Infecções uterinas no pós-parto em rebanhos bovinos
Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em PecuáriaNúcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuáriawww.ufpel.edu.br/nupeecwww.ufpel.edu.br/nupeec
Tiane Ferreira de Castro
Postpartum uterine infection in cattlePostpartum uterine infection in cattle
O. I. AzawiO. I. AzawiDepartment of Surgery and Obstetrics, College of Veterinary Medicine, Department of Surgery and Obstetrics, College of Veterinary Medicine, Department of Surgery and Obstetrics, College of Veterinary Medicine, Department of Surgery and Obstetrics, College of Veterinary Medicine,
University of Mosul, Mosul, IraqUniversity of Mosul, Mosul, Iraq
Animal Reproduction Science 105 (2008) 187-208Fator de Impacto: 2.136
Introdução
PUERPÉRIO
Ciclo estral Involução Uterina ComportamentoCiclo estral Comportamento
Eliminação dasBactérias
Contração uterina
Substâncias antibacterianas
Fagocitose por leucócitos
Substâncias antibacterianas
Fagocitose por leucócitos
IntroduçãoIntrodução
Contaminação Uterina
70
80
90
100
% ú
tero
s co
nta
min
ado
s
0
10
20
30
40
50
60
70
% ú
tero
s co
nta
min
ado
s
15 40 50 70 Dias PP
Fonte: adaptado de Gambarini et al., 2005
Fatores relacionados ao puerpério
- Raça
- Idade
- Nutrição
- Número de partos
- Doenças próximas ao parto
- Complicações:
-Distocias, retenção membranas fetais, morte fetal...
- Intervenções
-Tração forçada, cesariana, fetotomia
Infecções uterinas
-Endometrite:
- Limitada ao endométrio
- Flacidez, alongado e colapsado
- Metrite
- Piometra
Infecções uterinas
-Endometrite
- Metrite:
- Inflamação- Inflamação
- Secreção purulenta
- Envolvimento do miométrio
- Útero edemaciado e infiltrado de leucócitos
- Piometra
Infecções uterinas
-Endometrite
- Metrite
- Piometra:
- Persistência CL – inibição liberação PGF2α
- Acúmulo de pús no lúmen
- Fechamento da cérvix
Endometrites em Vacas
47,6
35
4045
50
% e
nd
om
etri
te
Endometrites
4,5 6,2510,1 10,3 10,9
0
510
1520
25
3035
Espanha Dinamarca UK EUA Austrália Korea
% e
nd
om
etri
te
Fonte: adaptado de Azawi et al., 2008
Búfalas
Infecções uterinas em búfalas
38,54 38,9
45,347,9
40
50
60%
bú
fala
s co
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24 25
33,2
0
10
20
30
40
Paquistão Malásia Iran Índia Egito Iraque Baghdá
% b
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ão u
teri
na
Fonte: adaptado de Azawi et al. 2008
Contaminação
Útero
Bactérias elim.6 semanas pp
Puerpério normal6 semanas pp
Descarga do conteúdo uterino
Involução uterinaMec. defesa
uterino
Muco Anticorpos Cél. fagocíticas
Infecção
Ffluido/ detritos teciduais
Bactéria patogênica
Colonização/ penetração/Liberação toxinasLiberação toxinas
Inflamação
Lesões teciduais
Atraso involução uterina
Infecções não-específicas
-Colonização bacteriana inicial desconhecida
- Gram + e - / aeróbias e anaeróbias
- Combinações variadas
- Archanobacterium pyogenes e Escherichia coli
- Perda potencial oxi-redutase intra-uterino
Crescimento bacteriano
Tecido necrosado
� Sangue
� Potencial
Oxi-redutaseBacterioides spp.:Bacterioides spp.:Bacterioides spp.:Bacterioides spp.:
F. necrophorum:
Leucotoxinas
� Consumo Oxi-redutase
Metabólitos
Microorganismos
Bacterioides spp.:
Inibidores fagocitose
Bacterioides spp.:
Inibidores fagocitose
Bacterioides spp.:
Inibidores fagocitose
Bacterioides spp.:
Inibidores fagocitose
A. pyogenes:
Fator crescimento
F. necrophorum
A. pyogenes:
Fator crescimento
F. necrophorum
� Consumo
Oxigênio PMN
- Anatômico: cérvix, epitélio endometrial*
Mecanismos de Defesa Uterino
- Físico: Secreção mucosa pelas Gl. Endometriais
- Imunológico: PMN e anticorpos humorais
* PGE2:* PGE2: mediador indireto
Mecanismos de Defesa Uterino
ESTRADIOL
• Estimula epitelização• � vascularização endometrial• � muco cérvix
PROGESTERONA
• Diferenciação gl. endometriais• � secreção gl. Uterinas• � muco cérvix• � muco cérvix
• � secreções oviduto• � contração uterina• Promove receptividade sexual• Sistema imune
• � muco cérvix• Inibe contração uterina• Inibe ação E2 sistema imune
Ramadan et al., 1997
• Infusão intra-uterina de A.
pyogenes e E. coli
Del Vecchio et al., 1994
• Infusão intra-uterina de A.
Mecanismos de Defesa Uterino
pyogenes e E. coli
• Durante o estro
• Durante fase luteal
pyogenes e E. coli
• P4 [basal]
• CL funcional – P4 [�]
�Estradiol
� Progesterona
� Suporte sangüíneo uterino
� Muco vaginal
� Suporte sangüíneo uterino
� Muco vaginal� Muco vaginal� Muco vaginal
Mecanismos de Defesa Uterino
Migração de leucócitos para o
lúmen
Facilita eliminação bacteriana
Ação fagocitária
sobre bactérias
UP-REGULATION Facilita eliminação bacteriana
• Células epiteliais uterinas:• Lactoferrina• Isoenzimas• Complemento
Mecanismos de Defesa Uterino
• Complemento
• IgA• Superfície mucosa• [ ] vagina
• IgG• Endométrio e circulação periférica• [ ] lúmen uterino
Estro���� E2/ ���� P4
���� PGF2α ���� Leucotrieno B4
Mecanismos de Defesa Uterino
�Quimiotaxia neutrófilos� ação sobre
bactérias
�quimiotaxia, migração e
Células AC-independente
�Citocinas pró-inflamatórias
���� linfócitos
Interferon, TNF, linfotoxinas, IL 1-10,
IL 2
Expansão clonal ativ. cél-T
Expansão clonal ativ. cél-B
Ativam cél. NK
Mecanismos de Defesa Uterino
Linf. T 2 – estimularesposta humoral
Proliferação Linf. B
Anticorpos
Diagnóstico
CLÍNICO
• Sinais clínicos:– Descargas vaginais fétidas sero-sangüíneas ou purulentas
• Dilatação da cévix
– Febre, depressão, anorexia, laminite
• Palpação retal:– Evolução da cérvix
Diagnóstico
– Evolução da cérvix
– Tamanho, simetria e consistência dos cornos uterinos• Classificação (diâmetro):
– Normal: 2,5 – 3,75 cm – Moderada: 3,75 – 5,0 cm– Severa: > 5,0 cm
• Exame vaginal:– Espéculo vaginal
Diagnóstico
– Espéculo vaginal• Origem
– Evolução normal/ descarga purulenta
• Cultura bacteriana:– Etiologia (não-específica)
Diagnóstico
– Etiologia (não-específica)• Tratamento
– Swab• Contaminações
• Biópsia endometrial:– Amostra 10-20 mm X 3 mm
– Prognóstico
Diagnóstico
– Prognóstico• Inflamação
– PMN e vasos X Linfócitos, macrófagos
• Fibrose periglandular– Morte embrionária
• Degeneração glandular
• Exame citológico endometrial:– Coleta de material
• Swab• Biópsia uterina
Diagnóstico
• Biópsia uterina• Lavagem uterina• Raspado uterino
Tratamento
• Fatores que interferem na eficácia do tratamento
– Eliminação do conteúdo uterino– Eliminação do conteúdo uterino• Manipulação uterina
– Susceptibilidade à infecções– Sensibilidade dos patógenos aos antibióticos– Dose e período de uso dos antibióticos
• Antibióticos
���� Escolha:• Ação sobre o patógeno• Atuar bem no ambiente uterino
Tratamento
• Atuar bem no ambiente uterino
• Não recomendados:– Aminoglicosídeos: ambiente anaeróbico – Sulfonamidas: presença produtos de restos teciduais– Penicilina intrauterina: produção penicilinase
• Antibióticos
Tratamento
���� Atingir bons níveis uterinos• Rápida distribuição por todo útero
• Boa penetração no endométrio
• Antibióticos
Tratamento
�Não comprometer os mecanismos de defesa uterinos
���� Não deve irritar o endométrio
• Hormônios
���� Estradiol
• Estimula contração uterina
Tratamento
• � fagocitose• � produção de muco• Resíduos
���� PGF2α
• Luteólise• � Progesterona• � Estradiol• Leite
Problemas
--Perdas econômicasPerdas econômicas
-- IPC longoIPC longo
-- DesempenhoDesempenho
-- InfertilidadeInfertilidade
-- R$ TratamentoR$ Tratamento
Prevenção e Controle
-- Local limpo Local limpo -- maternidadematernidade
-- MonitoramentoMonitoramento
-- Exame no pósExame no pós--partoparto
--
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