Física Exp. 3 Aula 5, Experiência 2
Modelo E e resolução do seletor
Prof. Henrique Barbosa [email protected] Ramal: 6647 Basílio, sala 100
Prof. Nelson Carlin [email protected] Ramal: 6820 Pelletron
Prof. Paulo Artaxo [email protected] Ramal: 7016 Basilio, sala 101
Profa. Eloisa Szanto [email protected] Ramal: 7111 Pelletron
Exp. 2 – Seletor de Velocidades
PROGRAMAÇÃO Semana 1
Movimento em campo elétrico
Semana 2
Movimento em campo magnético
Semana 3
Simular o campo elétrico e mapear o campo magnético
Semana 4
Modelo para B e calibração do seletor
Semana 5
Modelo para E e resolução do seletor de velocidades
1. Modelo Teórico para o campo elétrico no Seletor
Seletor de velocidades - REAL
y
xz
0 20 40 60 80 100 1200,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Ca
mp
o e
létr
ico
em
Y
X (u.a)
0 V até 14 V -7 V até 7 V
xy
z
zE
yB
Variação espacial de E e B
tornam difícil resolver
analiticamente!
Seletor de velocidades - IDEAL
yz BE ,
x
y
x
z
yz BBEE
,
... vamos assumir E
e B constantes e
atuando em área
definidas!
vx
LB
Anteparo L
H
R
h
AC
BCV
iLL
m
qH
2
LC=L-LB/2
Campo Magnético
Campo Elétrico Sistema de placas paralelas ideais, com um anteparo a
uma distância Dps. Qual a deflexão (h) do feixe por estas placas?
Movimento de uma partícula em um campo uniforme Movimento uniforme em x
y
v vy
v0x
v0x
LP
t LP
v0x
Movimento de uma partícula em um campo uniforme Movimento uniformemente variado em y
y
v vy
v0x
v0x
LP
F qE
Fy qE
ay qE
m
vy v0y ayt
vy qE
mt
vy qELP
mv0x
Movimento de uma partícula em um campo uniforme Movimento uniformemente variado em y
y
v vy
v0x
v0x
LP
2
002
1tatvyy yy
y qE
2m
LP
v0x
2
Movimento de uma partícula em um campo uniforme Após as placas voltamos a ter movimento uniforme
v vy
v0x
t DPS
v0x
h vytx
PS
x
P
v
D
mv
qEL
00
Movimento de uma partícula em um campo uniforme O deslocamento total é a soma dos dois deslocamentos
v vy
v0x
h y h
qE
2m
LP
v0x
2
qE
m
LPDPS
v0x
2
PS
P
x
P DL
mv
qEL
22
0
LC
Movimento de uma partícula em um campo uniforme O deslocamento total é a soma dos dois deslocamentos
Ou seja:
C
x
P Lmv
qELh
2
0
h AE
v0x
2
h é proporcional ao campo elétrico e inversamente
proporcional ao quadrado da velocidade
2
PS
PC D
LL
Distância do centro das
placas
Movimento de uma partícula em um campo uniforme
Em um capacitor ideal, o campo vale:
|E| = VP/d
A velocidade do elétron depende da tensão de aceleração através de:
Ou seja:
ACcin qVK
1
2mv0x
2 qVAC
A VP
VAC
h é proporcional à tensão entre as placas e
inversamente proporcional à tensão de aceleração dos elétrons
h AE
v0x
2
Quem é a constante A’?
Ou seja
Contudo, quais são as dimensões das placas equivalentes (LP) e a distância (d) entre elas?
Tenho duas variáveis e apenas uma medida. Como eu resolvo esta ambigüidade?
CP Ld
LA
2
d deff
LPeff
LP
Quem é LP e d?
Vamos lembrar alguns conceitos sobre movimento, em especial impulso de uma força
No nosso caso ideal, a força é constante com módulo dado por qE. Nesta situação:
I p t
dttF0
)(
tEqdtEqdttFI
tt
00
)(x
P
v
LEq
0
Quem é LP e d?
Lembrando que o deslocamento na tela do TRC vale:
E sabendo que o impulso, na direção y, tem módulo qELP/v0x, e sabendo que o momento inicial da partícula vale p = mv0x, temos:
C
x
P Lmv
qELh
2
0
CC Lp
pL
ph
Impulso
Quem é LP e d?
Ou seja, o deslocamento está diretamente relacionado ao impulso fornecido pelo campo elétrico
Podemos utilizar esta informação para fazer uma escolha realista para o comprimento efetivo das placas. Em que parte da trajetória se dá o impulso que altera o
deslocamento da partícula?
h Ctep
p
Quem é LP e d?
No caso ideal temos que:
Como:
Temos:
LP
E
I qE t
v0x x
t t
x
v0x
I qE
v0x
x
I
Ou seja, o impulso se dá na região que o campo atua mais
intensamente
Quem é LP e d?
Calculando o impulso acumulado
Usar o campo simulado
0 2 4 6 8 100
2
4
6
8
10
12
14
16
18
E (
u.a
.)
x (u.a.)
0 2 4 6 8 10 120
10
20
30
40
50
60
5% impulso máximo
Imp
uls
o a
cu
mu
lad
o (
u.a
.)
x (u.a.)
95% impulso máximo
LP
I (x) F (t)dt0
t
qE
v0x
dx0
x
IMP
OR
TA
NT
E!
Calculo LP a partir deste
gráfico
Para entregar – parte 1
Da simulação do campo, fazer o gráfico de impulso acumulado em função do comprimento.
Determinar o comprimento efetivo das placas (LP) Usar como limites 5% e 95% do impulso máximo acumulado como limites
Dica: use o Excel e faça a integral como a soma de pequenos retângulos
Determinar a distância efetiva (d) entre as placas ideais de comprimento LP para que elas provoquem o mesmo impulso total
Comparar esses parâmetros com as medidas equivalentes das placas do TRC e discutir.
2. Seleção de Velocidades
Vamos olhar de perto este seletor
Qual é a condição na qual a partícula não sofre desvio?
vB > E
vB < E
Condição de força resultante
nula:
F q vxB E ˆ k qBvzˆ i 0
v0xB E 0
v0x E
B
Se a velocidade da partícula for igual à razão entre campo elétrico e magnético o desvio
sofrido é nulo
md
dtv q vxB E ˆ k qBvz
ˆ i
v0x E
B
vz inicial é nula. Se não houver força em Z isto não muda
Vamos olhar de perto este seletor
Mas também podemos pensar em cada movimento separadamente
vB > E
vB < E
Já estudamos que a deflexão
devido ao campo elétrico
(apenas) vale:
v0x E
B
E a deflexão devido ao campo magnético vale:
C
x
PE L
mv
EqLh
2
0
Bmv
LqLH
x
CBB
0
Vamos olhar de perto este seletor
Na situação que não há desvio da partícula, um movimento compensa o outro e assim:
vB > E
vB < E
v0x E
B
Ou seja:
Bmv
LqLL
mv
EqL
x
CBC
x
P
0
2
0
BE Hh
B
E
L
Lv
B
Px 0
Assim:
Se estavam
alinhadas...
Vamos olhar de perto este seletor
Mas na aula passada nos deduzimos, a partir de Fe=Fm, que:
Como é que agora temos??
Nossa falha na aula passada foi assumir que as forças estavam em equilíbrio. Isso não é possível pois LB (~8cm) e LP (~4cm) são diferentes!
i
V
dB
Ev P
x
10
i
V
L
dL
B
E
L
Lv P
B
P
B
Px
/0
Tarefas da Semana – Parte 2 A partir da fórmula teórica para a seleção de
velocidades deduzida por hE=HB, ie equilíbrio dos impulsos,
Estimar o valor da constante de calibração e comparar
com aquela obtida experimentalmente
Comparar com as obtidas por seus colegas e comente o resultado
dL
L
i
Vv
B
PPx
1 onde ,0
Mediram
experimentalmente,
então seu valor não
muda...
O que mudou foi a
nossa interpretação
do que “entra” na
constante...
3. Resolução do Seletor
Seletor de Velocidades Vimos que, conhecendo a constante α do seletor, para
selecionarmos uma velocidade (partículas dessa velocidade passam sem desvio) precisamos apenas conhecer a razão VP/i correspondente:
Porém há um número infinito de valores de VP e i que dão a mesma razão VP/i.
Como escolher?
i
Vv P
x
Há uma limitação na tensão nas placas: a fonte vai até 30V
Há limitação na corrente nas bobinas em torno de 2,0 A embora por uma questão de segurança a recomendação é que não se passe de 1,0A.
Mesmo com essas limitações há vários valores possíveis de VP e i com a mesma razão VP/i.
Posso escolher qualquer uma?
Há alguma diferença no funcionamento do seletor?
Seletor de Velocidades
Para investigar isso vamos precisar de outros parâmetros que caracterizem o instrumento
Uma característica importante é a sensibilidade do aparelho, isto é, se ele foi construído para separar partículas carregadas pela sua velocidade, qual é a menor diferença em velocidade que ele consegue distinguir?
Seletor de Velocidades
Qual o melhor Vp/i ?
Resultado do H04
Resolução Quando se constrói um aparelho que funcione como
um filtro ou seletor de qualquer coisa, a primeira pergunta que se faz é:
Qual é a sensibilidade desse aparelho, ou seja, quão bem ele distingue aquilo que ele vai separar?
Isso é medido por um parâmetro chamado resolução:
Se está separando massas:
Se está separando por diâmetro:
Se está separando por velocidade:
m
mR
d
dR
v
vR
Exemplo
Resolução em velocidade Vamos imaginar que tenhamos um orifício de
diâmetro d alinhado com o eixo do seletor.
Quando se ajusta uma razão VP/i, deve passar somente partículas com a velocidade escolhida pelo orifício
Mas existem outras partículas de velocidades muito próximas que vão sofrer pequenos deslocamentos
Se o orifício tem um diâmetro de tamanho suficiente, passarão outras partículas por ele, cujas velocidades não foram selecionadas, mas que são tão próximas da selecionada que o instrumento não consegue distinguir
Separação de massas por distâncias
O tamanho do orifício define a resolução desse
dispositivo como separador de massas
Supor um canhão que atire bolas de massas diferentes seqüencialmente:
Resolução em velocidade Nesse caso, precisamos definir um parâmetro do
seletor de velocidade que nos indique em que medida ele é um bom separador de velocidades: a resolução do aparelho que é definida como:
Onde vx é a velocidade selecionada e Δvx é o intervalo de
velocidades que passou pelo orifício, ou seja, que o instrumento não distingue da velocidade selecionada
Como se determina Δvx ?
x
x
v
vR
Para medir Δvx:
Vamos fazer a seguinte medida:
Ligamos o seletor, selecionamos uma velocidade, v0x, através de V/i, para passar sem desvio
Em seguida vamos variar a velocidade e medir o deslocamento do feixe na tela (na direção z)
Montar a tabela:
Deslocamento na tela
Velocidade (tensão
aceleradora)
v0x z
Para medir Δvx: Com essa tabela fazemos o gráfico z x v0x;
z
v0x
z=0
Mantendo a razão VP/i constante e
variando a velocidade obtém-
se a curva
Os pontos acima e abaixo da linha z=0
correspondem a situações de
desequilíbrio entre FE e Fm
z
vx
VP/i = cte
z=0
VP1/i1=VP2/i2=VP3/i3
Vamos fazer o mesmo gráfico, para a mesma razão VP/i obtidas a partir de valores diferentes de VP e i
Medindo Δvx:
Somente as partículas cujas
velocidades estão nessa linha passam sem desvio, z=0
Cada ponto nessas curvas corresponde a
um deslocamento na
tela no eixo z
v0x
vx
Δz
Δvx
z
VP/i = cte
Medindo Δvx → ΔVAC
06,0
5
12,0
10
3,0
25
i
VP
Para a mesma incerteza em z temos diferentes
incertezas rebatidas em VAC e, portanto, na
velocidade
Cálculo da resolução Mesma razão VP/i mas diferentes valores de VP e de i → mesma velocidade selecionada, mas....
z
vx
z=0
v0x
x
x
v
vR
Mas a resolução em velocidade
do instrumento não é a mesma
Resolução do seletor
Vamos ter um erro no eixo z , Δz que é na verdade o tamanho do ponto na tela. Calculando o erro Δvx a partir de Δz, vemos que ele muda para cada curva e, portanto a resolução em velocidade muda.
vx
Δz
Δvx
z
VP/i = cte x
x
v
vR
Para Entregar – Parte 3
1- Selecione uma velocidade vx para passar sem desvio → VAC → uma razão VP/i.
2- Varie VAC, e, portanto vx ,mantendo a razão VP/i constante e levante a curva deslocamento z x vx.
3- Varie o valor de VP e i, mantendo a razão constante, levante outra curva z x vx.
Repita esse procedimento para no mínimo 3 valores diferentes de VP e i sempre mantendo a razão constante
Para entregar – Parte 4 4- A partir da incerteza do deslocamento z, no gráfico z x
vx, calcule a dispersão em vx → Δvx, para cada uma das curvas medidas.
5- Calcule a resolução em velocidade do instrumento para cada uma das curvas medidas.
6- Comente suas observações, discuta o funcionamento do instrumento sob o ponto de vista da resolução.
x
x
v
vR
Dicas
Usem uma velocidade média com um Vac=700V e Vp/i da ordem de 83:
Daí tem 3 pontos para cima (800, 900, 1000V) em relação a z=0 e 3 pontos para baixo (400, 500, 600V) para cada curva.
Ao todo 7 pontos para cada curva
Se para algum seletor o valor de 400 for muito baixo, ou seja, não aparece o ponto na tela, subir um pouco até aparecer e manter todas as outras tensões também um pouco mais altas.
8306,0
5
12,0
10
3,0
25
i
VP
Top Related