Performances Interacionais e Mediações Sociotécnicas Salvador - 10 e 11 de outubro de 2013
JORNALISMO DE QUALIDADE NA INTERNET: UM DIAGNÓSTICO DOS
PORTAIS PARAIBANOS DE NOTÍCIA1
Allysson Viana Martins2
Laíza Felix de Aguiar3
Resumo: A qualidade jornalística pode ser avaliada através de diversas perspectivas.
Propomos uma análise que parte das características próprias do meio, acreditando que as
especificidades da cibercultura, internet e web traduzem a eficiência dos produtos
comunicacionais e jornalísticos. O conjunto dos quatro sites noticiosos mais acessados na
Paraíba, produzidos na capital e em cidades do interior, permite-nos compreender e traçar um
panorama da qualidade do jornalismo assente na web. O diagnóstico foi realizado a partir das
fichas de análise desenvolvidas por pesquisadores brasileiros e espanhóis (PALACIOS,
2011), seguindo as características do que denominam de meios ciberdigitais. Observamos que
os sistemas paraibanos de comunicação estão longe de se valer, de maneira eficaz e eficiente,
das especificidades da web.
Palavras-chave: portais de notícia; qualidade no jornalismo; sites jornalísticos; sistemas
paraibanos de comunicação.
Abstract: The journalistic quality can be assessed through various perspectives. We propose
an analysis of the characteristics of medium, believing that the specifics of cyberculture,
internet and web reflect the efficiency of communication and journalism products. The set of
the four most visited news sites in Paraíba, produced in the capital and provincial cities,
allows us to understand and to give an overview of the quality of journalism based on web.
The diagnosis was made from chips of analysis developed by Brazilian and Spanish
(PALACIOS, 2011), following the characteristics of what they call cyberdigital media. We
observe that communication systems of Paraíba are away from using, effectively and
efficiently, the specificities of web.
Keywords: news portals; quality on journalism; news sites; communication systems of
Paraíba.
1. INTRODUÇÃO
A qualidade jornalística pode ser avaliada através de diversas perspectivas, como
conteúdo do produto midiático, instituição jornalística, organização profissional, interesse
(do) público, entre outras. Neste artigo, a análise parte das características próprias do meio,
1 Artigo submetido ao NT 5 – Sociabilidade, novas tecnologias e práticas colaborativas de produção de conteúdo do
SIMSOCIAL 2013. Uma versão deste trabalho foi aprovada para publicação em livro. 2 Jornalista. Doutorando e Mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas (PósCom) pela UFBA e integrante do Grupo
de Pesquisa em Jornalismo On-Line (GJOL). E-mail: [email protected]. 3 Jornalista. Bacharel em Comunicação Social (Jornalismo) pela UFPB. E-mail: [email protected].
acreditando que as especificidades da cibercultura, internet e web traduzem a eficiência dos
produtos comunicacionais e jornalísticos. Os sites jornalísticos incorporam as potencialidades
e as capacidades para trazer um produto de qualidade ao público, através de cada mídia.
Propomos, então, um diagnóstico dos portais noticiosos da mídia paraibana a partir de
algumas fichas de análise. Revelamos o caráter qualitativo desses veículos na internet,
realizando um panorama dos sistemas de comunicação on-line do estado.
A avaliação dos quatro sites e portais jornalísticos paraibanos selecionados será feita
através de ferramentas de análise desenvolvidas pelos pesquisadores do Grupo de Jornalismo
On-line (GJOL) da UFBA e da Universidade da Espanha (PALACIOS, 2011). Os caminhos
são indicados para a verificação da qualidade do jornalismo produzido na web, baseado nas
especificidades de onde o produto está assente. As fichas seguem as características do que
denominam de meios ciberdigitais, detendo-se a critérios como: arquitetura da informação
(geral), hipertextualidade, interatividade, multimidialidade, banco de dados, memória, blogs e
design. O conjunto de quatro sites noticiosos produzidos na capital e em cidades do interior da
Paraíba nos permite compreender e traçar um panorama da qualidade do webjornalismo
praticado no estado. Aqui, visamos à realização de um diagnóstico dos sites mais acessados,
apostando que eles devem empregar todos os recursos possíveis do meio para conquistar e
manter sua audiência. As fichas foram aplicadas nos quatro sites jornalísticos paraibanos de
maior acesso, segundo os índices do site Alexa4, recolhidos no último dia de março de 2013:
Portal Correio5, Folha do Sertão
6, PB Agora
7, Diário do Sertão
8.
2. QUALIDADE JORNALÍSTICA NA WEB
No que concerne especificamente à avaliação da qualidade do jornalismo
desenvolvido para a web, Sousa (2001) informa que essas produções podem ser penalizadas
quando os estudos não se valem das características e potencialidades da internet – apontadas
através das leituras de Mielniczuk (2003), Palacios (2002, 2003 e 2008) e Pavlik (2001). A
4 O site, fundado em 1996, busca mensurar a quantidade de usuários de qualquer tipo de endereços como sites e blogs.
Disponível em: <http://www.alexa.com>. Acesso em: 31 de março de 2013. 5 Disponível em: <http://portalcorreio.uol.com.br/>. Acesso em: 31 de março de 2013. 6 Disponível em: <http://folhadosertao.com.br/portal/>. Acesso em: 31 de março de 2013. 7 Disponível em: <http://pbagora.com.br/>. Acesso em: 31 de março de 2013. 8 Disponível em: <http://diariodosertao.com.br/>. Acesso em: 31 de março de 2013.
pesquisadora brasileira Joana Ziller (2005) demonstra que a maior dificuldade de se estudar
qualidade no webjornalismo é não possuir critérios exatos para a sua medição - ainda que esse
seja um problema mais geral na área da pesquisa de qualidade no jornalismo do que
propriamente da mídia. Palacios (2008) aponta que há problemas em transpor para a internet
critérios de análise de qualidade, metodologias e ferramentas aplicáveis e desenvolvidas para
outros meio, pois se deixa de fora as especificidades do veículo on-line, ainda que as
ferramentas atuais para avaliação da web sejam de caráter genérico.
Genro Filho (1987), Benedeti (2009), Guerra (2010a, 2010b, 2010c), Cerqueira (2010)
e Christofoletti (2010) são alguns autores que trabalham, em alguma medida, com qualidade
no jornalismo a partir do seu papel legitimado socialmente e de sua evolução histórica - isto é,
do que a institucionalização representa e do que se exige do profissional e da prática, pois a
qualidade é um atributo relativo às responsabilidades assumidas pela organização. Fidalgo
(2004), Ziller (2005), Ziller e Moura (2010), Sousa (2001), Lima (2010), Barbosa (2008) e
publicação organizada por Palacios (2011) verificam a qualidade a partir das características
do próprio meio – no caso de todos esses estudos, o jornalismo produzido na web.
Benedeti (2009) se refere a dois tipos de qualidade: uma intrínseca ao fato – revelando
uma qualidade de categoria –, outra que se relaciona ao produto jornalístico – ao fazer e ao
resultado da atividade profissional, baseada na legitimação e aceitação social da profissão. A
pesquisadora Gislene Silva (2005, p. 99) vai dizer, por exemplo, que “os valores-notícia
devem ser definidos como as qualidades dos eventos e não ‘da sua construção jornalística’”.
Delimitar a noção dos critérios de noticiabilidade no território do acontecimento não significa
ignorar a presença do jornalista, o sujeito (enunciador) que constrói a notícia. Em outras
palavras, os valores-notícia ajudariam a identificar a qualidade intrínseca ao fenômeno
noticiado, sem deixar de nortear-se pela interferência do jornalista, no que Charaudeau (2006)
denominaria de “instância de produção”, ou seja, todos os agentes envolvidos na produção de
material jornalístico e noticioso.
Os autores supracitados procuram verificar de que forma as características próprias da
mídia interferem na qualidade da produção, provavelmente porque o foco de estudo dos
autores seja o jornalismo na internet ou na web. Ainda que haja “uma relevância clara na
temática das tecnologias digitais quando se trabalha a qualidade da informação” (ZILLER,
2011, p. 83), tentam não perder a possibilidade de avançar a discussão para ficar no
superficial da ferramenta e da técnica. Os autores buscam qualidades no webjornalismo, não
reverberando e endossando a concepção de que o jornalismo impresso é, dentre todos os
segmentos jornalísticos, o que mais sustenta a qualidade da informação, discurso “utilizado
principalmente para evitar que seus leitores cedam às facilidades de outros meios
jornalísticos” (BENEDETI, 2009, p. 11).
Ainda assim, cabe ao jornalista e ao estudioso da área decidir até que ponto as
características e as potencialidades do meio de comunicação serão aproveitadas e
experimentadas nas publicações das organizações jornalísticas. Com o webjornalismo em
perspectiva, Palacios (2002, 2003) defende que nem todas as características desenvolvidas são
próprias da internet e explica que, em sua maioria, proporcionam apenas uma continuação ou
uma potencialidade do meio anterior, com poucas carregando realmente uma ruptura para o
modo de produção. Focado nas especificidades da web, como já explicado, Palacios (2011)
organiza um estudo enfatizando demasiadamente a estrutura do meio como ponto fulcral da
qualidade no webjornalismo.
O português Jorge Pedro Sousa (2001) realiza sua pesquisa com intento de avaliar a
qualidade em webjornais. Para essa análise, conteúdo (adaptação à internet), design
(ergonomia – adaptação ao usuário) e navegação (interatividade com o jornal) são alguns dos
critérios fundamentais considerados. Para um jornal ter qualidade na web, “deve aproveitar as
potencialidades do meio, como a inclusão de sons e imagens, a introdução de hiperligações
(inclusive nos textos), a possibilidade de dar feedback etc.” (ibidem, p. 5). O webjornalismo
deve prezar pela atualização constante, pela inclusão de informação de background (acessível
por meio de links), com textos próprios para a internet – conciso, claro e preciso –, além de
uma base de dados, imagens e sons, com livre acesso dos usuários a esses arquivos. Apesar de
todas as possibilidades de construção noticiosa na internet – graças às suas características –, o
ritmo acelerado de produção de conteúdo nas redações jornalísticas, em relação aos outros
veículos, dificulta o aproveitamento dessas potencialidades, de maneira quase paradoxal
(ZILLER e MOURA, 2010).
3. COMO OLHAR PARA DENTRO
Utilizamos como fundamentação básica o livro “Ferramentas para análise de qualidade
no ciberjornalismo”, coletânea organizada por Marcos Palacios, com textos produzidos por
pesquisadores do Brasil e da Espanha que integraram um convênio entre Capes (Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior/Ministério da Educação/ Brasil) e DGU
(Dirección General de Universidades/Ministério de Educación y Ciencia/Espanha), de 2007 a
2010. A proposta da obra é funcionar como uma caixa de ferramentas que deve ser utilizada
livremente, conforme os objetivos da aplicação. Na apresentação, Palacios (2011, p. 3)
explica que os textos “não discutem aspectos teóricos da Avaliação de Qualidade, nem se
debruçam sobre as justificativas e opções metodológicas que levaram à escolha dos
parâmetros utilizados em cada instrumental de análise construído e testado ao longo destes
dois anos”.
Optamos por não usar algumas ferramentas, por demonstrarem ser documentais
demais para o nosso propósito. Portanto, aplicamos as seguintes fichas: Ferramenta para
Análise da Hipertextualidade em Cibermeios: avalia a utilização do hipertexto na página
inicial do endereço e nas suas produções internas. A recomendação é que para que sejam
analisadas as manchetes da home e as matérias correspondentes para verificar a relação entre
o link e o conteúdo referente. Em seguida, deve-se observar o emprego da hipertextualidade, a
saber: organização e estrutura dos conteúdos a partir dos menus, e a contribuição dos links
para a narrativa jornalística. Para Barbosa e Mielniczuk (2011, p. 37), “são os links
hipertextuais que estruturam, organizam e apresentam o grande volume de informações que
pode passar a integrar a narrativa do fato jornalístico num cibermeio”.
Ferramenta para Análise da Interatividade em Cibermeios: avalia a exploração da
interatividade no jornalismo digital, na qual as ações recíprocas potencializadas pelas novas
tecnologias foram consideradas a fim de simular ou promover diálogo entre o leitor e o
produto. No jornalismo, os recursos interativos procuram trazer valores agregados à informação,
através de interferências, como comentários nas matérias, participação na construção do conteúdo ou
mesmo a sua própria elaboração, além da recuperação de dados e de outras manifestações em mão
dupla. Ferramenta para Análise de Multimidialidade em Cibermeios: detém sua atenção nos
elementos multimídia que possuam a finalidade informativa, aparecendo na primeira página
ou nas publicações do cibermeio. Englobam, basicamente, o foco dessa observação: fotos,
vídeos, áudios, infográficos e newsgames.
Ferramenta para Análise de Design em Cibermeios: verifica as homes dos portais,
observando itens como dimensões, resolução, estrutura e porcentagem de ocupação por
conteúdo. É uma ferramenta que gera dados mais técnicos e objetivos, pois disseca a página
inicial no âmbito de sua projeção na tela do computador. Ferramenta para Análise de Bases
de Dados em Cibermeios: o emprego da base de dados – que remete às coleções digitais
organizadas de modo automatizado para pesquisa e recuperação informativa – no jornalismo
digital consiste na estruturação e na organização de todo o processo de produção noticiosa,
desde a apuração até a circulação e a apresentação do material. Essa ferramenta busca detectar
se, e de que maneira, o cibermeio utiliza base de dados na sua rotina de produção jornalística.
Ferramenta para Análise de Memória em Cibermeios: trata da observação de arquivo,
recuperação da informação e busca avançada. A memória é observada sob dois aspectos
distintos: os estáticos, dedicados à analise do sistema de busca, história e articulação com
edição impressa – ou em outro meio; e os dinâmicos, cujo foco é a localização e a natureza
dos links, além da personalização e memória. Para delimitar o corpus deste estudo, fizemos
um levantamento dos portais de notícias mais acessados da Paraíba, de acordo com o site
Alexa. O site mais acessado que contém notícia é o do Governo do Estado9 – em 258º lugar do
ranking nacional –, mas que não será considerado aqui por não ser jornalístico. Neste
trabalho, são apresentados os principais resultados obtidos pelas seis fichas de análise,
aplicadas em cada portal, sendo empregados três dias para observação, dos quais um foi
dedicado ao registro. Feitas essas considerações, selecionamos os seguintes portais:
Portal Correio: fundado em 2004 e sediado em João Pessoa/PB, integra o Sistema
Correio de Comunicação, que conta ainda com canais de tevê aberta e fechada, emissoras de
rádio, revistas e jornais impressos. Noticia acontecimentos da capital e do interior do estado,
do Brasil e do Mundo. Está em 275º do ranking nacional. Folha do Sertão: sediado em
Sousa/PB, o portal existe há seis anos e se dedica aos acontecimentos de outras sete cidades
do Sertão. Na 293ª posição, o veículo está vinculado a uma webrádio de mesmo nome,
publicando, a priori, sobre eventos da região, seguidos da capital, do Brasil e do Mundo. PB
Agora: em 329º lugar do ranking nacional, o portal também é sediado em João Pessoa/PB e
foca nos fatos da capital e do interior do estado, além de publicar notícias do Brasil e do
Mundo. Diário do Sertão: sediado em Cajazeiras/PB, foi fundado há sete anos. Possui
9 Disponível em: <www.paraiba.pb.gov.br>. Acesso em: 21 de abril de 2013.
webrádio e agrega, no mesmo plugin, outras emissoras. Noticia eventos da região, da capital
paraibana, do Brasil e do Mundo, estando em 366º lugar dos portais mais acessados do Brasil.
4. DIAGNÓSTICO DOS SITES JORNALÍSTICOS PARAIBANOS
4.1. Portal Correio
A hipertextualidade no Portal Correio apresenta, na página inicial, uma estrutura
básica com menu e links para suas matérias hierarquizadas, apresentando seleção das notícias
mais lidas e das últimas publicadas. As matérias, de modo geral, apresentam um baixo nível
de hipertextualidade, tendo em vista que não há links narrativos no corpo do texto, o que
demonstraria um trabalho específico dessa característica para cada publicação, através de
outras notícias e conteúdos – não necessariamente do próprio meio –, com uma relação mais
íntima com o assunto. Em suas publicações, percebemos apenas uma lista de links
automatizados ao final do texto com cinco “Notícias relacionadas”, que, em sua grande parte,
traz apenas outras publicações da mesma editoria, sem nenhuma associação direta com a
temática abordada na matéria. Essa relação pode ocorrer de modo tão tangencial que
relaciona, por exemplo, uma notícia sobre a foto de João Pessoa tirada por um astronauta –
sob a alcunha da “cidade mais oriental das Américas – onde o Sol nasce primeiro”10
– com
outra que informa a chegada de um elefante no zoológico da capital paraibana11
ou uma
publicação que enfatiza a presença de pesquisadores brasileiros em estação no continente
Antártico12
.
A exceção que observamos aconteceu nas matérias sobre a seca que assola a Paraíba e
o nordeste. Ao final do texto, havia cinco publicações relacionadas, notícias próprias do tema.
Além do mais, o site não se utiliza de tags na organização estrutural de sua informação, não
10 “Astronauta posta foto de João Pessoa”, publicada em 12 de abril de 2013. Disponível em:
<http://portalcorreio.uol.com.br/noticias/ciencia-e-tecnologia/bio/2013/04/12/NWS,222437,41,241,NOTICIAS,2190-
ASTRONAUTA-POSTA-FOTO-JOAO-PESSOA-CIDADE-ORIENTAL-AMERICAS-ONDE-SOL-NASCE-
PRIMEIRO.aspx>. Acesso em: 17 de abril de 2013. 11 “Conheça a nova moradora da Bica: a elefanta Lady”, publicada em 11 de abril de 2013. Disponível em:
<http://portalcorreio.uol.com.br/noticias/ciencia-e-tecnologia/bio/2013/04/11/NWS,222367,41,241,NOTICIAS,2190-
CONHECA-NOVA-MORADORA-BICA-ELEFANTA-LADY.aspx>. Acesso em: 17 de abril de 2013. 12 “Brasil deverá montar base para pesquisadores dentro do Continente Antártico no final de 2014”, publicada em 01 de abril
de 2013. Disponível em: < http://portalcorreio.uol.com.br/noticias/ciencia-e-
tecnologia/bio/2013/04/01/NWS,221870,41,241,NOTICIAS,2190-BRASIL-DEVERA-MONTAR-BASE-
PESQUISADORES-DENTRO-CONTINENTE-ANTARTICO-FINAL-2014.aspx>. Acesso em: 17 de abril de 2013.
permitindo, portanto, navegação através de palavras-chave, apenas por editorias. Todavia, as
seções possuem, cada uma, uma cor de identificação própria. Os links para divulgação em
redes sociais estão bem colocados e em lugar padrão, de fácil visibilidade – abaixo do título.
A ausência de fóruns, chats, enquetes, feed, além de votações e comentários nas
matérias revela a baixíssima interatividade que o portal cria com seus leitores. A não
possibilidade de enviar conteúdo para publicação e a inexistência do espaço para divulgar
uma possível produção dos leitores revela que o Portal Correio quer apenas publicidade por
parte destes, através, por exemplo, das redes sociais Twitter e Facebook. A multimídia
praticamente não é utilização nas matérias, os vídeos são escassos e os áudios, os infográficos,
as animações e os newsgames – novo gênero informacional – são praticamente inexistentes.
Não encontramos também galerias de imagens e de vídeos na página principal.
No que se refere ao design, o portal possui o fundo branco com bom espaço entre as
chamadas, a fonte é legível para leitura e o site, divido em três espaços de composição – ou
frames –, não transmite confusão ao abrir. No primeiro frame, identificamos as matérias
principais – independentemente da seção. Algumas matérias de cada uma das quatro editorias
do site estão presentes no próximo espaço de composição textual. O terceiro frame traz links
para outros meios de comunicação da empresa – TV Correio, Correio da Paraíba e Rádios.
Cada frame é separado por um banner publicitário. Ao final, elencam-se as notícias mais lidas
e as últimas publicadas de cada editoria e no geral, além dos três blogs do portal e da Fan
Page no Facebook. Praticamente todas as chamadas na primeira página trazem uma imagem
ou um vídeo com um título/link para a matéria, e as retrancas possuem cores próprias que
servem para identificar a editora/seção onde os textos estão publicados. Percebemos padrão
dos títulos e antetítulos com o bloco de texto e a legenda das fotos nas matérias; por vezes,
essas imagens são pequenas e não permitem zoom.
A base de dados estruturada para acesso do público é inexistente. Não há como se
cadastrar no portal para realizar comentários, enviar conteúdos ou mesmo navegar pela
estrutura e memória. Não há tags para navegação nem arquivos estruturados em base de
dados, apenas a lista das últimas publicações das seções. A automatização ocorre apenas nas
“Notícias relacionadas”, “Mais lidas” e “Últimas notícias”. De modo semelhante, a memória
no portal não recebe nenhum tratamento especializado, até com ausência de arquivo. O
sistema de busca interno é básico, somente por palavra e hierarquizado em ordem cronológica
inversa. Não existe busca avançada por operadores booleanos, data, editoria, formato ou
qualquer outro parâmetro.
4.2. Folha do Sertão
A hipertextualidade no portal Folha do Sertão se caracteriza, na home, por ausência de
mapa de navegação e presença de menu misto, combinando uma fileira horizontal na parte
superior esquerda da página com uma fileira vertical de nomes de editorias e colunistas
também do lado esquerdo – além da repetição dessas informações em disposição mista no
rodapé da página. Essa configuração dificulta a localização dos conteúdos no site, pois
oferece muitas editorias (algumas repetidas) de forma desordenada e sem diferenciação por
cor, dificultando a possibilidade de uma leitura lógica e intuitiva da página. Já as matérias não
apresentam links dentro do texto, mas relacionam conteúdos da mesma editoria por meio do
título “Leia também”, que oferece cinco links diferentes com título e foto da respectiva
matéria.
A interatividade se configura, basicamente, pela utilização de um plugin do Facebook,
no qual o usuário, ao fazer login com sua conta, comenta a notícia como numa caixa de
comentários. Por esse plugin, outros usuários podem responder ao seu comentário e curti-lo.
Fora disso, existe um e-mail de contato com a redação e links para as redes sociais, que ficam
dispostos numa aba junto à barra de rolagem, do lado direito da página, identificados apenas
pelos respectivos ícones. De todo modo, essas opções distanciam o leitor do conteúdo original
publicado no site e não é possível inferir que ocorre interatividade por meio deles, pois as
postagens nas redes sociais indicam prioritariamente a divulgação de conteúdo do site. A
ausência de chats, fóruns, canais para colaboração, feeds e até mesmo da caixa de comentários
– substituída pelo já citado plugin – são indicativos de baixa interatividade. Até mesmo a
única enquete disponível na home já está fechada para votação e apresenta apenas o gráfico de
resultado, sem indicar o período de aplicação da pesquisa nem quando outra será aberta. Ou
seja, a renovação da pesquisa é lenta e não dá indicativo de sua frequência nem acesso às
pesquisas e aos resultados anteriores.
Quanto ao design, a página utiliza poucas cores: fundo cinza claro, botões para
editorias em verde, títulos em azul e textos em preto. As fotos e os vídeos são de média e
baixa resolução e estão ou dispostos dentro das matérias ou acompanhando as chamadas na
home. Apenas os vídeos formam uma das editorias, mas, no lugar de ocupar uma galeria de
vídeos, é apresentada uma lista de matérias cujo link remete a uma página com o vídeo
embarcado. Já sobre as fotos, cabe dizer que são de violência explícita no caso de acidentes e
mortes, não poupando o leitor, por exemplo, das cenas de crimes e batidas entre veículos,
exibindo corpos e pessoas feridas durante o resgate. Do lado direito da página, tanto na
visualização das matérias quanto na página principal, aparece uma coluna com banners para
links publicitários, aparecendo também em outras localizações da página. Esses banners
conferem uma aparência poluída ao site pela utilização de animação, disposição desordenada
e quantidade excessiva. Esse item contribui fortemente para uma impressão de confusão na
página, o que dificulta a percepção de hierarquia das notícias e do fluxo de leitura proposto
pelo site.
Por fim, não apresenta base de dados, não utiliza tags, nem possui arquivo estruturado.
Não é possível se registrar no site, enviar conteúdos e acessar áreas organizadas de memória.
Os conteúdos mais antigos descem do topo da página e vão para “Mais notícias”. Dali em
diante é preciso ou fazer pesquisa por palavra-chave ou acessar as notícias por editoria
manualmente.
4.3. PB Agora
Quanto à hipertextualidade, o portal PB Agora se caracteriza por ausência de mapa de
navegação e presença de menu horizontal localizado no lado superior esquerdo da página com
links para as editorias, que se repete no rodapé da página. Já os links dentro dos textos das
matérias marcam algumas palavras publicitárias que remetem para a página de assinatura da
revista Valor Econômico. As matérias sugeridas são destacadas pelo marcador “Mais
visitadas”, que oferece quatro links – dois acompanhados por foto – que não se relacionam
por editoria ou assunto com a matéria.
A interatividade é baixa e aparece mais consistente nas duas opções para comentários
de matérias: a primeira, via caixa de comentários, solicita identificação do leitor preenchendo
os campos nome e e-mail sem, no entanto, exigir registro no portal. O comentário enviado
passa por moderação do site antes de ser publicado e não é possível votar ou responder aos
comentários dos outros leitores. A segunda opção é o Twitter, na qual o usuário faz login com
sua conta e comenta na caixa inserida ao lado da caixa de comentários. O tweet será
direcionado ao perfil do portal na rede social que, inclusive, é a única utilizada. Seu conteúdo
é, prioritariamente, para a divulgação de links para matérias no site. Além desses dois
recursos, existe enquete aberta com possibilidade de visualizar parcial do resultado. No
entanto, não existem fóruns, chats, nem algum tipo de canal para registro e envio de material
como vídeos e fotos. O e-mail de contato é o da redação, mesmo para as colunas. É possível
compartilhar as matérias em redes sociais, aumentar a letra, enviar por e-mail para um amigo
e gerar uma versão para impressão.
O design da página se caracteriza pela utilização de três tons de azul, detalhes em
vermelho na logomarca, fontes em preto e de contraste e tamanho legível. Os títulos das
editorias, no entanto, usam uma fonte menor que o restante da página, dificultando um pouco
a leitura. Também não se diferenciam por botões coloridos, mas utilizam marcadores gráficos
em formato de seta. As fotos são em tamanho médio e pequeno, com resolução média e baixa,
e estão distribuídas ao longo das matérias e também reunidas em uma galeria no fim da
página, no canto inferior esquerdo. Não existe galeria de vídeos. A distribuição dos banners
publicitários não chega a poluir a página, mas sua disposição não segue um padrão de
ocupação, de modo que um deles, por exemplo, aparece ao lado do frame da galeria de fotos.
O endereço não possui base de dados, arquivo nem memória organizada das
publicações. Para acessar conteúdos mais antigos, é necessário utilizar busca por palavras-
chave, que também formam uma nuvem de tags no mesmo frame da galeria de fotos. No
entanto, as matérias não usam marcadores, de modo que essas tags são simuladas, pois, na
verdade, são apenas palavras-chave recorrentes nos textos. A hierarquia das matérias mais
recentes é clara porém, à medida que descemos a barra de rolagem, as notícias mais antigas
misturam fontes menores e minúsculas em relação ao topo, tornando confusa a percepção do
grau de importância.
4.4. Diário do Sertão
No Diário do Sertão, a hipertextualidade aparece na página inicial com uma estrutura
de dois menus e links para suas matérias hierarquizadas, apresentando seleção das mais lidas.
O menu, localizado no rodapé, traz todas as editorias do portal, enquanto o da parte superior
se destina às informações institucionais, personalização, contato, galeria e blogs/colunas. As
matérias não colocam links narrativos, nem ao menos os estáticos foras do corpo textual, não
encontramos também tags na organização informativa do site – permitindo apenas navegação
pelas editorias. Os links para divulgação das matérias nas redes sociais estão em lugar padrão
e de fácil visibilidade – acima do título e abaixo do antetítulo.
A ausência de fóruns, chats e votações nas matérias é compensada por enquetes, feeds
e comentários nas notícias (sem necessidade de cadastro e registro, só de identificação), no
tocante a interatividade. Contudo, a não possibilidade de os leitores enviarem conteúdo para
publicação (apenas sugestão de pauta) e a inexistência do espaço para divulgar essa possível
produção revela que o Diário do Sertão quer apenas publicidade por parte dos seus leitores,
através das redes sociais, mas não muni-los de canais de expressão. Sobre a multimídia,
podemos dizer que há uma boa utilização de imagens e vídeos, mas áudios, infográficos,
animações e newsgames são inexistentes. Há uma seção de vídeos e outra do que denominam
de “Foto Notícia”, mas poderiam ser transformadas em galerias mais bem navegáveis.
Em avaliação o design, observamos que a fonte do Diário do Sertão é legível para
leitura, mas o fundo branco possui pouco espaço entre as chamadas e o site, divido em quatro
frames, transmite confusão informativa. O primeiro frame traz as matérias principais –
independentemente da seção –, lista quatro colunistas e disponibiliza o link para a TV e Rádio
Diário. O segundo e o terceiro espaço trazem algumas matérias das editorias do site. O último
frame traz a seção “Foto Notícia”, as entrevistas da TV Diário (também em formato textual),
uma Enquete e o seu resultado, além da seção “Fotos e Eventos”. O primeiro frame do
segundo é separado, acertada e inteligentemente, por uma lista de rádios on-line. Os demais
frames são separados por publicidade. Ao final, elencam-se as notícias mais lidas, alguns
jornais da Paraíba e charges. Praticamente todas as chamadas trazem uma imagem ou um
vídeo com um link/título para a matéria, das quais percebemos padrão dos títulos e antetítulos
com o bloco de texto e a legenda das fotos nas matérias.
A base de dados estruturada para acesso do público é inexistente. Não há como se
cadastrar no site para enviar conteúdos ou mesmo navegar pela estrutura e memória. A
publicação de comentários dispensa esse procedimento, exigindo apenas identificação. Não há
tags para navegação nem arquivos estruturados em base de dados, podemos navegar só pelas
últimas publicações das seções. A automatização ocorre apenas nas “Mais lidas” e na
assinatura do Feed RSS. A memória no portal, de modo semelhante, não recebe nenhum
tratamento especializado, culminando na total inexistência de arquivo. O sistema de busca
interno é básico, sendo operado apenas por palavra e hierarquizado em ordem cronológica
inversa, não existindo busca avançada por operadores booleanos, data, editoria, formato ou
qualquer outro parâmetro.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os sites jornalísticos da Paraíba foram avaliados neste trabalho a fim de verificar suas
qualidades a partir de uma visão que privilegia as características da mídia na qual o produto
está assente. A web é alvo de diversos estudos, conforme supracitado, que buscam enfatizar
suas propriedades como avanço qualitativo do conteúdo exposto, tendo em vista as
continuidades, potencializações e rupturas do meio. No tocante às especificidades
quantificáveis por meio das fichas de análise em Palacios (2011), observamos que os sistemas
paraibanos de comunicação não se valem, de maneira eficaz e eficiente, das características da
web. A hipertextualidade, a interatividade e a multimidialidade são praticamente inexistentes,
salvo em raras exceções, quando ocorrem de maneira primitiva e incipiente. A base de dados
e a memória não apresentam desenvolvimento algum, são nulas e necessitam de uma revisão
urgente. Em alguns momentos, por outro lado, o design se sobressai, tanto no tocante ao
layout como aos recursos empregados.
Quanto à hipertextualidade, sugere-se a utilização de links narrativos no corpo do
texto com a finalidade de complementar o assunto com as matérias já publicadas sobre o
mesmo assunto sem, no entanto, aumentar seu tamanho. Do mesmo modo, pode-se
incrementar a utilização de links para notícias fora do corpo texto. Títulos como “Notícias
relacionadas” – utilizados pelo Portal Correio – dão a impressão de que o leitor vai obter
mais informações sobre o mesmo tema quando, na verdade, está apenas tendo acesso a mais
matérias da mesma editoria. Sendo assim, o nome poderia mudar para “Mais notícias de
(colocar editoria correspondente)”, no caso de matérias na mesma seção. Já os portais PB
Agora e Folha do Sertão – que relacionam matérias por quantidade de visitas e por mesma
editoria, respectivamente – poderiam refinar a relação entre as matérias para indicar textos
sobre o mesmo assunto. Por fim, o portal Diário do Sertão deveria iniciar a utilização dos
links dentro e fora do texto, pois é o único entre os portais estudados em que não aplica o
recurso.
Nenhum dos portais utiliza tags, que permitem uma melhor navegação no site e
estimulam o leitor a continuar no endereço. Apesar disso, o portal PB Agora publica uma
espécie de nuvem de tags que, na verdade, são as palavras mais utilizadas no site e que,
quando clicadas, direcionam para o resultado de busca interna respectiva. A navegação por
editorias no Portal Correio e no Diário do Sertão é eficiente, todavia, nos demais portais, a
barra de menu das editorias sequer apresentam uma localização de destaque – mesmo que
apareçam no topo da página. Já os links de divulgação em redes sociais e de indicação da
matéria são bem utilizados pelos portais, embora pudesse haver um botão para dar zoom em
fotos – só utilizado pelo Diário do Sertão – e para aumentar e diminuir o texto – presente
apenas no PB Agora e Diário do Sertão.
Sugere-se um diálogo maior com os leitores, ouvir a quem se destina a produção do
jornal, por exemplo, possibilitando comentários nas matérias – não existente no Portal
Correio – e recebendo material por parte da audiência. A mudança deve ser acompanhada da
criação de uma seção própria para o conteúdo dos usuários, mas que não seja relegada ao final
da página – deve estar bem vista e posicionada na home. Esse conteúdo deve passar por um
filtro (que não político) e identificar sempre o autor do conteúdo; se possível, o contato pode
ocorrer por e-mail, em caso de base de dados não desenvolvida. Promoções, enquetes, chats e
feeds devem constar nessa reformulação, pois, quando são utilizados, aparecem de forma
primária.
O uso de mais imagens e vídeos nas matérias, bem como os outros recursos
multimídias citados, deve perpassar as novas diretrizes. Sugere-se criar ou reestruturar –no
caso do PB Agora, com fotos, e do Diário do Sertão, com vídeos – as respectivas galerias,
talvez em parceria com sua própria audiência, que apreciará ter seu conteúdo publicado e
visto. A página inicial se dinamizará com vídeos, infográficos e animações, além da
possibilidade de dar zoom nas fotografias. Além disso, deve ser observado o teor retratado nas
imagens e vídeos em casos de violência, pois algumas publicações são extremamente
explícitas e não poupa os leitores (nem os personagens das matérias) de imagens fortes.
A criação de base de dados estruturada, tanto para o uso interno quanto externo, é
primordial para os portais estudados, mas sem esquecer-se de incluir o público nesse processo
e de estruturar o conteúdo em base de dados para facilitar a leitura e o acesso do navegante e
também do jornalista pelo site. No tocante à memória, a urgência se dá na criação do arquivo,
passo extremamente importante e essencial, além de permitir navegação por todos os
parâmetros possíveis (data/período, formato, seção etc.). O arquivo estruturado, para acesso
público, deve abrir caminho para outra fase, como o aprimoramento do sistema de busca.
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