7/25/2019 FONTE E MEDIAO DE INFORMAO: MEMRIA, IDENTIDADE E SOCIEDADE NO TEATRO DE RUA. Karol Vieira
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI
PR-REITORIA DE ENSINO PROEN
CURSO DE BIBLIOTECONOMIA
ANA KAROLINE VIEIRA DO CARMO
FONTE E MEDIAO DE INFORMAO: MEMRIA, IDENTIDADE E
SOCIEDADE NO TEATRO DE RUA
JUAZEIRO DO NORTE- CE
201
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ANA KAROLINE VIEIRA DO CARMO
FONTE E MEDIAO DE INFORMAO: !"!#$%&, %'"()%'&'" " *+%"'&'" (+)"&)$+ '" $&
Trabalho de Concluso de Cursoapresentado ao Curso de Graduao emBiblioteconomia da Universidade Federaldo Cariri (UFCA) Campus Juaeiro do!orte" como re#uisito parcial paraobteno do $rau de Bacharel em
Biblioteconomia%
O$%"()&'+$: Joo Bosco &umont do!ascimento%
JUAZEIRO DO NORTE CE
201
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PARA CITAR ESTE DOCUMENTO
CA'" Ana *aroline +ieira do% F+()" " !"'%&./+ '" %(+$!&./+: mem,ria"identidade e sociedade no teatro de rua% Juaeiro do !orte- UFCA" ./01% 123%ono$ra3ia (Curso de Graduao em Biblioteconomia)% Universidade Federal do
Cariri" ./01%
C.453 Carmo" Ana *aroline +ieira do%
Fonte e mediao de in3ormao- mem,ria" identidadee sociedade no teatro de rua 6 Ana *aroline +ieira doCarmo% 7 ./01%
123% 8 9/cm%
rientador- :ro3% Joo Bosco &umont do !ascimento%
ono$ra3ia (Graduao) ; Universidade Federal doCariri" Curso de Biblioteconomia" Juaeiro do !orte"./01%
0% Fonte de in3ormao .% Teatro de rua% 9% ediao%
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ANA KAROLINE VIEIRA DO CARMO
FONTE E MEDIAO DE INFORMAO: !"!#$%&, %'"()%'&'" " *+%"'&'" (+)"&)$+ '" $&
Trabalho de Concluso de Cursoapresentado ao Curso de Graduao emBiblioteconomia da Universidade Federaldo Cariri (UFCA) Campus Juaeiro do
!orte" como re#uisito parcial paraobteno do $rau de Bacharel emBiblioteconomia%
O$%"()&'+$: Joo Bosco &umont do!ascimento%
A$+&'& "!:/> 6 0. 6 ./01
BANCA E3AMINADORA
44444444444444444444444444444444444444444444444444
P$+5 JOO BOSCO DUMONT DO NASCIMENTO 6O$%"()&'+$7
U(%"$*%'&'" F"'"$&8 '+ C&$%$% 6UFCA7
44444444444444444444444444444444444444444444444444
P$+95 D$&5 RAC; KELLI MARTINS
U(%"$*%'&'" F"'"$&8 '+ C&$%$% 6UFCA7
44444444444444444444444444444444444444444444444444
P$+5 M"5 TIAO COUTIN
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A Naninha, Didinha e Mifilho que foram,
sempre, motivo, exemplo e inspirao para
que eu seguisse em frente e descobrisse a
cada novo dia, a cada novo desafio, o melhor
que h em mim.
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ARADECIMENTOS
A$radecer talve se?a uma das 3ormas mais di3=ceis de verbaliar o #ue"
dentro de n,s" depois de tanto e tudo o #ue se viveu" sentiu e e@perimentou" parece#uerer e@plodir% A$radecer" #uando nos tornamos to sens=veis ao tempo no seu
?eito astuto de passar e nos 3aer e@istir tornase lei% Aos encontros" a3etos"
poesias e aos #ue comi$o compartilharam pedaos da vida" a$radeo%
A$radeo ao meu D"* por" do seu ?eito estranho" aceitar esse meu ?eito
estranho de ter 3 na vida e" talve por isso" me conceder a cada dia" inspirao e
bons olhos para #ue eu possa me permitir viver os encontros e os momentos"
en@er$ando neles sempre a poesia e o aprendiado%
A$radeo a :ain e a ainha" S" R&%!('+e D+(& S++$$+" apesar de e"
principalmente" por causa de% :or terem me ensinado coisas sobre o bem e sobre a
importncia e o valor da 3am=lia% A P&%( a$radeo por ter sido" sempre" o maior
e@emplo de inte$ridade #ue tive na vida8 por seu silDncio to sabido" por rir das
minhas besteiras e por nunca ter dei@ado de me chamar de Ene$uinha de pai" como
se dese?asse #ue eu no crescesse nunca" mas aceitando toda mudana com
or$ulho e 3 em mim% A M&%(=& a$radeo por ser o maior e@emplo de 3ora #ue ?
vi(vi)8 por terme 3eito descobrir minhas maiores 3oras e minhas piores 3ra#ueas8
por ter tentado" na reta 3inal da minha $raduao" me dar o silDncio e a pa #ue eu
precisava e ter admitido 3alhar nisso" e por nunca ter dei@ado 3altar o ca3einho para
me manter acordada nas lon$as noites de estudo" choro e recomeo%
A$radeo aos meus irmos #ue so meus maiores e melhores motivos" elos e
ra=es% A N&(%(=&(Juliana)" por ser #uem" de al$uma 3orma" sempre 3e com #ue
todos n,s buscssemos ?eitos e 3oras de viver da melhor 3orma poss=vel8 por estar
sempre ali" mesmo #ue Hs vees nem ela mesma perceba8 por no cansar nunca de
per$untar Etu me amaI" mesmo sabendo a resposta e o #uanto isso" Hs vees" me
tira do srio" principalmente #uando estou tentando estudar% A J>(%+$ #ue" ainda #ue
distante e calado desde #ue me lembro" 3oi #uem me presenteou com dois sobrinhos
#ue" tambm um pouco distantes" sempre me lembram #ue h de valer a pena o
dese?o e o es3oro por um mundo melhor e #ue" invariavelmente" me lembram de"
em al$uns aspectos" no me dei@ar crescer% A D%'%(=&(Beni$na)" por ser mais #ue
irm" por ser #uem tomou para si a responsabilidade de me e me acompanhou
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desde os primeiros passos" investindo" principalmente" na minha educao8 por ter
me dado os primeiros livros #ue tive e por" at ho?e" no medir as palavras para 3alar
do or$ulho #ue sente de mim8 por ser o e@emplo mais bonito de 3ora e 3" de
pro3issional dedicada e apai@onada #ue tenho8 se eu conse$uir tornarme ao menos
metade de #uem ela " serei uma $rande pessoa% A M%%8=+ (duardo)" por ter
despertado em mim o $osto pela escrita8 por ser meu $rande e@emplo de
persistDncia indo atrs do seu sonho por mais di3=ceis #ue tenham sido al$uns dias"
e por mais dolorosa #ue continue sendo a saudade de casa8 por me abraar e viver
as coisas como se no houvesse amanh e por ter $rande culpa no 3ato de eu sentir
tudo com tanta intensidade e emoo% Aos meus irmos" todo amor e $ratido #ue
houver nessa vidaK
A$radeo a F"8%" por ter causado tanta ba$una #ue me 3e perceber #ue
3icar #uieta muito pouco me apetece e #ue" por isso" preciso sempre diminuir os
limites #ue nos distanciam do cu8 por tanta paciDncia" por tanto desalinho" por tanto
desa3io8 por terse misturado tanto a mim a porto de" muitas vees" no sabermos
#uem um e #uem o outro e" assim" sermos para n,s e pro mundo o m@imo de"
no m=nimo" duas possibilidades%
Aos ami$os #uem vDm l de lon$e" T=&?*" M&$%@&" J=**%&" B$"(+ e
R&&("" #ue mesmo com tanto caminho ? compartilhado" 3icaram indi3erentes H
distncia #ue se instalou tantas vees ao lon$o desses Lltimos #uatro anos" e
continuam sendo a mesma 3ora e os mesmos abraos de sempre% A K&$%(&e a T&)%
#ue" por tanto carinho" preocupao" ateno e braos abertos" sempre" brincaram
de ser minhas mainhas para nunca mais dei@ar de ser assim% a minha madinha
N&('"8"a$radeo por ter me insti$ado H escolha do curso" en@er$ando nele" bemantes de mim" um lu$ar onde eu poderia dier muito sobre #uem sou e por nunca ter
sa=do de perto mesmo #uando eu no estava%
A$radeo aos encontros e a3etos #ue me proporcionaram as vivDncias e os
$ostos mais verdadeiros no ambiente acadDmico% M U(%"$*%'&'" F"'"$&8 '+ C&$%$%
por ter sido palco de tanto encontro" aprendiado e troca% Aos #ue participaram dos
meus melhores momentos en#uanto acadDmica e #ue tanto contribu=ram em minha
3ormao" inclusive para alm da academia" com tanto preparo pro3issional aliado Hspalavras e $estos de #uem tem sempre muito a ensinar% A$radeo a I@& #ue no
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comeo dessa tra?et,ria acadDmica me a?udou a ter calma com o novo e #ue
durante toda essa caminhada se 3e colo" carinho e ateno8 A$radeo a L8%&
#ue meu $rande e@emplo de bibliotecria" pela belea em todos os sentidos"
3irmea nas palavras e levea nos $estos #ue tanto me ensinaram e ainda inspiram8
A$radeo a D+(& S(%&pelos abraos dirios #ue me doou sempre de muito bom
$rado" acompanhados de palavras encora?adoras% A$radeo em especial aos
mestres- M+'"*)+" por tanta poesia trocada8 D+$&" pela disciplina de Teoria e
:rtica da Neitura #ue me 3e apai@onar em de3initivo pelo curso" #uando nos levou
a conviver e compartilhar com as pessoas 3ora da universidade e #ue deu espao a
outros tipos de escritas di3erentes da mais comum no ambiente acadDmico8 F&(&"
por ter semeado tanto o si$ni3icado da palavra a3eto e por ter insti$ado as melhoresdiscussOes dentro e 3ora da sala de aula e #ue" por isso" 3oi 3undamental na
construo de al$uns dos meus olhares para o outro" para a sociedade8 A$%8%" por
tantas palavras e $estos de carinho to incentivadores e tran#uiliadores" e por ser"
de corao" uma meona8 C8"%'"" pela orientao na escrita do arti$o do #ual mais
me or$ulho de ter produido e #ue nos rendeu uma premiao e por" assim como
L&*" C&$8& e S&!"8" pelos corredores e suas salas" ter sido responsvel por
al$uns dos muitos risos no percurso desses anos de convivDncia8 $&" por seral$um em #uem" de al$uma 3orma" me espelho8 pela $raa" pelas palavras de
incentivo e por compartilhar comi$o uma $rande pai@o art=stica%
A$radeo a um dos maiores Emenino do dedo verde #ue ? conheci e #ue"
aceitando 3aer parte do meu caminho" 3ese" mais #ue orientador" um ami$o e
$rande incentivador% A$radeo a J+/+ D!+()por tudo #ue ensinou" no s, a mim"
re$ado a palavras de a3eto e por" muitas vees" palavra nenhuma ter sido maior #ue
seu silDncio e abrao de compreenso%
Ms amiades #ue 3oram semeadas e colhidas" ao lon$o desses #uatro anos"
na mais plena 3orma de criatividade e invencionice" a$radeo% A T=&8)&" P&8+!&e
&G("$por" ?untos" termonos tornado um #uarteto to cheio de ener$ia" amor" arte
e di3erenas #ue" #uando ?untas" mostravam #ue ?untos somos to maiores% A todos
os B
abraos" pela delicadea aeda de cada dia" pelos e@emplos e aprendiados
compartilhados e momentos" #uase sempre" de muito riso%
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:or 3im" a$radeo ao$+ &$&H&8 e todos #ue o constroem por terem
aberto seus portOes e seus braos para me receber% :or terem me 3eito sentir em
casa e a cada despedida ? #uerer o reencontro% m especial" a$radeo a M&$%+
J+$G" M&(%(=+" #ue em al$umas horas de conversa em dois encontros" me
transmitiu mais emoo e pai@o do #ue ? pude sentir em muitos" e por lutar e
militar com todas as suas 3oras e encantamentos para #ue o teatro de rua
ocupasse seu espao na cidade e na vida das pessoas%
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E olho vD
A lembrana revD
a ima$inao transvD%
R preciso transver o mundo%
6M&(+"8 '" B&$$+*7
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RESUMO
ste estudo postulase atravs da importncia das prticas6e@pressOes art=sticasnum conte@to social e in3ormacional" tendo como recorte o teatro de rua" no mbitodas 3ontes e mediaOes de in3ormao e sua contribuio para disseminao deconhecimento e 3ortalecimento das ideias de identidade e mem,ria das prticastradicionais de um povo% Qeu ob?etivo $eral a3irmar o teatro de rua como 3onte emediao de in3ormao" conte@tualiando com as prticas do
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ABSTRACT
This studS posits itsel3 throu$h the importance o3 the practical 6 artistic e@pression insocial and in3ormational conte@t" 3ocusin$ on street theater" as the mediation and
source o3 in3ormation and its contribution to dissemination o3 noled$e andstren$thenin$ o3 ideas o3 identitS and memorS the traditional practices o3 a people%
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SUMRIO
1 INTRODUO5555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555551
2 METODOLOIA5555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555551
FONTE E MEDIAO DE INFORMAO55555555555555555555555555555555555555555555555555555555555551
51 O )"&)$+ '" $& +!+ +()" '" %(+$!&./+55555555555555555555555555555555555555555555555555555520
52 M"'%&$ &$& %(+$!&$, +!(%&$ &$& *%G(%%&$555555555555555555555555555555555555555555552
TEATRO DE RUA5555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555251 A $& +!+ "*&.+ )$&(*G$"**+$55555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555552
52 O "*")&'+$, & %'"()%'&'" " & !"!#$%&55555555555555555555555555555555555555555555555555555555552
5 A 8)$& +8&$ (+ )"&)$+ '" $&: + ""!8+ '+ $"%*&'+555555555555555555555555555551
AS PERSPECTIVAS DO TEATRO DE RUA NO BRASIL55555555555555555555555555555555555555
INSTITUTO ARAJAL DE ARTE E CULTURA POPULAR55555555555555555555555555555555555
51 A "*+8=& '+ G$+5555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555550
52 A.Q"* " + G$+ $"&8%@&55555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555551
CONSIDERAES FINAIS5555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555
REFERNCIAS55555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555
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1 INTRODUO
ste trabalho sur$e carre$ando em sua essDncia o dese?o de pensar o
acontecimento do teatro de rua na cidade como uma 3onte de in3ormao e
3erramenta de mediao" 3ormadora e reconhecedora de cultura e conhecimento%
as" no apenas isso% R um evento #ue comun$a com discussOes acerca da
comunicao" da mem,ria" da identidade" e do carter pol=tico dessa e@presso
art=stica%
:ensemos em um momento em #ue o ritmo da cidade se?a #uebrado" em #ueas ideias prestabelecidas do uso dos espaos pLblicos so distorcidas e
in3ormao e conhecimento se mostram em 3orma viva e atuante% nde o cenrio
montado e um convite a um aprendiado e a uma comunicao em seu modo
emp=rico" na troca de in3ormao pela convivDncia" 3eito pela presena dos
transeuntes do local" e estar passando na rua 3a das pessoas um poss=vel pLblico"
espectador ativo" uma 3i$ura importante desse poss=vel ?o$o%
R esse o conte@to primeiro em #ue podemos en@er$ar e entender o teatro derua% Uma ao incomum" no meio da cidade" #ue propOe uma #uebra do habitual
com al$o novo para muitos" al$o para alm do entretenimento e da diverso" um
modo construtivo e relacional de transmitir e trocar in3ormao% 'evelandose"
tambm" como um ato pol=tico de 3ormao cidad" levando H sociedade um direito
comum H cidade- o acesso H cultura%
teatro de rua uma per3ormance semelhante H #ue acontece no teatro
convencional (3echado e com palco)" compartilhando desde as tcnicas de
monta$em e apresentao" a al$umas necessidades materiais como" por e@emplo"
3i$urino e som" mas #ue estabelece" de 3orma clara e necessria" troca e
pro@imidade com o espectador% Alm disso" o espao" como um todo" 3a parte do
espetculo% teatro de rua incorpora a cidade%
ssa e@presso art=stica d 3orma a uma possibilidade de pensar as 3ontes de
in3ormao #uando" em todo seu processo" usa de valores carre$ados de
in3ormao e carter 3ormador de conhecimento% teatro de rua e@iste en#uanto
e@presso da arte e" tambm" como 3erramenta pol=tica%
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&iante da importncia do teatro de rua no processo de 3ormao pol=tica e
in3ormacional de um povo" no #ue di respeito ao seu reconhecimento en#uanto
parte 3undamental e #ue deve ser atuante no desenvolvimento do meio em #ue vive"
e no sentido de considerar o valor das prticas art=sticas e tradicionais de seu povo
na 3ormao de sua cidade" #ue sur$e a necessidade de dar vao H e@istDncia
dessas prticas e Hs 3ormas de preservlas%
!esse conte@to" o processo da e@presso art=stica do teatro na rua" acontece
como um elo #ue apro@ima o pLblico da ao" com a inteno de estabelecer nessa
pro@imidade uma relao de reconhecimento e6ou importncia% A partir desse
contato" imprescind=vel a presena do bibliotecrioartista (uma relao poss=vel
da 3ormao de um pro3issional com uma outra atividade #ue desenvolve por praer"ou mesmo uma relao entre duas pro3issOes" duas artes) en#uanto mediador e
3ortalecedor da ideia do teatro de rua como in3luDncia cr=tica" social e in3ormacional
para a sociedade%
sta pes#uisa ?usti3icase a partir das possibilidades interdisciplinares da
Biblioteconomia" bem como da arte" pautando essa relao a partir de estudos de
3ontes de in3ormao% Tambm promovendo subs=dios a estudos #ue se relacionem
ou a$re$uem as linhas sobre comunicao" cultura e mem,ria" onde o bibliotecrioatua como mediador63acilitador" repassando e6ou dando acesso aos dados e
in3ormaOes sobre esses temas" bem como a necessidade de conhecer e analisar
os conteLdos tratados nessas aOes%
!o #ue concerne ao trabalho do bibliotecrio en#uanto pro3issional da
in3ormao e o seu conhecimento acerca das possibilidades de preservao e
disseminao do seu principal instrumento de trabalho" destacase com maior
Dn3ase a mediao% R nessa importante prtica #ue acontece o processo de
comunicao como 3orma de apro@imar e dar sentido ao uso da in3ormao
pelo6para o usurio%
otivando a discusso deste trabalho ?unto ao ob?etivo de a3irmar o teatro de
rua como 3onte e mediao de in3ormao" identi3icando nas prticas dessa arte
3erramentas e aOes #ue atuem como 3ormadoras e comunicadoras de in3ormaOes
voltadas H preservao de identidade e mem,ria " temos dois pontos 3undamentais%
&e um lado" a ausDncia de estudos apro3undados #ue relacionem o teatro de rua
com a Biblioteconomia" ainda #ue a arte de um modo $eral e o incentivo Hs aOes
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culturais com mediao do bibliotecrio en#uanto pro3issional da in3ormao se?am
estudos consideravelmente recorrentes% " de outro" o 3ato de os estudos em
Biblioteconomia darem um certo espao Hs di3erentes prticas do pro3issional" como
a 3orma de pensar a leitura" por e@emplo" em suas mais variadas possibilidades" e a
e@istDncia de in3ormao em diversos 3ormatos" o #ue" aliado ao carter si$ni3icativo
das coisas" resulta no conhecimento%
Vuanto aos procedimentos metodol,$icos" esta pes#uisa caracteriase como
e@plorat,ria" de naturea descritiva" com aborda$em #ualitativa% s mtodos
utiliados para a 3ormao do re3erencial te,rico e da coleta de dados 3oram a
pes#uisa biblio$r3ica e o estudo observacional%
A estruturao te@tual deste trabalho se desenvolve em #uatro cap=tulos de
3undamentao te,rica dispostos da se$uinte maneira" sucedendo um capitulo inicial
sobre o desenvolvimento metodol,$ico deste- no primeiro capitulo so 3eitas
aborda$ens sobre 3onte de in3ormao e sobre como a arte pode ser considerada
uma" dividido em duas subseOes #ue dialo$am sobre os processos de mediao e
comunicao" e #ue propOe" baseado nas ideias e@postas" o teatro de rua como
uma 3onte e 3erramenta de mediao de in3ormao" apresentando o recorte #ue drespaldo Hs ideias do trabalho% !o cap=tulo se$uinte so apresentados conceitos e
e@emplos da e@istDncia hist,ria do teatro de rua e" nas subseOes desse cap=tulo"
so discutidas peculiaridades dessa prtica art=stica #ue 3aem re3erDncia H pol=tica"
identidade e mem,ria% capitulo se$uinte consiste em e@por as opiniOes de al$uns
nomes relacionados aos movimentos art=sticos no Brasil" sobre suas perspectivas
sobre o teatro de rua no nosso pa=s% :or 3im" 3eita uma apresentao do
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2 METODOLOIA
s mtodos so as mais concretas etapas da investi$ao" e pressupOem
uma atitude i$ualmente concreta em relao ao 3enWmeno pes#uisado e esto
limitadas a um dom=nio particular (NA*ATQ A'C!
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ste trabalho " tambm" em sua mais pro3unda essDncia" de carter
e@plorat,rio" tendo como principal ob?etivo desenvolver" esclarecer e modi3icar
conceitos" com a 3ormulao de problemas ou hip,teses pes#uisveis como
perspectivas" alm de apresentar menos ri$ide no plane?amento (G
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FONTE E MEDIAO DE INFORMAO
R praticamente imposs=vel pensar a sociedade atual sem ter em mente a
$rande hibridao #ue a cerca e a compOe% s povos e suas culturas bem como
seus posicionamentos pol=ticos" peculiares e@periDncias de vida e e@traordinrias
3ormas de se comunicar se a$re$am atravs das relaOes" do contato cotidiano" e
tornam a misci$enao uma realidade" abrindo um horionte ainda maior de
possibilidades do #ue o #ue ? e@iste em cada indiv=duo ou em $rupos menores na
sociedade%
Uma das 3ormas de estar preparado para viver e 3aer parte de uma
sociedade to mista e inconstante pela ideia de a$re$ar e" tambm" de modi3icar
se a todo instante manterse in3ormado% EA in3ormao a matria prima para os
indiv=duos serem part=cipes de mudanas na realidade social" or$aniacional e"
conse#uentemente" em sua pr,pria realidade (&
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X%%%Y interpretase como 3ontes de in3ormao" todo tipo de 3ontes" em$eral" #ue contenham ou produam in3ormao em um suporteestvel% !o se 3i@am unicamente em documentos" mas contemplame reconhecem a in3ormao procedente de instituiOes" pessoas e"inclusive" dos pr,prios acontecimentos sociais%
nto" de modo $eral" as 3ontes de in3ormao carre$am a necessidade de
um suporte 3=sico #ue alicerce a sua e@istDncia e a pro@imidade ttil de #uem dese?ar
ou necessitar delas% :orm" no se descarta a e@istDncia de in3ormao em
circunstnciase3Dmeras" como um acontecimento ou uma pessoa e suas aOes e
opiniOes% &e 3ato importante reconhecermos tanto as tcnicas para tratamento
#uanto os pr,prios suportes 3=sicos e materiais de in3ormao" mas neste trabalho
proponho considerarmos com mais a3inco a busca por possibilidades outras8 tanto
de reconhecer a e@istDncia de in3ormao (real e emp=rica)" #uanto as 3ormas de
tratla (suporte de re$istro e preservao)" a partir de um olhar voltado para a
e@presso art=stica como uma das 3ormas mais peculiares e cheias de possibilidades
de interpretao%
&ialo$ando com AraL?o (./00" p% 02)" podemos entender a
Arte como e@presso do homem" como mani3estao de uma humanidadetranscendente" leva o homem a uma sensao de uma liberdade e@trema%Tal sensao de liberdade pode ser entendida como um ambiente prop=cio Hinspirao e H criao da#uilo #ue ur$e dentro do ser" decorrente danecessidade de se comunicar X%%%Y%
Baseado nessa ideia" cabe pensarmos a arte como al$o #ue" alm de dar
espao ao #ue vem do mais =ntimo de cada pessoa" o #ue rea3irma a ideia de
mudana e mistura #ue pensamos em relao H sociedade" por propor um
3re#uente" e por #ue no pensar eterno" ato de criao% Alm disso" a arte mostra"
assim" a sua car$a de si$ni3icado%
&essa maneira" ao atribuirmos relao entre arte e 3onte de in3ormao"
podemos observar o ob?eto art=stico como um documento #ue 3ora produido a partir
de uma e@periDncia criativa e #ue carre$a valor e carter in3ormacional por" H
medida em #ue se re3ere H resposta do =ntimo de #uem o produiu" retratar
situaOes e sentimentos relacionados H condio in3ormacional" sob o olhar pLblico"
ou no" do ob?eto resultante da criao (:
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resulta de um sentimento" intan$=vel para #uem a produ ou tem acesso" e pensar
como ela poderia a3etar e" de 3ato" tambm si$ni3icar para outra pessoa% !esse
conte@to" AraL?o (./00" p% ./) nos leva a re3letir sobre Eobra de arte ser" tambm" um
estado #ue de3inido pelo 3ato de o ob?eto art=stico precisar de um se$undo
indiv=duo a #uem possa estabelecer uma relao de si$ni3icao% Assim
X%%%Y !o se sustenta uma obra de arte sem al$um #ue a contemple" sem oolhar de um observador" sem a interao ou a complementao do outro"da#uele #ue a identi3icar como obra" independente do ser #ue a criou" doartista" do seu autor%
:or poderem ser representadas por al$o #ue no necessariamenteconcreto" as possibilidades de 3ontes de in3ormao tornamse inLmeras e" at"
sub?etivas" como no caso da arte" assim podendo con3i$urar a pr,pria mem,riacomo a mais anti$a das 3erramentas utiliadas pelo homem" no como suporte" mascomo re$istradora de in3ormao% ssa 3erramenta re$istradora" ento" utiliaria a3ala" a comunicao direta" para passar adiante os seus saberes% as importanteconsiderar tambm" ?unto da 3orma como se transmite a in3ormao" #ue acompreenso do outro parte 3undamental no processo de in3ormar" comunicar econhecer%
51 O )"&)$+ '" $& +!+ +()" '" %(+$!&./+
&entro do le#ue de possibilidades #ue h em e@pressarse artisticamente"
e@iste o teatro de rua% Uma prtica milenar #ue ? se con3i$urava na ideia de
3ormao do pLblico" se pensarmos" por e@emplo" as mani3estaOes tradicionais dos
povos" como procissOes ou o pr,prio carnaval% teatro de rua sur$e como um ato
espontneo da sociedade como meio de comunicarse" tornandose" posteriormente"
uma 3orma de salva$uarda de costumes e tradiOes%
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&ando respaldo H importncia das prticas do teatro de rua no cenrio atual
do nosso :a=s" temos o :lano !acional de Cultura #ue" nascido em ./0/" propunha
pensar o Brasil" dali a 0/ anos" com mais acesso e independDncia em relao H
cultura% A educao e a comunicao social" por e@emplo" so reas das #uais se
espera #ue e@ista maior relao com a cultura nos pr,@imos anos" o #ue" pensando
no trabalho do bibliotecrio" so v=nculos #ue 3ortalecem a 3ormao de
conhecimento%
A Constituio Federal incluiu a cultura como um dos direitos sociais" aolado da educao" saLde" trabalho" moradia e laer% Assim" os direitosculturais devem ser $arantidos com pol=ticas #ue ampliem o acesso aosmeios de produo" di3uso e 3ruio dos bens e servios de cultura%
Tambm devem ser ampliados os mecanismos de participao social"3ormao" relao da cultura com a educao e promoo da livree@presso e salva$uarda do patrimWnio e da mem,ria cultural (
&entro das metas do :lano !acional de Cultura" podemos destacar a eta 1"
#ue propOe a e@istDncia de leis #ue propiciem valor e proteo Hs culturas populares
tradicionais% E
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Art% 0[ Fica aprovado pelo :lano !acional de Cultura" em con3ormidade com ] 9[ do
art% .0> da Constituio Federal" constante do Ane@o" com durao de 0/ (de) anos
e re$ido pelos se$uintes princ=pios-
< liberdade de e@presso" criao e 3ruio8
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Almeida JLnior (.//2" p% 2.) conceitua" mesmo #ue embrionariamente"
mediao de in3ormao como
X%%%Y toda ao de inter3erDncia realiada pelo pro3issional da in3ormao "direta ou indireta8 consciente ou inconsciente8 sin$ular ou plural8 individualou coletiva8 #ue propicia a apropriao de in3ormao #ue satis3aa" plenaou parcialmente" uma necessidade in3ormacional%
:orm" antes de che$ar a essa considerao" Almeida JLnior (.//2) percebia
#ue nos estudos sobre mediao" os pro3issionais da rea da CiDncia da
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est para um via?ante- apenas como uma 3erramenta indicativa ao destino
procurado% A proposta pensar a mediao para alm da 3acilitao" do sentido
estvel da indicao8 como um processo de troca e compartilhamento" onde os atos
de in3ormar e comunicar se tornam indissociveis%
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TEATRO DE RUA
A rua nasce" como o homem" do soluo" do espasmo% P suor humano naar$amassa do seu calamento% Cada casa #ue se er$ue 3eita do es3oroe@austivo de muitos seres" e havei de ter visto pedreiros e canteiros" aoer$uer as pedras para as 3rontarias" cantarem" cobertos de suor" umamelopeia to triste #ue pelo ar parece um ar#ue?ante soluo% A rua sentenos nervos essa misria da criao" e por isso a mais i$ualitria" a maissocialista" a mais niveladora das obras humanas ('
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Como" em $eral" se vD e espera nos per3is das mani3estaOes art=sticas" o
teatro de rua deve propor uma re3le@o% &e 3orma individual ou coletiva" imediata ou
posterior" a reao do pLblico rea3irma para o artista a importncia do seu trabalho e
a necessidade de 3ora para #ue ele acontea e" do pr,prio espectador" esperase a
re3le@o no apenas sobre o rumo #ue" 3ora da rotina cotidiana" seu dia tomara"
mas" tambm" no #ue tan$e ao si$ni3icado do teatro de rua en#uanto ao de
(de3orma e) re3orma de um espao com traos e aOes politicamente pr
estabelecidos% :ensando nisso" Carreira (.//0" p% 011) nos su$ere
A possibilidade de pensar o teatro de rua a partir da ideia daaborda$em do espao urbano" para permitir uma apro@imao a essamodalidade teatral #ue no se?a re$ida apenas pela delimitao dosconteLdos temticos e pea citao de re3erentes culturaistradicionais" mas por suas re$ras de 3uncionamento como espetculoe pelo seu papel de reor$aniao do espao urbano%
51 A $& +!+ "*&.+ )$&(*G$"**+$
A sociedade capitalista hierar#uia al$uns espaos" distin$uindoos entre
nobres e mar$inais% A e@istDncia de salas pr,prias para apresentaOes de teatro" Hs
#uais" em sua maioria" preciso pa$ar para se ter acesso" $erando lucro para
determinado setor6estabelecimento" trans3orma o teatro de rua numa arte
predominantemente mar$inal% A ao desta arte nas ruas propOe a trans$resso das
re$ras do uso da cidade" o #ue acaba por des3aer as ideias prestabelecidas de
3unOes espec=3icas e #uestionar o sistema dominante% Eainda #uando a cultura
dominante possa conviver com a trans$resso" cedendo al$uns espaos" a
e@presso da rua continua sendo mar$inal ante o conceito de teatro respeitvel #ue
3or?ou a sociedade (CA''
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hibridismo no teatro de rua se mostra atravs do $rande nLmero de su?eitos
sociais capaes e aptos a inter3erirem no ato do espetculo" mesmo #ue no
diretamente na sua lin$ua$em cDnica" mas no seu carter% R nessa relao de
pro@imidade #ue e@iste entre ator e espectador" entre realiadores e audiDncia" e na
importncia #ue e@iste no pertencimento" valoriao e possibilidade de atuar #ue
e@iste de ambas as partes" onde o mais simples dos espetculos vem a intera$ir
com a cultura h=brida das cidades" tornandose um ob?eto novo" a cada
apresentao" sob o olhar de #uem est na rua%
Assim" pelas mudanas e evoluOes dos espetculos" bem como dos atores"
estarem diretamente relacionadas com a inter3erDncia e in3luDncia do pLblico" o
teatro de rua tornase um ato pol=tico por" alm de democratiar as lin$ua$ens e os
espaos" ser uma representao da vo e do sentimento dos povos #ue ocupam as
ruas% :ara AraL?o (./00" p% 0Z)
!o #ue se re3ere H mudana para alm dos palcos" tratamos do 3aer teatralsocialmente responsvel" onde o ator" o artista" mais #ue o indiv=duo" setorna representante do seu povo" re3erenciandoo e representandoo" dandovo a #uem no tem ve e" de al$uma maneira" se comprometendo com asonhada e esperada trans3ormao social%
52 O "*")&'+$, & %'"()%'&'" " & !"!#$%&
X%%%Y muito antes do teatro #uerer $anhar a cidade" ? houve um momento em#ue o teatro era 3eito pela cidade" e mais- era o pice da vida em comum nacidade" um momento em #ue toda cidade parava e se con$re$ava em tornodo espetculo cDnico% Po?e" o teatro invade a cidade" ou ho?e" o teatro voltapara a cidadeI (&
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espontnea se re3ere a#ui no necessariamente a uma incluso do pLblico nacena" mas na disponibilidade de se relacionar de mLltiplas 3ormas com oespetculo" aceitando a invaso do espao coletivo (CA''
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apostam 3ortemente no hibridismo" no resultado das misturas de in3ormaOes como
o 3uturo mais certo para as mani3estaOes art=sticoculturais" pensando em como
essas tDm acontecido de al$umas 3ormas to inovadoras nos dias atuais%
#ue acontece" na verdade" um dese#uil=brio entre a ideia de dar liberdade
Hs mani3estaOes art=sticas e a de dei@ar re$istrado" pelo sentimento de valorao H
coisa importante #ue aconteceu e #ue pode ter a3etado de diversas 3ormas as
pessoas e o meio" mas tambm como uma 3orma de $arantir 3ontes de pes#uisas"
acadDmicas ou pessoais" no 3uturo% :ara Faria (.//4" p% 0>0Z)" devem ser
preservados
Todos os bens de naturea material e imaterial" de interesse cultural ouambiental" #ue possuam si$ni3icado hist,rico" cultural ou sentimental" e #uese?am capaes" no presente ou no 3uturo" de contribuir para a compreensoda identidade cultural da sociedade #ue o produiu%
Como e@emplo da importncia desse e#uil=brio entre a permisso de
modi3icao e hibridao #ue as prticas tradicionais devem receber" e a importncia
da preservao dessas mesmas prticas como 3ontes memorial=sticas da hist,ria de
um povo" temse o E'omeu e Julieta encontro de Qhaespeare com a Cultura
:opular" atual principal espetculo do Grupo Gara?al" com te@to de +ictor Au$usto e
direo de ario Jor$e aninho% espetculo propOe contar mais uma ve o
clssico romance shaespeariano" mas sob uma nova perspectiva- a bri$a entre
ont#uios e Capuletos e o amor entre seus herdeiros acontecem em um terreiro de
reisado" interpretados por mestres" catirinas e mateus" ao som de p=3anos e
abumba" e embalados por rodas de coco" paude3ita e lutas de espada% u se?a" a
mistura de culturas ditas di3erentes" uma hist,ria predominantemente contada com
uma lin$ua$em dita erudita sendo recontada com o lin$ua?ar peculiar do nordeste"
com 3erramentas e 3ol$uedos #ue 3aem parte da mem,ria do nordestino%
A preservao no deve carre$ar a incumbDncia de cpsula protetora das
mani3estaOes art=sticas e culturais" #uando essas" por onde passam" capturam os
olhares e ener$ias #ue receberam e" naturalmente" se trans3ormam% A preservao
deve ser encarada como uma 3orma de $arantir a e@istDncia" a mem,ria viva do #ue
se 3e" baseado" entre outras coisas" no ideal de ensinar" insti$ar e a3etar as
pessoas% &a= a importncia" no de enclausurar a ao primeira" mas de $arantir#ue" ainda #ue ela se modi3i#ue e isso serve para cada uma de suas mudanas"
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tambm " no se?a es#uecida% :reservar no impedir a mistura" o novo" a criao"
mas evidenciar a importncia hist,rica e social do #ue e@istiu%
5 A 8)$& +8&$ (+ )"&)$+ '" $&: + ""!8+ '+ $"%*&'+
Como apresentado na seo anterior" o principal espetculo do Grupo Gara?al
d respaldo H escolha do reisado como 3orma de e@empli3icar a importncia da
e@istDncia da cultura popular no teatro de rua%
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Alm dessa relao 3orte com a pr,pria comunidade" o reisado alicera sua
mani3estao" tambm" na relao do homem com as prticas tradicionais da
sociedade como um todo" e at da naturea" como e@plica Barroso (./09" p% 9/5)-
Bois e reisados utiliam 3ormas cDnicas caracter=sticas de sociedadestradicionais" nas #uais prevalece o esp=rito reli$ioso" a viso sa$rada douniverso e onde o mundo preserva seu encanto% ri$inamse de ambientesonde homem e naturea" arte e vida" ainda no estavam de todo apartados%Como e@pressOes de culturas orais" utiliam lin$ua$ens mitopoticas #ue"muitas vees" no privile$iam a palavra no processo de comunicao%
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AS PERSPECTIVAS DO TEATRO DE RUA NO BRASIL
Brasil um pa=s rico em culturas populares e tradicionais% As re$iOes #ue
compOem o pa=s" uma a uma" realam e inspiram" cada #ual com sua sin$ularidade"
a criatividade e as e@pressOes da cultura popular #ue do nome" vida e sentido Hs
hist,rias do povo brasileiro%
!esse sentido" o territ,rio brasileiro um local ideal para o desenvolvimento
de aOes de incentivo e pro?etos #ue visem proli3erar e preservar as diversas
culturas populares #ue o compOem" dentro de cada $esto menos (municipal"estadual) de cada re$io% E Brasil campo 3rtil para o desenvolvimento de
pro?etos em #ue a cultura tenha um papel central" devido sua notvel diversidade
criativa (U!QC apud Qantia$o" p% 09)%
ediante o e@posto nos cap=tulos anteriores" e H perspectiva do Brasil como
um pa=s marcado pelas diversas e misci$enadas culturas" 3ase de $rande
importncia compartilhar um pouco da opinio sobre o teatro de rua" recorte principal
deste trabalho" de atores e6ou participantes ativos dos movimentos art=sticos noBrasil% As 3alas abai@o so os primeiros resultados de uma pes#uisa pessoal do
assessor de comunicao" tcnico e 3ot,$ra3o do Grupo Gara?al" Anso 'odri$ues"
em parceria com i$uel Cairo" ator do $rupo% Qua pes#uisa vem sendo desenvolvida
ao lon$o deste ano durante a passa$em do $rupo por al$umas cidades do Brasil"
por meio da aprovao no edital do pro?eto :alco Girat,rio" do Qesc% A pes#uisa" #ue
recebe o nome #ue d t=tulo a este cap=tulo" ainda est em andamento e tem a
fanpage
do $rupo como ve=culo de divul$ao%
Alm de e@por al$umas opiniOes sobre os rumos #ue o teatro de rua tem
tomado no Brasil" as 3alas vDm para re3orar as ideias e@postas neste trabalho"
rea3irmando sua veracidade e importncia% &as sete entrevistas divul$adas"
usaremos cinco como e@emplo%
2https-66%3aceboo%com6GrupoGara?aldeTeatro
https://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatrohttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro7/25/2019 FONTE E MEDIAO DE INFORMAO: MEMRIA, IDENTIDADE E SOCIEDADE NO TEATRO DE RUA. Karol Vieira
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teatro de rua carre$a trDs 3undamentais vertentes de atuao #ue esto
inteira ou parcialmente relacionadas com a proposta deste trabalho" como cita
Adailton Alves Te@eira" do Grupo Buraco drculo9-
A esttica do teatro de rua no Brasil tem trDs matries 3undamentais" nI Asculturas populares tradicionais ou a#uilo #ue ario de Andrade1chamou de`as danas dramticas8 uma outra matri #ue a #uesto do circo" nI X%%%Y#ue a partir dos anos 4/ ele aumenta8 e uma matri mais pol=tica" nI X%%%Y#ue che$a ao Brasil ali X%%%Y pelos C:Cs" os Centros :opulares de Cultura >
da U!% X%%%Y nto" essas trDs matries mais pra separar" mas os $ruposatuam" Hs vees" misturando essas lin$ua$ens% X%%%Y Com relao aomovimento do teatro de rua no Brasil" ele" de 3ato" ele vem aumentandomuito e" mais do #ue aumentando" a $ente vem conse$uindo encontrar todomundo" nI Qe?a na 'ede Brasileira de Teatro de 'ua Z"se?a em mostras e3estivais #ue tem aumentado% nto muito interessante essa perspectivada $ente t se encontrando e s, aumentando" por #ue mesmo $rupos #uenunca haviam 3eito rua" de repente comeam a ver essa possibilidade de irpra rua" o #ue muito interessante% Vuer dier #ue esse o espao onde a$ente t conse$uindo" de 3ato" dialo$ar" encontrar o pLblico e discutir (%%%)por meio da esttica" a sociedade #ue a $ente vive%
Ainda #ue e@istam matries #ue norteiam as prticas teatrais" cada $rupo cria
suas per3ormances e possibilidades dentro da #uesto da rua #ue" por si s," propOe
3 Buraco drculo nasceu em 0224" com o intuito de 3aer um teatro #ue discuta ohomem urbano contemporneo e seus problemas%
https-66%3aceboo%com6buraco%oraculo6timeline
4rio de Andrade (0429021>) 3oi escritor brasileiro" autor de Eacuna=ma" #ue tevepapel importante na implantao do modernismo no Brasil% Foi ami$o inseparvel de Anitaal3atti e sald de Andrade% Foi diretor do departamento de Cultura da :re3eitura de Qo:aulo% Foi 3uncionrio do Qervio do :atrimWnio Pist,rico do inistrio da ducao%http-66%ebio$ra3ias%net6mario\andrade6
5 Centro :opular de Cultura 3oi uma or$aniao associada H Unio !acional de
studantes% Criada em 02Z0" no 'io de Janeiro" por um $rupo de intelectuais de es#uerda"tinha o ob?etivo de criar e divul$ar uma Earte popular revolucionria" reunindo artistas dediversas reas" como teatro" mLsica" cinema" literatura e artes plsticas" para de3ender ocarter coletivo e didtico da obra de arte" bem como o en$a?amento pol=tico do artista%http-66enciclopedia%itaucultural%or$%br6$rupo9229426centropopulardeculturadaune
6A 'ede Brasileira de Teatro de 'ua 'BT'" criada em maro de .//5" em Qalvador6BA" um espao 3=sico e virtual de or$aniao horiontal" sem hierar#uia" democrtico einclusivo% Todos os $rupos de teatro" artistastrabalhadores" pes#uisadores e pensadoresenvolvidos com o 3aer art=stico da rua" pertencentes H 'BT' podem e devem ser seus
articuladores para" assim" ampliar e capilariar" cada ve mais" re3le@Oes e pensamentos"com encontros" movimentos e aOes em suas localidades%http-66teatroderuanobrasil%blo$spot%com%br6
https://www.facebook.com/buraco.oraculo/timelinehttp://www.e-biografias.net/mario_andrade/http://enciclopedia.itaucultural.org.br/grupo399389/centro-popular-de-cultura-da-unehttp://enciclopedia.itaucultural.org.br/grupo399389/centro-popular-de-cultura-da-unehttp://teatroderuanobrasil.blogspot.com.br/https://www.facebook.com/buraco.oraculo/timelinehttp://www.e-biografias.net/mario_andrade/http://enciclopedia.itaucultural.org.br/grupo399389/centro-popular-de-cultura-da-unehttp://teatroderuanobrasil.blogspot.com.br/7/25/2019 FONTE E MEDIAO DE INFORMAO: MEMRIA, IDENTIDADE E SOCIEDADE NO TEATRO DE RUA. Karol Vieira
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mudanas a cada nova apresentao%
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classe e" principalmente" uma #uesto de incentivo 3inanceiro" nI A $entetem al$umas leis de incentivo para a criao de rua% !o 'io Grande do Qul"em :orto Ale$re" a $ente tem" tem crescido muito% Grupos #ue notrabalhavam com rua" to comeando a sair pra rua" tambm" pra semani3estar" por#ue o pLblico de teatro tradicional ele acaba sendo sempre o
mesmo" a $ente acaba circulando sempre com as mesmas pessoas" e#uando a $ente t na rua a $ente abre um le#ue" uma $ama maior econse$ue entrar em contato com pessoas #ue no esto habituadas a ir noteatro% &entro do $rupo i$alD" a $ente trabalha com uma esttica voltadapra essa cultura do $aLcho% Uma pes#uisa tentando entender #ual anossa ori$em" o #ue ser $aLcho" tentando desmisti3icar essa ideia do$aLcho #ue ele truculento" #ue ele $rosso" mas tentando" realmente"buscar essas ra=es e essas ori$ens% eu acho #ue todos os $rupos deteatro de rua eles buscam isso con3orme a sua re$io% nto adiversi3icao desse trabalho muito $rande% A $ente assistindo trabalho donorte" a $ente percebe uma cultura de hist,rias e de lendas da re$io%Assim como #uando a $ente vem a#ui pro estado de Qo :aulo a coisa muito mais pol=tica" muito mais relacionada H cidade" mesmo" essa relao
patro empre$ado" como #ue se d as relaOes de oprimido e opressor"nI !o norte uma coisa muito mais 3estiva" eu tenho essa sensao"assim" de traer as 3estas populares" as 3estas de rua pra dentro dosespetculos%
A 3ala de *arine nos leva a transitar da pol=tica onde o teatro de rua se 3a
socialmente responsvel e" tambm" onde as leis" ho?e" de 3orma marcante no nosso
pa=s" atuam 3acilitando os encontros" trocas e e@periDncias at onde a arte 3eita na
rua considerada um elo entre passado e 3uturo das prticas tradicionais dos povos
e re$iOes" mas tambm e@perimentao para a recriao de al$umas dessas
prticas%
A #uesto das identidades (mLltiplas" mutveis" inconstantes e em eternodevir) est no centro de debates e discussOes #ue interpolam os maisdiversos campos na contemporaneidade- a hist,ria" a educao" as ciDnciassociais" a 3iloso3ia" as artes" o direito" a medicina" a psicolo$ia% n3im"praticamente todos os ditos Ecampos do saber esto sendo permeados peladiscusso acerca das identidades% (F''
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ntendendo esttica como al$o pol=tico" n,s temos matriesimportant=ssimas de pes#uisa de cultura popular" todas de cultura popular"#ue nos a?udam a compreender toda essa 3orma de como se e@pressarnesse espao pLblico e de como encontrar o pLblico" de como acolher opLblico e de como incluir esse pLblico nos nossos trabalhos em toda essa
3orma de 3aer% nto (%%%) tudo muito amplo% X%%%Y o momento em #ue vocDvai pra rua" vocD ? tem #ue pensar neste corpo #ue um outro corpo muito3ora do cotidiano" #ue um corpo mais amplo" #ue um corpo #ue tem umdilo$o muito direto e muito !rechtiano"%!rechtianono sentido X%%%Y do $esto"do $esto social e do 3aer ali na#uele momento" da#uelas relaOes comoelas so% nto tudo isso vocD encontra na prtica" na e@periDncia com aspessoas% nto" eu acho #ue a $ente tem caminhado bastante no sentidode apro3undar e de melhorar a nossa #ualidade" a nossa esttica e o nossoteatro" mais 3ocado na rua e nesse pLblico passante% sse trabalho" muitointeressante pensar" tambm" na #uesto dramatLr$ica por#ue o pLblico#ue t passando" muitas vees tem somente 0/ minutos pra ver oespetculo" ento #uando ele passa" ele ? tem #ue ter ideia" mais oumenos" do #ue" de 3ato" o espetculo #uer dier% X%%%Y #ue eu tW #uerendo
dier #ue cada cena de um espetculo mais lon$o na rua" a $ente precisapensar nessa relao com esse pLblico #ue passa" #ue olha" #ue observa%
Joo +icente" inte$rante da Namira Artes CDnicas2" ao ser entrevistado lo$o
ap,s a apresentao do espetculo E&o 'epente0/" apresenta as #uestOes pessoais
do $rupo" em n=vel de estado natal" sobre sua necessidade de conhecer o espao da
rua" mas" tambm" nos e@pOe uma preocupao #ue" assim como a belea das
inLmeras culturas" percorre $rande parte do Brasil%
$rupo" ele tem apenas um trabalho de rua% X%%%Y " pra n,s" o trabalhar comrua sur$iu como uma necessidade" por#ue :almas" em Tocantins" a Lnicacidade #ue tem disponibilidade de ter teatro% As outras cidades" do interior"no tem teatro% nto n,s t=nhamos a necessidade de adentrar no universode todo o pLblico do Tocantins" mas a nossa Lnica possibilidade" pra num3icar re3m de #uestOes tcnicas" 3oi adentrar no teatro de rua% Comeamossem conhecer e 3oi necessrio 3aer um estudo pra adentrar nesse universoe acontece #ue n,s nos apai@onamos por esse universo X%%%Y% " desde
8Brechtiano 3a re3erDncia ao dramatur$o alemo do sculo ^" $rande in3luenciador" porseus trabalhos art=sticos e te,ricos" do teatro contemporneo%
9NA
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ento" esse espetculo so3reu n modi3icaOes" por#ue" lo$icamente"con3orme n,s =amos apresentando X%%%Y n,s 3omos aprendendo com a prticatambm" e adentrando nesse universo a $ente 3oi modi3icando a esttica doespetculo e do $rupo" por#ue a $ente 3oi aprendendo% A$ora"particularmente" n,s tambm descobrimos #ue a #uesto do teatro de rua
no Brasil uma necessidade" uma obri$atoriedade" ainda" por#ue" porincr=vel #ue parea" n,s descobrimos #ue a necessidade #ue tem oTocantins" #ue pra receber arte tem #ue ser o teatro de rua" umanecessidade do Brasil% Brasil no tem teatros su3icientes e no tem"ainda" a tradio" ou a educao" ou a cultura de ir ao teatro% !,s vemos noteatro somente a#uele tipo de pLblico espec=3ico" a#uele pLblico #ue doteatro" da dana X%%%Y% #ual#uer lu$ar #ue n,s vamos" sempre tem um#ue 3ala `!ossaK :rimeira ve #ue eu ve?o%%% :rimeira ve #ue eu ve?oespetculo de teatroK X%%%Y nto" o teatro de rua" ho?e" no uma #uestos, pol=tica% :ro artista" acho #ue uma #uesto tica" tambm" de saber#ue o trabalho art=stico dele vai ter uma repercusso muito e3etiva ao serapresentado na rua por#ue uma plateia #ue tambm tem a necessidade" acarDncia% !o carDncia" mas t com a 3ome da arte" t mais pulsante a
3ome% isso muito $ostoso #uando vocD vai pra rua" por#ue vocDdescobre #ue" realmente" vocD no tem 3ome s, de comer" nI Vuemassiste" na#uele momento #ue vocD coloca o bebo ?unto com o empresrio"o rico com o pobre" o patrocinador com o patrocinado" e bota todo mundopra ter" sentir essa e@periDncia esttica" a#uele momento de parar"meditar" re3letir" assistir e ter uma e@periDncia esttica% :arece #ue omomento do espao #ue vocD para e (%%%) o #ue mais le$al #ue vocD noesperava por isso% ssa a ma$ia da rua% a rua honesta% +ocD no$ostouI +ocD levanta e vai embora%
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suas costas re3erDncias milenares de outros artistas" te,ricos e pensadores"de pessoas populares X%%%Y% as eu tenho uma Lnica certea- eu estareibrincando% starei brincando de teatro de rua%
:ortanto" o teatro de rua mostrase desde a arte da misci$enao e da
militncia" at 3indarse na naturalidade e no praer de brincar% Com isso" a
brincadeira 3ase parte 3undamental de todo o processo 3ormador #ue h no teatro
de rua" mostrando #ue o Eriso o complemento obri$at,rio da seriedade" elemento
necessrio ao e#uil=brio da vida humana% :or isso a vida popular se renova com a
3esta (BA''Q" ./09" p% 909)%
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INSTITUTO ARAJAL DE ARTE E CULTURA POPULAR
Com 00 anos de e@istDncia" o
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$rupo se mantm em atividade com aOes como Teatro mpresa"
AnimaOes"
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espetculo E'omeu e Julieta encontro de Qhaespeare com a Cultura :opular"
tive a oportunidade de vivenciar o espetculo che$ando bem perto do #ue propOe a
sua narrativa% m ./0." dentro da pro$ramao da ostra Qesc Cariri de Culturas"
acompanhei o $rupo ao distrito de Campo Ale$re" no munic=pio de Crato% No$o na
che$ada" ouvimos comentrios sobre como" na poca" os moradores dali
precisavam deslocarse para outra comunidade para ter acesso H escola" correios e
posto de saLde" por e@emplo% Ainda assim a recepo 3oi impecvel- cancela toda
aberta e terreiro bem varrido% Apresentado debai@o de um pdeman$a e
levantando muita poeira" o espetculo reuniu viinhos no #uintal de uma casa" como
era de costume nos tempos mais anti$os #uando" H lu do candeeiro" as
comunidades e@istiam na mais plena prtica de seu nome%
Alm disso" o $rupo Gara?al a$e e@atamente como propOe uma das aOes
#ue realia para6com a comunidade- Gara?al de :orto Aberto% Foi assim #ue" desde
o primeiro contato at a primeira visita" 3ui recebida% &e braos e porto abertos para
mim" pude conhecer mais de perto as hist,rias e o trabalho da#uela turma% At #ue"
nos encontros se$uintes" como dei@ou claro aninho desde a primeira visita" eu ?
me sentia em casa%
3ato #ue essas e@periDncias me levaram a al$umas re3le@Oes- sobre as
comunidades distantes #ue tDm pouco ou nenhum acesso H cultura" sobre os
costumes das pessoas #ue moravam (ou ainda moram) nos s=tios mais a3astados
dos centros das cidades" sobre a importncia do contato pr,@imo e verdadeiro com a
comunidade (rural ou urbana)" entre outras coisas% Gara?al insti$ou minha
curiosidade e ima$inao" me levando a aventurarme nesse mundo da rua" dos
contatos" das narrativas" das relaOes a3etivas%
52 A.Q"* " + G$+ $"&8%@&
Gara?al teve sempre no ideal do $rupo" a busca pela pro@imidade com a
comunidade e" por isso" sempre promoveu momentos de interao com a mesma%
Ao lon$o dos anos" a e#uipe passou a ocupar outros espaos na cidade" desde
praas a 3estas $randes e eventos privados% as o bom e velho acontecimento" de
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interditar a rua e dei@ar a#uele espao ser tomado pelas pessoas da comunidade"
era primordial%
ntre as aOes do $rupo Gara?al" esto-
&$&H&8 '" P+$)/+ A"$)+
Com in=cio em ./00" o Gara?al de :orto Aberto consiste em apresentaOes
art=sticas" aOes 3ormativas e intercmbios com $rupos de teatro e circo do Cear% A
ao acontece a cada trDs meses" na sede do $rupo" com o ob?etivo de potencialiar
um espao da rua em um espao cultural" desenvolvendo diversas aOes culturais
em dois ei@os- 0% Formao de plateia atravs de apresentaOes de espetculos das
mais variadas reas" estticas" $Dneros" poticas e de 3ai@a etria8 e .% Formao
art=stica atravs de o3icinas" palestras e seminrios nas reas de teatro" dana"
circo" mLsica" audiovisual" entre outras%
F"*)& '" R"%* " "%!&./+ '+ J'&*
Ainda #ue aconteam em pocas distintas a primeira no dia Z de ?aneiro"
3echando um ciclo #ue se inicia no natal" e a se$unda na Qemana Qanta " esses
momentos so" e3etivamente" representaOes das 3estas tradicionais nordestinas% !a
Vueimao do Judas" a 3esta totalmente 3eita para a comunidade e conta com
al$uns patroc=nios locais% !essa noite acontece um $rande bin$o e uma 3esta
re$ada a muita diverso% P" tambm" uma competio #ue premia a pessoa #ue
con3eccionar o melhor Judas e seu testamento" #ue lido para o pLblico% !a Lltima
edio da #ueima" at o pr,prio ario Jor$e aninho 3oi representado pelo boneco%
A cada ano" na Festa de 'eis" o $rupo prepara apresentaOes de reisado" cnticos e
ladainhas" assim como toda a con3eco de 3i$urino e ornamentao" com a
participao ativa da comunidade% ssas 3estas acontecem na mais pura
representao da tradio de comunidades nordestinas%
E(+()$+ '" M&8&&$"* " P&8+ A"$)+
encontro de malabares acontece toda se$unda3eira e uma 3orma de sair
um pouco da sede do $rupo e sua rua e ocupar outros espaos pLblicos da cidade%
A ideia do encontro promover a troca in3ormal de tcnicas circenses com #uem sesentir interessado e convidado a participar% :alco Aberto acontece interli$ado ao
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encontro de malabares e tem o ob?etivo de estimular artistas e iniciantes Hs
e@perimentaOes das artes circenses" como tambm do teatro% palco aberto a
#ual#uer pessoa #ue #ueira e@pressar sua arte%
Gara?al atua com os :ro?etos de Formao- Teatro na :eri3eria e :' estados
brasileiros " o $rupo realiou momentos de 3ormao" como aulas de canto e dana
a3ro% A atuao em eventos como Festival
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CONSIDERAES FINAIS
A rua o palco de todas as coisas" de todas as pessoas e suas hist,rias e
est,rias% A rua onde se d o inesperado" onde toda preparao prvia pode vir a
ser co@ia para o espetculo despro$ramado da surpresa% star na rua permitirse
abrir os olhos para um mundo de hist,rias #ue so contadas por cada es#uina" cada
trao das casas pe#uenas e dos arranhacus% star na rua manter a vo em riste
por saber #ue de direito o uso de cada canto #ue" no papel" trata por pLblico" mas"
no peito" o mesmo povo% A rua o povo #ue a cerca%
&urante todo o percurso desta pes#uisa" propomos evidenciar a prtica do
teatro de rua como uma 3orma de disseminar aspectos de naturea popular% A ideia
3oi mostrar desde as prticas 3estivas de culturas tradicionais" ao aprendiado
emp=rico #ue vislumbra o compartilhamento como 3onte promissora de relaOes e
ensinamentos%
esmo #ue e@ista a universidade e" com isso" um $rande muro invis=vel #ue
para tantos ainda divide esse espao do resto da sociedade" as cidades e@istemcomo $randes con$lomerados de possibilidades% A= esto distribu=das instituiOes
particulares" privadas" espaos abertos" 3echados% a rua% em todos esses
lu$ares" o trans3ormador social- o ser humano% Apesar de haver a barreira entre o
mundo acadDmico e o espao livre da rua" os dois ambientes so indissociveis% A
Ecerca #ue os divide no intranspon=vel e cabe tentar derrubla%
na busca por unir esses 3eitos e apro@imar o mundo acadDmico e a vida #ue
pode haver e h na rua" preciso ir alm% Fase necessrio pensar adiante
#uando a demanda dessa meta trata de conciliar dois pLblicos de multiplicidades
sin$ulares%
!esse aspecto" o uso dos espaos pLblicos das cidades acontece como- uma
ao pol=tica #uando propOe a ocupao das ruas #ue so" por direito" palco
democrtico das aOes e e@pressOes do povo8 uma ao educadora #uando" com
movimentos #ue representam a criatividade humana" e@pressados" muitas vees"
em arte" propOe re3le@Oes8 e preservadora por ser o lu$ar onde acontece" dia a dia" a
repetio e a recriao das prticas costumeiras e tradicionais das comunidades%
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Acerca disso" o bibliotecrio pode" per3eitamente" ocupar esses lu$ares por ser da
naturea da sua 3ormao" estar nos espaos #ue possuem e6ou criam in3ormaOes%
bibliotecrio" en#uanto a$ente socialmente predisposto a 3acilitar asrelaOes de troca e as aOes de disseminao de in3ormao" e@iste no universo
desta pes#uisa como um pro3issional #ue" mais #ue tratar da 3orma de e@istDncia e
transmisso da in3ormao" insti$a a 3ormao de conhecimento%
envolvimento do bibliotecrio com as e@pressOes art=sticas" principalmente
as #ue evidenciam relaOes com a mem,ria do povo" deve acontecer de 3orma
natural" sendo reconhecida sua presena nesses ambientes como poss=vel" ? #ue
cada ve mais as 3erramentas #ue caracteriam seus trabalhos tornamse mLltiplas%Assim" ao passo em #ue h espao para o novo nessa pro3isso" h um momento"
tambm marcante" ou at mesmo divisor de $uas das :ol=ticas Culturais
Brasileiras" onde a aprovao de metas e leis #ue preveem um pa=s autWnomo
culturalmente d vao Hs prticas art=sticas #ue promovam e recontem as hist,rias"
as mem,rias dos povos% Assim" unemse as vertentes deste trabalho e o
bibliotecrio 3irma" como uma lei" seu espao muito alm do comum%
m decorrDncia desse processo de pes#uisa e vivDncia" intensi3icaramse as
ideias sobre a relao da universidade com a rua ser necessria" assim como a arte
ser entendida como 3orma de in3ormar e $erar conhecimento" visto sempre sob uma
perspectiva do bibliotecrio en#uanto mediador e 3acilitador das prticas" olhares e
reconhecimentos dessas aOes% R percept=vel o #uanto as pessoas sentemse
realiadas e" at" 3undamentais" com acontecimentos art=sticos nas ruas" #ue
mudam suas rotinas e aliviam seus pesos #ue" de to bem acomodados" 3indam por
3aer morada% Alm do mais" em tantos outros espaos" sob tantos pontos de vista
to pouco en@er$ados" as pessoas buscam in3ormarse e esse o trabalho do
bibliotecrio en#uanto disseminador de in3ormao e 3ormador de opinio e
conhecimento%
:or 3im" as perspectivas 3uturas so #ue a aborda$em dos ensinamentos #ue
e@istem e acontecem 3ora do ambiente acadDmico possa $anhar espao e
visibilidade na universidade" atuando em consonncia com as prticas e estudos
#ue ? 3aem parte das estruturas curriculares" como 3orma de tornar mais humanas
e verdadeiras as relaOes% Alm de" assim" a 3i$ura do bibliotecrio se enri?ecer
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ainda mais en#uanto 3aedor" mediador e" ainda" prota$onista dessa ao #ue
envolve troca de culturas e conhecimentos%
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REFERNCIAS
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\\\\\\\\\\\% P"$*")%&* '+ )"&)$+ '" R& (+ B$&*%8 0% &ispon=vel emhttps-66%3aceboo%com6GrupoGara?aldeTeatro6videos6vb%>4>954//012150.652.1/5../5205446ItSpe9video\sourcepa$es\video\setj Acesso em- /5 de
https://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/756945564337954/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/756945564337954/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/757924477573396/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/757924477573396/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/759034160795761/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/759034160795761/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/792370397462137/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/792370397462137/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/792407220791788/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/792407220791788/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/756945564337954/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/756945564337954/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/757924477573396/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/757924477573396/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/759034160795761/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/759034160795761/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/792370397462137/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/792370397462137/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/792407220791788/?type=3&video_source=pages_video_sethttps://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro/videos/vb.585378001494712/792407220791788/?type=3&video_source=pages_video_set7/25/2019 FONTE E MEDIAO DE INFORMAO: MEMRIA, IDENTIDADE E SOCIEDADE NO TEATRO DE RUA. Karol Vieira
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