Gramado Brasil
Novembro 2013
MERCADO & EVENTOS Festival do Turism
o
FOLHA DO TURISMO
EstadosSecretários avaliam situação das capitais
NúmerosVeja os recentes dados da aviaçãoe hotelaria
No centro das atenções do mundo, país espera recorde de visitantes estrangeiros e incremento do turismo doméstico
Edição Especial Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 3
Presidente Adolfo MartinsVice-presidente Executivo Roy [email protected] - (55-21) 3233-6319Diretora de Marketing Internacional Rosa Masgrau [email protected] - (55-21) 3233-6316Diretora Geral de São Paulo Mari [email protected] - (55-11) 3123-2247Editora-chefe Natália Strucchi [email protected] - (55-21) 3233-6353Editor-executivo Luciano [email protected] - (55-11) 3123-2240Chefe de Reportagem Luiz Marcos [email protected] - (55-21) 3233-6262Chefe de Reportagem SP Anderson [email protected] - (55-21) 3123-2239 Diretor de Internet Fernando MartinsDiretora de Planejamento Andréa MartinsDiretor Jurídico José Manuel Duarte CorreiaGerência de Tecnologia GRMFotógrafo Eric RibeiroDesigner Daniel Costa
Reportagem Rio (55-21) 3233-6353Reportagem São Paulo (55-11) 3123-2239/2240 Arthur Stabile ([email protected])Lisia Minelli ([email protected])Pedro Menezes ([email protected])Rafael Massadar ([email protected])Samantha Chuva ([email protected])
Atendimento ao [email protected] - (55-21) 3233-6353
Departamento Comercial São Paulo - (55-11) 3123-2222Departamento Comercial Rio de Janeiro - (55-21) 3233-6319
Representante Comercial em Brasíliamá[email protected] - (55-61) 3034-7448CPM Consultoria Planejamento Mídia Ltda.SHN Quadra 2 - 15º Andar - Salas 1514/1515Executive Offi ce Tower - Brasília/DF - CEP 70702-905
Representante Comercial em Minas Gerais [email protected] - (55-31) 3371- 0769 / (55-31) 8859-1953BH Brasil Comunicação Limitada. Weber Oliveira Avenida Silva Lobo, 2019 / Sala 1501Grajaú - Belo Horizonte /MG - CEP 30460-000
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Rio de JaneiroRua Riachuelo, 114 - Centro - CEP 20.230-014Telefone e Fax (55-21) 3233-6201
São PauloRua Barão de Itapetininga, 151 - Térreo - Centro - CEP 01.042-001 Telefone (55-11) 3123-2222 - Fax (55-11) 3129-9095
Os artigos e opiniões de terceiros publicados na ediçãonão necessariamente refl etem a posição da revista.
Folha do Turismo Brasil é uma publicação do
Nome oficial: República Federativa do BrasilCapital: BrasíliaLocalização: Leste da América do SulIdioma: PortuguêsPopulação estimada: 196.655.014Religião predominante: CristianismoPresidente: Dilma Vana RousseffMinistro do Turismo: Gastão VieiraMoeda: Real (R$)
Informações gerais
Região Norte
Região Centro-oeste
Região Sul
Região Nordeste
Região Sudeste
Brasil em notas O setor turístico movimenta cerca de 3% do PIB
brasileiro e emprega cerca de 10 milhões de pessoas.
5,67 milhões de estrangeiros visitaram o país em 2012.
Em 2012, cada turista que viajou ao Brasil a lazer deixou US$ 73,77 por dia no país. Já o estrangeiro que veio ao país por motivos de negócio gastou mais: US$ 120,25.
A Argentina se mantém na primeira posição como emissor, com 29% dos turistas que visitam o Brasil (1,67 milhão), seguida pelos Estados Unidos (586 mil).A Alemanha, com 258 mil visitantes ultrapassou o Uruguai (253,8 mil) e conquistou a terceira colocação. Os maiores emissores de turistas residem naAmérica do Sul (50%), seguidos pelos europeus (29%) e norte-americanos (13%).
A maioria dos estrangeiros vem a lazer (46,8%), uma parcela menor, porém importante pela média de gastos no país, vêm a negócios (25,3%) e os demais chegam ao país para visitar parentes,destinos religiosos, fazer cursos e compras (27,9%).
Em comum, os turistas estrangeiros têm a satisfação com a experiência de viagemao Brasil. A maioria (84,5%) declarou que a viagem atendeu plenamente ousuperou suas expectativas, de modo que 95,7% afi rmou que pretende voltar ao país.
Índice4 Editorial
INFORMAÇÕES
6 Brasil
ENTREVISTAS
8 Festuris10 MTur12 Embratur14 Anseditur
HOTELARIA
16 Dados do Brasil
AVIAÇÃO
18 Ligações aéreas do país
GASTRONOMIA
19 Região Sul
ESPORTES
20 Mergulho22 Copa do Mundo 201424 Olimpíadas
REGIÃO NORTE
26 Pará28 Amazonas
REGIÃO CENTRO-OESTE
30 Distrito Federal34 Mato Grosso do Sul
REGIÃO SUL
36 Paraná38 Santa Catarina40 Rio Grande do Sul
REGIÃO SUDESTE
44 São Paulo46 Minas Gerais48 Espírito Santo50 Rio de Janeiro
REGIÃO NORDESTE
54 Alagoas58 Ceará62 Pernambuco66 Bahia70 Paraíba
SUPLEMENTO ESPECIAL
73 Santa Catarina
4 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
Festuris, um bom exemplo a ser seguidoO Festival do Turismo de Gramado, evento que acabou colocando a região da Serra Gaúcha, especialmente Gramado, em evidência, reúne, nesta 25ª edição, perto de 70 países. Esta é uma comprovação da competência profi ssional de seus idealizadores, que souberam transformar, há mais de duas décadas, um evento regional, na segunda feira de turismo do país, só perdendo em termos de expressão para o Congresso da Abav. É uma comprovação de que eventos organizados com planejamento e foco nos negócios podem ter resultados expressivos.
O tema da Sustentabilidade também é oportuno, ainda mais se considerarmos que a questão tem sido objeto de debate e preocupação de vários setores, como é o caso da hotelaria. No momento em que o país ganha maior visibilidade, a oportunidade da realização de novos negócios e de estabelecer relacionamentos faz com que o Festuris ganhe ainda mais importância. Para os fornecedores e prestadores de serviço da Serra Gaúcha é também um espaço ideal para divulgar, promover e comercializar produtos e serviços.
Além disso, é mais uma chance para os profi ssionais de Turismo de todo o país de cultivar o “networking”, acompanhar as tendências e garantir capacitação. A internacionalização do evento também surge como oportunidade de divulgar os atrativos do Brasil e tentar captar mais visitantes estrangeiros não só para a região Sul do país, mas para o Brasil como um todo. Em 2012, aproximadamente 5,67 milhões de visitantes internacionais estiveram por aqui. E ainda há muito a conquistar.
A menos de dois meses para o fi m deste ano, as expectativas são grandes, principalmente, para 2014, ano da Copa do Mundo da Fifa. Em junho deste ano, o Brasil deu uma mostra de todo seu potencial ao sediar a Copa das Confederações. De acordo com uma pesquisa organizada pelo Ministério do Turismo brasileiro, 75,8% dos visitantes internacionais que estiveram no evento afi rmaram a intenção de voltar para a Copa do Mundo.
Outro bom exemplo vivido pelo Brasil em 2013 foi a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). A participação do Papa Francisco no encontro, em julho deste ano, fez com que os “olhos de todo o mundo” se voltassem para nós. E mais uma vez, não fi zemos feio. Contudo, e apesar dos esforços empreendidos, ainda há muito a avançar.
De olho no futuro, a forma como o Festuris vem sendo tratado e seu evidente crescimento, serve de inspiração e ótimo exemplo a ser seguido em diferentes esferas.
Boa feira e bons negócios!
Editorial
No sentido anti-horário: Ópera de Arame, em Curitiba (PR); Praia em Barra de Santo Antônio (AL); Catedral de Brasília (DF); Baiana na Igreja do Senhor do Bonfi m, em Salvador (BA); e Igreja de São Francisco de Assis, em Belo Horizonte (MG)
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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 5
6 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
INFORMAÇÕES Brasil
Dados sobre a evolução mensal da receita e despesa cambial turística no Brasil, no período 2011 e 2012
Mês 2011 2012 Variação % Receita2011/2012
Variação % Despesa2011/2012Receita
(US$ milhões)Despesa (US$ milhões)
Receita(US$ milhões)
Despesa (US$ milhões)
Jan 582 1.775 666 2.001 14,45 12,72
Fev 557 1.331 624 1.753 12,11 31,67
Mar 609 1.645 630 1.627 3,36 -1,11
Abr 527 1.957 557 1.809 5,78 -7,57
Mai 527 1.667 532 1.829 0,97 9,71
Jun 471 1.866 462 1.683 -1,96 -9,78
Jul 476 2.235 546 2.010 14,74 -10,06
Ago 586 1.913 542 1.923 -7,49 0,51
Set 501 1.791 441 1.703 -11,89 -4,9
Out 514 1.730 550 2.087 7,01 20,62
Nov 570 1.578 532 1.819 -6,76 15,26
Dez 635 1776 562 1989 -11,41 12
Total 6555 21.264 6645 22.233 1,37 4,55
Internet é fonte para 1,87 milhão de turistas estrangeirosA internet foi a principal fonte de informações para 1,87 milhão de turistas estrangeiros que vieram ao Brasil em 2012. Parentes e amigos sempre foram a principal fonte de informação. Em 2010, no entanto, essa rea-lidade mudou: a rede tornou-se o principal meio para saber sobre turismo. Os dados constam no estudo da Demanda Turística Internacional 2012, realizado pelo Ministério do Turismo, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Na segunda posição, amigos e parentes aparecem com 1,45 milhão. Em terceiro lugar, com 903 mil estrangeiros, estão as informações que chegam por meio de via-gens a trabalho. A internet se diferencia dos guias de viagem e meios convencionais de promoção do turismo porque expõe a ava-liação dos próprios usuários que estiveram nos hotéis, pousadas e pontos turísticos.
O governo federal acompanhará, por meio de um comitê interministerial, os preços, tarifas e a qualidade dos serviços durante a realização da Copa do Mundo. Criada por determinação da presidenta de República, Dilma Rousseff, a instância é coordenada pela Casa Civil. “Não tabelamos, nem tabe-laremos preços, mas nós não permitiremos abusos”, afi rmou a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. “Vamos utilizar todos os instrumentos à disposição do Estado para garantir a defesa dos direitos do consumidor, seja ele brasileiro, ou estrangeiro”. A Embratur compõe o grupo, ao lado dos ministérios do Esporte, Justiça, Turismo e a Secretaria de Aviação Civil (SAC), além dos ministérios da Fazenda (Receita Federal e Secretaria de Acompanhamento Econômico) e da Saúde (Anvisa). “Essa medida da presidenta Dilma e da ministra Gleisi é essencial para garantir a boa imagem internacional do turismo bra-
sileiro”, afi rmou o presidente da Embratur, Flávio Dino. Ele disse que é errada a aposta de alguns setores do empresariado de que o governo não deve agir para não causar impacto negativo no turismo. “O monitoramento que fazemos da mídia internacional mostra que, ao contrário, não podemos é passar a imagem de que o governo do Brasil não atua diante de abusos”. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça irá manter contato com os Procons das 12 cidades-sede do mundial. O objetivo é fazer um diagnóstico detalhado dos preços e qualidades de serviços em hotéis, restaurantes, aeroportos e outros serviços turísticos dessas localidades. O Con-selho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também será acionado pelo ministro José Eduardo Cardozo, para fazer uma análise sobre os setores aéreo e hoteleiro no Brasil. A proposta é identifi car situações que possam levar à inibição da concorrência.
Comitê vai acompanhar tarifas da Copa 2014
6 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
Fonte: Banco Central do Brasil
Receita Cambial - Variação Mensal 2011/2012
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 7
8 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
ENTREVISTAS Festuris – 25 anos
>> Depois de consolidar a internacionali-
zação do Festival do Turismo de Gramado,
Marta Rossi, juntamente com os diretores
Marcus Vinícius e Eduardo Zorzanello, co-
memoram nesta edição os 25 anos do evento,
num exemplo de empreendedorismo, com
reconhecimento nacional e internacional.
O sucesso alcançado, que teve a participação
fundamental da ex-sócia, Sílvia Zorzanello,
falecida em 2010, tem, na opinião da empresá-
ria Marta Rossi, uma receita simples, baseada
em ingredientes como o aproveitamento de
oportunidades, profi ssionalismo e criativida-
de: todos impulsionados pela paixão. A mesma
que já começa a dar resultados no Chocofest,
outro evento de sucesso da empresa Marta
& Sílvia. Nesta entrevista ao M&E, ela fala
sobre a expectativa em relação ao futuro do
Festuris, que foi importante para que a região
da Serra Gaúcha ganhasse uma divulgação e
uma exposição inimagináveis.
MERCADO & EVENTOS – No seu ponto de vista, quais as três principais conquistas alcançadas nesta trajetória ao longo de 25 anos?Marta Rossi – Se tivesse que destacar três
pontos no que diz respeito às conquistas
alcançadas, eu diria credibilidade do merca-
Trajetória de sucesso baseada no empreendedorismo
do, reconhecimento público e respeito pelo
trabalho que executamos. Com o Festival do
Turismo, abrimos espaço nos anos 80, para a
profi ssionalização da atividade turística em
nossa cidade, região e Estado. Se fi zermos uma
retrospectiva em Gramado veremos que há
25 anos o Natal Luz era um acontecimento
pequeno, que atendia a comunidade, os ve-
ranistas e os consumidores de nosso Estado.
Na verdade, com o Festuris, o turismo passou
a ser planejado, porque administradores e
empresários da época compreenderam quais
resultados o evento poderia trazer. Agora
podemos dizer, com toda segurança, que a
internacionalização de nosso Estado, tem no
nosso evento, sua grande ferramenta. Com o
Chocofest fazemos girar a roda da economia
gramadense, já que é um evento voltado para
o consumidor fi nal. O evento resolveu um
problema de sazonalidade, fortaleceu a ima-
gem do produto chocolate, estabelecendo um
link, como sendo o município um referencial
8 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
Eduardo Zorzanello, Marta Rossi e Marcus Vinícius
Na opinião dos empresários Marcus Vinicius e Eduardo Zorzanello, que juntamente com Marta Rossi são responsáveis pelo crescimento do Festu-ris, a comemoração dos 25 anos do evento traz consigo a certeza da consolidação. Para Eduardo, a entrada da empresa Marta & Sívila na OMT já expressa um reconhecimento do trabalho realizado. “Isso nos dá força, abre portas e novos caminhos no exterior. Agora, conseguimos chegar a novos destinos e trazê-los para o Festival do Turismo com mais facilidade”, ressalta ele. Lembra ainda que o evento tem atualmente uma outra dimensão. “O Festuris está hoje entre as maiores feiras de turismo da América Latina, com o reconhecimento do trade turístico nacional e internacional, como uma importante ferramenta na geração de negócios. Se o reconhecimento e o aplauso se mantêm por estes longos anos é porque há sobretudo satisfação fi nanceira por parte de quem partici-pa. Isto quer dizer que o Festuris decisivamente contribui para fazer girar a roda da economia”.Já Marcus Vinícius lembra que o objetivo do evento é priorizar a qualidade e maximizar o retorno aos
expositores. “Promovemos esse ano uma alteração de mobilidade interna. Com o aumento da feira e buscando descentralizar o fl uxo de profi ssio-nais e visitantes, criamos esta nova logística que proporcionará aos expositores, tanto do primeiro quanto do segundo pavilhão, um movimento intenso de profissionais de turismo”. Eduardo ressalta também a chegada de novos expositores “Não nos acomodamos, estamos sempre nos reinventando e, a cada ano, buscamos um novo mercado. Países que pareciam distantes para uma feira de turismo no sul do Brasil, a exemplo do Quênia, Indonésia e Tailândia, aqui estão. Esta determinação em empreender ganha credibilidade e, por sua vez, faz com que o evento cresça”.Mesmo com a consolidação, a ordem, segundo Marcus Vinícius, é renovar sempre o espírito de empreendedorismo.“Estamos sempre com novidades. Nesta edição traremos as salas de capacitação como um novo elemento para quem visita o evento, permitindo maior qualifi cação e conhecimento. Sem contar com temas da atualidade que são apresentados no congresso
e workshops”. Sobre a importância de divulgar Gramado juntamente com o evento, ele faz uma ressalva: “Quando apresentamos a região, suas belezas e sua cultura, as portas se abrem. Estudar as necessidades dos destinos também nos garantiu uma aproximação maior, e hoje são 65 países confi rmados nessa 25ª edição”. Ele completa: “Estamos sempre buscando ser a melhor platafor-ma de negócios para o setor. Por isso, investimos em alguns diferenciais, como a segmentação, que permite um trabalho direcionado e efi ciente aos profi ssionais que aqui se reúnem. Também estamos sempre visitando feiras pelo mundo todo, conhecendo novos expositores e parcerias para fortalecer, qualificar e inovar o evento”. Seu sócio, Eduardo, lembra sobre a importância do tema que nesta edição será: “O Turismo – a vanguar-da da economia sustentável”. “Ainda faremos uma rodada de negócios com a participação efetiva da imprensa – um formato inovador e muito interes-sante. Temos o salão Mice /Abeoc e o salão de sus-tentabilidade, a grande novidade do evento. O Festi-val do Turismo é um evento pensado o ano inteiro”.
Consolidação do Festuris é uma realidade
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 9
ENTREVISTAS Festuris – 25 anos
no Brasil. Creio que o evento tem o reco-
nhecimento por profi ssionais do setor como
grande incentivador do desenvolvimento do
turismo, da geração de negócios, empregos e
renda, tanto para a região como para o país.
M&E – A que atribui a receita para alcan-çar esse sucesso e o reconhecimento do mercado que levou, inclusive, ao proces-so de internacionalização do Festuris?Marta Rossi - Eu diria que é uma receita
sem segredos, baseada nas oportunidades
de mercado, dedicação permanente, pesqui-
sa, criatividade e prazer na execução. Sem
sombra de dúvidas o sucesso do evento teve
como resultado muitos pontos positivos,
como os salões, que permitiram maior ex-
posição de questões como sustentabilidade e
acessibilidade, levando a indústria a apostar
neste nicho de mercado. Tudo isso foi obtido
com trabalho, determinação e, em especial,
seriedade, onde os investimentos tiveram
maior importância que o lucro. A coesão e
a dedicação da equipe - tanto permanente
quanto temporária – arrematam esta fór-
mula de sucesso. Quanto ao processo de
internacionalização, diria que é um fato
inevitável, porque além de o Rio Grande do
Sul passar a fazer parte do mapa geográfi co
das principais companhias aéreas interna-
cionais, temos uma história de trabalho de
mais de 15 anos junto a diferentes destinos
internacionais. Ganhamos credibilidade,
graças à seriedade do evento que produzi-
mos e, por sua vez, dos resultados que ele
gera. Agregado ao mencionado está o fato
do Brasil ser objeto de desejo de inúmeros
destinos que buscam esta grande demanda
de potenciais consumidores. Seguiremos
inovando sempre como fazemos há 25 anos.
Reinventamos-nos a cada edição.
M&E – O Festuris tem crescido a cada ano com novos participantes e abertura de novos salões explorando o poten-cial de nichos de mercado. Como vê as
tendências para as próximas edições?Marta Rossi – Creio que a nossa ideia é
sempre dar continuidade ao trabalho reali-
zado, priorizando sempre a qualidade e não
a quantidade. A vinda de novos participantes
é resultado deste processo e da fi losofi a do
evento, que tem seu foco nos negócios. Quan-
to aos salões, creio que temos espaço para
novos nichos, como é o caso do turismo de
luxo, um mercado em expansão permanente.
Há também a ideia de reestruturar o Salão do
Turismo Saúde, dando uma nova cara para
a edição em 2014. Quanto à nossa empresa
Marta & Sílvia, existem, de fato, planos de
expansão dentro da filosofia implantada
há três anos, de modo a investir no setor
de prestação de serviços para terceiros.
Temos crescido e conquistado clientes ano
a ano. Estamos também na fi nalização de
um novo projeto que será lançado até o
ano de 2015, mas ainda faltam algumas
negociações para divulgar o mesmo. Isso
ocorrerá oportunamente.
10 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 201310 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
ENTREVISTAS MTur
>> As obras de infraestrutura estão entre
as prioridades do Ministério do Turismo.
O órgão custeia uma série de intervenções
pelo país que abrangem todos os estados
brasileiros. Entre projetos concluídos, em
andamento ou aptos a iniciar, o investimento
total soma aproximadamente R$ 620 mi-
lhões. “Obras de infraestrutura são um dos
pilares da política de desenvolvimento do
turismo no Brasil. Elas geram mais empre-
gos e ajudam a combater as desigualdades
regionais”, avaliou o ministro Gastão Vieira.
Para Vieira, é necessário avançar também
na qualificação profissional. Para isso, o
Ministério mantém o programa Pronatec
Copa, que deve formar 240 mil profi ssionais
até o ano que vem. Veja a entrevista:
MERCADO & EVENTOS - O país está rece-bendo uma série de obras de infraestrutu-ra que benefi ciarão o Turismo. Os turistas
Obras de infraestrutura são um dos pilares da política de desenvolvimento do Turismo
que virão ao Brasil para a Copa de 2014 podem esperar por um país renovado?Gastão Vieira - Seria exagero dizer que o
país estará renovado em 2014, mas ele es-
tará melhorado em vários aspectos básicos
e fundamentais. Essas melhorias são feitas
também para os próprios brasileiros, em
especial, os moradores das cidades-sede. Um
aspecto importante são os aeroportos. Há
20 aeroportos administrados pela Infraero
que estão em obras pelo PAC-2, 13 deles nas
cidades-sede da Copa. Até 2014, eles terão sua
capacidade ampliada em 40%. Também estão
sendo ampliados, e muito rapidamente, os
aeroportos concedidos de Brasília, Guarulhos
e Campinas, que devem estar todos prontos
até abril do ano que vem.
M&E – Mobilidade urbana e sinalização tu-rística também estão sendo contemplados?
Gastão Vieira - Há obras de mobilidade
urbana por todas as cidades-sede. A sina-
lização turística e a acessibilidade começam
a caminhar em cidades como São Paulo, nas
quais o Ministério do Turismo está bancando
a colocação das placas. Estradas também
estão sendo melhoradas no país inteiro e
várias serão concedidas à iniciativa privada
dentro do Programa de Investimentos em
Logística. O que a Copa fez foi catalisar e
acelerar a realização de infraestrutura que
havia muito precisava ser feita. De novo,
são obras para os moradores, não para os
estrangeiros. Mas cidades boas de morar são
também cidades boas de visitar.
M&E - Uma pesquisa da FIPE aponta que 70% dos estrangeiros que vieram para a Copa das Confederações voltariam para o mundial de 2014. Isso signifi ca que o país está no caminho certo na prepara-ção para o evento? Quais avanços ainda acontecerão até 2014?Gastão Vieira - Sem dúvida o país está no ca-
minho certo, embora ainda haja preocupações
pontuais com o ritmo das obras de sinalização
e acessibilidade, por exemplo; elas demoraram
muito para começar e os prefeitos precisam
correr com elas. O dinheiro está disponível
há mais de um ano. É preciso, ainda, avançar
na qualifi cação profi ssional. O Pronatec Copa
demorou a engatar um ritmo satisfatório,
esperamos ter 240 mil formados até o ano
que vem. Os hotéis vêm sendo feitos pela
iniciativa privada com o auxílio de linhas de
crédito federais, como o Procopa, do BNDES,
que foi duplicado. Temos confi ança de que
esse número de 70% será ampliado em muito.
Gastão Vieira
Consumidor terá atenção especial na CopaO Grupo Executivo da Copa do Mundo Fifa 2014 (Gecopa) deverá ganhar um comitê para tratar exclu-sivamente de questões relacionadas às relações de consumo durante o evento. “O turismo é prioridade na agenda de defesa do consumidor do governo. Estamos percorrendo as cidades-sede para propor a adoção de uma estratégia conjunta de atua-ção”, afi rmou a secretária Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, Juliana Pereira. Ela coorde-na, com o apoio do Ministério do Turismo e da Embratur, as reuniões do Comitê Técnico de Consumo e Turismo nas cidades-sede. O comitê do governo federal está levando às cidades-sede uma pauta com qua-tro pontos principais: a realização de um diagnóstico dos serviços prestados ao turista, a elaboração de um plano de contingenciamen-to para os fl uxos de atendimento ao consumidor, a realização de ações de formação e educação, além da criação de uma Câmara Técnica de Consumo e Turismo.
“Seria exagero dizer que o país estará renovado em 2014, mas ele estará melhorado em vários aspectos básicos e fundamentais. Essas melhorias são feitas também para os próprios brasileiros, em especial, os moradores das cidades-sede”
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 11
12 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 201312 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
ENTREVISTAS Embratur
>> A Copa do Mundo de Futebol e os Jogos
Olímpicos de 2016, a serem realizados no Bra-
sil, podem alavancar o turismo no país. Uma
pesquisa aponta que 70% dos estrangeiros que
foram aos jogos da Copa das Confederações
pretendem voltar para o Mundial. Para o
presidente Embratur, Flávio Dino, este índice
comprova que os megaeventos são uma aposta
correta na promoção internacional do destino.
“Dois em cada três turistas que vieram para
a Copa das Confederações nunca tinham
pisado no Brasil. E tivemos um alto índice de
intenção de retorno”, disse. “Isso mostra que os
megaeventos permitem fi delizar um novo pú-
blico, garantindo que o crescimento do nível
de entrada de turistas no Brasil tenha susten-
tabilidade durante as próximas décadas, que
considero o principal desafi o para todos que
trabalham com turismo”, complementou Dino.
No entanto, Dino reconhece que para garan-
tir que este fl uxo de visitantes seja contínuo,
é preciso fazer a lição de casa, especialmente
no que diz respeito à competitividade. “Para
ter sustentabilidade, precisamos oferecer bons
serviços a preços acessíveis”, defi niu. Dentro
Embratur garante que megaeventos são aposta correta
Flávio Dino Marco Lomanto
desta missão, a Embratur anunciou a reabertura
dos Escritórios Brasileiros de Turismo (EBTs).
“Os EBTs farão o ajuste da estratégia comer-
cial, fornecendo informações a operadoras,
objetivando ampliar e diversifi car a entrada
de divisas no Brasil via turismo”, explicou.
De acordo com o diretor de Produtos e
Destinos do órgão, Marco Lomanto, estão
previstos para o próximo ano um novo site,
aplicativo para smartphones e tablets, além
de promover as tradicionais festas do mês de
junho realizadas por todo o país. “Estes são
alguns dos destaques que constam na cesta de
produtos que a Embratur está desenvolvendo
para atrair cada vez mais turistas estrangeiros
ao Brasil”, contou Lomanto. “Vamos aproveitar
a janela da Copa do Mundo”, complementou.
Lomanto explicou que a Copa do Mundo vai
coincidir com a realização das festas juninas,
uma das maiores manifestações culturais do
país e que por este motivo o órgão vai promo-
ver os festejos e os destinos turísticos onde
eles acontecem. “A mega exposição do Brasil
no período do mundial será uma excelente
oportunidade para incentivar a movimentação
dos turistas entre um jogo e outro, além de
mostrar para os 20 mil jornalistas de todo o
mundo a nossa diversidade cultural”, comple-
tou. As cidades e os monumentos históricos
também estão no pacote que a Embratur
enfatizará durante as ações de promoção do
Brasil no exterior nos próximos 12 meses.
Na palma da mão
>> A Embratur está com um novo site de
promoção do país que auxiliará o turista a
preparar uma viagem ao Brasil. Além disso,
o viajante tem a possibilidade de conhecer
virtualmente todos os estados e destinos
turísticos brasileiros. “Além disso, já esta à
disposição dos turistas um aplicativo para
smartphones, o Brasil Mobile, que funciona
como um guia turístico. O aplicativo tem
informações sobre as cidades-sede da Copa
e permite ao turista estrangeiro aprender
algumas frases em português”, ressaltou.
Nova campanha
>> A nova campanha publicitária da Embratur
(Instituto Brasileiro de Turismo) estreia nesta
quarta-feira (23) em sete países. Voltada para
os turistas que desejam visitar o Brasil durante a
Copa 2014, o fi lme “Casa” faz uma analogia entre
a beleza das paisagens brasileiras com os cômo-
dos de uma casa. O fi lme convida o turista a vir ao
Brasil e sentir como se estivesse em sua própria
casa. O turista também é convidado a conhecer
a hospitalidade e a alegria do povo brasileiro.
Receita cambial do Turismo cresceu em setembroA receita cambial do turismo apre-sentou crescimento de 14,3% em setembro, depois de quatro meses consecutivos de resultados negati-vos no comparativo com o mesmo período do ano passado. Os turistas estrangeiros gastaram US$ 505 milhões nos destinos nacionais, frente aos US$ 441 milhões gastos em 2012. Desde maio, a receita turística vinha apresentando queda quando confrontada com os nú-meros do ano passado. A variação positiva de 14,3% em setembro é a maior do ano. O acumulado de janeiro a setembro é de US$ 5,041 bilhões, 0,81% maior em relação a 2012. O levantamento da receita cambial é feito pelo Banco Central e tem como base os gastos de es-trangeiros com cartão de crédito e trocas cambiais ofi ciais.
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 13
14 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 201314 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
ENTREVISTAS Anseditur
“A grande preocupação diz respeito aos preços
praticados no país. Cada reajuste de preço,
aquecido pela perspectiva dos megaeventos, torna
o nosso país cada vez menos competitivo no cenário internacional”
>> Apesar de ainda faltar pouco mais de seis
meses para a realização da Copa do Mundo
no Brasil, já se pode contabilizar inúmeros
benefícios para o país no que se refere aos
investimentos que vêm sendo realizados e a
própria projeção junto aos principais destinos
emissores. Essa é a opinião de Luiz Fernando
Moraes, vice-presidente da Anseditur, enti-
dade que vem implementando uma política
de fomento não apenas para as capitais, como
também para as cidades indutoras. O dirigen-
te faz um alerta sobre a escalada de preços
que pode tornar o país menos competitivo
no cenário internacional e também sobre a
necessidade de capacitação como forma de
melhorar a qualidade do turismo receptivo.
MERCADO & EVENTOS – Como avalia o impacto de um evento do porte de uma Copa do Mundo para o Brasil, em especial, para as cidades-sede?Luiz Fernando Moraes - Creio que os in-
vestimentos que vêm sendo realizados em
infraestrutura, e a própria projeção do Brasil
como sede, já representam por si só um avan-
ço. Isso benefi cia não apenas os habitantes,
mas também os turistas, que poderão contar
com cidades melhor estruturadas tanto no
que diz respeito à mobilidade urbana, como
também na melhoria do turismo receptivo.
É obvio que nem tudo estará resolvido, pois
não será num prazo de
dois anos que se poderá
reparar todos os atra-
sos e problemas de um
centro urbano. O pro-
cesso é lento e gradual,
e cada país tem suas
questões, como aconte-
ce em nosso país, onde
qualquer intervenção
tem que respeitar re-
gras de preservação
ambiental rígidas. Do
ponto de vista do tu-
rismo, o que se pode observar é que todos
esses megaeventos acabaram trazendo para
a sociedade e para os próprios governantes
a ideia da força dessa indústria, coisa jamais
imaginada. Em cidades como Porto Alegre,
Cidades já podem contabilizar ganhos com a realização da Copa do Mundo
o turismo era algo praticamente sem expres-
são no início da década passada. Hoje, esse
conceito mudou completamente e já se fala
na economia do turismo. São mudanças que
vieram para fi car.
M&E – De que modo o trabalho reali-zado pela Anseditur contribui para o fortalecimento das políticas de fomento nas capitais?Luiz Fernando Moraes – A Anseditur
acabou se transformando num porta-voz,
num canal de informações, divulgação e
articulação da parte
das capitais brasilei-
ras. Isso não acontecia
até então e o trabalho
era individualizado.
Com o surgimento
da nossa Associação,
esse quadro começou
a mudar e criamos um
espaço de articulação
para discutir com ou-
tras esferas governa-
mentais questões de
interesse das cidades.
A Anseditur ganhou, de fato, um papel
institucional e que vem sendo conduzi-
do, com muita competência, pela nossa
presidente Cláudia Pessoa nos debates e
discussões junto aos governos estaduais e
federal. Pode-se comprovar que atualmente
a Anseditur já conquistou seu espaço e
está presente seja no Conselho Nacional
de Turismo como em outras esferas, num
processo de governança que tem se desta-
cado por defender uma maior percepção
por parte das autoridades deste país sobre
a importância do turismo. Esse trabalho
que antes estava restrito às capitais, agora
começa a se expandir. Veja que atualmente já
trabalhamos também 25 destinos indutores,
ampliando a base de discussão.
M&E – Entre os entraves que impedem o desenvolvimento turístico, quais os gar-galos e desafi os ainda a serem superados?Luiz Fernando Moraes – Creio que atual-
mente a grande preocupação diz respeito aos
preços praticados no país pelos serviços e
fornecedores que trabalham direta ou indire-
tamente com o turismo. Companhias aéreas,
hotéis, restaurantes e outros prestadores de
serviço. Cada reajuste de preço, aquecido pela
perspectiva dos megaeventos, torna o nosso
país cada vez menos competitivo no cenário
internacional. Creio que é possível ganhar
dinheiro sem que haja necessidade de se que-
rer obter um lucro exorbitante em função do
aumento na demanda. Temos exemplos bem
sucedidos onde a iniciativa privada dá claras
demonstrações de competência. É o caso de
Gramado, uma referência nacional e inter-
nacional, na condição de destino turístico. É
preciso que possamos realizar um trabalho
envolvendo outros setores da economia com
o turismo. Infelizmente, ainda não existe essa
conscientização. Não há uma associação e,
para isso, é importante perceber o turismo
como uma importante atividade econômica
na sociedade. Outro desafi o diz respeito à
necessidade da melhoria na qualidade do
nosso turismo receptivo. Esse problema é
ainda mais grave em cidades como a própria
Porto Alegre, onde boa parte das agências
que atuam neste segmento têm uma atividade
restrita pela falta de investimentos. Há uma
necessidade do Governo, seja nas esferas
municipal, estadual ou federal, de se criar
programas de capacitação para formação
de mão de obra especializada.
Luiz Fernando Moraes
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 15
16 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
HOTELARIA Dados do Brasil
Hotelaria registra crescimento de 8% em 2013
Mercado de resorts está em ascensãoA taxa de ocupação dos resorts no Brasil tem mantido uma expansão constante nos últimos anos, embora o número de apartamentos permaneça pratica-mente o mesmo. As tarifas também permaneceram relativamente estáveis, acompanhando a inflação. Essas são algumas das principais conclusões da pesquisa Resorts no Brasil 2013, que a BSH International realizou com o apoio da Associação Brasileira de Resorts (Re-sorts Brasil). O levantamento procurou analisar o desempenho do mercado de resorts entre 2010 e 2012. O universo abrangido chegou a 26.820 unidades habitacionais. A pesquisa apontou para um acréscimo de 1.780 UHs até 2015. Entre 2011 e 2012, a ocupação cresceu 9,3%; no mesmo período, o valor da diá-ria subiu 7,5%, atingindo R$ 501,82. No geral, entre resorts de praia e de campo, o turista brasileiro responde hoje por 89% da ocupação. No que se refere aos canais de distribuição, a pesquisa revela que as operadoras ainda prevalecem como o principal segmento de vendas dos resorts, com 51,8% do total. Em seguida surgem as centrais de reserva (16,1%), equipe de vendas (13,9%), o site do hotel (6,7%), OTA´s (6%) e outros (5,6%). “Com a Copa do Mundo abre-se uma janela para atrair novamente o turista estrangeiro, que já foi responsável por 40% da ocupação dos resorts. Nós lutamos para que o turismo seja reconhe-cido como atividade exportadora e tenha o apoio necessário para trazer novas divisas para o país”, afi rma o presidente da Resorts Brasil, Dilson Jatahy Fonseca Jr.
Fonte: BSH International
>> Atualmente, o Brasil conta com 25 mil
unidades hoteleiras (hotéis, pousadas, resorts
e hostel), com cerca de 290 mil quartos apro-
ximadamente. É o que aponta o presidente
da Federação Brasileira de Hospedagem e
Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio.
Em entrevista exclusiva ao M&E, Sampaio
afi rma que a hotelaria no país tem crescido
vigorosamente devido ao aumento do turismo
de negócios, do número de turistas do interior
do país que passaram a viajar e do número de
turistas internacionais que o Brasil tem recebi-
do, que este ano vai atingir, pela primeira vez
na história do país, a marca de seis milhões.
De acordo com Sampaio, embora o setor
esteja em ascendência, alguns aspectos ainda
precisam de ajustes. “Temos muita oferta
de acomodações, mas certos lugares, como
Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Salvador
e a Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, por
exemplo, não oferecem muitas opções de
hotéis e acomodações de baixo custo. E este é
um setor que precisa de maior investimento”,
declara o presidente da FBHA. Alexandre
Sampaio também destaca a preocupação com
a sustentabilidade. “Para que os investidores
tenham rentabilidade sufi ciente é preciso
que haja um retorno e um incentivo maior
nesta área”, ressalta.
Para a Copa do Mundo e os Jogos Olím-
picos, que acontecem em 2014 e 2016, res-
pectivamente, o setor hoteleiro não será um
problema, já que contará com números de
quartos mais que suficiente. “Temos tido
uma política de incentivo para a expansão de
hotéis e apart-hotéis, focando os megaeventos.
Com a percepção do mercado, muitos estão
investindo no setor, a exemplo do BNDES, um
dos principais motivadores do crescimento da
Número de quartos por região
Crescimento de apartamentos nos resorts por região
UHs disponíveis
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 17
HOTELARIA Dados do Brasil
Aumenta procura por hospedagem alternativa no Brasil Os estrangeiros têm procurado cada vez mais meios alternativos de hospedagem no país. Albergues, campings e casas alugadas receberam 17% dos estrangei-ros que vieram ao país durante o ano passado. O número já passa a representar quase um quinto das hospedagens de estrangeiros no país, passando a ter uma parte signifi cativa do mercado. Os hotéis mantiveram o posto de principal meio de hospedagem para os turistas internacio-nais: 50,6%. “Os números mostram que o setor de hospedagem no Brasil tem uma diversidade de produtos capaz de agradar a todos os gostos”, avalia o presidente da Embratur, Flávio Dino. Os dados constam da pesquisa Demanda Turística Interna-cional, realizada pela FGV por encomen-da do Ministério do Turismo/Embratur.
área”, revela o presidente, que completa que a
melhoria da mobilidade e outros setores que são
indiretamente ligados ao Turismo também co-
laboram para o desenvolvimento da hotelaria.
Segundo Alexandre Sampaio, ainda este ano
o país deve receber cerca de 300 novos hotéis.
“Até o fi nal de 2013 a hotelaria vai experimen-
tar um crescimento de 7,5% a 8%”, acentua.
Sampaio salienta que, embora o Brasil não
esteja entre os 10 primeiros países em termos
de disponibilidade de quartos, certamente a
hotelaria brasileira está entre as 15 primeiras.
Entraves
>> Mesmo com o aumento do número de
quarto e acomodações e com as expectativas
positivas para o fi nal do ano, Alexandre Sam-
paio sublinha que a qualidade dos serviços
prestados, o aumento da mão de obra capa-
citada e especializada são graves problemas
que ainda precisam ser resolvidos. Porém, um
dos maiores entraves na hotelaria é o processo
tributário. “O setor tem muitos serviços que
são tributados pelo governo, como o serviço
de gorjetas, por exemplo, o que encarece e
difi culta a construção de novos hotéis, con-
tratação de mão de obra etc. Hoje em dia,
leva-se de 10 a 15 anos para reaver o capital
aplicado, causando um alto prejuízo ao inves-
tidor”, assinala Sampaio. O presidente explica
que por conta dessas altas taxas de tributação,
a FBHA – em parceira com a Associação
Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), o
Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil
(FOHB) e a Resorts Brasil -, criou o documento
“Demandas Econômicas, Ficais e Tributárias
do Setor Hoteleiro”, com o objetivo de incluir
a Hotelaria no Plano Brasil Maior, diminuir as
taxas cobradas e tornar o setor mais acessível.
18 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
AVIAÇÃO Ligações aéreas do país
>> Desde o ano passado as companhias aéreas
começaram a fazer ajustes em suas malhas e
na oferta de voos e assentos. Em 2012, Gol e
Tam anunciaram o início do que chamaram de
adequação de oferta com o objetivo de diminuir
os sucessivos prejuízos e promover a volta da
lucratividade. As ações parecem ter dado re-
sultado, pois o balanço da Gol mostrou que de
janeiro a junho deste ano a receita por assento
ofertado – conhecida no mercado como Prask
– teve um crescimento acumulado de 11%. No
segundo trimestre a empresa teve prejuízo de
R$ 433 milhões, uma redução de 39,5% sobre
igual período do ano passado. Já o balanço
operacional da Latam – grupo ao qual a Tam
pertence - mostra que somente em junho a ca-
pacidade nos voos domésticos caiu 10,7%, o que
fez com que a ocupação média alcançasse 80,4%.
Em julho, o tráfego do mercado doméstico no
Brasil diminuiu 0,9%, enquanto a capacidade
recuou 4,5%. Como resultado, o load factor
cresceu 3,1 pontos percentuais, atingindo 84,5%.
Ao mesmo tempo, os dados referentes a
setembro do Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), que mede a infl ação mês a mês
apontaram que a infl ação acumulada nos últi-
mos 12 meses é de 5,85%, uma alta de 0,35%
em relação a agosto. Entre os preços que mais
subiram fi caram as passagens aéreas, com uma
alta de 16,9%. Para a Associação Brasileira
das Empresas Aéreas (Abear), a disparada do
dólar é o principal fator para este aumento.
A entidade lembrou que o preço das passagens
aéreas estava em um movimento de queda (em
agosto houve queda de 0,61%), mas este pro-
Conexão aérea do Brasil com exterior cresce 5%A ligação aérea do Brasil com o exterior cresceu 5,42% no mês de setembro, am-pliando as oportunidades de entrada de turistas estrangeiros em nosso país. O levantamento foi feito pela área técnica da Embratur (Instituto Brasileiro de Turis-mo). O número de voos para a América Latina subiu 6,1% - passando a contar com 609 frequências semanais. O destaque foi o Uruguai, com um aumento de 85,71% no número de voos, graças à criação de novas linhas de empresas brasileiras e da nova companhia uruguaia BuqueBus Air. Mas foi o continente asiático que se destacou com o maior incremento na malha aérea com nosso país: aumento de 40% nos
voos (passando de 25 para 35 frequencias semanais. Os números são resultado da entrada de novos voos dos Emirados Árabes e Turquia. A malha aérea com o continente africano segue em uma curva ascendente contínua. Em setembro, houve alta de 22,22% no número de voos, com destaque para a África do Sul e o início de um voo da Ethiopian Air ligando o Rio de Janeiro a Lomé, capital do Togo. Na Europa, o destaque positivo fi cou com a Holanda, que teve aumento de 20% em sua conectividade aérea com o Brasil, por meio das cidades de Rio de Janeiro e São Paulo. Inglaterra, que aumentou a malha aérea em 4,35% e dos Estados Unidos, que cresceu 10,43%.
No setor aéreo... oferta menor e preço maior
cesso foi interrompido pela alta do dólar, uma
vez que parte signifi cativa dos custos das em-
presas aéreas – cerca de 60% - são dolarizados.
“As empresas fi zeram a lição de casa para
lidar com os custos, por exemplo, trocando
aeronaves por outras mais modernas que
consomem menos combustível, aprimorando
procedimentos e melhorando a gestão. Mas
essas medidas chegaram ao limite”, explicou
o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.
Ele lembrou ainda que entre 2002 e 2012
as passagens aéreas tiveram queda de 43%.
A entidade acredita que este será um ano de
crescimento menor no setor. Além da economia,
Sanovicz vê outros vilões, como os impostos, ta-
xas e o próprio combustível. Ele também credita
os prejuízos recentes ao esforço das empresas
para manter os seus clientes. “A questão dos altos
custos relativos esteve presente e as empresas
fi zeram todo o possível para impedir que afetasse
o atendimento à demanda crescente. E, com isso,
efetivamente, conquistaram um inestimável
patrimônio que foi essa expansão do mercado
consumidor. Então foi natural que algumas em-
presas aceitassem ter resultados negativos para
reunir e preservar esse patrimônio”, afi rmou.
Para ele, a tendência de crescimento da
demanda permanece, mas com a redução
do ritmo da economia e com os esforços das
aéreas para atender bem este novo mercado
consumidor sem repassar custos, as margens
internas acabaram diminuindo. “Esse quadro
só reforça a importância de uma maior integra-
ção entre o setor público e privado”, ponderou.
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 19
GASTRONOMIA Região Sul
>> Um país de dimensões continentais como
o Brasil tem também uma grande variedade
de sabores em suas diversas regiões. Assim
como o povo, a culinária é resultado de
uma grande miscigenação, com elementos
e infl uências de diversas partes do mundo.
No caso da região Sul – que agrega os esta-
dos de Rio Grande do Sul, Santa Catarina
e Paraná – imigrantes portugueses, ale-
mães e italianos, além costumes indígenas
e africanos, dão o tom aos sabores locais.
No caso do Rio Grande do Sul o principal
prato é o churrasco. Entre os nativos, ele está
presente nos fi nais de semana e dias festivos.
O jeito gaúcho de preparar uma boa carne
é apreciado e copiado em todo o Brasil. O
arroz carreteiro, o feijão mexido com farinha
de mandioca e o quibebe, feito com purê de
moranga, também englobam a vasta gastro-
nomia do estado. Paçoca de pinhão, arroz
com galinha, além do famoso chimarrão
também fazem parte da cozinha deste estado.
Dentro do Rio Grande, a gastronomia de
Gramado se destaca como uma das melho-
res do país. O destino, aliás, tem a própria
culinária como um dos seus principais
atrativos. Muitos dos turistas que visitam
a cidade são atraídos pelos inúmeros res-
taurantes, cantinas e cafés. Há também
uma grande variedade, desde cantinas
especializada em cozinha italiana, passan-
do pela gastronomia contemporânea, até
especializados em cozinha asiática. Um
dos destaques é o café colonial, que pode
ser encontrado em praticamente todos
os hotéis e em diversos estabelecimentos.
Outro estado da região sul, Santa Cata-
rina, tem diversas infl uências, com uma
interessante mistura de estilo e sabores
da Alemanha, Itália e Portugal. No litoral,
os frutos do mar consistem nos principais
ingredientes, com destaque para as ostras.
Na região do Estado com forte colonização
alemã, os pratos são feitos a de carne suína,
temperos picantes e regados à cerveja. Na
área que abriga a maioria dos descendentes
de italianos, a massa é o prato principal.
Lasanha, polenta, pão caseiro, sopa de
agnolini, acompanhados com um bom
frango à passarinho ou galinha caipira.
No Paraná há forte infl uência indígena e
portuguesa, com ingredientes como carne
suína, bovina, milho e carne de carneiro. Um
dos símbolos da gastronomia do estado é o
Barreado, originário dos sítios dos pescadores
feito de pirão de cinza e farinha de mandioca,
carne, toucinho e temperos variados. Na região
oeste, o porco no rolete é a principal culinária.
Ele é assado e gira no rolete temperado com
noz-moscada, alecrim e vinho branco seco.
Uma viagem pelos sabores do Sul
Roberta Diedrich Madke
20 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
ESPORTES Mergulho
>> O mergulho é uma das atividades mais
procuradas por turistas que viajam pelo
Brasil em busca de aventura. Os destinos
mais procurados são Fernando de Noronha
(PE), Paraty (RJ), Ilhabela (RJ), Bombinhas
(SC) e Recife (PE). Segundo o Ministério
do Turismo (MTur), a aventura é o segundo
principal motivo de viagens feitas a lazer por
estrangeiros no país (21,3% da preferência dos
visitantes). Em primeiro lugar está a procura
por sol e praia (64,2%).
“O turismo de mergulho é uma atividade em
consolidação, mas com potencial para se tornar
uma das principais referências do turismo
ligado à natureza”, disse o secretário nacional
de Políticas de Turismo, Vinicius Lummertz.
A idade média do viajante aventureiro é de 34
anos e o tempo médio de viagem de aventura é de 7,5
dias, de acordo com dados da Adventure Roundup
Research / Adventure Travel Trade Association.
O atributo natureza vem ganhado im-
portância não só no Brasil, mas também
Mergulho atrai turistas estrangeiros para o Brasil
em outros países. De acordo com o rela-
tório de Competitividade do Fórum Eco-
nômico Mundial, o Brasil ocupa o primei-
ro lugar no mundo em recursos naturais.
Além do mergulho em águas marinhas, o
esporte também pode ser praticado em lagoas,
como as de Abismo Anhumas e Rio Formoso,
em Mato Grosso do Sul. Para todos os casos, no
entanto, é necessário fazer um curso e um mer-
gulho experimental acompanhado por profi ssio-
nal da área. Mas se a ideia é praticar o mergulho
sozinho, é preciso dedicar-se a aulas teóricas e
exercícios práticos em piscinas ou águas abertas.
Há escolas de mergulho em todo o país. O
ideal é procurar as que oferecem certifi cação
de entidades reconhecidas internacionalmente,
como o Padi (Professional Association of Diving
Instructors ou Associação Profi ssional dos Ins-
trutores de Mergulho, a maior certifi cadora de
mergulho do mundo) ou o PDIC (Professional
Diving Instructors Corporation ou Corporação
dos Instrutores Profi ssionais de Mergulho).
Em Bonito, turistas podem optar pela fl utuação. Quem tiver mais experiência pode mergulhar com cilindro no Abismo Anhumas
Rico
Banhistas nas águas transparentes de Fernando de Noronha. Na Praia do Atalaia, também em Noronha, é
possível visualizar peixinhos coloridos com snorkel
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Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 21
22 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
ESPORTES Copa do Mundo
Começou a contagem regressiva para 2014>> A “Taça do Mundo” vai ser disputada no
Brasil, uma grande responsabilidade para o país
e Governo Federal. São estimados 73 milhões
de desembarques domésticos somente em
2014. Pelo lado internacional, os gastos dos
viajantes devem alcançar os R$ 8,9 milhões.
Antes disso tudo poder acontecer e faltando
menos de um ano para o apito inicial, marcado
para o dia 12 de junho de 2014, o Brasil ainda
Confi ra o ranking das obras dos estádios*1º Arena das Dunas - Natal (90%)A Arena das Dunas atingiu a marca de 90% no começo de outubro. O ritmo de trabalho no estádio potiguar é o mais intenso entre todos. Até agora, seis peças da cobertura, de um total de 20, foram montadas. Plantado há mais de 30 dias, o plantio do gramado também está avançado. Os trabalhos de aca-bamento se concentram nas áreas internas.
2º Arena Corinthians - São Paulo (89%) A Arena Corinthians, com 89% de conclusão, acabou ultrapassada pela Arena das Dunas. A maior frente de trabalho está ligada à montagem da cobertura. Nesta semana, foi fi nalizado o içamento do sexto módulo da cobertura sul. O setor terá sete estruturas. A última peça será instalada após a montagem dos módulos da cobertura norte. O prédio leste do estádio deve ser entregue a qualquer momento. No oeste, estão em andamento os serviços de acabamento. O gramado do estádio de abertura está praticamente pronto.
3º Arena da Amazônia - Manaus (83%)Na Arena da Amazônia, ocorre a instalação dos assentos, a montagem da cobertura e o plantio do gramado. Os 72 módulos, antes de serem içados, são montados no solo. Depois, as peças são fi xadas nas bases de concreto, formando a fachada e o chapéu. Quase metade da estruturas foi instalada. A conclusão deve ocorrer em dezembro. A colocação das cadeiras, por sua vez, foi marcada para outubro.
4º Beira-Rio - Porto Alegre (82%) O Beira-Rio apresentou em outubro o maior avanço do ano. Foram seis pontos percen-tuais, de 76% para 82%. A construção da
nova cobertura está em andamento desde abril. Até agora, 15 folhas da estrutura me-tálica, de um total de 65, já estão completas. No total, 57 peças P1 e P2, as maiores, foram montadas. Além disso, 29 P3 e 15 P4 foram içadas. A Andrade Gutierrez, construtora responsável pela obra, também dá prossegui-mento aos trabalhos internos e às etapas do acabamento. Já o edifício-garagem é erguido no terreno localizado ao lado do estádio.
5º Arena Pantanal - Cuiabá (80%)A Arena Pantanal está 80% concluída e já conta com seis estruturas metálicas. São três no sul e três no norte. No total, cada setor contará com três estruturas metálicas principais e dois chapéus. Os módulos dos setores leste e oeste também serão içados. A etapa deve ser iniciada nas próximas semanas. No total, cada lado terá sete peças. O plantio do gramado também está em andamento. A frente de trabalho tem seis fases. A drenagem, que correspon-de à segunda etapa, está 70% executada.
6º Arena da Baixada - Curitiba (79%)A maior frente de trabalho na Arena da Bai-xada é a construção da cobertura. A primeira viga principal já está montada. A segunda está na fase final de instalação. As vigas secundárias estão 30% prontas --12 das 42 peças foram colocadas. Após a construção da estrutura, serão iniciados os trabalhos no futuro gramado. Hoje, quatro gruas ocupam parte da área do campo. A primeira etapa estará ligada à instalação do sistema de drenagem e irrigação. O gramado já foi plantado e chegará a Curitiba em dezembro.
*Andamento até o fechamento desta edição, em outubro de 2013.
ramifi ca suas veias de investimentos nas cida-
des-sede que mais necessitam e apresentam
obras preocupantemente atrasadas. E pra toda
essa transação e movimentação infraestrutu-
ral ser bem sucedida, sem o puxão de orelha
aplicado pela Fifa, os órgãos trabalham dentro
de um conjunto acelerado de partículas que
são compostas por capacitação, mobilidade
urbana, sistema aeroviário, sinalização turística,
estádios, segurança e hospedagem.
Das 12 cidades-sede, seis correm contra o
tempo na conclusão das obras dos estádios
(Arena da Baixada, Arena Pantanal, Arena
da Amazônia, Beira-Rio, Arena Corinthians
e Arena das Dunas) que devem ser concluí-
MTur afi rma que 75% dos estrangeiros tendem a voltar ao Brasil para a CopaO resultado de uma pesquisa produzida pelo Ministério do Turismo traçou o perfi l dos turistas da Copa das Confederações. O estudo coloca em evidência o visitante estrangeiro e revela um alto índice de in-tenção de retorno ao país. De acordo com a pesquisa, 75,8% afi rma que pretende voltar para a Copa do Mundo. Ao todo, os visitantes estrangeiros transitaram por 132 cidades brasileiras. Na opinião do público entrevistado, os melhores serviços de infraestrutura turística foram os restau-rantes (93,6%) e os meios de hospedagem (87,2%). Houve boa avaliação também dos serviços de táxi (88,3%), da segurança pública (78,3%) e do transporte público (72,8%). “A Copa será um momento es-pecial para apresentar o potencial turístico do país aos estrangeiros. Trabalhamos para ampliar o legado com os grandes eventos e permitir que o ganho do país após o fi m do último jogo seja o maior possível”, disse o ministro do Turismo Gastão Vieira. As cidades mais visitadas por eles foram Rio de Janeiro (67,5%), For-taleza (25,8%) e Belo Horizonte (23,3%).
Seleções que já carimbaram o passaporteAté o fechamento desta edição, veja quais seleções garantiram presença no Brasil em 2014: Brasil, Argentina, Colômbia, Estados Unidos, Costa Rica, Japão, Irã, Coreia do Sul, Austrália, Rússia, Bélgica, Inglaterra, Espanha, Itália, Suíça, Bósnia, Alemanha, Ho-landa, Honduras, Chile e Equador.
dos em cerca
de 90 dias e
entregues à Fifa.
A maior frente de
trabalho em execução
nesses estádios é a mon-
tagem da cobertura,
sinal de que últimos
ajustes estão sendo
feitos para chegar a totalidade da estrutura.
Enquanto o sistema hoteleiro nacional se diz
100% preparado para a demanda da Copa,
o sinal amarelo pisca para alguns pilares,
como a mobilidade urbana e aeroviária, que
em algumas capitais ainda deixam a desejar.
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 23
24 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
ESPORTES Olimpíadas 2016
>> As Olimpíadas de 2016, que terão início
em 5 de agosto no Rio de Janeiro, demandam
grande empenho e esforço da Cidade Mara-
vilhosa. A expectativa é que o destino receba
mais de três milhões de pessoas no período
da competição esportiva. Seguindo o padrão
escolhido por outros países nas Olimpíadas
anteriores, como em Londres, em 2012, o
Brasil prepara a sua cidade-sede para ofe-
recer o maior conforto possível ao turista.
Visto como um canteiro de obras desde o
anúncio, quando conseguimos deixar de
lado as cidades de Chicago, Tóquio e Madri,
o Rio tenta “arrumar a casa”, transformando
suas regiões privilegiadas em parques ho-
teleiros consistentes, aliados a investimen-
tos remodeladores na mobilidade urbana.
Os caminhos que te levam e trazem
do Aeroporto Internacional Tom Jobim
cruzam as regiões Oeste, Norte e Sul do
município, prometendo agilidade nos aces-
sos às arenas e estádios. Seguindo o lema
“missão dada é missão cumprida”, governos
municipal, estadual e federal se desdo-
bram para encontrar medidas adequadas.
Um estudo feito pela Fundação Instituto
de Administração apontou US$ 14,4 bilhões
em investimentos no dossiê de necessidades
do Rio. Neste mesmo estudo, puderam ser
identifi cados 55 setores da economia que
mais poderão se benefi ciar com a realização
do megaevento. Entre eles, os setores com
maior movimentação em virtude dos Jogos
seriam: construção civil (10,5%), servi-
ços imobiliários e aluguel (6,3%), serviços
prestados a empresas (5,7%), petróleo e
gás (5,1%), serviços de informação (5%) e
transporte, armazenagem e correio (4,8%). A
estimativa de impacto no PIB do Brasil é de
US$ 11 bilhões no período de 2009 a 2016,
enquanto que no período de 2017 a 2027
será de US$ 13,5 bilhões (R$ 27 bilhões).
Dentre as principais mudanças no dia a
dia do carioca, está o projeto “Porto Mara-
vilha”, que inclui a reurbanização da Praça
Mauá e das principais ruas do entorno, a
construção de uma garagem subterrânea
para 1.000 veículos, a criação de 499 novas
residências, com a recuperação de imóveis
antigos, a implantação da Pinacoteca do Rio,
para exposições de arte, além da construção
do Museu do Amanhã, para exposições
interativas e projeções científi cas. As obras
transformarão o local num complexo de
lazer, entretenimento e serviços que con-
tará com o AquaRio. O custo do aquário
está estimado em R$ 110 milhões. Patro-
cinado pela Coca-Cola, tem inauguração
prevista para julho de 2014 e ocupará uma
área de 127 mil metros quadrados, com
12 mil animais de 400 espécies diferentes.
Em relação aos locais de competição, a
ideia é aproveitar projetos de infraestrutura
do Pan Americano e da Copa do Mundo
em 2014, além dos Jogos Militares em 2011.
Apenas 26% das instalações olímpicas terão
que ser construídas. Todos os esportes
serão disputados dentro dos limites da
cidade, constituído por quatro Zonas que
irão promover sustentabilidade econômica,
ambiental e social: Barra, Copacabana,
Deodoro e Maracanã. Neste caso, a Barra
da Tijuca, localizada na Zona Oeste do
Rio, transforma-se em canteiro de obras
na responsabilidade de demolir o antigo
autódromo da cidade, que já foi responsável
por receber GPs de Fórmula1, e preparar
o terreno para receber uma gama de are-
nas e aparatos esportivos tecnicamente
estruturados de acordo com os padrões
impostos pela organização.
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Olimpíadas 2016 devem atrair três milhões de turistas ao Rio
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 25
26 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
>> Os turistas que visitam a Região Amazônica
têm dentro do roteiro de atrativos uma parada
obrigatória no Pará. A começar por Belém, a
capital que chama a atenção pelas ruas arbo-
rizadas, enfeitadas por mangueiras, casario
centenário e espaços culturais como o Teatro
da Paz. Um itinerário que leva a conhecer um
pouco mais de perto esta cidade, que no tempo
do ciclo da borracha viveu seu período áureo.
Parte da história ainda está preservada em seus
monumentos. É o caso do Forte do Presépio ou
Fortaleza Feliz Lusitânia, erguido em 1616 às
margens do rio que corta Belém e construído
para proteger a cidade de invasões holandesas.
De lá, siga para o Espaço Cultural Casa das
Onze Janelas, obra do século 18, aberta com
mostras e exposições permanentes.
A influência indígena está presente. Para
conhecer um pouco mais dos produtos da terra
nada melhor do que um tour pelas barraqui-
nhas do mercado Ver o Peso, no cais do porto.
Ali, se encontram os mais variados produtos
regionais, entre raízes medicinais, frutas, pei-
xes e o tradicional açaí. Os espaços verdes da
capital podem incluir um passeio pelo Bosque
Municipal Rodrigues Alves, com lago, aquário,
orquidário e aves da região. De lá, siga até a
Cidade Velha, cujos solares têm fachadas de azu-
lejos portugueses. Inclua no seu tour a Catedral
Companhia Paraense de Turismo(55-91) 3212-0575www.paratur.pa.gov.br
Coordenação Municipal do Turismo de Belém(55-91) 3283-4850www.belem.pa.gov.br
SERVIÇO
REGIÃO NORTE
Além da capitalPASSEIOS FLUVIAISNo polo Tapajós, o Pará revela o que tem de mais atraente na Amazônia: a fl ora, a fauna e a história. Em Santarém, mu-nicípio sede do polo, o turista se depara com uma cidade portuária onde pode conhecer o artesanato e realizar passeios fl uviais, sendo o mais conhecido deles o programa Encontro das Águas, onde o Rio Negro e o Tapajós se encontram, mas não se misturam. Por quilômetros, as águas dos dois rios correm lado a lado. De barco ou por rodovia, se chega a Alter do Chão, cujas praias de areia branca banhadas pelas águas de rio levaram-na a ser conhecida como Caribe Amazônico. Este fenômeno acontece apenas nos períodos da vazante do rio.
MARAJÓDividida em 12 municípios pontilhados por matas, rios, campos, mangues e igarapés, o arquipélago forma um cenário perfeito para quem pretende desvendar um peda-ço quase intacto da selva amazônica. O ponto de partida da viagem é Belém, de onde saem barcos e balsas rumo à Soure, a “capital” da ilha, alcançada depois de cerca de três horas de navegação. É nesta área que estão as melhores praias - do Pesqueiro, Barra Velha e Joanes. Com tanta diversidade, Marajó promove ex-periências únicas. As mais interessantes delas são os passeios de búfalo organi-zados nas fazendas locais. Símbolos da ilha, os animais são vistos em toda parte da ilha. Há mais búfalos que moradores.
ParáParáEcoturismo, arte, cultura e religiosidade num único destino
Metropolitana de Belém, conhecida como Ca-
tedral da Sé. Essa igreja ganha mais importância
ainda em outubro, quando acontece o Círio de
Nazaré, evento de fé e religiosidade que reúne
no mês de outubro mais de dois milhões de fi éis
Outro ponto imperdível é o Mangal das
Garças. Localizado às margens do rio Guamá,
no entorno do centro histórico, ele ocupa uma
área de cerca de 34,7 mil metros quadrados que
foi revitalizada e representa uma síntese do am-
biente amazônico no coração da capital paraen-
se. No parque naturalístico, o visitante conhece
as matas de terra fi rme, várzea e campos. O
Magal possui um pórtico, restaurante, viveiro
de borboletas e beija-fl ores, além de outras aves.
Já a Estação das Docas é um dos espaços
que mais refl etem a região amazônica. Re-
ferência nacional, o complexo turístico e
cultural congrega gastronomia, cultura, moda
e eventos nos 500 metros de orla fl uvial do
antigo porto de Belém. São 32 mil metros
quadrados divididos em três armazéns e um
terminal de passageiros. O Armazém 1 foi
batizado de Boulevard das Artes. O Armazém
2 passou a ser o Boulevard da Gastronomia.
E o Armazém 3 é conhecido como Boule-
vard das Feiras e Exposições. O complexo
possui ainda o Teatro Maria Silvia Nunes e
o anfi teatro do Forte de São Pedro Nolasco.
Praia de Alter do Chão, em Santarém e, ao lado, o Mercado do Ver o Peso, na capital Belém
Serge Guiraud
Jean
Bar
bosa
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 27
>> Com um inegável potencial turístico e
uma rica diversidade cultural e ecológica,
o Estado do Pará vem implementando um
ambicioso Plano Diretor de Turismo com
o objetivo de se consolidar como verda-
deira obra-prima da Região Amazônica.
Neste contexto, o secretário de Turismo,
Adenauer Góes, vê com preocupação
o legado da Copa ao observar que os
investimentos têm se concentrado nas
12 cidades-sede do evento. O dirigente
também defende a aviação regional como
alternativa para ampliação da malha aérea
e os investimentos na capacitação da mão
de obra com o objetivo de melhorar o
padrão de qualidade do turismo receptivo.
MERCADO & EVENTOS – Quais os investimentos que têm sido real-izados no Turismo do Pará?Adenauer Góes - O Governo do Estado
compreende que o
turismo é uma das
prioridades com um
programa de inves-
timentos visando o
fortalecimento da
economia, a partir
da geração de em-
prego, renda e quali-
dade de vida. Recen-
temente, anuncia-
mos investimentos
para o Terminal
Hidroviário de Be-
lém, que funcionará
no Armazém 9 da
Companhia Docas do Pará (CDP). O
investimento é de aproximadamente R$
15 milhões e vai benefi ciar cerca de 70
mil passageiros por mês, principalmente,
moradores das ilhas ao redor da capital
paraense, principais usuários do trans-
porte hidroviário, além de fortalecer
o turismo para o Marajó. É desejo do
governador Simão Jatene, que este seja
Desafi o é consolidar a imagem como obra-prima da Amazônia
ENTREVISTA
um espaço no mesmo padrão do modal
aéreo, digno, refrigerado, com poltronas
confortáveis, lanchonetes, farmácias e
restaurantes, entre outros serviços.
M&E – Como a Copa de 2014 vai benefi ciar o Turismo do seu Estado?Adenauer Góes - Eu vejo com preocu-
pação o legado que a Copa possa deixar
para Estados como o nosso, que não estão
incluídos na relação das cidades-sede. A
minha preocupação é baseada em dois
aspectos. O primeiro deles diz respeito aos
investimentos em infraestrutura. Lembro
que as cidades-sede têm sido aquinhoadas
com projetos e recursos, o que não tem
acontecido com outras capitais que não
estão incluídas. Isso é preocupante porque
se pode criar na realidade dois “países”.
Isso diz respeito também a questões
como segurança e capacitação de mão
de obra. Do ponto
de vista de marke-
ting, o legado posi-
tivo não é garantido.
Basta observar o que
ocorreu durante a
Copa das Confede-
rações, quando se
mostrou um Brasil
com problemas em
função das mani-
festações. Com isso,
ficaram dúvidas se
de fato poderemos
ter um retorno.
M&E – Quais os entraves e desafi os a serem superados? As ligações aéreas são um problema? Adenauer Góes - Eu diria que temos
ainda que avançar em algumas questões,
como a da melhor acessibilidade. A ques-
tão da concentração da malha aérea não
é nova e traz enormes prejuízos para a
economia e o turismo das regiões mais
distantes como os Estados do Norte,
incluindo o Pará. Tenho consciência de
que o mercado precisa de um amadure-
cimento maior. Lembro que não adianta
as empresas aéreas aumentarem os preços
durante a Copa aproveitando o momen-
to. O importante é o fortalecimento do
mercado. Creio que regiões amazônicas
podem ser bastante favorecidas por meio
da aviação regional, facilitando assim a
questão da acessibilidade e da mobilidade
para os habitantes destas regiões.
M&E – Como tem sido trabalhada a questão da qualifi cação dos profi s-sionais de Turismo do seu Estado?Adenauer Góes – A questão da qualifi ca-
ção tem sido uma preocupação constante.
O Programa Estadual de Qualifi cação do
Turismo (PEQTur), desenvolvido pela Se-
cretaria de Estado de Turismo (Setur), deve
capacitar e certifi car aproximadamente
150 gestores e servidores municipais de
turismo. Até dezembro, 15 municípios
paraenses receberão treinamentos. A ex-
celência na gestão pública passa, de forma
efetiva e concreta, pelo investimento em
tempo e dedicação na motivação e capa-
citação de equipes técnicas, na articulação
de parcerias estratégicas e, principalmente,
na defi nição de metas e planos de ação.
Adenauer Góes, secretário de Turismo do Pará
“A questão da concentração da
malha aérea não é nova e traz enormes
prejuízos para a economia e o turismo
das regiões mais distantes, como os Estados do Norte, incluindo o Pará”
28 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
>> Uma experiência única e incrível. É como os turistas
que já visitaram Manaus defi nem a capital do Amazo-
nas. Além de encantar com sua beleza natural, a capital
oferece diversas atividades para quem quer se aventurar
dentro da fl oresta amazônica. Jacarés, botos cor-de-ro-
sa, macacos e aves exóticas são alguns dos principais
animais que podem ser contemplados, ou, para os
mais corajosos, tocados (os mais inofensivos, claro).
Muitos guias oferecem passeios noturnos de barco
pelo Rio Amazonas, onde é possível ver os jacarés em
seu habitat e pegar fi lhotes para ‘acariciar’. Para quem
não gosta de ser arriscar, existe a opção do Rio Negro,
onde os visitantes podem nadar junto aos botos.
Outro passeio que não pode fi car de fora é o tour de
barco até o encontro dos Rios Negro e Solimões, que
correm lado a lado por seis quilômetros sem que as
águas – uma barrenta e outra escura – se misturem.
Não só de mata é feito o turismo em Manaus. A
capital conta com diversas as atrações históricas, que
fi cam a cargo de suntuosas construções do fi nal do
século 19, época em que a capital prosperou graças
ao Ciclo da Borracha. Palácios em estilo art nouveau
espalham-se pelo centro abrigando espaços culturais.
Além da capitalPARINTINS Primitivamente habitado por indígenas, sua descoberta ocorreu em 1749. A ilha foi batizada de Tupinambarana e era habitada pelos índios Parintintim. É lá que acontece o Festival dos Bumbás Caprichoso e Garantido, considerado a maior ópera a céu aberto do mundo.
PRESIDENTE FIGUEIREDO O município é uma das principais referên-cias do turismo de aventura no Estado por possuir mais de 90 cachoeiras, dezenas de cavernas e inúmeras corredeiras. A cidade também é habitat natural do galo-da-serra, um dos pássaros mais espetaculares do mundo.
BARCELOS O município possui o maior arquipélago do mundo, chamado Mariuá, com cerca de 700 ilhas, e se tornou conhecido interna-cionalmente pelo comércio de peixes orna-mentais e pela pesca esportiva do tucunaré.
Governo do Estado do Amazonas(55-92) 3236-3290 www.amazonas.am.gov.br
Empresa Estadual de Turismo do Estado do Amazonas (Amazonastur)(55-92) 2123-3818 www.visitamazonas.com
Fundação Municipal de Turismo - Manaustur(55-92) 3215-3474 www.manaus.am.gov.br
SERVIÇO
REGIÃO NORTE
AmazonasAmazonas
Uma aventura pelas belezas do BrasilEntre eles está o cartão-postal de Manaus, o Teatro
Amazonas. Inaugurado em 1896, era frequentado
pelos barões que assistiam a concorridos espetáculos
de companhias europeias. Luxo e riqueza se fazem
presentes ainda através da decoração, onde lustres
e máscaras venezianas estão por toda a parte.
Música regional, artes plásticas, artesanato e mani-
festações folclóricas marcam uma cultura de forte in-
fl uência indígena. A gastronomia do local também não
deixa a desejar. Tendo o peixe como iguaria principal,
o segredo fi ca por conta de ingredientes e temperos,
como tucupi, gengibre e açaí. Para fi nalizar, um passeio
pelo bairro de Ponta Negra é a dica para fazer a diges-
tão. Cercado de prédios, calçadão, praças de esportes,
bares animados, o local fi ca lotado entre os meses de
agosto e janeiro, movimentado pela alta temporada.
Reserva de Mamiruá, Teatro Amazonas e encontro das águas dos rios Solimões e Negro
Am
azon
astu
r
Keynes Breves / Am
azonastur
JP Pedro Borges
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 29
>> Há 22 anos na atividade turística, e
apaixonada pelo Amazonas, Oreni Bra-
ga, presidente da Empresa Estadual de
Turismo do Amazonas (Amazonastur),
demonstra orgulho ao falar das conquistas
que o Estado atingiu. Nesta entrevista
exclusiva, Oreni explica sobre os entraves
que ainda precisam ser vencidos no setor,
destacando não apenas os problemas
pelos quais o Estado passa, mas também
decisões que afetam o turismo do país.
A presidente comemora um novo voo
para a Europa e aponta os investimentos
realizados com foco na Copa do Mundo,
que – de acordo com Oreni – vão trans-
formar o Amazonas em um novo Estado.
MERCADO & EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo do Amazonas?Oreni Braga - Manaus recebeu a primeira
ponte de grandes dimensões construí-
da sobre um rio. Com 3.595 metros de
comprimento, a Ponte Rio Negro liga a
Região Metropolitana de Manaus. Tam-
bém temos modernizado e ampliado os
aeroportos do estado, com um investi-
mento de cerca de R$ 400 milhões. Para
os megaeventos, o
Amazonas terá uma
das maiores arenas
do Brasil, onde estão
sendo aplicados R$
600 milhões. O aces-
so à Banda Larga vai
estar disponível para
a Copa do Mundo. O
Amazonas recebeu
ainda seu primeiro
Centro de Conven-
ções, com capacida-
de para mil pessoas.
A prefeitura de Manaus também está
investindo aproximadamente R$ 100
milhões em Manaus para revitalizar
ambientes da periferia, ruas, prédios,
Terceiro destino mais procurado pelos estrangeiros
ENTREVISTA
monumentos e outros atrativos turísticos.
M&E - Como a Copa de 2014 vai movimentar o Turismo no seu Estado?Oreni Braga - Para o Amazonas, essa é
uma oportunidade ímpar – uma vez que
o estado vai contar com quatro jogos du-
rante a Copa -, para mostrar o que é ser o
maior Estado do Brasil. Durante o evento,
queremos que o Amazonas tenha o maior
número possível de pessoas qualifi cadas,
falando o maior número diferente de lín-
guas. A Copa vai movimentar diretamente
diversos setores turísticos, aumentando e
gerando a renda para a hotelaria, barcos
turísticos, prestadores indiretos de serviços
de turismo, agentes de viagem, restaurantes
e muitos outros. Com mais de R$ 2 bilhões
sendo investidos para a realização da Copa,
esperamos um grande retorno econômico.
M&E - Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema?Oreni Braga - Um entrave que temos,
e isso não é só no Amazonas, mas no
país todo, é o orçamento que é dado
para o turismo brasileiro. A priorização
orçamentária ainda
não é turismo. Outro
problema é o custo
Brasil, que é muito
alto. É preciso criar
possibilidades para
que o turista fique
mais tempo e gaste
mais no país. Temos
que incentivar o tu-
rista estrangeiro a
viajar para diversos
estados brasileiros, a
partir da facilitação
da mobilidade, que atualmente é muito
cara. Em relação às ligações aéreas, fi co
muito contente em anunciar que a partir
do dia 3 de junho de 2014, não teremos
mais problemas de ligações aéreas com a
Europa. Há 10 anos lutamos por um voo
direto de Manaus para a Europa e isso
fi nalmente foi concretizado com o novo
voo da Tap Lisboa – Manaus, que só irá
somar aos voos Manaus – Panamá, reali-
zado pela Copa Airlines e Manaus – Esta-
dos Unidos, feito pela American Airlines.
Porém, para tornar Manaus o principal
hub do Amazonas, ainda é necessário
mais uma conexão; a ligação aérea Ma-
naus – Lima. E estamos lutando para isso.
M&E - Como avalia a qualifi cação dos profi ssionais de Turismo do seu Estado?Oreni Braga - Há dez anos que traba-
lhamos pela mudança, pela quebra de
paradigmas e perfi s dos trabalhadores
do Amazonas. E hoje conseguimos en-
volver mais os formadores de opinião, e
colocar o turismo na pauta do dia, para
denunciar os profi ssionais que não estão
trabalhando direito e preocupar mais as
pessoas em relação à qualifi cação. Atual-
mente, Manaus conta com muito mais
pessoas preparadas que muitas cidades
turísticas. Nosso foco é continuar me-
lhorando a profi ssionalização e preparo
dos trabalhadores. Até a Copa, entre 50
e 100 mil pessoas estarão qualifi cadas.
Oreni Braga, presidente da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur)
“Um entrave que temos, e isso não é só no Amazonas,
mas no país todo, é o orçamento que é dado para o turismo
brasileiro. A priorização orçamentária ainda
não é turismo”
30 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
REGIÃO CENTRO-OESTE
Secretaria de Turismo do Distrito Federal(55-61) 3214-2744 / www.setur.df.gov.br
Vem Viver Brasíliawww.vemviverbrasilia.com.br
SERVIÇO
Distrito FederalBrasília oferece um roteiro repleto de diversidade, da arquitetura à natureza
>> Quando começou a ser construída, em
1957, por Oscar Niemeyer, Brasília ainda era
uma capital de poucos habitantes, afastada
do eixo RJ-SP. Atualmente, considerada a
quarta maior e mais populosa metrópole do
país, Brasília já é referência na realização e
captação de eventos. O Brasília Convention &
Visitors Bureau cataloga mais de 450 espaços
para eventos de variados tamanhos. Um dos
locais de destaque na área de eventos é o Cen-
tro de Convenções Ulysses Guimarães, com
possibilidade de receber até 9,4 mil pessoas,
localizado a alguns metros do Estádio Mané
Garrincha. Além disso, Brasília reúne um
acervo cultural rico, jovem e muito interessante,
principalmente para quem admira esculturas.
Na cidade, a Esplanada dos Ministérios
é um capítulo à parte. Na outra ponta está a
rodoviária e, no centro, o aeroporto. A posição
estratégica da cidade fez com que se tornasse
um dos principais hubs do Brasil. Nos últimos
anos, a Brasília ganhou inúmeros voos inter-
nacionais ligando a Capital Federal à Europa,
América do Sul e Estados Unidos, por exemplo.
Os mais importantes monumentos de
Brasília foram erguidos no Eixo Monu-
mental, com destaque para a Praça dos
Três Poderes, tendo como centro a Estação
Rodoviária. Impossível, porém, não incluir
no circuito o Templo da Boa Vontade, a
Feira dos Importados, a sede do Ministério
Público, do Superior Tribunal de Justiça e
a Ponte JK, premiada como uma das mais
bonitas do mundo, um novíssimo point da
cidade. Nos dias quentes de sol todas as
atenções se voltam ao lago Paranoá. Criado
artifi cialmente para servir como opção de
lazer aos brasilienses, esta é a melhor opção
para se refrescar e se exercitar. Não pode-
mos esquecer da Torre de TV, que apesar
de está em reforma até outubro de 2014, é
sempre um espetáculo, ainda mais quando
podemos utilizar dos elevadores para ter
o visual panorâmico da cidade lá de cima.
Reserve seu tempo para outras atrações
que devem ser visitadas na capital, como o
Teatro Nacional Cláudio Santoro, o Centro
Cultural da República e o Memorial dos Povos
Indígenas, todos projetados por Niemeyer.
No Memorial JK, o turista terá oportunidade
de conhecer o prédio-mausoléu que guarda
os restos mortais do presidente Juscelino
Kubitschek, responsável pela construção
da cidade. O local possui auditório e uma
biblioteca com três mil volumes que perten-
ceu ao presidente. A exposição é permanente
com objetos e fotos do fundador de Brasília.
Além da capital
CHAPADA DOS VEADEIROSA 230 km de Brasília, fi cam os municípios de Caval-cante e Alto Paraíso, que abrigam o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, uma área com cerca de 65 mil hectares aberta para visitação. Em uma altitude que varia de 577 a 1.676 metros, o Parque possui belas paisagens de natureza virgem, rios de águas límpidas e cristalinas e cânions espetaculares. A entrada do Parque fica situada na Vila de São
Jorge, em Alto Paraíso. Já na recepção, o visitante terá orientações e poderá escolher os passeios que deseja fazer. Os roteiros disponíveis são Trilha dos Saltos e Trilha dos Cânions. Nas férias do meio do ano, entre os meses de julho e agosto, acontece o Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, na Vila de São Jorge. O evento reúne grupos de culturas tradicionais brasileiras, povos indígenas, artistas e turistas.
Esplanada dos Ministérios, em Brasília
Setur / DF
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 31
32 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
>> A Setur-DF investe na melhoria
dos espaços turísticos e na sinalização
da cidade. Para receber ainda melhor
o turista da Copa do Mundo, a Setur-
DF e a Novacap estão reformando a
Torre de TV do Eixo Monumental, o
ponto turístico mais conhecido entre
brasilienses e um dos mais visitados
pelos turistas, localizado nas proxi-
midades do Estádio Mané Garrincha
e que servirá como ponto de apoio
para o transporte público durante o
Mundial. O secretário de Turismo de
DF, Luiz Otávio Neves, acredita no
sucesso das obras infraestruturais,
que deverão ser entregues a tempo,
além da preparação dos profi ssionais
nas capacitações oferecidas na cidade.
MERCADO & EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo do Distrito Federal?Luiz Otávio Neves - Brasília tem di-
versas atrações que englobam des-
de o turismo náutico até o conjunto
urbanístico do Plano Piloto, com a
maior área aberta tombada do mundo
pela Organização das Nações Unidas
pela Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco), com 112,25km². Suas cur-
vas inovadoras, ruas organizadas por
setores e ampla área verde são admira-
das internacionalmente. Por meio de
convênio com o Ministério do Turismo,
serão produzidas placas indicativas e
interpretativas em português e inglês
apontando os principais atrativos turís-
ticos. Nos pontos de visitação também
serão realizadas obras de acessibilidade
para atender a pessoas com defi ciência
auditiva, física e com baixa mobilidade.
Para receber ainda melhor o turista
da Copa do Mundo, a Setur-DF e a
Novacap estão reformando a Torre
de TV do Eixo Monumental, o ponto
turístico mais conhecido entre brasi-
Obras de infraestrutura e capacitações invadem Brasília
ENTREVISTA
lienses e um dos mais visitados pelos
turistas, localizado nas proximidades do
Estádio Mané Garrincha e que servirá
como ponto de apoio para o transporte
público durante o Mundial.
M&E - Como a Copa de 2014 vai movimentar o Turismo no seu Es-tado?Luiz Otávio Neves - A Copa do Mundo
de 2014 vai atrair os olhares do público
mundial para a Capital Federal nos
setes jogos que ocorrem em Brasília,
entre os quais a disputa do terceiro
lugar da competição. Serão 600 mil
pessoas a mais na cidade, entre turistas
nacionais e internacionais. A cidade
poderá, além de partilhar deste grande
campeonato mundial de futebol, mos-
trar que tem muito mais a oferecer com
toda a sua arquitetura e urbanismo
inovadores. A festa não se restringirá
aos sete jogos. Com a FIFA Fan Fest,
a Esplanada dos Ministérios será mo-
vimentada nos 32 dias do Mundial.
Para a Copa do Mundo, a Setur-DF e
o Conselho de Desenvolvimento de
Turismo do Distrito Federal- Condetur
aprovaram lista especial de atrativos
que será divulgada pela FIFA junto
aos torcedores do Mundial.
M&E - Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema?Luiz Otávio Neves - As obras no Ae-
roporto Internacional de Brasília são
necessárias e os benefícios vão além da
Copa do Mundo. Com todas as políti-
cas de promoção que adotamos e com
a melhoria da infraestrutura, Brasília
já tem sido mais procurada. Também
ganhamos novos voos internacionais,
o que aumenta a demanda sobre o
Aeroporto. Até o momento, temos seis
companhias aéreas com voos para o
exterior. E a nossa intenção é avançar
ainda mais. Brasília, além de ser sede
do Poder Federal brasileiro, está no
coração do Brasil, o que mostra a im-
portância estratégica em desenvolver
a capacidade em atender os usuários
do transporte aéreo. Enfrentamos
alguns entraves desde o início da ges-
tão. Como principal, posso indicar a
legislação que compete aos serviços de
Turismo no Distrito Federal. É um dos
pontos que ainda precisam avançar em
alguns aspectos, tais como, transporte
turístico, ecoturismo e turismo de
aventura, a fiscalização.
M&E - Como avalia a qualifi cação dos profissionais de Turismo do seu Estado?Luiz Otávio Neves - Estamos avançan-
do, principalmente, no atendimento
ao turista estrangeiro. Somos uma
das unidades federais que aderiu ao
Pronatec do Ministério do Turismo.
Só no Pronatec Copa na Empresa,
voltado para aqueles que já atuam
no setor, mais de 20 turmas foram
inscritas, entre profissionais de bares e
restaurantes, hotelaria, turismo rural e
segurança. No último mês, a Setur-DF
abriu mais 220 vagas.
Luiz Otávio Neves, Secretário de Turismo do Distrito Federal
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 33
34 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
REGIÃO CENTRO-OESTE
Mat
o Gro
sso do
Sul
Além da capital
BONITOViajantes que estiverem interessados em entrar em contato com a natureza tem a opção de visitar a cidade de Bonito, que fi ca distante 265 km da capital do Estado. Pelo destino é possível desfrutar de atra-ções com foco no ecoturismo ou turismo de aventura. Tudo depende da vontade do turista entrar em sintonia com a na-tureza, pois o que não falta é diversidade de opções para se conhecer na cidade.
VALE DAS ÁGUASA região do Vale das Águas, compos-ta por sete municípios (Angélica, Ivi-nhema, Taquarussu, Batayporã, Nova Andradina, Jateí e Novo Horizonte do Sul) também apresenta a diversidade natural que está presente na vida do Mato Grosso do Sul. Na divisa com os estados do Paraná e São Paulo, o espa-ço une áreas rurais, pesqueiros, praias de água doce e rios, além de oferecer atrativos culturais únicos para conheci-mento dos viajantes que por lá estiverem.
Secretaria de Turismo do Mato Grosso do Sul(55-67) 3318-5018 www.seprotur.ms.gov.br
Secretaria de Turismo de Campo Grande(55-67) 3314-3580 www.pmcg.ms.gov.br/sedesc
SERVIÇO
Em contato com as maravilhasdo meio ambiente pantaneiro>> Os visitantes com destino a Campo Grande
certamente irão se surpreender com a capital
do Mato Grosso do Sul. Quem pensa que
a cidade oferece apenas atrativos ligados a
ecoturismo ou ao turismo de aventura se
engana. Apesar de estar afastada dos gran-
des centros econômicos do país e ser um
destino pouco conhecido dos visitantes,
principalmente estrangeiros, a capital con-
segue aliar suas atrações naturais com o
visual de modernidade proporcionado pelo
planejamento anterior à sua construção.
As suas grandes áreas verdes surgem como
espaços para o lazer da população e de tu-
ristas. A “Cidade Morena”, forma como é
conhecida devido ao chão avermelhado de
suas terras, oferece ainda roteiros rurais e
diversidade cultural. Outra opção para os
turistas é a viagem com o Trem do Pantanal,
que apresenta as paisagens inesquecíveis do
Pantanal mato-grossense ao longo de 220
km, com saída da capital e término na cidade
de Miranda, passando por Aquidauana. A
vegetação característica está presente em todo
o trajeto, que conta com outros atrativos, como
a Morraria da Serra de Maracaju, a Ponte
Velha e o Rio Aquidauana, que fazem das
oito horas de viagem uma experiência única.
Em quase todo lugar é possível visualizar e
apreciar as belezas naturais de Campo Grande,
que podem ser conhecidas através de roteiros
rurais ou em visitas às aldeias indígenas, que
também mostram a cultura natural do Estado.
A gastronomia é um dos pontos fortes, entre os
pratos típicos está o churrasco de carne bovina
com mandioca, prato que se tornou hábito
por parte dos moradores de Campo Grande.
A hospitalidade dos moradores locais com-
pleta a lista de atrações para que os turistas se
sintam melhor do que se estivem em casa du-
rante a passagem pela capital do Mato Grosso
do Sul. Descendentes de portugueses, como em
quase todos os estados do país, libaneses e até
mesmo japoneses formam a população local.
Mato Grosso do Sul reúne paisagens urbanas em Campo Grande, e muita natureza nos arredores da capital, como a cidade de Bonito
Denilson Secreta
Rachid Waqued
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 35
>> Para possibilitar a maior entrada
de turistas nos destinos do Estado, o
Governo do Mato Grosso do Sul des-
tina investimentos para ampliar sua
infraestrutura aeroportuária e rodo-
viária. Segundo Nilde Brun, diretora
presidente da Fundação de Turismo do
Estado, as melhorias nos aeroportos de
Bonito, da capital Campo Grande e de
Três Lagoas certamente aumentarão o
total de frequências para os destinos e,
consequentemente, a captação de visi-
tantes. Para ela, a atuação do Estado não
será diferente dos demais destinos que
não serão sedes da Copa, e o foco será
atrair viajantes dos mais variados locais.
O Mato Grosso do Sul integra, junta-
mente com o Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul, a Comissão Turismo
Brasil Sul – Codesul. “Promovemos um
roteiro turístico integrando esses Estados
através dos seus diferentes atrativos que
se complementam. Sendo assim estão
sendo desenvolvidas ações conjuntas de
gestão, marketing e investimento, para
fortalecer o turismo no Sul do Brasil.
MERCADO & EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo do Mato Grosso do Sul?Nilde Brun – O Governo do Estado
lançou um pacote de obras estruturantes
que vem colaborando com o desenvol-
vimento do turismo. Os investimentos
incluem reforma e melhorias de ae-
roportos e obras de pavimentação de
estradas consideradas importantes para
o setor turístico, que facilitam o acesso
às principais regiões turísticas. Na região
Norte do Mato Grosso do Sul está sendo
pavimentada a rodovia MS-430, que
liga os municípios de São Gabriel do
Oeste e Rio Negro, com 54 quilômetros,
cortando a Serra de Rio Negro, além
de promover a integração de regiões
de produção de grãos e pecuária. Os
Infraestrutura e sustentabilidade caminhando juntas
ENTREVISTA
aeroportos de Bonito, Três Lagoas, Dou-
rados e Campo Grande estão recebendo
investimentos com o reaparelhamento,
a reforma e a expansão da infraestrutura
aeroportuária, tanto em instalações
físicas quanto em equipamentos. Com
isto, aumentam as ofertas dos voos e a
capacidade de receber mais passageiros.
Hoje, os principais destinos turísticos
(Bonito, Três Lagoas e Dourados) pos-
suem voos diretos para São Paulo e voos
diretos diariamente de Corumbá (Pan-
tanal) para a capital, Campo Grande.
M&E – Como a Copa de 2014 vai movimentar o Turismo no seu Estado?Nilde Brun – Ainda em 2014, não agire-
mos diferente dos demais destinos que
não serão sedes da Copa. Queremos
atrair turistas dos mais variados lugares
que estarão no Brasil para assistir ao
Mundial e, para isso, estamos com a
campanha “O Brasil recebe a todos e
Mato Grosso do Sul quer Você” desde
o início de 2013, objetivando atrair
também aqueles que querem fugir do
burburinho e da agitação nas cidades-
sede. Esses visitantes poderão aproveitar
esse período para curtir a natureza. Mato
Grosso do Sul quer receber não só o
turista estrangeiro, mas os brasileiros.
Queremos receber cada um dos brasi-
leiros e estrangeiros, de forma única, de
forma diferente, de forma encantadora.
M&E - Como o Mato Grosso do Sul qualifi ca os profi ssionais de Turismo?Nilde Brun - Só neste ano foram realizados
dez roadshows, seis deles percorreram as
capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte, Brasília, Curitiba e Porto Ale-
gre, mais quatro em cidades paulistanas:
Ribeirão Preto, Campinas, Presidente
Prudente e São José do Rio Preto. No
roadshow foi possível articular, promover e
apresentar os destinos turísticos do Estado
diretamente com os agentes e operadores.
Nilde Brun, presidente da Fundtur-MS
Bonito vai sediar o Ecotourism Sustainable Tourism ConferenceApós acirrada disputa com oito destinos internacionais, a cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul, foi escolhida para sediar a “ESTC14 - Ecotourism and Sustainable Tourism Conference 2014”. São esperados mais de mil participan-tes de 40 países. A ESTC é uma conferência anual promovida pela TIES (The International Ecotourism Society) e reúne os principais experts em Ecoturismo do planeta. A captação deste evento é resultado de meses de trabalho conjunto do Bonito Convention & Visitors Bureau (Bonito CVB), Fundação de Turismo do MS (Fundtur-MS), Embratur, Prefeitura Municipal de Bonito e diversos parceiros. “Por se tratar de um dos mais importantes eventos do mundo voltados para a discussão de práticas do Ecoturismo, Turismo Sustentável e Turismo Responsável, estamos trabalhando na divulgação desse evento e, consequentemente, o destino Bonito e Pantanal”, afi rma Nilde Brun.
36 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
>> A capital do Paraná está entre as cidades
do Brasil com a maior qualidade de vida para
seus habitantes. Segundo o Índice de Desen-
volvimento Humano Municipal (IDHM),
realizado pelo Programa das Nações Unidas
para Desenvolvimento (Pnud), Curitiba é a 10ª
cidade da lista, o que reafi rma o resultado po-
sitivo do planejamento aplicado na construção
e desenvolvimento do município. Pensando
do ponto de vista turístico, o principal atrativo
local é com foco corporativo, em sua maior
parte para a realização de negócios ou eventos.
A cidade tem em seu espaço facilidades para
fomentar a captação e realização de eventos, sejam
de pequeno ou grande porte. Entre estas áreas
estão centros de convenções para milhares de pes-
soas, parte do planejamento que assegura Curitiba
como um destino organizado para receber um fl u-
xo intenso de visitantes que pensam em negócios.
A maior parte dos turistas nacionais e in-
ternacionais que chegam à Curitiba tem como
motivação eventos com características prin-
cipalmente ligadas aos segmentos de cultura
ou artes, outro foco que tem ganhando força
nos últimos anos são os congressos e feiras
de exposição, que a cada dia mais aumenta
sua presença entre os objetivos dos visitantes.
REGIÃO SUL
Secretaria de Estado do Turismo (55-41) 3313-3500 / www.setur.pr.gov.br
Paraná Turismo – PRTUR(55-41) 3313-3500 www.turismo.pr.gov.br
Instituto Municipal Curitiba Turismo (55-41) 3352-8000 www.turismo.curitiba.pr.gov.br
Parque Nacional o Iguaçu(55-45) 3521- 4400 www.cataratasdoiguacu.com.br/portal
SERVIÇO
ParanáParaná
Governo do Paraná une Turismo e Cultura em uma só pastaDiferente dos demais estados apresentados nesta edição, a reportagem sobre o Paraná não conta com a entrevista do responsável pelo Turismo no Estado por conta do momento de transição pelo qual passa o destino. O governador Beto Richa decidiu extinguir a Secretaria de Turismo. Com a mudança, o setor fi cará agregado juntamente à pasta da Secretaria de Cultura, dividindo suas demandas com este outro tema. O órgão tinha
como função implementar políticas públicas seto-riais no território paranaense, bem como promover e fi scalizar as práticas do turismo. Assim, a Setur do Paraná atuava visando incentivar o segmento como fator de desenvolvimento econômico e social para a população local. A Secretaria havia sido criada em 2003 e, desde então, a receita gerada pelo segmento aumentou 400% em pesquisa da própria Secretaria de Estado do Turismo.
Além da capitalFOZ DO IGUAÇUFoz do Iguaçu está entre as cidades paranaenses – e brasileiras, porque não – que melhor desenvolveram o seu espaço para a captação de visi-tantes. E tudo isso devido às Cata-ratas do Iguaçu, lugar considerado Patrimônio Natural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e desde 1939 administra-do pela Parque Nacional do Iguaçu
PONTA GROSSAA cidade conta entre suas atrações turísticas com o Parque Estadual de Vila Velha, espaço conhecido para a prática do turismo no Estado e que agrega atrativos geológicos. Fun-dado em 1953, a área recebe até 800 visitantes por dia e fi ca 20 km distante do centro do município.
Curitiba esbanja vocação para negócios e lazer E este é um ramo de atividades que mostra seu
potencial em crescimento a cada ano. Cerca de
R$ 33,6 milhões são movimentados no país em
viagens com intuito corporativo todos os anos,
e as empresas destinam R$ 15,5 milhões para
gastos dos funcionários durante estas viagens.
Desde a década de 90 do século passado, Curitiba
direciona sua atuação para o setor de turismo
corporativo, sendo que em 2006 já ocupava a sex-
ta colocação no ranking da International Con-
gress & Convention Association (ICCA) quando
o assunto é captação de eventos internacionais.
Mas a cidade não se apresenta somente
para os visitantes corporativos. A capital
paranaense conta com atrações para todos
os públicos, com pontos turísticos muito
conhecidos do público. Entre eles está a Ópera
de Arame, um teatro que foi transformado
em um dos principais pontos turísticos de
Curitiba. Nele são realizados show, concertos
e apresentações de diversos artistas, além de
ser um dos espaços mais visitados da cidade.
O antigo centro histórico reúne outros pontos
famosos e de passagem certa para visitantes, como
a Igreja de São Francisco de Paula, o Relógio das
Flores, Fonte da Memória, assim como antigas igre-
jas e casarões, entre eles o Memorial de Curitiba.
Jardim Botânico, em Curitiba
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 37
38 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina(55-48) 3665-7400 / www.sol.sc.gov.br
Santa Catarina Turismo (Santur)(55-48) 32126300www.santur.sc.gov.br
SERVIÇO
Santa Catarina Além da capitalBALNEÁRIO CAMBORIÚ Com a mais completa infraestrutura da região, possui um imenso calçadão que percorre toda a praia, sendo ponto de encontro durante todo o ano. Já na Ave-nida Atlântica, o turista pode saborear ótimos pratos curtindo o visual da praia e pessoas bonitas
BOMBINHASHoje é considerado o melhor porto na-tural do país, nos últimos anos tem sido utilizada como ancoradouro de grandes navios que realizam cruzeiros marítimos. A Ilha também oferece uma infraes-trutura com restaurantes, banheiros e muito mais.
PALHOÇAPossui um dos maiores mangues da América do Sul, praias nacionalmente famosas como a Pinheira e a Guarda do Embaú e ainda o Morro do Cambirela, com 1.043 metros de altura e que pode ser acessado por uma trilha íngreme, com 3 horas de duração.
REGIÃO SUL
Todos os encantos da Ilha da Magia>> Conhecida nacionalmente como a Ilha da
Magia, Florianópolis se destaca por suas belezas
naturais e seu patrimônio histórico preservados
com infraestrutura de cidade grande. Situada
no litoral catarinense, conta com uma parte
insular (ilha de Santa Catarina) e outra parte
continental incorporado à cidade em 1927, com
a construção da ponte pênsil Hercílio Luz - que
ligou a ilha ao continente. O clima subtropi-
cal e um conjunto de 42 praias contribuíram
para que a região se transformasse na capital
turística do Mercosul, pois possui um intenso
movimento turístico durante todo o verão, prin-
cipalmente de argentinos, gaúchos e paulistas.
Colonizada por imigrantes açorianos, a capital
mantém em suas pequenas vilas as manifestações
culturais e religiosas trazidas pelos portugueses. Nos
povoados de Ribeirão da Ilha e de Santo Antônio
de Lisboa as heranças estão preservadas ainda na
arquitetura, no artesanato em cerâmica e renda e
na culinária, à base de ostras produzidas na região.
Com cerca de 436,5 quilômetros quadrados, a
capital de Santa Catarina abriga praias paradisíacas,
lagoas, dunas, trilhas em meio à Mata Atlântica,
casarões coloniais, sítios arqueológicos, gente bo-
nita e gastronomia de primeira linha. Os grandes
atrativos de Florianópolis são, verdadeiramente,
as praias. Em cada região, uma peculiaridade.
No Leste estão as praias Mole e Joaquina, o surf e
a paquera são as marcas registradas. Ao Norte, o
mar calmo de Jurerê, Canasvieiras e Ingleses atrai
famílias. Já as praias do Sul são as mais rústicas e têm
como cartão-postal a intocada Lagoinha do Leste.
No quesito esportes, a ilha não é privilégio
exclusivo dos surfi stas. Generosa, incentiva à
prática de muitos atividades dentro e fora d´água,
como sandboard – descida de dunas em prancha
de madeira, wind e kitesurf, parapente e trekking.
Ponte Hercílio Luz e Praia dos Ingleses
Epa Machado
Divulgação
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 39
>> Com objetivo de incrementar o fl uxo
de turistas em Santa Catarina, o Estado
trabalha em conjunto com o Codesul
para promover a Copa do Mundo 2014 e
formatar roteiros integrados entre esses
estados para movimentar os turistas que
visitarem a região para o evento. Além
disso, pensando não só na Copa, mas
na melhoria da infraestrutura para a
população e para o turismo de lazer e
negócios – mais de R$ 8 bilhões estão
sendo investidos em todo o Estado. De
acordo com Valdir Walendowsky, secre-
tário de Turismo de Santa Catarina, este
é o maior projeto já realizado no destino.
Veja abaixo a entrevista exclusiva com ele
sobre esses assuntos e ainda capacitações
e entraves na malha aérea catarinense.
MERCADO & EVENTOS – Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo de Santa Catarina?Valdir Walendowsky – Temos no Es-
tado um programa
chamado Pacto por
Santa Catarina, que
é o maior programa
de investimentos em
infraestrutura que já
tivemos. As ações nas
áreas sociais e econô-
micas têm o objetivo
de resolver gargalos
que difi cultam o dia a
dia das pessoas, com
a construção de esco-
las, hospitais, revita-
lização de rodovias, planos de combate à
seca, prevenção de enchentes e retomada
da competitividade do setor portuário. Os
valores são de cerca de R$ 8 bilhões. Espe-
cífi co para o Turismo tem, por exemplo, a
pavimentação da Serra do Corvo Branco
e da SC143 de Floripa, que liga a ilha a
ENTREVISTA
região praiana. Os negócios também serão
beneficiados com a construção de um
centro de eventos em Casnavieiras e em
Balneário Camboriú. Além disso, temos a
ampliação do aeroporto de Florianópolis,
onde também está previsto a construção de
uma rodovia de acesso; e ainda a conclusão
do aeroporto de São Joaquim. São muitas
as obras e os investimentos que darão um
retorno enorme ao Estado catarinense.
M&E – Como a Copa de 2014 vai movimentar o Turismo no seu Estado?Valdir Walendowsky – Já há algum tempo
temos trabalhado em conjunto no Sul do
Brasil com os estados de Mato Grosso do
Sul Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul (Codesul) para a promoção da Copa
do Mundo. A idéia é formatar roteiros
integrados durante esse período. Paraná
e Rio Grande do Sul serão sedes da Copa,
mas o objetivo é que o movimento desses
estados possa refl etir em um aumento de
fl uxo de turistas para
todos os estados do
Sul. Cada um deles
tem a sua estratégia,
mas o objetivo é co-
mum de incrementar
o fl uxo. Mesmo por-
que, em SC o maior
fl uxo é via rodovias
já que nossa malha
aérea é limitada.
M&E – Quais en-traves ainda de-
vem ser superados? As ligações aéreas são um problema?Valdir Walendowsky – O problema
da malha aérea não é restrito de Santa
Catarina, é um problema em todo o
Brasil. Nossa capacidade está limitada
e não temos como receber mais voos.
O aeroporto internacional Hercílio Luz,
de Florianópolis, já chegou ao seu li-
mite, por isso, há investimentos para
ampliação dele e a construção de um
novo em São Joaquim – com previsão de
operação total até meados de 2015. Ou-
tras ampliações e melhorias acontecem
também nos aeroportos de Navegantes,
Joinville e Chapecó. Com a entrega do
novo aeroporto, novos voos serão pos-
síveis. As conversas com as companhias
já existem e elas estão interessadas em
disponibilizar mais rotas, mas é preciso
primeiro o aeroporto fi car pronto.
M&E – Como avalia a qualifi cação dos profi ssionais de Turismo do seu Estado?Valdir Walendowsky – O Estado in-
veste em capacitação e conta com o
Fundo de Turismo, Cultura e Esporte
para promover esses treinamentos e
profi ssionalização de mão de obra. São
projetos específi cos para cada área de
atuação sempre em parceria com enti-
dades como Sebrae, Senac e Senai. Para
a Copa em especial, contamos com o
Pronatec Copa onde todos os estados
recebem treinamento para receber me-
lhor os turistas brasileiros e estrangeiros
durante o evento.
Valdir Walendowsky, secretário de Turismo de Santa Catarina
Estado realiza maior programa de investimento de sua história
“Pensando não só na Copa, mas na melhoria da infraestrutura para a população e para o turismo de lazer e
negócios, mais de R$ 8 bilhões estão sendo investidos em
todo o Estado”
40 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
REGIÃO SUL
Governo do Estado do Rio Grande do Sul(55-51) 3210-4100 / www.rs.gov.br
Secretaria do Turismo do Rio Grande do Sul(55-51) 3288-5400 www.turismo.rs.gov.br
SERVIÇO
Rio Grande do Sul
Além da capitalCANELAA cidade proporciona integração entre o homem e o meio ambiente, convidando você a visitar as suas belezas e des-vendar sua geografi a.Ecoturismo, enoturismo, turismo de aventura e de bem-estar. Tudo isso é possível e muito mais.
GRAMADOConhecida nacionalmente como a Capital do Cinema. Além disso, o tradicional chocolate, as baixas tem-
peraturas, a paisagem natural rodeada de pinheiros e lagos lembrando pequenas comunidades suíças fazem dela uma cidade única em todo o Brasil.
BENTO GONÇALVES Localizada na região dos vinhedos, tem como atra-ção principal o Parque Fenavinho, onde acontecem feiras, exposições e eventos esportivos e culturais, além de seus inúmeros atrativos naturais.
Porto Alegre: a riqueza cultural do Sul brasileiro>> A capital do Rio Grande do Sul é co-
nhecida pela sua rica e agitada vida cul-
tural. Fundada em 1772 por imigrantes
portugueses, ela possui fortes infl uências
europeias, já que recebeu imigrantes ale-
mães, italianos, espanhóis e de diversos
outros países. Outro destaque é que Porto
Alegre é a metrópole com o maior Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil
e considerada uma das capitais com melhor
qualidade de vida do país. Muito arborizada
e com geografi a diversifi cada, ostentando
morros, baixadas e lagos, que convidam
o turista a descobrir os seus segredos.
A cidade se destaca quando o assunto
é programação cultural, entre os princi-
pais centros para se curtir essa riqueza e
diversidade é a Usina do Gasômetro, que
conta com cafés, salas de cinema e espaços
culturais, onde são apresentadas pales-
tras, peças de teatro e shows, entre outros
tantos eventos. Uma dica é aproveitar o
pôr-do-sol do terraço da usina, que possui
uma das mais belas vistas de Porto Alegre.
Outra atração imperdível é o Th eatro São
Pedro, o mais antigo da cidade. Com estilo
neoclassico, ele foi inaugurado em 1858 e
hoje encontra-se totalmente restaurado.
Estando em Porto Alegre, um passeio pela
Rua da Praia é obrigatório. O lugar faz parte
da história da cidade e do Brasil também. Foi
palco para o desfi le das tropas gaúchas que
participaram das maiores revoluções do país.
Hoje abriga desde instalações comerciais
até preciosos patrimônios arquitetônicos e
culturais. Caminhando por essa rua histó-
rica, encontramos o Centro Cultural Érico
Veríssimo, a Praça da Alfândega, o Museu
da Comunicação Social Hipólito José da
Costa, a Casa de Cultura Mario Quintana,
com mais de 14 espaços dedicados às artes,
a Igreja das Dores, uma das mais antigas
da cidade e o Museu da Brigada Militar.
Não muito longe dali encontra-se a Praça
Matriz, considerado um dos pontos turísticos
mais importantes do destino. É o centro
cívico, administrativo, religioso e cultural do
estado, com destaque para o monumento a Jú-
lio de Castilhos, o Palácio Farroupilha, Palácio
Piratini, a Catedral Metropolitana, o Museu
Júlio de Castilhos e o Solar dos Câmara. Quem
procura um pouco de verde, pode visitar o
Parque Farroupilha, um tradicional ponto
de encontro da cidade. As pessoas tomam
conta da rua e dos gramados do parque para
conversar e tomar chimarrão, bebida típica
do Sul do país feita a base de mate.
Quem quiser conhecer a cidade de uma
forma diferente pode optar pelos ônibus
da Linha Turismo. Tratam-se de ônibus de
dois andares, cujo piso superior é aberto
e proporciona uma vista panorâmica dos
mais de 20 atrativos ao longo do percurso.
Com sistema de áudio em três idiomas e
guia especializado, ele percorre 11 bairros
em pouco mais de uma hora.
Catedral de Porto Alegre e vista aérea da capital
João Fiorin / PMPA
Carmem
Gam
ba
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 41
42 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
>> Preocupados em oferecer sempre os
melhores serviços aos turistas que visi-
tam o Rio Grande do Sul, a Secretaria
de Turismo do Estado está investindo
pesado em capacitação dos serviços.
Segundo Abgail Pereira, secretária de
Turismo, são três bases de trabalho:
promoção, qualifi cação e infraestrutura.
Esses três pilares sustentam as ações do
órgão. De acordo com ela, recursos pró-
prios e do Governo possibilitam cada
vez mais alcançar esse objetivo. Nesta
entrevista exclusiva ao MERCADO &
EVENTOS, a secretária conta quais as
ações desenvolvidas no RS, além de falar
dos entraves e das expectativas para a
Copa do Mundo de 2014 – que para
ela será uma enorme oportunidade de
consolidar ainda mais o destino como
um Estado turístico, no internacional
mas mais especifi camente, no nacional.
MERCADO & EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Rio Grande so Sul?Abgail Pereira – Nossa gestão de inves-
timentos em Turismo está focada em
três bases: promoção, qualificação e
infraestrutura. Desde a criação de nos-
so Plano Diretor, identificamos alguns
entraves e estamos trabalhando para
atingir resultados satisfatórios. Nosso
fluxo de turistas cresce acima da média
nacional e vivemos um bom momento
para novos investimentos. Para isso,
contamos com verbas do Tesouro do
Estado e também de verba nacional
por meio do Ministério do Turismo e
Pronatec. Além disso, temos parcerias
com o Senac e ainda o Projeto Parada
TriLegal com o Sebrae para capacitação
dos profissionais do turismo. Inves-
timentos em sinalização turística em
todo o Estado também está no foco
de nosso trabalho, tanto com recur-
sos próprios da Setur como captação
Capacitação profi ssional é foco das atividades da Setur-RS
ENTREVISTA
junto ao MTur para sinalização na
região metropolitana. Estamos ainda
reformando o centro de atendimento
ao turista no aeroporto Salgado Filho,
em Porto Alegre. Outros investimentos
estão sendo feitos em parceria com
a Secretaria de Infraestrutura para
melhoria de nossas vias de acesso. Já
na área de promoção, participamos
de várias feiras e eventos nacionais e
internacionais.
M&E – Como a Copa de 2014 vai movimentar o Turismo no seu Estado?A Copa é uma janela que nos projeta
para o mundo. Esta é uma oportuni-
dade de consolidarmos nossa imagem
do Rio Grande do Sul em um Estado
preparado para receber turistas. Temos
uma capacidade enorme de atrair e re-
ceber turistas, o que já fazemos hoje. Já
tivemos eventos com a participação de
milhares de pessoas. O principal legado
da Copa será esse, de mostrar que temos
atrativos diversifi cados e um turismo
criativo, que faz com que as pessoas
se sintam acolhidas. Além disso, é um
momento excelente de investirmos na
capacitação do nosso receptivo como
taxistas e o pessoal de segurança, que
estão fazendo cursos de idiomas e se
qualifi cando para o evento. Mas isso
será benéfi co a longo prazo.
M&E – Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema?A malha aérea do Rio Grande do Sul
é excelente e hoje somos hub para a
América Latina e Europa, bem como
para outros estados brasileiros. Temos
ainda a Argentina e o Uruguai muito
próximos, que nos visitam em espe-
cial pela malha terrestre. Além disso,
muitas companhias estão investindo
no Estado com novos voos, como
a American Airlines que terá uma
nova freqüência para Miami. E para a
Europa temos o voo da Tap que já está
consolidado. Sem falarmos da Copa e
da Taca que liga Porto Alegre a toda
América Latina. Sem soberba, tenho
certeza em dizer que o RS será uma
das melhores sedes da Copa de 2014.
A partir dessa visibilidade espontânea
que teremos, vamos atrair muitos ne-
gócios e turistas para o Estado.
M&E – Como avalia a qualifi cação dos profissionais de Turismo do seu Estado?Como disse anteriormente, estamos
investindo pesado em qualificação
profissional. Tanto com verba pró-
pria da Setur como de parcerias com
o MTur, Sebrae e Senac. A Parada
TriLegal, por exemplo, é um projeto
que cobre a BR116 desde Jaguarão até
Vacaria. Com o Senac a Setur trabalha
em âmbito regional com mais de 8300
vagas para profissionais do setor de Tu-
rismo e recursos próprios da Setur de
quase R$ 1,5 mi. Já com o Pronatec são
mais de 440 vagas de qualificação de
serviços. E não para por aí. Os muitos
projetos que beneficiam o setor e os
turistas que visitam o Estado.
Abgail Pereira, secretária de Turismo do Rio Grande do Sul
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 43
44 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
>> Quase tudo pronto na capital paulista. A
Copa que começa na cidade que não dorme
oferecer um leque de atrativos aos turistas
que visitam a região não somente em épocas
de grandes eventos. O turismo na cidade de
São Paulo destaca-se mais pelos negócios ao
turismo recreativo. Grandes redes de hotéis,
cujo público-alvo é o corporativo, estão insta-
ladas na cidade e possuem fi liais espalhadas
em várias das suas centralidades.
O turismo cultural, porém, também possui
relevância para São Paulo, especialmente quando
se têm em vista os vários eventos internacionais
que ocorrem na cidade (como a Bienal de Artes,
a Mostra Internacional de Cinema e os vários
espetáculos com celebridades estrangeiras que
ocorrem normalmente apenas no eixo Rio
de Janeiro-São Paulo). A “cidade da garoa”,
como é conhecida popularmente, conta com
uma média de um evento a cada seis minutos.
Porém, apesar da vitalidade econômica, o
turismo é ainda uma área que revela as graves
desigualdades socioeconômicas presentes na
cidade, visto que, segundo críticos e estudiosos,
grande parte do circuito cultural e turístico exclui
a própria população paulistana de usufruí-lo,
visto que ele está na região central metropolitana.
Assim é São Paulo. Ela não dorme, não des-
cansa. Com uma arquitetura que reúne diversos
estilos, formas e tamanhos, a cidade possui um
verdadeiro acervo cultural ao ar livre. Andar
pelo centro é ver a história ser contada por
suas construções, manifestações concretas das
transformações pelas quais passou uma vila que
em 1872 tinha pouco mais de 30 mil habitantes
e era restrita ao Triângulo Histórico (cujos
vértices são o Mosteiro de São Bento, a Igreja
de São Francisco e a Igreja da Ordem Terceira
do Carmo) até se converter na atual metró-
pole com mais de 12 milhões de habitantes.
Outra riqueza arquitetônica os edifícios espalha-
dos por toda a extensão da cidade. O trajeto reúne
representantes dos diversos estilos desenvolvidos
na cidade durante sua história – com destaque
para obras de arquitetos renomados – e apresenta
ainda ligações com fatos e personagens históricos.
Secretaria de Turismo do Estado de São Paulowww.turismo.sp.gov.br
São Paulo Turismo(55-11) 2226-0400 / www.spturis.com
SERVIÇO
São PauloPrimeira capital da Copa conquista turistas com todo o seu charme
Além da capitalEMBÚ DAS ARTESA cidade de Embu das Artes, localizada a pouco mais de 30 minutos de São Paulo tem suas origens na antiga aldeia M’Boy. Cidade famosa pelas suas lojas e feira de ar-tesanato e móveis, a cidade fi cou conhecida como “Embu das Artes”, nome adotado recentemente por meio de plebiscito. JUQUITIBAEsse nome “Terra das Águas” descreve bem o que os moradores e visitantes encontram em Juquitiba: com todo o seu território em área de mananciais, a cidade conta com muita área verde de Mata Atlântica e rios preservados. Por essa razão, a cidade é muito procurado pelos adeptos dos esportes de aventura.
SALESÓPOLISInserido na Mata Atlântica, o Parque Nas-centes do Tietê preserva e valoriza as nas-centes do Rio Tietê e seu entorno e per-mite que a sociedade, escolas, empresas e entidades ambientalistas tenham opor-tunidades de aprender sobre educação ambiental através de visitas monitoradas.
REGIÃO SUDESTE
Avenida Paulista e Mercado Municipal, dois pontos imperdíveis num passeio por São Paulo
José Cordeiro Jefferson Pancieri
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 45
>> A cidade de São Paulo ganhou cinco
posições e chegou a 28º colocação no
ranking de eventos da International
Congress and Convention Association
(ICCA). Segundo dados do São Paulo
Conventionand Visitor Bureau, a cida-
de movimenta com o turismo cerca de
R$ 10,4 bilhões ao ano [dados de 2012]
em viagens, hospedagem e transportes
terrestres e aéreos. Entre as principais
movimentações da capital paulista, o
destaque para o turismo de negócios
(57,3%), eventos (18,7%), lazer (9,9%)
e estudos (5,9%) em 2012.
MERCADO&EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo de São Paulo?Cláudio Valverde – Muitos investi-
mentos em infraestrutura estão sendo
feitos em São Paulo. No interior – para
ser mais exato, nas estâncias turísti-
cas que reúnem 335 cidades -, nós
temos hoje outras 67 estâncias que
dividem um total de R$ 240 milhões
que são investidos no turismo de uma
maneira generalizada. Investimos
em conjunto com os municípios na
infraestrutura e na viabilização dos
projetos. São Paulo é o estado com o
maior número de obras em andamento
(724) e o maior aporte do Ministério
do Turismo (R$ 563,7 milhões). De
acordo com a última Pesquisa Anual
de Conjuntura Econômica do Turismo
feita pela Fundação Getúlio Vargas a
pedido do MTur, os 80 maiores grupos
do setor faturaram R$ 57,6 bilhões e
empregaram 115 mil empregos no ano
passado. Além, é claro, dos investimen-
tos coma construção dos arredores da
Arena Corinthians, palco de abertura
da Copa do Mundo Fifa 2014.
M&E - Como a Copa de 2014 vai movi-mentar o Turismo no seu Estado?
ENTREVISTA
Cláudio Valverde -As iniciativas do
Estado colocam São Paulo na vitrine
do mundo e exibem todo o arranjo
produtivo paulista, que a cada dia
vem se aprimorando neste setor que
envolve mais de 50 itens da economia.
A Copa do Mundo de 2014 vai gerar
oportunidades para 300 mil micro e
pequenas empresas paulistas. Juntas,
elas devem movimentar R$ 10 bilhões
em negócios até o final do evento.
Só na capital serão 111 mil empresas
beneficiadas. A estimativa é que ha-
verá incremento de três milhões de
turistas, dos quais dois milhões serão
estrangeiros e um milhão brasileiros.
Além disso, o volume financeiro mo-
vimentado por eles deve gerar receita
adicional de R$ 5 bilhões para as em-
presas brasileiras. Há também grandes
investimentos previstos em infraestru-
tura, como a construção dos sistemas
de transporte (R$ 12,7 bilhões) e em
telecomunicações (R$ 4,2 bilhões).
M&E - Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema?Cláudio Valverde –Não acredito que
teremos entraves, nem mesmo com os
problemas identificados nos aeropor-
tos. O turismo do Estado de São Paulo
é grandioso. São Paulo como um todo
é a mola propulsora da economia na-
cional, é o maior emissor e receptor de
turistas do Brasil. E hoje, com a visão
do governador Geraldo Alckmin e a
política da Secretaria é de se fazer um
processo de descentralização, porque
a cidade de São Paulo é muito forte
por si só, por seu número de feiras, de
eventos de toda natureza, então nós
temos que descentralizar, tirar de São
Paulo e levar para o interior que possui
roteiros e destinos maravilhosos. O
brasileiro precisa conhecer São Paulo
como um verdadeiro roteiro turístico.
Temos estâncias turísticas por todo o
Estado, além do litoral que é rico em
praias e destinos de aventura. Quanto
às ligações aéreas, São Paulo é o hub
do país para as principais companhias
internacionais e nacionais. Não vejo
problemas com os voos sequer com
os aeroportos.
M&E - Como avalia a qualifi cação dos profissionais de Turismo do seu Estado?Cláudio Valverde - A qualificação
ainda não deslanchou como estimado.
Os cursos precisam ser reavaliados
e isso demanda tempo. Precisamos
fidelizar o turista, o que ocorrerá
se ele receber um bom tratamento.
Segundo o Ministério do Esporte, a
competição vai gerar 330 mil empregos
permanentes e 380 mil temporários.
Os novos trabalhadores atenderão a
oito milhões de visitantes em 2014, 600
mil somente no mês da competição.
Dos 2.740 profissionais que serão
capacitados, 1.000 são taxistas. São
Paulo receberá R$ 2,4 milhões para
formar, em inglês e espanhol, 1.200
profissionais do receptivo turístico
do entorno da região metropolitana.
Claudio Valverde, secretário de Turismo do Estado de São Paulo
Em busca de mais turistas para eventos e lazer
46 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
Secretaria de Turismo de Minas Geraiswww.turismo.mg.gov.br (55-31) 3915-9454
Belo Horizonte Turismo (Belotur)www.belotur.com.br / (55-31) 3277-9777
SERVIÇO
REGIÃO SUDESTE
Além da capitalMARIANACom charme inigualável, a primeira vila, bispado e capital de Minas Gerais, Maria-na é uma das mais importantes cidades históricas do Brasil.
OURO PRETOA primeira cidade brasileira e uma das primeiras do mundo a ser declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, Ouro Preto foi construída por artistas e escravos, no auge do Ciclo do Ouro. Passear pelas suas ruas nos faz sentir espectadores vivos da história.
SÃO JOÃO DEL REIUma das cidades históricas mais agradá-veis de Minas, que conserva, além dos seus belos patrimônios, ricas tradições seculares. Com destaque para a curio-sa linguagem dos sinos, uma tradição passada de pai para fi lho.
TIRADENTESTerra natal do Inconfi dente Joaquim José da Silva Xavier – o Tiradentes, que lutou pela liberdade do Brasil, a cidade é uma das mais charmosas cidades históricas de Minas Gerais. Tiradentes é a que melhor conseguiu manter o romance de seu passado colonial. Ideal para um passeio em casais.
Minas Gerais une Turismo e Esportes em uma só pastaDiferente dos demais estados apresentados nesta edição, a reportagem sobre Minas Gerais não conta com a entrevista do responsável pelo Turismo no Estado por conta do momento de transição pelo qual passa o destino. O secretário de Estado de Minas Gerais da Copa do Mundo, Tiago Lacerda, deve assumir, em 1° de janeiro, a nova pasta que vai
agregar, além da secretaria chefi ada por ele, as de Turismo e Esportes. O motivo é a reforma na estru-tura de governo, prometida para o início de 2014. Em agosto, o governador Antonio Anastasia (PSDB) anunciou que 23 secretarias seriam reduzidas a 17, a partir do ano que vem. O objetivo é cor-tar R$ 1,1 bilhão em gastos até o fi m de 2014.
Minas Gerais>> Belo Horizonte é uma cidade que transita
entre a tradição e a modernidade, e oferece aos
moradores e visitantes uma completa infraes-
trutura urbana. Verde intenso e clima ame-
no formam o cenário
perfeito para quem se
propõe a descobrir os
encantos da metrópo-
le. Com 4,8 milhões
de habitantes, a região
metropolitana da capi-
tal mineira é conside-
rada a terceira maior
do país, e a sétima maior da América Latina.
Belo Horizonte é palco dos mais diversos
eventos artísticos e culturais, como o Festival
de Teatro, Festival Internacional de Qua-
drinhos e o Fórum de Dança. Atualmente,
o Circuito Cultural Praça da Liberdade é
considerado um dos maiores complexos de
cultura de Belo Horizonte, com oito museus
e espaços culturais em funcionamento. É
também nesse circuito que se concentram
alguns dos primeiros monumentos da cidade,
como o Palácio da Liberdade, antiga sede
do governo estadual, que foi recentemen-
te transformado em um museu interativo.
Belo Horizonte, uma capital
de várias faces
Outro importante diferencial da capital minei-
ra é a gastronomia. Festivais como o Comida di
Buteco, Brasil Sabor e Restaurant Week exploram
o que há de mais rico na culinária mineira.
Com cerca de 12 mil
bares espalhados pela
cidade, Belo Horizonte
foi considerada pelo
New York Times, a
“Capital Nacional dos
Bares”. Um conjunto
de ingredientes como
tradição, história e
muita criatividade atraem os visitantes que
buscam um pouco da cozinha típica da cidade.
O café, as cervejas artesanais, a cachaça, o queijo
minas e o pão de queijo, são as principais igua-
rias que não podem deixar de ser degustadas.
Para perceber o contraste entre as montanhas e
a área urbana da cidade, a dica é visitar o Mirante
das Mangabeiras, que proporciona uma vista
panorâmica da capital. Aqueles que gostam de
ecoturismo devem conhecer também o Parque
da Serra do Curral, que emoldura a cidade e é
um cenário imperdível. Para fi nalizar o dia, a
sugestão é apreciar o pôr do sol na Praça do Papa.
Por fim, o Conjunto Arquitetônico da
Pampulha, é visita obrigatória. Um dos mais
importantes pontos turísticos de Belo Hori-
zonte, e principal cartão-postal da cidade,
o conjunto – que foi desenhado por Oscar
Niemeyer e recebeu da Unesco, o título de
Patrimônio Cultural da Humanidade -, inclui
o Museu de Arte, a Casa do Baile e a Igreja
de São Francisco, com murais de Cândido
Portinari, projeto paisagístico de Roberto
Burle Marx e esculturas de Alfredo Ceschiatti.
Casa do Baile, na Pampulha
Click Estúdio Profi ssional /Acervo Belotur
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 47
48 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
Secretaria de Turismo do Espírito Santo(55-27) 3636-8026 / www.setur.es.gov.br
Secretaria Municipal de Turismo de Vitória(55-27) 3382-6000 www.vitoria.es.gov.br/semtur Secretaria de Turismo de Vila Velha(55-27) 3389-7162 www.vilavelha.es.gov.br
Prefeitura de Domingos Martins(55-27) 3268-1344 www.domingosmartins.es.gov.br
SERVIÇO
REGIÃO SUDESTE
Espírito SantoBelezas naturais e rica cultura em Vitória>> Uma das cidades do Brasil que mais cresce
economicamente e mais investe em melhorias,
tanto para o bem-estar da comunidade quanto
para melhor receber seus visitantes, é Vitória,
capital do Espírito Santo. A cidade é uma ilha
(aterrada com areia tirada do mar, ligada ao
continente por meio de sete pontes) que se
desenvolve de forma sustentável. Falamos
aqui da capital do Brasil com maior renda
per capita e o maior Índice de Desenvolvi-
mento Humano (IDH) do Sudeste brasileiro.
A riqueza de Vitória vai além da eco-
nomia local, refl ete nas belezas naturais e
arquitetônicas, na história, na preservação
dos grupos culturais tradicionais, além
das ofertas de aventura e lazer. Quando
a cidade foi fundada oficialmente, em
1551, era chamada pelos índios de Ilha do
Mel, graças à beleza, ao clima agradável,
à baía de águas viscosas e manguezal. A
paisagem que encantou os índios, hoje
agrada os turistas. Suas praias, aliadas ao
clima e ao equilíbrio ecológico, são ideais
para a prática de esportes náuticos. Elas
têm ajudado também a resgatar a tradição
de pesca oceânica no local.
A infraestrutura capixaba também não
deixa a desejar. A oferta de hotéis de alto
nível e outros equipamentos tornam a estadia
mais confortável. Recentemente, a cidade teve
100% do seu esgoto tratado. Foram investidos
R$ 350 bilhões para que isso fosse possível.
A arquitetura também surpreende, um pas-
seio pelo centro da cidade revela prédios belíssi-
mos, que, por sua vez, traduzem a preocupação
da cidade com a ocupação ordenada e criativa.
Já a gastronomia carrega as raízes da comida
autenticamente indígena, mesmo com a forte
presença de imigrantes italianos na região. As
paneleiras de Goiabeiras, por exemplo, repro-
duzem, há 400 anos, o modo de fazer panelas
de barro, desenvolvido pelos grupos nativos das
Américas antes da chegada de europeus e afri-
canos. Essas panelas são ideais para cozinhar o
prato típico da região – a moqueca capixaba.
Além da capitalVILA VELHAVila Velha é o berço da civilização capixaba. A história do Estado do Espírito Santo começou quando, em 1535, a caravela Glória chegou ao local. Trata-se da cidade mais antiga e populosa do Espírito San-to, que mistura belezas naturais, patrimônios históricos, expansão econômica e qualidade de vida. A cidade abriga locais únicos como o Museu Homero Massena, o Con-vento da Penha, a Gruta Frei Pedro, palácios e o antigo bonde que circulava pelo município no século passado, que está exposto na Casa da Memória e aberto à visitação de segunda a sexta. Para quem
gosta de agitação, o lugar ideal é a praia da Costa. Seu calçadão, com ciclovia e quiosques, hotéis e restaurantes à beira mar, é um convite para fi car até mais tarde. Já as praias Ponta da Fruta e a Barra do Jucu reúnem a turma do surf.
DOMINGOS MARTINSA região de montanhas do Espírito Santo abriga cidades de rique-za natural e cultural únicas, a 40 minutos de distância da capital Vitória. Lá, o turista pode desfrutar do aconchego das montanhas com direito a pratos típicos, produtos do agroturismo e, para quem gosta de um pouco mais de emoção, praticar
esportes de aventura. Uma das cidades da região é Domingos Mar-tins. O município ainda mantém fortes traços de seus antepassados, que podem ser observados na gas-tronomia, no comportamento, no artesanato e na arquitetura. Uma vez em Domingos Martins, além de apreciar as belezas naturais, o visitante pode praticar diferentes tipos de esportes, como trilhas, ra-pel nas cachoeiras, passear a cavalo por lindas paisagens e se aventurar de rafting pelas corredeiras do Rio Jucu. O Parque Estadual Pedra Azul, reserva natural com várias trilhas, surpreende com a diversidade de sua fauna e fl ora.
Orla de Camburi e Enseada da Praia do Suá
Vitor N
ogueira
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 49
>> Depois do anúncio da Fifa de que o
Espírito Santo está habilitado para ser
usado como hospedagem de delegações
durante a Copa do Mundo do Brasil, em
2014, os diversos atores da economia
capixaba já começam a se preparar.
Pensando nisso, o secretário de Turismo
do Estado do Espírito Santo, Alexandre
Passos, destacou a quantidade de eventos
e as oportunidades que devem surgir
não apenas em 2014, mas que podem se
estender até 2018, quando o país sediará
a Copa América.
MERCADO & EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo do Espírito Santo?Alexandre Passos - São vários os inves-
timentos nos três principais pilares do
turismo do Espírito Santo. São projetos
importantes nas áreas de infraestrutura
e qualificação; desenvolvimento tu-
rístico; criação de planos regionais de
turismo; captação de turistas de outros
estados com um trabalho específico
realizado junto aos agentes de viagem
e participação em feiras do setor. Nós
contratamos e elaboramos um Plano de
Marketing Turístico e, com ele, também
estão surgindo novos projetos, estamos
preparando novas estratégias. O Centro
de Convenções de Vitória já está em
processo licitatório. O investimento na
construção do empreendimento será de
R$ 98,5 milhões, com recursos do Go-
verno do Estado. O prazo de execução
da obra é de 24 meses, contados a partir
da assinatura da ordem de serviço. Ainda
em Vitória, está em fase de elaboração o
Centro de Visitantes do Projeto Tamar,
dotado do Tanque Oceânico. O investi-
mento é de R$ 2 milhões.
M&E - Como a Copa de 2014 vai movimentar o Turismo no seu Estado? Alexandre Passos - A cidade foi esco-
ENTREVISTA
lhida como um dos Centros de Trei-
namento de Seleções (CTS). Existem
quatro pontos que são essenciais sobre
este evento. O primeiro é o fato de o
Espírito Santo sediar o primeiro evento
ofi cial da Copa de 2014. Em segundo,
temos a localização geográfi ca do Es-
tado. O terceiro ponto é a importância
em inserir o território capixaba nesse
eixo de centros de treinamento. E por
último, o legado que vai fi car. Queremos
ter a capacidade de transformar um
benefício temporário em permanente.
Já existe a preparação de profi ssionais
da rede hoteleira.
M&E - Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema?Alexandre Passos - Com certeza, te-
mos ainda muito trabalho a fazer. Todo
mundo sabe que o Espírito Santo é lindo
por natureza. Mas nós também sabemos
que isso não basta para conquistar os
turistas e fazer com que o Estado esteja
entre os destinos mais procurados do
Brasil. Precisamos estar preparados para
atender e receber bem os turistas, além
de divulgar as nossas potencialidades.
Outra necessidade importante é a criação
de novos atrativos turísticos de lazer para
o Estado, como casas de shows e eventos.
Nós já temos algumas perspectivas, com
iniciativas públicas. Mas precisamos de
mais investimentos nessa área. É muito
importante que a iniciativa privada faça
isso, aproveitando as nossas potenciali-
dades, os nossos manguezais, criando
passeios turísticos, fazendo com que as
nossas rotas sejam ainda mais atrativas.
Não adianta só divulgar, é preciso fazer
com que o turista venha ao Espírito Santo
e que, ao chegar aqui, encontre ofertas
de atividades de lazer que o cativem.
Talvez esse seja o nosso maior desafi o,
criar oportunidades e atividades para
que as pessoas venham pra cá, curtam
as nossas cidades, conheçam as nossas
belezas, mas também possam ter boas
opções de entretenimento, como shows,
parques temáticos, passeios com guias,
entre outras. Isso depende muito da
iniciativa privada, mas a Setur tem o
papel de estimular, articular e trabalhar
junto. E nós já estamos fazendo isso.
M&E - Como avalia a qualifi cação dos profi ssionais de Turismo do seu Estado?Alexandre Passos - Nos últimos três
anos tivemos alguns bons avanços, com
a execução do Programa Qualifi ca ES
Turismo. Resultado de um contrato entre
a Setur e o Senac, o programa é desen-
volvido em parceria com as prefeituras
municipais. O objetivo é estimular e
fortalecer o turismo nas regiões turís-
ticas do Estado, visando melhorar a
qualidade no atendimento por meio da
capacitação dos profi ssionais do setor e
pessoas que poderão atuar nas empresas
prestadoras de serviços turísticos e, con-
sequentemente, gerar emprego e renda.
Só para se ter uma ideia, no período
de 2010/2011, o programa qualifi cou
1.443 pessoas. Já entre 2012/2013, já
foram benefi ciados 5.641 participantes.
Alexandre Passos, secretário de Turismo do Espírito Santo
Estado se qualifi ca para receber delegações na Copa
50 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
Secretaria de Estado de Turismo do Rio de Janeiro(55-21) 2333-1061 www.rj.gov.br/web/setur/principal
Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro(55-21) 2271-7000 / 2541-7522 www.rio.rj.gov.br/web/riotur
Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro(55-21) 2215-0011 www.turisrio.rj.gov.br
SERVIÇO
REGIÃO SUDESTE
Rio de JaneiroPromessas de um verão em clima de festa e descontração
>> Tudo pronto para mais uma temporada de
férias e verão. O clima de festa e descontração
ganha força com a proximidade do Réveillon,
evento que deve reunir na passagem do ano mais
de dois milhões de moradores e turistas. Para
marcar a virada do ano 2014 em Copacabana,
nada melhor do que a tradicional queima de
fogos e a programação de shows com destaque
para o tema da Copa do Mundo, no Brasil. Um
calendário festivo que se estende até o Carnaval,
que em 2014 cai entre os dias 01 e 05 de março.
Além das festas, o Rio, por si só, já seduz pelo
ambiente descontraído e o jeito de ser do carioca.
E os turistas têm uma diversificada progra-
mação de lazer e entretenimento a cumprir.
Além da capitalSOL E MAR Cruzando a Ponte Rio-Niterói está o acesso à Região dos Lagos, com destaque para as cidades de Búzios e Cabo Frio, que no verão registram um grande fl uxo de turistas. Já na direção da Costa Verde, a partir de Mangaratiba, se tem uma sequência de ilhas e praias, com destaque para a Ilha Grande, na Baía de Angra. Cerca de 100 km adiante vale uma esticada até a história Paraty, com seu casario e a baía do mesmo nome que convida a passeios de escuna.
SERRA E NATUREZA Distante pouco mais de uma hora de carro do Rio está a Região Serrana, formada pelas cidades de Petrópo-lis, Teresópolis e Nova Friburgo. A primeira delas, Petrópolis, cidade Im-perial, tem como destaque o Museu Imperial, a Casa de Santos Dumont e o Vale dos Gourmets, entre Itaipava e Correas. Na direção Sul Fluminense, vale conhecer a colônia fi nlandesa de Penedo, que tem a vila do Papai Noel, o Parque Nacional de Itatiaia e a ecológica Visconde de Mauá.
Para uma vista panorâmica da cidade nada
mais recomendável do que o passeio de trenzi-
nho até o Cristo Redentor. Os bilhetes podem
ser adquiridos pela internet, com antecedência.
Cariocas e turistas que quiserem visitar o monu-
mento, contam também com vans cadastradas
que saem do Largo do Machado direto para o
monumento. Já o visitante que preferir usar o
trem do Corcovado, deverá adquirir o bilhete pela
internet através do site (www.corcovado.com.
br). Já para chegar ao bondinho do Pão de Açúcar
o acesso funciona a partir do bairro da Urca.
Mas com a chegada do verão, turistas de todo
o país e do exterior aproveitam os encantos e o
clima de descontração das praias urbanas, com
destaque para Leme, Copacabana, Arpoador,
Ipanema, Leblon, Barra da Tijuca e Recreio.
Uma sequência ideal também para passeios de
bicicleta pelas ciclovias, ou mesmo caminhadas
junto a orla. O roteiro para os que apreciam a
natureza inclui obrigatoriamente uma visita ao
Jardim Botânico, no bairro do mesmo nome,
um passeio pelas trilhas e cachoeiras da Floresta
da Tijuca, a maior fl oresta urbana do mundo
e até um voo de parapente da Pedra da Gávea.
O roteiro deve incluir um passeio até a Lagoa
Rodrigo de Freitas, onde no dia 30 deste mês,
será inaugurada a Árvore de Natal da Lagoa,
que já é uma atração. Há que curtir os ateliês
espalhados pelo bairro de Santa Teresa e o clima
festivo dos bares e restaurantes da Lapa. Diz a
tradição que sábado é dia de feijoada. Nos prin-
cipais hotéis e restaurantes da cidade o cardápio
inclui, obrigatoriamente, esta iguaria. Churras-
carias tipo rodízio e a gastronomia internacional
complementam esse roteiro. Se a opção for pelas
compras, inclua uma visita aos tradicionais
shoppings como Rio-Sul ou Praia Shopping
(Botafogo), passando pelos shoppings da Bar-
ra, como o Barra Shopping e Downtown. O
comércio mais popular se concentra no Centro,
mas há boas opções também em Copacabana.
Na foto menor, o Museu Imperial, em Petrópolis, na Região Serrana do Estado. Acima, vista aérea da capital
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 51
52 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
>> Com um volume aproximado de cinco
milhões de turistas anuais e a liderança
entre os principais destinos no país que
mais recebem estrangeiros, o Rio de Janeiro
se prepara para os megaeventos com in-
vestimentos em infraestrutura, ampliação
do parque hoteleiro e uma série de obras
voltadas para melhorar a mobilidade ur-
bana. Na opinião do secretário estadual de
Turismo, Ronald Ázaro, o grande legado
da Copa não irá se restringir apenas à
cidade do Rio de Janeiro, mas também ao
interior fl uminense. O dirigente lembra
que o cronograma de obras está em ritmo
acelerado e confi rma que o Estado ganha
em breve um novo Plano de Marketing.
MERCADO & EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo do Rio de Janeiro?Ronald Ázaro – Creio que estamos no
caminho certo. A cidade do Rio hoje se
transformou num verdadeiro canteiro de
obras. Nós, na Setur, estamos lançando até
o fi nal do ano um ambicioso Plano de Mar-
keting, junto com a Artplan, com metas
até 2018 e que prevê investimentos de R$
20 milhões. Também estamos mudando
um pouco o foco da nossa promoção,
utilizando as ferramentas das redes sociais
ENTREVISTA
que têm um alcance inegável. Tudo isso
com vistas a Copa do Mundo e também
as Olimpíadas em 2016. Também estamos
trabalhando para melhorar o nosso recep-
tivo. Isso passa pelos 12 novos postos de
informações que estão sendo implantados
em todo o Estado e ações promocionais
como as que realizamos na Rio+20 e na
JMJ. Lembro que temos ainda os recur-
sos do Prodetur, por meio do BID, que
irão reverter na melhoria da sinalização
turística e novos centros de convenções
em cidades como Paraty e Cabo Frio.
M&E – Como a Copa de 2014 irá movimentar o Turismo no Estado?Ronald Ázaro – Esse ganho é inegável,
pois certamente todo o benefício, seja na
divulgação ou mesmo no ganho com a
melhoria da infraestrutura será estendido
aos municípios com vocação turística
localizados no interior fl uminense. Lem-
bro que dentro do turismo há ainda uma
informalidade muito grande. Estamos
fazendo um levantamento em 54 indústrias
e empresas para avaliar os ganhos seja na
geração de empregos, renda e investimen-
to. Esse trabalho visa melhorar a qualidade
do nosso serviço e promover o interior
fl uminense para aqueles que nos visitam,
revelando que o Estado tem muito mais a
mostrar além da beleza inegável do Rio.
M&E – Quais os entraves que ai-nda necessitam ser superados? As ligações aéreas são um problema?Ronald Ázaro – A grande questão neste
processo de interiorização ainda é a aces-
sibilidade. Apesar de termos municípios
próximos uns dos outros, precisamos
investir cada vez mais nesta questão. As
ligações aéreas são uma preocupação ape-
nas no que diz respeito a algumas cidades
do interior, embora cidades como Macaé,
Cabo Frio e Angra dos Reis tenham seus
aeroportos. É preciso sim criar incentivos
para o benefício da aviação regional.
M&E – Como avalia a qualifi cação dos profi ssionais de Turismo do seu Estado?Ronald Ázaro – Essa é uma questão que
está em permanente discussão. Isso diz
respeito a um trabalho direcionado não
apenas para formação da mão de obra
especializada, como também para cursos
de gestão direcionados ao empresário,
voltados para uma política de empreen-
dedorismo. Já temos algumas ações neste
sentido e a nossa ideia é incrementar
ainda mais os cursos e programas.
Ronald Ázaro, secretário de Turismo do Rio de Janeiro
Referência no Turismo, destino se prepara para os megaeventos
Atendimento ao turista é prioridadeCom os megaeventos, a Setur-RJ tem investido na melhoria da qualidade do receptivo Num recente encontro com o ministro do Turismo, Gastão Vieira, o secretário de Turismo do Rio de Janeiro, Ronald Ázaro recebeu a informação de que o MTur está liberando R$ 8 milhões para o estado com vistas a despesas com sinalização turística e infraestrutura. “Esses recursos serão repassados pelo ministério para melhorar a nossa infraestrutura no receptivo”, adiantou o secretário. Para o Secretário de Estado de Turismo do Rio de Janeiro, Ronald Ázaro, a iniciativa do Ministério, ao realizar as reuniões nas cidades sede da Copa 2014, é louvável. “A Setur-RJ tem certeza que o bom atendimento é a ferramenta que falta para que o Estado do Rio de Janeiro se torne, defi nitivamente, uma potência mundial no segmento turístico”, disse Ronald. O secretário também lembrou que o estado já conta com um programa o PIT (Programa Integrado do Turismo), criado e coordenado pela secretaria,de apoio ao turista, uma vez que o programa integra todas as entidades envolvidas na recepção, atendimento, deslocamento e proteção ao turista.
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 53
54 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
>> Em nenhum dos mais de 40 quilôme-
tros de praias de Maceió,o visitante será
desapontado. A cidade é banhada por
águas transparentes, com nuances que vão
do verde claro ao azul turquesa, piscinas
naturais, areias douradas e imensas man-
chas verdes, formadas por coqueirais ou
por fazendas de cana-de-açúcar.
Em todo o litoral – norte ou sul -, os
cenários são repletos de belezas naturais.
Ali, em Maceió, o diferencial são as praias
urbanas.Vale a pena passear pela orla, onde
se encontra uma boa infraestrutura com
barracas e cadeiras para alugar, ciclovia
e um imenso calçadão onde fi cam as fa-
mosas tapioqueiras. A praia de Pajuçara é
ponto de partida das jangadas que levam
ao aquário natural mais visitado da cidade.
Longe da orla fi cam as atrações culturais,
espalhadas pelo Centro de Maceió. São igre-
jas em estilos arquitetônicos variados - do
barroco ao gótico - e espaços que guardam
a rica arte popular do Nordeste. Também
no bairro histórico do Jaraguá, antiga zona
boêmia, estão construções do século 19,
além de antigos casarões e armazéns.
O polo gastronômico da capital nas-
ce em Jatiúca, a primeira praia a ganhar
destaque nos guias de turismo da região.
Hoje, por toda a orla, se encontram res-
taurantes e quiosques com uma grande
variedade de opções. Da culinária regio-
nal - regada a frutos do mar, das lagoas e
dos rios - aos pratos com sotaque francês,
passando pelos japoneses e até peruanos.
É indispensável experimentar a tradicio-
nal tapioca, com mais de 30 sabores de
recheio. Também típicos são os traba-
lhos das famosas rendeiras de Alagoas.
Passada de mãe para filha, a arte con-
fere cores e bordados a peças diversas
encontradas no bairro do Pontal da Barra.
Secretaria de Turismo de Alagoaswww.turismo.al.gov.br (55-82) 3315-5700
Secretaria Municipal de Promoção do Turismowww.maceio.al.gov.br/semptur (55-82) 3336-4409
SERVIÇOAlém da capitalMARAGOGIFamosa pelas Galés - conjunto de piscinas naturais - Ma-ragogi é considerada o tesouro mais precioso da Costa dos Corais. O lugar é comparado por muitos turistas às ilhas caribenhas, graças à cor azul-turquesa da água. SÃO MIGUEL DOS MILAGRESPor não receber excursões de Maceió (apesar da pro-ximidade com a capital), São Miguel dos Milagres tem o litoral mais preservado da região. É uma vila de pescadores cortada por apenas uma rua principal e cercada por povoados. Em cada um é possível conhecer uma praia diferente, de beleza especial. PRAIA DO MORROO acesso é complicado: para chegar só de barco ou por uma estrada de areia sem sinalização. A paisagem compensa: praia deserta, com falésias, mar azulado e a foz do Rio Camaragibe. Na maré alta, suas pedras fi cam submersas, formando uma espécie de aquário. As ondas são boas para surfe.
Alagoas
Cenário paradisíaco à beira-mar
REGIÃO NORDESTE
No topo, a enseada da praia de Pajuçara. Acima, as águas transparentes do Litoral Norte e, ao lado, coqueirais em Barra de Santo Antônio
Luiz Eduardo Vaz
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 55
56 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
>> Visando incrementar períodos de
baixa temporada, atraindo congressistas
e participantes de workshops, feiras e
outros eventos, o Centro Cultural e de
Exposições Ruth Cardoso está entrando
em uma nova fase. O local, próximo
a Praia de Pajuçara, receberá investi-
mentos da ordem de R$ 33 milhões
para obras de climatização e ampliação.
“A obra deve começar ainda este ano
com a implementação do sistema de
resfriamento e, em 2014 o espaço será
ampliado”, diz a secretária de Estado do
Turismo, Danielle Novis.
MERCADO & EVENTOS - Quais inves-timentos estão sendo feitos para o Turismo de Alagoas?Danielle Novis -Temos dentro do Pla-
no Estratégico de
Desenvolvimento
do Turismo de Ala-
goas, ações que serão
desenvolvidas nos
próximos 10 anos,
ou seja até 2023.
Hoje, o segmento do
turismo vem sendo
amplamente estru-
turado no Estado.
Alagoas é um desti-
nos mais procurados do Nordeste, com
uma ocupação média na rede de hotéis
e pousadas entre 76% e 80%, chegando
a quase 100% nas consideradas épocas
de alta temporada. Temos ciência que os
recursos que o turismo traz para o Estado
são muito signifi cativos, principalmente
nos municípios que contam com atrati-
vos culturais e históricos. Por esta razão
queremos deixar uma continuidade,
visando o desenvolvimento do turismo
em Alagoas. É importante ressaltar que o
Plano foi construído em 2012 com a parti-
cipação da sociedade, principalmente da-
queles que exercem a atividade turística.
Plano de Turismo prevê ações nos próximos 10 anos, até 2023
ENTREVISTA
M&E - Como a Copa de 2014 vai movimentar o Turismo no seu Estado?Danielle Novis - No início da última
temporada, fi nalizou-se a duplicação
da estrada AL-101 Sul, que liga Maceió
até a Barra de São Miguel, passando por
Marechal Deodoro, município que conta
com uma das praias mais conhecidas do
nosso litoral, a do Francês. Melhorando
os acessos, turistas de Estados vizinhos e
de outros municípios podem locomover-
se de automóvel e ônibus para aproveitar
as atrações naturais de Alagoas. A copa
deve movimentar todos os segmentos
da economia que estão diretamente
ligados ao turismo, como os setores
de serviços e injetar uma considerável
quantia na arrecadação do estado. Com
o turismo, toda a economia é benefi cia-
da. Quanto mais o
turista estende sua
estada, mais ele gas-
ta. Restaurantes, lo-
jas, farmácias, táxis,
enfim o consumo
acontece. E quan-
to melhor estiver a
infraestrutura, mais
o turista virá, e aí o
ciclo fica completo.
M&E - Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema?Danielle Novis - Na verdade, sofremos
– todo o Nordeste – com a questão da
malha aérea. Não podemos esperar que
um país grande como o nosso, que ainda
luta contra muitas deficiências na sua
malha rodoviária, estabeleça as bases
desse crescimento turístico sem uma
malha aérea regional, que nos conecte
ao resto do país com rapidez e efi ciência.
Precisamos de uma desoneração mais
efetiva sobre o QAV – o querosene de
aviação -, cujos custos têm um peso de
40% da operação para as companhias
aéreas. Hoje, com exceção da Bahia,
Pernambuco e Ceará, todos os demais es-
tados nordestinos enfrentam difi culdades
maiores com as restrições impostas pela
defi ciente cobertura de aviões e que esse
é um desafi o prioritário a ser vencido.
M&E - Como avalia a qualifi cação dos profi ssionais de Turismo do seu Estado?Danielle Novis - A avaliação é boa, mas
ainda está longe de ser o idealizado pelo
Estado. Estamos nos esforçando para suprir
uma necessidade apresentada por Alagoas.
Nos empreendimentos do segmento, a
rotatividade de mão de obra é pequena,
por conta da falta de pessoas qualifi cadas
para assumir diversos postos importantes.
O idioma, por exemplo, ainda é um grande
problema. Os cursos serão oferecidos pelo
Senac e pelo Senai, nas áreas de confeitaria,
padaria, auxiliar administrativo, espanhol
e inglês aplicados a serviços turísticos,
camareira, organização de eventos, recep-
cionista de eventos e meios de hospedagem
e copeiro. As aulas são gratuitas e presen-
ciais. Além disso, o curso também oferece
um auxílio financeiro ao estudante. Os
locais onde as aulas serão realizadas devem
ser disponibilizados pelos empresários.
Danielle Novis, secretária de Turismo de Alagoas
“Não podemos esperar que um país
grande como o nosso estabeleça as bases desse crescimento turístico sem uma
malha aérea regional”
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 57
58 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
Além da capitalCANOA QUEBRADALocalizada a 12 km do município de Ara-cati, desde os anos 70, Canoa Quebrada é uma das praias mais conhecidas e ba-daladas do Ceará. Cenário de fi lmes como ‘Bella Dona’, de Fábio Barreto (1997), a vila está localizada sobre falésias de até 30 metros do nível do mar.
JERICOACOARAO destino é sim uma vila de pescadores incrivelmente linda e que conserva seu ar rústico, como você verá assim que vencer, possivelmente a bordo de uma jardineira, os 23 quilômetros de dunas entre Jijoca e Jeri. Nas ruas de areia fofa, a contemplação e o sossego são os exer-cícios principais. É bom dormir cedo para aproveitar a praia assim que o sol nascer.
REGIÃO NORDESTE
>> Fortaleza, capital do Ceará, reserva bons
momentos a seus visitantes, seja pelas belas
praias ou por sua agitada vida cultural. A
Avenida Beira Mar é o principal destino para
aqueles que buscam um mergulho no mar
de águas mornas ou que querem saborear as
típicas patinhas de caranguejo oferecidas nas
barracas ao longo das praias de Iracema, Mei-
reles e Mucuripe, que integram a orla central.
De Fortaleza também saem excursões para
as outras praias do litoral cearense. O roteiro
da Costa do Sol Nascente inclui a praia de Ca-
noa Quebrada, além de visitação a engenhos
que contam a história da produção açucareira
na região. Já a rota da Costa do Sol Poente
inclui as praias de Jericoacoara, e de outros
municípios vizinhos. O ponto alto do passeio
é poder testemunhar o sol se escondendo
nas águas do Atlântico, do alto de uma duna.
Símbolo da cultura cearense, o Centro
Cultural Dragão do Mar reúne artesanato,
gastronomia, cultura e badalação num só
lugar. Lá, fi cam o Museu de Arte Contem-
porânea, o Memorial da Cultura Cearense,
além de teatros, cinemas, planetário, boates e
restaurantes para todos os gostos. Aproveite
para experimentar pratos à base de frutos do
mar e as iguarias típicas da gastronomia do
sertão, como o Baião-de-dois e a Carne de sol.
Não saia de Fortaleza sem provar as deliciosas
tapiocas com recheios variados. No bairro de
Messejana mais de 20 barracas convidam os
visitantes a experimentar todos os sabores.
Para conhecer o artesanato local vá direto
ao Mercado Central. Lá é possível encontrar
trabalhos em cipó, bambu, palha de carnaúba
e couro, além de diversos quitutes. Sem falar
nas rendeiras, maior símbolo do artesanato
cearense, que produzem rendas, bordados,
labirintos, crochês e diversas outras peças.
Secretaria de Estado de Turismo do Ceará(55-85) 3101-4654 / www.setur.ce.gov.br
Secretaria de Turismo de Fortaleza(55-85) 3105-1464 www.fortaleza.ce.gov.br/turismo
SERVIÇO
Cear
áCe
ará
Banho de sol, mar e cultura em Fortaleza
Praias de Iracema e Jericoacoara
Fotos: Governo do CE
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 59
60 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
>> Confiante, o secretário de Turismo
do Ceará espera sucesso no Mundial,
mas exige melhorias na estrutura dos
hotéis. “Quanto os entraves, apesar da
boa oferta de leitos na rede hoteleira
da cidade de Fortaleza, que deve che-
gar em 2014 a 40 mil, a estrutura dos
nossos hotéis precisa ser renovada.
Do jeito que está, não dá. O setor
privado tem que melhorar isso. Trocar
os pisos, as camas, os aparelhos de ar
condicionado, as televisões e outros as-
pectos”, afirma Bismarck Maia. Apesar
da preocupação, ele crê na realização
de um ótimo evento. “Um país como
o Brasil, que tem capacidade de pro-
mover eventos como o Carnaval do
Rio de Janeiro, o Carnaval de Salvador
e o Fortal, consegue tirar a Copa de
letra”, garantiu o secretário.
MERCADO & EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo do Ceará?Bismarck Maia - Para ampliar o poten-
cial natural para o turismo, desde 2007,
o Governo do Es-
tado do Ceará, por
meio da Secretaria
do Turismo, tem
priorizado a ativi-
dade turística como
meio de desenvol-
vimento econômi-
co e social para a
sua população. Os
resultados são os
investimentos sig-
nifi cativos na infraestrutura deste setor,
inclusive, no incentivo aos segmentos do
turismo de eventos e de negócios, onde
foram investidos mais de R$ 1 bilhão
em obras de estrutura, dentre outras.
M&E - Como a Copa de 2014 vai movimentar o Turismo no seu Estado?
Turismo de Eventos recebeu mais de R$ 1 bilhão de investimentos
ENTREVISTA
Bismarck Maia - Fortaleza foi a ci-
dade mais beneficiada pelos gastos
dos estrangeiros durante a Copa das
Confederações. Na capital cearense,
os turistas estrangeiros tiveram um
gasto médio de R$2,7 mil por pessoa.
Dentre as seis cidades-sede, Fortaleza
foi a que mais vendeu ingressos para
turistas internacionais, cerca de 4,7%
do total. A expectativa é que a capital
cearense seja uma das cidades-sede
com maior número de torcedores de
outros países também na Copa do
Mundo. As belas praias, grades jogos
da competição e a proximidade com a
Europa e América do Norte são alguns
dos atrativos de Fortaleza.
M&E - Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema?Bismarck Maia - Para acompanhar o
ritmo de crescimento da atividade tu-
rística no Ceará, que atinge uma média
de 6,7% desde 2007, o Governo do Es-
tado vem trabalhando para multiplicar
a capacidade para
receber voos, tan-
to nacionais quan-
to internacionais
e executivos. Em
articulação com a
Empresa de Infraes-
trutura Aeropor-
tuária (Infraero) e
o Governo Federal,
foi captada a maior
obra da estatal: a
ampliação do Aeroporto Internacional
Pinto Martins - um investimento de R$
337 milhões que vai fazer a capacidade
de atendimento chegar a 11 milhões de
passageiros por ano, enquanto atual-
mente é de 5,6 milhões. Além disso, o
aeroporto Dragão do Mar, em Aracati,
será ampliado para servir como alter-
nativa ao aeroporto Pinto Martins, em
Fortaleza, durante a Copa do Mundo
de 2014. Quanto os entraves, apesar da
boa oferta de leitos na rede hoteleira
da cidade, que deve chegar em 2014 a
40 mil, a estrutura dos nossos hotéis
precisa ser renovada. Do jeito que está,
não dá. O setor privado tem que me-
lhorar isso. Trocar os pisos, as camas,
os aparelhos de ar condicionado, as
televisões e outros aspectos.
M&E - Como avalia a qualifi cação dos profissionais de Turismo do seu Estado?Bismarck Maia - O governado do
Ceará firmou um convênio com a
Universidade de Fortaleza (Unifor)
para a capacitação de 7.920 alunos a
cada semestre até a Copa do Mundo,
totalizando cerca de 24 mil pessoas
qualificadas até 2014. O investimento
total será de R$ 2,5 milhões, sendo R$
1,7 milhão do estado e R$ 780 mil em
contrapartida da Unifor. Os cursos
serão gratuitos e de nível médio. As
aulas serão ministradas no campus da
Unifor. Além disso, o Pronatec Copa
oferece 600 vagas ainda em abertas em
cursos nas áreas de turismo, hospitali-
dade, lazer, produção cultural e design.
Bismarck Maia, secretário de Turismo do Ceará
“A expectativa é que a capital cearense seja uma das cidades-sede com maior número de torcedores de outros
países também na Copa do Mundo”
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 61
62 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
Secretaria de Turismo de Pernambuco - Empetur(55-81) 3182- 8300 www.empetur.com.br
Secretaria de Turismo de Recife(55-81) 3232-8105 www.recife.pe.gov.br
Rota 232projeto232.com.br
SERVIÇO
PernambucoPernambucoEncantos mil na terra do frevo
>> Recife é uma daquelas cidades que te fazem querer
voltar: uma, duas, três vezes. Ou quem sabe mudar
de vez para lá. Com um ritmo próprio, marcado
pela simpatia de seu povo, a capital de Pernambuco
encanta quem a visita. São muitas as opções culturais,
gastronômicas, sem falar nas praias localizadas não
só ali, mas também nos arredores da cidade.
Recife tem na cultura uma de suas grandes forças
na atração e captação de turistas. O frevo surge entre
os principais diferenciais da região. Não sem motivo,
a dança foi eleita em 2012, pela Organização das Na-
ções Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco), como Patrimônio Cultural Imaterial da Hu-
manidade durante evento em Paris. O ritmo musical
é conhecido pelas danças características, apresenta-
das, a cada ano, no Carnaval de Recife,
uma das festividades locais mais típicas.
Quem gosta do mar não pode perder
a oportunidade de mergulhar por aqui.
A cidade é considerada pelos mergu-
lhadores como a capital brasileira para
a atividade, reunindo em suas águas
claras doze naufrágios operáveis, com
profundidades que variam entre 12 e
58m. São 187 km de praias com águas
mornas, sem contar com o Arquipélago
de Fernando de Noronha. A emissora de
TV norte-americana CNN elegeu as oito
melhores praias do Brasil durante visita
ao país em junho deste ano. Entre elas,
três praias pernambucanas foram desta-
que: Praia dos Carneiros, em Tamandaré,
Porto de Galinhas, em Ipojuca, e a Praia
do Sancho, em Fernando de Noronha.
Já em terra fi rme, importantes monu-
mentos ao longo de suas ruas formam
um leque de atrações para os viajantes. A
ofi cina Francisco Brennand e o Instituto
Ricardo Brennand, a Capela Dourada,
igreja com teto e paredes repletas de pinturas sacras, e
o próprio Recife Antigo, que acumula características
da invasão holandesa no século 17, com fachadas
coloridas dos casarios.
O bairro de Recife Antigo, no Centro Histórico
da capital pernambucana, fi cará fechado 32 dias
consecutivos durante a Copa de 2014. Lá, no Marco
Zero, ocorrerão as Fan Fests, tradicionais festas ao
ar livre que reúnem os torcedores em dias de jogos,
com telões que exibem as partidas. Para entreter os
turistas e também moradores, novas ações também
vêm sendo implementadas, como as CicloFaixas,
ao todo são 35 quilômetros. Em parceria com a
ABIH, serão implantados bicicletários com bikes
que poderão ser utilizadas de forma gratuita.
Além da capitalPORTO DE GALINHASUma vila à beira mar. Porto de Gali-nhas, situada no município de Ipoju-ca, a 65 quilômetros do aeroporto de Recife, é o lugar certo para aqueles que gostam de água. Tomar banho de mar nas piscinas naturais de Porto de Galinhas é o passeio obrigatório.
FERNANDO DE NORONHAFernando de Noronha é um exemplo de interação bem sucedida entre ho-mem e natureza, em um conjunto de 21 ilhas localizado a 545 km da costa
pernambucana. É Patrimônio Natural da Humanidade, sob controle de organismos ambientais que garantem sua preservação
OLINDADeclarada pela Unesco como Patrimô-nio Cultural da Humanidade, Olinda possui belíssimos templos católicos. O Centro Histórico chama atenção pelas igrejas barrocas, casario colonial e bons restaurantes. Durante o famoso Carnaval de Olinda, as ladeiras lotam com turistas brincando entre bonecos gigantes e dançarinos de frevo.
Baía dos Porcos, em Fernando de Noronha, e Carnaval de Olinda
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 63
64 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
>> O secretário de Turismo de Pernambu-
co, Alberto Feitosa, possui uma visão clara
do setor e dos problemas que precisam
ser superados para que se alcance um
bom patamar de qualidade. Comandando
também a CIT-Nordeste, ele acredita que
a qualifi cação profi ssional é um grande de-
safi o para o turismo do Brasil e que faltam
mais voos regionais. “Muitas vezes, um
voo saindo do Recife para capitais como
Maceió, Aracaju e São Luís, demora mais
tempo do que uma viagem para cidades de
outras regiões, como São Paulo e Brasília.
MERCADO & EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo de Pernambuco?Alberto Feitosa - O turismo em Pernam-
buco vive um dos seus momentos mais
prósperos. O Estado deixou de ser apenas
destino de lazer e entrou no competitivo e
lucrativo segmento de turismo de negócios
e eventos. O resultado está nos números.
Desde 2007, Pernambuco vem registrando
um crescimento signifi cativo no fl uxo de
turistas, saltando de 3.643.038 de visitan-
tes para 4.782.962, um aumento de 23%
nos últimos cinco anos. Investimentos
hoteleiros estão sendo feitos em todas as
Turismo vive um dos momentos mais prósperos em Pernambuco
ENTREVISTA
regiões do Estado. Até 2014, teremos mais
12 mil leitos, contabilizando um total de
80 mil leitos. Vale salientar que entre os
novos equipamentos, teremos três hotéis
com bandeira internacional, o Sheraton,
o Marriott e o Four Seasons. O Estado por
sua vez tem investido em obras estrutu-
radoras para o turismo. A Secretaria de
Turismo de Pernambuco tem investido com
recursos próprios e do Prodetur Nacional
em obras em todas as regiões do Estado.
M&E - Como a Copa de 2014 vai movi-mentar o Turismo no seu Estado?Alberto Feitosa - Durante 30 dias, os olhos
do mundo estarão voltados para nós. Te-
nho dito sempre que a Copa do Mundo é
meio, não é fi m. É uma grande vitrine para
apresentarmos o melhor de Pernambuco.
Estudos realizados no Mundial da África
do Sul mostraram o salto quantitativo no
turismo do país durante e após o even-
to. Tenho certeza que não será diferente
com o Brasil. Na verdade, será melhor.
M&E - Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema?Alberto Feitosa - Antes mesmo de assumir
a presidência da CTI Nordeste, já defendia
a ideia de investimentos para a malha aérea
regional, em especial, para a nossa região. A
oferta é muito reduzida. Muitas vezes, um
voo saindo do Recife para capitais como
Maceió, Aracaju e São Luís, demora mais
tempo do que uma viagem para cidades de
outras regiões, como São Paulo e Brasília.
É preciso regionalizar para crescer.
M&E - Como avalia a qualifi cação dos profi ssionais de Turismo do seu Estado?Alberto Feitosa - Acredito que hoje
a qualificação profissional é o grande
desafi o para o turismo brasileiro, mas
temos boas notícias. Em parceria com o
Ministério do Turismo, Sistema S e outras
instituições nacionais, vários profi ssionais
têm tido a oportunidade de cursos pro-
fi ssionalizantes, principalmente na área
de atendimento e idiomas. O próprio
trade turístico já acordou para isso e tem
feito sua parte. De nossa parte, temos
investindo em cursos para qualifi cação
de gestores e taxistas. Neste último, em
uma ação pioneira no Brasil, os taxistas
têm aulas de inglês, espanhol e qualidade
no atendimento em tablets, que também
são usados pelos passageiros para con-
sultar informações turísticas do Estado.
Alberto Feitosa, secretário de Turismo de Pernambuco
Pernambuco terá três novos hotéis de bandeira internacionalO Courtyard by Marriott Hotel (primeiro da categoria no país) está em construção em Recife e terá 162 quartos; deverá ser inaugurado no segundo trimestre de 2014, antes da Copa do Mundo. “Com este projeto, reforçamos os esforços da Marriott International no crescimento contínuo da marca Courtyard e no mercado brasileiro. Estamos confi antes de que o primeiro hotel Courtyard em Recife, no Brasil, será muito bem-sucedido,” afi rma Craig S. Smith, presidente da Marriott Internatio-nal para Caribe e América Latina. A rede Four Seasons assinou um protocolo de intenções com a pernambucana Iron House Real Estate para a construção de um resort urbano no litoral de Pernambuco. O projeto foi lançado pela Odebrecht Realizações, que é sócia do grupo Cornélio Brennand, controlador da Iron House, em um bairro planejado de alto padrão que está sendo erguido no litoral Sul de Pernambuco, a Reserva do Paiva. A estimativa é que sejam 153 suítes. O Sheraton Reserva do Paiva Hotel and Convention Center tem inauguração prevista para o dia 1º de abril de 2014 e foi construído a partir do zero pela Odebrecht Realizações.
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 65
66 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
Além da capitalPORTO SEGUROPorto Seguro possui 90 quilômetros de praias, que protegidas por recifes de corais, rios e coqueirais, além da Mata Atlântica, formam um cenário quase indescritível. Belas praias é que não faltam no destino. Entre as mais visitadas, estão Tacimirim, Taperapuã e Mundaí.
TRANCOSODesde os anos 70, quando Trancoso foi descoberta pelos hippies, até hoje, o cenário mudou pouco. As praias conti-nuam tranquilas, as casas da praça central da vila seguem bucólicas e coloridas. Entretanto, a cidade oferece serviços de categoria cinco estrelas, atraindo turistas em busca de descanso e conforto.
MORRO DE SÃO PAULOEm um pedaço da ilha de Tinharé, na Costa Sul da Bahia, no município de Cairu, encontra-se uma verdadeira joia da natureza. Morro de São Paulo tem águas cristalinas e trechos de Mata Atlântica contrastando com um extenso man-guezal. Não à toa, o lugar fi ca lotado de turistas em todas as épocas do ano.
REGIÃO NORDESTE
Empresa de Turismo da Bahia (Bahiatursa)(55-71) 3117-3000 www.bahiatursa.ba.gov.br
SERVIÇO
BahiaUm Estado plural, com vocação para o Turismo
>> O charme e o luxo de Trancoso; a riqueza
histórica de Porto Seguro e Arraial D’Ajuda;
os lagos e cânions do Rio São Francisco e as
vinícolas no Norte do Estado; a Baía de To-
dos-os-Santos; a Costa das Baleias; o chocolate
de Ilhéus; Itacaré; Boipeba; Morro de São
Paulo. Tudo isso faz parte do Estado da Bahia.
Uma variedade de atrações e motivos para
que você, turista, agende logo sua viagem.
Além de todas as regiões citadas, a capital,
Salvador, é uma mistura de estilos, sabores e
cores. O Elevador Lacerda é um dos cartões
postais mais clássicos da cidade. Foi inaugurado
em 1873 e fi ca localizado na Praça Cayru; é
a principal ligação entre a chamada “Cidade
Baixa” e “Cidade Alta”. Bem pertinho dali está o
Mercado Modelo. Sua construção é monumen-
tal e foi tombada pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional em 1966. Em-
bora a arquitetura seja marcante, o principal
atrativo é a variedade de comidas e bebidas
típicas, além de muitos artigos artesanais locais.
O Pelourinho também é passagem obrigatória
para todos os turistas que visitam Salvador. Tom-
bado pelo Patrimônio da Humanidade da Unesco,
o bairro abriga mais de 800 casarões dos séculos
17 e 18, além de diversas igrejas, museus, teatros,
lojas e restaurantes. Aproveite para saborear os
pratos típicos regionais onde se destacam o vatapá
e o acarajé, além, é claro, de bobó de camarão.
Em seu tour, não deixe de conhecer o boê-
mio bairro do Rio Vermelho, famoso pelos
tabuleiros das baianas. Entre as praias, desta-
cam-se Itapuã, Stella Maris e Porto da Barra.
Trancoso e Porto Seguro
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 67
68 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
>> Com conhecimentos e experiência
no setor do turismo, o secretário da
pasta na Bahia, Domingos Leonelli,
alerta para uma questão “preocupan-
te” na visão dele: os altos custos dos
bilhetes aéreos no Nordeste. “Não há
nada mais preocupante do que o preço
das passagens aéreas, que chegam a
ser imorais. Isso pode inviabilizar o
turismo no Nordeste, que tem como
principais mercados emissores o Sul e
o Sudeste do Brasil. Até os estrangeiros
que visitam a Bahia e os outros destinos
nordestinos chegam por São Paulo e
pelo Rio de Janeiro”, afi rma. Nessa en-
trevista, ele fala ainda sobre os atrativos
de seu Estado e sobre os investimentos
contínuos que vem sendo feitos. “A
Bahia é um estado muito plural e essa
pluralidade é retratada em nosso slogan
de campanhas publicitárias: A Bahia é muito mais. É muito mais porque,
além do segmento
Sol e Praia, que é
o preferido dos tu-
ristas domésticos e
também dos estran-
geiros que visitam o
Brasil e o Nordeste,
nós temos um gran-
de acervo cultural
e arquitetônico em
Salvador, temos a
capital com o maior
número de afrodes-
cendentes fora da
África, o que nos
proporciona uma
riqueza cultural,
gastronômica e religiosa ímpar; e temos
diversos atrativos no interior”, avalia.
MERCADO & EVENTOS - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Turismo da Bahia? Domingos Leonelli - Temos feito in-
ENTREVISTA
vestimentos importantíssimos. Nos
últimos sete anos, foram aplicados R$
263 milhões em infraestrutura turística
como a construção da Rodovia Itacaré/
Camamu, a recuperação de prédios e
monumentos históricos em Salvador,
além do aporte de R$ 17 milhões em
ações de capacitação profi ssional. Além
disso, captamos R$ 170 milhões, junto
ao Banco Interamericano de Desen-
volvimento para fazer um importante
projeto de requalifi cação da Baía de To-
dos-os-Santos. Serão construídos píeres,
atracadouros, bases náuticas, além da
recuperação de construções seculares,
o que transformará a região no prin-
cipal polo do turismo náutico do país.
M&E - Como a Copa de 2014 vai mov-imentar o Turismo no seu Estado? Domingos Leonelli - Deve ter uma
grande movimentação, com mais de
60 mil estrangeiros
e cerca de 700 mil
pessoas vindas do
interior. Na Copa
das Confederações
Salvador recebeu
195 mil visitantes de
outros Estados e es-
trangeiros, durante
os dez dias do even-
to. O levantamento
foi realizado entre
20 e 30 de junho,
período em que a ci-
dade sediou os jogos
Uruguai x Nigéria,
Itália x Brasil e Itália
x Uruguai. Foram aplicados mil questio-
nários com os visitantes. Segundo dados
levantados, cerca de 154 mil turistas
vieram de outros lugares do Brasil, en-
quanto pouco mais de 40 mil chegaram
do exterior, o que contribuiu para uma
receita turística de R$ 285 milhões na
capital baiana, num período de dez dias.
M&E - Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema? Domingos Leonelli - Há alguns entraves
que até lá deverão ser resolvidos como a
questão da mobilidade urbana, mas não há
nada mais preocupante do que o preço das
passagens aéreas, que chegam a ser imorais.
Isso pode inviabilizar o turismo no Nor-
deste, que tem como principais mercados
emissores o Sul e o Sudeste do Brasil. Até
os estrangeiros que visitam a Bahia e os
outros destinos nordestinos chegam por
São Paulo e pelo Rio de Janeiro. Já tive
uma conversa com o presidente da Anac,
Marcelo Guaranys, que também se mani-
festou favorável à abertura dos céus para
as estrangeiras. Ele me disse que para que
isso seja viabilizado, as empresas precisam
seguir as normas e leis vigentes no Brasil.
M&E - Como avalia a qualifi cação dos profi ssionais de Turismo do seu Estado?Domingos Leonelli - Ainda há muito
para avançar. Nós capacitamos 15 mil
trabalhadores do turismo nos últimos
sete anos, mas eu creio que esse é um dos
grandes desafi os para o setor na Bahia.
Domingos Leonelli, secretário de Turismo da Bahia
Alto preço das passagens aéreas pode inviabilizar Turismo no NE
“Não há nada mais preocupante do que o preço das
passagens aéreas, que chegam a ser imorais. Isso pode inviabilizar o turismo no Nordeste,
que tem como principais mercados emissores o Sul e o Sudeste do Brasil”
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 69
70 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
Além da capitalCAMPINA GRANDEPor 30 dias, Campina Grande, a 150 qui-lômetros de João Pessoa, na Paraíba, é a capital mundial da alegria. O forró, ritmo musical genuinamente nordestino, embala as coreografi as dos mais de 30 grupos de quadrilhas que competem pelo prêmio fi nal, sem contar os shows com artistas famosos e locais, as comidas típicas ven-didas em mais 300 barracas e o artesanato regional. Tudo em homenagem a São João. Sua última edição, de 03 de junho a 03 de julho de 2013, reuniu cerca de dois milhões de visitantes, com turistas de várias partes do Brasil e do mundo. A cidade de 400 mil habitantes fi cou com 100% de sua capacidade hoteleira ocupada. E este mês inteiro de festa movimentou mais de R$ 100 milhões, além de gerar cerca de dez mil empregos diretos e indiretos.
CONDEO município de Conde, situado a 20 km da capital paraibana, João Pessoa, abriga as praias mais procuradas pelos turistas, reconhecidas pela limpeza de suas águas.
Empresa Paraibana de Turismo – PBTur(55-83) 3214-8185 www.destinoparaiba.pb.gov.br
Secretaria de Turismo de João Pessoa(55-83) 3218-9850www.joaopessoa.pb.gov.br
SERVIÇO
REGIÃO NORDESTE
João Pessoa: de janeiro a janeiro, sol e praia o ano inteiro
>> Nada atrai mais a atenção do turista do que
sua beleza natural. O litoral desse estado pode ser
percorrido por mais de cem quilômetros de belas
praias, com areias brancas e águas claras. Tem a
terceira capital mais antiga do país, fundada em
1585. É conhecido, principalmente, pelo turismo
de praia e sol. Este é o Estado da Paraíba, com 3,9
milhões de habitantes e uma invejosa área de 56
mil km². Caso queiramos situar a região, podemos
colocá-la no Nordeste, com fronteiras entre o Rio
Grande do Norte, Pernambuco e Ceará. Resulta-
do?! Sol, praia, calor e areia o ano todo! O litoral sul
do estado possui algumas das praias mais bonitas
do Brasil, entre as quais as do Amor, de Carapibus,
de Graú, de Jacumã, de Pitimbu e de Tabatinga.
Na capital não é diferente. Considerada pela
ONU como uma das cidades mais verdes do
mundo, João Pessoa possui parques que pre-
servam a beleza natural brasileira. A lagoa
no centro do Parque Sólon de Lucena é um
dos cartões postais da cidade, além de possuir
exemplares de árvores da Mata Atlântica. O local
abriga a primeira Igreja Batista, construída em
1958, e porta para o centro histórico da cidade.
Pra quem se anima com as riquezas histórico-
culturais, podemos continuar o tour por dois
monumentos que valem a pena ser conhecidos.
O Farol do Cabo Branco, inaugurado em 1972,
tem 40 metros de altura e do topo é possível ver
toda a orla de João Pessoa, além da Ponta do
Seixas. E a Fortaleza de Santa Catarina, fundada
em 1589, que é um dos únicos monumentos
que fi cou de pé desde a época da colonização.
Assim como os grandes destinos do Nordeste,
a Paraíba também apresenta suas peculiaridades
religiosas. Um bom exemplo é a Romaria em
homenagem à Nossa Senhora da Penha, que
tem um percurso de 14 quilômetros e acontece
sempre no último domingo de novembro. Uma
carreata conduz a imagem da santa até a igreja de
Nossa Senhora de Lourdes, no centro da capital.
Não podemos deixar de destacar o Santuário
da Cruz da Menina, à margem da estrada que
liga Patos à Pombal, pela rodovia BR-230. O
santuário é conhecido popularmente como “A
Cruz da Menina”, local de permanente romaria e
atração turística, benefi ciado com a construção
de um moderno parque constituído de cobertura
de alumínio, salas de ex-votos, casa das velas e
altar externo, ao pé de uma cruz com 10 metros.
ParaíbaParaíbaPraia de Tabatinga, em Conde
Cacio Murilo
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 71
72 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
Mak
ito
>> O secretário de Turismo da Paraíba,
Renato Feliciano, foi enfático ao afi rmar
que, além da bela história da Paraíba e de
sua capital, João Pessoa, a terceira mais
antiga do Brasil, o Estado vive de praia e
sol. Renato pôde destacar diversas praias
do extenso litoral. Quando o assunto é
investimento, destacam-se os R$ 180 mi-
lhões injetados no Centro de Convenções
que promete, de acordo com o secretário,
transformar o turismo da região. Colo-
cando em pauta os principais legados
da Copa, Renato acredita que a época de
festas juninas pode angariar frutos para
o Estado, que deve receber turistas da
Copa. E isso terá de ser ajudado pela malha
aeroviária, assunto que Renato Feliciano
coloca como problemático nesta altura do
campeonato: “É preciso que as empresas
aéreas tenham mais comprometimento
com os estados da federação. A malha aérea
regional no Nordeste é muito falha ainda.”
M&E - Quais in-vestimentos estão sendo feitos no Tur-ismo da Paraíba?Renato Feliciano
- O Governo está
fazendo grandes in-
vestimentos, como o
Centro de Conven-
ções, orçado em R$
180 milhões e que irá
transformar o turis-
mo do nosso Estado.
A primeira etapa já
foi inaugurada, mas
a conclusão de todo
o complexo está agendada para março
de 2014. Além disso, temos o Binário
de Jacumã, que vai facilitar o fluxo do
turista para visitar as praias do Litoral Sul,
e a urbanização das barracas da praia de
Coqueirinho. Estamos fazendo o maior
programa de qualifi cação turística já vista
ENTREVISTA
no Estado da Paraíba. Estamos trabalhando
também com foco no turismo náutico,
participando das principais feiras nacionais
e internacionais fazendo a divulgação e
apoiando o São João de Campina Grande,
para ter uma visibilidade internacional.
Também reformamos o Vale dos Dinos-
sauros, em Sousa, um investimento de
mais de R$ 800 mil, que dois meses após
a reforma já teve mais de oito mil visitas,
número quatro vezes maior do que o
total de visitas de todo o ano de 2012.
M&E - Como a Copa de 2014 vai mov-imentar o Turismo no seu Estado?Renato Feliciano – Uma das nossas
preocupações é aproveitar o legado da
Copa do Mundo. A expectativa, sem
dúvida, é enorme. Temos uma comissão
envolvendo várias secretarias, inclusive
a Secretaria de Turismo e Desenvol-
vimento Econômico. A Paraíba tem
uma peculiaridade
porque a Copa do
Mundo será rea-
lizada no período
junino e nós temos
o Maior São João do
Mundo, em Campi-
na Grande, que já é
um grande atrativo
turístico. E nós so-
mos a capital mais
próxima de duas se-
des, que são Recife
e Natal, com uma
pista duplicada, ou
seja, um ótimo aces-
so rodoviário. Esta-
mos trabalhando visando várias ações de
qualifi cação para aproveitar este evento.
M&E - Quais entraves ainda devem ser superados? As ligações aéreas são um problema?Renato Feliciano - É preciso que as em-
presas aéreas tenham mais comprome-
timento com os estados da federação. A
malha aérea regional no Nordeste é muito
falha ainda. Às vezes, uma empresa tem
uma taxa de ocupação no voo de 80% e
cancela esse voo porque existe uma rota
que dá lucro maior. Ou seja, é preciso
analisar essa questão com as companhias
aéreas. É necessário ainda que o Minis-
tério da Aviação Civil encampe isso,
no sentido de propiciar incentivos para
voos regionais. Isso compromete todo o
turismo do Nordeste. É um problema bra-
sileiro, mas mais especifi camente nosso.
M&E - Como avalia a qualifi cação dos profi ssionais de Turismo do seu Estado?Renato Feliciano - Avalio positivamente. O
povo da Paraíba é acolhedor, atende bem
nossos turistas, mas precisa cada vez mais
se especializar. Pensando nisso, o Governo
do Estado lançou o maior programa de
qualifi cação turística já vista no Estado,
onde vamos qualifi car, só no litoral, mais
de dois mil profi ssionais. Em Campina
Grande serão mais de 1,2 profi ssionais.
E vamos levar isso a outras regiões, como
Brejo e Sertão, para que cada vez mais o
turismo seja profi ssionalizado e possamos
fi delizar cada vez mais nossos turistas.
Renato Feliciano,secretário de Turismo da Paraíba
Centro de Convenções promete transformar Turismo na região
“A malha aérea regional no Nordeste
ainda é muito falha. Ou seja, é preciso analisar essa questão com as companhias aéreas.
Isso compromete todo o turismo do Nordeste.
É um problema brasileiro, mas mais
especificamente nosso”
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 73
Santa Catarina
do BrasilSete vezes eleito
o melhor destino turístico
Praia da Silveira, em Garopaba
Mak
ito
74 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
DEZ REGIÕES TURÍSTICAS DE SANTA CATARINA
REGIÕES PRINCIPAIS CIDADES OUTRAS CIDADES DE INTERESSE
Caminho dos Príncipes Joinville, Jaraguá do Sul, São Bento do Sul, São Francisco do Sul
Rio Negrinho, Campo Alegre, Corupá, Balneário Barra do Sul, Barra Velha, Itaiópolis, Mafra, Itapoá
Costa Verde e Mar Balneário Camboriú, Itajaí, Itapema, Porto Belo, Navegantes, Balneário Piçarras, Bombinhas e Penha
Camboriú, Ilhota e Luiz Alves
Vale Europeu Blumenau, Pomerode, Brusque, Nova Trento, Rio do Sul
Gaspar, Indaial, Timbó, Botuverá, Ibirama, Apiúna, Rodeio, Rio dos Cedros, Presidente Getúlio, Doutor Pedrinho, Benedito Novo
Grande Florianópolis Florianópolis, Governador Celso Ramos, São José, Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz
Biguaçu, Águas Mornas, Rancho Queimado, São Pedro de Alcântara, Angelina, Antonio Carlos, Anitápolis e São Bonifácio
Encantos do Sul Laguna, Imbituba, Garopaba, Criciúma, Tubarão, Nova Veneza e Gravatal
Urussanga, Orleans, Jaguaruna, Içara e Balneário Rincão
Caminho dos Cânions Araranguá, Sombrio e Praia Grande Passo de Torres, Balneário Gaivota, Santa Rosa do Sul, Jacinto Machado, Turvo, Timbé do Sul, Meleiro, Morro Grande, Maracajá e Balneário Arroio do Silva
Serra Catarinense Lages, São Joaquim, Urubici, Urupema, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro
Bocaina do Sul, Correia Pinto, Anita Garibaldi, Campo Belo do Sul, Cerro Negro, Capão Alto, Otacílio Costa, Rio Rufi no, São José do Cerrito, Painel, Palmeira
Vale do Contestado Videira, Treze Tílias, Fraiburgo, Tangará, Pinheiro Preto, Piratuba, Irani, Itá e Caçador
Curitibanos, Porto União, Canoinhas, Frei Rogério, Seara, Rio das Antas, Campos Novos, Capinzal, Concórdia, Joaçaba e Herval d’Oeste
Grande Oeste Catarinense Chapecó, Xanxerê e Aberlado Luz Xaxim, São Domingos, Vargeão, Mondaí, São Lourenço do Oeste, Saudades, Maravilha e Guatambu
Caminhos da Fronteira São Miguel do Oeste, Dionísio Cerqueira e Itapiranga Guaraciaba e São José do Cedro
O Estado de Santa Catarina possui 5,9 milhões de habitantes em 293 municípios distribuídos por uma área de 95.346 km2, divididos em dez regiões turísticas
Mapa das regiões turísticas
74 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 75
>> A capital de Santa Catarina é um dos mais importantes destinos turísticos do Brasil. O município se espalha por
uma ilha costeira – a Ilha de Santa Catarina – e por alguns bairros localizados numa pequena península continental.
Nesse território contam-se uma centena de praias, montanhas, áreas de preservação permanente, Mata Atlântica,
dunas e duas grandes lagoas: a do Peri, o maior reservatório de água doce da ilha, e a da Conceição. Florianópolis
tem 100 praias, de todos os tipos, desde enseadas abrigadas até aquelas de mar aberto e com ondas grandes, boas
para o surfe. Algumas são famosas e muito procuradas, como Jurerê Internacional, Jurerê, Canasvieiras, Ponta das
Canas, Lagoinha, Brava, Ingleses e Santinho (Norte da ilha); Moçambique, Barra da Lagoa, Mole e Joaquina (Leste);
Campeche, Armação e Pântano do Sul (Sul). A Lagoa da Conceição possui águas calmas, esverdeadas, transparentes
e pouco profundas. Na Lagoa do Peri as águas são rasas e cristalinas.
e Florianópolis está pronta para te receber
Vem chegando o verão...
Ponte Hercílio Luz
Mak
ito
76 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 77
78 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
>> Saindo de Floripa em direção à Serra Verde
e Mar, nos deparamos com mais belezas. O
litoral catarinense é um dos mais bonitos
do Brasil: são dezenas de praias com areias
brancas e águas azuis transparentes, a maioria
delas emolduradas por morros verdejantes;
balneários movimentados e recantos bu-
cólicos, alguns quase selvagens; enseadas
abrigadas e praias de mar aberto.
O menor município catarinense está lo-
calizado numa península caprichosamente
desenhada, com baías, enseadas e praias. Em
Bombinhas, a transparência das águas e a
biodiversidade marinha atraem os praticantes
de mergulho, que encontram costões para
snorkeling e operadoras bem equipadas para
o mergulho autônomo. Sua orla, formada por
belas praias, ainda oferece boas condições
para surfe, vela e esqui aquático. Com cerca
de 75% do seu território composto de áreas
de preservação, Bombinhas também mostra
uma natureza exuberante em terra. Trilhas
Praias e cachoeiras para curtir o verão da melhor forma
ecológicas apresentam aos turistas as rique-
zas da Mata Atlântica, cachoeiras e diversas
espécies de animais e plantas.
Balneário Camboriú, moderno e cosmo-
polita, tem atrações que garantem diversão
24 horas também na baixa temporada e re-
cebe visitantes durante o ano inteiro. Na alta
temporada, aproximadamente 1,5 milhão de
turistas procuram o município – dos quais,
pelo menos 100 mil vêm de outros países.
Dia e noite, de janeiro a dezembro, o agito
é intenso na Avenida Atlântica, que contorna
a Praia Central e concentra movimentados
bares, casas noturnas, bons hotéis, lanchonetes
e restaurantes especializados em frutos do
mar e cozinha internacional.
Para quem gosta de água doce, cidades
como Bom Jardim da Serra, Urubici, Uru-
pema, São Joaquim e Lages fazem parte do
roteiro que registra algumas das paisagens
mais bonitas do sul do Brasil. Acolhidos em
hotéis-fazenda ou em aconchegantes pousadas
Praia Mole
Makito
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 79
rurais, os turistas que chegam à Serra Catari-
nense podem combinar o prazer da rusticida-
de com o deleite da gastronomia farta e rica.
A tranquila São Joaquim é um dos destaques.
No fi nal de setembro, a belíssima fl orada das
macieiras e das cerejeiras (árvores comuns na
região) enche o ar com perfume suavemente
adocicado. Lages e Urubici são outras duas
cidades que não podem deixar de ser visitadas.
A primeira é considerada a capital nacional
do Turismo Rural, onde o visitante pode fazer
atividades ligadas à vida nas fazendas, como
pescar, andar a cavalo, ordenhar vacas e sa-
borear um bom churrasco. Já Urubici abriga
inúmeras cachoeiras, rios, nascentes, grutas,
trilhas, morros e serras. Uma das dicas é o
Morro da Igreja, o ponto mais alto do estado,
com 1.828 metros de altitude. O lugar tem
formação rochosa com uma fenda de 30 metros
de diâmetro, conhecida como Pedra Furada.
Há ainda Aparados da Serra, onde o visitante
irá encontrar paisagens de tirar o fôlego. Situada
entre os Estados de Santa Catarina e Rio Grande
do Sul, a região concentra o maior número de
nascentes de águas do Brasil e a maior área de
Mata Atlântica preservada, além de paredões
que parecem ter sido esculpidos e que possuem
mais de 1.200 metros de altura. Entre eles cor-
rem as águas cristalinas dos rios, que formam
piscinas naturais, corredeiras e cachoeiras.
Serra do Rio do Rastro; veleiros e barcos na Praia do Araçá; Praia da Lagoinha do Leste; e mergulho, em Bombinhas
Makito
Mak
itoM
akito
80 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
>> Águas com propriedades terapêuticas e
relaxantes, com temperaturas que variam
entre 33ºC e 40ºC. Em Santa Catarina há pelo
menos 14 estâncias hidrotermais. Os balneá-
rios estão em cinco regiões do estado e atraem,
durante a alta temporada, um grande número
de turistas. As cidades possuem excelente in-
fraestrutura turística com ótimos hotéis, pou-
sadas, restaurantes e comércio diversifi cado.
Mais do que um tipo de tratamento, as
águas termais são um lazer para toda a família.
Alguns hotéis, por exemplo, possuem piscinas
adultas e infantis, sem contar que, por ter a
temperatura elevada, a água possibilita que
as crianças possam fi car mais tempo dentro
dela. Há, ainda, outros atrativos turísticos
nessas cidades, como as belas paisagens e
opções de esportes de aventura.
O prestígio da cidade de Águas Mornas,
por exemplo, tem aquecido o entusiasmo de
milhares de pessoas, que vem descobrindo
este paraíso de águas termais, que fantastica-
mente, brotam da terra a uma temperatura de
39°C, juntam-se a tudo isso o calor humano,
o aspecto colonial dos imigrantes e o clima
aconchegante em que todos são recebidos.
A grande afl uência de visitantes em busca de
suas águas de excelente qualidade medicinal,
bem como, a história da imigração alemã,
constitui cenário de beleza a parte, sendo
opção de turismo o ano inteiro.
Em Santo Amaro da Imperatriz, a estância
hidromineral Caldas da Imperatriz é a pri-
meira do Brasil, descoberta em 1813. O nome
da cidade, inclusive, se deve à visita do casal
imperial, Dom Pedro II e a Imperatriz Tereza
Cristina, em 1845. A cidade tem diversos hotéis,
com capacidade total de 740 leitos. Gravatal,
Tubarão, Santa Rosa de Lima, Itá, Treze Tílias,
Piratuba, Videira, Águas de Chapecó, São Car-
los, Palmitos, Quilombo e São João do Oeste
completam um roteiro cheio de descobertas.
Mergulhe em águas muito especiais
Santa Catarina é o destino certo para quem gosta da vida no campo. Berço do turismo rural no Brasil, tem variedade de atrativos e roteiros em todas as regiões. São mais de 60 pousadas e hotéis-fazenda, espalhados por cerca de 30 municípios, a maioria situada em locais paradisíacos, com diversidade de cenários – praia, campo, neve, mar, montanhas –, que oferecem ao turista o que há de melhor em hospedagem, descanso, lazer e diversão. As atividades nos hotéis-fazenda variam conforme a região. Alguns locais possuem parques aquáticos, estâncias hidrotermais, retiros, programas de esportes radicais, festas étnicas com danças italianas, alemãs, polonesas. Em todos, mesas sempre fartas – do churrasco ao café colonial. As estações do ano também propiciam grande diversidade de opções. No verão, pode-se acompanhar a colheita da uva e da maçã. No inverno, apreciar o espetáculo da neve, que cobre árvores, solo e telhados das casas com um tapete de fl ocos brancos.
Vida no campo:lindas paisagens e contato com a natureza
Norberto Cidade
Turismo hidrotermal em Piratuba, Santo Amaro da Imperatriz e Turismo Rural em Lages
Novembro 2013 Gramado Festival do Turismo | MERCADO & EVENTOS | 81
Vá pedalando!Cicloturismo atrai visitantes para várias regiões do Estado
>> Grupos em todo o mundo reúnem-se
cada vez mais para conhecer diversos des-
tinos, exercitando-se por meio do ciclotu-
rismo. Isso mesmo! Neste caso, a bicicleta
não é utilizada somente como meio de
transporte, mas como uma companheira
de viagem. Santa Catarina foi o primeiro
estado brasileiro a criar roteiros turísticos
para serem apreciados em viagens curtas
de bicicleta, num contato mais próximo
com a natureza e a cultura local, com
apoio de guias e empresas especializadas.
O cicloturista não tem preocupação
com desempenho ou velocidade, ele busca
conhecer mais a fundo os locais onde
passa, aproveitando o máximo da cultura,
gastronomia, natureza e, principalmente,
o contato com as pessoas. Praticamente
todas as cidades possuem zona rural com
estradas de chão batido, que passam por
fl orestas, riachos ou cachoeiras, campos
e plantações, em montanhas ou planícies;
à beira dessas estradas moram pessoas
de hábitos simples, trabalhadores rurais,
fazendeiros e camponeses, que sempre
têm uma história boa pra contar; essas
estradas dão acesso a elementos de arqui-
tetura como casarões e casebres, engenhos,
igrejas e monumentos, muitos dos quais
identifi cados com a cultura e a colonização
local; durante o percurso, o cicloviajante se
depara com festas tradicionais, o folclore
local, os hábitos, o linguajar, a culinária
e as crenças dos moradores.
Em Santa Catarina, o circuito pioneiro
é o do Vale Europeu. Criado em 2006,
passa pelas cidades de Timbó, Pomerode,
Indaial, Rio dos Cedros, Benedito Novo,
Doutor Pedrinho, Rodeio, Apiúna e As-
curra, que preservam características das
colonizações alemã e italiana. Os trajetos
trocam as rodovias asfaltadas, de grande
movimento, por estradas de terra, trilhas
e caminhos em meio ao verde.
Hoje, há ainda roteiros organizados nas
regiões da Grande Florianópolis, da Costa
Verde e Mar, da Serra Catarinense e do
Caminho dos Cânions. A Rota das Baleias
é um circuito de bicicleta que abrange as
praias de Laguna até Palhoça, programado
entre junho e novembro (temporada das
baleias-francas). Nos Aparados da Serra,
os cicloturistas seguem as trilhas das bor-
das dos cânions Itaimbezinho e Fortaleza.
82 | MERCADO & EVENTOS | Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
Santa Catarina dos esportes e da aventura>> Os esportes também não ficam de fora
na lista de atrações do destino. A capital,
Florianópolis, é cercada por morros e
mata, a Lagoa da Conceição é referência
para os esportistas – além das atividades
aquáticas, como o windsurfe e o stand up
paddle, há também as trilhas pelo entorno
do local. Uma das mais famosas é o Canto
dos Araçás, que passa pelo meio da Mata
Atlântica e leva à pequena comunidade
de Canto da Ilha, tombada como Área
de Preservação Cultural por preservar a
cultura pescadora e rendeira dos açorianos.
Há a opção de pegar uma baleeira para
chegar até ali, mas a porção “aventura”
do passeio está mesmo na caminhada de
cerca de quatro horas.
Menos longa é a Trilha da Gurita, que
passa pelo Parque Municipal da Lagoa do
Peri, percorrendo alguns casarões de donos
de engenhos do século 19 e levando até uma
Ao lado, a Lagoa do Peri. Acima, esportes na Lagoa da Conceição
cachoeira com piscinas naturais. O parque
disponibiliza guia mediante agendamento
e a caminhada dura cerca de uma hora.
Também pela Lagoa do Peri pode ser feita
a trilha para Ribeirão da Ilha, num passeio
mais difícil, por conta das duas horas an-
dando por trechos de grandes desníveis.
Ali, na pequena comunidade do sul da ilha,
é possível ver um engenho tradicional, fruto
da colonização açoriana, e provar as famosas
ostras de Florianópolis.
Não só a terra e as águas, mas também o
ar da cidade é tomado pelo esporte através
dos voos de parapente. Há saídas do Morro
da Lagoa, Morro da Mole ou Santo Amaro
da Imperatriz, na Grande Florianópolis, e os
passeios dependem do bom tempo. Os voos
– duplos, com guia – contemplam paisagens
das Praias Mole, Galheta e Joaquina; da
Lagoa da Conceição; ou de um vale envolto
em montanhas e cachoeiras.
A mistura étnica ocorrida na região Sul resultou em uma culinária completamente diferente do resto do país. A culinária do litoral, porta de entrada dos descobridores portugueses e dos colonizadores açorianos, é baseada em frutos do mar. No Caminho dos Príncipes e no Vale Europeu - núcleos alemães - o pescado sai de cena e a carne suína protagoniza iguarias com temperos picantes e sabor forte, tudo regado à cerveja. A influência alemã está presente
em pratos como chucrute com vina, kassler (chuleta de porco), eisben (joelho de porco) e bockwurst (salsicha). O ente mit rotkohl (mar-reco com repolho roxo) já é uma adaptação com ingredientes nativos das terras brasileiras. Destaque para as confeitarias alemãs, um ver-dadeiro paraíso de delícias, doces e salgadas - uma das mais conhecidas é o Appfelstrudel, folhado de maçã, mas as cucas e empadas também valem a pena, assim como os muitos
outros produtos coloniais, com destaque para as geléias e embutidos artesanais. Maior leva de imigrantes, os italianos se espalharam pelo Estado. Suas acolhedoras cantinas típicas estão presentes em todas as regiões com as massas, a polenta e o frango. Vale a pena enveredar pelos caminhos coloniais que levam às comu-nidades tradicionais do interior rural, onde os costumes dos pioneiros ainda fazem parte do cotidiano e os sabores são mais autênticos.
Roteiro gastronômico catarinense acompanha a saga da colonização
Gramado Brasil
Novembro 2013
MERCADO & EVENTOS Festival do Turism
o
FOLHA DO TURISMO
EstadosSecretários avaliam situação das capitais
NúmerosVeja os recentes dados da aviaçãoe hotelaria
No centro das atenções do mundo, país espera recorde de visitantes estrangeiros e incremento do turismo doméstico
Edição Especial Festival do Turismo Gramado Novembro 2013
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