqoes de combate Os principals agentes qufmicos inquietantes sao
Cloroacetofenona
E um solido microparticulado de coloraGao branca a amarelo claro possui
odor penetrante e seu sin6nimo e gas lacrimogenio
Sua formula molecular e C6 Hs COCH2 CI e massa molecular 1546 Suas
propriedades fisico-qufmicas mais relevantes sao ponto de ebu1i9ao 247degC ponto
de fusao entre 58-59degC insoluvel em agua
E urn agente de a980 rapida que quando espargido como aerossol causa
urn intenso fluxo lacrimoso e irrita os olhos Na pele causa enrijecimento e dor E
urn agente fotofobico Afetando tambem todo 0 sistema respiratorio superior
Quando inalado causa sensa9ao de queima9ao tosse e nauseas
Efeitos secundarios sao queimaduras de segundo grau e dermatites
vesiculares aguda
A descontamina9ao requer uma solu9aO de soda caustica alc06lica
17
Adamsita
Conhecida quimicamente como difenilaminocloroarsina e urn s61ido
microparticulado que Possui cerea de 27 de Arsenio
Foi desenvolvido pelo qui mica norte~americano Roger Adams durante a
Primeira Grande Guerra
Pouco depois do cantata (geralmente disseminado via aerossol) 0 indivfduo
carneya a espirrar violentamente e a tossir I as partfculas s61idas do agente
quimico se depositam nos pulm5es E perdendo total mente 0 controle
apresentara dares intensas de cabe9a v6mitos e nauseas fortes
Este agente deve ser lan9ado em combinac8o com urn irritante de alaquo8o
rapida como par exemplo a cloroacetofenona para abler eleitos combinadas
Ortoclorobenzilmalononitrilo
E urn s61ido microparticulado possui a seguinte formula molecular
CICHCHCCN (CN) Em sua forma pura apresenta-se na forma de po branco
cristalino (semelhante ao talco) e com odor acre
Podendo ser disseminado em muni(foes tipo queima em granadas tipo
arrebentamento e par meio de espargidores mecanicos de aerossol
a composto foi desenvolvido inicialmente em 1928 por dois qufmicos norte-
americanos Bem Corson e Roger Stoughton (as iniciais CS referem-se as
primeiras letras dos sobrenomes dos descobridores) No entanto tiveram que
esperar ate 1956 para que 0 laboratorio britanico CBW de Porton Down
desenvolve-se 0 CS para dispersar e controlar manifesta(foes civis
18
Se 0 ortoclorobenzilmalononilrilo penetra nos tecidos nervDsos hit uma
grande possibilidade que se possa ser atacado pelo atomo Oxigeuromio (atraldo pelo
nucleo) e interagir com acetilconinesteras8 Esta enzima e necessaria para
catalisar a hidr61ise da acetilcolina farmada no processo nervoso de transmissao
e e a enzima que e atingida (envenenada) pelo CS
Acredita-se que 0 CS sofre degrada~aoem cianureto e tiocianato enquanto
que 0 reslo da molecula combina-se com glicina e S8 excreta como acido arto-
clorohipurico
A morte ocorre como resultado da falta de transferencia de oxigenio a
circulacao sangufnea que por sua vez resulla em edema hemorragia e obstruQao
das vias respirat6rias nos pulm6es
E de rapida acao nos olhos nariz e garganta Efeilos secundarios
presentes e a dermatite com a exposicao repetida e rea((oes alergicas ao
composto Em altas concentra((oes tambem pode causar vomitos
Para promover a descontaminacao utiliza-se uma solucao alcalina
Normalmente se emprega uma solucao de agua e bissulfeto de sadie a 5
Clora
E um gas irritante de colora((ao amarelo-esverdeada de odor acre E pouco
soluvel em agua podendo combinar-se com agua ou seu vapor e assim produzir
fum os taxicos e corrosivos de acido clorfdrico
E um agente taxico utilizado principal mente em camaras de gas para
treinamento de tropas
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
12
forma1ao de bolhas e destruiltao dos tecidos subjacentes Sao exemplos desta
categoria a Gas Mostarda e 0 Lewisita
Gas Mostarda
E causador de graves irritaltoes dermicas e oGulares comumente
conhecido como agente pustulento Podendo ser utilizado tanto na forma de vapor
como liquefeito
Sua formula molecular e C4 HeCI2 S (tambem chamada de mostarda
sutfurica) Suas propriedades fisicas sao as seguintes ponto de fusao -21 reponto de ebuliltao -13degC e massa molar 15907 E lncotor no estado puro po rem
quando encontrado na sua forma impura passui coloraltao que varia de amarelo a
marrom possuindo odor caracteristico de alho ou mostarda
o cantato com 0 gas causa les5es no Irata respiratorio na pele enos athos
no entanlo nElO S8 restringe somente a isse ele tambem causa supressao da
medula essea les6es neurologicas e gastrintestinais 0 gas mostarda e um
composto quimico altamente reativo que se une a protefnas DNA e oulros
componentes celulares causando danos as celulas logo apes 0 contato A pessoa
contaminada chega a apresentar dares e efeitos clfnicos em torno de 24 horas
apes contato
Nao ha antldoto para a expesi=aa a esle agente Sendo 0 melhor
procedimento a se tamar caso haja contaminactao e 0 afastamento do causadar
da area ex pasta aa cantato com 0 composto isso tara as conseqOencias do
cantata serem reduzidas
13
Lewisita
E urn liquido oleoso e incolor com odor parecido ao geranio Passui
caracterlsticas semelhantes a do Gas Mostarda acrescido em sua composi~ao de
Arsenio 0 que Ihe da efeitos mais toxicos
Os sintomas apresentados por pessoas expostas a Lewisita sao der I
irritaf8o e inflama980 dos olhos pode acorrar diarreia nauseas v6mitos
hipotensao levan do ao choque dispneia e principalmente dor e irrita(fao dermica
em questao de minutos apos a exposi980 e forma9ao de vesiculas na pele varias
heras ap6s 0 contata com a com posta
c) Sufocantes
Ha as causadores de baixa do tipo sufocantes penetram no organism a
peras vias respirat6rias afetando-as seriamente
Fosfogenio
E urn gas incolor nao persistente seu ponto de ebuliyao e 82degC Com
formula molecular COCI (cloreto de carbonila ou cloreto de cloformila)
Sua ayao principal e exercida sobre os pulmoes pois penetra no organismo
por inalacao com a produyao de les6es nos vasos capilares e derrames nos
alv8olos culminando com urn edema pulrnonar
Em contato com agua forma acido clorfdrico e gas carbonico sendo a
hidr6lise com formacao deste acido a causa de sua toxicidade Uma concentracao
de 3 a 5 mgL determina 0 obito em poucos minutos (SCHVARTSMAN 1991)
14
Seus sintomas imediatos sao irritaC(ao do nariz e garganta tosse
dificuldade de respirar dar no peito lacrimejamento nauseas v6mitos e dares de
cabeC(a Estes primeiros sintomas desaparecem e ap6s urn perfodo latenle
normalmente de tres a qualro horas surgem os sintomas de edema pulmonar
Nauseas e v6mitos podem reaparecer seguidos de ronco no peito estado de
choque pressao baixa batimentos cardlacos fracas e rapidos geralmente
provocam a morte
d) T6xicas do sangue
Ha os causadores de baixa do tipo taxicas do sangue agem sabre as
elementos sangufneos penetrando no organismo pelo aparelho respiratorio ou
atraves da pele interferindo na transferencia normal do oxigemio do sangue para
as tecidos
Os sintomas dependem da dose absorvida e podem variar desde cefaleia
vertigens e nauseas ate convuls5es parada cardiaca e morte
Acido Cianfdrico
E um liquido incolor muito volatil nao persistente de alfao rapida Tambem
chamado de acido prussico de formula molecular HeN
A sua lemperalura de fusao e de -14C e de ebuliCao e de 257C Sendo
soluvel em agua eter e alcoa
o acido cianidrico penetra no organismo por inalay8o inibindo a sistema
da citocromoxidase e de modo geral as enzimas que contem ferro trivalente
Como consequencia ha morte celular e incapacidade de aproveitar oxigenio
15
resultando em efeitos sistemicos complexos e variados 0 sistema nervoso e
eora9ao sao provavelmenle as leeidos mais sensiveis (SCHVARTSMAN 1991)
A inalayao au ingestao de grandes quantidades produz inconsciencia
convulsoes e 6bito em poueos minutos Doses menores determinam disturbios
neurologicos (tonturas inquietude ansiedade cefaleia confusao mental
convuls6es tonicas e coma) e disturbios cardiovasculares (taquicardia seguida de
bradicardia disritmias de varios tipos e hipotensao arterial que pode evoluir para 0
cheque) sendo tambem comum ocorrer nauseas vomitos taquipneia inicial
seguida de depressao respiratoria
A intoxicayao cr6nica par gas cianidrico caracteriza-se per hipertrofia
cardiaca hipotensao arterial linfocitose neutropenia e hipoglicemia
o interessante e que caso a morte na~ ocorra em poucos minutos a
recupera(fao podera a vir em poucas horas
Cloreto de Cianogenio
E urn gas incolor com odor de amendoas arnargas nao persistente de
a(faO rapida Penetra no organisrno por inalactao transformando-se em Beido
cianidrico Ele evita que as celulas recebam oxigenio causando assim a morte
celular os 6rgaos mais afetados sao COra(fao e cere bro
Seus efeilos e sintomas sao semelhantes aos do Bcida cianidrico
lacrimejamento irrita(fao do trato respirat6rio superior pele de coloractao r6sea
movimentos incoordenados tremores respiracao rBpida agitacao cefaleia
nausea vornito prostra(fao e taquicardia em exposilt6es a pequenas quantidades
16
Casa a exposicao seja grande pode tambem ocorrer convulsoes hipotensao
arterial bradicardia lesaD pulmonar perda da consciencia e ate a morte
Satura rapidamente os filtros das mascaras contra gases
212 Agentes quimicos inquietantes
Estes agentes produzem irrita~ao temponlria au efeitos de incapacidade
fisiologica quando em cantata com os elhos e pele au quando inalados Seu
principal emprego e no treinamento da tropa controle de disturbios e pequenas
operaqoes de combate Os principals agentes qufmicos inquietantes sao
Cloroacetofenona
E um solido microparticulado de coloraGao branca a amarelo claro possui
odor penetrante e seu sin6nimo e gas lacrimogenio
Sua formula molecular e C6 Hs COCH2 CI e massa molecular 1546 Suas
propriedades fisico-qufmicas mais relevantes sao ponto de ebu1i9ao 247degC ponto
de fusao entre 58-59degC insoluvel em agua
E urn agente de a980 rapida que quando espargido como aerossol causa
urn intenso fluxo lacrimoso e irrita os olhos Na pele causa enrijecimento e dor E
urn agente fotofobico Afetando tambem todo 0 sistema respiratorio superior
Quando inalado causa sensa9ao de queima9ao tosse e nauseas
Efeitos secundarios sao queimaduras de segundo grau e dermatites
vesiculares aguda
A descontamina9ao requer uma solu9aO de soda caustica alc06lica
17
Adamsita
Conhecida quimicamente como difenilaminocloroarsina e urn s61ido
microparticulado que Possui cerea de 27 de Arsenio
Foi desenvolvido pelo qui mica norte~americano Roger Adams durante a
Primeira Grande Guerra
Pouco depois do cantata (geralmente disseminado via aerossol) 0 indivfduo
carneya a espirrar violentamente e a tossir I as partfculas s61idas do agente
quimico se depositam nos pulm5es E perdendo total mente 0 controle
apresentara dares intensas de cabe9a v6mitos e nauseas fortes
Este agente deve ser lan9ado em combinac8o com urn irritante de alaquo8o
rapida como par exemplo a cloroacetofenona para abler eleitos combinadas
Ortoclorobenzilmalononitrilo
E urn s61ido microparticulado possui a seguinte formula molecular
CICHCHCCN (CN) Em sua forma pura apresenta-se na forma de po branco
cristalino (semelhante ao talco) e com odor acre
Podendo ser disseminado em muni(foes tipo queima em granadas tipo
arrebentamento e par meio de espargidores mecanicos de aerossol
a composto foi desenvolvido inicialmente em 1928 por dois qufmicos norte-
americanos Bem Corson e Roger Stoughton (as iniciais CS referem-se as
primeiras letras dos sobrenomes dos descobridores) No entanto tiveram que
esperar ate 1956 para que 0 laboratorio britanico CBW de Porton Down
desenvolve-se 0 CS para dispersar e controlar manifesta(foes civis
18
Se 0 ortoclorobenzilmalononilrilo penetra nos tecidos nervDsos hit uma
grande possibilidade que se possa ser atacado pelo atomo Oxigeuromio (atraldo pelo
nucleo) e interagir com acetilconinesteras8 Esta enzima e necessaria para
catalisar a hidr61ise da acetilcolina farmada no processo nervoso de transmissao
e e a enzima que e atingida (envenenada) pelo CS
Acredita-se que 0 CS sofre degrada~aoem cianureto e tiocianato enquanto
que 0 reslo da molecula combina-se com glicina e S8 excreta como acido arto-
clorohipurico
A morte ocorre como resultado da falta de transferencia de oxigenio a
circulacao sangufnea que por sua vez resulla em edema hemorragia e obstruQao
das vias respirat6rias nos pulm6es
E de rapida acao nos olhos nariz e garganta Efeilos secundarios
presentes e a dermatite com a exposicao repetida e rea((oes alergicas ao
composto Em altas concentra((oes tambem pode causar vomitos
Para promover a descontaminacao utiliza-se uma solucao alcalina
Normalmente se emprega uma solucao de agua e bissulfeto de sadie a 5
Clora
E um gas irritante de colora((ao amarelo-esverdeada de odor acre E pouco
soluvel em agua podendo combinar-se com agua ou seu vapor e assim produzir
fum os taxicos e corrosivos de acido clorfdrico
E um agente taxico utilizado principal mente em camaras de gas para
treinamento de tropas
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
13
Lewisita
E urn liquido oleoso e incolor com odor parecido ao geranio Passui
caracterlsticas semelhantes a do Gas Mostarda acrescido em sua composi~ao de
Arsenio 0 que Ihe da efeitos mais toxicos
Os sintomas apresentados por pessoas expostas a Lewisita sao der I
irritaf8o e inflama980 dos olhos pode acorrar diarreia nauseas v6mitos
hipotensao levan do ao choque dispneia e principalmente dor e irrita(fao dermica
em questao de minutos apos a exposi980 e forma9ao de vesiculas na pele varias
heras ap6s 0 contata com a com posta
c) Sufocantes
Ha as causadores de baixa do tipo sufocantes penetram no organism a
peras vias respirat6rias afetando-as seriamente
Fosfogenio
E urn gas incolor nao persistente seu ponto de ebuliyao e 82degC Com
formula molecular COCI (cloreto de carbonila ou cloreto de cloformila)
Sua ayao principal e exercida sobre os pulmoes pois penetra no organismo
por inalacao com a produyao de les6es nos vasos capilares e derrames nos
alv8olos culminando com urn edema pulrnonar
Em contato com agua forma acido clorfdrico e gas carbonico sendo a
hidr6lise com formacao deste acido a causa de sua toxicidade Uma concentracao
de 3 a 5 mgL determina 0 obito em poucos minutos (SCHVARTSMAN 1991)
14
Seus sintomas imediatos sao irritaC(ao do nariz e garganta tosse
dificuldade de respirar dar no peito lacrimejamento nauseas v6mitos e dares de
cabeC(a Estes primeiros sintomas desaparecem e ap6s urn perfodo latenle
normalmente de tres a qualro horas surgem os sintomas de edema pulmonar
Nauseas e v6mitos podem reaparecer seguidos de ronco no peito estado de
choque pressao baixa batimentos cardlacos fracas e rapidos geralmente
provocam a morte
d) T6xicas do sangue
Ha os causadores de baixa do tipo taxicas do sangue agem sabre as
elementos sangufneos penetrando no organismo pelo aparelho respiratorio ou
atraves da pele interferindo na transferencia normal do oxigemio do sangue para
as tecidos
Os sintomas dependem da dose absorvida e podem variar desde cefaleia
vertigens e nauseas ate convuls5es parada cardiaca e morte
Acido Cianfdrico
E um liquido incolor muito volatil nao persistente de alfao rapida Tambem
chamado de acido prussico de formula molecular HeN
A sua lemperalura de fusao e de -14C e de ebuliCao e de 257C Sendo
soluvel em agua eter e alcoa
o acido cianidrico penetra no organismo por inalay8o inibindo a sistema
da citocromoxidase e de modo geral as enzimas que contem ferro trivalente
Como consequencia ha morte celular e incapacidade de aproveitar oxigenio
15
resultando em efeitos sistemicos complexos e variados 0 sistema nervoso e
eora9ao sao provavelmenle as leeidos mais sensiveis (SCHVARTSMAN 1991)
A inalayao au ingestao de grandes quantidades produz inconsciencia
convulsoes e 6bito em poueos minutos Doses menores determinam disturbios
neurologicos (tonturas inquietude ansiedade cefaleia confusao mental
convuls6es tonicas e coma) e disturbios cardiovasculares (taquicardia seguida de
bradicardia disritmias de varios tipos e hipotensao arterial que pode evoluir para 0
cheque) sendo tambem comum ocorrer nauseas vomitos taquipneia inicial
seguida de depressao respiratoria
A intoxicayao cr6nica par gas cianidrico caracteriza-se per hipertrofia
cardiaca hipotensao arterial linfocitose neutropenia e hipoglicemia
o interessante e que caso a morte na~ ocorra em poucos minutos a
recupera(fao podera a vir em poucas horas
Cloreto de Cianogenio
E urn gas incolor com odor de amendoas arnargas nao persistente de
a(faO rapida Penetra no organisrno por inalactao transformando-se em Beido
cianidrico Ele evita que as celulas recebam oxigenio causando assim a morte
celular os 6rgaos mais afetados sao COra(fao e cere bro
Seus efeilos e sintomas sao semelhantes aos do Bcida cianidrico
lacrimejamento irrita(fao do trato respirat6rio superior pele de coloractao r6sea
movimentos incoordenados tremores respiracao rBpida agitacao cefaleia
nausea vornito prostra(fao e taquicardia em exposilt6es a pequenas quantidades
16
Casa a exposicao seja grande pode tambem ocorrer convulsoes hipotensao
arterial bradicardia lesaD pulmonar perda da consciencia e ate a morte
Satura rapidamente os filtros das mascaras contra gases
212 Agentes quimicos inquietantes
Estes agentes produzem irrita~ao temponlria au efeitos de incapacidade
fisiologica quando em cantata com os elhos e pele au quando inalados Seu
principal emprego e no treinamento da tropa controle de disturbios e pequenas
operaqoes de combate Os principals agentes qufmicos inquietantes sao
Cloroacetofenona
E um solido microparticulado de coloraGao branca a amarelo claro possui
odor penetrante e seu sin6nimo e gas lacrimogenio
Sua formula molecular e C6 Hs COCH2 CI e massa molecular 1546 Suas
propriedades fisico-qufmicas mais relevantes sao ponto de ebu1i9ao 247degC ponto
de fusao entre 58-59degC insoluvel em agua
E urn agente de a980 rapida que quando espargido como aerossol causa
urn intenso fluxo lacrimoso e irrita os olhos Na pele causa enrijecimento e dor E
urn agente fotofobico Afetando tambem todo 0 sistema respiratorio superior
Quando inalado causa sensa9ao de queima9ao tosse e nauseas
Efeitos secundarios sao queimaduras de segundo grau e dermatites
vesiculares aguda
A descontamina9ao requer uma solu9aO de soda caustica alc06lica
17
Adamsita
Conhecida quimicamente como difenilaminocloroarsina e urn s61ido
microparticulado que Possui cerea de 27 de Arsenio
Foi desenvolvido pelo qui mica norte~americano Roger Adams durante a
Primeira Grande Guerra
Pouco depois do cantata (geralmente disseminado via aerossol) 0 indivfduo
carneya a espirrar violentamente e a tossir I as partfculas s61idas do agente
quimico se depositam nos pulm5es E perdendo total mente 0 controle
apresentara dares intensas de cabe9a v6mitos e nauseas fortes
Este agente deve ser lan9ado em combinac8o com urn irritante de alaquo8o
rapida como par exemplo a cloroacetofenona para abler eleitos combinadas
Ortoclorobenzilmalononitrilo
E urn s61ido microparticulado possui a seguinte formula molecular
CICHCHCCN (CN) Em sua forma pura apresenta-se na forma de po branco
cristalino (semelhante ao talco) e com odor acre
Podendo ser disseminado em muni(foes tipo queima em granadas tipo
arrebentamento e par meio de espargidores mecanicos de aerossol
a composto foi desenvolvido inicialmente em 1928 por dois qufmicos norte-
americanos Bem Corson e Roger Stoughton (as iniciais CS referem-se as
primeiras letras dos sobrenomes dos descobridores) No entanto tiveram que
esperar ate 1956 para que 0 laboratorio britanico CBW de Porton Down
desenvolve-se 0 CS para dispersar e controlar manifesta(foes civis
18
Se 0 ortoclorobenzilmalononilrilo penetra nos tecidos nervDsos hit uma
grande possibilidade que se possa ser atacado pelo atomo Oxigeuromio (atraldo pelo
nucleo) e interagir com acetilconinesteras8 Esta enzima e necessaria para
catalisar a hidr61ise da acetilcolina farmada no processo nervoso de transmissao
e e a enzima que e atingida (envenenada) pelo CS
Acredita-se que 0 CS sofre degrada~aoem cianureto e tiocianato enquanto
que 0 reslo da molecula combina-se com glicina e S8 excreta como acido arto-
clorohipurico
A morte ocorre como resultado da falta de transferencia de oxigenio a
circulacao sangufnea que por sua vez resulla em edema hemorragia e obstruQao
das vias respirat6rias nos pulm6es
E de rapida acao nos olhos nariz e garganta Efeilos secundarios
presentes e a dermatite com a exposicao repetida e rea((oes alergicas ao
composto Em altas concentra((oes tambem pode causar vomitos
Para promover a descontaminacao utiliza-se uma solucao alcalina
Normalmente se emprega uma solucao de agua e bissulfeto de sadie a 5
Clora
E um gas irritante de colora((ao amarelo-esverdeada de odor acre E pouco
soluvel em agua podendo combinar-se com agua ou seu vapor e assim produzir
fum os taxicos e corrosivos de acido clorfdrico
E um agente taxico utilizado principal mente em camaras de gas para
treinamento de tropas
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
14
Seus sintomas imediatos sao irritaC(ao do nariz e garganta tosse
dificuldade de respirar dar no peito lacrimejamento nauseas v6mitos e dares de
cabeC(a Estes primeiros sintomas desaparecem e ap6s urn perfodo latenle
normalmente de tres a qualro horas surgem os sintomas de edema pulmonar
Nauseas e v6mitos podem reaparecer seguidos de ronco no peito estado de
choque pressao baixa batimentos cardlacos fracas e rapidos geralmente
provocam a morte
d) T6xicas do sangue
Ha os causadores de baixa do tipo taxicas do sangue agem sabre as
elementos sangufneos penetrando no organismo pelo aparelho respiratorio ou
atraves da pele interferindo na transferencia normal do oxigemio do sangue para
as tecidos
Os sintomas dependem da dose absorvida e podem variar desde cefaleia
vertigens e nauseas ate convuls5es parada cardiaca e morte
Acido Cianfdrico
E um liquido incolor muito volatil nao persistente de alfao rapida Tambem
chamado de acido prussico de formula molecular HeN
A sua lemperalura de fusao e de -14C e de ebuliCao e de 257C Sendo
soluvel em agua eter e alcoa
o acido cianidrico penetra no organismo por inalay8o inibindo a sistema
da citocromoxidase e de modo geral as enzimas que contem ferro trivalente
Como consequencia ha morte celular e incapacidade de aproveitar oxigenio
15
resultando em efeitos sistemicos complexos e variados 0 sistema nervoso e
eora9ao sao provavelmenle as leeidos mais sensiveis (SCHVARTSMAN 1991)
A inalayao au ingestao de grandes quantidades produz inconsciencia
convulsoes e 6bito em poueos minutos Doses menores determinam disturbios
neurologicos (tonturas inquietude ansiedade cefaleia confusao mental
convuls6es tonicas e coma) e disturbios cardiovasculares (taquicardia seguida de
bradicardia disritmias de varios tipos e hipotensao arterial que pode evoluir para 0
cheque) sendo tambem comum ocorrer nauseas vomitos taquipneia inicial
seguida de depressao respiratoria
A intoxicayao cr6nica par gas cianidrico caracteriza-se per hipertrofia
cardiaca hipotensao arterial linfocitose neutropenia e hipoglicemia
o interessante e que caso a morte na~ ocorra em poucos minutos a
recupera(fao podera a vir em poucas horas
Cloreto de Cianogenio
E urn gas incolor com odor de amendoas arnargas nao persistente de
a(faO rapida Penetra no organisrno por inalactao transformando-se em Beido
cianidrico Ele evita que as celulas recebam oxigenio causando assim a morte
celular os 6rgaos mais afetados sao COra(fao e cere bro
Seus efeilos e sintomas sao semelhantes aos do Bcida cianidrico
lacrimejamento irrita(fao do trato respirat6rio superior pele de coloractao r6sea
movimentos incoordenados tremores respiracao rBpida agitacao cefaleia
nausea vornito prostra(fao e taquicardia em exposilt6es a pequenas quantidades
16
Casa a exposicao seja grande pode tambem ocorrer convulsoes hipotensao
arterial bradicardia lesaD pulmonar perda da consciencia e ate a morte
Satura rapidamente os filtros das mascaras contra gases
212 Agentes quimicos inquietantes
Estes agentes produzem irrita~ao temponlria au efeitos de incapacidade
fisiologica quando em cantata com os elhos e pele au quando inalados Seu
principal emprego e no treinamento da tropa controle de disturbios e pequenas
operaqoes de combate Os principals agentes qufmicos inquietantes sao
Cloroacetofenona
E um solido microparticulado de coloraGao branca a amarelo claro possui
odor penetrante e seu sin6nimo e gas lacrimogenio
Sua formula molecular e C6 Hs COCH2 CI e massa molecular 1546 Suas
propriedades fisico-qufmicas mais relevantes sao ponto de ebu1i9ao 247degC ponto
de fusao entre 58-59degC insoluvel em agua
E urn agente de a980 rapida que quando espargido como aerossol causa
urn intenso fluxo lacrimoso e irrita os olhos Na pele causa enrijecimento e dor E
urn agente fotofobico Afetando tambem todo 0 sistema respiratorio superior
Quando inalado causa sensa9ao de queima9ao tosse e nauseas
Efeitos secundarios sao queimaduras de segundo grau e dermatites
vesiculares aguda
A descontamina9ao requer uma solu9aO de soda caustica alc06lica
17
Adamsita
Conhecida quimicamente como difenilaminocloroarsina e urn s61ido
microparticulado que Possui cerea de 27 de Arsenio
Foi desenvolvido pelo qui mica norte~americano Roger Adams durante a
Primeira Grande Guerra
Pouco depois do cantata (geralmente disseminado via aerossol) 0 indivfduo
carneya a espirrar violentamente e a tossir I as partfculas s61idas do agente
quimico se depositam nos pulm5es E perdendo total mente 0 controle
apresentara dares intensas de cabe9a v6mitos e nauseas fortes
Este agente deve ser lan9ado em combinac8o com urn irritante de alaquo8o
rapida como par exemplo a cloroacetofenona para abler eleitos combinadas
Ortoclorobenzilmalononitrilo
E urn s61ido microparticulado possui a seguinte formula molecular
CICHCHCCN (CN) Em sua forma pura apresenta-se na forma de po branco
cristalino (semelhante ao talco) e com odor acre
Podendo ser disseminado em muni(foes tipo queima em granadas tipo
arrebentamento e par meio de espargidores mecanicos de aerossol
a composto foi desenvolvido inicialmente em 1928 por dois qufmicos norte-
americanos Bem Corson e Roger Stoughton (as iniciais CS referem-se as
primeiras letras dos sobrenomes dos descobridores) No entanto tiveram que
esperar ate 1956 para que 0 laboratorio britanico CBW de Porton Down
desenvolve-se 0 CS para dispersar e controlar manifesta(foes civis
18
Se 0 ortoclorobenzilmalononilrilo penetra nos tecidos nervDsos hit uma
grande possibilidade que se possa ser atacado pelo atomo Oxigeuromio (atraldo pelo
nucleo) e interagir com acetilconinesteras8 Esta enzima e necessaria para
catalisar a hidr61ise da acetilcolina farmada no processo nervoso de transmissao
e e a enzima que e atingida (envenenada) pelo CS
Acredita-se que 0 CS sofre degrada~aoem cianureto e tiocianato enquanto
que 0 reslo da molecula combina-se com glicina e S8 excreta como acido arto-
clorohipurico
A morte ocorre como resultado da falta de transferencia de oxigenio a
circulacao sangufnea que por sua vez resulla em edema hemorragia e obstruQao
das vias respirat6rias nos pulm6es
E de rapida acao nos olhos nariz e garganta Efeilos secundarios
presentes e a dermatite com a exposicao repetida e rea((oes alergicas ao
composto Em altas concentra((oes tambem pode causar vomitos
Para promover a descontaminacao utiliza-se uma solucao alcalina
Normalmente se emprega uma solucao de agua e bissulfeto de sadie a 5
Clora
E um gas irritante de colora((ao amarelo-esverdeada de odor acre E pouco
soluvel em agua podendo combinar-se com agua ou seu vapor e assim produzir
fum os taxicos e corrosivos de acido clorfdrico
E um agente taxico utilizado principal mente em camaras de gas para
treinamento de tropas
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
15
resultando em efeitos sistemicos complexos e variados 0 sistema nervoso e
eora9ao sao provavelmenle as leeidos mais sensiveis (SCHVARTSMAN 1991)
A inalayao au ingestao de grandes quantidades produz inconsciencia
convulsoes e 6bito em poueos minutos Doses menores determinam disturbios
neurologicos (tonturas inquietude ansiedade cefaleia confusao mental
convuls6es tonicas e coma) e disturbios cardiovasculares (taquicardia seguida de
bradicardia disritmias de varios tipos e hipotensao arterial que pode evoluir para 0
cheque) sendo tambem comum ocorrer nauseas vomitos taquipneia inicial
seguida de depressao respiratoria
A intoxicayao cr6nica par gas cianidrico caracteriza-se per hipertrofia
cardiaca hipotensao arterial linfocitose neutropenia e hipoglicemia
o interessante e que caso a morte na~ ocorra em poucos minutos a
recupera(fao podera a vir em poucas horas
Cloreto de Cianogenio
E urn gas incolor com odor de amendoas arnargas nao persistente de
a(faO rapida Penetra no organisrno por inalactao transformando-se em Beido
cianidrico Ele evita que as celulas recebam oxigenio causando assim a morte
celular os 6rgaos mais afetados sao COra(fao e cere bro
Seus efeilos e sintomas sao semelhantes aos do Bcida cianidrico
lacrimejamento irrita(fao do trato respirat6rio superior pele de coloractao r6sea
movimentos incoordenados tremores respiracao rBpida agitacao cefaleia
nausea vornito prostra(fao e taquicardia em exposilt6es a pequenas quantidades
16
Casa a exposicao seja grande pode tambem ocorrer convulsoes hipotensao
arterial bradicardia lesaD pulmonar perda da consciencia e ate a morte
Satura rapidamente os filtros das mascaras contra gases
212 Agentes quimicos inquietantes
Estes agentes produzem irrita~ao temponlria au efeitos de incapacidade
fisiologica quando em cantata com os elhos e pele au quando inalados Seu
principal emprego e no treinamento da tropa controle de disturbios e pequenas
operaqoes de combate Os principals agentes qufmicos inquietantes sao
Cloroacetofenona
E um solido microparticulado de coloraGao branca a amarelo claro possui
odor penetrante e seu sin6nimo e gas lacrimogenio
Sua formula molecular e C6 Hs COCH2 CI e massa molecular 1546 Suas
propriedades fisico-qufmicas mais relevantes sao ponto de ebu1i9ao 247degC ponto
de fusao entre 58-59degC insoluvel em agua
E urn agente de a980 rapida que quando espargido como aerossol causa
urn intenso fluxo lacrimoso e irrita os olhos Na pele causa enrijecimento e dor E
urn agente fotofobico Afetando tambem todo 0 sistema respiratorio superior
Quando inalado causa sensa9ao de queima9ao tosse e nauseas
Efeitos secundarios sao queimaduras de segundo grau e dermatites
vesiculares aguda
A descontamina9ao requer uma solu9aO de soda caustica alc06lica
17
Adamsita
Conhecida quimicamente como difenilaminocloroarsina e urn s61ido
microparticulado que Possui cerea de 27 de Arsenio
Foi desenvolvido pelo qui mica norte~americano Roger Adams durante a
Primeira Grande Guerra
Pouco depois do cantata (geralmente disseminado via aerossol) 0 indivfduo
carneya a espirrar violentamente e a tossir I as partfculas s61idas do agente
quimico se depositam nos pulm5es E perdendo total mente 0 controle
apresentara dares intensas de cabe9a v6mitos e nauseas fortes
Este agente deve ser lan9ado em combinac8o com urn irritante de alaquo8o
rapida como par exemplo a cloroacetofenona para abler eleitos combinadas
Ortoclorobenzilmalononitrilo
E urn s61ido microparticulado possui a seguinte formula molecular
CICHCHCCN (CN) Em sua forma pura apresenta-se na forma de po branco
cristalino (semelhante ao talco) e com odor acre
Podendo ser disseminado em muni(foes tipo queima em granadas tipo
arrebentamento e par meio de espargidores mecanicos de aerossol
a composto foi desenvolvido inicialmente em 1928 por dois qufmicos norte-
americanos Bem Corson e Roger Stoughton (as iniciais CS referem-se as
primeiras letras dos sobrenomes dos descobridores) No entanto tiveram que
esperar ate 1956 para que 0 laboratorio britanico CBW de Porton Down
desenvolve-se 0 CS para dispersar e controlar manifesta(foes civis
18
Se 0 ortoclorobenzilmalononilrilo penetra nos tecidos nervDsos hit uma
grande possibilidade que se possa ser atacado pelo atomo Oxigeuromio (atraldo pelo
nucleo) e interagir com acetilconinesteras8 Esta enzima e necessaria para
catalisar a hidr61ise da acetilcolina farmada no processo nervoso de transmissao
e e a enzima que e atingida (envenenada) pelo CS
Acredita-se que 0 CS sofre degrada~aoem cianureto e tiocianato enquanto
que 0 reslo da molecula combina-se com glicina e S8 excreta como acido arto-
clorohipurico
A morte ocorre como resultado da falta de transferencia de oxigenio a
circulacao sangufnea que por sua vez resulla em edema hemorragia e obstruQao
das vias respirat6rias nos pulm6es
E de rapida acao nos olhos nariz e garganta Efeilos secundarios
presentes e a dermatite com a exposicao repetida e rea((oes alergicas ao
composto Em altas concentra((oes tambem pode causar vomitos
Para promover a descontaminacao utiliza-se uma solucao alcalina
Normalmente se emprega uma solucao de agua e bissulfeto de sadie a 5
Clora
E um gas irritante de colora((ao amarelo-esverdeada de odor acre E pouco
soluvel em agua podendo combinar-se com agua ou seu vapor e assim produzir
fum os taxicos e corrosivos de acido clorfdrico
E um agente taxico utilizado principal mente em camaras de gas para
treinamento de tropas
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
16
Casa a exposicao seja grande pode tambem ocorrer convulsoes hipotensao
arterial bradicardia lesaD pulmonar perda da consciencia e ate a morte
Satura rapidamente os filtros das mascaras contra gases
212 Agentes quimicos inquietantes
Estes agentes produzem irrita~ao temponlria au efeitos de incapacidade
fisiologica quando em cantata com os elhos e pele au quando inalados Seu
principal emprego e no treinamento da tropa controle de disturbios e pequenas
operaqoes de combate Os principals agentes qufmicos inquietantes sao
Cloroacetofenona
E um solido microparticulado de coloraGao branca a amarelo claro possui
odor penetrante e seu sin6nimo e gas lacrimogenio
Sua formula molecular e C6 Hs COCH2 CI e massa molecular 1546 Suas
propriedades fisico-qufmicas mais relevantes sao ponto de ebu1i9ao 247degC ponto
de fusao entre 58-59degC insoluvel em agua
E urn agente de a980 rapida que quando espargido como aerossol causa
urn intenso fluxo lacrimoso e irrita os olhos Na pele causa enrijecimento e dor E
urn agente fotofobico Afetando tambem todo 0 sistema respiratorio superior
Quando inalado causa sensa9ao de queima9ao tosse e nauseas
Efeitos secundarios sao queimaduras de segundo grau e dermatites
vesiculares aguda
A descontamina9ao requer uma solu9aO de soda caustica alc06lica
17
Adamsita
Conhecida quimicamente como difenilaminocloroarsina e urn s61ido
microparticulado que Possui cerea de 27 de Arsenio
Foi desenvolvido pelo qui mica norte~americano Roger Adams durante a
Primeira Grande Guerra
Pouco depois do cantata (geralmente disseminado via aerossol) 0 indivfduo
carneya a espirrar violentamente e a tossir I as partfculas s61idas do agente
quimico se depositam nos pulm5es E perdendo total mente 0 controle
apresentara dares intensas de cabe9a v6mitos e nauseas fortes
Este agente deve ser lan9ado em combinac8o com urn irritante de alaquo8o
rapida como par exemplo a cloroacetofenona para abler eleitos combinadas
Ortoclorobenzilmalononitrilo
E urn s61ido microparticulado possui a seguinte formula molecular
CICHCHCCN (CN) Em sua forma pura apresenta-se na forma de po branco
cristalino (semelhante ao talco) e com odor acre
Podendo ser disseminado em muni(foes tipo queima em granadas tipo
arrebentamento e par meio de espargidores mecanicos de aerossol
a composto foi desenvolvido inicialmente em 1928 por dois qufmicos norte-
americanos Bem Corson e Roger Stoughton (as iniciais CS referem-se as
primeiras letras dos sobrenomes dos descobridores) No entanto tiveram que
esperar ate 1956 para que 0 laboratorio britanico CBW de Porton Down
desenvolve-se 0 CS para dispersar e controlar manifesta(foes civis
18
Se 0 ortoclorobenzilmalononilrilo penetra nos tecidos nervDsos hit uma
grande possibilidade que se possa ser atacado pelo atomo Oxigeuromio (atraldo pelo
nucleo) e interagir com acetilconinesteras8 Esta enzima e necessaria para
catalisar a hidr61ise da acetilcolina farmada no processo nervoso de transmissao
e e a enzima que e atingida (envenenada) pelo CS
Acredita-se que 0 CS sofre degrada~aoem cianureto e tiocianato enquanto
que 0 reslo da molecula combina-se com glicina e S8 excreta como acido arto-
clorohipurico
A morte ocorre como resultado da falta de transferencia de oxigenio a
circulacao sangufnea que por sua vez resulla em edema hemorragia e obstruQao
das vias respirat6rias nos pulm6es
E de rapida acao nos olhos nariz e garganta Efeilos secundarios
presentes e a dermatite com a exposicao repetida e rea((oes alergicas ao
composto Em altas concentra((oes tambem pode causar vomitos
Para promover a descontaminacao utiliza-se uma solucao alcalina
Normalmente se emprega uma solucao de agua e bissulfeto de sadie a 5
Clora
E um gas irritante de colora((ao amarelo-esverdeada de odor acre E pouco
soluvel em agua podendo combinar-se com agua ou seu vapor e assim produzir
fum os taxicos e corrosivos de acido clorfdrico
E um agente taxico utilizado principal mente em camaras de gas para
treinamento de tropas
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
17
Adamsita
Conhecida quimicamente como difenilaminocloroarsina e urn s61ido
microparticulado que Possui cerea de 27 de Arsenio
Foi desenvolvido pelo qui mica norte~americano Roger Adams durante a
Primeira Grande Guerra
Pouco depois do cantata (geralmente disseminado via aerossol) 0 indivfduo
carneya a espirrar violentamente e a tossir I as partfculas s61idas do agente
quimico se depositam nos pulm5es E perdendo total mente 0 controle
apresentara dares intensas de cabe9a v6mitos e nauseas fortes
Este agente deve ser lan9ado em combinac8o com urn irritante de alaquo8o
rapida como par exemplo a cloroacetofenona para abler eleitos combinadas
Ortoclorobenzilmalononitrilo
E urn s61ido microparticulado possui a seguinte formula molecular
CICHCHCCN (CN) Em sua forma pura apresenta-se na forma de po branco
cristalino (semelhante ao talco) e com odor acre
Podendo ser disseminado em muni(foes tipo queima em granadas tipo
arrebentamento e par meio de espargidores mecanicos de aerossol
a composto foi desenvolvido inicialmente em 1928 por dois qufmicos norte-
americanos Bem Corson e Roger Stoughton (as iniciais CS referem-se as
primeiras letras dos sobrenomes dos descobridores) No entanto tiveram que
esperar ate 1956 para que 0 laboratorio britanico CBW de Porton Down
desenvolve-se 0 CS para dispersar e controlar manifesta(foes civis
18
Se 0 ortoclorobenzilmalononilrilo penetra nos tecidos nervDsos hit uma
grande possibilidade que se possa ser atacado pelo atomo Oxigeuromio (atraldo pelo
nucleo) e interagir com acetilconinesteras8 Esta enzima e necessaria para
catalisar a hidr61ise da acetilcolina farmada no processo nervoso de transmissao
e e a enzima que e atingida (envenenada) pelo CS
Acredita-se que 0 CS sofre degrada~aoem cianureto e tiocianato enquanto
que 0 reslo da molecula combina-se com glicina e S8 excreta como acido arto-
clorohipurico
A morte ocorre como resultado da falta de transferencia de oxigenio a
circulacao sangufnea que por sua vez resulla em edema hemorragia e obstruQao
das vias respirat6rias nos pulm6es
E de rapida acao nos olhos nariz e garganta Efeilos secundarios
presentes e a dermatite com a exposicao repetida e rea((oes alergicas ao
composto Em altas concentra((oes tambem pode causar vomitos
Para promover a descontaminacao utiliza-se uma solucao alcalina
Normalmente se emprega uma solucao de agua e bissulfeto de sadie a 5
Clora
E um gas irritante de colora((ao amarelo-esverdeada de odor acre E pouco
soluvel em agua podendo combinar-se com agua ou seu vapor e assim produzir
fum os taxicos e corrosivos de acido clorfdrico
E um agente taxico utilizado principal mente em camaras de gas para
treinamento de tropas
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
18
Se 0 ortoclorobenzilmalononilrilo penetra nos tecidos nervDsos hit uma
grande possibilidade que se possa ser atacado pelo atomo Oxigeuromio (atraldo pelo
nucleo) e interagir com acetilconinesteras8 Esta enzima e necessaria para
catalisar a hidr61ise da acetilcolina farmada no processo nervoso de transmissao
e e a enzima que e atingida (envenenada) pelo CS
Acredita-se que 0 CS sofre degrada~aoem cianureto e tiocianato enquanto
que 0 reslo da molecula combina-se com glicina e S8 excreta como acido arto-
clorohipurico
A morte ocorre como resultado da falta de transferencia de oxigenio a
circulacao sangufnea que por sua vez resulla em edema hemorragia e obstruQao
das vias respirat6rias nos pulm6es
E de rapida acao nos olhos nariz e garganta Efeilos secundarios
presentes e a dermatite com a exposicao repetida e rea((oes alergicas ao
composto Em altas concentra((oes tambem pode causar vomitos
Para promover a descontaminacao utiliza-se uma solucao alcalina
Normalmente se emprega uma solucao de agua e bissulfeto de sadie a 5
Clora
E um gas irritante de colora((ao amarelo-esverdeada de odor acre E pouco
soluvel em agua podendo combinar-se com agua ou seu vapor e assim produzir
fum os taxicos e corrosivos de acido clorfdrico
E um agente taxico utilizado principal mente em camaras de gas para
treinamento de tropas
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
19
o cloro e urn poderoso irritante das vias respirat6rias causando irritattao da
garganta tosse intensa com espasmo bronquico sensayao de sufocayao par
espasmo dos musculos da laringe dor retroesternal depressao respiratoria
sensacao de queimacao no nariz escarro sanguinolento e edema agudo dos
pulm6es Sendo esla poderosa 8980 irritante nos pulm6es devida a formayao de
acido hidrocl6rico (GOES 1997)
Em concentraoes de 1000 ppm (partes por milhao) e fatal ap6s algumas
inalac6es profundas
o eloro e corrosivo para os olhos pele vias respiratorias e membranas
mucosas A morte em elevadas concentra95es ocorre principalmente par
insuficiencia respiratoria e parada cardiaca devido ao edema agudo pulmonar A
broncopneumonia e geralmente uma complicacao letal
Outros sintomas a exposilaquoao aguda ao eloro sao irritalaquoao nos olhos
SenSalaquoaO de queimalaquoao na boca cefaleia dor abdominal nauseas e vomitos
213 Agentes qufmicos incapacitantes
Os agentes qufmicos incapacitantes ou psicoqufmicos foram desenvolvidos
visando a obtenlaquoao de um grupo de agentes que diferentes de seus
antecessores pudessem ser usados com eficiencia para fins defensivos sem
causar mortes ou lesces graves Os efeitos fisiol6gicos e mentais produzidos
incapacitam 0 combate temporariamente permitindo uma reCUperalaquoaO completa
desses efeitos Podem ser empregados tambem em controle de disturbios Os
principais representantes deste grupo sao
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
20
ACido Lisergico Destilado (LSD -25)
E urn p6 branco brilhante que quando inalado provDca alucinacoes e
descontrole muscular
Algumas microgramas ja sao suficientes para produzir alucinayoes no ser
humana 0 efeila alucinogeno do LSDmiddot25 fai descaberta em 1943 pelo cientista
sui90 Hoffman por acaso ao aspirar pequenissima quantidade de po nurn
descuido de laboratorio
o LSD-25 atua produzindo uma serie de diston6es no funcionamento do
cerebra trazendo como conseqOencia uma variada gam a de alterayoes psiquicas
Ele e capaz de produzir diston6es na percep9ao do ambiente (cores
form as e contornos alterados) ahsectm de sinestesias ou seja estimulos olfativos e
tateis parecem visiveis e cores podem ser ouvidas Outro aspecto que caracteriza
sua alttao no cerebra refere-se aos delirios
o LSDmiddot25 tem paucas efeitos no resta do organismo Ap6s 10 a 20 minutos
depois do contato deg pulso fica mais rapido ocorre midriase ah~m de sudorese e
certa excita~ao
o perigo nao esta tanto na sua toxicidade para a organismo mas no fato de
que pela perturba~ao psiquica ha perda da habilidade de perceber e avaliar
situact0es comuns de perigo
Seus principais efeitos sao midrfase piloere9ao aumento da atividade
reflexa e paralisia espastica Sendo um psicoquimico as reatoes da vitima
estarao relacionadas com a carga emocional que jei possui Assim enquanto
algumas vftimas podem reagir passivamente outras pod em tomar-se violentas
Doses excessivas podem provocar insuficiemcia respiratoria e a morte
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
21
Gas paralisante
Tambem na forma de p6 e absorvido pelo organismo par inala~ao
o gas paralisante e urn potenta agente psicoqufmico mais efetivo ainda
que a LSD-25 produz diminuiyao temporaria da atividade Hsica e mental em
decorrencia da desorientayao e das alucinaltoes que ele induz em seres humanos
Seus principais efeitos sao taquicardia retenyao urinaria prisao de ventre
reduyao da atividade ffsica e mental alucinayoes son olen cia elevaltao da
temperatura corporal cefaleia e algumas vezes conduta manfaca geralmente a
vftima permanece parada amerce destes efeitas durante horas sem iniciativa
para realizar movimentos
Doses excessivas pod em provocar efeitos semelhantes aos toxicos dos
nervos e a morte
214 Agentes Fumigenos
Sao aqueles que por sua pr6pria queima par hidr61ise ou por combustao
lanfam em suspensao no ar partfculas s61idas ou Ifquidas provocando um efeito
de obscurecimento que vem a ser a fuma~a Os principais exemplos sao
SGF
E um 61eo especial de petr61eo que produz uma fuma~a branca muito
densa quando vaporizada por condensa~ao Geralmente nao causa reafoes
fisiol6gicas adversas quando as vftimas ficam expostas a ela em altas
concentrafoes no terreno e nao tem efeito adverso sobre 0 material
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
22
Fosfaro Branco
E urn solido cerosa branco de coloraQao branca a amarela e odor de alho
o qual entra em combustao quando exposto ao ar formando uma densa fumaltta
branca de grande intensidade
o fesfero branco plastico e urn mistura de f6storo branco e borracha
sintalica
As particulas em combustao do agente dispersado pelo arrebentamento da
muniQao podem causar graves queimaduras dolorosas e lenta cicatrizayao 0
fostoro branco quando inalado causa tosse irritaQao na garganta e pulmoes E
quando inalado por longo perlodo pode causar a fosforonecrose que consiste na
rna cicatrizayao de feridas na boca e fratura do osso da mandfbula
Mistura de Hexacloretana
E urn s61ido que quando entra em combustao produz uma fuma9a branca
acinzentada ligeiramente menos densa que a produzida pelo fosforo branco A
longa expesi9ao a concentra90es desta fuma9a pode irritar ou incapacitar pessoas
sem proteao adequada
Mistura Trioxido de Enxofre e Acido Clorosulfonico
E um Ifquido que quando exposto ao ar forma fuma9a branca menos
densa que aquela form ada pelo f6sfero branco E uma fuma9a acida que irrita a
pele e e alta mente corrosiva para determinados tipos de materiais e pinturas
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
23
Fumigenos de Sinalizacao
Sao produzidos par combusHveis que contem corante organico Quando
esle combustfvel e queimado 0 corante e vaporizado e condensado para gerar a
fumaca colorida
215 Agentes Incendiarios
Sao empregados para provocar incendios em inslalac6es destruir materiais
ou para atacar pessoal palo fogo Os incendiarios sao divididos em dois grupos
Intensivos (sao as que geram alias temperaturas sobre areas limitadas
destinados especificamente a destruicao de material) e extensivos (sao as que
produzem menores temperaturas porem atingem areas maiores destinados a
provocar incendios e causar baixas no pessoal alem dos efeitos psicoI6gicos)
Os principais agentes incendiarios sao
Gasolina Gelatinosa
E uma substancia obtida da mislura da gasolina comum com a espessador
NAPALM (goma obtida de gasolina gelificada pela adiao de sais de aluminio
derivado do acido palmftico e dos acidos naftenicos) Queima todos as materiais
cambustiveis com que entra em cantata Sua temperatura de queima oscila entre
650degC a 750degC E empregada em bombas de aviayao granadas e lanya-chamas
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
24
Termita
E urn metal que queima violentamente a uma temperatura de 2000degC
fazendo queimar todos as materiais combustfveis com que entra em cantata
inclusive sob a agua Nao e empregado propriamente para provocar incendias
mas sim para destruir determinados materiais
216 Agentes Herbicidas
Os herbicidas para aplicalt6es militares devem ser rapidos na aCao e
atacar plantas Para cumprir esls objetivo ales devem ser aplicados em maior
quantidade que nas aplicac6es civis e requerem as mesmas medidas de
seguranca 0 emprego em combate deste material baseiamiddotse na destruicao das
plantas que possam oferecer coberta ao inimigo ou fornecer-Ihe alimento Sendo
empregados para malar au prejudicar 0 crescimento das plantas dissecar (as
folhas secam e caem) regular 0 crescimento (inibem aumentam e alteram os
processos fisiol6gicos das plantas) e ainda agem como esterilizantes do solo
o Agente Laranja e uma mistura de dois herbicidas 0 24 0 (24
diclorofenoxiacetico) e 0 245 T (245 triclorofenoxiacetico) na proporao de 50
N-butil ester de 24 0 e 50 N-butil ester de butil 245 T Atinge as folhas em dois
dias e provoca sua queda entre uma a seis semanas Tern efeito esterilizante no
solo durante uma a cinco semanas A mistura e utilizada na quanti dade de tres a
cinco gal6es por hectare dissolvidos em 61eo diesel
Os herbicidas fenoxiacidos sao classificados em funcao do numero de
atomos de cloro no anel aromatico podendo ser distribuidos em tres grupos
importantes
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
25
bull Compostos com um atomo de claro MCPA (acido 4-cloro-2-
metilfenoxidoacetico)
bull Compostos com dais alamos de cloro 24 0
bull Compostos com tres alamos de cloro 245 T
Sendo 0 24 0 e 0 245 T herbicidas fenoxiacidos possuem a mesma
toxicocinetica (LARINI t997)
Eles sao absorvidos pelo Irato gastrintestinal e respiratorio A absorcao
dermica e desprezivel quando na forma de esteres Contudo quando assumem a
forma de dioxinas provocam dermatites acneiformes entre Qutras patologias Pois
as dioxinas sao contaminantes normal mente encontrados como impurezas de
fabricalfao destes herbicidas
Sua distribuilfao pelo organismo e mais ou menos uniforme concentrando-
se principal mente no leeida gorduroso e em menor concentracao nos musculos
rins figado bayo e cerebro
Q 240 e 0 245T sao excretados principalmente at raves da urina sob
forma inalterada Q maior carater lipofflico do 245T em funyao do maior numero
de atomos de cloro em sua molecula resulta numa maior absoryao renal que
contribui para a sua pequena excreyao urinaria Assim sendo a meia-vida
plasmalica do 245T e da ordem de trinta e cinco horas que corresponde a cerca
de Ires vezes a meia-vida plasmatica do 240
Estudos experimentais demonstram que a 245T e significativamente
excretado na bile sendo 157 a propory8o da dose administrada eliminada na
bile em seis horas Qutros estudos demonstram que 75 a 80 de uma dose
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
26
unica de 245T administrada em rates pel a via oral DU parenteral e excretada na
urina E segundo Oga (1996) uma pequena propor9ao e excretada como
compostos conjugadas com acido glicuronico e com aminoacidos (glicina e
taurina)
Estudos diversos com 240 e 245T reaJizados em diferentes especies
animaisdemonstram que 0 herbicida e teratogenico (relacionado com a nutri9ao
do feto) e embriotoxico (morte fetal e pelo retardo no desenvolvimento do feto)
A carcinogenicidade de herbicidas fenoxiaceticos como 0 24 0 e 0 245T
em roedores nao tem sido demonstrada mas a dioxina TCDD (2378-
tetraclorodibenzo-14-dioxina) contaminante de suas formula90es produz urn
aumento na incidencia de tumores em locals variados quando administrada na
dieta em baixas concentralioes de nana au picogramas par grama
Segundo Midio (1997) a ingestao diaria aceitavel para 245T com um
contecdo maximo de 001 ppm e de TCDD foi estimada em 003 mgKg peso E os
valores de tolermcia (intervalo de seguran9a) de 24D que podem ser encontrados
sao no arroz 02 ppm na cana-de-a(ucar O1ppm no trigo O2ppm na soja 01
ppm no cafe 01 ppm e no milho 02 ppm Sendo estas detec90es de residuos de
herbicidas em alimentos geralmente realizadas por cromatografia gasosa
Acido 24-diclorofenoxiacetico (240)
E um po cristalino de cor branca ou amarelada sendo soluvel em alcool
eter e acetona e pouco soluvel na agua
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
27
Sua formula molecular e G H (0 GH GOOH) GI Seu ponto de fusao e
1405G (na forma de acido pur~) Nao sendo higroscopico mas e corrosivo
24middotD
CI 0= IICI~DGH~OH
(24middotdichloropheno~)acetlc acid
FIGURA 1 Formula estrulural doherbicida 240 FONTEDisponfvelemh1tpllipworldumnEdufchapterswareherb24-Dgif Acesso em28mar2005
o 24 0 na forma de acido naD e utilizado como herbicida e sim seU$ sais
metalicos alcalinos am6nicos e amfnicos e S8US esteres de baixa volatilidade
Sendo comercializado com as seguintes names Esteronreg (Dowelanco)
Deferonreg (Defensa) Aminolreg (Herbitecnica) e U 46 0 Fluid 720reg (BAS F)
Em animais de laboratorio a miotonia e a sindrome mais caracteristica que
ocorre no envenenamento pelo 240 Esta associada ao aumento passivo do
influxo de K+ e diminui930 compensat6ria de CI ~ na condutancia nervosa
(OGA1996)
No homem ap6s a ingestao de doses elevadas a morte e precedida por
espasmos nos membros hipotonia muscular generalizada relaxamento dos
esfincteres diminuigao dos reflexos midrfase dispneia e coma profundo
Tambem ocorrendo disturbios cardiacos com fibrilag6es auriculares e as vezes
ventriculares responsaveis por posslveis 6bitos A necropsia revela ulceras
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
28
necroticas na mucosa oral e intestinal e altera90es hepaticas e renais com
hipertrofia epileliallubular
o 240 bern como os demais fenoxiacidos e inibidor da fosforilayao
oxidativa e tern a9030 loxica diretamente sobre as musculos estriados e uma
passlvel mas discutida a930 loxica sobre os nervos perifericos
(SCHVARTSMAN1991)
Esle herbicida induz a prolifera98o de peroxissomas hepaticas diminui as
niveis de lipidios sericos e aumenta a atividade da catalase (OGA 1996)
Nas exposiyoes ocupacionais sao comuns a irritac3o dos ethos da mucosa
nasal e oral 0 aparecimento de eruP90es cutaneas e alteralf6es urinarias
caracterizadas por oliguria hematuria e albuminuria
o efeila taxico indireto causado pelo 24D pode ser obs9rvado quando
aplicado em concentraifoes subtoxicas em determinados vegetais como a
beterraba aumentando a concentrayao de nitratos em vinte vezes 0 valor normal
o controle biologico das exposiyoes ocupacionais ao 240 pode ser
realizado pela determinayao do composto em amostras de urina Porem estudos
atuais nao permit em 0 estabelecimento de valores definidos como IBE (indice
Biol6gico de Exposiyao) Em exposi90es assintomaticas fcram constatados nfveis
urinarios de 24D de 40 a 100 mgL (LARINI 199394)
o tratamento nos casos de ingestao indica-se 0 esvaziamento gastrico
especial mente se for de doses superiores a 40 mgKg Na exposi9ao dermica
excess iva recomenda-se lavagem corporal
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
29
A hidrataltao do paciente e diurese forcada alcalina parecem medidas
eficazes assim aumentam a excreyao do taxieD e atenuam os efeitos da
mioglobinuria e a acidose metab6lica
Tratamento sintomatico e de suporte sao importantes e devem visar
especialmente a hipertermia acidose metabolica hipercalemia mioglobinuria e
disfunyao hepatica e renal
As drogas simpatomimeticas e epinefrina sao contra-indicadas pelos riscos
de possfveis disritmias cardfacas
o efeito herbicida do 24D relatado por Audus (1976) estabelece que
temperaturas marnas e intensidades altas de luz aumentam sua atividade E
relacionou tambem sua toxicidade aumentada a uma melhoria na atividade
fisiol6gica da planta Sendo a substancia mais efetiva quando a umidade do solo e
a temperatura sao favoraveis para 0 crescimento
Nao ha duvida de que a temperatura na hara da aplicaltfao do herbicida au
no momenta seguinte a aplicaltfao possa ter efeito critico mas a influencia de
temperaturas antes da ap1icaltf80 exceto a medida que par se relacionarem a
efeitos em longo prazo em pubescencia e formaltfao de cuticula deve ser
considerado como sendo questionavel A persistencia de 240 dentro da planta
nao eo aparentemente muito afetada pela temperatura apos a tratamento
A taxa de penetraltao do 24D foi aumentada a medida que intensidades de
luz aumentaram Audus (1976) considerou que a luz age diretamente abrindo
estomas e indiretamente apoiando a fotossfntese
ObseNou-se tambem uma absonao aumentada sob uma umidade relativa
alia A penetraltfao do herbicida cessa quando as gotinhas secam na folha Rastros
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
30
de chuva au orvalho poderiam aumentar a penetra9ao atraves de re-
umedecimento dos depositos
o nlvel de pH mais favoravel a urn efeito rapido atrav8S das folhas eSla em
torna de qualro
Acido 245- triclorofenoxiacetico (245 T)
E urn solido de cor parda soluvel no alcool e insoluvel em agua
Sua formula molecular e C H Cb 0 CHCO H
~HCIYCI
~4l-TtiChIOrophenolCfileticAcId(245-Ii
FIGURA 2 Formula eslrulural doherbicida 245T FONTE DisponivelemhttpwwwchemumnEduclass3306oldspring9596presentalionl245Tcompl245-_compVgif AcessQ em28mar200S
Os dados sabre intoxica9oes par 245T isolado sao confusos e conflitantes
Sendo mais relacionados aos seus contaminantes (TCDD) au a mistura com
oulras substimcias (24D)
o 245T deve determinar urn quadro taxieD semelhante ao produzido pelo
24D ou Dutro compostos fenoxiacidos enquanto os problemas mais graves
descritos devem ser relacionados a presenl(a do contaminante a dioxina
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
31
Segundo Audus (1976) a umidade relativa tern pouca ou nenhuma relaqao
com a entrada de 245T em mudas de algarobeira nem tao pouco islo af8tou 0
metabolismo ao contrario aos efeitos de umidade em 24D
A temperatura per outro lado tern urn 8feito profunda sabre a transposicao
base-petala E uma diminuiQao em umidade de terra foi associada com uma
diminuiQao em transposiQao de folhas para ralzes
A intensidade da luz afetau a absonao e transposiQao diferentemente em
varias especies lenhosas com absonao linear com intensidade elevada em
especies de madeira de pinho de folha lon9a e azevinho e curvilfneo em carvalho
de paste e carvalho de agua (AUDUS1976)
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
32
3 HISTORICO DO AGENTE LARANJA
o Agente Laranja nome c6digo para a faixa laranja que foi utilizada para
marcar os tam bores anda a produto era armazenado sando urn herbicida
desenvolvido para usc militar
FIGURA 3 Uliliza9ao do Agente Laranja no Vietna FONTEDisponfvel emhllplwwwredvoltairenetlarticie2537html Acesso
em 2Bmar200S
Quimicamente sua formula~aoe a mistura do 24 0 e 245 T Ambos
herbicidas fcram desenvolvidos como agente neutralizador de ervas daninhas nos
anos quarenta e eram efetivos contra plantas de folhas largas como 0 terrene
dense da floresta encontrado no sudeste asiatico
Embora a origem do produto datar as anos quarenta testes serios para
aplicacoes militares nao comecaram ate 0 inicio dos anos sessenta Sendo entao
testado no Vietna e levado para largamente ser utilizado durante 0 pico da guerra
(1967middot68) entretanto 0 seu uso foi diminufdo e descontinuado em 1971
Foram realizado testes nos Estados Unidos antes da sua introdu(fao para
uso no Vietna sendo executados em Fort Detrick Maryland Base da For(fa Aerea
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
33
de Eglin na Florida e Camp Orim em Nova lorque Outros testes loram
administrados na Tailandia no inicio dos anos sessenta
Hi algum tempo ecologistas que visitaram 0 Vietna para inspecionar as
areas afetadas sobre as consequenctas ambientais destas aplica((oes sendo
diffcil para ales fazerem qualquer afirmactao objetiva uma vez que nao estiveram
lei na epoca De acordo com Audus (1976) eles chegaram a conclus5es
relevantes
bull Aproximadamente 358 milh6es de acres foram borrifados pelo menos uma
vez e alguns duas vezes au mais
bull 75 dos herbicidas fcram utilizados em florestas internas Em areas que
fcram borrifadas somente uma vez 0 prejufzQ era geralmente Iimitado as
arvores altas anda a aplicaltao era mais freqCJente uma proponao maior de
arvores era prejudicada e afetando as camadas mais baixas de cobertura
bull Aproximadamente 260 mil acres de florestas de mangues foram afetadas e
severamente prejudicadas Uma aplca~ao geralmente matava todas as
arvores afetadas e ate agora houve pouca recoloniza~ao Urn perfodo de
cem anos para recolonizayao natural tem sido estimado ou vinte anos se
empreendida pelo hom em
bull Reslduos toxicos desapareceram rapidamente dos solos geralmente em
doze meses de aplica~ao na~ tem havido evidencia de laterizay80 ou
outros efeitos locais no status de nutrientes do solo como consequencia da
morte da vegeta8o
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
34
A dioxin a (2378 TCDD) tem side amplamente implicada como material
responsclvel par suposto afeila taxieD no homem e animais sando
detectada ern peixes e moluscos em areas de drenagem ou regi6es
tratadas
Sando evidente que eSls ralatorio entregue a Academia Nacional de
Ciencias dos Estados Unidos relata que a vegetatf8o foi afetada em urn curto
periodo de tempo em uma escala nunca registrada antes Os efeitos ecol6gicos
(nas florestas mangues habitat aquaticos) fcram muito severos e ha no relatorio
uma incerteza sabre a extensao do dana causado em 10ngo prazo
Apesar do Documento 38 do C6digo dos Estados Unidos proibirem
veteranos de guerra de processar 0 governo por danos sofridos enquanto no
Exercito as companhias que fabricavam 0 Agente Laranja (Dow Monsanto
Corporagao Diamond Sharmock Hercules Inc Uniroyal Inc Corporagao
Thompson de Substancias Quimicas) foram vitimas de uma atao judicial coletiva
registrada original mente em 1979 e estabelecido urn acordo ern tribunal em 1987
de cento e oitenta milh6es de d6lares Tentativas de processar os fabricantes sao
tentadas e tern sido proibidas pelos tribunals pOis para eles 0 assunto e res
judicata ou seja 0 assunto esta resolvido
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
35
4 DIOXINAS
41 PROPRIEDADES FisICOmiddotQUiMICAS E FONTES
As dioxinas perlencem a urn grupo gene rico de organoclorados que
compreende aproximadamente onze mil compostos Sao elementos aromaticos
triciclicos e halogenados derivados do nucleo da dibenza-p-dioxina A mais
conhecida de todas e a 2378 tetraclorodibenzomiddotpmiddotdioxina (2378 TCDD)
reDO 2318 - TetradtlonllbenzodJaxln
CI 0 CI_(I~~-CI 0 CI
FIGURA 4 Formula estrulural da dioxina 2378reDO FONTE Disponivel emhtlpllwwwestrucplancomarArticulosidioxinasiimage002jpg Acesso em 28mar200S
A primeira dioxina clorada foi sintetizada em 1872 por Merz e Weith mas
sua estrutura naD S8 conheceu ate 1957 neste mesmo ana sintetizQu-se a 2378
tetraclorodibenzQ-p-dioxina (sendo uma das mais toxicas)
Sao compostos incolores inodoros solidos em temperatura ambiente
sendo quimicamente muito estaveis permanecem no solo e sedimentos durante
decadas e ate mesmo durante seculos Possuem uma elevada lipossolubilidade
associandomiddotse a oleos azeites e solventes organicos (facilitando sua
bioacumulagao) e ligeiramente soluveis em agua Sao termoestaveis possuindo
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
36
uma baixa pressao de vapor mas sao fotossensiveis A cromatografia 9a50sa e a
espectrometria 9a50sa sao as metodos analfticos basicamente utilizados
A TeDO possui uma meia-vida estimada no organismo de cinco a onze
anos sendo diferente entre as espEkies A absonao cutanea e muito restrita
contudo a oral pulmonar placentaria e a ocorrida durante a lactencia e muito
elevada
A dioxina e uma substancia qufmica allamente loxica Sua DLso em cobaias
06 megKg e a dose toxiea para 0 homem e estimada em 01 megKg
(SCHVARTSMAN1991)
As dioxinas sao substancias presentes como contaminantes nos
desfoliantes utilizados no Vietna (Agente Laranja) Elas apareeem basieamente
na queima de produtos que contem cloro Sua origem habitual e da incinerayao de
residuos urbanos e hospitalares fabricay8o de papal (branqueamento realizado
com eloro) herbicidas desfoliantes desinfetantes PVC (poli eloreto de vinila)
produQao de metais a alIas temperaturas ha gerayao de dioxinas tam bern durante
os processos de combustao de borracha e produtos petroliferas incluindo os
gases pravenientes de motores a gasolina com ou sem chumbo e com ou sem
conversores cataliticos
43 GENERALIDADES
A toxicidade destes produtos quimicos eSla reconhecida pela OMS
(Organiza9ao Mundial da Saude) sendo publieado em 16 de janeiro de 1998 um
informe incluindo as dioxin as como carcinogenos ambientais
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
37
A dioxina e hoje considerada a mais violenta substancia criada pelo
hom em seu grau de periculosidade ultrapassa ate 0 urimia e a plutonio Se
rnoleculas de cloro estejam onde estiverem sao submetidas a alIas temperaturas
em presencade materia organica alguns tipos de dioxina sefao gerados
Muitos pafses europeus e a Japao julgavam que a queima de seus lixos era
a solulttao tecnicamente perfeita para S8 desfazerem das montanhas de lixo
domestico existentes e constantemente gerada Julgavamiddotse que dioxinas
pudessem S8r destruidas a 800degC entretanto descobriu-se que no resfriamento
dos gases em combustao em determinada faixa de temperatura slas
reapareciam
42 EPISODIOS DE CONTAMINAcAo COM DIOXINAS
Em estudos realizados em Seveso (Italia) vinte anos ap6s urn acidente
ocorrido em 1976onde uma grande area foi amplamente contaminada com
dioxinas observou-se urn aumento significativ~ dos casos de cancer na
populagao alem de casos de diabetes (principalmente em mulheres) e patologias
cardiovasculares
Em Paris (Franlta) houve urn aumento na incidemcia de sarcoma de tecidos
brancos e linfoma Nao-Hodghins na populaqao que residia nas proximidades de
uma incineradora de reslduos s6lidos urbanos
Foi realizado urn estudo retrospectivo ao perfodo de 1939 a 1992 com
21863 trabalhadores de doze parses expostos a fenoxi herbicidas contarninados
com TCDD Os resultados obtidos demonstrararn urn aumento de cases de
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
38
cancer diminuicao de testosterona aumentos dos nlveis de FSH (Harmonia
Folieulo Estimulante) e LH (Hormonio Luteinizante)
Urn estudo realizado pelo Ministerio da Sauda Japones realizado com 415
mulheres que tiveram filhes em 1998 descobriu que 0 leite materna eonism
aproximadamente 222 picogramas de dioxina par grama de gordura urn mes apes
o nascimento Urn bebe pode consumir entao 1036 picogramas par dia Na
Europa tambem S8 realizaram analises e verificoumiddotse a presenca de dioxinas em
leile materna
Entre 1971 e 1982 em Missouri (Estados Unidos) oeorreu uma grande
contaminagao com dioxinas em areas com continham cavalos Entao estudaram
gestacoes e partos nas mulheres residentes nesla area observando-se urn ligeiro
aumento no risco de morte fetal e pos-nascimento baixo peso ao nascer e
diferentes defeitos fetais
Especialistas britanicos em toxicologiaentre eles John Henry afirmam que
o tipo de dioxina utilizada para envenenar 0 Hder da oposilttao ucraniana Viktor
Yushenko em 2004 foi a mesma presente no Agente Laranja ou seja a 2378
TCDD Em exames realizados observou-se 0 segundo mais alto nfvel de dioxina
registrado em humanos seis mil vezes maior do que 0 normal 0 envenenamento
causou a Viktor Yushenko deformaltt6es faciais (dermatites acneiformes) e
constantes dores nas costas
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
39
FIGURA 5 Viktor Yushenko(dermalites acneiformes) FONTEDisponivel em httpnoliciaslerracombrmundointernalOOI440899-EI310OOhtmlAcesso em 02fev2005
Ha alguns anos atras pafses europeus entraram em panico (especialmente
a Belgica) que descobriram em seus alimentos principalmente os derivados do
leite tra905 de dioxina
A descoberta de nlveis alarm antes de contaminayao de leite per dioxina na
Alemanha levou suas autoridades a suspender as importa90es de farelo de polpa
citrica do Brasil Sendo que eSla farelo era largamente usado como parte da rayao
do gada europeu foi apontado como a causa da contaminayao Assim a
Comissao Europeia proibiu os parses europeus de importarem 0 produto brasileiro
ate que houvesse garantias de que nao estava mais contaminado e fosse revelada
a causa da contamina=ao Oescobriu-se entao que a cal utilizada pela empresa
para neutralizar 0 farelo de polpa cftrica estava contaminada por dioxinas sendo a
cal proveniente da Industria Petroquimica Solvay (multinacional de origem belga)
Em 1998 foram detectados niveis altfssimos de dioxina no leite produzido
no estado alemao de Baden- Wuttemburg (sudeste da Alemanha) sendo entao
retirado do mercado
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
40
45 EPIDEMIOLOGIA
o Agente Laranja apresenta a problema epidemiologico mais complexo
que ja S8 imaginou Pois para determinar entre milh6es de veteranos do Vietna
quais fcram expostos qual 0 grau de extensao equal 0 dana (S8 houver)
result ante daquela exposiltao e muito dificil
Algumas das dificuldades encontradas e que uma estimativa de dois
milh5es e meio entre hom ens e mulheres serviram no Vietna E deslocavammiddotse
mudando de area com grande frequencia
A exposigao e ditleil de ser quantificada com precisao pois epidemiologia
significa que a pessoa leve a oportunidade de cantata de alguma maneira com a
substancia quimica Eo cantata pode ser direto ser borrifado fisicamente com os
produtos ou ainda em oportunidades mais remotas como cantata pelo ar
alimento au cadeia de agua
Uma outra dificuldade e quanta ao grau de exposictao muitas vezes
chamado de dose-fator de resposta Para calcular 0 efeito a saude de uma
exposiyao em quantidade freqOencia e durayao da mesma
E tambem muitas doenyas inclusive a cancer tem perfodos de lalencia
extremamente longos Entao existe a possibilidade de uma pessoa ser exposta a
uma toxina (dioxina) e nao ter efeito daquela exposictao manifestado durante vinte
anos au mais Enlretanto uma pessoa pode ter tido cantata com oulros falores
adicionais no lugar de trabalho au no meio ambiente Sendo extremamente diffcil
avaliar e separar estas exposiyoes misturadas ao procurar a fonle da doenya
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
41
5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO AGENTE LARANJA
As patologias que serao descritas a seguir sao relacionadas ao cantata com
a contaminante enconlrado no Agente Laranja ou seja a dioxina (TCDD)
Demonstrando em animais de laboratorio sua acao teratogenica mutagenica e
carcinogenica
Sendo os principais efeitos clfnicos observados a cloracne doenlaquoa de
Hodgkin Linfoma NaomiddotHodgkin hepatomegalia disturbios do metabolismo da
porfirina disturbios neurologicos e musculares
51 CLORACNE
Cloracne e urn e1eil0 humane universalmente ligado a exposiltao a dioxina
sendo considerada urn sinal clinico de exposicao
A severidade e ataque abrupto de cloracne seguem uma curva de dose
res posta As les6es sao notavelmente persistentes e resistentes a regimes de
tratamento de acne tradicionais Observou-se que a durac8o media de cloracne
residual seria de vinte e seis anos segundo estudo realizado em urn grupo de
trabalhadores que presenciaram urn acidente industrial
Apresenta-se como erupc8o caracterizada pelo aparecimento na pele de
cistos e bolhas de coloracao amarelo-palida au escura e pustulas que podem
persistir por varios anos Seu conteudo tern muitas vezes odor desagradavel
(SCHVARTSMAN1991)
As les6es sao mais comuns na regiao malar pas-auricular pesco90 tronco
genitais e membros superiores Aparecendo raramente nas maos pernas e pes
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
42
FIGURA 6 Cloracne (bra90)FONTE Disponivel emhllplwwwproleccioncivil-andaluciaorgIGraficosOocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em28mar2005
52 DOEN9A DE HODGKIN
Esta doen((a envolve a prolifera~ao de uma forma atipica de celula Iinf6ide
que ate recentemente era de diffcil categorizactao e chamada de celula de Reed-
Sternberg
Mas estas celulas podem ocasionalmente ser encontradas em outras
condit6es como mononucleose infecciosa e linfomas nao-Hodgkin Assim para
urn diagnostico preciso da doenQa de Hodgkin depende de caracterfsticas
adicionais das calulas e da arquitetura do tecido (HARRISON et ai 1998)
Sua manifestacao clfnica e com 0 aumenlo de volume de urn unico
linfonodo ou de urn grupo de linfonodos Macroscopicamente as Iinfonodos
afetados estao aumentados de volume geralmente com ate dois centlmetros de
diametro
A doen~a nao tratada resulta em dissemina~ao para os linfonodos
adjacentes e envolvimento do ba~o Hgado pulmoes e medula ossea
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
43
A doenca e inicialmente diagnosticada pela biopsia de linfonodos Exames
como a tomografia computadorizada ou ressonancia magnetica sao utilizadas para
determinar grupos de linfonodos aumentados de volume e infiltracao do baco e do
figado A bi6psia hepatica permite a avaliacao do envolvimento hepatico e a
puncao de medula 6ssea e empregada para determinar 0 grau de infiltrayao
medular (STEVENS 1998)
Dependendo da intensidade da resposta do hospedeiro a Doenca de
Hodgkin (DH) pode ser classificada em quatro subtipos DH com predominancia
linfocitaria DH com celularidade mista DH com esclerose nodular e DH com
deplecao linfocitaria
Ap6s bi6psia e classifica9ao histopatol6gica da DH e necessaria definir a
extensao da doenya que e essencial para a selecao da terapia
Varios tipos de calulas de Reed-Sternberg (RS) foram descritossendo
relacionadas aos subtipos da doenca
As celulas de RS classicas sao binucleadas semelhantes a olhos de coruja
(DH com celularidade mista e esclerose nodular) As calulas RS mononucleares
podem 5er encontradas em qualquer tipo de DH principalmente na de
celularidade mista As celulas de RS pleom6rficas possuem nucleos
hipercromaticos grandes e sao maiores do que outros tipos de celulas de RS
encontradas na depleltao linfocitaria e esclerose nodular As celulas lacunares sao
circundadas por urn espalto artefatual nos cortes histol6gicos e sao
caracteristicamente encontradas na esclerose nodular A variante das celulas de
RS encontrada na forma de predominancia linfocitaria e denominada de variante
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
44
linfocitica histiocitica (celula em pipoca devido ao contorno lobulado de seu
nltleleo)
A malaria dos pacientes que apresentam doenca de Hodgkin tsm pouco au
nenhum sintoma relacionado a doenca Entretanto entretanto de 25 a 30 dos
pacientes tern alguns sintomas constitucionais sendo 0 mais comum a febre
baixa que pode associar-se a sudorese noturna recorrente Outro sintoma
importante e a perda de peso inexplicada de mais de 10 ao longo de seis meses
au menos Sendo tarn bam fadiga mal-8slar e fraqueza sintomas encontrados
(HARRISON el aI 1998)
Com tratamento apropriado cerca de 85 dos pacientes com DH sao
curaveis A radioterapia pade curar mais de 80 dos pacientes com DH
localizada Foram desenvolvidos tres campos de radiatao para cobrir as provaveis
localizac5es da doenca campo do manto (9anglios linfaticos submandibulares
cervicais supraclaviculares infraclaviculares axilares mediastinais e hilares)
campo para6rtico (processos transversos dos corpos vertebrais abdominais e
bato) e campo pelvico (ganglios ilfacos comuns hipogatricos ilfacos extemos e
inguinais)
A quimioterapia com a combinatao de mecloretamina vincristina
procarbazina e prednisona produz redutao completa em 85 a 90 dos casos
Na DH a fosfatase alcalina leucocitaria costuma estar aumentada nas
formas ativas da doenca 0 VHS (Volume de Hemossedimenlacao) apresenla-se
aumentado (em especial nos surtos agudos) Na medula 6ssea as vezes sao
encontradas celulas de RS Quando realizado 0 adenograma 0 achado de celulas
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
45
grandes e decisivo (40-50 1-1)com nucleo multilobulado com nucleolos gigantes e
proloplasma azul (calulas de RS) (GORINA 1996)
FIGURA 7 CEllula de Reed-SternbergFONTE Disponvel em httpwwwthecrookstoncollectioncomiColleclionlmedslinesiSlidesfReed-Sternberg-celljpg Acesso em28mar2005
53 LlNFOMAS NAO-HODGKIN
Eles podem ser classificados em nodais (tum ores com origem nos
linfonodos maio ria dos casas) e 8xtranodais (tum ores originarios de grupos
especializados de celulas Iinf6ides)
A maioria dos linfomas extranodais surge em celulas Iinf6ides
especializadas associadas ao epih~lio e alguns cases sao encontrados nos
intestinos enos pulmoes Quiros S8 desenvolvem em orgaos que normalmente
nao contem populacao linf6ide como os testiculos e a tire6ide Os linfomas
tam bern podem se desenvolver no cerebra e na pele como doenca primaria
(STEVENS 1998)
Mais de dois tercos dos pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta-se
com linfadenopatia periferica persistente indolor
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
46
Os sintomas mais comuns sao inchaco dos linfonodos no peSCDyD virilha
au axila Qutros sinais tambem podem ser caroeros pequenos na pele erupcao
cutanea tonsilas aumentadas au urn inchaco em alguma parte do abdomen
Podendo acorrer febre fraqueza dor 6ssea e perda de apetite
o comprometimento de ganglios retroperitoniais mesentericos e pelvicos ecomum na maioria dos subtipos histo16gicos de linfoma nao-Hodgkin Entre 25 e
50 dos pacientes apresentam-se com infiltrayao hepatica
A evolucao desta doenca e muito variavel A conduta convencional para a
maio ria dos pacientes e que eles podem ser observados com piora e melhora da
doenya durante uma media de Ires anos sem necessidade de terapia
(HARRISON et aI 1998)
Quando 0 tratamento e iniciado este linfoma e muito sensfvel aquimioterapia com agente unico e em combinagao As taxas de resposta completa
de pacientes nao-tratados anteriormente a agentes alquilantes isolados como
ciclofosfamida au 0 clorambucil variam de 30 a 60
o hemograma de pacientes com linfoma nao-Hodgkin apresenta anemia
moderada e trombopenia leucocitose ou leucopenia (de acordo com a tipo e a
fase) predomlnio de celulas mononucleares linf6ides atfpicas (variaveis de acordo
com a classe do linforna) e eosinofilia (GORINA 1996)
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
47
FIGURA 8 Linfoma nao-Hpdgkin FONTEDisponfvel em httpwwwanlicorposcombrimagensJA_cd30_1jpg Acesso em28mar2005
54 PORFIRIA CUTEANEA TARDIA
Esta doen~a e mais comum em hom ens do que em mulheres e produz
lesoes expostas do corpo Esta freqOentemente associada ao alcoolismo au
doenta hepatica e apos a exposictao a substancias qufmicas incluindo di e
triclorofen6is e 2378 TCDD
Tipicamente os pacientes com porfiria cutanea tardia apresentam lesac
hepatica e exibem alto risco de carcinoma hepatocelular Estes carcinomas naD
produzem porfirinas
Na porfiria cutanea tardia a URO-descarboxilase hepatica apresenta-se
deficiente As porfirinas estaa aumentadas no figado no plasma na urina e nas
fezeso nivel urimirio de ALA pode estar ligeiramente elevado(HARRISON et
al1998)
Predisposicao genetica pode fazer parte de alguns casos 0 metabolismo
do ferro pode ser normal jil que na maioria dos pacientes tern siderose hepatica
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
48
As manifestacoes cutaneas comecam como areas de eritema com
vesiculas ou bolhas que ocorrem em porcoes expostas do corpo Crostas e
cicatrizes S8 desenvolvem seguidas de cicatrizayao As vesiculas e bolhas
normalmente sao muito evidentes em tempo ensolarado particularmente no fim do
verao e inicio do Dulona Em casas graves sem tratamento mudancas
desfiguralivas podem acontecer nas orelhas nariz e dedos
FIGURA 9 Poriiria Cutanea Tardia (mao)FONTEDisponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishiencyimagesencyfullsize2573jpg Acesso em28mar2005
Outras caracteristicas incluem hipertricose e hiperpigmentayao sobretudo
da face bern como espessamento fibrose e calcificagao lembrando as alterac6es
cutaneas da esclerose sistemica(HARRISON et al1998)
A cloracne produz uma reacao nesta doenga que pode incluir febre
cefaleia dor abdominal v6mito e urina vermelha
No tratamento uma resposta completa frequentemente pode ser obtida com
flebotomias repetidas para reduzir a ferro hepatico E necessaria acompanhar
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
49
rigorosamente os niveis de hemoglobina e hemat6crito e a ferrina serica para
avitar 0 desenvolvimento de deficiencia de ferro e anemia
A porfiria cutanea tardia tambem pode ser tratada com cloroquina ou
hidroxicloroquina que formam complexos com as porfirinas em excesso
promovendo sua excrecao
A bi6psia hepatica revela alterac5es morfologicas da doeny8 de base e
fluorescencia a luz ultravioleta Com frequencia estao aumentados 0 ferro serico e
a saturacao de transferrina Na urina ha urn aumento acentuado de uroporfirina
(WALLACH1986)
55 MIELOMA MULTIPLO
o mieloma multiplo representa uma proliferatao maligna dos plasm6citos
derivada de urn unico clone
as plasmocitos crescern na medula substituindo difusamente 0 tecido
hematopoietico normal Esta expansao pode causar as lesoes liticas e do res
6sseas em quase 70 dos pacientes A dor costuma envolver as costas e as
costelas e ao contra rio da dor do carcinoma metastatico que costuma piorar a
noite e precipitada pelo movimento Assim sendo a destruicao 6ssea pode
provocar hipercalcemia e fraturas patoJ6gicas (geralmente nas vertebras costelas
crania e pelve) (HARRISON et aI 1998)
o segundo problema cHnico mais comum e a susceptibilidade a infeccoes
bacterianas Sendo as mais comuns as pneumonias e as pielonefrites Os
pat6genos mais frequentes sao Staphylococcus pneumoniae Staphylococcus
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
50
aureaus e Klebsiella pneumoniae nos pulm6es e Escherichia coli e Qutros gram-
negativos no Irate urinario
Em quase 25 dos pacientes com mieloma verifica-se insuficiemcia renal A
causa mais comum desta insuficiencia a hipercalemia Depositos glomerulares de
amil6ide hiperuricemia infec~6es de repeti~ao e a infiltracao ocasional dos rins
par celulas do mieloma podem contribuir para a disfuncao renal
As celulas sintelizam cadeias monoclonais de imunoglobulina que
acumulam no sangue e podem ser detectadas como bandas monoclonais na
eletroforese do soro
As cadeias livres da imunoglobulina monoclonal excedente podem ser
filtradas nos glomerulos para serem eliminadas na urina quando podem ser
detectadas como protefnas de Bence-Jones
As concentra~6es elevadas de protefna no sangue sao responsaveis par
urn VHS elevado como resullado da forma~ao de rouleaux (WALLACH1986)
FIGURA 10 Forma9ao de rouleaux FONTEDisponivel em httpimagebloodlineneVstoriesstoryReader$1222 Acesso em 28mar2005
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
51
Embora ocorram sintomas neurol6gicos em uma minoria dos pacientes
ales podem tsr muitas causas A hipercalcemia pode provocar letargia fraqueza
depressao e confusao A hiperviscosidade pode causar cefaleia cansato
disturbios visuais e retinopatia
A avaliaQao clfnica dos pacientes inclui 0 exame cuidadoso para pesquisar
assos e massas dolorosos
o diagnostico baseia-se no exame do aspirado de medula ossea que
apresenta excesso de plasmocitos Tendo como apoio para diagnosticar 0
mieloma multiplo a detecQao de uma banda monoclonal de imunoglobulina na
eletroforese de proteina do soro e de proteinas de Bence-Jones na urina
FIGURA 11 Lamina de mieloma multiplaFONTE Disponfvel em httpwwwtempomedicoitiimm99651taligilAcesso em28mar20D5
Quando se suspeita da presenca da proteina de Bence-Jones pode-se
fazer um teste seletivo que utilize as propriedades de solubilidade caracterfsticas
dessa protefna Diferentemente das demais que coagulam e assim permanecem
quando expostas ao calor esta protefna coagula entre 40 e 60degC e se dissolve
quando a temperatura atinge 90 a 100degC (STRASINGER 1991)
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
52
No hemograma apresentaMse anemia normocftica e normocromica em 60
dos pacientes Leucemia mielomonocftica aguda freqOentemente precedida pel a
anemia sideroblastica refrataria e muito vista
o calcio serica e aumentado em 25 a 50 dos casas 0 f6storo serica ehabitual mente normal E a fosfatase alcalina do soro e geralmente normal ou
ligeiramente aumentada
A maioria dos pacientes necessita de intervencao terapeutica Geralmente
esse tratamento e de dois tipos qUimioterapia sistemica (para controlar a
progressao do mieloma) e cuidados de suporte sintomaticos (para prevenir
morbidade grave par complica90es da doen9a) 0 tratamento padrao consiste em
pulsos intermitentes de urn agente alquilante ciclofosfamida e prednisona
(HARRISON et ai 199B)
56 EFEITOS EMBRIOTOXICOS E TERATOGENICOS
o grupo fenoxis de herbicidas (24D e 245T) em baixa concentra9ao induz
ao crescimento de modo similar aD hormonia auxina da planta Em concentra90es
elevadas estes herbicidas causam urn crescimento excessive e descontrolado
que leva a morta da planta
Segundo Audus (1976) foi observado efeitos teratogenicos e embriotoxicos
em rates e avos de galinha mas ainda esla em discussao S8 a ap1ica980 externa
tern algum efeito sabre avos ferteis
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
53
Fai realizada uma pesquisa na Argentina (pais que utiliza em grande escala
as herbicidas 24D e 245T) investigando 0 provavel efeilo de aplicaoes exlernas
em evos ferteis de galinha
as resultados obtidos com esta pesquisa foram que 0 choco de pintinhos
dos avos tratado com 240 mostrou diferentes anormalidades como a fusao das
vertebras do pesco~o disfunQoes metcras e posturais com deslocacao da
articulaQao da coxa e garras torcidas 0 que implica em disfunQao neurol6gica
como alteraQoes cerebrais qufmicas e bioqufmicas
57 EFEITOS SOBRE A ATIVIDADE ENZIMATICA
Esludos realizados por Paulino e Palermo - Nelo (1991) no Cenlro de
Pesquisas em Toxicologia Veterinaria da Universidade de Sao Paulo sabre os
efeitos da intoxicagao aguda par 240 em enzimas de importancia obtiveram como
resultado 0 seguinte
bull Niveis de soro de lactose desidrogenase fosfatase alcalina e creatinina
aumentaram de 1 para 4 em 5 8 e 24 horas ap6s adminislraao de 24D
Os nfveis de aspartato e alanlna transferase foram maiores apenas nas 8 e
24 horas
Niveis de amilase fcram aumentados somente 8 horas ap6s a
administracao e entao retornaram aos niveis normais
Em contraste houve reducao dos nfveis de proteina total glicose e
albumina
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
54
De acordo com as resultados obtidos observoumiddotse que a intoxicaQao aguda
com 24D rompe niveis de sora de varias enzimas e componentes que sao
considerados indicadores de lesac de tee ida Estas alteraQoes refletem
principalmente lesao de tecidos hepaticas e musculares induzidos pelo herbicida
mas toxicidade pancreatica e de rim tambem podem ter ocorrido
Esle estudo foi realizado com rates Wistar da propria colonia da
Universidade de Sao Paulo
58 EFEITOS DO 240 NO HEPATOCITO
Miguel e De Brito-Gitirana (1998) observaram 0 efeito do 24D sobre
fragmentos do ffgado de ra-touro-gigante (Rana catesbiana) atraves de estudo
rotineiro pela microscopia eletr6nica de transmissao
Os peroxissomas hepaticas foram visualizados ap6s incuba9ao com 33middot
diaminobenzidina em meio alcalino E a analise ultraestrutural revelou mudan9as
progressivas no hepatocito induzidas pela droga
Apos duas semanas foi observada alteral(ao da morfologia usual des
retfcules endoplasmaticos Iiso e rugoso Houve redu9ao dos granulos de
glicogemio associ ado ao aumento da frequencia dos lisossomas Goticulas de
lipfdios tambem fcram observadas nos hepatocitos
Apos quatro semanas occrreu urn aumento significativo do glicogenio
associado com um grande numero de peroxissornas e mitoc6ndrias E as
gotlculas de lipidios tornaram-se mais abundantes
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
55
o estudo concluiu que 0 24D e capaz de induzir alteratoes ultraestruturais
no hepatocito de Rana catesbiana
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
56
6 CONCLUSAO
Atraves da pesquisa observou-se que apesar de 0 Agente Laranja ter sido
sintetizado com fjnalidade belica ainda e utilizado em nossas lavouras como agente
herbicida
Com a estudo realizado tambem S8 verificou a ausencia de uma analise
toxicologica voltada para 0 diagnostico precoce quando S8 trata dos herbicidas 240 e
245T e da dioxina 2378TCDD a exemplo do que existe para os organofosforados
carbamatos e a pentaclorofenol Dificultando assim a diagnostico sendo que as
marcadores laboratoriais existentes observam-se apenas apes a dana ter ocorrido e
possuem pouca au nenhuma especificidade para a exposiyao
Contudo em funlaquoao do risco apresentado it sua exposilttao peden do ocorrer a
aparecimento de efeitos embriot6xicos e teratogenicos alem de outras patologias
citadas sua utilizactao deveria ser melhor avaliada e sempre que possivel substituida
par outro agente mais seguro tanto para a hom em Quanta para 0 meio ambiente
Como 0 risco apresentado e maior ao beneflcio da utilizactao destes herbicidas a
melhor maneira de evitar sua contaminayao e a erradicayao do seu usa
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
57
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E OBRAS CONSULTADAS
Acido Cianidrico Disponivel em hllpllptwikipadiaorgwiki Acesso em 28mar2005
Agenl Orange Websile Disponivel emhllpllwwwlewispublishingcomorangehlmAcesso em 021ev2005
Agente Laranja Disponivel em hllpllwwwredvoltairenetarticle2537html Acesso em28mar2005
Armas Quimicas Disponivel em httpwwwmonkscombrArmasquimicashtm Acessoem 021ev2005
Armas Quimicas Disponivel emhttpjmeugeniovilabolcombrtrabarmashtm Acessoem 05abr2005
ATSDR Agencia para Substancias T6xicas y el Registro de Enfermidades Disponivelem hllpllwwwatsdrcdcgov Acesso em 15mar2005
AUDUS l J Herbicides 2ed London Edit Academic Press inc 1976
BLOODLINE The Online Resource for Hematology Education and News Disponivelem hllpllwwwbloodlinenet Acesso em 28mar2005
CDC preparacion y respuesta para casos de emergencia Disponivel emhllpllwwwbtcdcgov Acesso em 15mar2005
Celula Reed-Sternberg Disponivel emhllp11 wwwthecrookstoncollectioncomColiectionmedslinesSlidesReed-Sternberg-celljpg Acesso em 28mar2005
CETESB Manual de Produlos Quimicos Perigosos Disponivel em hllp11wwwcetesbspgovbr emergencialprodutosficha_completa1asp Acesso em15mar2005
Cloracne Disponfvel em http wwwproteccioncivil-andaluciaorgGraficosDocumentosSevesoCloracne4jpg Acesso em 28mar200S
DANTAS G F CIA estuda gas paralisante BZ desde 0 inicio da decada de 1960 2002Oisponivel em httpwwwvivacienclacombrvivaciencial03_01_001asp Acesso em06abr2005
DAUENHAUER K Vietn bullbull 0 agente laranja continua matando Ambiente Global 2005Disponivel em hllp11 www2uolcombr ambienteglobalsitel reportagenslultnoVul1865u244shl Acesso em 02fev2005
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
58
DIOXINA Ambiente Brasil Disponivel em httpwwwambientebrasilcombragendaAcesso em 30set2004
DIOXINA Disponfvel em httpJwwwmjuestoxicologiaJdioxinashtm Acesso em04out2004
DIOXINA 2378 TCDD Disponivel em httpwwwestrucplancomarArticulosdioxinasimagejpg Acesso em 28mar200S
DUFFARD R TRAINI L Embryotoxic and teratogenic effects of phenoxy herbicidesActa physiol Pharmacollatinoam p39-42 1981
GAS Disponivel em httpwwwalcayatacomlcromagnonltear_gaslgashtm Acessoem 06abr200S
GASES LACRIMOGENOS Disponivel em httpwwwzarccomlespanolltear_gasesJagentCS_ sphtkl Acesso em 06abr200S
GOES R C Toxicologia Industrial Rio de Janeiro Editora Revinter Ltda 19972S0p
GORINA A B A clinica e 0 laborat6rio 16ed Rio de janeiro Editora Medsi 1996SS6p
HARRISON T R etal Medicina Interna 14ed Rio de Janeiro McGrawHill 19952v
Herbicida 24 D Disponivel em httpipmworldumneduchapterswareherb24-DgifAcesso em 28mar200S
Herbicida 24S T Disponivel emhttp wwwchemumnEdu class330610ldlspring9S96presentation24STcomp24S-CcompVgif Acesso em 28mar200S
IBANEZ V S Dioxinas 2004 Disponivel em httpwwwopalancoesApatiBoletin14Idioxinashtm Acesso em 04out2004
IPes Programa Internacional de Seguridad de las Substancias Qufmicas Disponfvelem httptrainingitcilolactrav_cdrom2lesloshlicIS32274htm Acesso em 1Smar200S
LARINI L Toxicologia 3ed Sao Paulo Editora Manole Ltda 2001301 p
Linfoma nao-Hodgkin Disponivel em httpwwwanticorposcombrimages X _cd203jpg Acesso em 28mar200S
Linfoma naD-Hodgkin Disponivel emimagensIA_cd30_1jpg Acesso em 28mar200S
http IIwwwanticorposcombr
LSD 2S perturbadores ou alucinogenos Disponivel em httpwwwministerioadonaihpgigcombrLSD2Shtm Acesso em 06abr200S
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
59
MANUAL DE CAMPANHA C 3-4 Defesa contra os ataques quimicos biol6gicos enucleares 1ed Editado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MANUAL DE CAMPANHA C 3-5 Operalt5es quimicas biol6gicas e nucleares 1edEditado pelo Estado Maior do Exercito Brasileiro 1987
MIDIO A F Herbicidas em alimentos Sao PauloLivraria Varela Llda 1997 109p
Mieloma Multiplo Disponivel em httptempomedicoitiimm996S1taligif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwhemonlinecombr44361gif Acesso em28mar200S
Mieloma Multiplo Disponivel em httpwwwdraheloisahpgigcombrmm494gifAcesso em 28mar200S
MIGUEL N C 0 DE BRITO-GITIRANA L Hepatic alterations in giant bullfrog inducedby Tordon 24D Braz J Morphol Sci v1S n1 p 49-57 1998
OGA S Fundamentos de Toxicologia Sao Paulo Atheneu 1996 S1Sp
PAULINO C A PALERMO NETO J Effects of acute 24 dichlorophenoxyacetic acidintoxication on some rat serum components and enzyme activities Brazilian J MedBioi Res p19S-198 1991
Parfiria Cutanea Tardia Disponfvel em httpwwwnlmnihgovmedlineplusspanishencyimagesencyfulisize2S73jpg Acesso em28mar200S
RANG HP et al Farmacologia 3ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1995 692p
RODRIGUES M Quimica Antiga e Moderna Editora Moderna Online 2005 Disponivelem httpwwwmodernacombrquimicalquimica_amqmodernal0005 Acesso em28mar200S
SARIN Disponivel em httpwwwcriptoniohpgigcombrlsarinhlm Acesso em02fev200S
SCHVARTSMAN S Intoxica90es Agudas 4ed Sao Paulo Sarvier Editora de LivrosMedicos Llda 1991 3SSp
SILVA P Farmacologia 5 ed Rio de Janeiro Guanabara-Koogan 1998 1314p
STRASINGER S K Uroamiise e Fludos Biol6gicos 3ed Sao Paulo Editorial Premier1998233p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
60
Veneno de Yushenko e mesma do Agente Laranja 2004Notfcias Terra Disponfvel emhllpllnoliciaslerracombrmundofinlernalOOI440899-EI310OOhlml Acesso em02fev200S
WALLACH J Interpretacao das exames de laboratorio 4ed Rio de Janeiro EditoraMedsi Llda 1989721 p
Top Related