Editorial MEDICINA E HUMANISMO
“O médico, consciente do grande compromisso que assume perante os doentes e a sociedade, deverá estar sempre
empenhado em aprender o que de melhor os
mestres da Medicina legaram à posteridade,
todavia sem desdenhar as valiosas e inesquecíveis
lições que lhe transmitem os enfermos.”
INFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ - Nº 125- SET|OUT DE 2017
Págs. 2 e 3 Págs. 4 e 5 Págs. 6 e 7 Pág. 8
PARA USO DOS CORREIOS
MUDOU-SEDESCONHECIDORECUSADOENDEREÇO INSUFICIENTENÃO EXISTE O NÚMERO INDICADO
FALECIDOAUSENTENÃO PROCURADOINFORMAÇÃO ESCRITA PELO PORTEIRO OU SINDICO
REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL
EM____/___/___ ___________________
Discurso: Manassés Claudino Fonteles
Artigo: Caleidoscópio. Flash Back
Juridíco / Ementas
Resenha: Livro/Direito
Fechando a Edição / set/out 2017
Artigo: A Criação de Escolas Médicas no Ceará
Entrega de Medalhas e Diplomas
VIII Congresso Científico e Ético do CREMEC
O Retorno do Filho Pródigo é um dos mais famosos e expressivos quadros do pintor Rembrandt. Nele, vemos um pai em atitude de imensa ternura para com o filho que se desgarrara, malbaratando a herança que recebera, e que por fim volta ao lar, confiante de que, malgrado os erros e a irrespon-sabilidade com que se conduzira nos últimos anos, o genitor não o rejeitaria. A conduta daquele pai pleno de compaixão pode ser vista como ilustrativa da postura de acolhimento que se espera de um médico que recebe um ser frágil e em sofrimento, o doente.
São tempos espinhosos os que vivemos. O ex-tremo individualismo e a competição desenfreada são aspectos marcantes da época atual, induzindo muitos a procedimentos que se distanciam dos ideais de uma sociedade humana e fraterna. Nesta perspectiva, não está fácil exercer a profissão médi-ca. As carências de pessoal e de insumos no serviço público, a sobrecarga de trabalho, o sofrimento de numerosos pacientes que lutam pela sobrevivência nas filas de espera de um internamento ou uma cirurgia criam muitas vezes um cenário desalentador e propício ao empobrecimento da solidariedade, do zelo, da compaixão. E, se a sociedade se desuma-niza, quão humano o médico conseguirá ser? Em que medida poderá exercer a empatia, o colocar-se no lugar do outro, buscar sentir o que deve estar sentindo o enfermo e seus familiares? Qual será o grau de entusiasmo e motivação com que ouvirá o paciente, atento às palavras, mas também aos sentimentos, emoções e escala de valores do doente?
No exercício da Medicina, convém estar atento ao risco de o ser humano ser visto em sua dimensão exclusivamente biológica e tratado como um con-junto de sinais e sintomas e não como um indivíduo com uma biografia, uma história de vida, não como uma pessoa que sofre, ama, tem medos, aspirações e projetos. Esta conduta reducionista do esculápio é prejudicial ao processo de avaliação clínica e de tratamento dos enfermos. É preciso novamente alargar os horizontes do fazer médico, com o discernimento de que o paciente é uma pessoa,
em toda sua integralidade. Sob este prisma, mais importante que saber qual a doença do paciente é conhecer o paciente que tem a doença, como afirmou, entre outros, William Osler. A prática médica ao longo dos séculos cuidou de demonstrar as diversas nuanças das manifestações humanas e do processo de adoecer. Há surpreendente variação na evolução de uma enfermidade, dependendo, entre outros fatores, das peculiaridades individuais da pessoa acometida da afecção. Recentemente,
no entanto, acrescentou-se outro raciocínio sobre a matéria. Continua sendo fundamental para o médico conhecer e compreender o indivíduo que busca seus cuidados profissionais. Surge, contudo, uma indagação cardeal: que ser humano é o mé-dico? É um técnico consciencioso, atento ao que surge de novo no conhecimento científico de sua profissão? É, ademais, sensível à dimensão humana dos que procuram sua atenção? Já foi dito, de forma
talvez provocativa, que os médicos cujos interesses e conhecimentos se restringem à medicina, nem medicina sabem. Atenção cuidadosa é também requerida no que respeita às ações médicas, pelo potencial que guardam de nem sempre serem salu-tares. Balint chega ao ponto de ver o médico como um remédio, por sinal, provavelmente o “medica-mento” mais prescrito de todos, naturalmente com seus aspectos benéficos e também efeitos colaterais e contraindicações. Se há algo de verdadeiro nisto, e certamente há, é indispensável que sejam bem estudadas as características desta “mezinha” tão universalmente utilizada. De tal modo que, como pontua com sabedoria Danilo Perestrello, a relação médico-paciente se torne um recurso terapêutico e não um fator iatrogênico.
Firmados estes conceitos, cabe diligenciar no sentido de que a formação e a prática dos profissio-nais da medicina consiga equilibrar bases sólidas de ciência e técnica com doses igualmente substantivas de humanismo. É o que se colocou em discussão no VIII Congresso Científico e Ético do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, de 18 a 21 de outubro de 2017 cujo tema central foi “Humanismo do Médico + Ciência da Medicina”.
O médico, consciente do grande compromisso que assume perante os doentes e a sociedade, deverá estar sempre empenhado em aprender o que de me-lhor os mestres da Medicina legaram à posteridade, todavia sem desdenhar as valiosas e inesquecíveis lições que lhe transmitem os enfermos. Ademais, o conhecimento da natureza humana se expressa de forma magistral em alguns grandes escritores, como Shakespeare, Dostoiévski, Kafka, Proust e Machado de Assis, cuja leitura poderá ser de grande valia para os profissionais médicos. Tudo no intuito de contribuir para que a Medicina continue sendo uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade, exercida com honestidade, zelo, dedicação e competência.
Dr. Ivan de Araújo Moura Fé Presidente do CREMEC
[email protected] Jornal Conselho
PARECER CREMEC Nº 6/2017Assunto: Disponibilidade ObstétricaParcerista: Cons. Helvécio Neves FeitosaEmenta: Em nossa visão, a “disponibilidade obstétrica”, no contexto da Saúde Suplementar, não fere dispositivos éticos. O assunto deverá ser discutido por ocasião da primeira consultapré-natal. O acordo entre o médico e a gestan-te/casal deverá ser materializado por meio da assinatura de um contrato, no qual constem todos os direitos e deveres dos envolvidos, que oassinarão, ficando uma cópia com cada uma das partes.
JURIDÍCO / EMENTAS
LIVRO/DIREITO/RESENHAO professor, médico e advogado, espe-
cializado em Direito Médico - Edmilson de Almeida Barros Júnior, atuante em perí cias médicas judiciais e extrajudiciais há mais de 20 anos, acaba de lançar seu novo livro, apenas em formato digital (ebook) - Perí cias judiciais e extrajudiciais - Guia prático para juristas, peritos e assistentes técnicos de todas as áreas. O livro é um guia profissional para todos os interessados no assunto perí cia, de qualquer área do conhecimento que desejam se tornar profissionais de perí cia (peritos e assistentes técnicos) tanto no campo judicial como ex-trajudicial. Fornece orientações do dia a dia e oferece modelos, auxiliando em todos os passos destes profissionais desde a aceitação, formas de recusa, termo de comparecimento e formalidades diversas até de cobrança dos honorários. Oferece ainda modelos de laudo, parecer e manifestação escrita com suas res-pectivas distinções. A obra é dividida em nove capí tulos e já está à disposição nos principais sites das maiores livrarias (Saraiva, Cultura e Amazon).
REUNIÃOO conselheiro Málbio Oliveira Rolim representou o CREMEC, em reunião juntamente
com representante do Sindicato dos Médicos, com a administração da UPA do Eusébio, para tratar das condições de trabalho dos plantonistas médicos. 27 de setembro de 2017.
SOLENIDADE Málbio Oliveira Rolim conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Ceará represen-
tou a entidade na Solenidade de Inauguração do Hospital e Maternidade Eugênia Pinheiro, Av. Heráclito Graça, 500, Centro-Fortaleza/Ceará, 23 de agosto de 2017.
AUDIÊNCIA PÚBLICA O conselheiro Málbio Oliveira Rolim representou o CREMEC em Audiência Pública
convocada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará para discussão do processo Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas. Plenário do Tribunal de Justiça do Ceará, 07 de agosto
de 2017.
DEBATES DE O POVO A doutora Shirley Ulisses Paiva da Câmara Técnica de Anestesiologia do CREMEC, repre-sentou a entidade no programa Debates do Povo para discutir e argumentar sobre a situação
do Hospital do coração de Messejana/cirurgias cardíacas e torácicas. Rádio O Povo/CBN, 27 de setembro de 2017.
CRIANÇAS DESAPARECIDASO Conselho Federal de Medicina e o Conselho Regional de Medicina do Ceará promoveram seminário sobre Crianças Desaparecidas. A atividade conselhal contou com a participação dos
conselheiros Lúcio Flávio Gonzaga Silva e Valéria Goes Ferreira Pinheiro. Auditório Paulo Marcelo da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, em 19 de setembro
de 2017.
UROLOGIAO conselheiro federal Lúcio Flávio Gonzaga Silva representou o CREMEC na solenidade de abertura do XXXVI Congresso Brasileiro de Urologia. Centro de Eventos do Ceará, 29 de
setembro de 2017
SAÚDE BASEADA EM EVIDÊNCIAS A conselheira Maria Neodan Tavares Rodrigues representou o Conselho de Medicina do Ce-ará na solenidade de abertura do I Congresso Internacional de Saúde Baseada em Evidências da
Associação Médica Brasileira. Centro de Eventos do Ceará, 17 de setembro de 2017
AUDIÊNCIA PÚBLICA Antônio Fernando Melo Filho, da Câmara Técnica de Mastologia do CREMEC, represen-
tou a entidade na audiência pública que tratou do fechamento do serviço de mastologia do gon-zaguinha de Messejana e a situação dos mamógrafos da rede pública. Assembléia Legislativa do
Ceará, 04 de outubro de 2017
FINANCIAMENTO DA SAÚDE A conselheira Maria Neodan representou o Conselho de Medicina do Ceará, juntamente com o representante do SINDMED, na discussão do agravamento da crise na saúde e seus
financiamentos. Gabinete do deputado estadual Carlos Felipe, 03 de outubro de 2017.
FECHANDO A EDIÇÃO | SET-OUT| 2017ATIVIDADES CONSELHAIS
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ENTREGA DAS CARTEIRAS
A CRIAÇÃO DE ESCOLAS MÉDICAS NO CEARÁO marco mais importante do ensino médico no
Ceará foi a inauguração da Faculdade de Medicina do Ceará, em 12 de maio de 1948, coroando os esforços de dedicados médicos.
Nascida como entidade privada, mantida pelo Instituto de Ensino Médico, posteriormente, essa facul-dade foi encampada pelo governo federal e, em seguida, juntamente com outras faculdades federais sediadas em Fortaleza, integrou a composição da Universidade do Ceará, em 1954, a atual Universidade Federal do Ceará (UFC).
Por mais de meio século a Faculdade de Medicina da UFC (FMUFC) imperou sozinha, sendo a única formadora de médicos no Estado do Ceará. Em 2001, o então magnífico reitor Roberto Cláudio Frota Bezerra aprovou a interiorização da UFC, com vistas à instalação de outros campi no interior do Ceará, começando pelo curso de Medicina.
Por uma questão de justiça, compete destacar que a primazia da proposta de interiorização da formação médica no Ceará foi originalmente levantada em 1990 pelo Prof. Haroldo Juaçaba, que a sugeriu ao governador eleito Ciro Gomes, propondo a criação compartilhada de uma graduação em Medicina a ser feita pelas três universidades estaduais.
A expansão interiorana da UFC, via FMUFC, deu-se com a criação dos cursos médicos de Sobral, na Zona Norte, e de Barbalha, no Cariri, em 2001. Com a criação da Universidade Federal do Cariri (UFCa), a chamada extensão de Barbalha integrou a plêiade de graduações que deram origem a UFCa; a extensão de Sobral permanece ao o abrigo da UFC.
Em 2000, vencendo as objeções dos que se posicio-navam contra o ensino médico privado, foi instalada em Juazeiro do Norte a Faculdade de Medicina de Juazeiro, mantida pelas Faculdades Integradas do Ceará (FIC).
Em 2002, superando entraves impostos por grupos contrários à instalação de mais um curso médico público, a Universidade Estadual do Ceará (UECE) aprovou a
criação do seu curso, com a oferta de 40 (quarenta) vagas anuais, selecionado a sua primeira turma no primeiro semestre de 2003.
Em 2006, após longo tempo de estudos e prepa-rativos, dois novos cursos de Medicina foram iniciados na capital cearense, sendo ambos privados: o do Centro Universitário Christus, atual Unichristus, e o da Univer-sidade de Fortaleza (Unifor). Por fim, o Instituto Supe-rior de Teologia Aplicada (INTA), entidade particular, pôs a funcionar o seu curso médico, em Sobral, em 2014.
Na virada do milênio, havia no Ceará uma única escola médica, com oferta limitada de 150 (cento e cinquenta) vagas anuais. No correr de três lustros do presente século, de 2001 a 2014, sete outros cursos mé-dicos foram fundados. Em conjunto, essas oito escolas médicas dispõem de quase mil vagas anuais, posto que contabilizam exatamente 996 vagas, sendo a maioria delas em universidades. Desse total, 596 estão locadas na capital e 400 no interior cearense, e ainda, 360 são públicas contra 636 vagas das particulares.
Essas cifras podem ser majoradas brevemente, porquanto a Faculdade Católica Rainha do Sertão, atual Universidade Católica de Quixadá (Unicatólica), e a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) possuem projetos de criação da graduação em Medicina, respectivamente, em Quixadá e em Redenção.
Ressalte-se que, de conformidade com o Programa Mais Médicos, há vários outros municípios interioranos do Ceará que contavam com o aval do MEC, caso grupos privados manifestem interesse em montar curso médico, o que veio a acontecer em agosto de 2017, quando o MEC anunciou a autorização prévia para implantação de cinco novos cursos médicos, localizados nos municípios de Crateús, Iguatu, Itapipoca, Russas e Quixadá.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva Professor titular da UECE
COMISSÃO EDITORIALDalgimar Beserra de Menezes
Fátima SampaioCREMEC: Rua Floriano Peixoto, 2021 - José Bonifácio
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Francisco Flávio Leitão de Carvalho Filho Gentil Claudino de Galiza Neto
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João Nelson Lisboa de Melo José Ajax Nogueira Queiroz
José Albertino Souza José Carlos Figueiredo Martins
José Fernandes Dantas José Huygens Parente Garcia José Málbio Oliveira Rolim José Roosevelt Norões Luna
Maria Neodan Tavares Rodrigues Marly Beserra de Castro Siqueira
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Renato Evando Moreira Filho Ricardo Maria Nobre Othon Sidou Roberto Wagner Bezerra de Araújo
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Lino Antonio Cavalcanti HolandaFernando Queiroz Monte
Lúcio Flávio Gonzaga SilvaRafael Dias Marques Nogueira
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REPRESENTANTES DO CREMEC NO INTERIOR DO ESTADO
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Efetivo: Dr. Michayllon Franklin BezerraSuplente: Dr. Ricardo Hélio Chaves Maia
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Suplente: Dr. Nilton Pinheiro GuerraTAUÁ
Efetivo: Dr. João Antônio da LuzSuplente: Waltersá Coelho Lima
Conselheiro corregedor Renato Evando repassa doutrina para médicas e médicos.
Os novos profissionais médicos recebem das mãos do conselheiro Renato Evando seus respectivos documentos
A Direção do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, sob a coordenação dos conselheiros Renato Evando Moreira Filho e Roberto Wagner Bezerra de Araújo, e apoio dos servidores Reginaldo Mota Abreu, Hiany Teixeira Costa, Luciana Capelo e Brito Júnior, realizou entrega de documentos aos médicos e médicas recém formados, inscritos no CREMEC. A solenidade realizou-se no auditório da nova sede, 29 de setembro de 2017.
Flagrantes fotográficos
Artigo
4 Jornal Conselho [email protected]
Por ocasião da abertura do VIII Congres-so Científico e Ético do CREMEC, foi realiza-da a entrega da Medalha de Honra ao Mérito Profissional aos médicos Manoel Odorico de
Moraes Filho e Marinaldo Cavalcanti e Melo e à médica Elizabeth de Francesco Daher; e o Diploma de Mérito Ético-Profissional (50 anos de exercício da profissão) A atividade ocorreu
no auditório da nova sede do CREMEC, em 18 de outubro de 2017. Nos flagrantes foto-gráficos, o acontecido.
ENTREGA DE MEDALHAS E DIPLOMAS
Discurso do Dr. Marinaldo Cavalcanti e Melo
Nada melhor para o ser humano do que ver o seu trabalho reconhecido e respeitado na sua terra e pela sua gente.
Sinto-me, pois, muito honrado em receber esta medalha de Honra ao Mérito Profissio-nal, outorgada pelo Conselho Regional de Medicina.
Esta homenagem tem um sentido especial; estou, com muito orgulho, vivendo um dos momentos inesquecíveis da minha vida.
Se por um lado, a homenagem engrandece o homem, massageia o ego, enobrece a alma, por outro lado, muita das vezes, aumenta o nosso compromisso, cobra-nos mais respon-sabilidade.
Aumentou a minha ansiedade, ao ser esco-
lhido por outros ilustres homenageados, Dra. Elizabeth de Francesco Daher e o Profº. Dr. Manoel Odorico de Moraes Filho, ausente, para representá-los.
Duas figuras de proa da medicina cearense, um reconhecido pesquisador, professor da Faculdade de Medicina UFC e a outra, reco-nhecida e dedicada médica de minha área e atualmente na UFC
Aos nobres e ilustres conselheiros, que tão bem nos representam, queremos deixar cris-talinamente nossos sinceros agradecimentos pela escolha dos nossos nomes. Representa-mos aqui, a grande maioria dos dedicados e abnegados colegas, que hoje desenvolvem seus trabalhos dentro dos padrões éticos, mesmo sujeitos, a ingratidões, ao não reconhecimento.
No entanto, por nossa formação humanís-tica, nos dedicamos, a curar quando possível,
consolar sempre, esquecendo das injustiças. Não é fácil o trabalho no serviço público,
pelas más condições que nos oferecem, além dos salários.
Nos planos de saúde, querem nos trans-formar em autômatos, interferindo nas nossas condutas, retirando nossa autonomia.
É nesse clima que vivenciamos hoje nos-sa profissão, e ao sermos condecorados por essa egrégia casa, é a prova de que existem seguidores do nosso Código de Ética, sempre defendendo o nome da medicina.
O respeito ao nosso conselho de medicina é um sentimento natural, principalmente quan-do enxergamos que os senhores renunciam parte de seu precioso tempo profissional e de lazer, para se dedicarem à proteção da medicina e do trabalho médico, participando das lutas da classe.
Assistência das atividades O presidente Ivan de Araújo Moura Fé saúda os presentes
Elizabeth de Francesco Daher recebe sua honraria das mãos do vice-presidente do CREMEC Helvécio Neves Feitosa
Marinaldo Cavalcanti e Melo recebe sua medalha / Lino Antonio Cavalcanti Holanda
Dra. Renata Amaral, filha de Manoel Odorico de Moraes Filho recebe a comenda do Presidente Ivan de Araújo Moura Fé
[email protected] Jornal Conselho 5
ENTREGA DE MEDALHAS E DIPLOMASOutro ponto alto desse conselho, é a edu-
cação continuada, tanto ética como científica, facilitando a troca de conhecimento em prol do cidadão e da vida.
Passamos a dar conhecimento aos senhores dos nossos resumidos currículos.
Professor Dr. Manoel Odorico de Morais Filho
Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Ceará - Mestre em Farmacolo-gia pela UFC - Doutor em Oncologia pela Universidade de Oxford-Inglaterra - Doutor Honoris Causa pela Universidade do Norte do Paraná - Atualmente é professor titular da dis-ciplina de Farmacologia Clínica, de Oncologia, orientador nos programas de pós-graduação da UFC - Pesquisador na área de Oncologia, onde implantou o laboratório e o núcleo de desenvolvimento de medicamentos - Publicou artigos científicos e capítulos de livros
Professora Dra. Elizabeth de Francesco Daher
Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Ceará - Mestrado e Doutorado em Nefrologia pela Universidade de São Paulo
Atualmente é professora Associada IV do Departamento de Medicina Clínica da Univer-sidade Federal do Ceará - Vice - coordenadora do curso de medicina e coordenadora do in-ternato da UFC - Médica Preceptora do HGF.
Professora do curso de Pós-Graduação da UFC - Orienta a liga de Nefrologia e da Doen-
ça Renal Crônica do Estado - Publicou artigos científicos e capítulos de livros
Dr. Marinaldo Cavalcanti e MeloGraduado em Medicina pela Universida-
de Federal - Residência em Ginecologia e Obstetrícia HGF - Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia-Febrasgo - Estágio em Ginecologia e Medicina Fetal na Univer-sidade Califórnia, Los Angeles - Estágio em Ginecologia e Obstetrícia na Universidade de Illinois, Springfield.
Ex-Staff do HGF e MEAC - Curso de Ul-trassonografia em Ginecologia e Obstetrícia no CETRUS - São Paulo -Atualmente, exercendo a Ginecologia e Obstetrícia na Clínica Saúde da Mulher.
Jamais poderíamos esquecer de dividir nossas medalhas com nossas esposas e esposos, no meu caso a querida Sofia, sempre ao meu lado, verdadeira força motriz, nos apoiando continuamente, privando-se muitas vezes de nossa presença, em momentos importantes da nossa vida, sempre paciente e afetuosa, as-sim como aos nossos queridos filhos, no meu caso, a alegria da casa, senhorita Camile, Dra.Trícia e Dr. Marinaldo Júnior, que tanto nos estimularam a respeitar essa divina profissão, à qual hoje eles se dedicam.
Esta dívida de gratidão, também, se estende a todos aqueles que nos ajudaram na nossa carreira: nossos pais, professores e preceptores.
Gostaríamos de apertar a mão de cada
conselheiro, responsáveis por esse momento de emoção, hoje vivenciado, prometendo cada vez mais prosseguir nossa andança, respeitando e enfatizando o Código de Ética, o amor à me-dicina, com apoio e zelo aos nossos pacientes.
Para encerrar, quero agradecer a todos que nos honraram com a presença. Deixo aqui um pensamento de uma grande escritora e jorna-lista, Clarice Lispector:
“Quem caminha sozinho pode até chegar mais cedo, todavia, aquele que vai acompanha-do, com certeza vai mais longe”
Obrigado.
Marinaldo Cavalcanti e Melo fala em nome dos agraciados com a medalha de Honra ao Mérito Profissional do CREMEC.
Aderson de Menezes Aquino / conselheira Ana Lúcia Araújo Nocrato
Augusto José de Araújo Lima / cons. Gentil Claudino de Galiza Neto
Ericina Jales Leitão de Carvalho / Vicente de Paulo Leitão de Carvalho / cons. Francisco Flávio Leitão de Carvalho Filho
Dra. Larissa Costa de Oliveira Santos recebe o diploma de Antonio de Oliveira, seu avô /
cons. Érico Antonio Gomes de Arruda
Augusto César Gadelha de Abreu / Dr. Augusto César Gadelha de Abreu Filho
Vicente de Paulo Leitão de Carvalho / Ericina Jales Leitão de Carvalho / cons. Francisco Flávio Leitão de Carvalho Filho
Continua na pág. central
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- Da esq. para a dir.:
Paulo Roberto de Arruda Tavares Anticoagulação em Paciente Especial
José Lindemberg da Costa Lima (Presidente do Congresso do CREMEC) palestra sobre Uso de Dispositivos móveis: Limitações Técnicas e éticas
Roberto Libório FeitosaPacientes que não leram o livro
Rebeca Pinheiro Silvestre RochaReposição Hormonal e Vitaminas: Qual a
Visão da Clínica Médica
José Iran de Carvalho RabeloReposição Hormonal e Vitaminas: Qual a
Visão da Clínica Médica
José Otho Leal NogueiraPacientes que não leram o livro
Ricardo Evangelista Marrocos de AragãoFundo de olho na Clínica Médica
Marco Túlio Cavalcante Oliveira Lesões Dermatológicas na AIDS
Bruno Bezerra de Menezes Cavalcante Sepse: O Confronto
A Diretoria do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará promoveu de 18 a 21 de outubro, no auditório da nova sede, o VIII Congresso Científico e Ético do CREMEC. Dentro do evento também foi promovido o III Encontro de Ética dos Estudantes de Medicina do Estado do Ceará-EEEMEC, o I Encontro Científico e Ético dos Centros Acadêmicos dos Cursos de Medicina do Ceará, além, da realização, em 17 de outubro, de Julgamento Simulado na qualidade de Pré-Congresso. O Congresso do CREMEC nomeou como tema central o Hu-manismo do Médico + Ciência da Medicina e realizou-se baseado em duas especialidades
da Medicina: Clínica Médica e Medicina da Família e Comunidade. No último dia do Congresso, 21 de outubro de 2017, realizou--se dentro do módulo O Médico e as Doenças no Povo e iniciou-se com a Conferência Magna O Estado Geral da Medicina no Brasil: desafios contemporâneos relevantes e as ações e superação desenvolvidas pelo Conselho Federal de Medicina, que teve como confe-rencista, Henrique Batista e Silva, represen-tante do Conselho Federal de Medicina. A continuidade veio com a Mesa Redonda O Estado Geral da Medicina: a doença no povo e o ato do médico sob a responsabilidade dos palestrantes Dalgimar Beserra de Menezes
(Os médicos em tempos sombrios), Roberto Wagner Bezerra de Araújo (Os médicos e a condição humana) e Ivan de Araújo Moura Fé (Os médicos e o desassossego das pessoas).
O VIII Congresso Científico e Ético do CREMEC foi finalizado com a Mesa Redonda Estado Geral da Medicina: a doença no povo e o ato do gestor; a cargo da presiden-te do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceara, Mayra Isabel Correia Pinheiro e das representantes da Secretaria de Saúde do Es-tado do Ceará, Danielle de Menezes Ferreira e Richisti Gonçalves de Aguiar Nunes com os temas: Atos de Governo e Doença no Povo do Ceará.
LEX A
RTIS
Organização: Comissão Cientíca: Câmara Técnica de Medicina da Família e Comunidade do CREMEC
Câmara Técnica de Clínica Médica do CREMEC Centros Acadêmicos dos Cursos de Medicina do Ceará
Informações: www.cremec.org.br / 85 3230.3080Endereço do CREMEC: Av. Antônio Sales, 485 - Joaquim Távora
VIII CONGRESSO CIENTÍFICOE ÉTICO DO CREMEC
HUMANISMO DO MÉDICO CIÊNCIA DA MEDICINA +
III Encontro de Ética dos Estudantes de Medicina do Estado do Ceará (EEEMEC)
I Encontro Científico e Ético dos Centros Acadêmicos dos Cursos de Medicina do Ceará
Pré-Congresso - 17.10.2017: Julgamento Simulado
18 a 21 de outubro de 2017
Auditório da nova sede do CREMEC
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Rainardo Antonio PusterComunicação em Cuidados Paliativos
Lara Ribeiro Santiago FreitasControle de Sintomas no Contexto
Ambulatorial da Atenção Primária à Saúde(APS) : Atenção aos Detalhes
Paula Pereira Pineli(Fase Final da Vida) Controle de Sintomas no Contexto Ambu-
latorial da APS: Atenção aos Detalhes
Luiz Roberto de OliveiraFerramentas Aplicadas à Prática Médi-ca-Simulação NUTEDS - Telecardiolo-
gia e Teledermatologia
Marco Túlio Aguiar Mourão RibeiroA Complexidade do Cuidado
Manuela Vasconcelos de Castro Sales Desmistificação dos Cuidados Paliativos
Otílio José Nicolau de OliveiraSepse: O Confronto
Aglaêrton Silva PinheiroImagens que falam
Denise Ornelas P. Salvador de Oliveira(Câmara Técnica de Medicina da Família e Comunidade do CFM)
Boas Práticas Médicas
Thiago Gomes da Trindade(presidente da Sociedade Brasileira de Medicina
da Família e Comunidade) Prevenção Quaternária baseada nas pessoas
Lucas Silvestre MendesEmergências: Tontura na Emergência; Como
Afastar Lesões Centrais
Adriana Pinheiro Bezerra PiresConduta de Emergência em Clínica Onco-
lógica
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Caleidoscópio. Flash backDalgimar Beserra de Menezes
Neste número, o Jornal Conselho continua a expressar a preocupação, de décadas, com a proliferação de escolas médicas no Ceará; é o que se encontra no artigo de Marcelo Gurgel Carlos da Silva, que o Sr. Brito Júnior apelida de von Silva.
De mesma forma, dá conta de atividades do conselho relacionadas com a educação conti-nuada e a educação permanente; embora não haja espaço nesta edição para pormenorizar, acha-se devidamente notificado aqui mais um Julgamento Simulado engendrado pelo conse-lheiro vice-presidente, Helvécio Neves Feitosa, que trata do uso (abuso) médico das redes so-
ciais: a sessão foi designadamente frequentada por estudantes de Medicina da Universidade de Fortaleza.
Ainda, dá-se cobertura bastante ampla ao VIII Congresso Científico e Ético do CREMEC, desta vez na própria nova sede, cujo tratou nomeadamente de temas candentes de Medicina Clínica e de Medicina de Família, mas não só; o evento foi organizado pelo Dr. Lindemberg Costa Lima. É sempre necessário recordar que esse tipo de evento é criação de Lino Antônio Cavalcanti Holanda
Mais detalhes aqui para a celebração dos cinquenta anos de formatura da Turma 67 da UFC; um álbum, como alguém já referiu, à guisa de crítica, mas um álbum feito para os que, durante 50 anos praticaram medicina sem
jaça; também para os que se distinguiram numa trintena de anos, pois; curta, a vida. De passa-gem, esta festividade é realizada desde 1997. Enfim, a de agora, vinte anos depois. Em adi-ção, outro álbum, iconoteca ampla dos que par-ticiparam no VIII Congresso Científico e Ético do CREMEC, Magnum Opus do Lindemberg. Se ele achar que não, que se trata apenas de um começo, então, a Obra ao Negro.
Uma gaja muito minha próxima, declarou, de certa feita, que no jornal Conselho só se interessa pelos pareceres (a secção que de há muito chamamos jurídico, sem ser, ou somente sendo quase). Este número segue pobre em pareceres.
De resto, à palavra do presidente, sempre boa: retorne à primeira página. Flash back.
DISCURSO proferido pelo Professor Doutor Manassés Claudino Fonteles, duran-te a solenidade de homenagem à sua turma de 1967 pelo aniversário de cinquenta anos, no Conselho Regional de Medicina do Esta-do do Ceará, em 18 de outubro de 2017
Caros colegas, sinto-me movido por profundo agradecimento pelo fato de dirigir umas poucas reflexões a todos vocês nesta noite festiva. Do ponto de vista biológico, nossos cenários já não são mais os mesmos que vivenciamos há cinquen-ta anos atrás, quando tínhamos diante de nossas realidades apenas três décadas, na maioria dos ca-sos, estávamos na juventude da pós-adolescência. Não havia dengue, chicungunia, zika, ou mesmo novos surtos de malária. Quando estudávamos parasitologia, nossos mestres ensinavam que o Aedis aegipti havia sido eliminado do Brasil na década de cinquenta. Apenas 12 anos depois, um grupo de cientistas reuniu-se em Oxford, sob os auspícios da Fundação Rockfeller, no Saint Mag-delene College, em Oxford, para um simposium em que estive presente, para discutirmos as doen-ças mais negligenciadas dos seres humanos (The most nigleted disease of mainkind). Presentes alguns nobelistas, professores de várias cátedras em diversas regiões do planeta. Estas patologias discutidas, quase todas elas, eram consideradas doenças dos países menos desenvolvidos. Em nossas atividades médicas, nos empolgávamos com muita euforia com os progressos de nossa medicina, muitos dos quais desenvolvidos ali bem perto de nós, como os antibióticos penicili-nas e as cefalosporinas. Sim, logo ali perto estava o famoso Departamento de Patologia, onde esses antibióticos foram industrializados. Graças, aos beta bloqueadores, podemos controlar doenças como a hipertensão, as arritmias e a insuficiên-cia cardíaca; com os primeiros antiviróticos, fizemos grandes progressos como por exemplo o controle do HIV. Mas, vejam como ao mesmo tempo a antiética progrediu malevolamente, ao ponto de um dos mais famosos fertilizadores in vitro, após os seus procedimentos maravilhosos, aproveitar-se do ato anestésico, para estuprar mais de meia centena de mulheres que pagaram
altos emolumentos médicos, para depois serem molestadas durante o período de anestesia. O mé-dico, usa então, os seus conhecimentos técnicos, para praticar o mal. Se por um lado o progresso tecnológico foi fenomenal, por outro, o ser hu-mano sofistica a sua prática do mal e qualifica o seu uso para tal fim. Questões éticas são muitas vezes difíceis de se entender ou mesmo se anteci-par, postas as mais diversas soluções que deixam os Conselhos diante de indefinições... Michael Balint, um dos mais famosos clínicos do século passado, costumava dizer que o fármaco mais utilizado e menos conhecido na prática médica é o próprio médico. Valho-me de um exemplo vivenciado no momento atual em que no proce-dimento de fertilização, muitos embriões podem ser utilizados durante este processo terapêutico, de imediato; alguns outros podem ser implan-tados em outra paciente, muito tempo depois. Dois destes embriões podem ser guardados em nitrogênio líquido a menos 1800 C, por dezenas de anos; suponhamos que um destes óvulos fe-cundados, sobreviveu a mais de 100 anos, o que é possível, foi descoberto no laboratório que ele tem110 anos. A sua implantação, significa que o seu irmão “gêmeo”, implantado recentemente, inicia a sua vida com uma diferença de irmãos, agora mais que centenária em suas idades. Como resolver o problema jurídico criado, porque o seu irmão já morreu deixando filhos, netos e bisnetos! Já o novo implante, iniciou um outro ciclo de vida em que as entidades civis, poderão estar diante de uma nova avaliação de direitos e deveres do cotidiano, e estar vivendo uma nova ordem jurídica. embora os dois sejam irmãos! As tecnologias atuais permitem a clonagem de seres vivos a partir de fragmentos de pele congelada. Um paciente, que optar por guardar uma amostra de sua pele, e esta poderá origi-nar um ser humano semelhante ao seu doador! Como avaliar esta nova ordem familiar, já que elas são separadas por mais de um século, em que novas mídias, novas realidades políticas e novas técnicas laboratoriais, certamente estarão sendo aplicadas. O avanço de comunicação, a velocidade das transformações terapêuticas e dos
modernos métodos diagnósticos, muitos não mais tão invasivos como no início de nossas carreiras, mostram-nos um admirável mundo novo; com o uso muito mais intensivo de técnicas imunológi-cas, que podem hoje ser utilizadas como a magic bullet de Paul Ehrlich, capaz de atingir organelas e proteínas regulatórias de tumores malignos, an-tes impossível de serem atingidos. E como ficam nossas novas normas do direito universal em face sobretudo dos grupos sociais e diferenciados, de novas crenças e radicalismos religiosos, como o Estado Islâmico? As teias das novas interações são muito mais complexas, como tão bem se refere o pensador francês Edgar Morin, ao des-crever as interações sociais dos diversos estratos modernos. Daí a necessidade de reinfatizar-se um novo chamamento ao ethos Socrático, ou à imanência ética de Baruch de Spinosa.
Este conselho sempre tem tratado estas questões éticas com muita sabedoria. Ele foi um piece de resistance, como ocorreu diante do Projeto “Mais Médicos”, depois do qual muitos cursos médicos foram abertos em locais que nem profissionais médicos havia, que pudessem com competência, prover o ensino de nossa profissão de que tanto nos orgulhamos. Como exemplo de excelência cito aqui o Curso de Medicina da UECE, que recentemente tirou a média 5 (ter-ceiro lugar), na avaliação nacional do ENADE. Então, devemos sempre defender a qualidade dos futuros médicos, proposição esta, defendida por este Conselho Regional de Medicina. Zero Dolor ― para a turma de 1967, que aqui é hoje homenageada, pela sua lisura contínua ao longo deste meio século, um verdadeiro paradigma para as gerações futuras. Sempre achei que a nossa turma tinha em si uma bondade generalizada intrínseca, que nos manteve distinguida em sua decência até os dias atuais. Finalmente, lamen-tamos que cerca de duas dezenas de colegas já nos deixaram, uma delas poucas semanas atrás.
Ao Presidente deste Conselho, não podemos olvidar a distinta atitude para com a nossa turma e lhe agradecemos, portanto, as homenagens recebidas. ITA EST.
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DIPLOMA DE MÉRITO ÉTICO - PROFISSIONAL
Edilson Diógenes Pinheiro / cons. Helvécio Neves Feitosa
Francisco João da Silva / cons. Lino Antonio Cavalcanti Holanda
Geraldo Madeira Sobrinho / conselheiro Rafael Dias Marques Nogueira / um seu descendente
Luiz Airesneide Aires Leal / conselheira Ana Lúcia Araújo Nocrato
Manassés Claudino Fonteles recebe sua honraria das mãos do conselheiro Ivan Moura Fé
Manuel Tertulino de Freitas / cons. Roberto Wagner Bezerra de Araújo
João Carlos Pinho Rêgo / Dr. Heládio Feitosa de Castro Filho José Milad Siqueira Karbage / Dr. Alexandre Karbage José Ruver Lima Herculano / conselheira Valéria Goes Ferreira Pinheiro
Gilberto Garcia Sobral / cons. Roger Murilo Ribeiro Soares Hermenegildo Farias Filho / seu filho Michael Yury Farias de Sá
Fernando Alves Tavares recebe o Diploma de Francisco Leite de Lucena / cons. Lúcio Flávio Gonzaga Silva
Francisco Martins Ferreira Filho / Ricardo Lotif Araújo
Fernando Alves Tavares / cons. José Fernandes Dantas Dalgimar Beserra de Menezes / Presidente Ivan Moura Fé
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Manassés Claudino Fonteles discursa em nome dos agraciados com o Diploma de Mérito Ético-Profissional. (vide pág. 08)
Marlene Ferreira de Freitas / cons. Roberto Wagner / Manuel Tertulino de Freitas
Maria Inaura Ferreira da Silva / cons. José Carlos Figueiredo Martins
Maria Helena Calixto de Alencar / cons. Roger Murilo
Sílvia Maria Lima Lemos / cons. Lino Antonio
Walber Pinto Vieira / cons. José Fernandes Wilson Silva Júnior / Dra. Isabelle Barreto Silva, filha
Vander Jamil Tebet / cons. Francisco Alequy de Vasconcellos Filho
Vitoriano Antunes Barbosa / cons. Alequy
Dr. Samuel Diógenes recebe o diploma da Dra. Maria José Pimenetel Brandão / cons. Érico Arruda
Maurício de Oliveira Asssunção / cons. Flávio Leitão de Carvalho Filho
Maria Celeste Freire e Nóbrega / conselheira Valéria Pinheiro Maria do Socorro Rosado Soares / cons. Ivan Moura Fé
Assistência do Evento
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