ESC OLA B ÁSIC A 2 .3 C ONDE DE OEIRAS
N º 1
DEZEMBRO DE
2010
N E S T A E D I Ç Ã O :
TAGARELA
Editorial 2
O Dia-a-dia na Escola
3
Escrita Livre 8
As Nossas Leituras
12
Visitas de Estudo
13
Saber Mais 15
Comemorações 16
Espaço dos Mais Novos
18
Este é o ano em que estamos a comemorar o centenário da República. Foi no dia 5 de Outubro de 1910 que José Relvas proclamou a implantação da
República, na varanda da Câmara Municipal de Lisboa, com o objectivo de tornar a nossa sociedade mais justa e com maior igualdade entre as pessoas. Foi então nomeado um Governo Provisório, presidido por Teófilo Braga.
Os republicanos conseguiram então acabar com a monarquia e substituir o rei por um presidente eleito. A partir desta altura, os cidadãos passaram a eleger quem
os liderava. Logo após a implantação da República, foram adoptados dois símbolos que ainda hoje são muito importantes para nós: “A Portuguesa” passou a ser o hino nacional; Adoptou-se a bandeira vermelha e verde.
Francisco Alfaia, Gonçalo
Cordeiro e Leonor Frazão, 6º E
As comemorações têm que se lhe diga. Os aconteci-mentos antigos (e a República faz 100 anos!) não colhem normalmente uma aceitação geral. Haverá quem diga bem e haverá quem diga mal... da República. Lá vem a história “O velho, o rapaz e o burro”!
Pois então que direi eu? Há cem anos atrás, naquela barricada do cimo da Aveni-da da Liberdade, um punhado de gente, mistura de republicanos e gente do povo em geral, lutou por mudanças. Estou em crer que a história não lhes trouxe exacta-mente o que estavam à espera. Mas houve mudança. E somos agora todos livres e iguais? Pois não sei... uns mais iguais que outros, talvez. Mas essas ideias são ideais. E quando os ideais são bons, são como os sonhos, há que os ter, há que tentar agarrá-los... são um motor da vida.
Pois da vida eu gosto. Hoje vivemos de forma diferente graças também a essas lutas. E as comemorações são vida. Saem livros novos, fazem-se exposições, desfi-les, trocam-se ideias e a vida de hoje agita-se. A nossa escola agarrou a ideia e mostra como está viva. Estamos em tempo de crise (e não é para comemorar a que havia nessa época), mas a criatividade vence sempre.
Os mais pequeninos fazem das ideias chapéus fantásticos, é preciso vê-los, bem no alto, erguidos em poses vaidosas.
AS COMEMORAÇÕES TÊM QUE SE LHE DIGA...
Continua pág. 3
CENTENÁRIO DA REPÚBLICA
TAGARELA
O primeiro período escolar
chega ao fim, quase sem
nos darmos conta, aí está de novo o
Natal.
Natal, uma pausa no Inverno, um
tempo necessário de felicidade e ale-
gria para todas as famílias e em espe-
cial para todas as crianças.
Mas… todos sabemos que assim
não é. A solidão mantém-se para mui-
tos, a falta de trabalho assume propor-
ções preocupantes, os jovens têm
cada vez menos perspectivas e muitas
crianças continuam sem ter garantidas
as condições mínimas de vida neces-
sárias a um harmonioso desenvolvi-
mento.
Mas é nos momentos difíceis,
momentos de crise, que não podemos
ficar parados no desalento. Estes tem-
pos adversos obrigam-nos a uma
maior criatividade, a reequacionar
tudo, os valores, os hábitos e as práti-
cas. Obrigam-nos a olhar à volta e
pensar que somos seres sociais e que
não existimos sem os outros.
Vamos, pois, ser mais solidários,
mais preocupados com os mais
desamparados, vamos partilhar, pro-
curando que cada criança tenha direito
a ser feliz.
Vamos todos neste Natal e no
próximo Ano estar atentos, não permi-
tindo que os que estão sozinhos
fiquem mais sós, e em conjunto pos-
samos novamente plantar a esperança
e oferecer um sorriso.
A todos os alunos e seus fami-
liares, a todos os que trabalham
neste agrupamento, desejamos um
bom tempo de Natal e um Novo Ano
mais solidário.
O director
Carlos Figueira
Bla! Bla! Bla!
Mais um Ano na República! O nosso amigo Tagarela continua com o seu Bla! Bla! Bla!... Para aplaudir comemorações, mas também para dizer mal, como
alguns que talvez não tenham gostado da República! Lá vem a história “O Velho, o Rapaz e o Burro” , como alguém refere neste jornal.
Sempre atento e actual, o nosso Tagarela Bla! Bla! Bla! foi-me falando da “crise” e, num tom mais confidencial, também se queixou da falta de papel que o obrigou a encolher-se…
Mas não desapareceu! Cá está ele e o seu Bla! Bla! Bla!
Profª Noémia Cardoso
EDITORIAL Ficha Técnica:
Propriedade:
Escola Conde de Oeiras
Redacção:
Profª Fátima Santos
Diogo Moura-5ºD António Malato-5ºD Mafalda Vantacich-5ºF Matilde Leiria-5ºF Filipa Chambel-5ºG Mariana Costa-5ºG
Leonor Monteiro-5ºG
Madalena Ferreira-5ºH Bruna Gomes-5ºH Rodrigo Silva-5ºI
Paula Nunes-6ºC
Gonçalo Dias-6ºE
Gonçalo Cordeiro-6ºE Bernardo Santos-6ºE
João Costa-6ºE
Edição e Montagem:
Profª Noémia Cardoso
Suplemento Desportivo:
Prof.ª Margarida Oliveira
Prof. Luís Tralhão
Impressão:
Reprografia da escola
llda Gomes
Francisco Limão, 2008/09
Página 2
Página 3 TAGARELA
O Dia-a-dia na Escola
Foi com mais calma que olhei o mar! Um barco aproximava-se da margem e, num tempo de recordações, veio-me à ideia a frase tantas vezes repetida “Estamos todos no mesmo barco” – quantas vezes esta frase serviu de mote para reuninões com Encarregados de Educação, alunos, professores e funcionários, na Escola que mora ao lado. (fica mesmo ao lado, acreditem!)
E a metáfora chamava pela imaginação: podia ser um barco de remos, ou um barco de canoagem. Com remos ou pagaias é preciso remar... na mesma direcção e de forma articulada; não se exibem os remos para ver qual o melhor! É um esforço de conjunto que faz o barco deslizar: calmamente, em águas mansas, ou em águas mais agitadas, ainda com mais energia. Ao mínimo deslize, o barco recua, não avança e anda à deriva. O esforço, a colaboração, a entreajuda são indispensáveis ao sucesso da viagem ou ao êxito da competição.
É assim na Escola: A viagem educativa exige o esforço de todos, Encarregados de Educação, alunos, professores, funcionários. Cada um destes intervenientes são remadores e a ARTICULAÇÃO entre todos os movimentos é que faz deslizar o barco e prosseguir viagem; cada um tem o seu papel e os papéis não podem ser confundidos. Os Encarregados de Educação educam (e não é pleonasmo, é a força da verdade), os professores professam (numa alteração semântica, ensinam), os alunos são aprendentes (e só aprende quem está motivado para aprender) e os funcionários têm funções próprias neste contexto educativo. Todos são indispensáveis, mas sem rankings de valoração. É nas tempestades e nos momentos difíceis que a colaboração e articulação são
mais necessárias: é o trabalho de conjunto que vai equilibrando o barco.
É preciso “remar” para o mesmo lado; quando alguém quer evidenciar a sua superioridade e tenta remar para outro lado, o barco desvia-se do seu caminho, anda à deriva e o pior pode acontecer: meter água, ficar em perigo e, nessa altura, são os alunos – remadores principiantes, os mais atingidos. Não é pondo em causa o trabalho dos outros que algum sucesso se constrói. Questionar, sim, mas para esclarecer, melhorar e avançar! O tempo gasto em questões pouco importantes fará falta na viagem, com vista ao sucesso final.
A Escola é essencialmente uma viagem de aprendizagens e conhecimento, não é uma viagem de recreio e os Encarregados de Educação são os primeiros agentes da motivação para aprender. É fora da Escola, no quotidiano de cada um dos alunos que a Escola se prepara e método e disciplina devem fazer parte das tarefas diárias. Valores interiorizados são valores praticados e a interiorização decorre de uma rotina diária.
Valorizar é um princípio inquestionável. Valorizar, acreditar e respeitar são os verbos-chave na construção do diário de bordo da viagem que todos querem de sucesso.
Profª Irene Cardona
UM BARCO NO MAR ... Uma Viagem de Sucesso!
Os mais velhos pintam t-shirts que até vão ao Palácio, desfilam modas e mostram como se namora/namorava!!! E os demais, entre experiências de ciências, jogos tradicionais, estudos de artistas tão bons como Stuart de Car-valhais e a boa alimentação de tempos que já lá vão, refazem praças, quiosques, escolas, correios, revivem piqueniques, brinquedos e fazem deste brincar um aprender. Juntam-se disciplinas, conversam os professores, disputam-se os lugares para melhor se exporem os trabalhos. Convida-se gente importante que fala tão bem de temas difíceis que enchem salas grandes. Organizam-se visitas de estudo, vêem-se filmes, o teatro vem à escola e os fantoches vão dizendo umas verdades enquanto se batem ...“ e ora toma...” Enchem-se as paredes de tra-balhos, as salas de actividades, e o dia escolhido vai ser um vaivém de meninos, uns a ver, outros a mostrar, a cantar os hinos afinados, empolgados e a desfilar...
E eu dou comigo a pensar que, se não vale a pena comemorar, vale pelo menos para ver a escola assim a funcionar, todos juntos, todos trabalham, cada um tão diferente a construir uma ideia e assim a aprender um pou-co de História e muito mais.
Profª Margarida Leitão
AS COMEMORAÇÕES TÊM QUE SE LHE DIGA...
Continuação ...
Página 4 TAGARELA
O Dia-a-dia na Escola
Construímos uma história matemática... Quem pensa na palavra Matemática, associa-a logo
às acções de calcular e de medir. Mas isso é uma ideia muito arcaica, pois os povos antigos, para além destas funções, também comunicavam e registavam as suas ideias em papiros, arte rupestre e, posteriormente, com canetas e papel. Actualmente, o desenvolvimento das tecnologias não podia passar ao lado do desenvolvi-mento das ideias matemáticas: é preciso comunicar, justificar e explicar conceitos de modo a desenvolver o raciocínio. Não basta utilizar calculadoras e computa-dores, é preciso saber fazer relatórios, descrever o que se observou e quais as conclusões a que se chegou. A finalidade das TIC (Tecnologias de Informação e Comu-nicação) não é “saber carregar nas teclas”, mas perce-ber “como” e “porquê” se realizam determinadas ope-rações.
Os Novos Programas de Matemática explicitam as competências de comunicação e nós, professoras de Matemática, combinámos em grupo o desenvolvimento de uma actividade a realizar nas aulas de Estudo Acompanhado: pedimos que os alunos construíssem uma história sobre o cubo. O texto poderia ser narrati-vo, poético, até banda desenhada, mas teria sete pala-vras obrigatórias: pirâmide, poliedro, polígono, face, aresta, paralela e perpendicular. Este trabalho dos alu-nos seria avaliado segundo critérios de correcção orto-gráfica e sintáctica e, do ponto de vista matemático, da
clareza das ideias e correcção científica. Analisando os trabalhos dos alunos, ficámos satis-
feitas. De um modo geral, eles foram criativos, respon-sáveis e organizados. Detectámos confusões de con-ceitos, por exemplo, um cubo não é um polígono, uma aresta não é uma recta. Foi necessário clarificar as confusões científicas que não seriam tão fáceis de detectar se não tivéssemos proposto este trabalho aos alunos. Também a ligação interdisciplinar foi importante para todos, pois todas aprendemos!
A profª Isabel Duarte Paula
Era uma vez um cubo que não sabia que o era e, por isso, andava a fazer perguntas sobre ele a torto e a direito.
Um dia, uma pirâmide quis pôr fim ao mistério do cubo e disse-lhe:
- Vim responder às tuas perguntas. – E o cubo, com um sorriso, permaneceu calado – Tu és um cubo, um prisma especial, és um poliedro e o polígono das tuas bases é o quadrado que também é um rectângulo especial. As tuas faces são paralelas a comparar com as do lado contrário, enquanto as minhas (por exem-plo) são todas (ou nem todas) perpendiculares, o mes-mo acontece com as arestas! Tu tens 8 vértices e aí tens as respostas às tuas perguntas.
O cubo, muito agradecido, diz: - Obrigado, pirâmide, mas entretanto, fizeste-me
os trabalhos de casa... Catarina Matias, 5ºI
Era uma vez um cubo. Sentia-se sozinho, mas um
dia encontrou uma pirâmide. Eles tinham 6 e 5 faces, gostavam de brincar à apanhada, às escondidas…
Eles gostavam um do outro, porque eram os dois
poliedros. - Qual é o teu polígono da
base? - pergunta o cubo. - O meu polígono da base
tem a forma quadrangular, e o teu?
- Quadrangular! Nós temos muitas coisas em comum.
Um dia, quando foram pas-sear pelo parque, encontraram um papel no chão que perguntava:
- Quantas arestas tens? - O cubo respondeu: - Eu tenho 12. - E eu tenho 10. Depois encontraram outro que perguntava: - Tens arestas paralelas ou perpendiculares? - Eu tenho paralelas e perpendiculares. - E eu também - diz a pirâmide. Deixaram os papéis e foram brincar juntos por tudo
o que havia. Passados alguns dias, o cubo pediu-a em casamento. E ela disse que sim.
Pedro Santos, 5ºB
Era uma vez um cubo...
Aqui ficam alguns trabalhos ...
Ilustração de André Fatela, 5ºB
O Dia-a-dia na Escola
Página 5 TAGARELA
S abemos, pela História e pela Arqueologia
que, desde sempre, os seres humanos utili-
zaram formas de comunicação diversificadas, sendo
uma delas a letra, que não é mais do que um caracter
do alfabeto. Ora, este caracter do alfabeto mais não é
do que, simplesmente, um desenho ou sinal gráfico
com que se representam os fonemas de uma língua.
As letras também têm nomes específicos asso-
ciados ao som. Esses nomes podem diferir conforme
a língua, dialecto e história, mas tendem a acompa-
nhar a sonoridade de cada letra em determinada lín-
gua.
A invenção das letras terá sido precedida pela
escrita semítica ocidental, que apareceu em Canaã
por volta do ano 1000 a.C., ainda que, actualmente,
alguns indícios arqueológicos e respectivos estudos
apontem para uma muito maior ancestralidade.
Praticamente todos os alfabetos actuais têm as
suas origens neste sistema. O alfabeto grego inventa-
do por volta de 800 a.C., é apresentado como o pri-
meiro alfabeto completo, atribuindo letras às con-
soantes e também às vogais.
A letra, em Educação Visual e Tecnológica, é
usada como meio de comunicação escrita e ainda
como forma de comunicação visual.
Existem vários tipos de letra (desenhos) diferen-
tes. Em artes gráficas, a letra deve ser utilizada pen-
sando sempre onde e para que fim vai ser utilizada.
Aprendemos que as letras têm duas dimensões,
são bidimensionais, e que todas as letras de um tipo
de alfabeto têm uma relação entre elas que é dada
pela largura e a altura.
Na aula de EVT, trabalhámos o desenho de letra
com uma aplicação personalizada, criando monogra-
mas como identificação pessoal.
Para mais exemplos desta unidade de trabalho
das Turmas B e H do 5º Ano, consulta o blog Esboço
a Vários Traços (http://lourdes-evt.blogspot.com), da
professora Lourdes Calmeiro.
Poderás ainda pesquisar na internet e apreciar
obras de dois artistas plásticos portugueses que usa-
ram a letra nas suas obras artísticas: João Vieira e
Ana Hatherly.
Profª Lourdes Calmeiro
A Letra em Educação Visual e Tecnológica
Página 6 TAGARELA
O Dia-a-dia na Escola
O tabaco é muito perigoso, pois pode causar a morte. Causa também gra-
ves doenças, como o cancro pulmonar. O tabaco não só causa doenças,
como polui o ambiente. Diga não ao tabaco e sim à vida! Se não consegue
deixar de fumar, faça um esforço, por si e pelo nosso ambiente.
Resolvemos tentar saber se há jovens fumadores na nossa escola e fizemos este inquérito.
Claro que a maioria dos alunos que tentámos entrevistar não quis responder. Lá conseguimos,
com algum esforço, obter algumas respostas de um deles:
Equipa do jornal - Olá, como te chamas?
Aluno - Claro que não te vou dizer o meu nome.
E.J. - Quantos anos tens?
A. - Tenho 15, e ando na Conde de Oeiras.
E.J. - Tu fumas?
A. - Sim, fumo com os meus amigos.
E.J. - Há quanto tempo?
A. - Desde os doze anos.
E.J. - Vocês fumam na escola?
A. - Às vezes, às escondidas, claro! Até agora ainda não fomos apanhados!
(risos)
E.J. - Por que razão começaste a fumar?
A. - Olha, experimentei com uns amigos e gostei…
E.J. - E não tens a noção de que te faz mal?
A. - Saber, sei… mas sabe tão bem , com os amigos!
E.J. - Os teus pais sabem que fumas?
A. - Não, não têm nada que saber! Mas acho que desconfiam …
E.J. - Achas que vais parar algum dia?
A. - Para já não penso nisso.
E.J. – Obrigada por teres respondido. Esperamos que fiques a pensar no mal que andas a fazer a ti próprio. Não
leves a mal…
A: - Não levo nada a mal. “Tásse” bem.
Mariana Costa e Leonor Monteiro, 5º G
O perigo do tabaco
Página 7 TAGARELA
O Dia-a-dia na Escola
Doce de Maçã
Comprámos as maçãs Descascámos
Cortámos Deitámos as maçãs cortadas num alguidar
Pesámos o açúcar e as maçãs Deitámos tudo num tacho e foi ao lume a cozer
O doce está pronto!
Trabalho realizado pelos alunos:
Tomás Delville Tiago Teotónio João Santos
Raquel Conrado Pedro Monteiro Tomás David
No âmbito da comemoração do dia de S. Martinho, os alunos com Currículo Específico, realizaram esta actividade culinária na aula de A.V.D. (Actividades da Vida Diária)
Página 8 TAGARELA
Escrita Livre
E LÁ VOLTARAM AS AULAS…
Na primeira semana, encontrei velhos amigos e conheci novos. Voltei a poder entrar numa sala de magia, onde
estão várias mesas com cadeiras, todas para os alunos se sentarem e aprenderem coisas fantásticas. Voltei a
poder comprar os lápis, borrachas, afias, canetas, réguas … Voltei a poder olhar para o quadro verde onde o giz
passa e deixa um rasto cor de neve. Voltei a poder abrir os livros e cheirar as páginas cheias de conhecimento. Vol-
tei a poder somar, multiplicar, ler, escrever, desenhar e, o mais importante, aprender. Voltei a poder estudar para os
testes e soltar tudo o que sei neles. Voltei a poder escrever textos com aventuras divertidíssimas. Voltei a poder
maravilhar-me com a natureza e os animais.
Voltei a poder desenhar o futuro…
Bernardo Santos, 6ºE
Raios de sol entram pela janela,
É hoje o dia, é dia de escola,
Conhecer novos amigos,
Ou rever os antigos,
Melhorar os estudos e aprendizagens
Encontrar no mundo novas paisagens
Cambalhotas e trambolhões
Ao longo da vida damos
Recomeçar tudo do início, é coisa de que gostamos.
Maria Miguel Neves – 6º G
Remar pelo mar da angústia até ao outro lado chegar.
Encontrar um ponto luminoso quando estamos às cegas.
Centrar a nossa energia numa coisa que já fizemos, é quase tão difícil como engolir um míssil.
Olhar para o futuro como um chão muito duro, é o que temos de fazer, para podermos aprender.
Molhar os pés num lago a ferver, é tão fácil como ir para a escola aprender.
Escondermo-nos dos problemas, é a pior coisa que podemos fazer, ou os conseguimos enfrentar, ou ficamos em
casa a tremer.
Começar de novo é o que temos de fazer, pois temos de ir para a escola ,estudar e aprender.
Amanhã ninguém pode levar pastilhas.
Rua! É o que a professora nos diz, quando nos portamos mal, ou metemos os dedos no nariz.
Sebastião Neves, 6º E
RECOMEÇAR
Escrita Livre
TAGARELA Página 9
Uma vila sem cores Certo dia, em Vila Franca, houve uma grande tem-
pestade. A chuva foi tanta que limpou a tinta às casas
e aos edifícios, inundou jardins e ruas.
A vila ficou sem cores. O sol escondeu-se e o céu
passou a ser cinzento. As pessoas ficaram tristes,
sem vontade para fazer nada.
As pessoas de Vila Franca eram pessoas pobres,
sem dinheiro e que viviam e comiam dos produtos
que a agricultura e a pastorícia lhes davam.
Mas, com a desgraça que tiveram, passavam os
dias a dormir, não comiam, as crianças não iam à
escola nem brincavam. Viviam numa grande tristeza.
Esta história chegou aos ouvidos do Sr. Pereira,
que era dono de uma quinta que tinha muitas perei-
ras. Era um homem rico e feliz, porque as suas
pereiras, todos os dias, davam muitas peras docinhas
e suculentas e conseguia vendê-las todas no merca-
do.
Dinheiro não lhe faltava e, ao ouvir a grande des-
graça em Vila Franca, prontificou-se logo a ajudar.
Quando chegou à vila, não havia ninguém nas
ruas, estava tudo sujo e cinzento, não havia cores.
Indignado e preocupado com a falta do movimento
próprio de uma vila, começou a gritar:
- Ó gente da terra!!! Ó gente da terra!!!
Pouco depois, começaram a abrir-se portas de
casas e a aparecer algumas pessoas. O Sr. Pereira
perguntou:
- O que é que se passa aqui? No meio desta
desgraça, temos que começar a trabalhar, pôr mãos
ao trabalho.
Ao aperceberem-se de que havia uma pessoa
caridosa pronta a ajudá-los, começaram a juntar-se
muito mais pessoas no largo da vila.
Começaram a organizar-se em grupos, arregaça-
ram as mangas e puseram as mãos ao trabalho.
O Sr. Pereira arranjou tintas para pintarem as
casas das mais diversas cores e ferramentas para
reconstruírem tudo aquilo que ficou estragado.
Tudo começou a ficar com cores. Os homens pin-
tavam e arranjavam as casas e as mulheres arranja-
vam bonitas flores para ornamentar as janelas e
enfeitar as fachadas das casas. Arranjaram os jar-
dins, limparam as ruas e plantaram novas árvores, e
muitas delas eram pereiras da quinta do Sr.Pereira.
Todos trabalhavam com alegria e entusiasmo na
reconstrução da vila, que ficou muito colorida e limpi-
nha.
Quando o trabalho acabou, as pessoas da Vila
Franca, em agradecimento ao Sr. Pereira, fizeram
uma estátua com o seu retrato, que colocaram no
meio da praça da vila.
Houve uma grande festa, com muita música e
dança, comida e bebidas.
Convidaram o Sr. Pereira para a festa, mostrando-
lhe a surpresa que tinham feito para ele, a estátua,
agradecendo todo o empenho e interesse em manter
a Vila Franca colorida.
Fizeram - lhe também um convite, nomeando-o pre-
sidente da vila, passando, assim, a vila sem cores a
chamar-se Vila Franca Pereira.
Gonçalo Dias, 6ºE
Página 10 TAGARELA
Escrita Livre
Professora Maria Cristina Carvalho (1º ano na escola)
Estava eu a entrar na casa terrivelmente assustadora, abri a porta que chiou e depois…
- Pai, cheguei a casa. - Disse eu.
Logo a seguir, defrontei-me com uma escadaria enorme para ir até à sala. Desci e, de repente, um mostro
meteu-se no meu caminho, não me deixando passar (Resumindo: Desci duas
escadas para ir à sala buscar o computador e a minha irmã chata meteu-se à
minha frente a irritar-me). Quando finalmente me livrei do monstro, agarrei no
PC e subi a enorme escadaria. Depois subi algumas escadas até ao meu
quarto e tive de sofrer uma tortura horrível, os T.P.C.
Primeiro os de Matemática, em que o sinal de multiplicação parecia o sinal
de morte e depois os de Língua Portuguesa, em que as letras me atacavam
por todos os lados. No fim do trabalho de L.P. pedia para fazermos um texto.
Peguei no caderno, atirei-o para o chão, saltei para cima dele e por fim rasguei
-o. Depois de ter soltado a raiva, peguei no computador, liguei-o e abri página
Word (adoro dizer Word). Olhei para o teclado, cocei a cabeça (é o que faço quando estou a pensar) e suspirei:
- “Rasmabrasasca” que não sei o que é que vou escrever...
Bernardo Santos, 6º E
“Rasmabrasasca que não sei o que vou escrever”
No primeiro dia de aulas os meus sentidos estavam despertos. Os olhares e os gestos entrevistos eram curio-
sos, vivos, vibrantes e brilhantes. A realidade era nova, desafiante e, por isso mesmo, sedutora.
No ar respirado sentiam-se desafios e promessas. Promessas veladas, tímidas, ondulantes e trémulas paira-
vam no ar e os desafios espreitavam aliciantes e divertidos.
Os meus sentidos estavam despertos e o caminho começou a delinear-se com compromissos explícitos e
implícitos, misturados com olhares e gestos interessantes, intensos, frementes e luzentes.
As promessas e os desafios mantiveram-se, vivificaram-se e transformaram-se todos os dias.
A memória dos meus sentidos despertos no primeiro dia de aulas está guardada numa caixa de recordações
que se chama esperança.
Sentidos despertos
Eu sou o João Oliveira, sou um rapaz como os outros.Com desejos, com defeitos , com humor. O que eu
quero dizer é…eu não sou perfeito; ninguém é perfeito! Tenho dez anos e nasci naquela tarde de terça-feira do
dia dez de Janeiro do ano de 2000. O meu pai contou-me tudo sobre aquele dia ,desde a manhã linda em que a
minha mãe acordou , até aos gritos de dor dela no parto. Sou apenas um indivíduo de olhos castanhos e cabelo
castanho, não perfeito, com o desejo de ter a paz no mundo . Tenho um peixe chamado Pastelão. Antes tinha
quatro, dois dourados e dois cinzentos .Primeiro morreram os dourados, e depois o primeiro cinza, ou seja,
sobreviveu o Pastelão. Mas todos temos de morrer, e mais, como costumam dizer “o sobrevivente morrerá sem-
pre “. Ando na escola Conde de Oeiras e sou novato, como costumam dizer “caloiro”. Não tenho amigos preferi-
dos, nem inimigos . Opto sempre pela fórmula “Peace and Love”. Espero ser bom aluno; eu acho que sou .
Espero que gostem de mim como sou, porque não vou mudar!
João Oliveira, 5ºD
Quem sou eu?
Página 11 TAGARELA
Escrita Livre
A Lenga-lenga do cubo
A Alexandra tem riso de salamandra.
A Ana anda sempre à pancada com a Mariana.
O André bebe água do bidé.
A Beatriz tira macacos do nariz.
O Bernardo é péssimo a lançar o dardo.
A Filipa é alérgica à túlipa.
O Francisco gosta de petisco.
O Francisco Geada perde sempre na charada.
O Francisco Alfaia anda sempre de saia.
O Gonçalo adora tocar o badalo.
O Gonçalo Dias adora perfumarias.
A Inês come arroz chinês.
A Inês Rodrigues não gosta de perdizes.
O João anda de pião.
O João Neves não gosta de percebes.
O José cheira a chulé.
A Leonor está sempre com dor.
A Margarida não quer tomar a bebida.
A Mariana parece uma banana.
O Martim não percebe nada do espadachim.
O Miguel está sempre metido no granel.
O Pedro Pinto gosta de beber vinho tinto.
A Rita é toda catita.
O Rodrigo não tem umbigo.
A Sara gosta de jogar ao jogo da barra.
A Sofia cortou-se num afia.
O Tiago está gago.
O Tomás não gosta de bacalhau à brás.
Gonçalo Dias e Ana Sofia, 6º E
RETRATO DO 6ºE
Um cubo Um cubinho Foi à vila Trouxe vinho Correu, correu Que as pernas esqueceu Caiu numa aresta Não sabia como se safar desta Correu, correu Viu uma linha paralela E logo se distraiu com ela Correu, correu Lembrou-se do vinho Veio o poliedro Partiu-lhe o vidro E o vinho espalhou-se pelo chão Uma face estava com vinho E virou o caminho Comprou um chocolate magno E viu um polígono À pirâmide deu O chocolatinho seu Viu uma linha perpendicular E para ela ficou a olhar O cubinho distraído Que o vinho se esqueceu de comprar.
Filipa Chambel, 5º G
Quando o Outono chega
é só diversão
olhamos a nossa volta
e só há folhas no chão
Vou brincar amanhã
saltar e correr pelas ruas
vou comer romã
e olhar as árvores nuas
Começa a ficar frio
vou agasalhar-me
não quero ter um arrepio
nem constipar-me
O Verão acabou
da praia me vou lembrar
o Outono começou
é tempo de castanhas assar
João Costa, 6º E
O Outono
Página 12 TAGARELA
As Nossas Leituras
Título: “O peixe azul”
Autor: Margarida Fonseca Santos
Editora: Editorial Presença
Assunto:
O livro trata de um menino chamado Daniel, que vivia com o pai, a mãe, a irmã e o avô. Numa certa noite, o Daniel tem um sonho longo: a irmã entrou no quarto que ele partilhava com o seu avô, puxou os cortinados e foi-se embora. Quando olhou para o lado, o Daniel viu um peixe azul a voar. Nem queria acreditar! Tentou mostrar o peixe ao avô. De início, o avô não o via. Depois, quando se concentrou, começou a sentir a cauda dele na mão, depois viu-lhe a barbatana e finalmente viu-o todo. O Daniel deu o nome de “Fish” ao peixe azul e fez uma caixa de cartão para lhe servir de casa. Pintou uma folha A4 toda em tons de azul. O “Fish” deitou-se lá. Então, o Daniel chamou a irmã para ver se ela também conseguia ver o “Fish” ou não. Ela não conseguiu vê-lo e, por isso, o Daniel e o avô chegaram à conclusão de que só eles os dois o viam. O Daniel sonha ainda que vão para a praia de férias, leva o “Fish” numa garrafa, porque ele não parava quieto. Na praia encontraram o “Hugo”. Era o sonho de um cachalote bebé e explicou-lhes que ele e o “Fish” tinham conseguido sair do Mundo dos Sonhos, porque havia um rasgão por onde eles passaram. Eles queriam muito experimentar viver no mundo real. Durante a noite, os dois sonhos levaram o Daniel para os ajudar a fechar o rasgão no Mundo dos Sonhos. E encontraram a Hele-na, outro sonho, e, com a ajuda dela, fecharam o rasgão. Os sonhos regressaram ao seu mundo e o Daniel acor-dou do sonho.
Personagem de que mais gostei:
A personagem de que mais gostei foi o peixe azul, o “Fish”, porque é um sonho divertido e não consegue dizer
sim ou não, que substitui por “parece que sim” ou “parece que não”…
Momento da acção de que mais gostei:
Gostei mais do momento em que o Daniel entrou no Mundo dos Sonhos e, juntamente com alguns deles (a
Helena, o Hugo, o “Fish” e as sensações), “atraíram” o medo, a confusão e a insegurança para o Mundo dos
Sonhos, onde os fecharam, porque foi um trabalho de equipa muito divertido.
Recomendo/Não recomendo a leitura deste livro porque…
Este é um livro que eu recomendo, porque conta a história de um sonho, onde se passam outros sonhos que
se confundem com a realidade.
Dados Biográficos da autora:
Nasceu em Lisboa, a 29 de Novembro de 1960.Tirou o Curso Superior de Piano no Conservatório Nacional,
tendo como objectivo ser professora de Formação Musical no ensino vocacional. Deu aulas em várias escolas,
nomeadamente na Escola Superior de Música de Lisboa entre 1990 e 2005. Começou a escrever em 1993 e nes-
te momento dedica-se a tempo inteiro à escrita. Tem vários livros publicados, na sua grande maioria para crianças
e jovens, e escreve com regularidade para teatro. Orienta ateliês de escrita com crianças, adultos e professores
(Escrita Criativa, Escrever teatro para Crianças e Jovens,). Publicou, em co-autoria com Elsa Serra, o manual de
Escrita Criativa “Quero ser escritor!”. É membro fundador do “Clic - Clube de Literatura, Ilustração e Companhia”.
Foi responsável pela coluna “Crescer a ler” do Suplemento de Educação do Jornal de Letras e pelo apontamento
“Bicho-de-conta” (contos para crianças) na Antena 1, Programa “À volta dos dias”. Ganhou vários prémios de
onde se destacam Prémio Revelação Ficção APE/IPLB e Prémio Nacional do Conto Manuel da Fonseca (1996).
Paralelamente, trabalha treino mental para a performance, bem como o uso pedagógico e terapêutico da metáfo-
ra.
Gonçalo Cordeiro, 6º E
O PEIXE AZUL
Ficha de leitura
Página 13 TAGARELA
Visitas de Estudo
No dia 4 de Novembro, os alu-
nos de E.M.R.C. foram a Fátima, à
casa dos pastorinhos, e ao local
onde apareceu o Anjo. Na visita, o
grupo foi à Basílica, à Capela da
Aparição, ler três orações e à igreja
da Santíssima Trindade. Viram
também um filme que explica a
história do aparecimento de Nossa
Senhora. Foram a casa do
Francisco e da Jacinta(dois dos
três pastorinhos), e da Lúcia.
Receberam um terço com o qual
rezaram no autocarro, no regresso
para a escola. Como se a alegria
de visitar Fátima não bastasse, os
alunos de E.M.R.C. também vão
fazer vários desenhos que vão ser
expostos no Centro de Recursos, e
também um outro trabalho em
banda desenhada, que explique, a
quem não sabe, a história de
Fátima.
Paula Nunes, 6º C
VISITA AO SANTUÁRIO DE FÁTIMA
No dia 4 de Outubro, a turma do 5º B e do 6º
H foram visitar o museu da Presidência da República,
acompanhados pelas suas respectivas Directoras de
Turma.
Quando chegámos, vimos dois soldados a
guardar o museu.
Ao entrarmos, passámos por umas máquinas, para
ver se tínhamos alguma arma e, ao longo do corre-
dor, havia lembranças do museu.
Depois entrámos numa sala onde havia
objectos que os Portugueses trocaram com outros
países, onde encontrámos uma poltrona de madeira.
Ao subir as escadas, encontrámos uma bela
estrutura feita de ouro, que todos admiraram pela sua
perfeição e riqueza. Noutras salas ao lado, estavam
todos os presidentes que por lá passaram e também
algumas espadas e escudos.
Andámos por vários corredores e vimos
alguns pertences de José Saramago, como por
exemplo: óculos, caneta, relógio…
Vimos que Amália Rodrigues foi condecorada
pelo Presidente da República (Mário Soares) em
1986, vimos a taça Manuelina, a Emissora Nacional,
o relógio de bolso do Almirante Mendes Cabeçadas e
também, logo ao início, vimos o Gomil de Portugal do
século XVI (1520- 1540) uma colecção que foi usada
no banquete do Mosteiro de Alcobaça.
Ao sair das salas fomos para o jardim onde
havia uma grande fonte, e lá lanchámos.
Gostámos muito desta visita, porque aprende-
mos muita coisa! Ana Filipa Novo, 5ºB
Visita ao museu da presidência da república
Página 14 TAGARELA
Visitas de Estudo
Visita ao Museu Nacional de Arte Antiga
No dia 26 de Outubro, a minha turma,
6º C, foi fazer uma visita de estudo ao Museu Nacio-
nal de Arte Antiga, que fica em Lisboa, na Rua das
Janelas Verdes.
Entrámos no Museu e pusemos as mochilas
e as camisolas nos cabides que havia no lado
esquerdo da entrada, e ficámos à espera da monito-
ra. Enquanto esperávamos pelas professoras que nos
acompanharam, começaram a tirar fotografias de tur-
ma.
Passado um pouco chegou a monitora, que
nos indicou o que íamos ver. Fomos para o 1º piso e
vimos quadros, esculturas de marfim, a Custódia de
Belém, e muitas outras peças do Séc. XVI. Certas
peças vieram de terras descobertas pelos Portugue-
ses.
Eu gostei muito e acho que valeu a pena a
visita e a nossa monitora explicou e tirou todas as
dúvidas que tínhamos.
David Bustorff Silva, 6º C
Custódia de Belém
No dia 2 de Novembro de 2010, as turmas do 6º G e do
6º H realizaram uma visita de estudo à Caravela “Vera Cruz”, que
se encontra no cais de Alcântara, tendo sido acompanhadas
pelas professoras Manuela Prudêncio, Carla Fernandes, Ana
Maria Conceição e Angelina Monteiro.
Os alunos visitaram várias partes do barco e puderam ver
alguns objectos da época e também especiarias, como por exem-
plo, a canela, a noz-moscada e a pimenta. Viram também a cana-
de-açúcar e a malagueta. Realizaram ainda uma pequena drama-
tização de uma história do tempo de
D. Manuel I, que envolvia a sua segunda mulher, Pedro Álvares
Cabral, Pero Vaz de Caminha e a sua esposa.
A visita de estudo foi muito interessante, pois os alunos aprenderam muitas coisas: puderam observar
como era o vestuário da época, como se falava, os instrumentos náuticos e a higiene dos tripulantes dos navios.
Inês Sanches e Sofia Santos, 6ºH
Visita à Caravela “Vera Cruz”
Página 15 TAGARELA
Saber Mais
A Obesidade é considerada pela OMS como uma doença, estando catalogada como tal no CID (código internacional de doenças).É carac-terizada pelo excesso de massa gorda de um indivíduo.
É considerado normal que um indivíduo apresente cerca de 20% do seu peso em massa gorda. A massa magra corporal é formada pelos órgãos, músculos, ossos e água muscular. Representa cerca de 80% do peso.
O excesso da massa gorda está relacionado com uma ingestão de calorias maior que a queima calórica.
A obesidade pode ter características genético - hereditárias, ou ainda estar relacionada com certas doenças.
(Continua...)
Hoje em dia é cada vez mais preocupante a quantidade de jovens (e não só…) que se alimenta muito mal e,
por isso, poderá vir a sofrer de algum distúrbio alimentar. A equipa do Jornal achou que seria interessante
pesquisar sobre este assunto, tendo como objectivo alertar os jovens da nossa escola para os perigos de
uma alimentação pouco saudável. Decidimos então falar um pouco sobre estes distúrbios: obesidade, ano-
rexia e bulimia.
DISTÚRBIOS ALIMENTARES
Obesidade
Os sintomas da bulimia são variados, graves e podem causar lesões que são difíceis de curar.
Alguns sintomas da bulimia são: Depressão Fadiga Arritmia cardíaca Irregularidade menstrual Ossos e dentes frágeis A pessoa com bulimia chega a ingerir, numa hora, em calorias, o que devia
consumir durante um dia inteiro. Sente-se culpada pelo excesso de consumo de alimentos e, para não ficar
com mais peso, o doente provoca o vómito, usa laxantes e pratica exercício físico em excesso.
O continuar deste tipo de acções permite a manutenção do peso em níveis normais ou um pouco acima, e ainda apresentar uma imagem aparentemente saudável. Pensando ser saudável, a pessoa continua a provocar o vómito. A pessoa não se dá conta da doença que tem e as outras pessoas acham o mesmo, pensando que a outra é saudável. Por isso é que a bulimia é uma doença que pode prolongar-se no tem-po.
Esta doença acontece mais com os adolescentes do sexo feminino. Os comportamentos típicos da bulimia são: Comer às escondidas; Ingerir compulsivamente alimentos excessivamente calóricos; Fazer grandes jejuns; Usar laxantes e diuréticos; Induzir o vómito; Praticar obsessivamente exercício físico.
Bulimia
Página 16 TAGARELA
Saber Mais
Curiosidades
A Anorexia é um transtorno alimentar no qual os jovens lutam pela sua magreza, o que leva a pessoa a recorrer a estratégias para perder peso. As pessoas anorécticas apresentam um medo intenso de engordar, mes-mo estando extremamente magras. Em 90% dos casos, atinge mulheres adolescentes e adultas jovens, na faixa dos 12 aos 20 anos. É uma doen-ça com riscos clínicos, podendo levar à morte por desnutrição.
O ideal é mesmo uma alimentação saudável, rica e variada!
A equipa do jornal
Bernardo, Gonçalo Cordeiro, Gonçalo Dias e João Costa, 6º E
(Continuação)
Anorexia
Se todos os cachorros quentes consumidos pelos americanos num ano fossem enfileirados, poderia ser feita
uma "ponte" que daria duas vezes a distância da Terra até a Lua.
A ovelha Dolly tem esse nome porque ela foi criada a partir de uma célula da glândula mamária da mãe, e em
homenagem aos grandes seios de Dolly Parton.
Sabias que piscas os olhos aproximadamente 25 mil vezes
por dia?
Os CDs foram concebidos para comportar 72 minutos de
música porque essa é a duração da Nona Sinfonia de
Bethoven.
Está provado que o cigarro é a maior fonte de pesquisas e
estatísticas.
Relâmpagos matam mais do que vulcões, furacões e terra-
motos.
O forno de microondas surgiu quando um pesquisador que
estudava as microondas (não o aparelho)percebeu que
elas haviam derretido o chocolate que estava no seu bolso.
As abelhas estão a desaparecer em Portugal e no mundo.
Nem cientistas, nem especialistas conseguem arranjar uma explicação.
O material mais resistente criado pela Natureza é a teia de aranha.
Os Astronautas não podem comer feijão antes das suas viagens, pois os gases podem danificar as roupas espa-
ciais.
15% das mulheres americanas mandam flores para si mesmas no dia dos namorados.
Pesquisa de Rodrigo Silva, 5º I
Página 17 TAGARELA
Comemorações
Entre os dias 11 e 15 de Outubro, os alunos da Escola Conde de Oei-
ras realizaram vários trabalhos para comemoração de uma data que
consideram tão importante.
A Alimentação Saudável é uma condição essencial para a Saúde de
todos nós!
O que foi feito? - Slogans para a construção de folhetos a serem distribuídos pela comuni-
dade escolar, no dia 15 de Outubro; - Cartazes apelativos sobre a importância da SOPA na Alimentação Equili-
brada, expostos no bufete dos alunos e também nas salas de aula; - Trabalhos em PowerPoint, para serem visualizados na turma, e alguns expostos junto ao Centro de Recursos; - Um jogo com questões sobre a Roda dos Alimentos a decorrer durante o intervalo das 9:45 h de dia 15 de Outubro, no bufete e distribuição de alimentos saudáveis (leite, bolacha Maria e maçãs) pelos alunos que dêem respostas correctas; - Pequena exposição alusiva ao tema, no Centro de Recursos, com mostra de livros, alimentos saudáveis e pequenos cartazes com os slo-gans construídos pelos alunos. Está ainda prevista, pelas professoras de Ciências, uma actividade de Intervenção no Bufete dos Alunos, com vista a uma análise crítica aos produtos vendidos e propostas de intervenção. Esta actividade iniciada na semana de 11 a 15 de Outubro vai decorrer ao longo do ano.
As professoras de CN da Escola
16 de Outubro Dia Mundial da Alimentação
Exposição de trabalhos
Na sala de Professores também se come-
morou o dia Mundial da Alimentação!
O SÃO MARTINHO
Os três da vida airada ao magusto vão ter, o vento, as nuvens e a chuva vão dançar, comer e beber.
Vou tirar a rolha à garrafa que tem vinho, porque amanhã é dia de S. Martinho.
Vão fazer a matança do porco, mas eu na cama vou ficar só volto quando for para assar castanhas e festejar.
Do pinheiro saem as pinhas das pinhas, saem os pinhões com isto no Outono se fazem grandes celebrações.
Luís e Joana, 5º B
Espaço dos Mais Novos
TAGARELA Página 18
.
As educadoras: Anabela Nozes (sala1)
Mª Conceição Monteiro (sala 2)
Mº do Rosário Oliveira (sala 3)
O tema foi lançado com o visionamen-
to de filmes a preto e branco nos qua-dros interactivos.
Os pais participaram, com os filhos, na decoração de chapéus e
trouxeram objectos e informação relativa à época da República.
Trabalhando também a matemática, todas as crianças fizeram 100 velas, para que
apreendessem a noção do tempo que já passou.
Foi feita uma drama-
tização pelas educa-
doras, consistindo
numa entrevista à
figura do Rei e do
Presidente, salien-
tando as diferenças
entre a monarquia e
a República em inte-
racção com as crian-
ças.
Para culminar, fizemos um desfile de cha-péus pelas salas da EB1 Sá de Miranda e todos levaram para casa o jornal “O Cente-nário”.
Espaço dos Mais Novos
TAGARELA Página 19
ÚLTIMA HORA
14 de Dezembro
Irão realizar-se, na Escola, diversas actividades orga-nizadas pelos vários Depar-tamentos
No Pavilhão A, um piqueni-
que, teatro de Fantoches,
Pregões, Cenár io v ivo
“Vivenciar um dia há cem
anos”, Jogos tradicionais.
Na sala B8, um sketch,
“Namorar há cem anos…E
agora!”
Na sala A8, mostra de mate-
rial de laboratório.
Na sala Multiusos, um filme
em inglês de Sherlock Hol-
mes.
Na sala de Informática, um
filme sobre a época - Buster
Keaton.
No Centro de Recursos, pro-
jecções sobre Moda, Vida há
cem anos e Temas da época,
Passagem de modelos e des-
files de chapéus e ainda,
Hinos Nacional e da Maria da
Fonte.
Peddy-paper “Caça ao tesou-
ro republicano”, no BECO
Visita de estudo (intercâmbio
com a Esc. Passos Manuel).
Exposições várias nas vitri-
nas, patamar, centro de recur-
sos e salas de aula.
A coordenadora de Projectos
Profª Arménia Pragosa
Era uma tarde de quase Dezembro: fria, mas agradável para quem gosta de passear e passar por ruas e sítios, com convite ou sem ele!
Foi então um convite especial que me levou ao Centro Cultural Palácio do Egipto: “Vai ver os trabalhos dos teus alunos – são trabalhos alusivos à Implantação da República”.
Uma primeira parte da exposição, d o c um e n t a l , d e i x av a a l g u n s pormenores de um quotidiano de época, sempre com algo ainda não ouvido ou, se ouvido, que vale a pena recordar.
“Passe Cidadão” foi a frase aproveitada para dar nome à Exposição. E, por entre os documentos históricos, os pequenos (ou talvez não) cidadãos do 9º Ano da Escola EB 2.3 Conde de Oeiras “passaram” de forma criativa: T-shirts brancas ostentavam com jovialidade e até orgulho republicano (com humor) motivos da Nova República de 5 de Outubro de 1910.
Gostei da arte (também reconheci a professora de EV) e uma certa emoção perpassou comigo ao percorrer as salas das camisolas e onde não faltaram algumas placas identificativas das ruas da República – pareciam verdadeiras!
Gostei do convite (aproveito para agradecer) e gostei da participação da Escola. Parabéns aos alunos do 9º Ano e à tal professora de E.V.,Rita Viana, que marcou presença!
Profª Irene Cardona
EXPOSIÇÃO “Passe Cidadão”
Centro Cultural Palácio do Egipto – Oeiras
Fátima na vida das Pessoas em 100 Anos de República
Integrado nas comemorações dos 100 Anos da República, a nossa Escola promoveu o Colóquio “Fátima na vida das Pessoas em 100 Anos de República”. A sessão realizou-se no auditório do Centro Paro-
quial de Santo António de Nova Oei-ras, no dia 30 de Novembro. Foram oradores a Dra. Aura Miguel, D. Car-los Azevedo, Dra. Ângela de Fátima e o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa. Reflectiu-se sobre o fenómeno portu-guês "mais conhecido no mundo": Fátima. A Autarquia esteve muito bem repre-
sentada pelo Sr. Presidente da Câmara de Oeiras, Sr. Vice-Presidente, as Sras. Vereadoras Luísa Carrilho e Elisabete Oliveira, o Sr. Presiden-te da Junta de Freguesia e a Sra. Chefe de D. de Educação da CMO. Estiveram ainda presentes o Sr. Intendente do Comando Distrital da PSP, a Dra. Maria Barroso, a Sra. Directora do Centro de Formação de Escolas do Concelho de Oeiras, representantes da Fundação Aristides de Sousa Mendes, Directores dos Colégios Maristas de Carcavelos e Salesianos do Estoril, etc.
Estiveram presentes mais de 450 pessoas (avós, pais, professores, alunos...). No final houve quem exclamasse: Todas as escolas deviam ser assim…! Obrigado!
Prof. José Baptista