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Giardicid

Metronidazol e Sulfadimetoxina

Informações Técnicas Apresentação Esquemas de Tratamento Texto Técnico - Giardiase Bula Giardicid 50

Bula Giardicid 500 Informações Técnicas

GIARDICID é a droga de escolha para o tratamento de Giardíase, Coccidioses e Infecções intestinais que acometem cães e gatos.

GIARDICID apresenta eficácia clínica e segurança comprovadas em inúmeros testes clínicos em todas as patologias onde ele é indicado.

GIARDICID é indicado para cães e gatos, no tratamento de:

GIARDÍASE - causada por Giardia spp. COCCIDIOSES - causadas por Isospora canis e I. ohioensis TRICOMONÍASE - causada por Tricomonas spp. AMEBÍASE - causada por Entamoeba histolityca INFECÇÕES ENTÉRICAS - causadas por Bacteroides spp., Clostridium spp,

Enterobacteriaceae spp., Fusobacterium spp. e Peptococcus spp.

As diarréias podem ser causadas por infecções simultâneas por diferentes agentes enteropatogênicos. Deste modo, torna-se interessante a associação de drogas ampliando o espectro de ação, como a associação de Metronidazol com a Sulfadimetoxina, representando um valioso instrumento terapêutico para o clínico

A SULFADIMETOXINA é um antimicrobiano de amplo espectro de ação, efetivo contra bactérias Gram-positivas e algumas Gram-negativas (Enterobacteriaceae). Tem ainda ação contra Toxoplasma spp. e alguns protozoários como Isospora spp.

O mecanismo de ação da SULFADIMETOXINA é o mesmo das Sulfonamidas, ou seja, por bloqueio do ácido para-aminobenzóico (PABA) impedindo a síntese de proteínas e a formação de DNA e RNA.

O METRONIDAZOL é um composto heterocíclico, com estrutura química semelhante aos nitrofuranos. É a droga mais utilizada nos Estados unidos para o tratamento da Giardíase que, além de sua atividade como antiprotozoário, atua também como antibacteriano, atacando bactérias anaeróbias como Clostridium spp., Fusobacterium spp., Peptococcus spp. e Bacteroides spp.

O METRONIDAZOL tem efeito citopático sobre os protozoários, levando à ruptura da membrana celular dos mesmos.

Nas bactérias, o METRONIDAZOL é reduzido por flavoproteínas, formando compostos intermediários altamente reativos que causam danos ao DNA bacteriano e, consequentemente, morte.

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TESTES DE EFICÁCIA

Os últimos experimentos realizados junto à cadeira de Parasitologia da Universidade Federal de Uberlândia, comprovaram a eficácia do produto de 100% contra Giardia sp., e 96% contra coccidios em cães, após 7 dias de tratamento. Em gatos apresentou uma eficácia de 93,4% contra coccidios.

APRESENTAÇÃO

O GIARDICID é apresentado nas concentrações de 500 mg e 50 mg. O GIARDICID 500, é apresentado em cartucho, contendo blisters com 5 e 10 comprimidos revestidos com 500 mg de sulfadimetoxina e 500 mg de metronidazol.

O GIARDICID 50, é apresentado em cartucho, contendo blisters com 10 comprimidos revestidos com 50 mg de sulfadimetoxina e 50 mg de metronidazol.

Os comprimidos de GIARDICID são revestidos para que não ocorram alterações nas dosagens, assegurando sua absorção e biodisponibilidade O revestimento dos comprimidos se desfaz rapidamente no estômago, mediante um pH ácido, liberando a Sulfadimetoxina e o Metronidazol, promovendo rápida absorção e distribuição para os órgãos alvos. O controle ambiental é fundamental para evitar a reinfestação do seu animal.

ESQUEMA POSOLÓGICO - GIARDICID 500 500 mg de metronidazol e 500 mg de sulfadimetoxina

PATOLOGIA POSOLOGIA PERÍODO COMPRIMIDOS

CÃES

Giardíase

50 mg de Metronidazol e 50 mg de Sulfadimetoxina / Kg de peso/dia

5 dias ½ para cada 10 Kg de peso a cada 12 horas

Coccidiose 5 dias ½ para cada 10 Kg de peso a cada 12 horas

Trichomoníase 5 dias ½ para cada 10 Kg de peso a cada 12 horas

Amebíase 5 dias ½ para cada 10 Kg de peso a cada 12 horas

Infecções Entéricas 5 dias ½ para cada 10 Kg de peso a cada 12 horas

GATOS

Giardíase

25 mg de Metronidazol e 25 mg de Sulfadimetoxina / Kg de peso/dia

5 dias ½ para cada 10 Kg de peso a cada 24 horas

Coccidiose 5 dias ½ para cada 10 Kg de peso a cada 24 horas

Trichomoníase 5 dias ½ para cada 10 Kg de peso a cada 24 horas

Amebíase 5 dias ½ para cada 10 Kg de peso a cada 24 horas

Infecções Entéricas 5 dias ½ para cada 10 Kg de peso a cada 24 horas

Obs.: As dosagens e a duração do tratamento poderão ser alteradas a critério do Médico Veterinário

ESQUEMA POSOLÓGICO - GIARDICID 50 50 mg de metronidazol e 50 mg de sulfadimetoxina

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PESO EM Kg POSOLOGIA COMPRIMIDOS

CÃES 50mg/Kg/dia

0,5 25 mg/dia ½ comprimido/dia/ 5 dias

1,0 50 mg/dia 1 comprimido/dia/ 5 dias

1,5 75 mg/dia 1 e ½ comprimido/dia/ 5 dias

2,0 100 mg/dia 2 comprimidos/dia/ 5 dias

3,0 150 mg/dia 3 comprimidos/dia/ 5 dias

4,0 200 mg/dia 4 comprimidos/dia/ 5 dias

GATOS 50mg/Kg/dia

1,0 25 mg/dia ½ comprimido/dia/ 5 dias

2,0 50 mg/dia 1 comprimido/dia/ 5 dias

3,0 75 mg/dia 1 e ½ comprimido/dia/ 5 dias

4,0 100 mg/dia 2 comprimidos/dia/ 5 dias

5,0 125 mg/dia 2 e ½ comprimidos/dia/ 5 dias

As posologias diárias recomendadas podem ser divididas pela metade e administradas a cada 12h, a critério do critério do Médico Veterinário.

  Para o tratamento da Giardíase em canís, onde as reincidências são comuns, administrar a posologia recomendada por 5 dias, proceder uma pausa de tratamento de 5 dias e repetir o tratamento por mais 5 dias, totalizando um período de tratamento de 15 dias, nunca esquecendo de realizar o controle ambiental, higienizando os canis com produtos à base de amônia quaternária ou vassouras de fogo.

Bula - GIARDICID 50

Metronidazol 50 mg e Sulfadimetoxina 50 mg Uso Veterinário FÓRMULA: Cada comprimido de 200 mg contém: Metronidazol.....................................................................................................50 mg Sulfadimetoxina...............................................................................................50 mg Excipiente q.s.p..............................................................................................200 mg

GENERALIDADES: A Giardia spp. é um protozoário encontrado no trato intestinal de humanos e na grande maioria dos animais domésticos ao redor do mundo. Várias pesquisas realizadas em populações caninas revelam uma prevalência de aproximadamente 10% em cães bem tratados, 36 a 50% em filhotes e até 100% de incidência em animais de canil. A prevalência em gatos é de 1,4% a 11%. Apesar da incidência em cães e gatos ser bastante elevada, nem todos os animais apresentam sintomas da doença, podendo entretanto transmitir a infecção para outros animais e também para o homem. A diarréia aguda, intermitente ou crônica é o principal sintoma associado à infecção por Giardia spp. O metronidazol, além de sua atividade antiprotozoário, atua como antibacteriano, atacando bactérias que têm como característica comum o fato de serem anaeróbias e possuírem proteínas para o transporte de elétrons com um potencial de oxi-redução limitado. Essas proteínas reduzem o radical nitro do metronidazol por uma reação química não enzimática, induzindo uma redução na concentração intracelular do fármaco não modificado o que favorece a captação e a geração de agentes tóxicos para a célula. O efeito antibacteriano depende, portanto, de compostos metabólicos intermediários e instáveis e de radicais livres transitórios que se conjugam com o DNA e inibem sua síntese, induzindo a morte celular. Em protozoários o mecanismo exato de ação é desconhecido, porém sugere-se que há um efeito citopático na Entamoeba histolityca relacionado com a hialinização do citoplasma, com a formação de figuras esferoidais e com a ruptura da membrana celular. O mecanismo de ação da sulfadimetoxina é o mesmo das sulfonamidas, ou seja, por

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bloqueio do ácido para-aminobenzóico (PABA) e do ácido fólico, impedindo o desenvolvimento do esquizonte. A associação do metronidazol com a sulfadimetoxina se justifica pela ampliação do espectro de ação, já que, enquanto o metronidazol atua preferencialmente contra Giardia spp., a sulfadimetoxina age contra outros protozoários e bactérias patogênicas do trato gastrintestinal. Como em muitos casos existem infecções simultâneas por diferentes agentes etiológicos sensíveis à formulação metronidazol / sulfadimetoxina e sendo a sintomatologia clínica semelhante, a associação das duas substâncias representa um valioso instrumento terapêutico para o clínico.

INDICAÇÕES: Em caninos e felinos, para o tratamento da giardíase causada por Giardia spp.; da coccidiose causada por Isospora canis e Isospora ohioensis; da trichomoníase causada por Trichomonas spp.; da amebíase causada por Entamoeba histolityca; bem como de infecções entéricas causadas por microrganismos sensíveis à sulfadimetoxina e ao metronidazol, tais como: Bacteroides spp.; Fusobacterium spp. e clostridioses causadas por Clostridium spp.

POSOLOGIA E MODO DE USAR:

Em caninos: Administrar por via oral, 25 mg de metronidazol e 25 mg de sulfadimetoxina para cada Kg de peso corporal, a cada 12 horas, durante 5 dias (meio comprimido para cada 1 Kg de peso corporal de 12 em 12 horas). As doses bem como a duração do tratamento poderão ser alternados a critério do Médico Veterinário.

Em felinos: Administrar por via oral, 12,5 a 25 mg de metronidazol e 12,5 a 25 mg de sulfadimetoxina para cada Kg de peso corporal, a cada 12 horas, durante 5 dias (um quarto a meio comprimido para cada 1 Kg de peso corporal de 12 em 12 horas). As doses e a duração do tratamento poderão ser alteradas a critério do Médico Veterinário.

CONTRA-INDICAÇÕES: O produto é contra-indicado em animais sabidamente hipersensíveis ao metronidazol, à derivados do nitroimidazol ou às sulfonamidas. Recomenda-se não utilizar a droga em animais severamente debilitados, em gestação, em lactação ou recém-nascidos.

EFEITOS ADVERSOS: Os efeitos adversos descritos em cães que receberam superdosagens ou em cães hipersensíveis ao metronidazol incluem: desordens neurológicas, letargia, fraqueza, neutropenia, hepatotoxicidade, hematúria, anorexia, náuseas, vômitos e diarréia. A sulfadimetoxina é uma droga segura, porém em caso de tratamento prolongado ou sobredosagem (cerca de 1 g/Kg) poderão ocorrer sialorréia, vômitos, diarréia, hiperpnéia, excitação, miastenia, ataxia e rigidez espástica dos membros. Em casos de intoxicação crônica podem ser observados distúrbios do sistema hematopoiético e agranulocitose transitória.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: O metronidazol pode prolongar o tempo de protrombina em pacientes recebendo warfarina ou outros anticoagulantes cumarínicos. Deve ser evitado o uso simultâneo das drogas ou ser intensificado o monitoramento. O fenobarbital e a fenitoína podem aumentar o metabolismo do metronidazol reduzindo os níveis sangüíneos.

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A cimetidina pode reduzir o metabolismo do metronidazol e aumentar os níveis sangüíneos da droga.

PRECAUÇÕES: Deixar sempre água fresca à disposição dos animais tratados. Não tratar animais com hipersensibilidade conhecida aos princípios ativos. Usar com cautela em animais com disfunção hepática ou renal. Em alguns animais de laboratório o metronidazol foi referido como teratogênico mas não há informação sobre esse efeito em cães e gatos. A menos que os riscos aos fetos compensem os benefícios à mãe, deverá ser evitada a utilização durante as 3 primeiras semanas de gestação.

Venda sob prescrição do Médico Veterinário

Responsável Técnico: Dr. Fábio Alexandre Rigos Alves - CRMV/SP nº 9321 Licenciado no Ministério da Agricultura sob número 7.657 em 22/02/2001.

Apresentação: Comprimidos contendo 50 mg de metronidazol e 50 mg de sulfadimetoxina, apresentados em cartuchos contendo blister com 10 comprimidos.

Conservar em local fresco e seco ao abrigo da luz solar direta, fora do alcance de crianças e animais.

Bula - Giardicid 500

Metronidazol 500mg e Sulfadimetoxina 500 mg

Uso Veterinário FÓRMULA: Cada comprimido de 1500 mg contém: Metronidazol.....................................................................................................500 mg

Sulfadimetoxina...............................................................................................500 mg Excipiente q.s.p.............................................................................................1500 mg

GENERALIDADES: A Giardia spp. é um protozoário encontrado no trato intestinal de humanos e na grande maioria dos animais domésticos ao redor do mundo. Várias pesquisas realizadas em populações caninas revelam uma prevalência de aproximadamente 10% em cães bem tratados, 36 a 50% em filhotes e até 100% de incidência em animais de canil. A prevalência em gatos é de 1,4% a 11%. Apesar da incidência em cães e gatos ser bastante elevada, nem todos os animais apresentam sintomas da doença, podendo entretanto transmitir a infecção para outros animais e também para o homem. A diarréia aguda, intermitente ou crônica é o principal sintoma associado à infecção por Giardia spp. O metronidazol, além de sua atividade antiprotozoário, atua como antibacteriano, atacando bactérias que têm como característica comum o fato de serem anaeróbias e possuírem proteínas para o transporte de elétrons com um potencial de oxi-redução limitado. Essas proteínas reduzem o radical nitro do metronidazol por uma reação química não enzimática, induzindo uma redução na concentração intracelular do fármaco não modificado o que favorece a captação e a geração de agentes tóxicos para a célula. O efeito antibacteriano depende, portanto, de compostos metabólicos intermediários e instáveis e de radicais livres transitórios que se conjugam com o

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DNA e inibem sua síntese, induzindo a morte celular. Em protozoários o mecanismo exato de ação é desconhecido, porém sugere-se que há um efeito citopático na Entamoeba histolityca relacionado com a hialinização do citoplasma, com a formação de figuras esferoidais e com a ruptura da membrana celular. O mecanismo de ação da sulfadimetoxina é o mesmo das sulfonamidas, ou seja, por bloqueio do ácido para-aminobenzóico (PABA) e do ácido fólico, impedindo o desenvolvimento do esquizonte. A associação do metronidazol com a sulfadimetoxina se justifica pela ampliação do espectro de ação, já que, enquanto o metronidazol atua preferencialmente contra Giardia spp., a sulfadimetoxina age contra outros protozoários e bactérias patogênicas do trato gastrintestinal. Como em muitos casos existem infecções simultâneas por diferentes agentes etiológicos sensíveis à formulação metronidazol / sulfadimetoxina e sendo a sintomatologia clínica semelhante, a associação das duas substâncias representa um valioso instrumento terapêutico para o clínico.

INDICAÇÕES: Em caninos e felinos, para o tratamento da giardíase causada por Giardia spp.; da coccidiose causada por Isospora canis e Isospora ohioensis; da trichomoníase causada por Trichomonas spp.; da amebíase causada por Entamoeba histolityca; bem como de infecções entéricas causadas por microrganismos sensíveis à sulfadimetoxina e ao metronidazol, tais como: Bacteroides spp.; Fusobacterium spp. e clostridioses causadas por Clostridium spp.

POSOLOGIA E MODO DE USAR:

Em caninos: Administrar por via oral, 25 mg de metronidazol e 25 mg de sulfadimetoxina para cada Kg de peso corporal, a cada 12 horas, durante 5 dias (meio comprimido para cada 10 Kg de peso corporal de 12 em 12 horas). As doses bem como a duração do tratamento poderão ser alternados a critério do Médico Veterinário.

Em felinos: Administrar por via oral, 12,5 a 25 mg de metronidazol e 12,5 a 25 mg de sulfadimetoxina para cada Kg de peso corporal, a cada 12 horas, durante 5 dias (um quarto a meio comprimido para cada 10 Kg de peso corporal de 12 em 12 horas). As doses e a duração do tratamento poderão ser alteradas a critério do Médico Veterinário.

CONTRA-INDICAÇÕES: O produto é contra-indicado em animais sabidamente hipersensíveis ao metronidazol, à derivados do nitroimidazol ou às sulfonamidas. Recomenda-se não utilizar a droga em animais severamente debilitados, em gestação, em lactação ou recém-nascidos.

EFEITOS ADVERSOS: Os efeitos adversos descritos em cães que receberam superdosagens ou em cães hipersensíveis ao metronidazol incluem: desordens neurológicas, letargia, fraqueza, neutropenia, hepatotoxicidade, hematúria, anorexia, náuseas, vômitos e diarréia. A sulfadimetoxina é uma droga segura, porém em caso de tratamento prolongado ou sobredosagem (cerca de 1 g/Kg) poderão ocorrer sialorréia, vômitos, diarréia, hiperpnéia, excitação, miastenia, ataxia e rigidez espástica dos membros. Em casos de intoxicação crônica podem ser observados distúrbios do sistema hematopoiético

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e agranulocitose transitória.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: O metronidazol pode prolongar o tempo de protrombina em pacientes recebendo warfarina ou outros anticoagulantes cumarínicos. Deve ser evitado o uso simultâneo das drogas ou ser intensificado o monitoramento. O fenobarbital e a fenitoína podem aumentar o metabolismo do metronidazol reduzindo os níveis sangüíneos. A cimetidina pode reduzir o metabolismo do metronidazol e aumentar os níveis sangüíneos da droga.

PRECAUÇÕES: Deixar sempre água fresca à disposição dos animais tratados. Não tratar animais com hipersensibilidade conhecida aos princípios ativos. Usar com cautela em animais com disfunção hepática ou renal. Em alguns animais de laboratório o metronidazol foi referido como teratogênico mas não há informação sobre esse efeito em cães e gatos. A menos que os riscos aos fetos compensem os benefícios à mãe, deverá ser evitada a utilização durante as 3 primeiras semanas de gestação.

Venda sob prescrição do Médico Veterinário

Responsável Técnico: Dr. Fábio Alexandre Rigos Alves - CRMV/SP nº 9321 Licenciado no Ministério da Agricultura sob número 7.657 em 22/02/2001.

Apresentação: Comprimidos contendo 500 mg de metronidazol e 500 mg de sulfadimetoxina, apresentados em cartuchos contendo blister com 5 ou 10 comprimidos.

Conservar em local fresco e seco ao abrigo da luz solar direta, fora do alcance de crianças e animais. Giardiase

VIGNARD-ROSEZ, K.S.F.V; ALVES, F.A.R. BLEICH, I.M. INTRODUÇÃO A Giardia é um protozoário flagelado binucleado, presente no trato intestinal dos humanos e de vários animais mamíferos no mundo inteiro.13,2 Estudos em cães revelam uma prevalência de 10% a 20% em animais bem tratados.1,7 As maiores prevalências são encontradas nos animais jovens, principalmente até um ano de idade, encontrando-se de 26 a 50% de animais parasitados; e em canis, onde o parasita pode ser encontrado em até 100% dos animais.1,7 Por outro lado, em gatos a prevalência é menor, variando entre 1,4 a 11%.1,13

Apesar da alta prevalência, nem todos os animais apresentam a doença clínica.1 Mesmo assim, a Giardia tem importância epidemiológica por causar uma doença séria (quando presente), além de possuir um elevado potencial zoonótico.1

EPIDEMIOLOGIA

Todos os mamíferos são susceptíveis à infecção por Giardia. A contaminação ocorre por via oro-fecal, ou seja, através da ingestão de cistos eliminados nas fezes dos animais, presentes no meio ambiente, na água, nos alimentos; ou ainda de cistos aderidos à pelagem dos animais.

Uma vez contaminado, o animal elimina os cistos nas fezes, após um período de

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pré-patência de 1 a 2 semanas. Todo animal infectado pela Giardia, apresentando ou não os sinais clínicos, eliminará os cistos, configurando um foco importante de contaminação.

A contaminação de fontes de água por cistos constitui um dos principais fatores para a manutenção da doença. Com efeito, os cistos são extremamente resistentes em água fria, podendo contaminar todos os animais susceptíveis, inclusive o homem. Acredita-se que a taxa de contagio em humanos esteja diretamente ligada à taxa de contaminação das fontes de água.8 Paralelamente, observa-se que a contaminação da água, é inversamente proporcional a qualidade sanitária do local ou seja, quanto menores forem as condições sanitárias, maiores são as taxas de incidência de Giardíase.9,10

CICLO DE VIDA

O parasita possui duas formas principais, a forma trofozoíta e a forma cística. O trofozoíto é móvel e pouco resistente no meio ambiente, sendo ele o responsável pela enfermidade nos hospedeiros.6 O cisto é imóvel e resistente no meio ambiente, constituindo a forma latente do parasita. A forma cística pode sobreviver por vários meses no meio ambiente úmido e frio, no entanto, ela é pouco resistente em locais com baixa umidade e temperaturas elevadas.1

Esquema 1: Ciclo da Giardia.

O ciclo da Giardia é direto, e relativamente simples (conforme ilustrado no esquema 1). O animal se infecta ao ingerir o cisto, que poderá estar presente em alimentos ou em água contaminada. Ao atingiram o estômago e o duodeno, os cistos são rompidos pela ação das enzimas gástricas e pancreáticas. Cada cisto libera dois trofozoítos que irão colonizar o Intestino Delgado do hospedeiro. Sob condições apropriadas estes trofozoítos são novamente transformados em cistos. Cada um destes novos cistos poderá romper-se no próprio hospedeiro liberando dois novos trofozoítos, ou então ser eliminado nas fezes, após um período de pré-patência de 1 a 2 semanas. Uma vez no meio ambiente, os cistos podem ser novamente ingeridos pelo hospedeiro, completando o ciclo.6

PATOGENIA E ACHADOS CLÍNICOS

A patogenia da Giardíase ainda não está completamente estabelecida.13 Na maioria dos casos, os animais adultos são portadores assintomáticos, favorecendo a eliminação de cistos no meio ambiente, podendo contaminar outros animais e o homem.

Quando ocorre a doença clínica, o principal sintoma observado é a diarréia, que

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pode ser aguda, auto-limitante ou crônica.13 Isto ocorre em conseqüência da fixação dos trofozoítos na bordadura em escova dos vilos da mucosa intestinal.1 Neste caso, verifica-se uma lesão das estruturas dos vilos e microvilos, reduzindo a área de absorção em até 50%.10 Sobrevem então uma diminuição da digestão e da absorção de diversos nutrientes, incluindo dissacarídeos, gorduras e vitaminas.1,6 Logo, a diarréia observada nas infecções por Giardia terá as mesmas características de uma diarréia por má absorção, estando as fezes amolecidas, pálidas (esteatorréicas) e com odor forte. O animal pode apresentar também flatulência e vômito.1,13

Ademais, devido à diarréia, o animal perderá peso e apresentar-se-á debilitado. No entanto, raramente teremos febre e outros sinais sistêmicos associados, assim como diarréias extremamente aquosas ou hemorrágicas devido apenas à Giardia.6

Animais parasitados pela Giardia podem apresentar infecção simultânea por outros agentes enteropatogênicos como: coccídeas (Toxoplasma gondii, Isospora spp. , etc), bactérias (Salmonella, Enterobacter, E. coli), helmintos e/ou cestódeos. Nestes casos, o quadro clínico pode apresentar-se agravado, perdendo as características de uma infecção exclusivamente por Giardia11.

FATORES RELACIONADOS À GIARDÍASE CLÍNICA

Geralmente observa-se maior ocorrência da Giardíase clínica nos animais jovens, sendo que a maioria dos casos ocorre em animais com menos de um ano de idade.13 Este aspecto sugere que existe uma certa imunidade adquirida após a primo infecção.6 No entanto, esta imunidade não impede o animal de se re-infectar, e consequentemente, liberar os cistos nas fezes.13

Paralelamente, observa-se que ninhadas provenientes de fêmeas sabidamente parasitadas podem apresentar a Giardíase clínica. Por conseguinte, exclui-se a proteção contra a Giardia através da imunidade passiva.2

Estima-se que para contaminar-se um animal deva ingerir uma dose infectante superior a 10 cistos, sendo que o equilíbrio parasito-hospedeiro varia segundo a virulência do parasita, e do estado nutricional e imunológico do hospedeiro4.

DIAGNÓSTICO

Os métodos de diagnóstico da Giardíase são relativamente simples e baratos. No entanto, o êxito deste exame depende da visualização de estruturas específicas do agente, e logo da experiência do profissional.11

O diagnóstico pode ser realizado através de um exame direto das fezes ou pelo método de flutuação em sulfato de zinco.

O exame direto de fezes consiste em diluir as fezes frescas em solução fisiológica, e observar os trofozoítos em preparação lâmina/lamínula no microscópio óptico com objetiva de 40x. Os trofozoítos geralmente são reconhecidos por terem motilidade rápida e superfície ventral côncava. Os cistos poderão estar presentes, mas sua identificação é difícil por este método.13

Caso não se evidencie os trofozoítos no exame direto das fezes, deve-se sempre realizar a procura de cistos pela técnica de flutuação em sulfato de zinco (quadro 1). Haja vista o período de pré-patência de 1 a 2 semanas, deverão ser realizados 3 exames seqüenciais intervalados de uma semana cada, para confirmar o diagnóstico negativo de Giardíase. Para realizar esta técnica são necessárias fezes

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frescas ou resfriadas, evitando-se congelar a amostra.13

MÉTODO DA FLUTUAÇÃO EM SULFATO DE ZINCO 1. Misturar aproximadamente 2 gramas de fezes com 15mL de solução de sulfato de zinco a 33% (33 g de sulfato de zinco em 100mL de água destilada, gravidade específica 1,18). 2. Filtrar a solução. 3. Colocar o filtrado num tubo de centrífuga de 15mL (preferível usar tubos de plástico) 4. Colocar o tubo na centrífuga. 5. Centrifugar a 1 500 rpm por 3 a 5 minutos. 6. Retirar 1 a 2 gotas da superfície e colocar em lâmina/lamínula. Visualizar em microscópio óptico. Nos casos de esteatorréia, é interessante realizar a sedimentação com éter: Misturar a amostra com água, filtrar, e colocar em um tubo de centrífuga com 2 a 3 mL de éter. Após a centrifugação, retirar o sobrenadante. Ressuspender o pellet, e analisar uma gota em lâmina/lamínula. Quadro 1: Método da flutuação em sulfato de zinco.13

TRATAMENTO

Existem várias drogas que já foram testadas para o tratamento da giardíase, entre elas estão o Metronidazol, a Quinacrina, o Albendazol, o Fenbendazol e a Furazolidona . Dentre estas, o Metronidazol é a droga mais utilizada nos Estados Unidos para o tratamento da Giardíase.

O Metronidazol possui além de sua atividade como antiprotozoário, uma atividade como antibacteriano, atacando bactérias anaeróbias como Clostridium spp., Fusobacterium spp., Peptococcus spp. e Bacteroides spp. 3,13. A droga apresenta in vitro propriedades anti-inflamatórias e afeta a motilidade de neutrofilos, assim como alguns aspectos da imunidade celular. Acredita-se que estes fatos sejam parcialmente responsáveis pela melhora do quadro clínico, em especial, nos quadros de enterocolite.5

Raramente observa-se efeitos colaterais devido ao uso do Metronidazol, no entanto alguns animais poderão apresentar vômitos e diarréia. Por possuir efeito teratogênico, esta droga não deve ser utilizada em fêmeas prenhes.1 Em cães, as doses recomendadas são de 25mg/Kg via oral, duas vezes ao dia por 5 dias; e 12,5 a 25mg/Kg via oral, duas vezes ao dia por 5 dias, em gatos.13 O Metronidazol é igualmente vantajoso nos casos onde os tratamentos anteriores não funcionaram. Nestes casos, recomenda-se utilizar doses maiores de Metronidazol, por um período de tempo maior (50mg/Kg, V.O., BID, por 10 dias).6

Como foi mencionado anteriormente, a diarréia pode ser causada por infecções simultâneas por diferentes agentes enteropatogênicos. Deste modo torna-se interessante a associação de drogas ampliando o espectro de ação, como por exemplo a associação de Metronidazol com a Sulfadimetoxina. Com efeito, enquanto o Metronidazol atua preferencialmente contra Giardia, a Sulfadimetoxina age contra outros protozoários e bactérias patogênicas do trato gastrintestinal.3 Deste modo, a associação Metronidazol/Sulfadimetoxina representa um valioso instrumento terapêutico para o clínico.

O tratamento deve ser restabelecido caso não ocorra resolução dos sintomas. Existe a grande probabilidade do animal persistir eliminando os cistos nas fezes, mesmo após tratamento.

Algumas drogas utilizadas no tratamento da Giardíase e suas respectivas

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posologias estão resumidas no quadro 2.

Droga Hospedeiro Dosagem Duração do Tratamento Metronidazole Cães 25 mg/Kg BID 5 dias Gatos 12,5 a 25mg/Kg BID 5 dias Fenbendazole Cães 50mg/Kg/dia 3 dias Albendazole Cães/ Gatos 25mg/Kg BID 2 dias Furazolidona Gatos 4 mg/Kg BID 5 a 10 dias Quinacrina Cães/ Gatos 6,6 mg/Kg BID 5 dias Quadro 2: Principais drogas utilizadas no tratamento da Giardíase (adaptado de BARR et al., 1994).

CONTROLE

Em virtude da dificuldade em se tratar a Giardíase, juntamente com a grande quantidade de animais portadores assintomáticos mesmo após o tratamento, o controle torna-se importante para diminuir o estabelecimento de novos casos, especialmente em canis e gatis.

O controle efetivo baseia-se em três pontos principais: desinfecção do meio ambiente, desinfecção dos animais e prevenção da reinfecção.

Previamente à descontaminação do ambiente deve-se retirar toda a matéria orgânica do local. Água fervente ou uma solução de amônia quaternária (deixando agir por 30 a 40 minutos) poderão ser utilizadas na desinfecção do local. Como a Giardia é pouco resistente em locais secos, o ambiente deverá estar completamente seco antes da reintrodução dos animais. Ambientes com grande exposição à luz solar podem favorecer o controle da doença.1

Os animais devem ser banhados antes de voltar ao local. Isto implica em lavar o animal com xampu, visando a remoção dos cistos aderidos à pelagem. Após enxaguar, deve-se aplicar uma solução de amônia quaternária sobre o pelame, especialmente na região perianal. Após 3 a 5 minutos deve-se remover a solução de amônia quaternária com enxágües repetidos para evitar irritação da pele e mucosas. Anteriormente à reintrodução dos animais no ambiente desinfetado, eles deverão estar completamente secos, e recomenda-se tratá-los contra a Giardia.1

Para evitar-se novas infecções deve-se evitar a reintrodução do parasito. Para tanto, todos os novos animais deverão ser mantidos separados, tratados para a Giardia e limpos antes de serem introduzidos na criação. Um pedilúvio com uma solução de amônia quaternária deverá ser colocado na entrada do estabelecimento. Deve-se também verificar e assegurar a qualidade da água utilizada no local.

Em canis com alta incidência de Giardia , é recomendado a realização sistemática de exames parasitológicos antes, durante, e após qualquer tratamento.

GIARDÍASE E SAÚDE PÚBLICA

O potencial zoonótico da Giardia spp. ainda não é certo. Porém, existem fortes evidências que o homem possa contaminar os animais e vice versa. Paralelamente, espécies de Giardia spp. obtidas de fezes humanas e de animais mostraram-se indistinguíveis.12 Por outro lado, observa-se que regiões com alta prevalência de Giardíase em cães, também possuem altas taxas da doença no homem.10

No entanto, conclusões definitivas não podem ser feitas devido a falta de informação sobre o assunto. Portanto, parece ser importante, enquanto houver esta

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suspeita, tratar os animais e educar os proprietários, em especial as crianças, para as boas práticas de higiene.11

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