Gestão Financeira
Empresarial
Prof. Ms Francisco J. Siqueira Tavares 1
Professor : Francisco Tavares
MODELO
Francisco José Siqueira Tavares, com Graduação e Mestrado em Administração deEmpresas pela (PUC) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005), MBA emGestão Financeira pela Fundação Dom Cabral (2008). Atuou como professor daUniversidade Anhembi Morumbi, SENAC, UNIFIEO E UNIP nos Cursos de Graduaçãonas disciplinas: Matemática Financeira; Estatística I e Estatística II; Teoria Geral daAdministração; Mercado de Capitais; Seminário Avançado de Administração; Análisedas Demonstrações Financeiras; Estratégia Empresarial, Empreendedorismo e NovosNegócios; Produtos e Serviços Bancários; Governança Corporativa e em Pós-Graduação nas disciplinas: Gestão Financeira e Ambiente Econômico, FinançasCorporativas, Avaliação de Ativos e Empresas, Valuation, Decisões de Financiamentoe Estrutura de Capitais, Mercado Financeiro e de Capitais, Estatística em Finanças,Decisões de Financiamento de Longo Prazo, Negociação Empresarial.Experiência de 35 anos no Mercado Financeiro como Executivo de InstituiçõesFinanceiras como Banco Bradesco SA, Banco Santander SA e Banco CooperativoSICREDI SA.
Míni-Currículo do Professor
Conceitos de administração financeira: custos; despesas;
investimentos; taxa de retorno; fluxo de caixa; capital
de giro: ponto de equilíbrio.
Demonstrações financeiras, sua análise e utilização no
processo de tomada de decisões. Análise e prospecção
de fontes de financiamento.
Custo de Capital. Indicadores econômicos e financeiros.
Gestão estratégica de custos. Orçamento de capital.
Planejamento financeiro. Gestão do capital de giro.
PROGRAMA
-ASSAF, Alexandre Neto, Finanças Corporativa e Valor
São Paulo, Atlas, 2003
-BRITO, Osias Santana de, Mercado Financeiro
São Paulo, Saraiva, 2005
-GITMAN, Lawrence J, Princípios de Administração Financeira
Porto Alegre, Bookman, 2005
-SECURATO, José Roberto, Mercado Financeiro e Análise
de Investimento São Paulo, Saint Paul Institute os Finance,2005
-BRIGHAM, Eugene F.; GAPENSKI, Louis C.; EHRHARDT,
Michael C., Administração Financeira – Teoria e Prática
Bibliografia:
Gestão Financeira
- Área ampla e Dinâmica, que afeta diretamentea vida de todas as pessoas, organizações,financeiras ou não, públicas ou privadas,grandes, pequenas, com ou sem fins lucrativos;
Administração Financeira
- É a arte e a ciência de administrar Fundos.
- Fundos - Receitas obtidas, recursos levantados, gastos einvestimentos.
- FINANÇAS - Administra os processos, instituições, mercados einstrumentos envolvidos na transferência de fundos entrepessoas, empresas e governos.
Objetivos da Gestão Financeira
- Realizar análises e planejamento financeiro;
- Tomar decisões de investimento;
- Tomar decisões de financiamentos;
É importante frisar que, embora as decisões definanciamentos e investimentos possam serconvenientemente visualizadas em associação asDemonstrações Financeiras elaboradas pelacontabilidade, tais decisões são tomadas com base nosefeitos que terão sobre o fluxo de caixa.
Planejamento Financeiro
- Transformar dados financeiros para monitorar a situação financeira daempresa;
- Avaliar a necessidade de aumentar / reduzir a capacidade produtiva;
- Determinar aumento / redução dos financiamentos requeridos;
- Essas atividades compreendem as Demonstrações Financeiraselaboradas pela contabilidade em regime de competência, mas temseu objetivo principal e fundamental avaliar o fluxo de caixa daempresa, bem como assegurar a análise marginal ( princípioeconômico segundo qual devem ser tomadas decisões financeiras erealizadas ações, somente quando os benefícios adicionaissuperarem os custos adicionais) e desenvolver planos que asseguremque os recursos adequados estarão disponíveis a realização de seusobjetivos.
Decisões de Investimentos
- Determinar a combinação e o tipo de ativos constantes do Balanço Patrimonial daEmpresa.
A combinação refere-se ao montante de recursos aplicados em AtivosCirculantes ( curto / realizável a longo prazo ) e em Ativos Não Circulantes,estabelecendo-se proporções e determinando níveis ótimos para cada tipode Ativo Circulante, quais os melhores Ativos Não Circulantes a adquirir,quando estes ativos necessitam ser modificados, substituídos ouliquidados.
- Tais decisões são importantes pois afetam o sucesso da empresa para o alcance deseus objetivos
Decisões de Financiamentos
- Determinar a combinação mais apropriada entre financiamentos deCurto e Longo Prazo, e suas respectivas fontes em um dado momento.
- Essas decisões são ditadas pela necessidade, mas algumasrequerem análise aprofundadas das alternativas definanciamentos disponíveis, de seus custos e implicações a longoprazo
- A decisão em questão mais uma vez vem ao encontro da realizaçãodos objetivos da empresa.
Objetivo do Gestor Financeiro
- Maximizar o Lucro?
Ou
- Maximizar e Preservar a Riqueza dos Acionistas e dos Stakeholders?
- A maximização do lucro é falha por várias razões : Ignora a data da ocorrência dosretornos, o fluxo de caixa disponível ao acionistas e o risco
- Sendo assim podemos afirmar que o objetivo principal do Gestor Financeiro é o demaximizar e preservar a riqueza dos acionistas e os interesses dos stakeholders (empregados, clientes, fornecedores, credores, e outros que possuam vinculoeconômico direto com a empresa), pois , o qual por sua vez baseia-se na data daocorrência dos retornos(Fluxo de Caixa ), em sua magnitude e em seu risco.
Balanço Patrimonial
Ativo
Ativo Circulante
Disponibilidades
Direitos no curso do exercício social seguinte
Aplicações de recursos em despesas de exercícios seguintes
Ativo Realizável a Longo Prazo
Direitos Realizáveis após o término do exercício seguinte
Direitos derivados de adiantamentos ou empréstimos a sociedadescoligadas e controladas, diretores, acionistas, ou participantes nolucro da Companhia, que não constituem negócios usuais naexploração do objetivo da companhia
Balanço Patrimonial
AtivoAtivo Não Circulante
Investimentos
Participação permanentes em outras sociedades e direitos de qualquer natureza, nãoclassificáveis no Ativo Circulante, ou Realizável a Longo Prazo que não se destinem amanutenção das atividades da Companhia / Empresa
Imobilizado
Direitos que tenham por objeto bens destinados a manutenção das atividades daCompanhia / Empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedadecomercial ou industrial
Diferido
Aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado demais um exercício social, inclusive juros pagos ou creditados aos acionistas durante operíodo que anteceder ao início das operações sociais.
Balanço Patrimonial
Passivo
Passivo Circulante
Obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do Ativo Permanente quando vencerem no exercício seguinte.
Passivo Não Circulante
Obrigações vencíveis em prazo maior do que o exercício seguinte.
Balanço Patrimonial
Patrimônio Líquido
Capital Social
Montante do capital subscrito e, por dedução, parcela não realizada.
Reservas de Capital
Ágio na emissão de ações ou conversão de debêntures e partes beneficiárias, produto daalienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição, prêmios recebidos na emissão dedebêntures, doações e subvenções para investimentos
Reservas de Reavaliações
Contrapartida do aumento de elementos do Ativo em virtude de novas avaliações,documentadas por laudo técnico.
Reservas de Lucro
Contas constituídas a partir de lucros gerados pela companhia
Lucros ou Prejuízos Acumulados
Lucros gerados pela companhia, que ainda não receberam destinação específica
Balanço Patrimonial
Demonstração do Resultado do Exercício
Receita Bruta de Vendas e Serviços(-)Devolução(-)Abatimento(-)Impostos
(=)Receita Líquida de Vendas e Serviços(-)Custo de Mercadorias e Serviços Vendidos
(=)Lucro Bruto(-)Despesas com Vendas(-/+)Despesas Financeiras ( deduzidas das receitas financeiras )(-)Despesas Gerais e Administrativas(-)Outras Despesas Operacionais(+)Outras Receitas operacionais
Balanço Patrimonial
Lucro / Prejuízo Operacional (+)Receitas não operacionais(-)Despesas não operacionais(+)Saldo da Correção Monetária
(=)Resultado do Exercício Antes do Imposto de Renda(-)Imposto de renda e Contribuições Social(-)Participações de Debêntures (-)Participações dos Empregados(-)Participações dos Administradores e Partes Beneficiárias(-)Contribuições para Instituições ou Fundos de Assistência ou Previdência
de Empregados
(=)Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício(=)Lucro ou Prejuízo por Ação
Índices de Balanço
- Índice é a relação entre contas ou grupo de contas dasDemonstrações Financeiras que visa evidenciar determinadoaspecto econômico ou financeiro de uma empresa.
- Os índices constituem a técnica de análise mais empregada, esua característica fundamental é fornecer visão ampla dasituação econômica e financeira da empresa
Principais informações analisadas através dos Índices Financeiros
Situação Financeira
Estrutura Liquidez
Situação Econômica
Rentabilidade
Índices de Estrutura de Capital
Simbolo Indice Formula Indica Interpretação
Estrutura de Capital ( ou Patrimonial )
Capital de Terceiros x100
Patrimônio Líquido
Patrimônio Líquido - Ativo Permanente x100
Patrimônio Liquido
Passivo Circulante+Exigível LP x100
Ativo
Passivo Circulante x100
Capital de Terceiros
Ativo Permanente x100
Patrimônio Líquido
Ativo Permanente x100
Passivo Circulante + Exigivel a Longo Prazo
AP / PL +
ELP
Imobilização dos Recusrsos não
Correntes
Que percentual de recursos não
correntes ( PL+ELP) foi
Quanto menor,
melhor.
AP / PL Imobilização do Patrimônio Líquido Quanto a empresa aplicou no
ativo permanente para cada
$100 de Capital Próprio
Quanto menor,
melhor.
Quanto menor,
melhor.
CT / PL
PC / CT Composição do Endividamento Qual o percentual de
obrigações a curto prazo em
relação as obrigações totais
Quanto menor,
melhor.
CT / AT Indica o grau de Captação de
Recursos de Terceiros em
relação a cada ao Total
Aplicado
Participação de Capital de Terceiros
(Endividamento)
Quanto a empresa tomou de
Capital de Terceiros para cada
$100 de Capital Próprio
CGP / PL Mede a agressividade da
instituição, permitindo a
mensuração da parcela de
capital próprio que está
Índices de Liquidez
Simbolo Indice Formula Indica Interpretação
Liquidez
Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo
Passivo Circulante+Exigível a Longo
Prazo
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Disponível+Títulos a Receber+Outras
Ativos de Rápida Conversibilidade
Passivo Circulante
LG Liquidez Geral Quanto a empresa possui de
AC+RLP para cada $1 de dívida
total
Quanto maior,
melhor
LC Liquidez Corrente Quanto a empresa possui de AC
para cada $1 de passivo
Quanto maior,
melhor
LS Liquidez Seca Quanto a mepresa possui de
Ativo Líquido para cada $1 de
PC
Quanto maior,
melhor
Índices de Rentabilidade
Simbolo Indice Formula Indica Interpretação
Rentabilidade ( ou Resultados )
Vendas Liquidas
Ativo
Lucro Líquido x100
Vendas Liquidas
Lucro Líquido x100
Ativo
Lucro Líquido x100
Patrimônio Líquido Médio
V / AT Giro do Ativo uanto a empresa Vendeu para
cada $1 de investimento total
Quanto maior,
melhor
Rentabilidade do Ativo Quanto a empresa obtém de
lucro para cada $100 de
Quanto maior,
melhor
LL / V Margem Líquida Quanto a empresa obtém de
lucro para cada $100 vendidos
Quanto maior,
melhor
LL / PL Rentabilidade do Patrimônio Líquido Quanto a empresa Obtém de
lucro para cada $100 de capital
próprio investido, em média, no
Quanto maior,
melhor
LL / AT
Calcular os Índices de um Balanço Patrimonial real
avaliando os resultados, quanto ao grau e forma do
endividamento, investimentos realizados, rentabilidade,
estrutura de capitais, etc.
EXERCÍCIO
ATIVO PASSIVO
31/12/2006 31/12/2007 31/12/2006 31/12/2007
R$ R$ R$ R$
ATIVO CIRCULANTE 8.997.968,63 12.624.000,44 PASSIVO CIRCULANTE 9.997.367,49 13.699.495,50
DISPONÍVEL 28.897,04 36.426,33 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 4.999.381,96 6.392.610,08
CLIENTES 4.417.129,18 5.902.142,33 FORNECEDORES A PAGAR 2.495.442,70 3.551.303,63
DUPLICATAS DESCONTADAS -1.242.773,42 -998.540,42 Salários e Encargos a Pagar 2.777,95 10.957,88
Contribuições a Recolher 112.768,79 517.525,18
Matérias-Primas 924.222,31 1.062.901,15 Provisão de Férias e 13º 571.881,96 673.407,99
Materias Diversos 89.267,70 58.257,15 OBRIGAÇÕES SOCIAS 687.428,70 1.201.891,05
Produtos em Elaboração 1.097.871,97 1.012.082,79
Produtos em Acabados 3.503.392,85 4.850.574,41 Impostos a Recolher 198.063,11 522.562,26
TOTAL DOS ESTOQUES 5.614.754,83 6.983.815,50 Impostos a Parcelar 1.205.257,10 1.291.546,06
Impostos Parcelados 150.015,71 364.617,72
Imposto a Recuperar 420,72 211.604,73 OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS 1.553.335,92 2.178.726,04
Créditos Diversos 179.540,28 488.551,97
Demais Contas a Receber 179.961,00 700.156,70 CONTAS A PAGAR 261.778,21 374.964,70
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 5.808.565,67 9.609.401,79 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 21.341.100,63 26.561.305,38
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS - EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 3.978.112,37 4.669.152,97
DEPÓSITOS JUDICIAS 1.734.737,38 1.437.858,41 Impostos Parcelados 758.510,49 8.256.410,85
Impostos a Parcelar 9.563.412,47 7.666.164,24
IMPOSTO DE RENDA A COMPENSAR 3.749.317,49 3.749.317,49 Refis - Parcelamento 1.602.498,20 1.280.189,27
OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS 11.924.421,16 17.202.764,36
TÍTULOS A RECEBER 324.510,80 3.122.225,89
COLIGADAS E CONTROLADAS - 1.300.000,00 COLIGADAS E CONTROLADAS 5.438.567,10 4.689.388,05
ATIVO PERMANTE 25.895.869,44 27.664.515,99 PATRIMONIO LÍQUIDO 9.363.935,62 9.637.117,34
INVESTIMENTOS 7.157.195,43 7.405.486,90 CAPITAL SOCIAL 3.200.000,00 3.200.000,00
Terrenos 5.375.047,47 5.375.047,47 ADIANTAMENTO P/ AUMENTO DE CAPITAL 6.000.000,00 6.000.000,00
Edifícios 3.140.221,00 3.140.221,00
Máquinas e Equipamentos 4.273.603,34 4.530.865,49 RESERVAS DE REAVALIAÇÃO 11.616.217,31 11.616.217,31
Moldes e Estampos 4.637.266,07 4.976.349,25
Outras Imobilizações 1.090.623,86 1.188.869,40 LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS -11.585.042,59 -11.452.281,69
Em Andamento 158.524,72 213.378,27
TOTAL IMOBILIADO 18.675.286,46 19.424.730,88 LUCROS E PREJUIZOS DO EXERCÍCIO 132.760,90 273.181,72
DEFERIDO 63.387,55 834.298,21
TOTAL DO ATIVO 40.702.403,74 49.897.918,22 TOTAL DO PASSIVO 40.702.403,74 49.897.918,22
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
dez/06 dez/07
Receita operacional bruta 32.597.475,45 40.020.728,33
Venda de Produtos no Mercado Interno 31.190.794,63 38.134.075,12
Venda de Produtos no Mercado Externo 1.185.880,06 1.626.515,41
Pretação de Serviços no Mercado Interno 220.800,76 260.137,80
Deduções da Receita Bruta -9.019.098,72 -10.880.529,64
Devoluções e Abatimentos -644.995,01 -772.050,84
Impostos Incidentes Sobre Vendas -8.374.103,71 -10.108.478,80
Receita Operacional Líquida 23.578.376,73 29.140.198,69
CUSTO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS VENDIDOS -15.341.059,83 -18.756.121,15
RESULTADO BRUTO 8.237.316,90 10.384.077,54
DESPESAS OPERACIONAIS -6.603.972,74 -7.645.708,84
Despesas Comerciais -3.544.705,31 -4.218.353,16
Despesas Administrativas -3.059.267,43 -3.427.355,68
RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS 1.007.169,58 126.389,68
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES - -
RESULTADO ANTES DOS ENCARGOS FINACEIROS 2.640.513,74 2.864.758,38
Encargos Financeiros Líquidos -2.477.753,75 -2.528.099,99
RESULTADO ANTES DA CSLL E IMPOSTO DE RENDA 162.759,99 336.658,39
Provisão para CSLL e Imposto de Renda -29.999,09 -63.477,27
RESULTADO LÍQUIDO 132.760,90 273.181,12
Conteúdo:
• Capital de Giro
• Capital de Giro Líquido ( CGL)
• Análise da evolução do Capital de Giro Líquido
• Risco, Lucratividade de Custos
• Estratégia de Administração do Capital de Giro
• Administração de Estoques
• Administração das Duplicatas a Receber
• Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro
• Administração de Caixa
CONCEITO
Compreende a composição de Ativos e Passivos de Curto Prazo (Circulantes)
diretamente relacionados com a atividade operacional da Empresa.
EXEMPLOS DE ATIVOS OPERACIONAIS CIRCULANTES:
• DISPONIBILIDADES
• DUPLICATAS A RECEBER
• ESTOQUES
EXEMPLOS DE PASSIVOS OPERACIONAIS CIRCULANTES:
• FORNECEDORES
• SALÁRIOS
• IMPOSTOS
CAPITAL DE GIRO
CONCEITO:
Compreende a diferença entre o Total do Ativo Circulante e o Total do
Passivo Circulante.
CGL = AC – PC
Exemplo:Em $ 12/X1 12/X2
ATIVO CIRCULANTE 60 100
PASSIVO CIRCULANTE 80 70
CAPITAL DE GIRO LIQUIDO (20) 30
Tecnicamente, a Empresa passou de insolvente em 12/X1 para solvente em 12/X2
Em 12/X2, sobram $30 das atividades operacionais, os quais poderão ser usados
Para aplicação no mercado financeiro ou para expansão do ativo fixo
CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO (CGL)
CAPITAL DE GIRO LIQUIDO (CGL)
ATIVO CIRCULANTE
(AC)
PASSIVO CIRCULANTE
(PC)
CGL
ATIVOS NÃO
CIRCULANTES
(RPL + AP)RECURSOS
PERMANENTES
(ELP + PL)
CGL = AC - PC
CGL = (ELP + PL) - (RLP + AP)
Antes da constatação da saúde financeira da Empresa através do cálculo
do CGL, deve-se averiguar a composição de Ativos e Passivos Circulantes.
SITUAÇÕES PARA O CGL (AC – PC)
1. CGL > 0: Situação tecnicamente favorável, porém pode ser ilusória se:
- AC muito concentrado em estoques de realização demorada.
- AC muito concentrado em duplicatas a receber, com prazo de
conversão em caixa muito superior ao prazo de liquidação das contas a
pagar.
2. CGL < 0: Situação tecnicamente desfavorável, porém pode evidenciar
insolvência
- É o caso dos supermercados que compram a prazo de seus
fornecedores e giram rapidamente seus estoques através de vendas a vista.
CGL X LIQUIDEZ
PRESSUPOSTOS DA ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO
- A Tecnologia pode alterar o nível ótimo de ativos
- Manter AC é custoso e não rende
- AC pode ser r financiado.
AC PC
DETERMINANTES DA POLÍTICA DO CAPITAL DE GIRO
• O RAMO DE ATIVIDADE
• O FATURAMENTO
• A POLÍTICA DE CRÉDITO
• A VARIABILIDADE DO FLUXO DE CAIXA
• O CICLO OPERACIONAL DE CAIXA
FATORES
EM $MIL 12X1 12x02 12X03
DISPONIBILIDADES 200 250 380
DUPLICATAS A RECEBER 3.027 4.074 5.675
ESTOQUES 2.400 3.600 5.200
OUTROS 373 1.076 995
ATIVO CIRCULANTE 6000 9.000 12.250
FORNECEDORES 1.580 2.400 3.540
BANCOS 2.300 2.300 5.100
OUTROS 1.120 1.850 1.910
PASSIVO CIRCULANTE 5.000 6.550 10.550
CGL 1.000 2.450 1.700
EM % 12X1 12x02 12X03
DISPONIBILIDADES 3,3 2,8 3,1
DUPLICATAS A RECEBER 50,5 45,3 46,3
ESTOQUES 40,0 40,0 42,5
OUTROS 6,2 11,9 8,1
ATIVO CIRCULANTE 100,0 100,0 100,0
FORNECEDORES 26,3 26,7 28,9
BANCOS 38,3 25,6 41,6
OUTROS 18,7 20,5 15,6
PASSIVO CIRCULANTE 83,3 72,8 86,1
CGL 16,7 27,2 13,9
OBSERVAÇÕES
• Tecnicamente a Empresa apresenta liquidez nos três períodos;
• Existem riscos de capacidade de pagamento das dívidas de curto prazo decorrentes da
alta concentração em Duplicatas a Receber e Estoques;
• Caso o prazo de conversão das Duplicatas a Receber seja superior ao prazo da liquidação das
Dívidas com Fornecedores, ocorrerá a necessidade de adoção de estratégias indesejáveis,
como: aumento da dívida bancária, desconto de duplicatas e/ou desova de estoques;
• Na composição do Passivo Circulante, os Fornecedores apresentaram uma pequena elevação,
enquanto que as Dívidas Bancárias aumentaram significativamente, revelando a crescente
dependência por essa fonte onerosa de recursos.
• Na composição das fontes de financiamento do Ativo Circulante ocorreu aumento na
participação do Passivo Circulante e redução na do CGL.
LUCRATIVIDADE RELAÇÃO ENTRE RECEITAS E CUSTOS GERADA PELO USO
DOS ATIVOS DA EMPRESA (CIRCULANTE E PERMANENTE)
RISCOA PROBABILIDADE DE QUE A EMPRESA NÃO ESTEJA
APTA A PAGAR SEUS GASTOS OPERACIONAIS E FINANCEIROS
ÍNDICE VARIAÇÃO EFEITO S/ EFEITO S/
NO ÍNDICE O LUCRO O RISCO
ATIVOS CIRCULANTE AUMENTO REDUÇÃO REDUÇÃO
ATIVOS TOTAIS
PASSIVOS CIRCULANTES AUMENTO AUMENTO AUMENTO
ATIVOS TOTAIS
Risco, Lucratividade & Custo
ESTRATÉGIAS DE ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO
CONSERVADORA
AGRESSIVA
MODERADA
BAIXO RISCO
BAIXO RETORNO
MANUTENÇÃO DE ATIVOS LÍQUIDOS
ALTO RISCO
ALTO RETORNO
FINANCIAMENTO ATRAVÉS DE DÍVIDAS DE CURTO PRAZO
HEDGE DE ATIVOS E PASSIVOS
OBSERVAÇÕES
FINANCIAMENTO DE NECESSIDADES PERMANENTES E SAZONAIS
ATIVOS TOTAIS = Ativos Circulantes + Ativos Permanentes
Representam a necessidade total de fundos da Empresa
NECESSIDADES PERMANENTES DE FUNDOS
Compreende a necessidade mínima de ativos permanentes e Ativos
Circulantes da Empresa, que permanecem inalterada ao longo do ano.
NECESSIDADE SAZONAL DE FUNDOS
Compreende a necessidade de fundos complementares para o financiamento
de necessidades que variam ao longo do ano.
NECESSIDADE DE RECURSOS PROJETADAS
ESTRATÉGIA AGRESSIVAA Empresa mantém recursos na medida exata para financiar suas necessidades permanentes.
Com isso, a Empresa corre riscos por ignorar necessidades sazonais.
ESTRATÉGIA CONSERVADORAA Empresa mantém recursos permanentes no valor correspondente ao pico das necessidades
totais .
ESTRATÉGIA INTERMEDIÁRIAAo observar o menor nível das necessidades totais de recursos e o maior nível das necessidades
totais de recursos durante o ano, calcula-se a média desses.
Assim , haverá sobra de recursos em alguns períodos e falta dos mesmos em outros períodos do
ano .
ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES
CURVA ABC
% ITENS NO ESTOQUE
% $
A: Pequeno número de itens, porém alta participação no valor
B: Itens situados entre as duas categorias
C: Grande número de itens, porém reduzida participação no valor
A
B
C
LOTE ECONOMICO DE COMPRA
Corresponde a quantidade que minimiza o Custo Total Estocagem ( CTE )
CT = CTP + CTE, sendo:
CT = Custo Total de Compras e de Estocagem
CTP = Custo Total de Processamento dos Pedidos de Compras
CTE = Custo Total de Estocagem
PRESSUPOSTOS:
• O CTP será alto quando a quantidade for baixa ( o custo é fixo)
• O CTP declinará à medida que a quantidade aumentar (maiores vendas cobrirão o CF)
• O CTE será baixo quando a quantidade for baixa: e
• O CTE crescerá proporcionalmente ao aumento da quantidade
FORMULA DO LOTE ECONÔMICO (LE)
LE =
2 X O X S
C
Sendo:
O = Custo Unitário de Processamento de cada Pedido
S = Demanda de Materiais, por período
C = Custo Unitário de Estocagem, por período.
Exemplo:
S = 1.600 Unidades O = $50 C = $1
LE =
Se a Empresa emitir pedidos com essa quantidade estará minimizando o custo total do
processamento dos pedidos e de estocagem.
2 x $50 x 1.600
$1
= 400 unidades
ALTERNATIVAS DE QUANTIDADES POR PEDIDO:EXEMPLO
Quantidade por pedido(Q) 100 200 400 800 1.600
Número de Pedidos (S/Q) 16 8 4 2 1
Estoque Médio(Q/2) 50 100 200 400 800
CTP (OxS) $800 $400 $200 $100 $ 50
Q
CTE (CxQ) $ 50 $100 $200 $400 $800
2
Custo Total $850 $500 $400 $500 $850
Q < 400 Unidades CTP > CTE
Q > 400 Unidades CTP < CTE
Q = 400 Unidades CTP = CTE (menor Custo Total)
Ponto de Pedido• Estoque de Segurança = 100 Unidades
• Consumo Semanal (Uniforme) = 50 Unidades
• Prazo de Entrega das Matérias Primas = 2 Semanas
•Ponto de Pedido (100 + (50x2) ) = 200 Unidades
Quantidade
0 6 8 14 16
200
100
CUSTOS E RISCOSConceder crédito aos clientes representa assumir custos e riscos, tais como:
• Despesas com a análise do potencial de crédito dos clientes;
• Despesas com a cobrança das duplicatas:
• Riscos de perdas financeiras com créditos incobráveis;
• Custo dos recursos aplicados nas contas a receber
GESTÃO DOS RECURSOS
Pode-se avaliar a eficiência na gestão dos recursos aplicados na duplicadas a receber através
do cálculo do Prazo Médio de Recebimento (PMR)
PMR = Saldo das Duplicatas a Receber do Balanço x 360
Receita Líquida de Vendas
ADMINISTRAÇÃO DAS DUPLICATAS A RECEBER
Exemplo:
PMR = Saldo das Duplicatas a Receber no Balanço x 360
Receita Líquida de Vendas
EM 12/X1 = $ 3.660 x 360/ $ 21.960 = 60 dias
EM 12/X2 = $ 5.025 X 360/ $ 24.120 = 75 dias
Observações:
• Aparentemente os recursos investidos nas Duplicatas a Receber foram geridos menos
eficientemente no último exercício;
• A Empresa pode ter sido forçada, pelos concorrentes, a aumentar o prazo de
financiamento.
• Algo saiu errado, pois enquanto o saldo das Duplicatas a Receber cresceu 37,30%
($5.025 : $3.660), o saldo da Receita Líquida de Vendas aumentou apenas 9,84%
($24.120 : $ 21.960).
PMR = Duplicatas a Receber x 360 Vendas
PME = Estoque x 360CPV
Ciclo Operacional
Ciclo Operacional : PMR + PME
A Empresa XY apresentou os seguintes números no final do anode 2014. Receitas Liquidas: R$ 5.800.000,00 ; Estoque: R$550.000,00; Fornecedores; R$ 1.200.000,00; Contas a Receber :R$ 2.500.000,00; CPV: R$ 4.300.000,00; Ativo Circulante :R$ 3.500.000,00; Passivo Circulante: R$3.000.000,00 . Calcule oCiclo Operacional e o Ciclo Financeiro.
Exercício de Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro
CARÁTER: Idoneidade no mercado de crédito.
CAPACIDADE: Gestão Administrativa
CAPITAL: Situação Financeira
COLATERAL: Situação patrimonial, garantias.
CONDIÇÕES: Cenário econômico.
COOLIGADAS : Conceito de Grupo Econômico
C’s do Crédito
POLÍTICA DE CRÉDITO LIBERAL
Uma política de crédito liberal tende a ampliar o potencial de vendas da Empresa.
Todavia, acarreta maior investimento em Duplicatas a Receber, maior Prazo Médio
de Recebimento devido aos atrasos e maior porcentagem de perdas financeiras com
a inadimplência.
Apesar desses inconvenientes, poderá ser vantajoso transacionar com clientes que
representam maior risco de crédito, pois, mantendo-se o custo fixo inalterado, o
aumento do volume de vendas elevará a receita e o lucro operacional.
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO TOTAL
Corresponde a diferença entre as receitas operacionais após a dedução dos custos variáveis totais.
A Margem de Contribuição Unitária corresponde à diferença entre o preço de venda e o custo
variável unitário.
ESTRATÉGIAS NA ADMINISTRAÇÃO DAS DUPLICATAS A RECEBER
• AFROUXAMENTO NA POLÍTICA DE CRÉDITO
Aquisição de novos Clientes, condicionada a exposição de maiores níveis de riscos.
• DESCONTOS POR ANTECIPAÇÃO DE PAGAMENTO
O oferecimento de descontos financeiros para estimular a antecipação de pagamento dos
Clientes visa reduzir:
- o risco de perdas com duplicatas incobráveis;
- o índice de duplicatas com atraso;
- o prazo médio de recebimento;
- os recursos aplicados em duplicatas a receber.
• MAIOR RIGOR NA POLÍTICA DE CRÉDITO
Quando a Empresa deseja reduzir os investimentos em duplicatas a receber por estar enfrentando
problemas de liquidez; ou devido a elevada incidência de custos financeiros no financiamento
de seu capital de giro.
Exemplo:
Situação atual da Cia XY:
A.Volume de vendas em unidades 40.000
B.Preço Unitário de vendas $1.000
C.Receita de Vendas (AxB) $40.000 Mil
D.Custos e Despesas variáveis por unidade $600
E.Custos e Despesas Variáveis Total (DxA) ($24.000) Mil
F. Margem de Contribuição (C-E) $16.000 Mil
G. Custos e Despesas fixas ($ 9.600) Mil
H. Perdas com Incobráveis (1%xC) ($ 400) Mil
I. Lucro Operacional ( F – G – H ) $6.000 Mil
OBJETIVO : AFROUXAMENTO DA POLÍTICA DE CRÉDITO
• Ampliar as vendas de 20% através da aceitação de novos pedidos:
• Aumentar o Lucro Operacional em, no mínimo , 25%.
PREVISÃO:
• 10% das novas duplicatas terão inadimplência.
• Acréscimo de $ 600.000 anuais relativos às despesas fixas de crédito e cobrança:
• Taxa anual de retorno mínimo de 30% sobre os recursos adicionais relativos às
duplicatas sacadas contra os novos clientes: o retorno sobre a carteira atual é
de 15% sobre os recursos investidos no ativo.
Esta empresa deve ser menos rigorosa sobre a atual política de crédito,
passando a operar com a nova clientela ?
Dados Anuais Situação Atual Novos Clientes Nova Situação
A Volume de Vendas 40 8 48
B Receita de Vendas ($1.000xA) $40.000 $8.000 $48.000
C Custos e Despesas Variáveis ($600xA) ($24.000) ($4.800) ($28.800
D Margem de Contribuição (B-C) $16.000 $3.200 $19.200
E Custos e Despesas Fixas ($9.600) ($600) ($10.200)
F Perdas com inadimplência ($400) ($800) ($ 1.200)
Carteira Atual(1%xB =$400)
Carteira Nova(10%xB =$800)
G Lucro Operacional (D- E - F) $6.000 $1.800 $7.800
H Prazo Médio de Recebimento(dias) 30 60 34,3
I Giro das Dupl a Receber 12 6 10,5
J Custo Total (C+E) $33.600 $5.400 $39.000
K Investimento Médio Anual(J/I) $2.800 $900 $3.700
L Retorno Exigido s/investimento $420 $270 $690
Carteira Atual (15% K = $420)
CarteiraNova (30% K= $270
M Lucro Liquido (G - L) $5.580 $1.530 $7.110
a = (J : K) = ($39.000: $3.700) = 10,5 b = (360 :I) = (360 : 10,5) = 34,3
RESULTADO FINANCEIRO DO AFROUXAMENTO DA POLÍTICA DE CRÉDITO
RESUMO DOS RESULTADOS DO OBJETIVO
Meta para o Lucro Operacional : Crescimento de 25,0 %
SITUAÇÃO ATUAL SITUAÇÃO NOVA
1. Custo Fixo/ Margem de Contribuição 60,00 % 53,13 %
2. Margem de Lucro Operacional 15,00 % 16.25 %
3. Margem de Lucro Liquido 13,95 % 14,81 %
RESULTADO COM A ADOÇÃO DA ESTRATÉGIA DE DESCONTO E AFROUXAMENTO
DO CRÉDITO:
4. Resultado do Lucro Operacional: Crescimento de 30,00 %
5. Resultado do Lucro Líquido: Crescimento de 27,42 %
PORTANTO, SÃO ESTRATÉGIAS PLENAMENTE VIÁVEIS À EMPRESA.
OBSERVAÇÕES QUANTO AOS RESULTADOS OBTIDOS:
Verificamos que a elevação de 20% nas vendas ($ 48.000 : $ 40.000) provocaria um acréscimo de
30% no lucro operacional ( $ 7.800 : $ 6.000).
Esse efeito favorável decorreria da melhor absorção dos custos fixos. Na situação atual, os custos
fixos correspondem a 60% da margem de contribuição ($9.600 : $ 16.000), enquanto que na
Situação nova projetada essa participação declinaria para 54% ($10.200 : $ 18.984).
Ocorreria um aumento no prazo de conversão das duplicatas a receber em caixa, o qual
passaria de 34,3 dias.
Todavia, proporcionaria um lucro após a remuneração do risco de 27,42% ($7.110 : $ 5.580)
59
Método de Avaliação de
Investimentos
Administradores de Empresas, independente do seu tamanho e campo de atividade, sempre se defrontam com necessidade de avaliar projetos de investimento, sendo que esta avaliação variam desde a pura intuição do administrador, aos mais sofisticados modelos matemáticos, para tanto, há a necessidade fundamental de se identificar a Taxa Mínima de Atratividade de um projeto de investimento.
60
Método de Avaliação de Investimentos
Taxa Mínima de Atratividade (TMA)
O capital utilizado em um projeto de investimento, é em geral remunerado,
sendo este o custo da utilização do capital por parte da empresa.
O projeto de de investimento só se torna interessante, do ponto de vista
econômico, se a taxa de rendimento que ele produzir for superior superior a
taxa de custo do capital.
Ao analisarmos um projeto, temos de levar em conta a taxa de juros do
mercado financeiro, sendo esta taxa de juros considerada como custo de
oportunidade, assim se a taxa de rendimento do projeto for superior a taxa de
juros do mercado financeiro, haverá interesse de se levar o projeto a frete.
Tais situações identificam a taxa de custo do capital ( ou taxa de juros do
mercado financeiro ) como a taxa de rentabilidade mínima aceitável para um
projeto de investimento, caracterizando um parâmetro mínimo de atratividade
para aceitação ou rejeição de um projeto.
61
Método de Avaliação de Investimentos
Rentabilidade SimplesMétodo utilizado para avaliação de projeto de investimento, baseando-se na relação denominada rentabilidade simples do projeto, sendo esta a relação entre o Lucro Anual Médio Provável gerado pelo projeto e o total do investimento
h = L / G
A vantagem desse índice é a facilidade de cálculo, obtidos a partir de receitas e custos orçados para o projeto, mas apresenta a desvantagem de não considerar os efeitos do tempo sobre o valor do dinheiro.
Índice deRentabilidade
Simples
Total do Investimento
Lucro AnualMédio Provável
62
Método de Avaliação de Investimentos
Período de Retorno do InvestimentoTambém conhecido por “Pay-back Period” , é um dos métodos de investimento mais largamente difundidos entre os administradores de empresas, consistindo este na determinação de números de períodos necessários para recuperação do capital investido, onde a empresa comparando com os referências de tempo para recuperação do investimento, decide ou não sobre a implantação do investimento, sendo o período a relação entre o total do investimento e o lucro anual médio provável
p = G / L
Como o método de período de retorno do investimento não leva em conta o valor do dinheiro no tempo, este método a despeito do Método de Rentabilidade Simples do Projeto, devem ser utilizados apenas como informação complementar sobre a recuperação de investimento realizado.
Período de Retornodo Investimento
Total do Investimento
Lucro AnualMédio Provável
63
Método de Avaliação de Investimentos
Valor Presente LíquidoO Método do Valor Presente Líquido, ou Método do Valor Atual, é caracterizado pela
transferência para a data zero das entradas e saídas do fluxo de caixa associado ao
projeto, tendo como base de cálculo a TMA
O Valor Presente Líquido do projeto, é obtido pela expressão
n j 1 2 n
VPL= Rj / ( 1+ i ) tal que R0+R1/(1+i)+R1/(1+i)+....+Rn/(1+i) = 0
j=0
VPL= Valor Presente Líquido; Rj = Entradas e Saídas de Caixa ao Longo do Tempo ; i
= Taxa Mínima de Atratividade (TMA)
Os projetos convencionais são os mais freqüentes, sendo estes em que as entradas e
saídas de caixa apresentem uma única mudança de sinal, e a soma das entradas é
maior que a soma das saídas em volumes absolutos.
Entradas (+)
R1 R2 Rn
0 n ( tempo )1 2 n
R0 Saídas (-)
.................................................................................
64
Método de Avaliação de InvestimentosValor Presente LíquidoO Valor Presente Líquido do projeto pode ser positivo, nulo ou negativo.
VPL > 0 - O resultado positivo significa que o valor presente das entradas supera o valor presente das saídas de caixa, nesse caso o projeto será economicamente interessante à taxa de juros considerada e, quanto maior o VPL mais interessante será o projeto de investimento.
VPL = 0 - Significa que o valor presente das entradas é igual o valor presente das saídas de caixa, sendo que o projeto não é ainda desinteressante do ponto de vista econômico, pois as entradas futuras são iguais aos desembolsos realizados com o projeto, isso quer dizer que o projeto produz retorno igual a TMA da empresa.
VPL < 0 - Significa que o valor presente das entradas é inferior ao valor presente das saídas de caixa, tornando neste caso o projeto desinteressante a taxa de juros considerada, pois não ocorrerá sequer a recuperação do investimento realizado.
65
Método de Avaliação de Investimentos
-O projeto TOP custa hoje $ 1,2 milhão. Segundo avaliadores experientes, seu
Valor presente é $ 2 milhões. Qual é o VPL do projeto TOP ?
VPL = VP – custo VPL = 2.000.000 – 1.200.000 VPL = 800.000
-O projeto Tabajara custa hoje $ 3 mil. Espera-se que ele gere os seguintes resultados
Líquidos nos próximos três anos: R$ 1.100,00 em n = 1; $ 1.210,00 em n=2 e
$ 1.331,00 em n= 3.
Calcule o VPL do projeto Tabajara, considerando a taxa de retorno de 15 % a.a.
Solução:
Representação dos FCs do projeto Tabajara:
n= 0 n= 1 n= 2 n= 3
-3.000 1.100 1.210 1.331
Considerando a taxa de 15 % a.a.
VPL = VP – custo 2 3
VPL = [1.100/ (1 + 0,15) + 1.210/ (1+0,15) + 1.331/ (1+0,15) ] – 3.000
VPL = (253,39)
Considere o mesmo fluxo de caixa a taxa de 5% a.a.Resposta = 294,89
Observação: VPL é função da taxa de desconto. Uma empresa que
tenha custo de capital de 5% considerará o projeto Tabajara lucrativo.
Uma empresa que tenha um custo de capital de 15% não investirá no
Projeto Tabajara.
66
Taxa Interna de Retorno (TIR)
Por definição a Taxa Interna de Retorno ( TIR ) de um projeto convencional é a taxa de juros para a qual seu VPL é nulo, podemos dizer então que a TIR de um projeto é a taxa de juros para a qual o valor presente das entradas iguala o valor presente das saídas do seu fluxo de caixa, caracterizando assim a taxa de remuneração do capital investido.Após a determinação da TIR de um projeto, devemos compará-la a TMA, sendo o projeto considerado rentável se sua TIR for no mínimo igual TMA, ou seja a TIR deverá ser igual ou maior a TMA. Pressupõe-se então que os fluxos intermediários de caixa do projeto sejam reinvestidos à sua TIR, o que torna este método o mais adaptado a projetos de maior duração, nos quais a empresa pode efetivamente reinvestir os mencionados fluxos intermediários
Método de Avaliação de Investimentos
Exercício 1: Sua empresa tem a oportunidade de investir com vida útil de seteanos e os seguintes fluxos de capital: $ 35.000,00; receitas de R$ 12.000,00, nosquatro primeiros anos; receitas de $ 15.000,00 nos três últimos anos. Calcule ataxa interna de retorno, em termos anuais.
Exercício 2: Uma instituição financeira propôs conceder a uma empresa umempréstimo de R$ 370.000,00, a ser devolvido em três pagamentos mensaisnos valores de R$ 100.000,00, R$ 150.000,00 e R$ 200.000,00. Considerandoque a melhor taxa máxima de atratividade é de 10% ao mês para tomada deempréstimos de mesmos valor e datas de pagamento; (a) calcule a TIJ dofinanciamento e o valor do VPL
Exercício 3: Determinar o valor presente líquido (VPL) de um projeto que custehoje R$ 40.000,00 e gere quatro fluxos de caixa mensais positivos em n=2, n=3,n=4 e n=5 com valores de $ 15.000,00, $ 15.000,00, $ 13.000,00 e $ 6.000,00,respectivamente. A taxa mínima de atratividade (TMA) é de 8% ao mês. Vocêinvestiria de nesse projeto ? Por quê ?
68
Custo de Capital
-Todos os componentes de capital tem uma característica em comum: os investidores que
forneceram os fundos esperam receber um retorno sobre seu investimento.
-A taxa de retorno requerida sobre cada fonte de capital é chamada de custo
componente, e o custo de capital usado para analisar as decisões de orçamento de capital
deve ser a média ponderada dos vários custos componentes. Chamamos essa média
ponderada exatamente de Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) ou WACC (weighted
average cost of capital).
Calculo do WACC:
-A empresa NCC tem uma estrutura de capital que implica 30% de dívida, 10% de ações
preferenciais e 60% de capital próprio. O custo de sua dívida antes do IR Kd = 11%; o custo
de sua dívida após IR é kd (1 - T) = 11% (0,60) = 6,6%; o custo de suas ações preferenciais,
Kps, é de 10,3%; o custo do capital próprio, ks, é de 14,7%; sua alíquota marginal de imposto
é de 40%.
WACC = Wdkd (1 – T) + Wpskps + Wxeks = 0,3(11,0%)(0,60) + 0,1 (10,3%) + 0,6(14,7%)
= 11,8 %
Aqui, Wd, Wps e Wxe são os preços usados para dívida, ações preferenciais e capital próprio
respectivamente.
69
Fatores que afetam o Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC)
O custo de capital é afetado por uma variedade de fatores. Alguns estão além do controle da empresa, mas outros são influenciados por suas políticas de financiamento e de investimento.
Os dois mais importantes fatores que estão além do controle direto da empresa são (1) o nível das taxas de juros e (2) os impostos.
Fatores que a Empresa pode controlar
Uma empresa pode afetar seu custo de capital por meio de :
1. Sua política de estrutura de capital;2. Sua política de dividendos e3. Sua política de investimento (orçamento de capital)
Custo de Capital
70
CAPM
Para estimar o custo do capital próprio usando o Modelo de Precificação de Ativos (CAPM), procedemos da seguinte forma:
1- Estimar a taxa livre de risco, Krf, geralmente aceita como sendo o rendimento sobre Títulos de Dívida de Longo Prazo do Tesouro .
2- Estimar o coeficiente beta, bi, e usá-lo como um indicador do risco da ação. O i significa o i-ésimobeta da empresa.
3- Estimar a taxa de retorno corrente esperada sobre o mercado, ou de uma “média”, km.
4- Substituir os valores precedentes na equação do CAPM para estimar a taxa de retorno requerida sobre a ação em questão:
Ks = Krf + ( Km – Krf )x bi
Custo de Capital Próprio
71
Para ilustrar a abordagem do CAPM para a NCC, suponha queKrf = 8%, Km 14% e bi = 1,1, indicando que a NCC é um pouco mais arriscada do que a média do mercado. Portanto, o custo de capital próprio da NCC é:
Ks = 8% + (14% - 8%)(1,1)= 8% + 6,6 %= 14,6%
Se a NCC tivesse uma ação média,com b = 1,0, então seu custo de capital próprio teria sido 14 %.
OBs: Deve ser observado que existem vários problemas para precisarmos uma estimativa do Ks. Primeiro, se acionistas da empresa não são bem diversificados, eles podem estar preocupados com o risco isolado além do risco de mercado. Além disso:-Há controvérsia sobre a utilização dos rendimentos de títulos de dívida do Tesouro de curto prazo ou longo prazo.-É difícil estimar o beta que os investidores esperam que a empresa tenha no futuro.-É difícil estimar o prêmio pelo risco de mercado.
Custo de Capital Próprio
72
Coeficiente Beta
Trata-se da medida relevante de Risco de Mercado o coeficiente beta de uma ação, que mede a volatilidade de uma ação com relação à uma carteira que contém todas as ações ou mesmo em relação a uma outra ação.
O risco de mercado de determinada ação pode ser medido por sua tendência de movimentação em relação ao mercado em geral.
De acordo com o CAPM, o beta utilizado para estimar o risco de mercado de uma ação deveria refletir as estimativas do investidor acerca da volatilidade futura da ação em relação à do mercado. Obviamente, não sabemos agora como uma ação se relacionará com o mercado no futuro, e também não sabemos como o investidor médio enxerga essa relativa volatilidade esperada futura. Tudo que temos são dados sobre a volatilidade passada.
Custo de Capital Próprio
Ás vezes chamada de análise custo-volume-lucro
É usada pela empresa para determinar o nível de operações necessárias para cobrir
todos os custos operacionais e para avaliar a lucratividade associada a vários níveis de
vendas.
O ponto de equilíbrio operacional
É o nível de vendas necessário para cobrir todos os custos operacionais. No ponto de
equilíbrio, os lucros antes dos juros e impostos, ou LAJIR, são iguais a zero.
Os custos fixos
São uma função do tempo, e não do volume de vendas, sendo tipicamente contratuais;
aluguel, por exemplo, é um custo fixo.
Os custos variáveis
Variam de acordo com as vendas e são um função do volume, e não do tempo; custos
de remessa, por exemplo, são custos variáveis.
Análise do Ponto de Equilíbrio
ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
0 500 1000 1500
Vendas (unidades)
Cu
sto
s /
Receit
as (
$)
Custo Fixo Operacional
LAJIR
PERDA
Ponto de Equilíbrio Operacional
Análise do Ponto de Equilíbrio
ABORDAGEM ALGÉBRICA
p = preço de venda por unidade
Q = quantidade de vendas por unidades
F = custo operacional fixo por período
v = custo operacional variável por unidade
ITEM
REPRESENTAÇÃO ALGÉBRICA
Receita de vendas (p x Q) ALAVANCAGEM Menos: Custos operacionais fixos -F OPERACIONAL Menos: Custos operacionais variáveis -(v x Q)
Lucro antes dos juros e imposto de renda LAJIR
ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO, CUSTOS E ALAVANCAGEM
Análise do Ponto de Equilíbrio
Reescrevendo os cálculos algébricos do Quadro anterior como uma fórmula do lucro antes
dos juros e do imposto de renda, obtém-se a equação abaixo
Conforme se pode notar, o ponto de equilíbrio da empresa é definido como o nível de vendas
onde todos os custos operacionais fixos e variáveis são cobertos; isto é, o nível em que o
LAJIR iguala-se a zero. Colocando o LAJIR igual ao zero e solucionando a Equação acima
para Q, obtém-se:
Q é o ponto de equilíbrio da empresa.
FvpQLAJIR
ou
QvFQpLAJIR
)(
vp
FQ
Análise do Ponto de Equilíbrio
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
• O conceito de Margem de Contribuição está associado à identificação do
custo imediatamente “emergente” na produção de determinado produto.
O custo que varia de acordo com a produção, ou seja, o que surge em
função dela e que se chama “variável” vai nos possibilitar o cálculo do
lucro marginal.
Margem de Preço de Custo
Contribuição Venda Variável=
_
Análise do Ponto de Equilíbrio
PONTO DE EQUILIBRIO CONTÁBIL
• Significa a quantidade que equilibra a receita total com a soma dos custos
e despesas relativos aos produtos vendidos.
PONTO DE EQUILIBRIO ECONÔMICO
• É a quantidade que iguala a receita total com a soma dos custos e
despesas acrescida de uma remuneração mínima (custo de oportunidade)
sobre o capital investido pela empresa.
PONTO DE EQUILIBRIO FINANCEIRO
• É a quantidade que iguala a receita total com a soma dos custos e
despesas que representam desembolso financeiro para a empresa. Neste
caso, os encargos da Depreciação são exclusos por não representarem
desembolso para a empresa.
Análise do Ponto de Equilíbrio
PONTO DE EQUILÍBRIO
Exemplo:
Preço de venda unitário = R$ 0,60
Preço variável unitário = R$ 0,50
Custos Fixos = R$ 6.000,00
No ponto de equilíbrio:
Receita = Custos Fixos + Custos Variáveis, ou [ quantidade] x R$ 0,60 = R$ 6.000 + [quantidade] x R$ 0,50, ou ainda
[quantidade] x (0,60 – 0,50) = 6.000,00 ou,
Quantidade no ponto de equilíbrio = 6.000,00 = 60.000 unidades
(0,60 – 0,50)
PONTO DE EQUILIBRIO CONTÁBIL
Preço de venda unitário = R$ 0,60
Custo variável unitário = R$ 0,50
Custos fixos = R$ 6.000,00 por ano
Então,
Ponto de Equilíbrio Contábil = R$ 6.000,00/ ano = 60.000 u/ano ou R$ 36.000,00/ano de Vendas.
( R$ 0,60/u – R$ 0,50/u )
Análise do Ponto de Equilíbrio
PONTO DE EQUILIBRIO
PONTO DE EQUILIBRIO ECONÔMICO
• Supondo que a empresa tenha tido um patrimônio líquido, no início do ano, de
R$ 20.000,00 e colocado a render um mínimo de 10% ao ano tem-se um lucro anual
desejado de R$ 2.000,00.
Neste caso, então, ao custo fixo deverão ser adicionados R$ 2.000,00, pois, no caso,
o equilíbrio de receitas e despesas só se dará no ponto de lucro igual a R$ 2.000,00 e
não no do lucro igual a zero, como no caso clássico.
Ponto de Equilibrio Economico = R$ 6.000,00 + R$ 2.000,00 = 80.000,00 u/ano ou
R$ 48.000,00/ano de Vendas. (R$ 0,60/u – R$ 0,50/u)
PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO
• Supondo, por outro lado, que exista uma depreciação de R$ 1.000,00, e como não
representa desembolso de caixa, tudo se passa como se os fixos fossem de apenas
R$ 5.000,00.
Ponto de Equilíbrio Financeiro = R$ 5.000,00 = 50.000 u/ano ou
R$ 30.000,00/ano de Vendas (R$ 0,60/u – R$ 0,50/u)
Análise do Ponto de Equilíbrio
Exercício 1
A empresa XPTO, monoprodutora, vendeu 25.000 unidades e obteve o seguinte
resultado:
$
Vendas 625.000
Custos Variáveis 375.000
Custos Fixos 150.000
Calcule:
1. Ponto de Equilíbrio (unidades/valor)
2. Margem de Contribuição (valor/índice)
3. Resultado da operação (lucro/prejuizo)
4. Para obter R$ 120.000 de lucro, quantas unidades deveria vender ? Qual a
receita que será obtida ?
Utilize o esquema abaixo para compor sua resposta.
Descrição Valores Totais ($)
Valor Unitário ($/u)
Vendas
Custos Variáveis
Margem de Contribuição
Custos Fixos
Lucro
Custos Fixos Custos Variáveis
Depreciação MP + MO
Despesas Adm Comissão por unid vendida
Aluguel Total
Total
Exercício 2
O caso da Empresa XY
Dados do Problema:
Informações:
-Custo do equipamento $ 200.000,00
-Vida útil 20 anos
-Despesas Administrativas $ 5.000,00/ano
-Aluguel da fábrica $ 1.000,00/ano
-Matéria-prima e mão-de-obra direta por unidade $ 60,00
-Comissões por unidade vendida $ 20,00
-Preço Unitário de venda $ 400,00
A empresa XY tem uma capacidade de produção anual nominal de 100 unidades. Seu
Gerente quer saber:
A. Quantas unidades ( ponto de equilíbrio) terá que vender para cobrir seus custos
fixos ?
B. Quanto precisará gerar de receita (ponto de equilíbrio financeiro) no ano para
começar a ter lucro ?
C. Qual será seu lucro se trabalhar a plena carga (capacidade nominal) ?
Utilize a tabela abaixo para compor sua resposta.
PROCESSO INTEGRADO
•Planejamento Estratégico (Macroavaliação)
•Orçamento - Detalhamento dos Planos
•Controle e acompanhamento
Planejamento Estratégico ou Business Plan
(Plano de Negócios)
• Expressão numérica da vida do negócio (empresa), a médio/longo
prazo, refletindo sua estratégia.
• Valores anuais, aproximados mas representativos.
• Compreende a continuação das operações atuais + os novos
projetos (planos de investimentos e de financiamentos).
• É feito top dow (de cima para baixo)
• Detalha mês-a-mês o primeiro ano do Planejamento Estratégico
(ou do Business Plan), refletindo eventuais sazonalidades;
• Integra todas as áreas e detalha todas as atividades da empresa;
• Compreende plano físico (quantidade, materiais, pessoas,
capacidade, etc.) e financeiro;
• Abordagem por período ou projeto;
• É ajustado (harmonizado) para viabilizar o “todo” (empresa);
• É feito botton up (de baixo para cima);
• Administração por objetivos (programas)e controle por exceção;
• Procedimentos orçamentários são determinados pelo ambiente/
cultura/porte da empresa (vem a reboque do modelo de gestão)
Orçamento
Top down X Botton up
Alta Administração Objetivos da Empresa
Média Objetivos Funcionais
Administração Desafios
Baixa Desafios
Administração Operacionais
• Conjunto de ações, para o próximo período, baseadas no melhor
julgamento da empresa sobre seus mercados, serviços, produtos
produtos e capacidade gerencial;
• Autorização prévia de gastos;
• Instrumento para gerar alvos a serem atingidos e acompanhados
(desempenho da empresa) o que viabilizará a indicação de ações
corretivas.
Restringe ou Libera ?
• O esforço da empresa é canalizado para que se atinjam as metas planejadas;
• Atividades não-orçadas são de difícil execução;
• Orçamento aprovado permite a delegação de poderes
Orçamento
Quem realiza:
• Equipe:
Compromisso com os resultados;
• Gestor do Processo Orçamentário:
Coordena, integra, analisa, consolida, submete,
divulga, etc.
Como:
• Estabelecer premissas orçamentárias (parâmetros padrões,
manuais claros).
Orçamento
Orçamento Financeiro
• Fluxo de Caixa
• Geração Operacional
• Investimentos de Capital
• Sobras / Faltas de Caixa.
• Projeção das finanças
• Caixa mínimo
Orçamento de Resultados
• Lucro Operacional
• Efeitos Financeiros
• Impostos
Alavancagem e estrutura de capital
A Alavancagem e a estrutura de capital estão intimamente ligadas aos conceitos
relacionados com o custo de capital.
A alavancagem é o uso de ativos ou recurso com um custo fixo, a fim de aumentar os retornos dos proprietários da empresa.
Princípio de Arquimedes
Lucro
Capital
Alavancagem
Receita de vendas ALAVANCAGEM Menos: Custo das mercadorias vendidas OPERACIONAL Lucro bruto Menos: Despesas operacionais Lucro antes dos juros e do imposto de renda (LAJIR) ALAVANCAGEM Menos: Juros TOTAL Lucro líquido antes dos impostos ALAVANCAGEM Menos: Impostos FINANCEIRA Lucro líquido depois dos impostos Menos: Dividendos de ações preferenciais Lucros disponíveis para acionistas ordinários Lucro por ações (LPA)
FORMATO GERAL DA ESTRUTURAÇÃO DO RESULTADO E TIPOS DE ALAVANCAGEM
Alavancagem Operacional, Financeira e Total
Alavancagem
Tipo de financiamentoCapital próprio –ações ordinárias
Capital terceiros Empréstimo - Títulos
Capital próprio –ações preferenciais
Custo financiamento 0 5% 12% 5% 12%
Capital Próprio 100 50 50 50 50
Capital de Terceiros 0 50 50 0 0
Acionistas 0 0 0 50 50
Total do Investimento 100 100 100 100 100
Aumento na Arrecadação 80 80 80 80 80
(-) Custo Operacional 70 70 70 70 70
(=) LAJIR 10 10 10 10 10
(-) Custo Fixo Financeiro 0 2,5 6 0 0
(=) LAIR 10 7,5 4 10 10
(-) IR (30%) 3 2,25 1,2 3 3
(=) Lucro Líquido depois IR 7 5,25 2,8 7 7
ROI 7% 5,25% 2,8% 7% 7%
(-) Dividendos Preferenciais 0 0 0 2,5 6
(=) Lucro disposição acionistas 7 5,25 2,8 4,5 1
ROE 7% 10,5% 5,6% 9% 2%
Alavancagem
Alavancagem Operacional
A alavancagem operacional resulta da existência de custos operacionais fixos no fluxo
de lucros da empresa. Pode-se definir a alavancagem operacional como o uso
potencial de custos operacionais fixos para aumentar os efeitos das mudanças nas
vendas sobre os lucros da empresa antes dos juros e dos impostos (LAJIR).
O grau de alavancagem operacional (GAO)
É a medida numérica da alavancagem operacional da empresa. Pode ser calculado
através da utilização da seguinte equação:
VENDAS
LAJIRGAO
%
%
Alavancagem Operacional
Alavancagem financeira
A alavancagem financeira resulta da presença de encargos financeiros fixos no fluxo de
lucros da empresa. Pode-se definir a alavancagem financeira como o a capacidade da
empresa para usar encargos financeiros fixos afim de maximizar os efeitos de variações
no lucro antes dos juros e impostos (LAJIR) sobre os lucros por ação (LPA) da empresa.
O grau de alavancagem financeira (GAF)
É a medida numérica da alavancagem financeira da empresa. Pode ser calculado
através da utilização da seguinte equação:
LAJIR
LPAGAF
%
%
Alavancagem Financeira
Alavancagem Total
Uso potencial de custos fixos, tanto operacionais como financeiros, para
aumentar o efeito de variações nas vendas sobre os lucros por ação (LPA).
O grau de alavancagem total (GAT)
É a medida numérica da alavancagem total da empresa.
GAFGAOVENDAS
LPAGAT
%
%
Grau de Alavancagem Total
Matéria: Gestão Financeira Empresarial
Exercício : Ponto de equilíbrio e todas as formas de alavancagem.
Recentemente a empresa XPTO vendeu 100.000 unidades a R$ 7,50 cada: seus custosoperacionais variáveis são de R$ 3,00 por unidade e os custos operacionais fixos, de R$250.000,00. Os juros anuais correspondem a R$ 80.000,00, e a empresa tem 8.000 açõespreferenciais de R$ 5,00 (dividendo anual) em circulação. Atualmente, possui 20.000ações ordinárias em circulação. Suponha uma alíquota do imposto de renda de 40%.Em que nível de vendas (em unidades) a empresa atingiria o ponto de equilíbriooperacional (isto é, LAJIR = R$ 0,00)?Calcule o lucro por ação da empresa (LPA) em formato tabular com (1) o atual nível devendas e (2) com o nível de 120.000 unidades vendidas.Usando o atual nível de vendas de R$ 750.000,00 como referência, calcule o grau dealavancagem operacional (GAO) da empresa.Usando o LAJIR associado ao atual nível de vendas de R$ 750.000,00 como referência,calcule o grau de alavancagem financeira (GAF), da empresa.Use o conceito de grau de alavancagem total (GAT) para determinar o efeito (percentual)sobre o lucro por ação de um aumento de 50% nas vendas da XPTO em relação ao atualnível de referência de R$ 750.000,00.
A estrutura de capital é uma das áreas mais complexas na tomada de decisão da
empresa, devido ao seu inter-relacionamento com outras variáveis de decisões
financeiras.
A estrutura ótima de capital da empresa resulta do equilíbrio dos custos e benefícios
dos empréstimos, para minimizar o seu custo médio e ponderado de capital.
Na prática, é provável que as empresas possam elevar seu valor rapidamente,
melhorando a qualidade de seus produtos ou serviços e reduzindo os custos, porém, a
decisão de estrutura de capital pode influenciar no LPA e no valor da ação.
Estrutura de capital
Externas Internas
Recursos de Terceiros
Recursos Próprios
Lucros Retidos Debêntures Capital Social: Ações
Giro dos Créditos / Giro dos Débitos
Commercial Papers
Planejamento Fiscal Empréstimos Bancários
Desimobilização Crédito Subsidiado
Outras Empréstimos Externos
Fornecedores
Outras
Decisões de Financiamento a Longo Prazo
Fontes de Recursos
Ações Notas Promissórias (Commercial Papers)
Debêntures Simples ou Conversíveis em ações
Não tem prazo para resgate Tem prazo para resgate (curto e médio prazo)
Tem prazo para resgate e/ou conversão em ações
Representa a menor fração do capital social
Representam empréstimos tomados no mercado
Representam empréstimos tomados no mercado
Renda Variável Rendem juros Rendem juros, e atualizações monetárias
Geram benefícios aos acionistas
Decisões de Financiamento a Longo Prazo
Principais Ativos de emissão das Empresas
Ações Ordinárias
São aquelas que não possuem qualquer preferência em termos de dividendos
ou em caso de liquidação. Os acionistas ordinários possuem:
Risco e retorno residuais.
Direito a voto.
Responsabilidade limitada caso a empresa decida não pagar suas dívidas e
transferir parte ou a totalidade dos ativos aos credores.
Financiamento a Longo Prazo
Ações Preferenciais
Representam capital próprio de uma empresa e possuem prioridade em relação ao
pagamento de dividendos e aos ativos da empresa em caso de liquidação sobre as
ações ordinárias.
A preferência significa apenas que o titular das ações recebe um dividendo (se a
empresa estiver funcionando normalmente) antes que os portadores de ações
ordinárias recebam alguma coisa.
Financiamento a Longo Prazo
Dividendos
Uma característica marcante das sociedades anônimas reside no fato de que emitem ações e
são autorizadas por lei a pagar dividendos aos titulares dessas opções.
Os dividendos pagos aos acionistas representam um retorno ao capital direta ou indiretamente
fornecido à empresa pelos acionistas.
O pagamento de dividendos é decidido pelo conselho de administração.
Financiamento a Longo Prazo
Características importantes dos dividendos
Até que um dividendo seja declarado pelo conselho de administração de uma
empresa, não se trata de uma exigibilidade da empresa.
Uma empresa jamais será inadimplente em relação a um dividendo não
declarado.
Em conseqüência, as empresas não podem falir por não pagarem dividendos.
O montante do dividendo – e mesmo se é pago ou não – resulta de decisões
baseadas no julgamento empresarial do conselho de administração.
Financiamento a Longo Prazo
Características importantes dos dividendos
O pagamento de dividendos pela sociedade anônima não é uma despesa da
empresa.
Os dividendos não são dedutíveis para fins de imposto de renda de pessoa
jurídica.
Em síntese, os dividendos são pagos com os lucros da empresa, depois do
imposto de renda.
Financiamento a Longo Prazo
A dívida a pagar é um passivo exigível
As dívidas não representam participações na propriedade da empresa.
O pagamento de juros é considerado como custo de atividade e por isso
dedutíveis do imposto de renda.
Tipos de dívidas
Debêntures
É uma dívida de longo prazo sem garantia real, é uma obrigação apoiada no crédito geral da
empresa emitente.
Obrigação
É uma dívida de longo prazo garantida pela hipoteca de ativos da empresa.
Nota
Compromisso de curto prazo.
Tipos de Dívidas
Conceitos básicos
Estrutura de capital
Decisões de estruturas financeiras (seria mais preciso)
Lado Direito do Balanço
Uma empresa pode optar por qualquer estrutura de capital que deseje.
Primeira análise
Serão considerados somente ações ordinárias e dívidas simples (não
conversíveis), livres de impostos e outras imperfeições do mercado de capitais.
Estrutura de Capital
Primeira análise
Ações ordinárias e dívidas simples
Surpreendentemente constatamos que neste caso a decisão de estrutura de
capital é irrelevante.
Legislação fiscal americana
Peculiaridades na legislação fiscal americana que subsidia o financiamento por
meios de capital de terceiros.
Aumento do valor da empresa
Aumento do valor da empresa por meio de capital de terceiros aumenta o valor
das ações.
Estrutura de Capital
Dois modelos de estrutura de capital
VE = Valor da Empresa
CT = Valor de mercado das dívidas (Capital de Terceiros)
CP = Valor de mercado das ações (Capital Próprio)
Valor da Empresa
Ações
60%
Obrigações
40%
Valor da Empresa
Ações
40%
Obrigações
60%
CPCTVE
Teoria da Pizza
Por que os acionistas deveriam se preocupar com a maximização do valor da
empresa?
As alterações da estrutura de capital beneficiam os acionistas, se e somente se, o
valor da empresa aumentar.
Qual é a proporção entre o capital de terceiros e o capital próprio, que maximiza
o valor da riqueza dos acionistas?
Segundo Modigliani, F. & Miller, M. (1958) nenhuma proporção entre o capital próprio
e o capital de terceiros é melhor ou pior para os acionistas da empresa.
O valor da empresa
Modigliani & Miller (1958) Proposição I (Sem Impostos)
O valor da empresa é sempre o mesmo, qualquer que seja a estrutura de capital;
O endividamento não afeta o valor da empresa.
Condições assumidas
O mercado de capital é perfeito;
Ausência de impostos;
Os indivíduos emprestam e fazem empréstimo à taxa livre de risco;
Expectativa homogênea dos investidores.
Estrutura ótima de Capital
Proposição II (Sem Impostos)
O retorno esperado do capital próprio é diretamente associado ao endividamento,
pois o risco do capital próprio se eleva com o endividamento.
Embora o retorno esperado aumente com o endividamento, o risco também se eleva.
O custo médio ponderado de capital de uma empresa é uma média ponderada entre
os custos de capital de terceiros e capital próprio.
O peso aplicado aos capitais, é dado pela sua proporção na estrutura de capital.
Modigliani e Miller
Planejamento financeiro
O planejamento de caixa é a espinha dorsal da empresa.
Administração financeira
Planejamento financeiro
Refere-se ao processo de estimar as necessidades futuras de financiamento e
identificar como os fundos anteriores foram financiados e por quais
propósitos eles foram gastos.
Através do planejamento e do controle, a administração de uma companhia
pode avaliar se os padrões existentes de financiamento e os fundos gastos
estão alinhados com as metas totais da companhia.
Tanto os prazos como as quantias de fundos necessários podem ser
determinados através de técnicas de planejamento.
Planejamento Financeiro
Conceitos básicos:
Administração da liquidez
Processo de assegurar o caixa adequado para as operações de uma empresa.
Ciclo de caixa
Número de dias entre a compra da matéria-prima e o recebimento pelas vendas de
produtos finais.
Giro de caixa
Número de vezes que o caixa da empresa é coletado em um ano.
Planejamento financeiro
Processo de estimar os fundos necessários de uma empresa e decidir como financiá-
los.
Planejamento financeiro
Planejamento que se inicia com planos financeiros a longo prazo (estratégicos) e
que direciona a formação de planos e orçamentos a curto prazo.
Planos financeiros a longo prazo (estratégicos)
São as ações planejadas para um futuro distante (de dois a dez anos), acompanhadas
da previsão de seus reflexos financeiros.
Planos financeiros a curto prazo (operacionais)
São ações planejadas para o curto prazo (de um a dois anos), acompanhadas da
previsão de seus reflexos financeiros.
O processo de planejamento financeiro
Previsão de vendas
Planos de produção
Plano de financiamento a
longo prazo
Balanço patrimonial do
período corrente
Orçamento de capital
Demonstração do resultado
projetado
Orçamento de caixa
Balanço patrimonial projetado
Informação necessária
Resultado para análise
Planejamento financeiro a curto prazo
Orçamento de caixa (projeção de caixa)
Um demonstrativo dos fluxos das entradas e saídas projetadas de caixa da
empresa, usado para estimar suas necessidades de caixa a curto prazo.
Previsão de vendas
A previsão de valores de vendas da empresa projetados para um
determinado período, baseados em dados internos e externos, que se
constituem no insumo principal do projeto de planejamento financeiro a
curto prazo.
Planejamento de caixa
Previsões externas
Uma previsão de vendas baseada nas relações observadas entre as vendas da
empresa e os indicadores econômicos externos.
Previsões internas
Uma previsão de vendas baseada no consenso acerca das projeções
realizadas pelos canais de venda da empresa.
Previsão de vendas
Recebimentos de caixa
Todos os itens sobre os quais a empresa recebe entradas de
caixa durante um dado período de planejamento financeiro.
Vendas à vista
Cobranças (duplicatas resultantes de vendas em meses anteriores)
Outros recebimentos (recebimentos esperados resultantes de outras fontes que não as
vendas
Preparação do orçamento de caixa
Pagamentos
Todos os desembolsos efetuados pela empresa durante um dado período de tempo. Compras à vista
Pagamentos de duplicatas
Pagamentos de leasing e de aluguéis
Ordenados e salários
Pagamento de empréstimo
Pagamento de impostos
Aquisição de equipamentos
Pagamento de juros
Dividendos em dinheiro
Recompra ou resgate de ações
Preparação do orçamento de caixa
EXEMPLO (Coulson Industries)
Descrição / mêsAgo ($)
Set ($)
Out ($)
Nov ($)
Dez ($)
Previsão de vendas 100 200 400 300 200
Vendas à vista (20%) 20 40 80 60 40
Cobranças após 1 mês (50%) 50 100 200 150
Cobrança após 2 meses (30%) 30 60 120
Outros recebimentos 30
Total de recebimentos 210 320 340
Programação de recebimentos
EXEMPLO (Coulson Industries)
Descrição / mês Ago ($)
Set ($)
Out ($)
Nov ($)
Dez ($)
Compras (70% das vendas) 70 140 280 210 140
Compras à vista (10%) 7 14 28 21 14
Pagamentos após 1 mês (70%) 49 98 196 147
Pagamentos após 2 meses (20%) 14 28 56
Pagamento de aluguéis 5 5 5
Ordenados e salários 48 38 28
Pagamento de impostos 25
Aquisição de equipamentos 130
Pagamento de juros 10
Dividendos em dinheiro 20
Pagamento de empréstimos 20
Total de pagamentos 213 418 305
Programação de pagamentos
Fluxo líquido de caixa
A diferença matemática entre os recebimentos e pagamentos de uma empresa, num dado
período de tempo.
Saldo final de caixa
A soma do saldo inicial de caixa com o fluxo de caixa líquido de um dado período.
Financiamento total necessário
Total de recursos necessários, caso o saldo final de caixa seja menor que o saldo mínimo de caixa;
geralmente representado por títulos a pagar.
Saldo excedente de caixa
Os montantes excedentes disponíveis para aplicações, se o saldo final de caixa for superior ao
saldo mínimo de caixa; geralmente assume-se que tais valores sejam aplicados em títulos
negociáveis.
Elementos do orçamento de caixa
EXEMPLO (Coulson Industries)
(*) igual ao saldo excedente de caixa do mês anterior mais o saldo mínimo necessário mantido no mês anterior.
No final de setembro, o saldo de caixa da empresa era de $50.000,00.
Descrição / mês Out ($) Nov ($) Dez ($)
Total dos recebimentos 210 320 340
(-) Total dos pagamentos (213) (418) (305)
(=) Fluxo líquido de caixa (3) (98) 35
(+) saldo inicial de caixa* 50 47 (51)
(=) Saldo final de caixa 47 (51) (16)
(-) Saldo mínimo de caixa (25) (25) (25)
(=) Financiamento total necessário 0 76 41
(=) Saldo excedente de caixa 22 0 0
Orçamento de caixa
Ativos Passivos
Caixa 6.000 Duplicatas a pagar 7.000
Aplicação financeira 4.000 Imposto de renda a pagar 300
Duplicatas a receber 13.000 Títulos a pagar 8.300
Estoques 16.000 Outros passivos circulantes 3.400
Total do ativo circulante 39.000 Total do passivo circulante 19.000
Exigível a longo prazo 18.000
Ativo permanente líquido 51.000 Total do passivo 37.000
Patrimônio líquido
Capital social 30.000
Lucros acumulados 23.000
Total do patrimônio líquido 53.000
Total do ativo 90.000 Total do passivo + patr líq 90.000
Balanço Patrimonial (Coulson Industries) exercício de 1994
Técnica criteriosa
Método para a elaboração do balanço patrimonial projetado no qual os valores de certas contas
são estimados, enquanto outros são calculados.
Passivo maior que o ativo
Quando houver saldo e interesse do conselho administrativo em financiar o excedente dos
investimentos em ativos, necessários para suprir a demanda gerada pelo atingimento da receita
projetada, o mesmo poderá ser financiado pelos lucros acumulados, respeitando-se a política de
dividendos da empresa.
Ativo maior que o passivo
Quando os lucros acumulados não forem suficientes, haverá necessidade de financiamento
externo na medida exata determinada pelo fechamento do balanço.
Na tabela seguinte, será determinado quais valores (e como) das contas serão estimadas e quais (e como)
valores das outras contas serão calculados.
Balanço patrimonial projetado
Uso de demonstrativos projetados
Além de estimar o valor do financiamento externo exigido para financiar um
dado nível de vendas, as demonstrações projetadas fornecem uma base
para analisar antecipadamente o nível de lucratividade e o desempenho
financeiro global da empresa no ano seguinte.
Vários índices financeiros podem ser calculados a partir dos demonstrativos
projetados.
Avaliação dos demonstrativos projetados
Uso de demonstrativos projetados
Os administradores e os credores poderão analisar as origens e as aplicações
dos recursos da empresa, assim como sua liquidez, atividade, endividamento
e lucratividade.
Após análise, o administrador pode tomar medidas para ajustar as
operações planejadas do ano seguinte, de modo a atingir as metas
financeiras a curto prazo.
Avaliação dos demonstrativos projetados
Liquidez corrente 1994; 1995:
ndividamento geral 1994; 1995:
Margem líquida 1994; 1995:
ROE 1994; 1995:
96,1919.21
875.42;05,2
000.19
000.39
PC
ACLC
%7,36694.108
919.39%;41
000.90
000.37
AT
CTEG
%8,17000.135
012.24%;7,7
000.100
650.7
V
LLML
%7,22875.105
012.24%;5,8
000.90
650.7
AT
LLROE
Análise dos demonstrativos
Deficiências das técnicas simplificadas
As limitações das técnicas simplificadas devem-se às seguintes
suposições:
1. A situação financeira precedente da empresa é um previsor exato do seu
futuro;
2. Os valores de certas variáveis como caixa, duplicatas a receber e estoques
podem assumir certos valores desejados.
Avaliação dos demonstrativos projetados
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