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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
VANESSA DA SILVA
INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO RESISTIDO NO
EQUILÍBRIO DINÂMICO E ESTÁTICO EM IDOSOS: Uma
Revisão Sistemática
MACEIÓ-AL 2019/1
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VANESSA DA SILVA
INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO RESISTIDO NO
EQUILÍBRIO DINÂMICO E ESTÁTICO EM IDOSOS: Uma
Revisão Sistemática
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final para conclusão do curso de Educação Física, do Centro Universitário Cesmac sob a orientação da Professora Dra. Mayara Vieira Damasceno.
MACEIÓ-AL 2019/1
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VANESSA DA SILVA
INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO RESISTIDO NO
EQUILÍBRIO DINÂMICO E ESTÁTICO EM IDOSOS: Uma
Revisão Sistemática
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final para conclusão do curso de Educação Física, do Centro Universitário Cesmac sob a orientação da Professora Dra. Mayara Vieira Damasceno.
APROVADO EM: ___/___/___
___________________________________ Profa. Dra. Mayara Vieira Damasceno
BANCA EXAMINADORA
___________________________________ ProfªDra. Piettra Moura Galvão Pereira
___________________________________ ProfªMa. Dayse Cassia Alves Medeiros
10
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus por toda oportunidade que me foi agraciada,
ao meu esposo Emerson Walter de Oliveira por todo companheirismo em cada
semestre de estudo, a atenção e paciência da minha orientadora e amiga Dra. Mayara
Vieira Damasceno.
A minha família, em especial minha mãe pela a graça da vida, a meu tio Marcos
Severino da Silva, que sempre me motivou nos estudos e na vida pessoal, a minha
querida amiga Prof.Esp. Marcela de Melo Santiago, que me deu paz nos momentos
mais difíceis da graduação. Sem vocês, não estaria aqui hoje escrevendo o início de
uma grande história.Todos foram essenciais para a concretização desse grande
sonho que sempre foi a graduação. Gratidão a todos!
11
INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO RESISTIDO NO EQUILÍBRIO DINÂMICO E ESTÁTICO EM IDOSOS: Uma Revisão Sistemática
INFLUENCE OF RESISTANCE PHYSICAL TRAINING ON STATIC AND DYNAMIC BALANCE IN ELDERLY: A Systematic Review
Vanessa da Silva
Graduanda do curso de Educação Física [email protected]
Mayara Vieira Damasceno Doutora em Educação Física [email protected]
REVISÃO SISTEMÁTICA l SYSTEMATICREVIEW
RESUMO O envelhecimento populacional cresce a cada ano e associado a isso ocorrem diversos declínios físicos e fisiológicos. Tais declínios estão ligados ao sistema neuromuscular, comprometendo a qualidade de vida do idoso pelas alterações funcionais. O treinamento resistido é capaz de prevenir e retardar o processo do envelhecimento e aumentar expectativa de vida dessa população, aumentando o equilíbrio e a funcionalidade. O objetivo da revisão sistemática foi analisar resultados de treinamento resistido sobre o equilíbrio dinâmico e estático em idosos. A busca sistematizada foi através de diferentes bases de dados: PubMed, Scielo, ResearchGate, revistas eletrônicas e Google Acadêmico, utilizando os descritores: “equilíbrio”, “treinamento resistido”, “treinamento de força”, “idoso” e “desequilíbrio”. De acordo com os desfechos dos estudos, foram encontrados 10 trabalhos em que buscou-se comparar os protocolos de treinamento e testes que estivessem relacionados com o equilíbrio. Concluímos que o treinamento resistido é eficaz para ganho de força, podendo melhorar o equilíbrio e diminuir o índice de quedas, aumentando a expectativa de vida do idoso.
PALAVRAS-CHAVE: Equilíbrio. Treinamento resistido. Treinamento de força. Idosos. Desequilíbrio. ABSTRACT Population aging grows every year and associated with this occur several physical and physiological declines. These declines are linked to the neuromuscular system, compromising the elderly's quality of life due to functional alterations. Resistance training is able to prevent and slow the aging process and increase the life expectancy of this population, increasing balance and functionality. The objective of the systematic review was to analyze results of resistance training on dynamic and static balance in the elderly. The systematized search was through different databases: PubMed, Scielo, ResearchGate, electronic journals and Google Scholar, using the descriptors: "balance", "resistance training", "strength training", "elderly" and "imbalance". According to the study's results, 10 studies were found to compare training protocols and tests that were related to balance. We conclude that resistance training is effective for strength gain, which can improve balance and decrease falls, increasing the life expectancy of the elderly.
KEYWORDS: Balance. Resistance training. Strength training. Elderly. Imbalance.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................6
2 METODOLOGIA........................................................................................................7
3 DESENVOLVIMENTO...............................................................................................9
3.1 Alterações físicas e fisiológicas relacionadas ao envelhecimento.........................10
3.2 Equilíbrio dinâmico e estático: definições e implicações para a vida
diária do idoso.............................................................................................................11
3.3 Papel do exercício físico no equilíbrio dinâmico e estático do idoso: diferentes
protocolos de treinamento que influenciam no equilíbrio do idoso e mecanismos
responsáveis..............................................................................................................12
4 RESULTADOS........................................................................................................12
5 DISCUSSÃO...........................................................................................................14
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................19
REFERÊNCIAS..........................................................................................................20
6
1 INTRODUÇÃO
No mundo inteiro, o número de pessoas acima de 65 anos cresce mais rápido
do que qualquer outra faixa etária. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia
Estatística (IBGE), em 2018 haveria 19,2 milhões de idosos no Brasil, há uma
expectativa que esse crescimento populacional atinja, até 2060, 58,2 milhões de
idosos. Os fatores que levam a esse quadro são a maior expectativa de vida e a menor
taxa de natalidade (IBGE, 2016). O processo do envelhecimento tem alterações
marcantes, sendo multifatorial, incluindo fatores fisiológicos, que é a própria
constituição genética de cada indivíduo, e fatores ambientais, que estão relacionados
com as exposições do homem com o ambiente, ou seja, dieta, poluição, sedentarismo,
dentre outros (BRINK, 2001). Este processo depende do estilo de vida, das condições
socioeconômicas e doenças crônico-degenerativas, variando de indivíduo para
indivíduo, sendo mais lento para uns e mais rápido para outros (FECHINE;
TROMPIERI, 2012).
Uma alternativa eficiente para melhorar a qualidade de vida é a prática de
exercícios físicos, já que dentre outros fatores, ele é capaz de aumentar o
desempenho motor, a força, a flexibilidade e consequentemente o equilíbrio
ortostático (MATSUDO; MATSUDO, 2000). O equilíbrio consiste em manter o centro
de gravidade dentro de uma base de suporte, proporcionando maior controle dos
segmentos corporais, tanto em situações estáticas quanto em situações dinâmicas,
proporcionando assim uma marcha mais estável e funcional, pois quando
envelhecemos perdemos a capacidade de manter essa base de suporte (HU;
WOOLLACOTT, 1996). Para que ocorra possíveis benefícios no equilíbrio e
funcionalidade do idoso, é necessário a integração de diversos sistemas do corpo
humano, tais como o vestibular, sensorial, somatossensorial e musculoesquelético.
Em se tratando do sistema sensorial as informações são processadas pelo sistema
nervoso central (SNC), que é responsável pelo controle postural, pois quando se tem
uma diminuição das respostas desses sistemas, perde-se gradativamente o equilíbrio
e a capacidade de responder às mudanças de direções tanto voluntárias quanto
involuntárias (CHANDLER, 2000).
Um dos tipos de treinamentos que auxilia na melhora do equilíbrio e da
coordenação motora é o treinamento resistido, que consiste em exercícios em que a
musculatura realiza um movimento oposto a uma força externa (GONZAGA et al.,
7
2012). Existem diversas nomenclaturas para este tipo de treinamento, podendo ser
chamado de: treinamento de força, treinamento contra a resistência ou treinamento
com pesos (FLECK; KRAEMER, 1999).
De acordo com as diretrizes do American College of Sports Medicine o
treinamento resistido deve ter a frequência de pelo menos 2 dias por semana, com
uma intensidade moderada (5–6) e vigorosa (7–8) pensando em uma escala de 0 a
10. Além disso, o programa de treinamento deve incluir exercícios progressivos com
cargas progressivas (8 a 10 exercícios que envolvem os principais grupos musculares
de 8 a 12 repetições cada), subida de escadas e outras atividades de fortalecimento
que usem os principais grupos musculares. Além disso, devido à importância do
equilíbrio para essa população, o ACSM indica que se inclua exercícios com grau de
dificuldade progressivo que reduza gradualmente a base de suporte (por exemplo,
suporte com as duas pernas e suporte com uma perna), exercícios dinâmicos que
perturbem o centro de gravidade (como por exemplo andar em círculos) e exercícios
que reduzam a entrada sensorial (ex: em pé com os olhos fechados).
Assim, há evidências que a prática do treinamento resistido melhora
fortalecimento do idoso, minimizando o próprio desequilíbrio por meio da
independência funcional. Isso pode reduzir o número de quedas, que geram
complicações, principalmente no pós trauma, o que ocasiona a síndrome do
imobilismo, deixando o mesmo acamado ou com limitações nas suas atividades de
vida diária (AVD’S) (GONÇALVES, 2016).
Portanto, devido à importância do equilíbrio dinâmico e estático na vida da
população idosa, e a consequência do sedentarismo como um dos fatores
determinantes para perda da funcionalidade, o objetivo da presente revisão
sistemática foi analisar estudos que estabeleceram influência do treinamento resistido
no equilíbrio dinâmico e estático em idosos.
2 METODOLOGIA
Para a busca de artigos, foram considerados os artigos publicados na língua
portuguesa e inglesa no período compreendido entre 2003 a 2016. A busca se deu
por meio das bases de dados National Library of Medicine (PUBmed), SCIELO,
plataforma de pesquisa ResearchGate, revistas eletrônicas e Google Acadêmico.
Foram utilizados os descritores “equilíbrio”, “treinamento resistido”, “treinamento de
8
força”, “idosos” e “desequilíbrio”, “balance”, “resistance training”, “strength training”,
“seniors” and“imbalance”. Os critérios de inclusão foram artigos originais, que
incluíssem indivíduos com idade superior a 60 anos, praticantes de exercício físico ou
sedentários. Já os critérios de exclusão foram estudos que não incluíram nenhuma
variável relacionada ao equilíbrio. Através dos descritores selecionados nas bases de
dados, foram analisados 244 artigos. Destes, foram excluídos 208 que não condiziam
com os critérios de inclusão, restando apenas 36 artigos, nos quais ao se analisar os
dados, as informações e protocolos de treinamento de força para a melhora do idoso,
foram recrutados 10 artigos que atendiam as especificidades do estudo proposto
(Figura 1).
Figura 1 – Organograma do desenvolvimento da pesquisa.
Fonte: criação do autor
9
3 DESENVOLVIMENTO
3.1 Alterações físicas e fisiológicas relacionadas ao envelhecimento
O processo envelhecimento inicia-se desde quando nascemos, e de certa
forma pode ser controlado dependendo da condição de saúde do indivíduo. Não
podemos definir o envelhecimento somente cronologicamente, mas por sua condição
funcional, física e mental de saúde (FECHINE; TROMPIERE, 2012).
Neste processo do envelhecimento ocorrem alterações morfológicas e
funcionais, envolvendo o sistema nervoso central, onde começa o processo de
degradação nas variáveis como: força, equilíbrio, agilidade, e coordenação motora,
levando a fadiga muscular e lentidão nas tarefas mais simples pelo próprio
desequilíbrio (HU; WOOLLACOTT, 1994). O sistema nervoso central é responsável
para receber, organizar e processar as informações do sistema visual, vestibular e
proprioceptivo em locais determinados no tronco encefálico e cerebelo, que decidem
assim o movimento de cada seguimento corporal e sua capacidade de se manter em
equilíbrio (CAOVILLA et al.,1999).
SNC tem a capacidade da percepção espacial, que se interage com a
mobilidade da articulação. Essas informações são processadas pelas sinapses
vestíbulo sensoriais, que são responsáveis pelas sensações, movimentos e funções
psicológicas. No processo do envelhecimento acontece uma regressão das sinapses
no sistema proprioceptivo, que por sua vez desacelera a condução nervosa, a
intensidade de reflexo e as respostas motoras (SOARES, 2010). As alterações
impactam a força e a coordenação do idoso, de forma que a partir dos 70-80 anos
isso leva o idoso a ter um sistema neuromuscular menos eficiente, devido à perda de
motoneurônios alfa, assim, os motoneurônios que permanecem, penetram e inervam
novamente as fibras remanescentes, tendo uma menor quantidade de unidades
motoras, impacta a coordenação do idoso, fazendo com que o mesmo tenha mais
dificuldade de utilizar e organizar o sistema neuromuscular, alterando a postura e a
marcha (FREITAS et al.,2016).
De acordo com Porto et al., (2012), o enfraquecimento da coluna vertebral
também colabora para o desequilíbrio, por acometer o alinhamento postural e pela
própria diminuição de massa muscular e densidade mineral óssea . A coluna vertebral
fica cifótica, fazendo com que as etapas do controle postural tendam a diminuir a
10
capacidade compensatória dos sistemas que são responsáveis pelo controle postural,
levando assim a um aumento da instabilidade e diminuição da funcionalidade. Além
disso, a perda de coordenação e equilíbrio está relacionada com o declínio de força e
massa muscular, processo conhecido como sarcopenia (MANINI; CLARCK, 2011). A
sarcopenia inicia-se lentamente a partir dos 30 anos e agrava-se após os 60 anos,
tornando assim o processo de envelhecimento mais evidente e promovendo a
incapacidade funcional (MATSUDO; MATSUDO; BARROS NETO, 2001). O declínio
de força e flexibilidade é mais evidente nos membros inferiores do idoso que provoca
capacidade de equilíbrio e ambulação, pela redução dos neurônios motores-alfa,
ocorrendo assim uma denervação de fibras musculares (tipo 2, contração rápida),
redução que pode ser observada tanto no gênero masculino quanto no feminino,
sendo de maior prevalência no gênero feminino (RUWER et al., 2005; VALE et al.,
2006). Provavelmente esse declínio ocorre mais acentuadamente no gênero feminino
pelas mudanças hormonais que ocorrem após a menopausa, facilitando o processo
de osteoporose (MAGALHÃES, 2016). De acordo com os dados da International
Osteoporosis Fundation (2010), a osteoporose limita cerca de 75 bilhões de pessoas
em todo o mundo, principalmente 50% as mulheres, e 20% os homens com idade
igual ou superior a 85 anos (MADUREIRA, 2007).
O profissional de educação física tem o papel fundamental na promoção de
exercícios que resultem em melhor o equilíbrio estático e dinâmico, como também de
maneira preventiva. De fato, é importante adotar a conduta para a manutenção da
força, por meio do treinamento resistido, melhorando os níveis de amplitude de
movimento (ADM). Sabemos que o envelhecimento é inevitável, sendo essa mais uma
razão para melhorar o conceito desse tipo de treinamento e aumentar o nível de
informação para despertar mais interesse desta população.
3.2 Equilíbrio dinâmico e estático: definições e implicações para a vida diária do idoso
O conceito de equilíbrio é a capacidade de o indivíduo manter seu corpo sobre
uma base de sustentação em pé na posição ortostática, ou seja, em pé no plano
sagital, podendo ser em equilíbrio estático e dinâmico. O equilíbrio estático é quando
o indivíduo controla essa oscilação corporal na posição vertical, ou seja em repouso,
sendo o controle dessa oscilação menor nos idosos do que nos mais jovens. Já o
equilíbrio dinâmico é quando o corpo está em movimento retilíneo uniforme
11
(REBELATTO et al., 2008).Um bom equilíbrio depende da integração eficiente dos
sistemas perceptivos, fatores como a visão, comandos centrais e neurais (SILVA et
al., 2008).
Para obter um melhor equilíbrio, um indivíduo procura manter o seu centro de
massa corporal dentro dos seus limites de estabilidade, sendo determinado pela
habilidade em controlar a postura sem alterar a base de suporte. Em testes clínicos,
o desequilíbrio é determinante para o nível de aptidão física. (PORTO et al., 2012) e
a instabilidade corporal pode estar envolvida também com o aumento de massa
corporal, que geralmente ocorre na população geriátrica. Nessa nova fase da vida
geralmente os idosos diminuem as atividades do cotidiano, movimentam-se com
menor intensidade, tornando-se sedentários e perdendo assim em qualidade de vida.
Com o sedentarismo, o idoso diminui a capacidade da marcha, podendo se tornar
obeso, fatores que o treinamento com pesos podem auxiliar, já que promove o
fortalecimento muscular, manutenção e aumento do metabolismo, servindo também
como tratamento contra a obesidade, aumentando a expectativa de vida do mesmo
(ARRUDA et al., 2010).
Quando a qualidade física do idoso é prejudicada, por exemplo, com a
diminuição da força, pode levar à degeneração do equilíbrio a falta da independência,
fazendo com que o idoso tenda a adotar um estado de isolamento e depressão
iniciando assim a síndrome do imobilismo (MAGALHÃES, 2016; TRANCOSO;
FARINATTI, 2002). As modificações no equilíbrio geram o medo de cair, altera as
tarefas domésticas e sociais, o cansaço ganha a frente, a falta de motivação de
levantar-se da cadeira é maior, passando grande parte do dia em repouso (NAVEGA;
RUZENE, 2014). Por isso é importante fazer adaptações preventivas no ambiente,
promovendo maior acessibilidade para o idoso, tais como: corrimões, banheiros
adaptados, assentos sanitários mais altos, dentre outras.
À vista desse prejuízo na função muscular que interfere na qualidade de vida
do idoso, pela diminuição nas AVD’S e a dependência de outras pessoas, é relevante
o idoso ter as suas funções preservadas, por meio do treinamento resistido, pois ele
é capaz de aumentar a quantidade de motoneurônios e força excêntrica, aumentando
assim a longevidade e a capacidade funcional do idoso, reduzindo tais efeitos
negativos do processo do envelhecimento (FECHINE; TROMPIERE.2012).
12
3.3 Papel do treinamento resistido no equilíbrio dinâmico e estático do idoso:
diferentes protocolos de treinamento que influenciam no equilíbrio do idoso e
mecanismos responsáveis
Dentre diversas atividades físicas relevantes para os idosos, temos o treino
resistido, que é definido como uma modalidade de exercícios realizando movimentos
contra uma força de oposição. Esse tipo de treinamento pode ser realizado de forma
estática (isométrica) ou dinâmica (com movimento). O treinamento de força estática
deve exceder de 20% a 30% de máxima contração voluntária, visto que essa
intensidade corresponde a atividade de força diária. Assim, esse treinamento deve
ultrapassar os níveis de força voluntários, pois realizando em menor percentual,
idosos saudáveis não terão ganhos e efeitos significativos (MONTEIRO, 1997).
O treinamento resistido (TR) dinâmico deve ser baseado nos seguintes
componentes: tipo de exercício, número de repetições e séries, frequência semanal,
amplitude em que se trabalha o exercício. As fases de contração muscular exercem
uma influência na capacidade do músculo de produzir tensão, podendo ser dividas em
concêntrica (músculo encurtado) e excêntrica (músculo alongado) (ACSM, 2009). O
TR é fundamental na vida do idoso, para o ganho de massa muscular, mas também
pela melhora da motricidade fina e global do idoso, podendo trazer grandes benefícios
cognitivo, por estímulos neurais, possibilitando benefícios nos níveis de equilíbrio
quando comparados a indivíduos da mesma faixa etária que não realizam o TR
(ARAÚJO et al., 2016).
Os principais achados em relação a diferentes protocolos de treinamento de
força sobre o equilíbrio dinâmico e estático em idosos estão dispostos no tópico a
seguir, sendo discutidos posteriormente na sessão pertinente.
4 RESULTADOS
A tabela 1 demonstra os principais resultados encontrados sobre os efeitos do
treinamento resistido no equilíbrio do idoso e seus diferentes protocolos.
13 Tabela 1. Efeito do treinamento resistido no equilíbrio do idoso e seus diferentes protocolos.
Participantes Avaliação Exercícios Métodos de avaliação Resultados
Silva- Batista., 2016 39 Ambos os sexos
Mobilidade Comprometimento cognitivo
Sinais Motores Força Muscular
Treinamento resistido
Timed Up & Go Escore unificado de Parkinson
Quest PDG-39 Força muscular
UPDRS-lll
Mobilidade Força
Sinais motores
Moreira, 2014 29 Ambos os sexos
Capacidade funcional Treinamento resistido Teste de Rikli e Jones (1999) Melhora no equilíbrio dinâmico e agilidade
Ruzene; Navega, 2014
55 Sexo feminino
Equilíbrio Mobilidade
Flexibilidade
Treinamento resistido Escala de Berg Teste sentar e alcançar
Mobilidade Flexibilidade
Cognição
Farinatti et al.,2013 48 Sexo feminino
Funcionalidade e níveis de força
Treinamento resistido Timed Up& Go Melhora na força
Gonzaga et al.,2012
10 Sexo feminino
Agilidade, equilíbrio e marcha
Treinamento resistido (Marcha) AAHPERD
Equilíbrio dinâmico
Jarek et al., 2010 20 Ambos os sexos
Equilíbrio Massa corporal
Força
Treinamento resistido Teste submáximo (1RM) Antropometria; Escala de Berg
Melhora no equilíbrio e força muscular
Alfieri et al,2010 46 Ambos os sexos
Equilíbrio Força muscular
Treinamento resistido Escala de Berg, Timed Up & Go Teste unipodal, Teste de Guralnik
Melhora do equilíbrio
Pedro; Amorim, 2008
24 Ambos os sexos
Massa corporal, força muscular e equilíbrio
Treinamento resistido Teste submáximo (1-RM) Antropometria; Escala de Berg
GT Força > Muscular equilíbrio
Silva et al., 2008
61 Sexo masculino
Equilíbrio Mobilidade e agilidade
Treinamento resistido Escala de Equilíbrio de Berg, Teste de Tinetti e Timed UP& Go
Desempenho funcional e desempenho motor
Vale et al., 2006
22 Sexo Feminino
Flexibilidade Força Muscular e Autonomia
funcional
Treinamento resistido 1-RM Caminhada 10 metros
Melhora da flexibilidade e autonomia
14
5 DISCUSSÃO
Esta revisão sistemática teve como objetivo principal analisar a influência do
treinamento resistido no equilíbrio dinâmico e estático em idosos. Buscou-se
relacionar estudos que comprovam a eficiência de programas de treinamento resistido
que tem a prioridade a utilização de cargas de maneira progressiva, na melhoria do
equilíbrio e funcionalidade de idosos praticantes de atividade física e idosos
sedentários. A avaliação para o estudo proposto foi com base nos resultados de testes
que avaliam a funcionalidade e equilíbrio do idoso. Dentre os 10 estudos incluídos na
revisão sistemática, 8 obtiveram resultados positivos dos programas de treinamento
sobre o equilíbrio em idosos e agentes para a qualidade de vida. Embora não tenha
sido o objetivo do estudo, apenas 2 dos estudos mostraram que exercícios de
instabilidade e multissensoriais devem ser associados ao treinamento resistido,
obtendo maiores resultados referente ao equilíbrio e seus componentes, do que
aqueles idosos que apenas realizam treinamento resistido (ALFIERE et al., 2010;
SILVA-BATISTA et al., 2016).
Com base no estudo de Silva e colaboradores (2008) na avaliação do equilíbrio,
coordenação e agilidade de idosos, 39 idosos com idade entre 60-75 anos foram
submetidos a um protocolo de treinamento com carga progressiva (6 exercícios para
membros inferiores, membros superiores e tronco, sendo 2 séries de 8 repetições).
Foi estabelecido um período do treinamento de 3 vezes na semana, em dias
alternados, durante seis meses. Após o término do treinamento, a avaliação foi por
meio da Escala de Equilíbrio de Berg, do Teste de Tinetti e do Timed Up& Go (TUG).
Foi detectado que o grupo experimental teve melhor desempenho no teste TimedUp&
Go (p= 0,02), para o teste de Tinetti total (0,046) e para Tinetti marcha (0,029). Dessa
forma, conclui-se que o treinamento de força de 24 semanas foi eficaz para o
equilíbrio, desempenho motor e funcional do idoso, por meio de benefícios na marcha
de forma mais ágil.
Pedro e Amorim (2008) compararam a massa, força muscular e o equilíbrio de
praticantes e não praticantes de musculação. Como parâmetro para o resultado do
teste foi proposto para a força, repetições máximas no supino (RMS) e repetições
máximas legpress horizontal (RML) e teste de equilíbrio dinâmico e estático com o
auxílio da escala de Berg e Tinetti. Este estudo teve o delineamento transversal
observacional, onde foram recrutados oito idosos para o grupo treinamento resistido
15
(GTR) e oito para o grupo controle (GC). Foi analisada a composição corporal do braço
e perna, peso e estatura física. Observou-se que os idosos treinados apresentaram
maior circunferência do braço e coxa, melhor equilíbrio e força em comparação aos
sedentários, demostraram uma diferença de (p<0,05). Apenas o IMC não apresentou
valor significativo. Esses resultados evidenciam que o grupo de idosos treinados
apresentou melhora dos níveis de força e equilíbrio, nas tarefas de AVD’S com maior
segurança.
Estudo como de Gonzaga et al., (2012), em relação a capacidade funcional e o
comportamento biomecânico da marcha, trabalharam com a amostra de cinco idosas
praticantes e cinco idosas não praticantes de musculação. Com a frequência de 3
vezes por semana. Foi usado o teste de equilíbrio dinâmico AAHPERD para observar
o espaçamento dos passos, logo, pode-se dizer que a distância dos passos na marcha
está relacionada com a diminuição da funcionalidade do idoso. O estudo obteve
resultados animadores para as variáveis da biomecânica, pela melhora e qualidade
da marcha e sua funcionalidade, como também a média do tempo da caminhada nos
dois grupos, os praticantes de musculação apresentaram menor tempo de caminhada
e maior distância das passadas. Sugeriram assim o treinamento resistido e sua prática
regularmente para melhorar os parâmetros da marcha, assim, parece que o
treinamento de musculação melhorou a velocidade e distância dos passos,
evidenciando que obtiveram benefícios na funcionalidade e preservação de uma
marcha mais segura.
Ruzene e Navega (2014) avaliaram o equilíbrio, mobilidade e flexibilidade com
cinquenta e cinco idosas praticantes e não praticantes de exercício físico. Distribuídas
em quatro grupos: não praticantes de exercício físico (NPEF), praticantes de exercício
físico aeróbio e resistido (PEFAER), praticante de exercício aeróbio (PEFA), e
praticante de treinamento resistido (PEFR). As participantes realizaram um
treinamento três vezes na semana, com duração de trinta minutos e usaram como
parâmetro de avaliação a escala de Berg e para flexibilidade o teste sentar e alcançar.
O grupo PEFAER, revelaram valores superiores em relação a mobilidade comparados
aos NPEF, mostrando assim que a prática de exercício aeróbio e resistido, ambos
promovem melhoria na mobilidade. Para flexibilidade o grupo PEFA mostraram-se
superiores em comparação aos demais grupos, mostraram melhor funcionalidade e
desempenho, para o equilíbrio não obtiveram resultados na pontuação da Escala de
equilíbrio de Berg (EEB), houve semelhança ao equilíbrio corporal, possivelmente por
16
elas serem independentes na locomoção e vida diárias, comparando os PEFR, com
os NPEF e PEFAR, obtiveram valores superiores na avaliação de equilíbrio. O
exercício físico resistido e aeróbio é de grande importância para mobilidade e
flexibilidade que decai com o passar dos anos, elevando o número de quedas, nas
tarefas mais simples do cotidiano, os dois são de grande importância e eficientes para
mobilidade comparando os não praticantes de exercício físico e praticantes de outras
modalidades de exercícios físicos (RUZENE; NAVEGA, 2014).
Devemos considerar que para maiores benefícios, depende da frequência de
treinamento e sua intensidade, usar diferentes protocolos de treinamento, sendo de
grande importância, ter inicialmente o objetivo melhorar a funcionalidade e os níveis
de força do idoso, incluindo exercícios que estimule as tarefas diárias, tais como:
Pegar um copo, sentar, empurrar, puxar. Como o estudo de Farinatti et al., (2013),
considerou tal importância de diferentes tipos de treinamento de força (maior volume
e baixa intensidade). Em seu estudo com quarenta e oito mulheres entre 60-78 anos,
expostas a um treinamento de 16 semanas de 10 repetições máximas (10 RMs) de
cada exercício, com a frequência de uma (grupo 1), duas (grupo 2) ou três vezes na
semana (grupo 3) e grupo controle (GC). O Grupo 1,2 e 3 usaram o seguinte protocolo
de treinamento: extensão de joelho, supino reto, bíceps sentado e elevação de
panturrilha. O GC realizou uma vez na semana exercícios de alongamento leve. No
teste Timed Up & Go, o G3 obteve benefícios na velocidade da marcha em relação ao
G1 e G2. Ficou evidente que a frequência de treino semanal colabora para melhorar
a força e desempenho funcional das idosas ativas, por ser um treinamento de
resistência de baixo volume e alta intensidade. A frequência maior de treinamento
provoca um maior aumento da carga correspondente, trazendo benefícios nas tarefas
especificas como sentar e levantar e a velocidade da marcha (Gonzaga et al., 2012).
No estudo Jarek et al., (2010), realizou um estudo com 24 idosos de ambos os
sexos, distribuídos em 2 grupos, 11 treinados e 13 não- treinados, com o objetivo de
comparar a força muscular e equilíbrio de indivíduos treinado e não treinado. O grupo
treinamento resistido (GTR) realizou durante 4 meses, com a frequência semanal de
3 vezes na semana, Já o grupo controle (GC) não realizou nenhuma atividade
estruturada. Para o processo avaliativo foi realizado teste antropométrico, teste de
Berg e Norman, massa corporal, estatura, de força muscular (1RM), com o objetivo
de mensurar a força de membros inferiores e superiores. Os resultados mostram que
obtiveram diferença entre peso corporal entre os indivíduos não treinados comparados
17
aos treinados. Para o equilíbrio dinâmico e estático os indivíduos não treinados
obtiveram valores significativamente inferiores aos indivíduos treinados. Por fim, este
estudo favorece o estudo de Pedro e Amorim (2008), que enfatizam a prática do
treinamento resistido, na melhora do equilíbrio do idoso.
Moreira (2014) verificou os efeitos de um programa de treinamento na força e
na capacidade funcional de um grupo de envolvendo 29 idosos sendo 14 do sexo
feminino e 15 do sexo masculino. Eles foram submetidos por 9 meses a um treino de
força que envolvia uma sessão semanal, onde o treino especifico incluía um tempo de
aquecimento padronizado de baixa intensidade sendo uma caminhada por cerca de
dez minutos. Já o protocolo de força consistiu em exercícios extensores (Leg Press),
flexores do joelho, músculos do tronco e dos membros superiores e músculos
posturais (trabalho lombar), para os músculos flexores e extensores do cotovelo foram
pesos livres. Brill et al., (1988) discute que embora o treinamento força apresente
benefícios para a coordenação motora, os resultados obtidos demonstraram
insuficientes para a força, da capacidade funcional, da flexibilidade e equilíbrio
dinâmico, possivelmente pela frequência semanal reduzida interferiu para um
resultado satisfatório, sendo divergente ao estudo de Farinatti et al., (2013).
Os níveis de flexibilidade colaboram para a qualidade de vida do idoso.
Diferente dos achados do estudo de Ruzene e Navega (2014), para Vale et al., (2006),
ao realizar um protocolo de treinamento de força com 22 idosas, divididas em dois
grupos, no qual 11 idosas realizaram treinamento de força, e o outro sendo grupo
controle no qual não realizou nenhum procedimento. No período de 2 dias na semana,
por 4 meses, foram realizados exercícios de membro superior e inferior, verificou-se
que o grupo TF, aumentou os níveis de flexibilidade, autonomia em suas AVD´S. A
avaliação foi levantar-se em decúbito ventral, caminhada de 10 metros e o teste de 1-
RM e supino reto. Foi concluído que o treinamento mesmo sendo 2 vezes por semana
é possível ter ganhos na força máxima, flexibilidade, equilíbrio e autonomia funcional.
Na busca da revisão sistemática foi detectado dois tipos de treinamento que
podem ser trabalhados em conjunto com o treinamento resistido para idosos. Silva-
Batista et al., (2016) realizaram o treinamento resistido com plataforma de
instabilidade e Alfiere et al., (2010), treinamento resistido em com exercícios
multissensoriais. Mesmo sendo estudos diferentes foi possível notar como é
importante diferentes estímulos no treinamento resistido, para o sistema cognitivo. Por
exemplo, Silva-Batista et al., (2016), compararam os efeitos do treinamento resistido
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com e sem instabilidade em 39 pacientes com doença de Parkinson (DP) com grau
moderado e grave, divididos em três grupos: grupo controle (C) grupo treinamento
resistido (TR) e grupo treinamento resistido com instabilidade (TRI). Para a sua análise
de dados foram utilizados o teste de TUG, escore unificado de avaliação da doença
de parkinson, escore montreal cognitive assessment (MOCA), pontuação do
Parkinson Disease PDQ-39 e força muscular (leg press, 1RM). O TR e TRI realizavam
o protocolo duas vezes na semana por 3 meses. Apenas o TRI fizeram exercícios de
alta complexidade, por exemplo agachamento em uma plataforma instável como o
bosu. Quando comparados os grupos TRI e C nos valores de TUG e MOCA e força
muscular após treino, apenas o TRI melhorou na mobilidade, sinais cognitivos e força
muscular pré e pós treinamento, mostrando que por se tratar de exercícios complexos
e com maiores exigências motoras, o TRI pode ser usado para intervenção em
pacientes de DP e prevenção de outras doenças por se tratar de pacientes com
comprometimento na marcha ou postura. Assim, isso pode reduzir o nível de
comprometimento da doença por meio dos exercícios e o uso farmacológico, pois os
efeitos dos medicamentos são em curto prazo, diferente dos efeitos do exercício físico.
Já para Alfiere et al., (2010) é importante promover exercício físico que
beneficie a função musculoesquelética, mas também a função sensorial, para
estimular o sistema auditivo, visual, promover maiores ganhos de equilíbrio nas
mudanças de direções inserindo exercícios sensoriais, unipodais, bipodais, para
melhorar tanto o equilíbrio dinâmico, quanto o equilíbrio estático. Em seu ensaio
clinico onde foram analisados testes com 46 indivíduos de ambos os sexos, onde
foram divididos aleatoriamente em dois grupos sendo 23 sujeitos realizaram
exercícios multissensoriais e 23 sujeitos realizaram TR, no qual os dois grupos
destinados de formas distintas, por um período de 12 semanas com a frequência de
dois dias na semana. Foi avaliado o controle postural, equilíbrio dinâmico e estático,
por meio dos testes: Timed Up & Go, apoio unipodal, escala de Berg e de Guralnik. O
objetivo do estudo foi analisar o uso de testes clínicos de medidas indiretas para
observar o controle postural de idosos saudáveis submetidos a TR. Os resultados
obtidos foram maiores no grupo de exercícios multissensoriais para tais testes citados,
possivelmente pelo grau de exigência nos exercícios, com diferentes plataformas de
instabilidade.
De acordo com a revisão do presente estudo, foi possível observar os efeitos
do treinamento resistido no equilíbrio dinâmico e estático em idosos, principalmente
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no aumento dos níveis de força, ganho de mobilidade e de funcionalidade por meio
dos níveis de flexibilidade aumentados em idosos sadios. Notou-se que os diferentes
protocolos de treinamento, estímulos, a frequência semanal, o tempo de duração dos
exercícios e grupamento muscular envolvido, preserva a cognição, auxiliando para a
manutenção da saúde, podendo ser colaboradores para a expectativa de vida da
população em especial os idosos.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Levando em consideração os achados bibliográficos, ficou evidente que o
declínio da funcionalidade do idoso e consequentemente o equilíbrio estático e
dinâmico depende da conservação do sistema neuromuscular e integração de seus
agentes. Tais declínios afetam a qualidade de vida e a funcionalidade do idoso, sendo
possível detectar que o TR é capaz de melhorar a AVD´S desta população,
progredindo gradativamente de acordo com o processo de treinamento, sendo capaz
de aumentar os níveis de força necessários para sobrevivência e podendo induzir
assim, à melhora no equilíbrio, além de aumentar a redução do índice de quedas e
aumentar a expectativa de vida do mesmo. Assim, diversos achados são encontrados
sobre o treinamento resistido ou treinamento de força, mas limitados para a relação
destes com o equilíbrio de idosos e sua funcionalidade, possivelmente pelo grau de
desistência nos estudos. Sendo assim, é importante mais estudos experimentais, com
diferentes protocolos que investiguem o efeito do treinamento do equilíbrio dinâmico
e estático em idosos praticantes de treinamento resistido e sedentários.
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